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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5057 • Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 10 PATACAS 27 0 C/33 0 C • HOJE Fonte SMG FOTO JTM Tailândia aprova Constituição proposta pela Junta Militar Os tailandeses aprovaram ontem, em referendo e por grande maioria, um controverso projecto de Cons- tituição que permitirá à Junta Mi- litar continuar a controlar o poder, inclusive depois da realização de eleições. Quanto estavam apura- dos mais de 90% dos votos, o “sim” à nova Constituição contava uma aprovação de 62%. O referendo decorreu sem incidentes, com uma taxa de participação de 55%, disse o porta-voz da Comissão, Somchai Srisutthiyakorn. O eleitorado tam- bém aprovou, com 58% dos votos, uma segunda pergunta que autori- za o futuro Senado a participar na eleição do Primeiro-Ministro da pri- meira legislatura. A aprovação abre caminho para a realização de elei- ções gerais no final de 2017, segun- do um compromisso reiterado pelo chefe da Junta e líder do Governo, Prayut Chan-ocha. A minuta consti- tucional, redigida por um comité de 21 membros escolhidos pela Junta Militar, foi criticada pelos principais partidos do país e organizações in- ternacionais. Excursões para Europa descem um terço no Verão Os recentes episódios relacionados com terrorismo em vários países da Europa estão a fazer esmorecer o in- teresse de muitos turistas da RAEM. Segundo o presi- dente da Associação da Indústria Turística, o número de excursões de Macau para o Velho Continente diminuiu pelo menos um terço nestas férias de Verão. Em contra- partida, o Japão e a Coreia do Sul são destinos cada vez mais atractivos. Pág. 5 Págs. 2 a 4 RIO 2016 DESLUMBRA NA ABERTURA “Olha que coisa mais linda!” Centrais Pág. 15 Última Indonésia frustra plano de ataque terrorista contra “Marina Bay” Cardeal John Tong diz que Pequim quer alcançar “entendimento” com Vaticano Comissão da AL alerta para “alto risco” na Lei do Erro Médico Pág. 6 MGM volta a adiar abertura de resort no COTAI Pág. 7 Salas de amamentação vão ser obrigatórias nos serviços públicos Pág. 8 JOSÉ PERES DE SOUSA EM ENTREVISTA AO JTM “Saúde tem de ser sempre planeada a 10 anos”

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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5057 • Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 10 PATACAS

270C/330C• • • HOJE

Fonte SMG

FOTO

JTM

Tailândia aprova Constituição propostapela Junta MilitarOs tailandeses aprovaram ontem, em referendo e por grande maioria, um controverso projecto de Cons-tituição que permitirá à Junta Mi-litar continuar a controlar o poder, inclusive depois da realização de eleições. Quanto estavam apura-dos mais de 90% dos votos, o “sim” à nova Constituição contava uma aprovação de 62%. O referendo decorreu sem incidentes, com uma taxa de participação de 55%, disse o porta-voz da Comissão, Somchai Srisutthiyakorn. O eleitorado tam-bém aprovou, com 58% dos votos, uma segunda pergunta que autori-za o futuro Senado a participar na eleição do Primeiro-Ministro da pri-meira legislatura. A aprovação abre caminho para a realização de elei-ções gerais no final de 2017, segun-do um compromisso reiterado pelo chefe da Junta e líder do Governo, Prayut Chan-ocha. A minuta consti-tucional, redigida por um comité de 21 membros escolhidos pela Junta Militar, foi criticada pelos principais partidos do país e organizações in-ternacionais.

Excursões para Europa descem um terço no VerãoOs recentes episódios relacionados com terrorismo em vários países da Europa estão a fazer esmorecer o in-teresse de muitos turistas da RAEM. Segundo o presi-dente da Associação da Indústria Turística, o número de

excursões de Macau para o Velho Continente diminuiu pelo menos um terço nestas férias de Verão. Em contra-partida, o Japão e a Coreia do Sul são destinos cada vez mais atractivos. Pág. 5

Págs. 2 a 4

RIO 2016 DESLUMBRA NA ABERTURA

“Olha que coisamais linda!”

Centrais

Pág. 15 Última

Indonésia frustra planode ataque terroristacontra “Marina Bay”

Cardeal John Tong diz que Pequim quer alcançar“entendimento” com Vaticano

Comissão da AL alerta para “alto risco”na Lei do Erro Médico

Pág. 6

MGM volta a adiar abertura de resortno COTAI

Pág. 7

Salas de amamentaçãovão ser obrigatórias nos serviços públicos

Pág. 8

JOSÉ PERES DE SOUSA EM ENTREVISTA AO JTM

“Saúde tem de ser sempre planeada

a 10 anos”

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02 JTM | LOCAL Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Fátima Almeida, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Eva Cabral, Francisco José Leandro, João Figueira, Jorge Rangel, Luíz de Oliveira Dias, Marques da Silva e Regina Azevedo Pinto • Grafismo: Suzana Tôrres e Tiago Alcântara • Secretário da Redacção : Alexsandro Sampaio • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

O investimento na Saúde tem sido suficiente?

-Não sou o Governo para estar a afirmar isso. No planeamento da saúde, certamente que o Governo tem atenção a todas as variantes que implica a saúde, desde os recursos hu-manos qualificados, a manutenção dos hospitais, manutenção e aquisição de novos equipamentos. O investimento é sempre alto até porque a medicina já não é o que era há 20 anos, pelas novas tecnologias que foram sendo introduzi-das. Quase podemos dizer que há uma revolução tecnológica na medicina e isso reflecte-se no modo como encara-mos os actos médicos e cirúrgicos den-tro das instituições hospitalares. Sou do tempo em que, em Portugal, para operar umas amígdalas ou umas ade-nóides internávamos os doentes duran-te três ou quatro dias. Neste momento não temos internamento praticamente. O doente faz as operações em cirurgia de ambulatório, porque a técnica, as ca-pacidades técnicas, tornam o acto me-nos invasivo e de menor morbilidade. A pessoa recupera muito mais depres-sa. Isso altera muito o modo como en-caramos a doença e o modo como nos prostramos perante ela.

-Como é que tem sido essa evolu-ção em Macau?

-Trabalhei cá antes de 1999. Fui sub-director do hospital, com o Doutor Go-mes da Silva, uma pessoa que muito

estimo e tenho pena que já não esteja en-tre nós. Portanto, fiquei com uma visão bastante boa daquilo que se fazia aqui em termos de saúde, desde os cuidados básicos, que continuam a ser bons. Em relação aos hospitais em si, não sei real-mente em que é que evoluíram, o que é que conseguem dar à população de melhor e de mais, porque isso é o mais importante. Dar mais e melhor com o mesmo ou menos dinheiro, e com me-lhores condições. Neste momento sei que está anunciado um hospital novo para as Ilhas. Um hospital público é uma estrutura que demora muitos anos a construir devido ao planeamento.

-Justificam-se os atrasos, portanto?-Depende muito daquilo que o Go-

verno quiser para aquele hospital. O planeamento é feito atendendo ao que se quer desenvolver especificamente nesse hospital para ser não concorrente do que já está aqui, mas complementar. Ou seja, o Hospital das Ilhas, além das funções básicas, devia ser um hospital de ponta para desenvolver outro tipo de serviços de que Macau está carenciado.

-Que tipo de serviços?-Isso é para as pessoas como o di-

rector e o subdirector dos Serviços de

Saúde. Eles é que têm de pensar nisso. Podemos dar sempre o nosso contributo, mas penso que o Secretário Alexis Tam e a sua equipa, certamente, terão isso em consideração. Não podemos estar sem-pre a olhar para as mesmas coisas, do mesmo modo. Temos de olhar de um modo diferente. A complementaridade é uma arte. Mas, de qualquer forma, num hospital trabalhamos em complementa-ridade, com outros serviços, outros mé-dicos. Por isso, depende muito do que se quer fazer aqui. Mas Macau tem um problema básico: não forma médicos. Os médicos que cá estão são todos for-mados na China ou noutros países que têm graduação em medicina e depois não existe propriamente uma estrutura que sustente o internato da especialida-de. Só existe internato da especialidade dentro do Centro Hospitalar Conde de São Januário (CHCSJ), que é o único hos-pital que tem a estrutura montada para se criarem novos especialistas. Novos especialistas demoram anos a criar e a ter experiência ainda mais. Isso é muito importante. É por isso que um hospital demora sempre muitos anos a constituir. Primeiro, a parte física, mas depois tudo aquilo que seja gerar rotinas, começar a

Inês Almeida tratar os doentes para que os serviços comecem a funcionar correctamente, de-mora tempo.

-Era importante haver outro local para o internato médico que não o CHCSJ?

-Não. Existe uma complementarida-de. Os médicos daqui podem ir a Portu-gal, aos Estados Unidos, fazer estágios parcelares e parte da especialidade nes-ses países. Quando me refiro a Portugal é porque havia uma relação histórica de proximidade, mas podem ir para outros sítios onde sejam depois reconhecidos os seus diplomas de especialistas.

-Faria sentido haver uma faculdade de medicina?

-Não sei. Não me pronuncio sobre isso. Em Portugal, neste momento, te-mos cinco faculdades de medicina para uma população de 10 milhões de pes-soas. Cada faculdade daria cobertura a dois milhões de pessoas. Macau não tem essa população, tem 600.000 habi-tantes. É uma cidade muito dinâmica. Isso é uma coisa que as pessoas têm de pensar, mas a fazê-lo, tem de ser uma Faculdade de Medicina internacional, não pode ser uma Faculdade de Medi-cina “à Macau”.

-O que é que isso significa?-Significa que tem de ter muitos pro-

fessores convidados, pessoas de grande gabarito, porque formar um médico é uma coisa de grande responsabili-dade, além de dar a continuidade do seu conhecimento, proporcionando, a nível local, que faça o internato da sua especialidade e simultaneamente con-siga sair e trabalhar noutros sítios, em

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JOSÉ PERES DE SOUSA EM ENTREVISTA AO JTM

Médicos devemser reguladospor “estruturaem pirâmide”

Apesar de considerar que a Saúde em Macau funciona bem, José Peres de Sousa entende que é preciso

criar uma entidade que reconheça as especialidades dos médicos e que faz falta humanizar os cuidados

prestados, sobretudo numa altura em que há um crescente número de pessoas com idade mais

avançada. Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, o director clínico da MaloTaivex entende que a RAEM tem condições para ser um destino no âmbito do turismo de saúde, no entanto, alerta, “não podemos ser

megalómanos”

Numa terra como esta, onde apesar da crise o dinheiro abunda, era importante pensar nos cuidados que serão dados às pessoas que envelhecem, que não têm quem

as apoie, que estão acamadas para o resto da vida

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 JTM | LOCAL 03

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Portugal, no Japão, na Coreia do Sul. A medicina é uma linguagem univer-sal. Todos nós habitualmente comu-nicamos em inglês. A medicina é uma linguagem muito técnica, e é mais fácil falar tecnicamente em inglês do que em português, porque o inglês ajusta--se perfeitamente à síntese e àquilo que queremos dizer às pessoas. As palavras têm um significado muito preciso.

-É fácil comunicar em inglês em Macau?

-Está melhor. Há uma maior comu-nicação bilingue em inglês, porque é impossível entendermos o pensamento em chinês.

-Mas faria sentido formar médicos em Macau?

-Não tenho uma ideia precisa sobre isso. É preciso ter estudos feitos, saber quanto custa. O aluno de medicina fica caro. A sua formação e a sua pós--graduação. São cinco ou seis anos de curso de medicina, agora, por exemplo, em Portugal, fazem o internato nos úl-timos dois anos, portanto, já são meios médicos. Depois, as pessoas são qualifi-cadas e concorrem a especialidade, que são cinco anos. Quando a acabam, não são especialistas a 100%. Faltam-lhes os tais cinco anos de experiência que pre-cisam. Já lá vão 10 anos, mais os seis do curso, são 16 anos. Depois, o médico vai chegar à conclusão que a sua formação ainda é limitada. Só aos 40 ou 45 anos está na plenitude das suas funções, quando é capaz de trabalhar sozinho e ensinar outros que sabem menos. Isso implica também aferir os conhecimen-tos dos médicos regularmente, por isso é que em Portugal existem as carreiras médicas. Elas fizeram-se não só para as pessoas serem recompensadas mo-netariamente mas fundamentalmente para que a cada cinco anos o médico seja avaliado por um júri que neste mo-mento é único, que faz parte da Ordem dos Médicos e das instituições gover-namentais, para dar a titulação. Depois de titulados, o próprio Estado organiza cursos de cinco em cinco anos para sa-ber se as pessoas estão capazes de se di-ferenciar, ou se se diferenciaram mais. É assim que vamos evoluindo.

-Aqui isso não existe...

-Em Macau, que me lembre, o que conhecia era um quadro circular, quem pegava uma vaga de especialista. Essa vaga depois ficava cativa para o lugar de chefe de serviço, e não largava a vaga. Agora penso que está diferente. Em todo o caso, os concursos são feitos sempre com cinco pessoas, mas para avaliar um otorrino não são precisos cinco otorrinos. Se houver dois cirur-giões e dois ou três otorrinos, já conse-guem avaliar correctamente essa pessoa e dar-lhe a graduação que merece. Mas só o Governo é que pode trabalhar esse aspecto e melhorá-lo. Existe uma direc-ção do internato médico no CHCSJ, que é quem controla toda a evolução dos médicos até à sua especialidade. Depois

dela é que já não há uma entidade que controle a qualidade do trabalho.

-Como uma ordem dos Médicos?-Exactamente.-Deveria haver?-Uma Ordem dos Médicos implica

muita coisa e sobretudo mentalidade para se trabalhar em associativismo médico. Há regras disciplinadoras para os médi-cos. O erro médico em Portugal é tratado a dois níveis: tem o nível da instituição e da Ordem dos Médicos. Cada uma faz os seus inquéritos, independentemente daquilo que pode acontecer a nível de acção criminal ou cível contra o médico. Há um inquérito nos hospitais sobre ac-tos que aconteceram e depois, também se a Ordem dos Médicos souber, faz o seu

inquérito. É para termos uma relação balanceada. Habitualmente aquilo que a Ordem faz é regular o acto médico em si, torná-lo mais humano e evitar que o erro aconteça. Aqui, acho que o Governo já to-mou consciência disso e criou uma estru-tura, que não é bem ao nosso modo, para começar a controlar a quem deve ou não dar a licença para trabalho em Macau. Em princípio, as pessoas têm de ser resi-dentes de Macau porque isto é um local estranho. Mas dá autorização em termos gerais. Eu, aqui, tenho uma licença de “M”, que significa que sou médico, mas nada me atribui o valor da especialidade que tenho.

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 201604 JTM | LOCAL

Humanizar os serviços e tratar as pessoas melhor custa dinheiro, mas depois também custa muito

menos porque os outros cuidados ficam mais bara-tos. É muito mais caro ter um doente acamado num

hospital, tipo hotel, do que ter em casa ou numa residência especializada a fazer os tratamentos

< CONTINUADO DA PÁGINA 3

Só posso dizer que sou otorrino por-que trabalho num hospital e antes tra-balhei no CHCSJ nessa especialidade, como chefe de serviço. Automaticamen-te, mesmo não tendo nenhum papel a reconhecê-lo, toda a gente sabe que sou otorrino, inclusivamente os Serviços de Saúde. É preciso trabalhar muito e a sério nesse campo. Se é uma Ordem que vai fa-zer isso ou outra instituição, não sei. Não faço questão que seja uma Ordem. Faço questão é que haja uma estrutura em pi-râmide que regule o poder dos médicos, porque quem regula o poder dos médi-cos é o director dos Serviços de Saúde e, em último caso, o Secretário para os As-suntos Sociais e Cultura. Mas devia haver uma separação entre a parte formativa e a parte executiva da saúde.

-De que forma?-Devia haver órgãos independentes,

dentro de uma coordenação geral, os ór-gãos deviam ser independentes da tute-la. Uma instituição que desse aos médi-cos o reconhecimento da sua actividade, porque isso não existe cá. Pode ser um Conselho Médico, pode ser o que quise-rem, mas não lhe chamaria Ordem dos Médicos. Falava mais de um Conselho Médico que teria um organigrama bem definido e uma das estruturas seria a da atribuição da especialidade e criação de colégios das diversas especialidades que há no hospital. Assim teríamos mais or-dem nesta desordem.

-O reconhecimento das especiali-dades é um dos principais problemas?

-Certamente. Existe um vazio legal porque não foram criadas estruturas. Estamos em 2016 já tivemos 16 anos em que foi possível ver que havia lacunas em diversos aspectos administrativos e legais mas que interferem com a vida das pessoas. Se vier algum colega meu que se queira instalar como cardiologista aqui, quem lhe reconhece as habilitações não é um colégio de cardiologistas. É uma or-ganização técnica para o licenciamento que lhe poderá dar o reconhecimento.

-Porque é que esses vazios legais não foram colmatados?

-As pessoas estiveram preocupa-das com outras coisas. Na saúde, para se fazerem as coisas é preciso pensar nelas primeiro. As pessoas em Macau estão tão absorvidas que às vezes não têm tempo para pensar. Não existe uma reflexão sobre a saúde. Nós, os médi-cos portugueses, também não fazemos muito por essa reflexão, para criar, pro-por, dinamizar. Estamos muito voltados para outras coisas e não para essa refle-xão médica que é necessária. Estamos a falar de fazer evoluir o sistema para melhor. Eu trabalho em Macau como não trabalho em mais lado nenhum, mesmo em Portugal. Trabalhei aqui no São Januário, e tenho uma óptima ideia das estruturas que existem aqui. Mas neste momento pensaria a saúde de um modo diferente do que está a ser feito aqui. Na organização da saúde, o Go-verno devia pensar em alterar algumas coisas. Mas não me vou pronunciar mais sobre isto.

-Devia haver uma comunicação mais estreita entre a tutela da saúde e os médicos?

-Não. A comunicação existe. Há um hospital público que é o CHCSJ, um semi-público que é o Kiang Wu, depois há um “hospitalzinho”, que é o Taivex-Malo, e o hospital universitário. Todos têm visões diferentes da saúde e do que ela deve ser. Há uns que são mais impor-tantes do que outros e outros que estão vocacionados para outras funções. O CHCSJ e o Hospital Kiang Wu são aque-les que podiam dar formação. Temos

que entender que a estrutura orgânica do Hospital Kiang Wu não tem nada a ver com a do CHCSJ. Não sei como é que isso se poderia coordenar melhor ou fa-zer com que as duas partes trabalhassem melhor em conjunto. Desconheço qual é a filosofia que rege o hospital universitá-rio, mas em princípio seria para a medi-cina tradicional chinesa, apesar de terem feito algum esforço de modernização nas instalações. Na Clínica Malo, esta-mos virados para determinados aspec-tos da saúde e do bem-estar das pessoas. Uma das coisas que seria conveniente fazer, em Macau, era cuidar da humani-zação dos cuidados, cuidar do que vem a seguir com o aumento da idade das pessoas, porque já começa a haver um número maior de pessoas que necessi-tam de mais cuidados, e como tratar as pessoas que necessitam de mais interna-mento e de outros cuidados. Uma coisa que tenho curiosidade em ver é como vão ser organizados os cuidados pos-teriores ao hospital, porque há muitos doentes que ficam acamados, incapaci-tados e precisarão de cuidados até por-que as casas em Macau não têm condi-ções para as famílias manterem doentes acamados. São pequenas, antigas. Numa terra como esta, onde apesar da crise o dinheiro abunda, era importante pensar nos cuidados que serão dados às pessoas que envelhecem, que não têm quem as apoie, que estão acamadas para o resto da vida. É muito complicado e penso que o Governo está atento a isso e terá de fazer alguma coisa. Senão acontece aquilo que aconteceu no CHCSJ.

-E o que aconteceu?-Como os serviços de internamento

não davam resposta aos doentes que davam entrada na urgência, criaram um serviço de 100 camas na urgência. É um dos maiores do mundo. Mas a ur-gência não é um serviço de internamen-to. É um serviço onde as pessoas estão 24 horas, ou menos. Para uma urgência funcionar, a retaguarda tem de funcio-nar. Se os serviços estão permanente-mente a ser invadidos de doentes com patologias incapacitantes, diabéticos, AVC’s, hipertensos, é muito complica-do gerir. A maior parte das pessoas vai ao hospital por causa disso.

-Mas, neste caso, estamos a falar de um problema estrutural, porque está tudo interligado...

-É preciso pensar como se vai des-fazer o nó. O nó existe, mas tem de ser desfeito a vários níveis, por um lado, proporcionando melhores cuidados bá-sicos, e em Macau os cuidados primá-rios já são muito razoáveis. Os cuidados hospitalares podem ter alguns proble-mas, podemos dizer que não há huma-nização, que as pessoas estão amontoa-das, há toda uma série de questões que se pode pôr, mas tem de se pensar.

-Estas preocupações já são tardias?-A RAEM tinha uma das populações

mais jovens do mundo, agora se calhar já não porque começaram a vir para cá muitas pessoas, expatriadas ou não, que já estavam na chamada meia idade, en-tre os 40 ou 50 anos. Depois de 15 anos, já têm 65 ou 66. Evidentemente que são pessoas activas, trabalham, porque aqui

deixar de trabalhar é mau, pois as pes-soas não sabem o que hão-de fazer, mas por isso é que o Secretário Alexis Tam se ocupa dos assuntos sociais, da saú-de. A preocupação não é tardia, está-se sempre a tempo de fazer as coisas, mas é preciso pensar nelas e quando se pla-near, planear-se não a cinco mas a 10 anos. A saúde tem de ser sempre planea-da a 10 anos. Cinco anos é muito pouco.

-Porquê?-Se queremos planear um hospital e

cuidados diferenciados, isso tem de ser feito a 10 anos. Tem de se trabalhar com as pessoas, ver quantas estão disponí-veis, quantos médicos e enfermeiros es-tão dispostos a prestar estes cuidados, a ir a casa das pessoas, a humanizar as pessoas. Também temos de ter assis-tentes sociais. Isso tudo custa dinheiro. Humanizar os serviços e tratar as pes-soas melhor custa dinheiro, mas depois também custa muito menos porque os outros cuidados ficam mais baratos. É muito mais caro ter um doente acama-do num hospital, tipo hotel, do que ter em casa ou numa residência especiali-zada a fazer os tratamentos. A questão que se põe depois é a da equipa. As pes-soas não trabalham isoladamente, cada vez mais trabalham em equipa. Portan-to, o que é preciso é criar essas equipas, condições e infra-estruturas, aliviando uma parte da pressão que existe e dan-do resposta, com melhor qualidade, às necessidades das pessoas, que é o mais importante.

-Há recursos humanos suficientes para isso?

-Os recursos humanos se não exis-tem, criam-se, importando pessoas com qualidade, bilingues, em princípio. Têm de falar sempre em inglês e tem de se estabelecer que o inglês é língua ofi-cial. Não pode ser o português, o chinês ainda pode ser. Quem vier para cá tem de forçosamente saber parte de chinês. Têm de saber o básico e indispensável para poder criar uma relação de empa-tia e de simpatia.

-Macau tem condições para ser um destino no âmbito do turismo de saúde?

-Tem, já vimos isso. Não podemos é ser megalómanos. Devemos integrar aquele conceito de Macau, Centro Mun-dial de Turismo e Lazer onde a saúde, em termos gerais, ocupa uma boa fatia. Temos de procurar, atendendo ao tipo de visitantes, o que podemos oferecer a essas pessoas para tornar atractivo para elas estar num sítio onde podem ir a um casino, onde têm um espectá-culo teatral ou uma ópera chinesa, es-pectáculos de rua, se for preciso, e onde conseguem ter um centro comercial de grande qualidade. Os casinos conse-guem trazer pessoas de todo o lado. O nosso projecto, na Malo, foi um bocado pensado com base nisso. Somos um hos-pital pequeno e, por isso, pensámos que tínhamos de fazer três coisas: dentária, arte dentária, estética dentária, porque é atractivo, apelativo, depois criar um centro de dermo-cosmética com cirur-gia plástica, tratamentos diferenciados. Criámos o conceito de spa médico. Fo-mos o primeiro spa médico existente no mundo. Já não somos, neste momento, infelizmente o spa perdeu-se. O projecto agora está amputado e o Venetian sofre com isso, porque havia uma ideia que o Venetian aceitou que era ter um hospital e um sítio onde se pudesse fazer outros tratamentos, de hidroterapia, acupunc-tura, medicina física, tratamentos de detox, beleza. Havia uma sinergia muito boa para isso. Por motivos que não vale a pena estar a mencionar, o projecto não teve pernas financeiras para andar e foi perdendo um braço, outro braço, uma perna. Neste momento coxeia com uma perna.

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 JTM | LOCAL 05

RESIDENTES RECEIAM AMEAÇA DO TERRORISMO

Excursões para Europa caem um terço no Verão

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A vontade de passar fé-rias na Europa está a diminuir junto dos re-

sidentes de Macau devido aos incidentes relacionados com o terrorismo que têm abalado alguns países. De acordo com o presidente da Associação da Indústria Turística de Macau, o número de excursões com destino à Europa diminuiu este Verão pelo menos um ter-ço, quando comparado com o mesmo período de 2015.

Para Wu Keng Kuong, a questão da segurança é a que está a ter maior peso. Assim, o Verão de 2016 está a ser mais “tranquilo” em termos de via-gens até porque o progresso da economia de Macau este ano “não foi satisfatório”. A títu-lo de exemplo, o responsável explicou que, por norma, as vagas para as excursões cos-tumam esgotar-se dois me-ses antes do início das férias de Verão, porém, este ano, no princípio de Agosto, ainda há lugares por preencher.

De acordo com o jornal “Ou Mun”, o presidente da Asso-ciação da Indústria Turística de Macau revelou que, pelo con-trário, as viagens para o Japão e a Coreia do Sul ganharam

Os recentes episódios relacionados com terrorismo em vários países da Europa estão a funcionar como “repelente” para os turistas da RAEM. O presidente da Associação da Indústria Turística revelou que o número de excursões de Macau para o Velho Continente diminuiu pelo menos um terço este ano. Pelo contrário, o Japão e a Coreia do Sul são destinos cada vez mais atractivos

O saldo devido dos cartões de cré-dito em Macau cresceu 21,4% para 2,3 mil milhões de patacas

em termos anuais e 8% face ao primeiro trimestre deste ano, revelam dados da Autoridade Monetária. Já o denomina-do “rollover” subiu 14,3% e 3,4% para cerca de 704,9 milhões, ou seja 30,4% do saldo devido.

As estatísticas mostram que, na re-lação entre os valores emprestados e em mora, o crédito “malparado” man-teve-se a níveis baixos, com o rácio de débito não pago, tal como o dos valo-res por liquidar há mais de três meses, a atingir 1,46% em Junho, contra 1,35% em Março. Porém, o débito não pago com atrasos superiores a três meses su-biu 49,1% para 33,8 milhões de patacas no intervalo de um ano e 16,8% na va-riação trimestral.

Já o débito com atrasos de liquidação entre três e seis meses totalizou 13,8 mi-lhões, traduzindo acréscimos de 14,8% e 29,4% em comparação com o trimestre anterior e o período homólogo de 2015, respectivamente.

No final de Junho, o limite de crédito

dos cartões emitidos pelas instituições bancárias autorizadas em Macau totali-zava 23,7 mil milhões, mais 4,2% do que em Março deste ano e mais 21,4% face ao período homólogo de 2015.

Por outro lado, o crédito usado no segundo trimestre cifrou-se em 4,5 mil milhões, reflectindo subidas de 2,3% e 4,8% em termos trimestrais e anuais. O adiantamento de numerário atingiu 230,8 milhões (mais 5,7% do que no fi-nal de Junho de 2015), correspondendo a 5,1% do total do crédito usado. O mon-tante do reembolso, incluindo os juros e despesas, fixou-se em 4,4 mil milhões, menos 5,6% do que no trimestre anterior mas mais 5,9% do que em Junho de 2015.

Até ao final de Junho, foram emi-tidos, directa ou indirectamente, 1.009.590 cartões de crédito, o que re-presenta aumentos de 3,3% e 16%, res-pectivamente, em relação a Março de 2016 e ao período homólogo de 2015. No final do primeiro semestre, exis-tiam em Macau 715.147 cartões em patacas, 85.968 em dólares de Hong Kong, 208.475 em yuan e 201.381 em duas moedas (pataca e yuan).

Malparado sobe 49% nos cartõesO rácio do débito dos cartões de crédito com atrasos superiores a três meses voltou a crescer no segundo trimestre. O montante total envolvido ascende já a 33,8 milhões de patacas

Viviana Chan

O Novo Banco celebrou com a Well Link Group Holdings Limited, sociedade consti-

tuída em Hong Kong, um contrato de compra e venda da “totalidade do capital social do Novo Banco Ásia”, indicou a instituição ban-cária, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A concretiza-ção da venda está agora dependente de autorizações, nomeadamente do Banco de Portugal e da Autoridade Monetária de Macau.

Segundo o Novo Banco, esta operação terá um impacto positivo nos seus rácios de capital e repre-senta “mais um importante passo no processo de desinvestimento de activos não estratégicos” da insti-tuição e na estratégia de se focar no negócio bancário em Portugal.

O Novo Banco Ásia, instituição sediada em Macau que sucedeu ao Banco Espírito Santo do Oriente após a resolução do BES, fechou o

primeiro trimestre deste ano com lucros de 80.859 patacas, segundo dados publicados em Boletim Ofi-cial. Em 2015, registou lucros de 4,77 milhões de patacas.

Na sequência da derrocada do BES, o Novo Banco foi criado a 4 de Agosto de 2014 como banco de tran-sição, tendo ficado com os activos e passivos considerados menos pro-blemáticos. Apesar disso, tem vindo a acumular prejuízos, que atingiram 980,6 milhões de euros em 2015.

A instituição, que tem como accionista o Fundo de Resolução bancário, gerido pelo Banco de Por-tugal, está de momento sem presi-dente, uma vez que Eduardo Stock da Cunha saiu da instituição no fi-nal de Julho para voltar para o bri-tânico Lloyds Bank e António Ra-malho ainda não tomou posse uma vez que aguarda a aprovação final do Banco Central Europeu, o que deve acontecer na próxima semana.

JTM/Lusa

Novo Banco Ásia vendido a grupo de Hong KongSem adiantar o valor do negócio, o Novo Banco anunciou a venda da unidade que tem em Macau ao grupo Well Link, de Hong Kong

popularidade como segunda escolha de quem, inicialmente, tinha em mente passar férias a um qualquer país europeu. No entanto, alertou, a valorização do iene pode encarecer o custo das visitas.

Como forma de tentar vol-tar a despertar o interesse dos turistas pela Europa, Wu Keng Kuong salientou que o sector

tem lançado novas rotas para países como a Rússia, custando pouco mais de 10.000 patacas, até porque algumas agências de viagens têm acordos com transportadoras que fazem voos directos. O responsável desta-cou ainda as companhias “low--cost”, que têm chamado a aten-ção de muitos residentes.

Quanto ao mercado local,

Wu Keng Kuong mostrou-se pessimista, prevendo que o número de excursões que têm a RAEM como destino deve continuar a descer durante o Verão, face ao mesmo período do ano passado.

Por outro lado, o dirigen-te associativo destacou que os turistas com vistos individuais costumam visitar Macau nesta

altura, pelo que a taxa de ocu-pação hoteleira deve manter-se acima dos 80%. Já os preços des-ceram 10% em relação a 2015. Uma maior oferta em termos do número de quartos vai levar a que as agências de viagens dei-xem de optar por fazer reservas com tanta antecedência.

O responsável recordou ainda que, nesta época a taxa de ocupação dos hotéis costu-ma ultrapassar os 90%, pelo que as reservas antecipadas eram uma necessidade.

“Turismo olímpico”pouco atractivo

Wu Keng Kuong indicou também que o turismo olím-pico não está na “moda” no território, já que o volume de pessoas que escolheram rumar ao Rio é pelo menos 50% infe-rior ao registado durante os Jo-gos Olímpicos em Londres, em 2012. Como motivo apontou a distância, já que o Brasil é mui-to mais longe da RAEM que a capital britânica.

Outras preocupações pren-dem-se com a segurança, a saú-de e as condições de higiene, pelo que apenas grupos com alguma ligação ao desporto escolhem fazer a viagem. Tam-bém têm impacto os assaltos e furtos que visaram a delegação chinesa no Rio de Janeiro.

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 201606 JTM | LOCAL

CHEANG CHI KEONG QUER PROPOSTA NA AL ATÉ DIA 15

Lei do Erro Médico envolve “alto risco”

Cheang Chi Keong acredita que a votação na especialidade do Regime Jurídico do Erro Médico

pode acontecer ainda antes do fim da sessão legislativa, no dia 15 de Agosto. De acordo com o Jornal do Cidadão, o presidente da 3ª Comissão Permanente da Assembleia Legislativa (AL) recor-dou que o diploma está a ser debatido há dois anos e nove meses dada a sua complexidade. Além disso, entretan-to houve uma mudança de Governo o que também poderia atrasar o proces-so, ainda assim, foi possível concluir a análise da proposta mais rapidamente do que estavam à espera, sobretudo de-vido às “questões técnicas”.

A proposta de lei previa que o diplo-ma entrasse em vigor 90 dias após a sua publicação, no entanto, no seu parecer, a 3ª Comissão Permanente refere que “vi-sando dotar, por um lado, os prestadores de cuidados de saúde e as demais enti-dades envolvidas na aplicação da futura lei de tempo suficiente para um conheci-mento aprofundado do novo regime le-gal e para a tomada das medidas necessá-rias para o cumprimento efectivo da lei” foi proposto o alargamento do prazo para 180 dias. O Governo aceitou a sugestão.

No documento divulgado na sexta--feira, é destacado que, com esta pro-posta, os doentes saem prejudicados no âmbito do pagamento de indemniza-ções. “No futuro, haverá lugar ao paga-mento de uma taxa para requerimento

A 3ª Comissão Permanente assinou o parecer sobre a Lei do Erro Médico, após quase três anos de debate. O documento adverte que os doentes saem prejudicados, nomeadamente porque assumir que a Comissão de Perícia venha a resolver as dificuldades com o ónus da prova, “é o mesmo que apostar os interesses do utente num jogo de alto risco”. A lei deverá entrar em vigor mais tarde do que inicialmente previsto para dar “tempo suficiente” aos prestadores de cuidados de saúde para terem “um conhecimento aprofundado do novo regime legal”

FONG SOI KUN DESMENTE CRÍTICAS E QUESTIONA IDENTIDADE DO DENUNCIANTE

Director dos SMG acusado por suposto funcionário

Fong Soi Kun, director dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) continua a ser alvo de críticas não apenas pelo sector político, mas também por cidadãos

e agora um alegado funcionário. No canal Lótus, um indivíduo que se apresentou como

um elemento da linha da frente mas não se quis identificar criticou de forma significativa Fong Sun Kun, garantindo que os funcionários dos SMG comunicaram por diversas vezes com o director sobre a evolução do tufão “Nida”. O suposto funcionário assegurou que os dados do Observatório mos-traram que a situação era merecedora do sinal 8, mas Fong Soi Kun decidiu manter o 3. “Tanto os funcionários na linha da frente, como as chefias do mesmo serviço não compreen-dem muito a sua decisão”, disse, acusando ainda o director de ter mentido na conferência da imprensa, inclusivamente no que diz respeito aos critérios para içar o sinal 8.

Fong Soi Kun disse que nem tinha dormido para acom-panhar o tufão, mas o funcionário realçou que o director tem

Embora Fong Soi Kun, director dos Serviços Meteorológicos e Geográficos, tenha pedido desculpa ao público pela falta de comunicação no caso do tufão Nida, não param de “chover” as críticas dirigidas aos serviços que lidera. Desta vez, um alegado funcionário da linha da frente queixou-se de Fong Soi Kun na televisão. Porém, o organismo duvida da identidade do indivíduo

Viviana Chan um escritório para descansar, enquanto os trabalhadores da linha da frente estiveram ao ar livre durante o tufão.

Segundo o jornal “Ou Mun”, Fong Soi Kun negou todas as acusações e disse duvidar da identidade do denunciante. “A decisão sobre o sinal foi conjunta, tomada na reunião com as chefias e os funcionários do serviço”, apontou o director. Além disso, salientou que não fugiu ao trabalho e descansou no escritório, sendo um jornalista da TDM testemunha da si-tuação, porque deu uma entrevista à televisão.

O programa “Fórum Macau” da TDM também se cen-trou nas falhas no mecanismo de alerta do tufão. O chefe da Divisão de Meteorologia, Tang Iu Man, explicou que cada pessoa tem uma opinião diferente na análise meteorológica, referindo que havia funcionários a sugerirem o sinal 8, no entanto, o “Nida” apresentava sinais de enfraquecimento e o vento estava mais fraco do que as previsões anteviam, pelo que Fong Soi Kun decidiu não içar o sinal 8.

Segundo a publicação “All About Macau”, Tang Iu Man disse que os SMG vão iniciar uma consulta a vários sectores para melhorar as instruções relativas a situações de tempes-tades tropicais.

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UIVOInês Almeida

da perícia, portanto, a alteração do regi-me de responsabilidade civil é mesmo desfavorável para o utente”.

Além disso, “estar a tirar conclusões antes da entrada em funcionamento da

dita Comissão [de Perícia] e assumir que esta consegue resolver as dificul-dades do utente na questão do ónus da prova, é o mesmo que apostar os inte-resses do utente num jogo de alto ris-

co”, refere o documento. A Comissão de Perícia foi ainda objec-

to de críticas pela “dificuldade de garan-tir a [sua] neutralidade, devido à mini di-mensão de Macau, e à eventual situação de diferença de especialidades no caso do médico responsável pela perícia e do mé-dico sujeito da perícia”.

No parecer de 219 páginas, é ainda referido que as alterações introduzidas “beneficiam meramente as instituições de saúde privadas e o pessoal médico do sector privado e enfraquecem os interesses do utente, o que contradiz a tendência internacional registada nos últimos 20 anos, que é a promoção da garantia dos interesses e o reforço da segurança do utente”.

Outra crítica prende-se com o facto de, se a perícia for pedida pelo paciente, ser necessário pagar uma taxa, decisão justificada pelo Governo com os custos do funcionamento da própria Comissão. O Executivo deu ainda o exemplo da China onde o valor atinge 4.500 renmin-bis. Já em Taiwan paga-se o equivalente a quase 9.000 patacas.

Quanto à cobrança de uma impor-tância pela entrega da cópia do processo clínico, a 3ª Comissão Permanente consi-dera que “não é razoável” que seja o pa-ciente a suportar os gastos.

Apesar de tudo, são apontadas me-lhorias como uma maior preocupação no que se refere ao direito à informação já que foi aditado o dever dos médicos de prestar informações aos pacientes sobre a sua situação clínica, as medidas de trata-mento e os riscos que acarretam.

Novas regrasna proposta daPrevidência CentralUm funcionário que não complete três anos de exercício de funções vai poder receber na mesma uma percentagem do valor das contribuições da entidade empregadora, no âmbito do futuro Regime de Previdência Central Não Obrigatório. De acordo com a Rádio Macau, a presidente da 1ª Comis-são Permanente da Assembleia Legislativa (AL) disse na sexta-feira que, agora, a pro-posta de lei prevê que só existirá a garantia de receber 30% do valor das contribuições feitas pela entidade patronal quando ficar completo o terceiro ano de trabalho, po-rém, o Governo concorda em fazer altera-ções, nas situações em que os funcionários deixam o trabalho por uma razão alheia ao seu desempenho. Alguns deputados suge-riram uma forma de escalonamento. “Por exemplo, para o primeiro ano de prestação de serviço, 10 por cento. Depois, no segun-do ano, mais 10 por cento, e por aí diante”, explicou Kwan Tsui Hang, acrescentando que, de acordo com os números mais recen-tes, “40% dos funcionários deixam de traba-lhar para o mesmo empregador em menos de três anos”. A presidente da 1ª Comissão Permanente sublinha ainda que são neces-sário “trunfos” para captar o interesse dos empregadores, visto que, dado o seu carác-ter não obrigatório, o Regime de Previdên-cia Central deve ser “atractivo”.

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 JTM | LOCAL 07

ABERTURA RETARDADA PARA O SEGUNDO TRIMESTRE DE 2017

MGM Cotai sofre segundo adiamento

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JTM

Inicialmente projectada para o quarto trimestre do cor-rente ano, a inauguração do

MGM Cotai foi retardada pela segunda vez. Depois de, em Fe-vereiro deste ano, ter adiado o lançamento do seu segundo em-preendimento na RAEM para o primeiro trimestre de 2017, a MGM China aponta agora a abertura para o período com-preendido entre Abril e Junho.

O anúncio coincidiu com a divulgação dos resultados fi-nanceiros do primeiro semestre e foi assumido com toda a natu-ralidade pelo presidente e CEO do grupo MGM Resorts Interna-tional, detentor de 51% do capi-tal da operadora de Macau.

“Estamos a entrar nas fases finais da construção do MGM Cotai. Temos vindo a trabalhar muito bem e em estreita colabo-ração com a nossa construtora, a China State Construction”, ga-rantiu Jim Murren, na habitual conferência telefónica com ana-listas, ao sublinhar que a empre-sa quer ter “a certeza absoluta” de que este será “o melhor resort possível”, correspondendo aos “elevados padrões” do grupo responsável pela empreitada.

Sublinhando que as duas partes sabem hoje com “gran-de clareza” quando poderá, de facto, o empreendimento abrir portas, Murren sustentou que o adiamento para o segundo semestre “vale a pena” e dará “um pouco mais de tempo” à operadora de jogo. O líder da

A abertura do projecto da MGM China no COTAI foi adiada pela segunda vez, mas a operadora assevera que a construção está a evoluir “muito bem” e o novo calendário, apontado para o segundo trimestre de 2017, permitirá ganhar tempo para erguer “o melhor resort possível”. O orçamento só subiu 1% para 24 mil milhões de dólares de Hong Kong

Sérgio Terra

EMPRESA GANHOU 31 MILHÕES USD NO 2º TRIMESTRE

Lucro da Melco Crown sobe 27%

No período compreendido entre Abril e Junho de 2016, os lu-cros líquidos da Melco Crown

Entertainment ascenderam a 30,8 mi-lhões de dólares americanos, o que re-presenta uma subida de 27% face ao período homólogo do ano anterior.

As receitas líquidas subiram 17% para 1,07 mil milhões de dólares norte-americanos, principalmente devido ao Studio City - o novo em-preendimento não tinha contribuído para as contas do segundo trimestre de 2015 por só ter começado a operar em Outubro - e ao aumento das recei-tas do City of Dreams Manila. Esses dois factores atenuaram assim as des-cidas registadas nas receitas do City of Dreams em Macau e do Altira.

O EBITDA ajustado (resultados an-

tes de impostos, juros, depreciações e amortizações) atingiu 245,3 milhões de dólares, mais 19,7% do que há um ano.

A Melco Crown confirmou entre-tanto que pretende instalar mesas para o segmento VIP no casino Studio City, cujas operações têm estado totalmente focadas no mercado de massas.

Lawrence Ho, presidente e director executivo da empresa, disse que a ex-pectativa é conseguir autorização do Governo, ainda este mês ou no início de Setembro, para 30 mesas de jogo VIP, que “melhorarão” os resultados do “resort”. “Ter alguma presença [de jogo] VIP irá provavelmente ajudar o resto da oferta não jogo”, acrescentou, citado pelo portal GGRAsia, numa conferência com analistas na quinta--feira à noite.

A Melco Crown registou lucros de quase 31 milhões de dólares americanos no segundo trimestre, beneficiando de um crescimento de 17% nas receitas líquidas. A operadora confirmou a intenção de abrir salas VIP no Studio City

Ponte do Delta vai abrir “nova fase” na RAEM,prevê Lui Che-wooO presidente do grupo Galaxy Entertain-ment acredita que o mercado do jogo e a in-dústria do turismo em Macau vão sofrer uma transformação após a conclusão da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, que poderá en-trar em funcionamento em 2020. “O merca-do hoteleiro de Macau vai registar uma nova fase de desenvolvimento quando a ponte co-meçar a funcionar”, disse Lui Che-woo, em entrevista ao “South China Morning Post”. O magnata reiterou que o foco do seu grupo empresarial será direccionado para as activi-dades não-jogo. Apesar das receitas do jogo já acumularem 26 meses consecutivos de quebras homólogas, o presidente da Galaxy Entertainment também permanece optimis-ta sobre a evolução do mercado, uma convic-ção reforçada em Julho, uma vez que a fac-turação caiu menos do que o estimado. Por outro lado, questionado sobre o processo de renovação das licenças do jogo, Lui Che--woo salientou que não pode falar em nome do Executivo, limitando-se apenas a garantir que a Galaxy procura fazer “o melhor” para “apoiar a política do Governo de Macau”.

MGM Resorts International in-dicou ainda que a revisão do calendário obrigará também a um ajusto ligeiro no orçamento, traduzido numa subida de 1% para 24 mil milhões de dólares de Hong Kong.

Por outro lado, Grant Bowie, director da MGM China, consi-derou “prematuro” pronunciar-

-se sobre a atribuição de mesas de jogo para o novo empreen-dimento. “Estamos a trabalhar arduamente para nos certificar-mos de que tudo esteja a postos e satisfaça todas as necessidades e objectivos” do Executivo da RAEM, afirmou Bowie, em res-posta aos analistas, que o ques-tionaram sobre a possibilidade

da operadora receber “luz ver-de” para instalar apenas cerca de 100 novas mesas, como po-derá suceder no caso do Wynn Palace.

Em Fevereiro, a MGM China justificara o adiamento do pro-jecto do COTAI até ao final de Março de 2017 como uma “de-cisão estratégica” baseada nas

“actuais condições do mercado” e no “calendário de inauguração de outros resorts na área”.

Receitas desceram 22% no primeiro semestre

De acordo com os dados divulgados pela empresa, as receitas totais da MGM China decresceram 22% para 7,2 mil milhões de dólares de Hong Kong na primeira metade de 2016, comparativamente a igual período do ano passado. Entre Janeiro e Junho, no capítulo das operações do casino, as receitas desceram 5% nas mesas do mer-cado de massas, 25% nas “slot--machines” e 35% nas salas VIP.

Na mesma linha, o EBITDA ajustado (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) recuou 16,6% para dois mil milhões de dólares de Hong Kong, face aos 2,4 mil milhões contabilizados no pri-meiro semestre de 2015.

No entanto, num registo mais positivo, a MGM China destacou o facto das suas recei-tas brutas do jogo só terem caí-do 5%, contra uma quebra de 8% na globalidade do mercado, sendo que a facturação nas me-sas comuns subiu mesmo 1%. No seu conjunto, relativamente ao primeiro trimestre deste ano, as receitas da MGM China dimi-nuíram 4% para 3,5 mil milhões de dólares de Hong Kong mas o EBITDA ajustado cresceu 4% para mil milhões.

O comunicado da subcon-cessionária realça ainda que mais de 80% dos seus lucros de-rivam do mercado de massas.

Orçamento do MGM Cotai cresceu 1% para 24 mil milhões de dólares de Hong Kong

O Studio City “está ainda em fase de crescimento e a posicionar-se para maiores aumentos de receitas e lucros no futuro”, considerou Lawrence Ho.

JTM com Lusa

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UIVO

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 201608 JTM | LOCAL

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INSCRIÇÕES PARA AS PROVAS DOSUNCITY GRUPO

63.º GRANDE PRÉMIO DE MACAU

Início das inscrições : 15 de Agosto de 2016Fim das inscrições : 9 de Setembro de 2016

Em relação aos Regulamentos Desportivos das corridas, favor de redigir à Página Electrónica do Grande Prémio de Macau: www.macau.grandprix.gov.mo

Local das inscrições: Associação Geral de Automóvel de Macau - ChinaAvenida da Amizade Edf. Grande Prémio de Macau R/C Horário de funcionamento: De Segunda-feira a Sexta-feira, das 09:30h às 13:00h, 14:30h às 18:30h.(excepto aos Sábados, Domingos e feriados Públicos) Para informações poderá ligar para o seguinte número de telefone: (853) 28726578

Direcção dos Serviços de Finanças

AVISO

COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

1. Faço saber que, o prazo de concessão por arrendamento dos terrenos da RAEM abaixo indicados, chegou ao seu término, e, que de acordo com o artigo 53o da Lei 10/2013 «Lei da Terra», de 2 de Setembro, conjugado com os artigos 2.o e 4.o da Portaria n.o 219/93/M, de 2 de Agosto, foi o mesmo automaticamente renovado por um período de dez anos a contar da data do seu termo, pelo que devem os interessados proceder ao pagamento da contribuição especial liquidada pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes.

Localização dos terrenos:- Avenida Wai Long, nos 1145 a 1235A e

Estrada da Ponta da Cabrita, nos 1048 a 1106, na Ilha da Taipa;– Avenida Son On, nos 833 a 855 e Rua da Riqueza, nos 16 a 48, (Zona Industrial do Pac-On, Bloco I do Lote L), na Ilha da Taipa;– Avenida Son On, s/n, (Zona Industrial do Pac-On, Bloco II do Lote L),

na Ilha da Taipa;– Estrada Lou Lim Ieok, nos 1005 a 1065, na Ilha da Taipa;– Rua Um dos Jardins de Cheoc Van, nos 9 a 139,

Rua Dois dos Jardins de Cheoc Van, nos 36 a 681 e Rua Três dos Jardins de Cheoc Van, nos 30 a 161, na Ilha de Coloane;

– Estrada da Aldeia, nos 872 a 1186, na Ilha de Coloane.

2. Agradece-se aos contribuintes que, no prazo de 30 dias subsequentes à data da notificação, se dirijam à Recebedoria destes serviços, situada no rés-do-chão do Edifício “Finanças”, ao Centro de Serviços da RAEM, ou, ao Centro de Atendimento Taipa, para os efeitos do respectivo pagamento.

3. Na falta de pagamento da contribuição no prazo estipulado, proceder-se à cobrança coerciva da dívida, de acordo com o disposto no artigo 6.o da Portaria acima mencionada.

Aos, 21 de Julho de 2016.

O Director dos Serviços de Finanças,Iong Kong Leong

DETIDO LÍDER DE AGIOTAS ENVOLVIDOS NO CASO

PJ não descarta suicídio no Emperor

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WON

G SA

NGUm homem da China Continental de 53 anos foi encontrado esfaqueado no Ho-tel Emperor, na sexta-feira, havendo ini-

cialmente indícios de se tratar de um homicídio. No entanto, a Polícia Judiciária (PJ) não descarta a possibilidade do caso se ter tratado de um sui-cídio.

Segundo o “Ou Mun Tin Toi”, as autoridades afirmam que o ângulo do corte de três centíme-tros perto do coração levanta dúvidas quanto à autoria do ataque. Além disso, a faca de 23 cen-tímetros, encontrada no local do crime, terá sido comprada dois dias antes pela própria vítima.

O homem estava sequestrado por dívidas de jogo de 30 mil dólares de Hong Kong, juntamen-te com uma mulher, num quarto do sexto an-dar do hotel. Na versão inicialmente divulgada, a amiga teria encontrado o homem na casa de banho, depois dos dois indivíduos que os vigia-vam terem fugido do quarto, no seguimento de uma discussão.

Entretanto, a PJ revelou que a mulher con-firmou que o homem terá pedido para ir à casa--de-banho e os “guardas” aperceberam-se de que se tinha trancado na divisão. Bateram na porta, mas sem obterem uma resposta, arrom-baram-na e encontraram o homem a sangrar na

Inicialmente suspeitava-se de homicídio na morte de um indivíduo no Hotel Emperor, mas o caso poderá afinal ser de suicídio, segundo informações da Polícia Judiciária, que já deteve um suspeito de liderar o grupo de agiotagem envolvido no caso

Detidos oito suspeitos de tráfico de droga

A PJ deteve oito pessoas, seis das Filipinas e dois portugueses com Bilhete de Identidade de Residen-te, por suspeitas de tráfico de droga. Durante a operação, foram ainda apreendidas cerca de 12 gra-mas de metanfetaminas. Segundo a Rádio Macau, após terem sido alertadas para a venda de estupe-facientes na zona da Igreja de São Domingos, as autoridades levaram a cabo uma busca domiciliária da qual resultaram as detenções. Cada transacção custava ente 200 a 300 patacas e o esquema tinha cidadãos filipinos como alvos. O caso já foi entregue ao Ministério Público.

ESPAÇOS PARA MÃES SERÃO OBRIGATÓRIOS NOS SERVIÇOS

Criadas 68 salas de amamentação

O director dos Servi-ços de Saúde (SSM) anunciou a criação de

68 salas de amamentação em 15 serviços públicos da tutela do Secretário para os Assun-tos Sociais e Cultura, até ao final do ano. Durante a ceri-mónia de entrega de louvo-res às mães que promovem a amamentação, em celebração da “Semana Internacional de Aleitamento Materno 2016”, Lei Chin Ion afirmou que a tu-tela pretende ainda criar me-didas de regulamentação para que esses espaços passem a ser obrigatórios em todos os servi-ços e entidades públicas.

Actualmente, todos os cen-tros de saúde já têm salas de amamentação, além de que o site e a aplicação móvel dos SSM também dispõem de in-formações sobre a amamen-tação e directrizes de criação e gestão de salas específicas para esses efeitos.

A intenção do Governo é que as medidas adoptadas possam servir de exemplo para que as empresas também instalem zonas próprias, crian-do um ambiente mais benéfi-co para as progenitoras. Este ponto de vista é apoiado pela presidente da Associação de

Amamentação de Macau, par-ceira no evento comemorativo.

Informações dos SSM indi-cam que a maioria das mães planeia amamentar quando descobre que está grávida. Dos 5.700 bebés nascidos no ano passado, 5.100 foram ama-mentados com leite materno, o que representa 88% do total dos recém-nascidos. Para além disso, mais de 630 crianças, cerca de 11%, foram amamen-tados, exclusivamente, com leite materno durante quatro ou mais meses.

“Estes números eviden-ciam que o Governo e as or-ganizações não governamen-tais estão a obter resultados positivos na promoção da amamentação, no entanto é necessário desenvolver mais actividades de forma a apoiar mães trabalhadoras que ain-da possuem dificuldades na amamentação”, indicaram os SSM em comunicado.

Na cerimónia realizada no Tap Seac, com a presença de 500 famílias, Lei Chin Ion destacou que o Executivo tem feito uma “aposta séria” na promoção do aleitamento e incentivo às instituições pri-vadas e públicas para apoia-rem as mães.

O Governo pretende criar 68 salas de amamentação em 15 serviços públicos até ao final do ano, numa tentativa de servir de exemplo ao sector privado. Estes espaços deverão mesmo passar a ser obrigatórios nos serviços públicos

banheira, fugindo de seguida. O homem foi de-clarado morto depois de ter sido transportado para o hospital.

Um dos suspeitos de ser o líder do grupo, um homem da China Continental, foi detido nas Portas do Cerco, na sexta-feira.

A PJ está a investigar o paradeiro dos dois homens que guardavam o casal.

L.F.

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 JTM | LOCAL 09

• • • BREVESReparação de ar condicionadoafectou sistema informáticoTrabalhos de reparação do ar condicio-nado na sala dos servidores centrais dos Serviços de Saúde (SSM) motivaram uma falha eléctrica e consequente quebra do sistema central de todos os computadores do organismo. Segundo uma nota oficial, a falha de energia levou à danificação do módulo do comutador de rede central e o módulo do comutador backup, provocan-do a quebra do sistema geral entre as 15:20 e as 16:20 de sábado. Todos os sistemas informáticos foram depois normalizados, tendo os SSM assegurado que, durante a interrupção, os serviços médicos mantive-ram o funcionamento normal.

Mais de mil balas encontradas em Sai VanUm cidadão denunciou a existência de um saco com 1.244 balas na Avenida da República, na sexta-feira. Segundo o Cor-po de Polícia de Segurança Pública, as ba-las encontradas em estado de abandono no jardim eram usadas em competições de tiro, estimando-se que tenham mais de 20 anos. As autoridades isolaram o local para investigação.

Excluídos 205 agregados do concurso para casas sociaisNos primeiros seis meses do ano, o Insti-tuto de Habitação (IH) excluiu 205 agre-gados familiares da lista de espera do con-curso de habitação social por “não terem efectuado a entrega dos documentos no prazo indicado, terem ultrapassado o li-mite máximo de património ou do rendi-mento, e por prestação de dados incorrec-tos ou inexactos”. De acordo com a Rádio Macau, de 2015 até Junho, foram retirados 302 agregados da lista, que agora con-ta com 1755 famílias. Por outro lado, no mesmo período foram devolvidas, volun-tariamente, 15 habitações sociais. Entre Ja-neiro e Junho, o IH detectou 46 casos sus-peitos de infracção das regras, sendo que em 20 deles serão desencadeados proces-sos judiciais para entrega das unidades.

Bombeiros realizaram simulacro no Wynn PalaceO Corpo de Bombeiros efectuou na sexta--feira um simulacro de incêndio e eva-cuação no Wynn Palace para testar as medidas de contingência e coordenação. O exercício começou com a simulação de um incêndio na sala do gerador de emer-gência do Wynn Palace, levando à eva-cuação do pessoal do hotel e entrada em acção de 33 bombeiros com seis veículos de emergência, num simulacro que durou meia hora. No total, participaram cerca de 800 pessoas, num exercício que obteve os resultados previstos.

Serviços de Estatística lançam Intercensos A Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) lançou ontem oficialmen-te o processo de recolha de informação dos Intercensos 2016. O director da DSEC lembrou os funcionários do organismo de que têm a obrigação de cumprir a lei e manter os dados pessoais recolhidos em absoluta confidencialidade. O Intercensos pretende actualizar a base de dados de-mográficos antes dos próximos Censos e conhecer a evolução demográfica de 33.000 unidades de alojamento.

O fotógrafo António Mil-Homens faz um balanço muito positivo do “workshop” de fotografia de viagem que organizou este fim-de-semana, com seis participantes.

“Beneficiando de toda a minha experiência e de viagens para várias latitudes, apanhando desde frio, a neve, calor extremo, tempo húmido ou seco, procurei ser, dentro do tempo dispo-nível, o mais exaustivo possível”, explicou em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

“Abordei desde fotografia citadina, a fotografia de nature-za, porque há quem goste da vida selvagem e vá para África, para um safari, e queira trazer boas imagens da fauna local”, acrescentou.

O equipamento foi um dos principais temas ao longo dos dois dias. “Procurei ser o mais claro possível sobre a forma de carregar o material, que depende da quantidade, do tipo de material e do peso. Também é preciso ter atenção à forma como se viaja, se vamos de avião ou de barco, por exemplo”.

Outros aspectos mais técnicos e até legais “que as pessoas muitas vezes não têm em atenção” não foram esquecidos. “Embora esteja afixado nos aeroportos, muitas vezes as pes-soas não se lembram que na bagagem de porão não se pode pôr baterias recarregáveis. Isso tem a ver com a questão do terrorismo e o risco de explosões. O que pode acontecer, en-tão? A pessoa chega ao destino e a bagagem não vem e depois quando aparece foi aberta ou danificada porque o ‘raio-x’ de-tectou um tipo de artigos que não podem ser transportados”.

Fazendo um balanço geral dos “workshops” que tem or-ganizado, António Mil-Homens refere que há sessões que cor-reram “de forma exemplar porque as pessoas estavam muito interessadas e empenhadas” e outras em que os grupos eram “mais heterogéneos” em termos de atitude.

“O que tem acontecido é que há pessoas que se inscrevem, FO

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ANTÓNIO MIL-HOMENS ENSINOU TÉCNICAS PARA CAPTAR IMAGENS EM VIAGEM

Workshop “activa” interesse fotográficoAntónio Mil-Homens organizou este fim-de-semana um “workshop” de fotografia de viagem para ajudar os participantes a terem noção de alguns cuidados a ter em conta e também despertar-lhes o interesse para o desenvolvimento dessa arte. A sessão incluiu ainda uma fase de “pós-produção” em que os “aprendizes” puderam editar imagens

Inês Almeida

têm uma máquina compacta, depois começam a perceber as potencialidades de um equipamento um pouco mais caro, mais volumoso, pesado, mas com o qual podem vir a regis-tar imagens que até agora não conseguiram”. Assim, “estes workshops acabam por funcionar como activador do interes-se dos participantes em termos fotográficos”.

No final da sessão de domingo, António Mil-Homens focou-se na pós-produção, após ter pedido aos participantes que escolhessem 10 fotografias que gostariam de melhorar. “Não só aquelas [fotografias] que gostam, mas algumas em que o resultado não foi exactamente o que pretendiam para perceberem o que aconteceu e futuramente fazerem melhor”, explicou o fotógrafo.

130 alunos em “acampamento espacial”

Dante Ferretti visitou Macau como “desenhador de troféus” Após ter sido convidado a desenhar os troféus do 1º Festival Internacio-nal de Cinema e Prémios de Macau (IFFAM, na sigla inglesa), o desig-ner Dante Ferretti esteve na RAEM durante quatro dias. O vencedor de três Óscares conhecido pelas suas colaborações com realizadores como Pier Paolo Pasolini, Frederico Fellini ou Martin Scorsese vai também ser presidente do júri do concurso de criação do troféu do “Prémio da Escolha do Público”. Durante a estadia, visitou os locais onde o festival se deve realizar, além de vários pontos que o ajudaram a compreender melhor “o contexto histórico” da cidade. Após visitar as Ruínas de São Paulo, o Templo de A-Má, a zona de São Lázaro, o Templo de Kun Iam, o Mercado Vermelho e vários complexos hoteleiros, o designer mostrou-se sobretudo impressionado com a “mistura única da cultura Ocidental com a Oriental”, indicou o secretariado do IFFAM.

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Patrocinado pela Fundação de For-mação Astronáutica Stanley Ho, o 23º Acampamento Aeroespacial Anual de Verão juntou em Pequim 130 alunos de 60 escolas secundárias de Macau, Hong Kong, Taiwan, Singapura e Ma-lásia. Durante a visita de estudo que se prolongou por sete dias, os estudantes participaram em seminários e visitaram museus e organizações dedicadas ao es-paço incluindo a Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento, o Centro para Recursos, Dados de Saté-lites e Aplicação, o Instituto de Sensibili-dade Remota e Digital, que faz parte da Academia de Ciência da China, a Aca-demia de Espaço e Tecnologia, o Museu

de Ciência e Tecnologia da China e o Planetário de Pequim, para além de lo-cais históricos como a Cidade Proibida. O secretário-geral da Fundação, Ambro-se So, destacou que esta iniciativa visou

“fomentar o conhecimento dos jovens em relação à ciência aeroespacial e o de-senvolvimento da China nesse campo, ao mesmo tempo que ficam a compreen-der melhor a cultura do país.

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 201610 JTM | ESPECIAL

“Cidade maravilhosa”deslumbrou ao ritmo do sambaUma exaltação das raízes brasileiras invadiu o Maracanã para uma deslumbrante Cerimónia de Abertura do Rio2016, com muito samba no pé e em que coube a Vanderlei Cordeiro de Lima a honra de acender a Chama Olímpica

A espera de uma vida chegou, final-mente, ao fim. O barulho do mar é o som de fundo daqueles acordes co-

nhecidos por todos. “O Rio de Janeiro conti-nua lindo”, sobretudo numa noite morna, de pirilampos de luz. Aquele abraço envolve o Maracanã num jogo futurista de prateados e azuis e o Brasil apresenta-se ao mundo, com ondas gigantescas, movidas ao compasso de “Samba de Verão”, de Marcos Valle.

O relógio vai ao zero, numa nuvem de al-mofadas gigantes, e a batucada agita o Mara-canã. Num momento de comunhão e fraterni-dade, o símbolo da paz inscreve-se no centro do palco, dando passo à apresentação do pre-sidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, e à mais doce das versões do hino nacional brasileiro.

Com Paulinho da Viola no violão e 60 ban-deiras brasileiras nas mãos de atletas - 10 es-trelas do desporto brasileiro e 50 jovens cam-peões -, sobe bem alto a “Auriverde”, antes que uma recriação do início da vida cubra o palco.

Micro-organismos movem-se frenetica-mente e dividem-se sem parar. Uma floresta tridimensional nasce do emaranhado verde,

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de onde esvoaçam borboletas amarelas, que se transformam na sombra de um gigante, porta--voz da chegada de grupos de indígenas, que, na sua dança, brincam com fios de luz.

Entretidos com a sua cortina luminosa, os indígenas são surpreendidos pela aparição de desconhecidos, provindos de mares nunca antes navegados - o Rio de Janeiro não esque-ceu a herança portuguesa, representada por três caravelas, pejadas de marinheiros imacu-ladamente vestidos de branco.

Mas nem só do vestígio luso é feita a his-tória do Brasil: agrilhoados, submissos, os africanos que foram trazidos à força para o Brasil fazem a sua entrada e, à medida que avançam, a floresta veste-se de plantações de cana-de-açúcar, momentaneamente invadi-das por orientais.

No coração do Maracanã, ergue-se a cida-de, com três grupos de “parkour” a pular so-bre os telhados, ao som de “Construção” de Chico Buarque. Anoitece. É tempo de um voo nocturno sobre o Rio de Janeiro, personifica-do na musa Gisele Bundchen, a “Garota de Ipanema” que Tom Jobim cantou.

“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça”, deixando um trilho de Óscar Nie-

meyer, que ecoa no funk carioca. Hino das fa-velas, “RAP da Felicidade” sai dos pés de um garoto que só quer ser feliz e que é a batuta de uma evocação das danças de rua e da nova música brasileira, apresentada ao género de disputa.

Entre fogos de artifício e “seres” estra-nhos, instalados numa gigantesca pista de dança, a actriz Regina Casé, uma das mais acarinhadas do país, convida todo o estádio a celebrar as diferenças, numa coreografia que une os 1.500 bailarinos às bancadas, que can-tam a plenos pulmões “Moro num país tropi-cal/ Abençoado por Deus”.

Terminado o apoteótico baile, um miúdo perde-se num labirinto de espelhos, que reve-la os desastrosos efeitos das alterações climá-ticas. Só uma flor, perdida e solitária, o salva. Ao tocá-la, anuncia que cada um dos atletas presentes no Rio2016 plantará uma árvore, que permanecerá como o seu legado para o Rio de Janeiro.

São eles, os atletas, o epicentro dos Jogos Olímpicos, pelo que a maior ovação é sua. A Grécia, pátria-mãe da competição, inicia o desfile das nações, com a equipa de refu-giados olímpica, os países vizinhos/latinos, o colosso Estados Unidos, a Itália e o Japão, com grandes comunidades no país, a Pales-tina, o país-irmão Portugal, e, obviamente, o Brasil, último a entrar no Maracanã, a serem os mais aplaudidos - só a Argentina e a Síria tiveram direito a assobios.

Reunidos os atletas, o símbolo do COI bro-tou de árvores e os anéis olímpicos ilumina-ram o céu. “O melhor lugar do mundo é aqui e agora”, mesmo que os momentos institucio-nais tenham arrefecido a festa.

O mítico estádio despertou da curta “ses-ta” para acolher os heróis que transportavam a bandeira olímpica, com a futebolista Marta e o basquetebolista Óscar Schmidt a levan-tarem as bancadas, que começaram a entoar ‘Guga’, antes de sambarem ao som de Cae-tano Veloso, Gilberto Gil e Anitta, que canta-ram “Sandália de Prata”, num sambódromo improvisado.

E aí, a correr com o seu tradicional sorri-so, apareceu Gustavo Kuerten. Mas, ao con-trário do que todos os rumores apontavam, o antigo número um do ténis passou a tocha à basquetebolista Hortência, que a transferiu para as mãos de Vanderlei Cordeiro de Lima. Único desportista latino-americano distin-guido com a Medalha Pierre de Coubertin, o antigo maratonista viu a vida retribuir-lhe o ouro que perdeu ao ser empurrado por um espetador em Atenas2004, ao protagonizar o momento mais emocionante da cerimónia de abertura.

* Jornalista da Agência Lusa

Ana Marques Gonçalves*

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura esteve na abertura dos Jogos Olímpicos, acompanhado por uma delegação do Comité Olímpico de Macau. Durante a breve estadia no Rio de Janeiro, Alexis Tam aproveitou para visitar a Aldeia Olímpica e várias instalações desportivas adaptadas para albergarem os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A delegação da RAEM incluiu ainda o presidente da ACOLOP, Alex Vong, o presidente do Comité Olímpico e Desportivo de Macau, Lo Keng Chio, o secretário-geral do mesmo organismo, Chan Chak Mo, e o presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, José Tavares, entre outros.

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 JTM | ESPECIAL 11

• • • JOGOS OLÍMPICOS DE 2016 • • •

O britânico Adam Peaty esteve em evi-dência, ao bater o recorde do mundo dos 100 metros bruços nas eliminató-

rias, com 57,55, superando o anterior registo, que já era seu, em 37 centésimos, nadador que voltou a cumprir um bom tempo na meia-final, ao gastar apenas mais sete centésimos, estabe-lecendo assim a segunda melhor marca mun-dial.

Nas finais do dia, realce para o título e recor-de do mundo da húngara Katinka Hosszu, que venceu a prova decisiva dos 400 metros estilos com o tempo de 4.26,36 minutos. Hosszu, que já era a detentora do recorde dos 200 metros es-tilos, foi a grande dominadora da final e bateu em quase cinco segundos a norte-americana Maya Dirado, medalha de prata, enquanto a de bronze foi para a espanhola Mireia Belmonte Garcia.

A fechar o programa de natação do dia, a es-tafeta australiana feminina a medalha de ouro dos 4x100 metros livres, juntando o terceiro re-corde do mundo da competição, ao terminar a prova com o tempo de 3.30,65 minutos. A for-mação australiana, composta pelas nadadoras Emma McKeon, Brittany Elmslie e pelas irmãs Bronte e Cate Campbell, conservou o seu título olímpico na especialidade. A medalha de prata foi para o quarteto norte-americano, enquanto a de bronze foi para a equipa canadiana.

No ciclismo de estrada, a surpresa veio para já do belga Greg van Avermaet, vencedor da prova de fundo, batendo ao ‘sprint’ o dinamar-quês Jakob Fuglsang, enquanto o polaco Rafal Majka, apanhado a um par de quilómetros da meta, abdicou da luta e ficou com a medalha de bronze.

Campeão do mundo em 2013, Rui Costa foi 10º, depois do 13º em Londres2012, numa pro-va marcada pela queda e abandono de Nelson Oliveira, que será o representante português no contrarrelógio: André Cardoso foi 3º e José Mendes 53º.

A primeira medalha de ouro dos Jogos Olímpicos foi para a norte-americana Virginia Thrasher, que venceu a prova de tiro de cara-bina a 10 metros. Thrasher, de apenas 19 anos, superiorizou-se à campeã olímpica em Ate-nas2004, a chinesa Du Li, prata, e à também chinesa Yi Siling, que defendia o título olímpico conquistado em Londres2012, e que ficou com o bronze.

O atirador Hoang Xuan Vinh conquistou para o Vietname o primeiro ouro da história daquele país, na prova de pistola de ar compri-mido a 10 metros. Impôs-se ao brasileiro Felipe Almeida Wu e ao chinês Pang Wei, numa pro-va na qual o sul-coreano Jin Jong-oh, campeão olímpico em Londres2012, foi quinto e o portu-guês João Costa, que cumpre a quinta olimpía-da, foi 11º, falhando a final de oito: na quarta--feira compete na pistola a 50 metros.

Alexis Santos bateu o recorde português dos 400 metros estilos, fixando-o em 4.15,84 minutos, tirando 46 centésimos de segundo ao máximo que já lhe pertencia, desde 2013, marca que lhe proporcionou o 14º lugar final.

O tenista Gastão Elias (61º jogador Mundial) qualificou-se para a segunda ronda ao vencer o australiano Thanasi Kokkinakis (452º ATP) pelos parciais de 7-6 (7-4) e 7-6 (7-3): segue-se o vencedor do embate entre Darian King, dos Barbados, e o norte-americano Steve Johnson.

JTM com Lusa

Recordes na natação marcam primeiro diaOs três recordes do mundo alcançados nas provas de natação constituíram os principais destaques do primeiro dia dos Jogos Olímpicos Rio2016, com realce ainda para o ouro do belga Greg van Avermaet no ciclismo de estrada

Portugal começou em “grande” no futebolA selecção de Portugal iniciou de forma categó-rica o torneio olímpico de futebol Rio2016, com um triunfo por 2-0 sobre a Argentina, campeã em 2004 e 2008. A formação das “quinas”, muito apoiada pelo público brasileiro, mais parecendo estar a jogar em casa, venceu com dois golos de fora da área, o primeiro de Gonçalo Paciência, aos 66 minutos, e o segundo de Pité, aos 84, com a ajuda de um grande ‘frango’ do guarda--redes Geronimo Rulli. Após a primeira ronda, a selecção lusa, que abriu a participação lusa no Rio2016, já é líder, com os mesmos pontos das Honduras (3-2 à Argélia), o seu próximo adversário, num embate marcado para domingo. Já a Coreia do Sul conseguiu a maior goleada na primeira ronda, ao bater as Ilhas Fiji por 8-0. No outro encontro do Grupo B, do qual sairá o eventual adversário de Portugal nos quartos de final, o detentor do título México e a Alemanha empataram a dois. Por seu lado, o anfitrião Brasil, de Neymar, decepcionou, ao ficar-se por um empate a zero face à África do Sul, no Grupo A, mesmo frente a 10 desde os 59 minutos. Iraque e Dinamarca também se ficaram por um ‘nulo”.

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AAdam Peaty bateu o recorde do mundo dos 100 metros bruços

O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura esteve na abertura dos Jogos Olímpicos, acompanhado por uma delegação do Comité Olímpico de Macau. Durante a breve estadia no Rio de Janeiro, Alexis Tam aproveitou para visitar a Aldeia Olímpica e várias instalações desportivas adaptadas para albergarem os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A delegação da RAEM incluiu ainda o presidente da ACOLOP, Alex Vong, o presidente do Comité Olímpico e Desportivo de Macau, Lo Keng Chio, o secretário-geral do mesmo organismo, Chan Chak Mo, e o presidente do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, José Tavares, entre outros.

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 201612 JTM | DESPORTO

CAMPEONATO DE BOLINHA

Quarteto só com vitórias a caminho das “meias”Ka I, Benfica, Monte Carlo e Sporting, somam por triunfos os jogos realizados e reforçam ambições para a fase seguinte do futebol de sete. A terceira jornada começa amanhã no sintético do D. Bosco

As quatro equipas de maior pres-tígio no futebol de Macau con-firmam as expectativas criadas

para este ano na “Bolinha”, ainda que o campeonato possa ter ainda muito para dar.

Concluída a segunda jornada, apesar de no Grupo B haver duas equipas (Kin Wa e Fu Si) só com um desafio realizado, em virtude do número de clubes ser ím-par, estão já lançados os primeiros dados em relação aos candidatos mais fortes e aqueles que terão melhores condições para estar nas meias-finais. Pode dizer--se que, até agora, não há praticamente surpresas, com os favoritos a somarem vitórias com maior ou menor dificulda-de e sem terem mostrado um futebol de nível elevado.

O Benfica, finalista vencido em 2015, foi o que mais deu nas vistas, pelo resul-tado (4-0 ao Chong Wa) logo na abertu-ra, para depois sentir muitos problemas para levar de vencida a equipa de João Rosa, o Cheng Fung, só marcando em cima dos 50 minutos pela “arma secreta”, o cabo-verdiano Alison Brito, que saltara do banco um minuto antes.

“A Bolinha é imprevisível, as equipas menos cotadas fecham-se muito, daí ter-mos marcado praticamente no fim. Se o

golo surgir cedo, tudo se torna mais fácil, a história é diferente”, disse Tiago Simões, o treinador benfiquista.

O adjunto de Henrique Nunes no fu-tebol de onze fala das cautelas na equipa: “Face à nossa grande preocupação, que é a AFC [na Taça da Confederação Asiáti-ca de Futebol], temos de ter cautela com os jogadores, vamos gerindo da melhor maneira e temos conseguido bons resul-tados”.

Já o Ka I, que tem um segundo jogo complicado na próxima sexta-feira, face ao Sporting, também entrou da melhor maneira e bateu o Night Walker, para logo de seguida apanhar um susto (dei-xou o adversário marcar primeiro), mas terminar por cima e com goleada de 4-1.

Ka I e Benfica estão em grupos dife-rentes e são apontados como os grandes favoritos a estar na discussão do título pela segunda vez consecutiva.

No entanto, entre ser favorito e con-firmar esse estatuto, vai alguma diferen-ça, ainda mais neste tipo de variante do futebol, onde as equipas, ditas de menor gabarito, se batem muito bem, fecham-se e apostam claramente no contra-ataque.

Isso é o que se tem visto mais uma vez no sintético do D. Bosco, dando o exem-plo das dificuldades do Monte Carlo, que venceu ambos os desafios (Chong Wa e Kin Wa) com apenas um golo marcado, porque os adversários dão grande prio-

ridade à consistência defensiva e partem em transições rápidas para os poucos ata-ques perigosos que constroem.

Monte Carlo à tangente

Os “canarinhos” têm todos os seus es-trangeiros a participar na “Bolinha” pela primeira vez e o técnico Cláudio Rober-to, também ele uma estreia, sublinha a importância de vencer já o próximo jogo: “Sem dúvida que se ganharmos ao Fu Si começamos a encaminhar a equipa para as meias-finais, por isso o desafio é de grande importância para nós.”

O treinador brasileiro, que conta no plantel da Bolinha com os mesmos com-patriotas do “Bolão” (Julyan Duarte, Jack-son Sousa, Camilo Neto e Andreson Ri-bas), reconhece que tem sido um desafio para todos.

“É um desafio diário, num campeona-to com regras semelhantes ao do futebol de onze. Vamos ganhando experiência e os bons resultados vão ajudando a equipa a ficar cada vez melhor”, afirmou.

Cláudio Roberto confirmou ao JOR-NAL TRIBUNA DE MACAU que dois dos seus principais jogadores, Paulo Chieng e Ho Man Fai, vão representar o Benfica na Taça da Federação Asiática (AFC), depois da Associação ter reajusta-do o calendário para que o Monte Carlo não saísse prejudicado.

Assim, os “canarinhos” fazem este

Vítor Rebelo jogo diante do Fu Si, em que são clara-mente favoritos, voltando a actuar so-mente a 26 deste mês de Agosto.

Uma paragem que apresenta aspec-tos positivos e negativos. “O pior pode-rá ser a quebra na sequência do trabalho e dos resultados que temos vindo a con-seguir. Por outro lado, se ganharmos en-tão esta semana e depois no reatamento, face ao Kei Lun, essa paragem não irá pesar. A situação está por isso equilibra-da”, referiu o técnico, que se encontra em Macau pela primeira vez, não se sa-bendo ainda se irá renovar o seu contra-to para permanecer na próxima época do futebol de onze.

Ambições leoninas

Quanto ao Sporting, tem cumprido com os objectivos delineados pelos diri-gentes e pelo próprio treinador João Pe-gado, tendo ganho à tangente à Polícia, a três minutos do fim (Edgar Silva), para depois ter um encontro mais aberto no confronto com o Chiba (4-2).

O regressado Edgar tem sido uma das mais valias dos “leões”, ele que conhe-ce os cantos à casa (Sporting), apesar de nunca ter actuado na “Bolinha”, levando já três golos em dois desafios.

O outro reforço para o ataque, o luso--angolano Roque Santos, começa a entro-sar-se e teve já a possibilidade de marcar um golo, depois de ter estado em branco nas últimas equipas por onde passou no futebol português, quase todas elas per-tencentes à Divisão de honra da Associa-ção de Lisboa.

Um nota também para os “outsiders”, ou seja, as formações que não são consi-deradas à partida favoritas, mas têm plantel e potencial para criar problemas aos mais fortes. É o caso do Night Walker, que já na temporada passada chegou às meias-finais e foi terceiro classificado.

Quis o sorteio que o “sete” de Chan Man Kin, antigo treinador do Lam Pak, quando o clube ainda se encontrava em actividade no futebol de onze, defrontas-se o Ka I logo na jornada inaugural.

Os “caminhantes da noite” perderam pela diferença mínima (2-1), mas deram muito trabalho aos pupilos de Josecler, que voltam a ter uma equipa de luxo, enviando duas bolas ao poste e desper-diçando oportunidades para dar a volta ao resultado, jogando com seis elementos desde os 33 minutos.

Na segunda jornada, o Night Walker mostrou de novo qualidade, superando a Polícia por 3-0, com dois tentos aponta-dos pela vedeta do plantel, o sul-africano Samuel Ramosoeu.

“Tivemos pouca sorte no sorteio ao termos de defrontar o Ka I logo a abrir, mas penso que a equipa deu uma boa resposta nesse jogo, apesar da derrota e depois face à Polícia. Estamos a melhorar, os estrangeiros começam a conhecer me-lhor o sistema da equipa e os companhei-ros, o que será importante para o futuro”, disse um dos elementos locais, Kwok Siu Tin, que reconheceu que “o Night Walker não pode perder mais pontos, sob pena de hipotecar as suas aspirações de qua-lificação.”

O conjunto de Chan Man Kin vai ago-ra defrontar os Sub 23. “Eles são jovens, estão bem fisicamente, defendem bem e são rápidos no contra-ataque. Temos de ter cuidado nesse aspecto”, concluiu Kwok Siu Tin.

CALENDÁRIO DA SEMANA

AmanhãSub 23-Night Walker (19:30)Kin Wa-Cheng Fung (20:30)

Quarta-feiraChiba-Lai Chi (19:30)Benfica-Kei Lun (20:30)

Quinta-feiraLam Pak-Polícia (19:30)Monte Carlo-Fu Si (20:30)

Sexta-feiraKa I-Sporting (19:30)

CLASSIFICAÇÕESDO CAMPEONATO DA BOLINHAGRUPO AKa I 6 (6-2)Sporting 6 (5-2)Lam Pak 4 (1-0)Night Walker 3 (4-2)Sub-23 3 (2-4)Lai Chi 1 (0-1)Chiba 0 (2-5)Polícia 0 (0-4)

GRUPO BBenfica 6 (5-0)Monte Carlo 6 (2-0)Kei Lun 3 (1-0)Cheng Fung 1 (0-1)Fu Si 0 (0-1)Kin Wa 0 (0-1)Chong Wa 0 (0-5)

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Alison Brito foi a “arma secreta” do Benfica frente ao Cheng Fung

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 JTM | DESPORTO 13

FUTEBOL EUROPEU

Saiu a “fava” ao FC Porto

Do pote mágico para encontrar o adversário do FC do Porto, com vista aos dois jogos do

“play-off” da Liga dos Campeões para acesso à importante fase de grupos - não só pelo prestígio desportivo, mas também pelos 12 milhões que podem fazem entrar nos cofres portistas, tão necessitados do “vil metal”, calhou o Roma de Luciano Spalletti, a equipa que, teoricamente, menos interessava defrontar.

Mas sorteio é sorteio e, como disse Fernando Gomes, o “bibota” agora in-vestido em director para os assuntos internacionais dos “dragões”, “não há volta a dar e é com a Roma que tere-mos de chegar à fase de grupos!”.

Mas, melhor seria que o encontro fosse disputado lá mais para diante e não já no próximo dia 17, quatro dias depois da estreia na Liga portuguesa,

No futebol, a teoria não conta. Mas, no sorteio do “play-off” da “Champions”, último patamar para o acesso à fase de grupos, saiu a “fava” ao FC do Porto, tendo de enfrentar o adversário teoricamente mais forte do lote dos possíveis

diante do Rio Ave. Razões? Várias, mas a principal reside no facto dos “dragões” ainda não estarem no mo-mento de forma ideal e ainda terem o plantel “aberto” para vagas conside-radas para lugares-chave.

Aliás, mesmo à distância de 10 dias, viu-se bem, na apresentação aos sócios, frente ao Villarreal, - vitória por 1-0 - que o jogo colectivo dos por-

tistas ainda precisa de afinações, ain-da há que refinar os automatismos im-portantes para as transições rápidas defesa-ataque, enfim, que as ideias de Nuno Espírito Santo comecem a ter tradução prática na desenvoltura da equipa.

Por isso, este encontro com a Roma surge como que “cedo demais” para se poder antever uma réplica forte da

equipa portuguesa. Claro que defron-tar um adversário deste gabarito será, por si só, um estímulo, uma motivação acrescida. O futebol português deseja isso, até porque precisa de mais pon-tos para melhorar o seu “ranking”.

Arouca enfrenta OlympiakosDepois do brilharete frente ao He-

racles - apesar do empate em casa, valeu o golo obtido na Holanda - que levou a equipa de Lito Vidigal ao “play-off” da Liga Europa e, natural-mente, gerou uma festa das rijas em Arouca, o sorteio também não lhe foi muito favorável, colocando no seu ca-minho o poderoso Olympiakos, que na época passada foi orientado por Marco Silva.

Se não bastasse o poderio eco-nómico e o título de hexacampeão, chegaria a experiência dos helénicos nas andanças internacionais para tor-nar difícil mais esta etapa da equipa sensação da última Liga Portuguesa. Mas, a história escreve-se linha a li-nha, página a página, e a garra e o en-tusiasmo reinantes em torno de uma colectividade que há sete anos milita-va nos escalões mais baixos do futebol português e agora está nas andanças europeias, geram uma alegria e uma força que poderá mover montanhas.

O primeiro jogo será em Arouca, a 17 de Agosto, e a visita à Grécia a 24.

* Jornalista profissional especializado em desporto. Com Lusa

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Costa Santos Sr.*

“Dragões” venceram o Villarreal na apresentação aos sócios

Notificação n.º 03/RC-GJN/2016

www.iacm.gov.mo

Considerando que não se revela possível notificar, nos termos do n.º 1 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, a interessada, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma prevista no mesmo número, da decisão administrativa de rejeição da sua reclamação, notifico, de acordo com o n.º 2 do artigo 72.º do mesmo Código, Lam Pou Leng (titular da licença n.º 34/1999, do Estabelecimento de Comidas Cheok Yut Hin Iai Ka Iai), sobre a respectiva decisão deste Instituto.

O Presidente do Conselho de Administração do IACM, Substituto, Lo Veng Tak, no uso das competências conferidas pelo Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e constantes da Proposta de Deliberação n.º 01/PDCA/2014, publicada na Série II do Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau n.º 20, de 15 de Maio de 2014, proferiu, por despacho de 27 de Outubro de 2015, o indeferimento da reclamação de Lam Pou Leng, mantendo a mesma decisão sancionatória, ou seja, a aplicação da multa no valor de dezassete mil e quinhentas patacas (MOP17.500,00) que lhe foi aplicada, e a obrigação de efectuar a inspecção, reparação, limpeza e substituição de equipamentos no prazo de quinze (15) dias para o funcionamento eficaz e normal. Caso a tal não proceda, este Instituto pode ordenar o encerramento temporário do estabelecimento, até que o acto de infracção tenha sido corrigido, e nos termos do n.º 2 do artigo 65.º do Decreto-Lei n.º 16/96/M, de 1 de Abril, retomou a decisão final, contra Lam Pou Leng sobre a aplicação de multa no valor de quinze mil patacas (MOP15.000,00), constante na proposta n.º 186-P/JB/DLA/SAL/2012, com base nos seguintes motivos:

1. A decisão sancionatória referida fundamenta-se no auto de notícia n.° 1167/DFAA/SAL/2013, de 20 de Junho de 2013, no resultado constante do “Auto de notícia sobre a exaustão de fumo oleoso da chaminé de estabelecimento de comidas por observação visual”, em testemunhas e nos factos constantes no relatório n.º1393-R/F/DLA/SAL/2015; após a verificação realizada por este Instituto, os referidos factos constituem, objectivamente, provas suficientes comprovadas que a reclamante violou a disposição prevista na alínea o) do n.º 1 do artigo 80º do Decreto-Lei n.º 16/96/M de 1 de Abril; além disso, verificou-se que, subjectivamente, a reclamante praticou a infracção com culpa;

2. Segundo as informações de reinspecção apresentadas no Serviço Interno n.º E-SI-0736HOI/DFAA/SAL/2015 da Divisão de Fiscalização Administrativa e Ambiental, no decorrer da inspecção realizada pelo fiscal do Instituto no dia 15 de Julho de 2015, este verificou que os referidos factos mencionados na acusação não se encontravam sanados. Porém, Lam Pou Leng tem registo de antecedente quanto à prática de infracção, de acordo com o artigo 61.º do mesmo diploma, é considerada como sucessão, constituindo circunstância agravante, e, desta forma, não se aplica a suspensão da execução, prevista no artigo 65.º do mesmo Decreto-Lei;

3. Nos termos do n.º 2 do artigo 80.º do mesmo Decreto-Lei, as infracções em matéria de sanidade, higiene alimentar e limpeza são punidas com multa de 15.000,00 a 35.000,00 patacas; na tomada da decisão sancionatória, o Ex-Presidente do IACM, Vong Iao Lek, já considerou as respectivas circunstâncias agravantes e atenuantes nos termos legais; além disso, de acordo com as informações que constam no presente processo, a reclamante praticou, durante o período de suspensão, mais uma vez, o acto de infracção no mesmo estabelecimento, assim, de acordo com o n.º 2 do artigo 65.º do mesmo Decreto-Lei, instaura o processo de retoma da execução da decisão final, contra Lam Pou Leng, sobre a aplicação de multa no valor de quinze mil patacas (MOP15.000,00), constante na proposta n.º 186-P/JB/DLA/SAL/2012; a par disso, este Instituto deduziu já, nos termos da lei, o procedimento sancionatório, garantindo o direito de audiência e defesa de Lam Pou Leng; assim, a respectiva decisão sancionatória é legal e apropriada.

4. Ao abrigo do artigo 88.º do mesmo Decreto-Lei, a responsabilidade pelas infracções cometidas do respectivo estabelecimento recai sobre o titular da licença. À data em que a infracção foi cometida, constante no auto de notícia n°1167/DFAA/SAL/2013, Lam Pou Leng era titular da licença do estabelecimento; a titular da licença tem obrigação de corrigir as respectivas infracções e garantir o estado de exploração do estabelecimento correspondente à legislação; por isso, as razões apresentadas na reclamação por Lam Pou Leng não são bastantes para refutar a decisão sancionatória deste Instituto.

Nos termos do n.° 1 do artigo 151.° e do n.° 1 do artigo 155.° do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro, Lam Pou Leng poderá apresentar recurso hierárquico necessário contra a supramencionada decisão sancionatória para o Conselho de Administração deste Instituto, no prazo de 21 (vinte e um) dias, contado a partir do dia da publicação da presente notificação.

Salvo os actos nulos, de acordo com a lei, o recurso contencioso para o Tribunal Administrativo só é possível após a apresentação do recurso hierárquico necessário.

A infractora deverá pagar as referidas multas no prazo de 10 (dez) dias (contado a partir do dia da publicação da presente notificação), no Centro de Serviços do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (sito na Avenida da Praia Grande, N.° 804, Edifício China Plaza, 2.° andar), nos termos do artigo 62.° do Decreto-Lei n.° 16/96/M, de 1 de Abril. Em caso de não pagamento da multa dentro do prazo, o Instituto emitirá, de acordo com a lei, uma certidão de execução à Repartição das Execuções Fiscais, para efeitos de cobrança coerciva.

Para qualquer consulta, pode contactar a Divisão de Licenciamento Administrativo (Telefone n.º 8795 2718).

Aos 26 de Julho de 2016.

O Presidente do Conselho de Administração, substº Lo Veng Tak

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 201614 JTM | ACTUAL

NAÇÕES UNIDAS

Guterres ganha nova votação na ONUAntónio Guterres voltou a ser o mais votado dos candidatos ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas

CHINAA China lançou com êxito o seu primei-ro satélite para comunicações móveis, o “Tiantong-01”. Segundo a Xinhua, a em-presa estatal China Telecom vai gerir os serviços móveis que serão criados e pres-tados através do satélite, estabelecen-do uma rede móvel para a China, Médio Oriente e “outras regiões”.

CHINA/UEA União Europeia pediu à China a “liber-tação imediata” de três activistas e de um advogado, defensores da democracia no país, condenados na semana no âmbito da luta do regime chinês contra as “in-fluências estrangeiras”. A UE adverte que a condenação daquelas pessoas é “contrária ao compromisso declarado da China para fortalecer o Estado de Direito”.

CHINA/JAPÃOO Japão apresentou um protesto a Pequim por ter detectado mais de 200 barcos da China perto das ilhas Senkaku, disputadas pelos dois países. Segundo o Governo ja-ponês, foram detectados 230 pesqueiros e seis patrulheiros da guarda costeira da Chi-na, um número maior do que o habitual.

JAPÃOO imperador Akihito vai falar hoje à nação numa mensagem-vídeo, para “expressar os seus sentimentos sobre as suas funções enquanto símbolo” do Japão, anunciou a Agência da Casa Imperial, três semanas após várias notícias sobre a possibilidade do soberano abdicar. Akihito, de 82 anos, não deverá falar directamente de abdica-ção, mas explicar como pretende cumprir as suas obrigações no futuro, segundo os “media” japoneses.

ÁFRICA DO SULO Congresso Nacional Africano (ANC), par-tido no poder na África do Sul, sofreu um revés histórico nas eleições municipais ao perder na capital, Pretória, frente à princi-pal força da oposição, a Aliança Democrá-tica. O partido também registou um recuo histórico no resto do país, perdendo a maioria nas cidades mais importantes.

BÉLGICADuas polícias foram feridas no sábado à tarde no centro de Charleroi, sudeste da Bélgica, por um homem que as atacou com uma faca de mato, informou a polícia. O agressor, que gritou “Deus é grande”, em árabe, foi gravemente ferido a tiro pela po-lícia e acabou por morrer no hospital. Uma agente sofreu ferimentos profundos no rosto e a outra tem apenas feridas ligeiras, sendo que nenhuma corre risco de vida.

FRANÇAPelo menos 13 pessoas morreram e seis fi-caram gravemente feridas após um incên-dio que devastou um bar na madrugada de sábado em Rouen, na França. O bar ti-nha sido alugado por um grupo de jovens, de entre 18 a 25 anos, para uma festa de aniversário, tendo o incêndio começado quando acenderam as velas do bolo.

RÚSSIAMais de 210 mil russos assinaram, em apenas três dias, uma petição exigindo a renúncia do Primeiro-Ministro. Na base da contestação está o facto de, em plena crise económica e a um mês das legisla-tivas, Dimitri Medvedev ter aconselha-do os professores descontentes com os salários a procurarem outro emprego, sublinhando que o ensino é, acima de tudo, uma “vocação”.

VOLTA AOMUND

O ministro dos Negócios Estran-geiros (MNE) assegurou que assumirá todos os dossiers

com questões relacionadas entre a sua tutela e a Galp. A posição de Augusto Santos Silva foi divulgada depois da Galp ter pago ao secretário de Estado da Internacionalização, Jorge Costa Oliveira, uma viagem para Paris e um bilhete para a final do Euro 2016.

“Espero que a Galp apresente mui-tos projectos de investimento que pos-sam ser objecto de tratamento pelo AICEP. Nesse caso, eu avocarei pes-soalmente”, disse o ministro em en-trevista à SIC, sustentando que essa “é uma maneira de tornar completamente clara a questão”, até porque se enqua-dra no âmbito do Código do Processo Administrativo.

Augusto Santos Silva deu mesmo o “caso” por “encerrado”. “Não quere-mos que subsista nenhuma espécie de dúvida, portanto os senhores secretá-rios de Estado entenderam reembolsar as despesas motivadas pela sua deslo-cação”, acrescentou.

Frisando que não está em causa uma questão de culpa e o dinheiro “nunca paga questões morais”, o mi-nistro referiu ainda que o “reembolso é um gesto que significa que nós não queremos que nenhuma dúvida sub-sista.”

Relembrou ainda a intenção do Go-verno de elaborar um código de con-duta “cuja norma relativa a estas ma-térias seja absolutamente taxativa, para deixar de haver qualquer dúvida”.

Na quinta-feira, Jorge Oliveira, an-tigo membro da Comissão do Jogo e ex-coordenador do Gabinete para os

O ex-primeiro-ministro português Antonio Guterres consolidou a liderança na corrida para substituir o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-

-moon, segundo fontes diplomáticas citadas pelas agências internacionais.

Na segunda ronda de votação no Conselho de Seguran-ça, 11 dos 15 países apoiaram a sua candidatura (com o voto “encoraja”), dois emitiram um voto desfavorável (“desen-coraja”) e dois não expressaram opinião.

Este resultado é um pouco menos favorável do que o ob-tido na primeira votação, quando Guterres assumiu a lide-rança seguido de perto pelo ex-presidente esloveno Danilo Turk. Nessa altura, nenhum país desencorajava a candida-tura do político português.

Desta vez, Guterres superou o sérvio Vuk Jeremic, ex--presidente da Assembleia Geral da ONU, que recebeu oito votos a favor, quatro contra e três abstenções, e Susana Malcorra, ministra dos Negócios Estrangeiros argentina, que obteve oito votos a favor, seis contra e um sem opinião. Turk caiu para quarto lugar com sete votos positivos, cinco negativos e três sem opinião.

“Penso que será um processo que levará tempo”, disse pouco antes da votação o embaixador russo, Vitaly Churkin.

Os resultados das votações feitas à porta fechada não são anunciados, mas o presidente do Conselho de Seguran-ça comunica aos candidatos o nível de apoio que obtiveram.

Segundo a agência AFP, alguns candidatos consideram que os resultados da segunda ronda de votações podem ser

PORTUGAL

MNE assume assuntos ligados à GalpAugusto Santos Silva garantiu que vai tratar “pessoalmente” de todos os assuntos do MNE relacionados com a Galp, depois do secretário de Estado Jorge Oliveira ter ido ao Euro a convite da empresa

Assuntos do Direito Internacional de Macau, confirmou ter viajado a con-vite da Galp para mas disse estar “em curso” o pagamento das despesas. Na mesma situação está o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernan-do Rocha Andrade. Já o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, esclareceu que pagou um bilhete de avião, enquanto que o secretário de Es-tado da Energia, Jorge Seguro Sanches, recusou o convite da petrolífera.

Através do deputado Fernando Ne-grão, o PSD apelou ao Primeiro-Minis-tro para esclarecer a polémica dos três

secretários de Estado, considerando-os “inibidos” de qualquer relação com a empresa.

O antigo ministro dos Negócios Estrageiros Freitas do Amaral foi mais longe, exortando António Costa a demiti-los. “Quem exerce cargos pú-blicos não pode receber presentes de entidades privadas”, frisou, acrescen-tando que o Primeiro-Ministro “vai ter de repensar tudo isto, quando per-ceber que foi violada a lei da ética e que os secretários de Estado vão ficar impedidos de participar em decisões sobre a Galp”.

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ARQ

UIVO

a chave da decisão desta disputa.Na quinta-feira, Vesna Pusic, ex-ministra dos Negócios

Estrangeiros da Croácia, anunciou a desistência da candida-tura, depois de ter recebido pouco apoio na primeira ronda.

Irina Bokova, que cumpre dois requisitos que têm sido indicados nesta eleição - ser da Europa de Leste e mulher -, teve um resultado decepcionante, com sete votos de desen-corajamento, o mesmo número de países que encoraja a sua candidatura (apenas um não indicou opinião).

São esperadas mais votações nas próximas semanas an-tes do Conselho de Segurança tomar uma decisão final, o que deverá ocorrer em Outubro. O novo secretário-geral ini-ciará o mandato de cinco anos a 1 de Janeiro.

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ARQ

UIVO

Guterres mantém uma vantagem apreciável nas votações

Santos Silva reiterou a intenção de criar um código de conduta

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 JTM | ACTUAL 15

Um grupo de geólogos en-controu provas do Gran-de Dilúvio de Gun-Yu

ocorrido há 4.000 anos no vale do Rio Amarelo e que darão veraci-dade ao mito de fundação da pri-meira dinastia chinesa, a Xia, se-gundo um estudo divulgado pela revista “Science”.

Até agora, outras pesquisas já tinham documentado a segunda e a terceira dinastia chinesas, Shang e Zhou, respectivamente, mas a Xia ainda estava na esfera da len-da, a ponto de se colocar em dúvi-da que realmente tivesse existido.

De acordo com a lenda da fun-dação, o criador da dinastia Xia, o imperador Yu, terá drenado as áreas inundadas habilitando as-sim as terras para a agricultura e dando início à civilização chinesa. Restaurar a ordem depois do caos garantiu a Yu “o mandato divino para estabelecer a dinastia Xia, a primeira na história da China”, frisou o estudo, liderado por Wu Qinglong, professor do departa-mento de Geografia da Universi-

dade Normal de Nanquim.Histórias sobre o imperador

Yu estabeleceram mesmo as bases ideológicas para o sistema de go-verno de Confúcio.

O estudo da Universidade de Pequim publicado sexta-feira na revista “Science” revelou detalhes dessa suposta grande inundação, que terá sido provocada por um terramoto que levou o Rio Ama-relo a formar uma barragem em Jishi. A barragem cedeu e a sub-sequente inundação ao longo do planalto tibetano foi catastrófica, pois o nível de água subiu 38 me-tros, o fenómeno durou entre seis e nove meses e estendeu-se ao longo de 2.000 quilómetros pelo Rio Amarelo.

Os investigadores situaram essa catástrofe por volta de 1920 a.C. após analisarem diferentes mostras de sedimentos e os es-queletos de crianças que teriam morrido no terramoto.

Segundo os autores do estudo, foi uma das maiores inundações ocorridas nos últimos 10.000 anos.

Cerca de 1.000 manifestantes de todas as idades reuniram-se na noite de sexta--feira num parque perto da sede do

governo, alguns exibindo cartazes com a fra-se “Independência de Hong Kong”, referiu a agência AFP.

As autoridades de Hong Kong consideram que as posições pró-independência são contrá-rias às leis em vigor na antiga colónia britânica, onde os sectores oposicionistas dizem detectar um reforço do poder de Pequim.

“A soberania de Hong Kong não pertence a Xi Jinping [o Presidente chinês], não pertence às autoridades e não pertence ao governo de Hong Kong. Pertence ao povo de Hong Kong”, assinalou Edward Leung, um dos cinco candi-datos proibidos de participar nas eleições e che-fe do partido “Hong Kong Indigenous”.

Segundo Satomi Cheng, uma manifestante de 49 anos, numerosos habitantes da cidade estão descontentes com a crescente influência da China. “Dia após dia, os nossos direitos (…) são-nos retirados pelo governo de Hong Kong e o Governo chinês”, disse à AFP.

A ideia da independência é considerada ilegal pelas autoridades de Pequim e Hong Kong, e permanecia um tabu até à recente

HONG KONG

Mil em marcha inéditapela “independência”

CHINA

Geólogos “confirmam” Grande Dilúvio

Uma manifestação pela independência, a primeira com este objetivo, reuniu cerca de 1.000 pessoas em Hong Kong na presença de candidatos proibidos de concorrem às legislativas de Setembro

Cientistas garantem ter encontrado provas da Grande Inundação que terá estado na origem da civilização chinesa

emergência de novos partidos que apelam a uma ruptura. Estas formações foram criadas por iniciativa de jovens desiludidos com a “revolta dos guarda-chuvas”, uma mobiliza-ção pela democracia que agitou Hong Kong em 2014 mas fracassou na tentativa de obter concessões políticas da China.

A proibição dos candidatos favoráveis à in-dependência provocou fortes protestos entre os seus apoiantes, mas Jasper Tang, presidente cessante da assembleia da cidade, defendeu em diversas ocasiões a legalidade da medida.

JTM/Lusa

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AFP

INDONÉSIA/SINGAPURA

Terroristas queriam atacar Marina Bay com “rocket”

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ARQ

UIVOA polícia indonésia anun-

ciou a detenção de seis supostos militantes isla-

mitas, que planeavam cometer um atentado contra a zona de “Marina Bay”, uma das prin-cipais atracções de Singapura onde se situam torres de escri-tórios e o casino-resort operado pela Las Vegas Sands, entre ou-tras infra-estruturas.

Os seis homens, com ida-des compreendidas entre 19 e 46 anos, foram detidos na ilha indonésia de Batam, situada a apenas cerca de 20 quilómetros ao sul de Singapura, anunciou o porta-voz da polícia indonésia, Agus Rianto.

Segundo Rianto, o suposto líder do grupo, Gigih Rahmad Dewa, de 31 anos, terá planea-do o ataque juntamente com Bahrun Naim, terrorista indo-nésio que integra as fileiras do Estado Islâmico na Síria. “Os dois queriam atacar Singapura com um míssil a partir de Ba-tam”, declarou o porta-voz aos jornalistas.

“Sabemos até agora que eles estavam a planear atacar objec-tos vitais, áreas movimentadas, incluindo esquadras da polícia”, acrescentou, citado pela Reuters.

As autoridades indonésias frustraram um plano de atentado contra a zona de Singapura onde está situado o empreendimento da Las Vegas Sands, que poderia ser mesmo o alvo principal. Segundo a polícia, os seis suspeitos detidos têm ligações ao Estado Islâmico e pretendiam lançar um “rocket” a partir da ilha de Batam, próxima da Cidade-Estado

De acordo com a agência AFP, outro responsável policial indicou que o alvo do ataque era o complexo “Marina Bay Sands”, do grupo liderado por Sheldon Adelson.

As autoridades de Singapura confirmaram ter conhecimento

do plano de ataque e reforçaram a vigilância. Em comunicado, o Ministério do Interior de Singa-pura indicou que está a traba-lhar em conjunto com os servi-ços indonésios e que “a polícia e as outras agências reforçaram as medidas de segurança interior

e nas fronteiras”. Este plano de-monstra “a gravidade da amea-ça terrorista contra Singapura”, acrescentou.

Na semana passada, durante uma visita aos EUA, Lee Hsien Loong, Primeiro-Ministro de Singapura admitiu que o seu

país poderia ser um alvo do Es-tado Islâmico, apesar de não es-tar envolvido na coligação inter-nacional que combate o grupo no Médio Oriente.

Batam está ligada a Singa-pura por frequentes ligações marítimas e os seus resorts constituem um destino de fim--de-semana popular entre os habitantes da Cidade-Estado, que se preparam para come-morar amanhã o feriado do Dia Nacional.

A polícia suspeita que Dewa recebeu e distribuiu os fundos enviados por Naim, cujo nome está vinculado a outros supos-tos atentados terroristas na In-donésia, como o ataque de Julho contra uma esqudadra de Solo, onde um polícia ficou ferido.

A Indonésia, país mu-çulmano mais populoso do mundo, tem vindo a travar a sua própria “guerra contra o terrorismo” desde 2002, quan-do os atentados em Bali cau-saram 202 mortos, incluindo muitos estrangeiros. Neste país do sudeste da Ásia, o Es-tado Islâmico tem conseguido mobilizar centenas de indoné-sios para combaterem na Síria e no Iraque.

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 201616 JTM | PUBLICIDADE

Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes

Curso de formação previsto no Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo

I. Destinatários:Os profissionais não inscritos ou inscritos há menos de um ano na DSSOPT, e a todos os restantes técnicos inscritos, nos termos do disposto no n.º 3 do artigo 67.º da Lei n.º 1/2015 de 5 de Janeiro de 2015, que aprova o Regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo e no artigo 36.º do Regulamento Administrativo n.º 12/2015 de 10 de Agosto de 2015, que aprova a Regulamentação do regime de qualificações nos domínios da construção urbana e do urbanismo.

II. Local de realização da formação Estrada de D. Maria II, n.º 33, 5.º andar, Macau.

III. Prazo de inscrição:De 01 a 31 de Agosto de 2016.

IV. Local de inscrição:Os interessados devem efectuar a entrega na Secção de Atendimento e Expediente Geral da DSSOPT, situada no rés-do-chão da Estrada de D. Maria II, n.º 33, Macau, do boletim de inscrição devidamente preenchido, juntamente com a fotocópia do bilhete de identidade de residente da RAEM, durante o horário de expediente.

V. Levantamento do boletim de inscrição:O boletim de inscrição está disponível na página electrónica da DSSOPT (http://www.dssopt.gov.mo) ou pode ser levantado pessoalmente nas instalações da DSSOPT acima referidas.

VI. Horário:

NOTAS: (1) – Os candidatos devem sinalizar, no boletim de inscrição, por ordem de prioridade, as três turmas

de acordo com a respectiva especialidade;(2) – Os candidatos devem sinalizar, por ordem de prioridade, a língua veicular do curso (chinesa e

portuguesa) ou apenas a língua veícular pretendida.

VII. Taxa de inscrição: GratuitaVIII. Admissão:

Devido ao número limitado de vagas, os candidatos inscritos serão admitidos de acordo com a seguinte prioridade:- profissionais inscritos há menos de um ano, à data da entrada em vigor da Lei n.º 01/2015, de 05

de Janeiro;- profissionais não inscritos anteriormente mas que já exerçam funcões na RAEM à data de entrada

em vigor da Lei n.º 01/2015, de 05 de Janeiro;- profissionais inscritos há menos de 10 anos na DSSOPT;- os restante profissionais, segundo a ordem de chegada do pedido de inscrição no curso.

IX. Certificado de frequência:Aos formandos que terminem o curso com a presença de 100%, será atribuído um certificado de frequência emitido pela DSSOPT.

X. Observações:(1) – Os boletins de inscrição entregues fora do prazo de admissão só serão prioritariamente

considerados no próximo curso de formação a organizar pela DSSOPT;(2) – Os candidatos que frequentaram os dois anteriores cursos de formação especial organizados

pela DSSOPT, não serão aceites;(3) – As turmas referidas em VI só serão abertas se tiverem um mínimo de 20 candidatos confirmados;(4) – Nas turmas que não preencham um mínimo de 20 candidatos, estes serão distribuídos pelas

outras turmas, de acordo com a respectiva especialidade, língua veicular e a prioridade sinalizada;

(5) – À DSSOPT reserva-se o direito de decisão final, em caso de litígio e no cancelamento de turmas por questões de logística;

(6) – Para demais informações sobre o curso ou o ponto de situação do pedido, queiram contactar o Centro de Informações da DSSOPT através do telefone n.º 8590 3800 ou consultar a nossa página electrónica (http://www.dssopt.gov.mo).

ÁREAS DE

ESPECIALIZAÇÃOArquitectura; Arquitectura paisagística; Planeamento urbanístico

Engenharia civil;Engenharia do ambiente;Engenharia de transporte

Engenharia de segurança contra incêndio; Engenharia electrotécnica; Engenharia electromecânica; Engenharia mecânica; Engenharia quimíca;Engenharia industrial e Engenharia de combustíveis.

TURMASC - CANTONÊSP - PORTUGUÊS

A A1 A1 C

A1 P

A2 A2 C

A2 P

A3 A3 C

A3 P

B B1 B1 C

B1 P

B2 B2 C

B2 P

B3 B3 C

B3 P

C C1 C1 C

C1 P

C2 C2 C

C2 P

C3 C3 C

C3 P

DATAS

17 e 24 de Setembro de 2016

22 e 29 de Outubro de 2016

26 de Novembro de 2016 e 03 de Dezembro de 2016

17 e 24 de Setembro de 2016

22 e 29 de Outubro de 2016

26 de Novembro de 2016 e 03 deDezembro de 2016

17 e 24 de Setembro de 2016

22 e 29 de Outubro de 2016

26 de Novembro de 2016 e 03 de Dezembro de 2016

HORÁRIO

09:30 – 12:45E

14:45 – 17:00

09:30 – 12:45E

14:45 – 17:00

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 JTM | OPINIÃO 17

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

08/08/1996

POLÍTICA DO AMBIENTEÉ VECTOR ESSENCIALA política do Ambiente constitui um vector específico essencial da políti-ca da cultura de qualquer sociedade evoluída, afirmou ontem em Macau o secretário-adjunto dos Assuntos So-ciais e Orçamento, Alarcão Troni. Ao intervir na cerimónia de tomada de posse da nova coordenadora do Ga-binete Técnico do Ambiente, Celina Veiga de Oliveira, o secretário-adjun-to sublinhou que “o perfil cultural e a sensibilidade social dos dirigentes e protagonistas dos programas am-bientais representam sempre a garan-tia primeira dos respectivos acertos e exequibilidade”. Depois de sublinhar que política ambiental deve ter áreas prioritárias como a provedoria, a edu-cação e a saúde ambiental, Alarcão Troni salientou como parceiros natu-rais e quotidianos do Gabinete Téc-nico do Ambiente os dois municípios de Macau - o Leal Senado e a Câmara Municipal das Ilhas. Para o secretário--adjunto, a nova coordenadora do Ga-binete Técnico do Ambiente deverá ter “como preocupação diária a for-mação e localização da sua pequena, mas muito competente e motivada, equipa técnica, garantindo também, nesta área sensível, a qualidade e a tranquilidade do processo de tran-sição”. Alarcão Troni recordou que remonta aos anos de 1989 e 1990 “o ordenamento jurídico do ambiente no território de Macau”, concebido atra-vés da publicação de “três diplomas legais que criaram e institucionaliza-ram o Conselho do Ambiente - com natureza de estrutura consultiva e tri-buna de opinião - e o Gabinete Técni-co do Ambiente, seu órgão de apoio e execução”. Para o secretário-adjunto, o Conselho do Ambiente poderá vir a ganhar em “operacionalidade com a flexibilização e o aligeiramento dos respectivos figurino estatutário e peso institucional, aliás, à semelhança do muito feliz modelo do Conselho de Consumidores, criado com a nature-za de instituto público autónomo”. Alarcão Troni considerou ainda que “no figurino actual do Conselho do Ambiente ou no da Lei da AL, que, na próxima legislatura, sob proposta do Governo, o possa vir a agilizar e operacionalizar, o Gabinete Técnico do Ambiente desempenhará sempre um papel insubstituível como instru-mento de provedoria, de auditoria ambientais e educação ambiental”. Celina Veiga de Oliveira manifestou na cerimónia o desejo de que “sendo o ambiente a área de gestão governa-tiva que mais apela à sensibilização e à participação geral” deve ser cimen-tada “a ideia de que a resolução dos problemas ambientais depende de todos e cada um”.

8º volume sobre o Delta do Rio das Pérolas: Zhaoqing e Huizhou

JORGE A.H.RANGEL*

FALAR DE NÓS

“Durante o período de reformas económicas,a partir de 1978, a economia da cidade desenvolveu-se

rapidamente à semelhança de outras do Deltado Rio das Pérolas, tendo a sua economia deixado

de ter por base a agricultura para passara estar centrada na indústria.”

Já está publicado o 8.º volume da série de estudos pro-duzidos pela Associação de Macau de Investigação do Delta do Rio das Pérolas e publicados pela agência Ma-

cauLink, com apoios da Fundação Macau e do Instituto In-ternacional de Macau. Em foco estão as cidades de Zhao-qing e Huizhou, a primeira situada a oeste de Guangzhou (Cantão) e a outra a leste desta grande metrópole do Delta e de Dongguan, outra urbe que conheceu uma impressio-nante expansão.

Neste artigo falaremos de Zhaoqing, deixando para o próximo uma apreciação da situação actual de Huizhou. Escolhemos algumas passagens bastante elucidativas deste livro de Thomas Chan e Louise do Rosário:

Zhaoqing,passado e presente

“Zhaoqing é uma cidade/município com uma população de quatro milhões de pessoas que se situa na zona ocidental do Del-ta do Rio das Pérolas, na província de Guangdong. O Rio Xi, o principal afluente do Rio das Pérolas, atravessa a cidade e o mu-nicípio. O registo histórico da presença humana é um dos mais antigos da China, tendo a região servido como importante centro administrativo e militar ao longo da sua história. Em 1118, du-rante a Dinastia Song (960-1279), o Imperador Huizhong atri-buiu à cidade o nome de Zhaoqing, que quer dizer ‘o início da sor-te e da felicidade’. A sua história rica e repleta de acontecimentos notáveis deixou muitas relíquias, templos e monumentos, o que faz com que seja um dos destinos turísticos mais populares no sul da China.

Durante o período das reformas económicas, a partir de 1978, a economia da cidade desenvolveu-se rapidamente à semelhança de outras do Delta do Rio das Pérolas, tendo deixado de ter por base a agricultura para passar a estar centrada na indústria. Esta evolução da cidade de Zhaoqing seguiu um modelo em tudo seme-lhante ao aplicado em outras cidades do Delta. A cidade conseguiu atrair investimento externo, em primeiro lugar de Hong Kong, Macau e dos chineses ultramarinos, particularmente daqueles que tinham laços com a cidade; e o sector privado foi encorajado, tendo-se tornado num factor chave da economia local. Mais tarde chegou o investimento estrangeiro. Mas a dimensão deste inves-timento foi sempre inferior ao das outras cidades da província de Guangdong, muito particularmente Cantão, Foshan, Shenzhen, Dongguan e Zhongshan. Em 2014, o PIB de Zhaoqing situava-se em 10.º lugar no conjunto das cidades de Guangdong.

Há varias explicações para este facto: A primeira delas decorre do facto de Zhaoqing não ser uma Zona Económica Especial, não podendo, por isso, oferecer condições preferenciais aos investi-dores como existem noutras cidades que gozam deste estatuto. A segunda resulta de a cidade ser, de entre todas as do Delta, a que se encontra mais afastada do mar, pois está ligada ao Mar do Sul da China apenas através do Rio Xi, afluente do Rio das Pérolas. A terceira é explicada pelo facto de, nos primeiros anos do período de reformas económicas, a cidade dispor de uma rede de transportes de fraca qualidade e incapaz de movimentar gran-des quantidades de produtos importados ou para exportação. A quarta está relacionada com a sua população ser diminuta e, por isso, não poder contar com uma base industrial abrangente. E, por fim, a quinta nota tem a ver com a zona central do distrito ser plana e as zonas envolventes estarem rodeadas de montanhas arborizadas. Por tudo isso, os investidores, tanto chineses como

estrangeiros, preferiram cidades como Shenzhen e Cantão, com excelentes ligações rodoviárias, marítimas e aéreas com Hong Kong e com o resto do mundo e que detêm uma rede de infra--estruturas sofisticadas. Foram precisamente estas cidades que acabaram por surgir como os expoentes máximos, em termos económicos, na zona do Delta. (…)

A cidade fica localizada a ocidente de Foshan e de Cantão. A fim de garantir o seu desenvolvimento futuro, o governo provin-cial de Guangdong decidiu ligar Zhaoqing a estas duas cidades mais importantes. A ideia subjacente é fortalecer a cidade menos desenvolvida das três, através do estabelecimento de uma liga-ção às duas economias mais fortes. O governo provincial selec-cionou três grupos de cidades semelhantes no seu plano para o período de 2010 a 2020: Guangzhou-Foshan-Zhaoqing, Shen-zhen-Dongguan-Huizhou e Zhuhai-Zhongshan-Jiangmen. As autoridades provinciais designam tais associações como ‘círcu-los’, tendo por base o princípio de que as economias de cada grupo de três cidades cresçam em conjunto e de uma forma har-moniosa.”

Zhaoqingem números

Os números são esclarecedores, permitindo entender a dimensão do crescimento alcançado:

“A cidade registou um Produto Interno Bruto de 184,5 mil milhões de yuans em 2014, um acréscimo anual de 10%. O sec-tor primário atingiu 27,2 mil milhões de yuans (mais 4,3%), tendo sido responsável por 6,1% do crescimento do PIB. O pro-duto do sector industrial atingiu 92,3 mil milhões de yuans, um acréscimo de 14% e representando 68,7% do crescimento do PIB; e o sector dos serviços atingiu um produto de 65 mil mi-lhões de yuans, mais 7%, e responsável por 25,1% do aumento do PIB.

Os seus principais produtos agrícolas são: cereais, cana-de--açúcar, fruta, chá, oleaginosas e vegetais. A produção de carne atingiu 428 mil toneladas em 2014, tendo a carne de porco au-mentado 4,5% para 322 mil toneladas. A produção de pescado aumentou 6% para 401,7 mil toneladas.

Os principais produtos dos diferentes sectores da indústria são: automóveis, máquinas eléctricas, têxteis e materiais de construção. Em 2014, as empresas privadas chinesas regista-ram o maior crescimento anual, com 16%, a que se seguiram as que têm capitais estrangeiros (mais 13,6%) e, por último, as empresas públicas, com um crescimento de 4,9%. As empresas com capitais estrangeiros incluem investidores de Hong Kong, Macau e Taiwan.

O comércio externo ascendeu a 7.842 milhões de dólares em 2014, um acréscimo anual de 11,8%, do qual 4.617 milhões fo-ram de exportações (menos 4,3%) e 3.225 milhões de dólares foram de importações, um acréscimo anual de 47,2%. Os princi-pais produtos exportados foram máquinas eléctricas e produtos de alta tecnologia, com as empresas de capitais estrangeiros a chamarem a si 2.210 milhões de dólares e as empresas privadas locais 1.435 milhões de dólares. Os principais mercados de ex-portação foram Hong Kong, Estados Unidos e União Europeia. Ao longo de 2014, houve 107 projectos com investimento es-trangeiro, uma queda homóloga de 17,1%, o investimento es-trangeiro contratado atingiu 3,33 mil milhões de dólares (mais 7%) e o investimento estrangeiro realizado atingiu 1,33 mil mi-lhões de dólares, ou seja, mais 7,3%. (...)

Em 2014, o porto de Zhaoqing movimentou 30,71 milhões de toneladas de carga, um aumento de 4,4%, incluindo 728,4 mil contentores com um crescimento de mais 5,2%. No final do ano a cidade contava com 265,4 mil automóveis, um aumento de 12,7% e, deste total, 234,8 mil eram automóveis particulares, número que cresceu 16,2% em termos anuais.”

A proximidade de Macau recomenda que continuemos a acompanhar atentamente a evolução económica das ou-tras cidades do Delta e interpretar as implicações e o sen-tido do seu desenvolvimento.

* Presidente do Instituto Internacional de Macau.Escreve neste espaço às 2.ªs feiras.

Dito

“O Nida, sendo um episódio que, para a semana, se tornou apenas caricato, dá que pensar. No modo como tudo isto está organizado, na forma como se encara a vida dos outros”

Isabel Castro, in “Hoje Macau”

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 201617 JTM | LAZER

• • • ARTE

Super raio-X revela retrato escondido de DegasInvestigadores australianos usaram uma técnica de super-raio-X para desvendar um retrato que estava escondido sob uma tela pintada por Edgar Degas há cerca de 140 anos

Graças a uma análise com raios X, investi-gadores australianos

descobriram um retrato iné-dito do pintor impressionis-ta francês Edgar Degas que estava escondido por detrás de outro dos seus quadros, segundo revelaram na revista “Scientific Reports”.

Sob o óleo “Retrato de uma Mulher”, pintado em finais da década de 1870, ocultava--se um trabalho anterior em que aparece o rosto de uma jovem que poderá ser Emma Dobigny, uma das modelos favoritas dos artistas france-ses do século XIX.

“É verdadeiramente emo-cionante ter descoberto uma nova obra de arte de Degas que o mundo inteiro pode contemplar”, disse Daryl Ho-ward, co-autora do estudo.

Durante o processo, uma figura vaga e fantasmagóri-ca foi surgindo lentamente, formando uma mancha cada vez mais escura sobre o rosto da modelo que a substituiu. Tentativas anteriores de des-cobrir algo sobre o quadro original abandonado revela-ram pouco mais do que um contorno fraco.

Por muito tempo, supôs--se que seria impossível des-cobrir a imagem escondida sem prejudicar a pintura da superfície, escreveu a equipa de investigadores na “Scienti-fic Reports”.

Para verem a antiga ima-gem sem danificar a pintura, os investigadores utilizaram o Sincrotrão da Austrália, um acelerador de partículas que gera raios X com muito maior

potência, capazes de penetrar com maior profundidade nas camadas de óleo.

A luz produzida “é um mi-lhão de vezes mais brilhante do que o sol, muito mais po-tente e intensa em compara-ção com os raios-X padrão, como os do hospital”, expli-cou Daryl Howard à agência AFP. “Por causa da luz bri-lhante, somos capazes de re-velar detalhes estruturais sem precedentes de qualquer ma-terial”, acrescentou.

Com essa tecnologia, os especialistas conseguiram de-tectar os elementos metálicos dos pigmentos utilizados por Degas e reconstruir o retrato original que o artista decidiu tapar com uma nova obra. O

retrato antigo ficou inacaba-do, após várias tentativas do artista para recompor partes da imagem com as quais pa-recia não estar satisfeito.

Michael Varcoe-Cocks, conservador chefe da Gale-ria Nacional de Victoria, na Austrália, onde o quadro está exposto, disse que “é sempre um momento entusiasmante poder observar algo criado pela mão de um artista que ninguém tinha visto até ago-ra”.

“A imagem sempre esteve parcialmente visível na se-gunda pintura e, por isso, o problema era como revelar o lado oculto atrás de uma cor-tina velada”, observou Var-coe-Cocks.

A jovem modeloe a mulher misteriosa

Comparando a imagem com outras pinturas, os in-vestigadores concluíram que se tratava, provavelmente, de “um retrato previamente des-conhecido da modelo Emma Dobigny”. Dobigny, cujo nome verdadeiro era Marie Emma Thuilleux, posou para Degas em 1869 e 1870, quan-do tinha cerca de 16 anos.

“Observamos uma forte semelhança entre o ‘under-painting’ revelado e vários retratos que Degas fez de Emma Dobigny”, escreveram os autores do estudo.

De acordo com o ex-di-rector do Museu do Louvre Henri Loyrette, um renoma-

do especialista em Degas, “é completamente possível” que o rosto seja, de facto, de Do-bigny.

No entanto, o nome da mulher vestida de preto que a suplantou na tela permane-ce desconhecido. Por isso, o quadro é intitulado simples-mente “Retrato de Uma Mu-lher”.

Degas não tinha aplicado uma nova camada de base, e usou finas partes de tinta à base de óleo que estão agora a perder o seu “poder de cober-tura”, permitindo que o retra-to coberto comece a aparecer, disseram os autores.

Os investigadores usaram o aparelho de raio-X para criar 11 “mapas” da tela ori-ginal - cada um com um ele-mento metálico diferente dos pigmentos usados por Degas, incluindo arsénico, cobre, zinco, cobalto e mercúrio. O processo demorou cerca de 33 horas.

Juntos, os mapas elemen-tares fornecem uma reconsti-tuição detalhada, revelando inclusive os movimentos das pinceladas do artista. Porém, as cores tiveram de ser imagi-nadas pela equipa.

Uma secção borrada no ca-belo de Dobigny sugere que Degas terá feito várias tentati-vas para remodelar uma ore-lha excessivamente pontuda, como a de um duende - um truque pelo qual era aparen-temente conhecido na época.

Neste caso, a comparação de dois retratos pintados com vários anos de intervalo mos-trou a “transformação de pa-leta e técnica” de Degas.

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Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 JTM | LAZER 18

• • • E AINDA

• • • DIVULGAÇÃO

Café “O Litoral” – um Templo da Gastronomia Macaense

O cruzamento cultural entre povos tão diferentes como Portugal e a China, dá azo a estórias curiosas

ao longo do tempo. Uma delas é o facto de, ainda hoje, muitos chineses pensa-rem que a “Galinha à Portuguesa” é um prato comum em Portugal e em contra-partida, muitos portugueses julgarem que o “Tacho” é um prato típico da co-zinha chinesa. Graças ao esforço que tem sido feito nos últimos anos, a gastrono-mia macaense tem ganho o seu espaço e é reconhecida actualmente como uma cozinha muito própria da região de Ma-cau, afirmando-se cada vez mais como um marco cultural que identifica o terri-tório e as suas gentes.

Um dos restaurantes que mais tem contribuído para a divulgação da cozi-nha macaense é o Café “O Litoral”, loca-lizado na Vila da Taipa e aberto ao públi-co no ano de 2008. Trata-se do segundo restaurante inaugurado por Manuela Ferreira, estando o primeiro Restauran-te “O Litoral” localizado na Barra e em funcionamento desde 1995. Foi graças a toda a dedicação de corpo e alma, devo-ção e espírito de sacrifício de Manuela que “O Litoral” (Café e Restaurante) se tornou uma marca de referência da res-tauração em Macau.

Presentemente, ambos são geridos pelos filhos Filipe (o da Taipa) e Adriano (o de Macau) que receberam há alguns anos o testemunho do bonito legado dei-xado pela mãe. Foi com o filho mais novo de Manuela, o Filipe, que estive à con-versa no seu Café “O Litoral” na Vila da Taipa. Todo o espaço do estabelecimen-

to é muito confortável e agradável de se estar. A decoração interior e exterior é bonita, cuidadosa e trabalhada com ca-rinho, homenageando um Macau antigo.

Em termos de variedade gastronómica, a Galinha Africana, as Amêijoas à Casa, o Porco Bafassá, o Caril de Camarão e de Carne de Caranguejo, e o Caril de Minchi (*) são apenas alguns dos muitos pratos da cozinha macaense disponíveis no Café “O Litoral”. Se tiver curiosidade em provar os petiscos da terra, como o Apabico, os So-nhos, os Bolinhos de Gergelim e a Bebinca de Pulú, entre outros, estes estão disponí-veis no “Afternoon Tea Set” das 15:00 às 18:00 de sábado e domingo.

Com uma ementa tão extensa e com-posta por tantos cozinhados e petiscos típicos da terra, num ambiente e decora-ção que respiram o Macau antigo, pode-mos dizer que “O Litoral” é um verda-deiro Templo da Gastronomia Macaense.

(*) Esta versão do minchi no Litoral é uma agradável surpresa que nasceu por mero acaso. Estavam certo dia, pai e fi-lho, à mesa no Litoral e um queria comer minchi enquanto que o outro estava com vontade de comer caril. Pediram à cozi-nha para confeccionar os dois pratos que acabaram por partilhar entre ambos. Já no prato de cada um, o caril acabou por misturar-se com o minchi e tanto o pai como o filho ficaram muito agradados com esta combinação. Uns dias depois passou a fazer parte da ementa.

* Director da yummymacau.com

NOTA: Esta secção não tem propósitos publicitários. Trata-se apenas de divulgar a variada gastronomia existente na RAEM

CAFÉ “O LITORAL”Rua do Regedor, Bloco 4, Wai Chin Kok, nº 53-57, Vila da TaipaTelefone: 2882 5255Horário: Aberto ao Sábado e ao Domingo das 12h00 às 22h00

Gilberto Camacho*

Britney Spears lança primeiro álbum em seis anosA cantora Britney Spears, de 34 anos, anunciou o lançamento do seu nono álbum, intitulado “Glory”. O álbum estará disponível no dia 26 de Agosto, sendo que, já em Julho, a cantora lançou a música “Make me”, com a participação do ‘rapper’ G-Eazy. Britney Spears escreveu na rede social Twitter que o álbum é “o começo de uma nova era”. “Glory” será o primeiro álbum lançado pela cantora desde 2013.

Mãe de Lindsay Lohan desmente gravidez da filhaDina Lohan garantiu que, afinal, a filha não está à espera de bebé. Segundo o site TMZ, Dina Lohan explicou que a actriz inventou a gravidez para se vingar do ex-namorado, o empresário russo Egor Tarabasov, a quem acusou de violência doméstica. Há cerca de uma semana, o pai da actriz disse ter recebido uma mensagem da própria filha a dar-lhe a novidade da suposta gravidez. Em Abril de 2013, Linday também escreveu no Twitter que estava à espera de bebé, mas mais tarde esclareceu que se tratava de uma partida do dia das mentiras.

Ozzy Osbourne faz terapia para controlar vício sexualO cantor britânico Ozzy Osbourne, 67 anos, revelou estar a fazer terapia para o vício sexual e a tentar reconciliar-se com a mulher. “Durante seis anos lidei com o vício sexual”, escreveu na sua página no Facebook o cantor, conhecido como o “padrinho do heavy metal”. Ozzy lamentou o seu comportamento e agradeceu pela “incrível mulher” que tem estado ao seu lado e a apoiá-lo. Sharon Osbourne esteve casada 34 anos com o cantor. Separam-se em Maio, mas o casal espera conseguir reconciliar-se. Durante muitos anos, a estrela do rock teve problemas de dependência de droga e álcool.

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20 JTM | ÚLTIMA Segunda-feira, 08 de Agosto de 2016 • Fecho da Edição • 00:00 horas

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Duterte acusa 159 juízes, políticos, polícias e militares de narcotráficoO Presidente das Filipinas revelou ontem uma lista de 159 juízes, autar-cas, deputados, polícias e militares alegadamente com ligações ao tráfico de droga. A lista integra oito juízes, 52 presidentes e ex-presidentes de câ-mara, três deputados e 95 polícias e militares. “Têm 24 horas para se apre-sentarem nas vossas unidades”, disse Rodrigo Duterte, prometendo ordenar a caça a estes homens às Forças Armadas caso não se entreguem. Duterte garantiu que estas pessoas serão sujeitas a julgamento. Segundo o Presi-dente, os crimes foram provados e verificados pela polícia e pelo exército. Duterte tomou posse a 30 de Junho após vencer as eleições com promes-sas de acabar com o crime e as drogas no país nos primeiros seis meses de mandato. Para cumprir o objectivo, autorizou e instigou as forças de segurança a matar os criminosos e delinquentes, incluindo toxicodepen-dentes, que não se entreguem. Segundo a imprensa local, mais de 800 alegados criminosos e toxicodependentes foram mortos desde as eleições de Maio. Na quarta-feira, as Nações Unidas denunciaram o “preocupan-te” aumento de execuções de alegados traficantes e toxicodependentes nas Filipinas, mas Duterte voltou a defender, no sábado, a sua ordem de “disparar a matar”. “Não me importam os Direitos Humanos”, afirmou, ao frisar que “esta guerra é contra as drogas e aqui temos uma crise”.

Cardeal de Hong Kongdiz que China deseja“entendimento”com VaticanoO líder da Igreja Católica em Hong Kong assegurou que a China está dis-posta a alcançar um “entendimento” com o Vaticano, em torno das divergên-cias sobre a nomeação de bispos e ou-tras divergências. “A Igreja católica re-cuperou gradualmente a consideração do governo chinês, que agora deseja chegar a um entendimento com a Santa Sé na questão da nomeação de bispos na Igreja católica na China e procura um plano aceitável para ambos”, afir-mou o cardeal John Tong, numa carta pastoral publicada no “site” da Diocese de Hong Kong. Tong admitiu que exis-tem receios, mas garantiu que o Papa Francisco não aceitará nenhum acordo que prejudique a Igreja. A China e a Santa Sé não têm relações diplomáticas e a única igreja católica autorizada pelo Governo chinês, a Associação Católica Patriótica Chinesa (ACPC), é indepen-dente do Vaticano. A ACPC é responsá-vel por escolher os bispos, enquanto o Vaticano insiste que esse é o seu direito.

Falta de técnicos afecta segurança de centrais nucleares na ChinaA recente descoberta de um incidente numa central nuclear em Yangjiang, a cerca de 200 km de Hong Kong, que levou à suspensão de quatro operários, levantou preocupações no âmbito da falta de técnicos nucleares, o que pode pôr em causa a segurança nas centrais. De acordo com o “South China Morning Post”, há cada vez mais necessidade de for-mar engenheiros nucleares e outros técnicos numa altura em que a China se esforça por construir mais reactores para fazer face às suas necessidades e dar resposta aos objectivos de redução de emissão de gases de efeito de estufa. Es-pecialistas e profissionais da indústria dizem que esconder ou atrasar a denúncia de um incidente destes não deveria acontecer já que a falha numa bomba pode levar a encerrar a central, tornando ainda mais difícil esconder o sucedido. O incidente em Yangjiang veio a público mais de um ano depois de ter ocorrido. A falta de profissionais pode levar a que tal aconteça já que a imposição de acções disciplinares sobre os responsáveis resultaria num ainda menor número de trabalhadores para operar a central. Ai Desheng, perito nuclear da Universidade de Tsinghua, disse recentemente que a China precisaria de mais entre 30.000 a 40.000 profissionais da área da energia nuclear no prazo de 10 anos.

Agência Xinhua criou portal em portuguêsA agência Xinhua lançou na sexta-feira um por-tal em português, visando “promover as relações entre a China e os países de língua portuguesa” e “aumentar a compreensão sobre o desenvol-vimento económico-social da China”. O novo portal (http://portuguese.xinhuanet.com/) foi apresentando como uma “medida importante para implementar a directriz do Presidente Xi Jinping de expandir o espaço de actuação dos média”. O “site” propõe-se difundir “notícias de economia, política, sociedade, cultura, des-porto e tecnologia”, recorrendo aos formatos texto, imagem e vídeo. A Xinhua conta, desde 2004, com um departamento em português, que emprega actualmente 14 pessoas, entre as quais três brasileiros, mas cujo conteúdo era, até ago-ra, distribuído através de outros órgãos de co-municação. O portal em português da Xinhua junta-se a outros que a agência já tem em inglês, francês, russo, árabe, espanhol, japonês, corea-no e alemão. Além da Xinhua, também a versão digital do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista, e a Rádio Internacional da China, têm um serviço em português.