Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

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ADOÇÃO DA TI VERDE NA ADMINISTRAÇÃO DAS REDES DE COMPUTADORES

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Projeto de Pesquisa do Curso Técnico de Redes de Computadores, da Escola Técnica Estadual Aderico Alves de Vasconcelos, município de Goiana (Pernambuco).

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ADOÇÃO DA TI VERDE NA ADMINISTRAÇÃO

DAS REDES DE COMPUTADORES

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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL ADERICO ALVES DE

VASCONCELOS

TÉCNICO EM REDES DE COMPUTADORES

ADOÇÃO DA TI VERDE NA ADMINISTRAÇÃO

DAS REDES DE COMPUTADORES

Fagner Silva de Lima

Goiana / 2013

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Fagner Silva de Lima

ADOÇÃO DA TI VERDE NA ADMINISTRAÇÃO

DAS REDES DE COMPUTADORES

Projeto apresentado na disciplina de Projeto Estruturado de Redes como

requisito para a apresentação do Trabalho de Conclusão da disciplina.

Orientador: Luiz Carlos Mendes.

Goiana / 2013

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5

2. JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 7

3. OBJETIVOS ............................................................................................................ 8

4. METODOLOGIA DE PESQUISA ............................................................................ 9

5. TI VERDE (GREEN TI).......................................................................................... 10

5.1. A Revolução Industrial e o Sistema Capitalista .............................................. 10

5.2. Meio Ambiente ................................................................................................ 11

5.3. Tecnologia da Informação .............................................................................. 13

5.4. Impactos da Tecnologia no Meio Ambiente .................................................... 14

5.5. Consumo de Energia ...................................................................................... 15

5.6. Lixo Eletrônico (e-Trash) ................................................................................. 19

5.7. Sustentabilidade ............................................................................................. 22

5.8. Tecnologia Sustentável ................................................................................... 24

5.8.1. Estratégias ............................................................................................... 24

5.8.2. Benefícios ................................................................................................ 29

5.8.3. Conscientização ....................................................................................... 30

6. TI VERDE NAS REDES DE COMPUTADORES ................................................... 31

6.1. Virtualização ................................................................................................... 33

6.1.1. Tipos de Virtualização .............................................................................. 35

6.1.2. Benefícios ................................................................................................ 35

6.2. Cloud Computing ............................................................................................ 38

6.2.1. Infrastructure as a Service (IaaS) ............................................................. 39

6.2.2. Gestão de Energia e a Computação em Nuvem ...................................... 39

6.3. Grid Computing ............................................................................................... 40

6.4. Data Centers ................................................................................................... 41

6.5. Software .......................................................................................................... 42

7. ISO 14401 ............................................................................................................. 44

7.1. Política Ambiental........................................................................................ 45

7.2. Aspectos Ambientais ................................................................................... 45

7.3. Requisitos Legais e Outros Requisitos ........................................................ 45

7.4. Objetivos e Metas........................................................................................ 46

7.5. Programas de Gestão Ambiental ................................................................ 46

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7.6. Estrutura e Responsabilidade ..................................................................... 47

7.7. Treinamento, Consciência e Competência .................................................. 47

7.8. Comunicação (Divulgação) ......................................................................... 47

7.9. Documentação da Gestão Ambiental .......................................................... 48

7.10. Controle Operacional ................................................................................ 48

7.11 Preparação para Casos Emergenciais e Resposta .................................... 49

7.12 Monitoramento e Medição .......................................................................... 50

7.13 Não-Conformidade e Ação Corretiva e Preventiva .................................... 50

7.14 Registros .................................................................................................... 51

7.15. Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental ............................................... 51

8. EMPRESAS TECNO(ECO)LÓGICAS ................................................................... 52

8.1. Wipro .............................................................................................................. 52

8.2. HP ................................................................................................................... 53

8.3. Nokia ............................................................................................................... 53

8.4. Acer ................................................................................................................ 54

8.5. Dell.................................................................................................................. 54

9. CRONOGRAMA .................................................................................................... 55

10. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 56

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 57

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente o mundo encontra-se preocupado com um dos temas mais

abordados nos últimos anos: sustentabilidade. Tal conceito nos remete ao ato de

“manter algo em seu devido estado”, ou seja, sustenta-lo perante a uma realidade

que vai de encontro ao ideal de preservação.

A ideia de sustentabilidade ganhou cada vez mais destaque pelo fato de que

o meio ambiente, nas últimas décadas, vem sofrendo rápidas e consideráveis

mudanças em seu estado natural. E a maior parte disso se dá por causa do próprio

ser humano, que acaba acelerando este processo ao exercer certas práticas, como

geração de um alto nível de poluição e o uso irracional de recursos naturais, que

degradam de forma não natural o meio em que vivemos.

Não estão sendo discutidos apenas os impactos causados por tais

acontecimentos, mas também formas de lidar com toda essa situação. A

conscientização das pessoas é a ideia central para que o quadro atual seja

positivamente alterado, porém a total explanação desse ideal ainda está longe de

ser uma realidade, pois boa parte das pessoas acaba não se importando com os

malefícios que está cometendo com suas práticas contra o meio ambiente.

No âmbito da Tecnologia da Informação a visão de contribuir para a

preservação do ambiente também está presente com a chamada “TI Verde”, onde TI

significa Tecnologia da Informação, e o termo Verde faz alusão à sustentabilidade.

Eitel (2008) diz que TI Verde é “O uso consciente da tecnologia.”

Segundo Pablo Hess (2009), “TI Verde é um conjunto de práticas para tornar

mais sustentável e menos prejudicial o nosso uso da computação”.

O principal expoente de discussão da sustentabilidade na tecnologia é

justamente a questão do consumo eficiente de energia. Porém, não há apenas esta

preocupação, já que o meio ambiente também sofre com outras situações, como por

exemplo, o descarte acelerado e indevido de aparelhos eletrônicos.

Murugesan (2008) descreve que:

“O setor de tecnologia vem buscando formas e iniciativas para controlar o uso desenfreado de matérias-primas, conter o gasto de energia e conservar o meio ambiente, diminuindo a emissão de poluentes, seja no solo, na água ou no ar.”

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As Redes de Computadores trazem consigo um importante referencial na TI

Verde, pois onde há tecnologia há conexões diversas (redes). É válido conhecer

desde o impacto da tecnologia no ambiente até as formas que podem ser adotadas

para reduzir este impacto. As Redes possuem cada vez mais técnicas que auxiliam

o Administrador de Rede a proporcionar um “ambiente verde” ao seu ambiente.

A metodologia verde para as Redes de Computadores pode ser considerada

a principal inserção deste pensamento na computação, pois partindo do princípio do

consumo excessivo de energia, as redes devem ser a prioridade do “pensamento

verde”, já que compõem a principal estrutura de comunicação entre dispositivos

eletrônicos. A maioria das Redes de Computadores é implantada com a ideia de que

seu funcionamento não pode ser interrompido (salvo certas exceções), ou seja, com

o princípio de disponibilidade contínua.

Também é válido ressaltar que os ganhos da TI Verde não dizem respeito

apenas à preservação do ambiente, mesmo que esse fator por si só seja

extremamente importante. Há ainda um pensamento de que a adoção da ideia verde

custa caro, porém isso não é uma realidade. As empresas que aderem a esta

metodologia de sustentabilidade conquistam muito mais, pois passam a economizar

principalmente em energia, e também ganham como benefício a imagem de uma

empresa sustentável, angariando um maior interesse de investidores do mercado

financeiro.

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2. JUSTIFICATIVA

É inegável que o planeta necessita de uma resposta de nossa parte, pois

apenas dessa forma o quadro atual poderá ser mudado. A tecnologia trouxe e vem

trazendo benefícios extraordinários a toda sociedade, mas também vem trazendo

muitos malefícios ao meio ambiente.

Felizmente essa realidade pode ser trabalhada, tendo como visão a

sustentabilidade, que traria benefícios para todos os lados. Não é algo mágico, que

acontece da noite para o dia, mas é algo que se bem elaborado proporciona bons

frutos de forma gradativa. O mais importante é levar em consideração a ideia de que

preservar o ambiente é algo que agrega muito aos valores de uma empresa/pessoa.

Não há um “jeito certo” para que se façam as coisas, pois a TI Verde

proporciona não apenas um “passo a passo” de como as coisas devem ser feitas,

mas também a possibilidade de criatividade por parte de seus manipuladores. Sendo

assim a TI Verde trata-se de uma metodologia, que deverá antes de tudo ser

compreendida por aqueles que necessitam de sua utilização.

É imprescindível que se criem formas de conscientização, que sejam

divulgadas tanto quanto são as novas tecnologias. A contribuição desse tipo de

medida é essencial, tendo em vista que esse tema é desconhecido pela maioria das

pessoas que usam a tecnologia diariamente. Ensinar é preciso, mas mostrar os

benefícios dessa ideia é ainda mais importante.

De acordo com o Greenpeace Brasil (2006):

Quando o aquecimento global foi detectado, alguns cientistas ainda acreditavam que o fenômeno poderia ser causado por eventos naturais, como a erupção de vulcões, aumento ou diminuição da atividade solar e movimento dos continentes. Porém, com o avanço da ciência, ficou provado que as atividades humanas são as principais responsáveis pelas mudanças climáticas que já vêm deixando vítimas por todo o planeta.

Como em qualquer âmbito da vida, se o ambiente não estiver organizado e

harmonioso, os seus integrantes terão problemas. É assim também que funciona o

meio ambiente, pois é a partir dele que nós retiramos tudo o que precisamos para

vivermos da melhor forma possível, e a tecnologia deve ser usada para cumprir seu

papel em ajudar a tornar as coisas melhores, preservando nosso grande patrimônio.

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3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

Identificar e analisar as características e as práticas da TI Verde

diretamente relacionada com as Redes de Computadores e apontar

metodologias que visem a conscientização dos usuários de tecnologia para

a sustentabilidade.

3.2 ESPECÍFICOS

• Analisar o cenário atual do planeta e como a utilização indevida da

tecnologia o afeta.

• Identificar as vantagens e possíveis desvantagens da aplicabilidade

da TI Verde nas áreas de tecnologia.

• Detalhar as principais aplicações da TI Verde no âmbito específico

das Redes de Computadores.

• Referenciar o papel do Administrador de Rede com a

sustentabilidade.

• Expor formas de conscientização para que os usuários de tecnologia

conheçam melhor a ideologia da TI Verde.

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4. METODOLOGIA DE PESQUISA

As formas adotadas para a elaboração e desenvolvimento deste projeto

englobam tanto experiências do cotidiano quanto a análise de outras diversas

situações. A pesquisa feita teve como visão a prática de metodologias que objetivam

a sustentabilidade no ramo de tecnologia.

Para se entender o termo TI Verde, e tudo o que ele engloba, deve-se

primeiramente ter uma base quanto ao conceito de sustentabilidade de uma forma

geral, e os danos causados pela degradação da natureza. Por este fato também é

feita uma explanação sobre a preservação não diretamente ligada à tecnologia.

Entretanto, o foco principal desta pesquisa é a aplicabilidade da TI Verde no

âmbito das Redes de Computadores, e com isso teremos um foco especial neste

sentido. Ideologias, práticas, experiências, normas, e tudo o que possa ser

acrescentado ao tema foi abordado ao longo da coleta de informações.

O principal meio de pesquisa adotado foi a Internet, porém houve importantes

análises para constatar o valor das informações coletadas. No decorrer da pesquisa

foi dada preferências a artigos acadêmicos desenvolvidos com o tema de

sustentabilidade na tecnologia, principalmente no âmbito das Redes de

Computadores, pois eles oferecem uma visão mais dinâmica da realidade, além de

trazer por vezes experiências práticas envolvendo o tema.

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5. TI VERDE (GREEN TI)

TI Verde (em inglês: Green TI), também chamada de “Computação Verde”, é

a metodologia que visa a utilização de modelos sustentáveis para utilização mais

eficiente dos recursos, estando presente tanto na criação, fabricação uso e descarte.

Diferente do que a maioria pensa, a TI Verde não tenta apenas minimizar o

impacto do aquecimento global, mas sim aplicar métodos que proporcionem um

melhor aproveitamento dos equipamentos (no caso, hardware), para que possam

ser reutilizados mais facilmente no futuro, fato que por si só já mostra quão benéfica

pode ser a adoção da “metodologia verde” na tecnologia.

5.1. A Revolução Industrial e o Sistema Capitalista A preocupação com a situação do meio ambiente nos dias atuais é clara e

evidente, mas vale ressaltar que este quadro não se desenhou da noite para o dia.

Ao longo dos tempos foi-se provocando tudo isso, e vários acontecimentos

colaboraram para que isso se tornasse uma realidade.

A Revolução Industrial é apontada por muitos como sendo o pontapé inicial

para esta situação, pois marcou o surgimento de uma nova era onde houve a

substituição da mão-de-obra artesanal pela utilização de novas máquinas criadas

pelo homem, desde a utilização de teares manuais até as máquinas a vapor.

Como apresentado no site SO História:

A Revolução Industrial foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas. Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo. (http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-industrial.htm)

Não há muitas dificuldades em perceber o quanto essa transição afetou a

relação entre homem e ambiente, pois a adoção das novas máquinas trazia o início

de um significativo momento de degradação ambiental. Passou-se, por exemplo, a

haver uma maior liberação de CO (entre outros gases nocivos) na atmosfera,

consequência da queima de combustíveis fósseis.

A mudança de práticas foi bastante drástica, pois não existia uma afronta tão

significativa ao meio ambiente. Pereira (2002) diz que:

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As primeiras indústrias surgiram numa época em que os problemas ambientais eram de pequena expressão, principalmente pelas reduzidas escalas de produção. As exigências ambientais eram pequenas e a fumaça liberada pelas chaminés das fábricas era vista como um sinal de progresso e desenvolvimento, tornando inevitável o aparecimento de problemas ambientais amplamente difundidos.

A Revolução Industrial não foi o único fator preponderante para o aumento da

degradação ao ambiente. Outro ponto importante foi a consolidação do sistema

capitalista em nível global. Com isso, houve um grande incentivo à urbanização, já

que a principal atividade econômica do capitalista é justamente a indústria.

Em consequência do aumento da população nas cidades e do aumento da

produção industrial, veio o aumento do nível de poluição como um todo, ou seja, ar,

solo, água, etc., como comentado por Souza, no site Brasil Escola.

5.2. Meio Ambiente De acordo com a Lei 6.938, de 31/08/1981, “entende-se por meio ambiente, o

conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e

biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”. Encontra-se

na ISO 14001:2004 a seguinte definição sobre meio ambiente: “circunvizinhança em

que uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais, flora

fauna, seres humanos e suas inter-relações.”.

O meio ambiente agrega tudo aquilo que é natural ao nosso redor, tudo o que

nos remete à natureza, ecologia, fauna, flora. Porém, toda essa naturalidade vem

sendo modificada/destruída ao longo dos anos, e nosso maior desafio é justamente

discutir e implantar meios que possibilitem a preservação da natureza.

Conforme a Lei 9.795, de 27/04/1999, “entendem-se por educação ambiental

os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores

sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a

conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia

qualidade de vida e sua sustentabilidade.”.

Ainda na Lei 9.795, de 27/04/1999, “a educação ambiental é um componente

essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma

articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter

formal e não formal.”.

Infelizmente as consequências causadas pelo descaso com o meio ambiente

estão se tornando cada vez mais catastróficas. A ocorrência de violentos fenômenos

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naturais como tsunamis, furações, erupções vulcânicas, entre outros, estão

aumentando cada vez mais. Além disso, as ondas de calor estão ainda mais

constantes e acentuadas.

Atualmente um dos principais pontos discutidos entre as nações é sobre a

adoção de métodos para combater a atual situação. Trabalha-se constantemente na

criação de soluções que visem diminuir os danos causados ao meio ambiente, pois

é inegável que se houver continuidade na atual situação, os riscos tornam-se cada

vez mais assustadores.

A proteção ambiental é hoje prioridade na agenda política de qualquer país, o que tem deixado empresas industriais e até agências de governo na defensiva, diante da grande atratividade política de bandeiras de proteção ao meio ambiente. (WANDERLEY; FERRAZ; RUSH, 1994, p. 37).

A seguir, alguns pontos que destacam a degradação que vem acontecendo

no meio ambiente, segundo Adriano A. Barros.

• A Terra ficou 0,7°C mais quente nos últimos 100 anos;

• Se as emissões de gases fossem congeladas até o ano 2200 a temperatura

aumentaria entre 0,4 e 0,8°C;

• Projeção de aumento de 5,4°C na temperatura mundial até o final do século;

• Algumas espécies de animais definidas como “criticamente ameaçadas” serão

extintas nas próximas décadas e “as ameaçadas ou vulneráveis” se tornarão

muito raras.

• A massa de gelo que vem derretendo ao longo dos últimos anos vai aumentar

o nível do mar entre 30 cm e 80 cm nos próximos 50 a 80 anos;

• Em 12 anos foram perdidos 14 mil Km²;

• Com o ritmo atual de desmatamento e emissões, 6 milhões de Km² de floresta

podem se transformar em Savanas nos próximos 100 anos;

• O Brasil é o 4° emissor de gases causadores do efeito estufa;

• O aquecimento global vai aumentar as temperaturas na Amazônia entre 2°C e

3°C, e pode deixar o clima mais seco e com redução de chuva entre 10% a

20%;

• Um cerrado mais pobre em biodiversidade vai avançar sobre a floresta. Esta

savanização é acelerada pelos desmatamentos e queimadas;

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• A vazão das Cataratas do Iguaçu chegou a 225 m³ por segundo um volume

13% do normal em Julho de 2006 o pior índice dos últimos 18 anos;

• Grandes Cidades nas regiões metropolitanas ficarão ainda mais quentes, com

mais inundações, enchentes e desmoronamentos em áreas de risco,

principalmente nas encostas de morro.

• Nosso planeta reflete 30% e absorve 70% da radiação solar;

• Gases do Efeito Estufa (GEE) absorvem mais calor que a média da

atmosfera;

• CO₂ e vapor de água (produtos de combustão e uso de água) estão nessa

categoria;

• Há outros GEE como metano, óxido nitroso, fluorcarbonetos (FCs e CFCs);

• “Tonelada de CO₂” é usada como unidade de medida de aquecimento global;

• Produzir energia gera CO₂ e vapor. Mais pela queima de combustíveis

fósseis, menos se a fonte for hídrica, solar ou nuclear;

5.3. Tecnologia da Informação Alecrim (2011) diz que:

A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como o conjunto de todas as atividades e soluções providas por recursos computacionais que visam permitir a obtenção, o armazenamento, o acesso, o gerenciamento e o uso das informações. Na verdade, as aplicações para TI são tantas - estão ligadas às mais diversas áreas - que há várias definições para a expressão e nenhuma delas consegue determiná-la por completo.

O conceito de Tecnologia da Informação é muito amplo, e não se pode

apontar uma descrição exata de seu significado. Reis (2003, p. 2) diz que:

O conceito de Tecnologia da Informação é mais abrangente do que os de processamento de dados, sistemas de informação, engenharia de software, informática ou o conjunto de hardware e software, pois também envolve aspectos humanos, administrativos e organizacionais.

A Tecnologia da Informação, como sendo uma criação humana, surgiu com o

intuito de auxiliar o homem, contribuindo para o seu desempenho nas mais diversas

funções. Suas aplicabilidades são muitas, e nos últimos anos essa diversidade vem

se tornando ainda maior, pois a tecnologia como um todo avança de forma muito

rápida, fazendo com que inúmeras inovações sejam desenvolvidas constantemente.

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Um dos bens mais preciosos de uma empresa/organização é a informação, e

sendo assim torna-se necessária a utilização dos meios de TI para geri-la de forma

apropriada. Com o auxilio de sistemas, equipamentos e outros meios, a informação

deve ser transformada num diferencial competitivo.

É verdade que ainda existe certa “estranheza” em relação à TI por parte de

muitas pessoas, que geralmente fazem uso de suas tradições ao invés da

modernidade. Porém, é inegável que a presença de tal tecnologia vem crescendo de

forma muito acelerada, e se torna uma obrigação para toda e qualquer empresa

fazer uso da TI por uma questão simples de visão estratégica.

5.4. Impactos da Tecnologia no Meio Ambiente Infelizmente nem tudo o que é feito para o bem gera 100% de benefícios. A

TI, juntamente com todas as suas vantagens, vem trazendo alguns pontos

negativos.

A tecnologia tem tirado o emprego de muitas pessoas, pois como foi

observado no surgimento da Revolução Industrial, as máquinas passaram a

substituir diversos trabalhos que antes eram feitos de forma manual. As inovações

tecnológicas também são apontadas como responsáveis pelo aumento do

sedentarismo. Além disso, há sempre a questão da criminalidade virtual, fato que

não se diferencia muito da “criminalidade real” presente no cotidiano.

O meio ambiente também é prejudicado pelo mau uso da tecnologia. A TI

gera inúmeros fatores que ajudam a degradar a natureza, como por exemplo, o alto

consumo de energia, o aumento no consumo de papel (por incrível que pareça), o

descarte incorreto de equipamentos, etc.

A situação parece se agravar a cada dia, e com isso o espaço natural se

modifica de uma forma bastante preocupante, tanto que se discute o pensamento de

ser possível ou não parar todo esse processo, já que se chegou a um ponto em que

o descontrole parece ser total.

Assunto geral hoje é o meio ambiente e sua preservação, nada de poluir, de sujar, de estragar, de queimar. Nada disso! É preciso tomar a consciência de que dependemos do meio ambiente para viver. Esse tem sido o apelo da mídia para as pessoas, mas de forma geral não tem sido ouvido por uma única razão: tecnologia. Tudo o que o homem quer é se expandir em tecnologia e criar cada vez mais coisas que sejam para facilitar a vida em geral. Então consomem energia em excesso, exploram o que a natureza oferece se esquecendo de que tudo um dia acaba, principalmente por mau uso. (http://www.guiadasdicas.com/2010/05/impacto-da-tecnologia-no-meio-ambiente.html)

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A indústria da Informática é uma das que mais colaboram com a degradação

do meio ambiente. Na fabricação de um computador, por exemplo, são gastos

utilizados, em média, 1800 kg de materiais. Segundo Rosa (2007), “são, por

exemplo, 240 quilos de combustíveis fósseis, 22 quilos de produtos químicos e -

talvez o dado mais impressionante - 1500 quilos de água”. Para a obtenção da

pureza necessária na produção de pasta de silício (usado na fabricação de circuitos

e placas de computadores), o material deve ser banhado em grande quantidade de

água pura. Além disso, pode-se considerar também o material utilizado nas

embalagens, que muitas vezes são grandes para os equipamentos aos quais se

destinam.

“Os equipamentos de TI já são responsáveis por 2% das emissões de CO2

em todo o mundo, correspondendo à quantidade emitida por todos os aviões que

existem no mundo.” (LUCAS).

5.5. Consumo de Energia Em entrevista à UnB Agência, o cientista alemão Reiner Hartenstein (um dos

pais da computação reconfigurável) revelou que somente os servidores da Google

consomem 2% de toda a energia usada no planeta. “A reconfiguração dos

computadores traria resultados maiores do que todas as demais propostas

relacionadas à mudança climática.”.

Ainda na entrevista, Hartenstein é perguntado sobre como a computação

verde poderia reduzir o consumo de energia:

Desde 15 anos atrás, os cientistas passaram a pesquisar os ganhos de produtividade com FPGA (dispositivo que pode ser programado pelo usuário, diferentemente da grande maioria dos chips encontrados no dia a dia, que já vêm pré-programados, isto é, com as suas funcionalidades definidas na fabricação). Há muitas publicações mostrando que o desempenho é espetacular em algumas tarefas. No caso da quebra de códigos criptografados, os ganhos são de 28 mil por cento. E gastando 3 mil vezes menos energia para a mesma tarefa. Com resultados assim, pode-se dispensar até o uso de ar condicionado nas máquinas.

É evidente que um dos maiores danos ao ambiente causado pela tecnologia

seja o consumo elevado de energia. Todos os equipamentos eletrônicos utilizados

pela pessoa consomem energia de diversas formas, desde celulares, notebooks,

tablets, até os grandes servidores espalhados pelo mundo. Uns consomem menos,

outros mais, mas se considerarmos o que todos eles consomem juntos, o resultado

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é impressionante. E ainda há de se ressaltar que o número de dispositivos

eletrônicos cresce a cada instante, fazendo com que tal consumo seja ainda maior.

A Redução do consumo de energia é, sem dúvida, uma ação prioritária do

movimento da TI Verde. Algumas soluções para a redução de consumo de energia

são a virtualização de servidores, configurações de economia de energia nos

dispositivos, aquisições de equipamentos com certificados, etc.

A verdade é que os servidores e Data Centers são os grandes consumistas

de energia. O fato de que estes grandes computadores necessitam de um alto poder

de processamento explica isso, e sendo assim, o nível e refrigeração de suas

localizações precisa ser extremamente alto e eficiente, o que torna o consumo de

energia bastante elevado. A solução encontrada (pelo menos por hora) é a redução

do consumo por parte dos clientes (estações de trabalho individuais), pois estes não

necessitam de potência em suas máquinas para trabalhar, e podem usufruir de

computadores de baixo custo, com monitores que consumam pouca energia e sejam

menos espaçosos.

As áreas de TI, em geral, nas empresas costumam utilizar cerca de 10% da

energia total. Scott, da Living Green, diz que a melhor opção é que a TI ajuda a

empresa a cuidar dos outros 90%. Para isso, a área de TI precisa criar uma parceria

íntima com a equipe de gestão de produção, para implementação de sensores e

softwares de gerenciamento de produção automática que podem ir desde o

monitoramento e controle de todas as luzes até o controle remoto do ar

condicionado.

A Universidade Ave Maria, na Florida, tem feito exatamente isso. A escola

com mais de 600 alunos usa hardware e software de prateleira da Johnson Controls

e Eaton para monitorar e gerenciar água, energia, luzes e ar condicionado por todo o

campus. Cada sistema no campus é acessível via Web browser, assim as equipes

podem monitorar esses sistemas e controlar remotamente as áreas que podem

render mais gasto. Os gerentes de TI, como Brian Mehaffey, VP de sistemas de

tecnologia e engenharia da Universidade, podem fazer coisas como desligar a

ventilação da igreja do campus se for ineficiente.

Por exemplo, Mehaffey percebeu que as contas de energia elétrica só da

igreja chegavam a U$ 22 mil por mês, então ele usou o sistema para rever a

ventilação, a qualidade, a temperatura, a umidade e o uso de energia. Ele descobriu

que o ar condicionado estava funcionando na capacidade máxima mesmo que a

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igreja estivesse vazia a maior parte do tempo. Durante os períodos sem atividade da

igreja, Mehaffey e sua equipe desligaram todos os sistemas, um por um, observando

em tempo real as mudanças na temperatura, umidade, qualidade do ar e uso de

energia a cada novo ajuste a desligando o próximo sistema caso o ambiente

estivesse em confortável equilíbrio. Agora a igreja gasta aproximadamente U$ 5 mil

por mês em energia, e ainda é um lugar confortável.

“Estamos falando em uma economia de U$ 150.000 por ano só em energia

elétrica.” (MEHAFFEY, 2009).

Em algumas áreas dos Estados Unidos, as empresas podem escolher energia

alternativa. Em Maryland, os clientes da Baltimore Gás & Eletric, por exemplo,

podem escolher ter a energia gerada por fontes “verdes” se pagarem um pouquinho

a mais. A Monsanto participa de uma parceria com sua distribuidora de energia,

Ameren U E, chamada Pure Power que leva a Monsanto 10% de sua energia de

fontes renováveis.

Os líderes de TI acham que o impacto das iniciativas de TI verde será um

número difícil de definir com precisão. “Uma das coisas mais difíceis é chegar ao

ponto que mostra que esses esforços valem a pena”, disse Buckholtz, da Sony

Pictures.

Existem diversas ferramentas que podem ajudar empresas como a Johnson

Controls a medir o uso de energia por circuito ou por dispositivo, assim como por

airflow. A Bryant usa o Tivoli Monitoring Power Management, da IBM, para avaliar

fatores como o consumo individual de um servidor, para que durante os períodos de

pouca utilização, a energia que alimenta o sistema seja cortada, desligando

estrategicamente CPUs individuais.

Muitos computadores ficam ligados por muito tempo, mesmo sem estarem sendo

utilizados. Este é um problema que a área de TI pode resolver tanto com mudanças na

tecnologia, quanto com campanhas de conscientização. Independentemente da

abordagem, este é o momento certo para promover esforços que ultrapassem a área de

TI, já que os funcionários estão mais receptivos a tais mudanças. “Existe um fator

interessante nisto tudo, e queremos tirar vantagem”, disse David Buckholtz, vice-

presidente de arquitetura e planejamento coorporativo da Sony Pictures Entertainment,

que tem planejado uma estratégia de TI verde.

As empresas que optam por software como serviço, normalmente, o fazem para

economizar. Mas esse também pode ser visto como um investimento verde. Microsoft e

Page 19: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

18

Google vêm gastando bilhões de dólares na construção de novos data centers,

geralmente perto de suas fontes de energia, e ao mesmo tempo investindo pesado em

novas tecnologias e processos que os façam mais eficientes em termos de energia. O

Data Center da Microsoft em San Antonio (EUA) tem sensores que medem quase todo o

consumo de energia, usa um software de gerenciamento de energia desenvolvido

internamente, chamado Scry, tem virtualização em escala de massa e recicla a água

usada no sistema de refrigeração. “Software como serviço é uma atitude mais verde que

as pessoas podem ter”, disse Dave Ohara, consultor e fundador da GreenM3.

A utilização otimizada dos equipamentos físicos fornece a manutenção da ocupação física na empresa somada à expansão do desempenho, reduzindo assim as "pegadas ecológicas" que poderiam ser causadas pela aquisição de novos equipamentos como o aumento do espaço necessário e a energia correspondente para a sua refrigeração. Em termos de descarte de equipamentos, a virtualização auxilia na redução da contaminação ambiental ao substituir os equipamentos físicos com máquinas lógicas. (CARDOSO, 2009)

Analisar quando se pode desligar ou quando se pode colocar o computador

num estado que ele economize energia é uma tarefa para os administradores de

infraestrutura de TI que normalmente são auxiliados pelos softwares de gestão e

gerenciamento de energia. Existem softwares que analisam o estado do PC e o

coloca no modo de menor consumo de energia diminuindo a potência do

processador, colocando o computador em modo de espera, modo de hibernação ou

até mesmo programando um desligamento. Isso também ocorre com os monitores e

outros periféricos como as impressoras. Esses softwares obtêm as informações de

medidas de grandezas como tensão e corrente, através do software de

gerenciamento da placa mãe do PC.

Os softwares de energia apresentam relatórios do consumo de cada

equipamento, fornecendo assim aos administradores, informações valiosas que

servem de base para tomadas de decisão e procedimentos para reduzir o consumo

de energia. Dentre elas destacam-se:

• Função Dormir (Espera): O Environmental Protection Agency (EPA) estimou

que os computadores com essas funções habilitadas, utilizam de 60 a 70% da

energia de um computador em funcionamento. Muitas pessoas acreditam de

maneira equivocada que o desligamento total do computador possa diminuir o

tempo de vida do equipamento. Com as novas tecnologias, a vida de um

equipamento eletrônico depende do seu tempo acumulado de funcionamento

Page 20: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

19

e sua temperatura e desligando-o estes dois fatores são eliminados. Os picos

de tensão e corrente que podem ocorrer ao ligar/desligar o equipamento são

amenizados pelos fabricantes através de novos modelos de projetos. Para

resolver isso as áreas de TI podem implantar os recursos já existentes no

sistema operacional do computador, como também campanhas de

conscientização fazendo com que isso se expanda fora dos limites da

instituição.

• Protetores de Tela (Screensavers): O objetivo principal de um protetor de tela

quando foi concebido, era de evitar que o monitor fosse danificado. Os

modelos CRT, principalmente os mais antigos, possuíam um grave problema

chamado de burn-in, que consistia na perda de imagem do monitor depois de

certo tempo. Os monitores LCD trabalham de maneira diferente, não

possuindo, portanto, os problemas dos antigos monitores CRT. Nesses

modelos, o uso de screensavers pode não ser necessário caso seja habilitada

a função de ―desligar o monitorǁ após certo tempo de inatividade. O uso do

screensaver pode se tornar um problema se o usuário aplicar um tipo com

imagens e fotos que mudam de maneira dinâmica, isso faz até que se

aumente o consumo de energia em relação ao trabalho convencional.

• Modo de Hibernação: Para reduzir o consumo de energia são empregadas

técnicas de hibernação de recursos, isso pode ser aplicado para

computadores, monitores, impressoras, equipamentos de rede, entre muitos.

A hibernação “desliga” o dispositivo em períodos ociosos e essa ociosidade, é

baseada em regras estabelecidas pelo sistema de gerenciamento de

hibernação. O “desligamento” é temporário, e ao ser “acordado”, o

equipamento volta a seu estado de funcionamento como estava ao ser

hibernado, e essa é a vantagem em relação ao desligamento total.

Eletricamente falando, a hibernação é semelhante ao desligamento, inibindo a

passagem de corrente pelo circuito do dispositivo. Esta técnica pode ser uma

excelente solução em laboratórios com vários computadores que de tempos

em tempos ficam ociosos.

5.6. Lixo Eletrônico (e-Trash) As consequências oriundas da disposição incorreta do lixo eletrônica são

muitas, e bastante preocupantes. Algumas delas são:

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20

• Aumento da geração de lixo;

• Criação do mercado informal de reciclagem;

• Riscos à saúde devido à reciclagem inadequada;

• Riscos à saúde devido à contaminação do ambiente (solo, água, etc.);

• Poluição do ar.

Uma das principais preocupações da TI Verde é o descarte dos

equipamentos. Sua metodologia defende a prática do “descarte inteligente”, que visa

à maneira correta de se desfazer de equipamentos, para que não sejam

simplesmente lançados em aterros sanitários, por exemplo, onde, em consequência

de suas substâncias químicas, ocorra a contaminação do meio. O ideal é que sejam

encaminhados para reciclagem (correta) ou doados assim que sua vida útil esteja

encerrada.

Computadores se tornam obsoletos dentro da lógica comercial a cada dois

anos, máquinas são substituídas, celulares, equipamentos de impressão,

cabeamento, infraestrutura de redes, entre outros materiais, são descartados

constantemente.

Um exemplo de grande desperdício é na questão de celulares. No mundo, a

cada ano 1,5 bilhão de celulares são substituídos, o que resulta num aumento de 50

milhões de toneladas na montanha de lixo eletrônico.

Os subprodutos gerados por esses equipamentos poderiam ser

implementados novamente no ciclo produtivo, reduzindo assim custos e tempo de

produção, proporcionando benefício econômico e ambiental.

Fleischmann (2001) diz que:

A reciclagem térmica ou material dos eletroeletrônicos reduz a necessidade global pela extração de materiais virgens, como ferro, alumínio, combustíveis ou metais preciosos (ouro ou prata, por exemplo), assim como a busca por ingredientes tóxicos (cádmio, mercúrio, chumbo, bismuto, etc.), indispensáveis para a produção da maioria dos componentes elétricos presentes nesses produtos. Além da reciclagem, o reuso e a remanufatura de produtos ou componentes podem ser uma opção ecológica e econômica ainda melhor, desde que a oferta e a demanda estejam em equilíbrio. Eletroeletrônicos como computadores, telefones celulares, cartuchos de toner ou câmeras fotográficas descartáveis já estão sendo remanufaturados com sucesso.

Sobre os danos causados pelo lixo eletrônico, Moreira (2004) afirma:

São muitos os efeitos gerados pelo contato direto ou indireto com os metais pesados, que podem causar danos a toda e qualquer atividade biológica.

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Algumas respostas são predominantes, às vezes agudas, outras crônicas. Muitas vezes as respostas são tardias, o que dificulta o diagnóstico da patogênese por perder a relação direta.

O lixo eletrônico é composto por vários metais pesados, e abaixo estão

listados todos aqueles que são encontrados em computadores (também

encontrados em outros produtos eletroeletrônicos, em diferentes proporções).

Metal Pesado Parte do Computador % no Computador % Reciclável

Alumínio Estrutura, conexões 14,1723% 80%

Bário Válvula eletrônica 0,0315% 0%

Berílio Condutivo térmico, conectores 0,0157% 0%

Cádmio Bateria, chip, semicondutor, estabilizadores

0,0094% 0%

Chumbo Circuito integrado, soldas, bateria 6,2988% 5%

Cobalto Estrutura 0,0157% 85%

Cobre Condutivo 6,9287% 90%

Cromo Decoração, proteção contra corrosão 0,0063% 0%

Estanho Circuito integrado 1,0078% 70%

Ferro Estruturas, encaixe 20,4712% 80%

Gálio Semicondutor 0,0013% 0%

Germânio Semicondutor 0,0016% 60%

Índio Transistor, retificador 0,0016% 60%

Manganês Estrutura, encaixes 0,0315% 0%

Mercúrio Bateria, ligamentos, termostatos, sensores

0,0022% 0%

Níquel Estrutura, encaixes 0,8503% 80%

Ouro Conexão, condutivo 0,0016% 99%

Prata Condutivo 0,0189% 98%

Sílica Vidro 24,8803% 0%

Tântalo Condensador 0,0157% 0%

Titânio Pigmentos 0,0157% 0%

Vanádio Emissor de fósforo vermelho 0,0002% 0%

Zinco Bateria 2,2046% 60%

Fonte: MCC (Microelectronics and Computer Technology Corporation), 2007.

A seguir, estão listados alguns dos principais danos causados à saúde

humana por conta do descarte incorreto dos equipamentos eletrônicos.

Metal Pesado Principais danos causado s à saúde do homem

Alumínio Solos ricos em alumínio são ácidos e as plantas adaptadas nestes solos armazenam certa quantidade deste metal, como no Ecossistema do Cerrado; algumas plantas podem ter suas funções vitais afetadas (absorção pela raiz).

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Alguns autores sugerem existir relação da contaminação crônica do alumínio como um dos fatores ambientais da ocorrência de Mal de Alzheimer.

Arsênio Pode ser acumulado no fígado, rins, trato gastrointestinal, baço, pulmões, ossos, unhas; dentre os efeitos crônicos: câncer de pele e dos pulmões, anormalidades cromossômicas e efeitos teratogênicos.

Cádmio

Acumula-se nos rins, fígado, pulmões, pâncreas, testículos e coração; possui meia-vida de 30 anos nos rins; em intoxicação crônica pode gerar descalcificação óssea, lesão renal, enfisema pulmonar, além de efeitos teratogênicos (deformação fetal) e carcinogênicos (câncer).

Bário Não possui efeito cumulativo, provoca efeitos no coração, constrição dos vasos sanguíneos, elevação da pressão arterial e efeitos no sistema nervoso central.

Cobre Intoxicações como lesões no fígado.

Chumbo

É o mais tóxico dos elementos; acumula-se nos ossos, cabelos, unhas, cérebro, fígado e rins, em baixas concentrações causa dores de cabeça e anemia. Exerce ação tóxica na biossíntese do sangue, no sistema nervoso, no sistema renal e no fígado. constitui-se veneno cumulativo de intoxicações crônicas que provocam alterações gastrintestinais, neuromusculares, hematológicas podendo levar à morte.

Mercúrio

Atravessa facilmente as membranas celulares, sendo prontamente absorvido pelos pulmões, possui propriedades de precipitação de proteínas (modifica as configurações das proteínas) sendo grave suficiente para causar um colapso circulatório no paciente, levando à morte. É altamente tóxico ao homem, sendo que doses de 3g a 30g são fatais, apresentando efeito acumulativo e provocando lesões cerebrais, além de efeitos de envenenamento no sistema nervoso central e teratogênicos.

Cromo Armazena-se nos pulmões, pele, músculos e tecido adiposo, pode provocar anemia, alterações hepáticas e renais, além de câncer do pulmão.

Níquel Carcinogênico (atua diretamente na mutação genética).

Zinco Efeito mais tóxico é sobre os peixes e algas (conhecido); experiências com outros organismos são escassas.

Prata 10g como Nitrato de Prata é letal ao homem.

Fontes: Ambiente Brasil, 2007, Greenpeace, 2007.

5.7. Sustentabilidade O Relatório de Brundtland (1987) define desenvolvimento sustentável como:

"(...) desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações vindouras satisfazerem as suas próprias necessidades". Em outras palavras, sustentabilidade é a prática que visa à preservação dos bens naturais de hoje, para que as futuras gerações tenham as mesmas possibilidades em relação ao meio ambiente.

Segundo o Dicionário Aurélio:

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade

Page 24: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

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e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.

O tema sustentabilidade ganha cada vez mais destaque à medida que o

retrato do planeta revela uma situação nada animadora, já que a natureza está

perdendo cada vez mais espaço por intervenções humanas. A discussão quanto ao

que se pode fazer em relação a isso vem perdurando há algum tempo, só que os

resultados ainda estão muito longe daquilo que se deseja.

A busca pelo desenvolvimento sustentável é global, ou seja, todas as nações

buscam isso, e podemos verificar tal realidade através dos objetivos da ONU

(Organização das Nações Unidas), que tem como um de seus objetivos gerais (o 7º

de oito) “garantir a sustentabilidade ambiental”.

A sustentabilidade ambiental foi apontada pelo Grupo de Trabalho da ONU

como uma das principais dimensões que devem influenciar as políticas de

desenvolvimento pós-2015 (em conjunto com o desenvolvimento social, economia

inclusiva, paz e segurança).

Uma das medidas recentes (2013) adotadas pelo Programa das Nações

Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pelo Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento (PNUD) foi o debate virtual “Sustentabilidade Ambiental para o

Mundo que Queremos”, que tem o propósito de consultar a população mundial

visando melhorias que possam ser adotadas para auxiliar o desenvolvimento nos

próximos anos.

O objetivo da consulta é facilitar um diálogo aberto que reúne uma multidão de vozes para estimular o pensamento criativo e começar a gerar consenso em torno de qual a melhor forma para refletir a sustentabilidade ambiental na agenda pós-2015.

É também uma oportunidade para fazer um balanço dos avanços e deficiências do ODM 7, sobre Sustentabilidade Ambiental e avaliando as oportunidades de caminhos alternativos de desenvolvimento.

Todos são convidados a participar neste processo aberto, transparente em que reunir as partes interessadas da sociedade civil, universidades, meios de comunicação, nacionais e organizações internacionais não governamentais (ONGs), o setor privado, os governos, o sistema das Nações Unidas, etc. (Consulta Global sobre Sustentabilidade - http://www.worldwewant2015.org/node/280726)

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5.8. Tecnologia Sustentável A TI Verde visa à prática sustentável no campo da Tecnologia da Informação.

Em outras palavras, é o conjunto de práticas que torna mais sustentável e menos

prejudicial o uso da computação, estando relacionada aos processos de fabricação

dos componentes, administração, utilização dos equipamentos e descarte do lixo

eletrônico. Assim como o termo sustentabilidade, o conceito de TI Verde é

extremamente amplo, e vários pensamentos sobre isso podem ser considerados.

Segundo Murugesan (2008), “TI Verde é a soma da economia de energia com

gestão de recursos desde as cadeias produtivas, e todo o ciclo que vai da extração

de matéria prima até o fim da vida útil do equipamento, incluindo o seu descarte.”.

O setor de tecnologia vem buscando formas e iniciativas para o controle do

uso desenfreado de matérias-primas, diminuir o gasto de energia e a emissão de

poluentes (no solo, na água ou no ar), para a conservação do meio ambiente.

Portugal (1993) afirma que:

A vasta gama de tipos de agressões ao meio ambiente nas atividades industriais obriga a necessidade de especializações diversificadas para seus controles, pois, até dentro de um mesmo tipo, os controles dos poluentes se diferenciarão pela espécie, pela quantidade e até mesmo, pela periodicidade da agressão.

Cazella (2009) explica:

A computação verde seria mais uma expressão aplicada a uma preocupação das empresas referente ao meio ambiente e à sustentabilidade da própria empresa, tendo um caráter mais econômico. Computação verde não é só aquela ideia que alguns têm de tentar minimizar somente o impacto do aquecimento global. Esse conceito tem uma conotação de como trabalhar o que produzimos na computação em questão de dispositivos, hardwares, de modo que eles consigam ser reaproveitados, remanejados e reciclados facilmente. É uma preocupação bem ampla com esse tipo de material para que, dentro do possível, seja o menos tóxico quanto ao material utilizado para a construção de dispositivos, como o hardware.

5.8.1. Estratégias

As estratégias para a aplicação da metodologia verde na tecnologia são

diversas, e assim como as inovações tecnológicas surgem a todo o momento, as

ideias para o desenvolvimento sustentável também aparecem graças à tecnologia.

Muito já se faz, só que é fato que muito mais poderia e pode ser feito.

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25

Em uma entrevista, indagado sobre que tipo de mudança é necessário para

que a computação fique mais verde, Cazella (2009) afirma:

As mudanças já estão ocorrendo, tanto com a conscientização de quem produz como de quem consome e até da legislação. Existem movimentos já tentando fazer com que a empresa que produz um produto que consuma mais energia, responsabilize-se pela coleta desse produto, quando ele já não tiver mais em uso. Do próprio lado do consumidor, hoje, até por movimentos de mídia, observa-se uma preocupação no mesmo sentido. Tentam procurar empresas que tenham uma preocupação maior com esta questão da computação verde, produzir coisas com material menos tóxico, dizer que têm um processo de reciclagem e assim por diante. Já há um movimento muito forte neste sentido. Para a própria empresa que produz a questão de retomar esse material que produz quando não tem mais uso junto ao cliente, é também algo interessante. Ela pode fazer um outro uso desse material, uma reciclagem com um custo mínimo para produzir algo ou complementar sua produção.

Para se adotar uma estratégia de TI verde, devem ser definidos os objetivos,

as metas, os planos de ação e os cronogramas. É necessário também que se adote

um indivíduo ou grupo responsável de sustentabilidade ambiental, para implementar

políticas e para monitorar o progresso dessas realizações. (STHEPEN, 2009).

As táticas de abordagem sugeridas para a adoção da TI Verde são:

a) Abordagem Incremental: Preserva a infraestrutura atual de TI, incorporando

políticas e medidas simples, para atingir objetivos pequenos. Essas medidas

geralmente são de fácil implantação e sem muito custo. O retorno é quase

imediato e pode ser observado, analisando a redução no consumo de energia

elétrica.

b) Abordagem Estratégica: É realizada uma auditoria na infraestrutura de TI.

Todos os equipamentos são analisados de maneira individual ou em grupos

que podem ser formados por tipo de equipamentos ou divididos por aplicação.

Comparam-se as tecnologias atuais com novas tecnologias, assim servindo

como base para se optar por remanejamento de recursos, reutilização através

de upgrades, descarte desses equipamentos ou até a substituição por novas

tecnologias. Observa-se que embora o motivo principal ainda seja a relação

custo-benefício, a diminuição de geração de CO2 é considerada como um

benefício de marketing.

c) Abordagem Radical Verde: Essa abordagem agrega as medidas da

abordagem estratégica, como a implementação de uma política de

compensação de carbono por neutralizar a emissão de gases que geram o

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26

efeito estufa, incluindo o plantio de árvores, a compra de créditos de carbono,

geração de energia limpa, reutilização de recursos naturais como água das

chuvas por meio de cisternas, e criação de programas de incentivo para que

os funcionários, alunos e comunidade comprem essas ideias e as torne parte

do seu dia a dia na medida do possível.

Um exemplo efetivo de práticas de TI Verde Estratégica foi implementado

pelo Banco Real no Projeto Blade PC, aplicado em 2007. O Banco substituiu 180

computadores convencionais por 160 Blade PCs, equipamentos que possibilitam

ficar na mesa do usuário apenas o teclado, o mouse, o monitor e uma pequena

caixa responsável pela conexão destes periféricos com o Blade PC. Como resultado,

houve redução estimada de 62% da energia elétrica consumida pelos computadores

e 50% da energia consumida pelo ar condicionado utilizado na Mesa de Operações;

a economia estimada foi de US$ 355 mil em 4 anos pela redução do número de

micros; a manutenção mais barata dos mesmos, o gerenciamento centralizado e a

facilidade de mudança de layout representam uma estimativa de economia de US$

300 mil em 4 anos.

Jack Lesley Jr. (2009) cita 10 etapas chaves para a TI Verde:

1. Proclamar seu Green TI Intentions: Para as empresas que ainda estão

confusas quanto ao local para iniciar a aplicação de TI verde, é sempre

melhor começar por comunicar a intenção de adotar um ambiente de

infraestrutura de TI. O impulso para a eficiência energética deve ser em

cascata para baixo, para todos os membros de sua equipe, preparando o

cenário para a colaboração entre os vários departamentos. Quando eles

aprendem sobre as suas iniciativas, eles vão saber que todos precisam estar

envolvidos.

2. Nomear um grupo de trabalho para garantir o cumprimento de Green TI:

Depois que as intenções estiverem definidas, é necessário haver uma

comissão que irá acompanhar e garantir que os planos da empresa são

cumpridos por todos os membros da organização. A este respeito, será muito

vantajoso fazer desta equipe uma parte do conselho executivo, para dar

musculatura ao realizar seu trabalho. Uma das tarefas mais importantes que a

sua equipe de TI verde deve focar é a aquisição de energia eficiente da

Page 28: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

27

infraestrutura de TI. Essa equipe deve se certificar de que o seu terreno de TI

satisfaz todos os critérios que estão definidos para a proteção do ambiente.

3. Medir a corrente de carbono produzida pelos componentes: É preciso saber

onde está a empresa em termos de emissão de carbono provocada por seus

serviços de Tecnologia da Informação. Estabelecer rapidamente um ponto de

referência. Verificar o uso de energia em seu centro de TI e compará-lo com

os padrões de eficiência de energia existentes e métricas para sua indústria.

4. Plano mais centralizado de operações de TI: Pode ser relativamente fácil para

uma organização centralizar o seu sistema de tecnologia da informação, isso

porque a virtualização tornou-se amplamente disponível. Com a virtualização

de servidores, a emissão de carbono pode ser significativamente reduzida.

5. Uso de aplicações mais eficientes no computador: O software utilizado pode

afetar significativamente as iniciativas de computação verde. Por exemplo, um

empregado precisa gerar um relatório que abrange cinco anos fiscais. Horas

podem ser desperdiçadas apenas concluir este relatório simples. No entanto,

usando o software de banco de dados que permite que o usuário

efetivamente personalize os parâmetros do relatório e remova qualquer

detalhe sem importância, seus funcionários podem terminar qualquer relatório

em meros minutos.

6. Uso de energia mais eficiente em sistemas de arrefecimento: Os centros de

dados e departamentos de TI são conhecidos por serem grandes

consumidores de energia em sistemas de condicionamento de ar. Servidores

precisam ser mantidos em níveis de temperatura baixa em todos os

momentos. Para reduzir o consumo de energia para computação verde, pode-

se investir em sistemas de refrigeração suplementar que podem ser

colocados entre as linhas de servidores do Data Center. Tais sistemas de

refrigeração podem diretamente evitar um aquecimento excessivo em linhas

específicas de servidores. Assim, podem minimizar o número de vezes em

um dia que as maiores unidades de arrefecimento são obrigadas a trabalhar

na potência máxima. Aplicar dados de um novo centro de tecnologia que

minimiza zonas quentes.

7. Pesar cuidadosamente o ciclo de vida de dispositivos e acessórios: Agora que

o mundo inteiro está clamando por produtos mais ecológicos, é fácil para

qualquer empresa para encontrar dispositivos e acessórios que são

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28

adequados para a computação verde. Mas antes de saltar e investir no mais

recente dos produtos de TI verde, primeiro deve-se levar em consideração o

ciclo de vida projetado do hardware de TI existente.

8. Certificar-se de que as políticas de Green TI melhorem o desempenho dos

negócios: Através da implementação de iniciativas de computação verde,

você vai se tornar um contribuinte para o maior objetivo de salvar o planeta.

Mas também se devem considerar as necessidades de seu negócio ao

colocar iniciativas ambientalmente amigáveis em ação. Certificar-se de que a

unidade de TI verde se encaixa na operação global de negócios. Melhor

ainda, assegurar que o ambiente amigável de TI e seus objetivos de negócio

sejam complementares entre si. Ao fazer isso, você será capaz de atingir

tanto as políticas verdes quanto seus objetivos de fundo.

9. Trabalho com todos os envolvidos no processo de vida útil de TI: Agora que

você já tomou as medidas para garantir que sua empresa usa a TI verde,

você precisa para todos os envolvidos na sua iniciativa. Para seus

funcionários, certifique-se que todos eles sejam obrigados a responder por

sua aderência às políticas de computação verde. Seu departamento de

recursos humanos pode apoiar as suas iniciativas, postando regularmente

comunicados e avisos onde se toque no assunto de meio ambiente da

computação. Que todos saibam sobre seus objetivos e os passos que

precisavam ser tomados para garantir que sua organização mantenha

maneiras verdes de utilização de sistemas informatizados.

10. Monitorar os resultados e continuar otimizando a TI: Por fim, você deve

sempre verificar os resultados de suas iniciativas de TI verde. Comparar estes

dados com os indicadores e métricas que você definiu para sua empresa. Um

bom exemplo é verificar o seu consumo total de energia para cada mês. Se

ele baixou consideravelmente, então você pode dizer que tenha efetivamente

reduzido pegada de carbono de sua organização. Se você ver que você tem

alcançado seus objetivos, verificar o seu sistema de TI para encontrar áreas

onde mais você pode melhorar a sustentabilidade ambiental. Nunca

descansar em seus louros, continuar a aperfeiçoar seus sistemas de TI.

“No final, lembre-se sempre que o caminho para uma computação mais

eficiente e verde não tem de implicar elevados custos de investimento de sua parte.

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29

Muitas medidas do ambiente são fáceis de implementar e que nem sequer têm que

esperar por anos para colher os benefícios.” (LESLEY, 2009).

5.8.2. Benefícios

A aplicação da TI Verde é capaz de proporcionar inúmeras vantagens, não se

limitando apenas à questão de preservação do meio ambiente. Na verdade não

existe um modelo onde se aponte todos os benefícios que qualquer empresa/pessoa

poderá ter, pois essa questão dependerá muito de como a metodologia verde está

sendo trabalhada na situação.

Um dos pontos mais discutidos em relação à adoção do desenvolvimento

sustentável na Tecnologia da Informação ainda é o custo para a mudança de

paradigma. Muitas pessoas ainda têm a mentalidade de que esta migração custa

caro, e que não vale a pena colaborar desta forma.

Mesmo com este pensamento ainda presente, ele não passa de um equívoco

por parte dos que acreditam, pois o custo desta metodologia é uma de suas grandes

vantagens. Geralmente não se paga caro quanto a isso, só que, mesmo quando o

custo inicial parece ser superior, deve-se levar em consideração o desenvolvimento

posterior daquele projeto. O custo de “ciclo de vida” em um projeto “comum” quando

comparado a um projeto “verde”, é muito maior por conta de vários aspectos.

Além disso, a TI Verde ajuda qualquer empresa a criar uma boa imagem no

mercado, pois hoje empresas/pessoas estão buscando instituições que valorizem o

meio ambiente, que tenham o pensamento de preservação do mesmo. Como a

sustentabilidade é um dos grandes desafios mundiais do momento, se valoriza

muitos aqueles que contribuem para este processo.

A seguir, alguns dos principais benefícios da TI Verde:

• Capacidade de gerenciamento e mobilidade;

• Economia de dinheiro por conta da redução dos custos de energia;

• Cumprimento de regulamentações governamentais;

• Apelo aos consumidores e parceiros que desejam ter sua imagem associada

a uma empresa verde (responsabilidade social);

• Reaproveitamento de equipamentos (ou partes deles), ocasionando ganho

em tempo e dinheiro.

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30

5.8.3. Conscientização

Infelizmente a prática verde de sustentabilidade ainda está longe do número

ideal de adesões. Muitas empresas/pessoas não tem a noção do quanto ajudariam

se adotassem medidas sustentáveis.

É verdade que muitas ideias já foram desenvolvidas para colaborar com a

preservação do meio ambiente, porém não basta apenas ter as ideias e nem saber

como implantar essas ideias. Também é preciso que a população saiba de tudo isso,

entenda o porquê de tudo isso. E neste ponto que entra uma das grandes

dificuldades da sustentabilidade em geral, que é a conscientização das pessoas.

“De certa forma, é um desafio carregado de políticas.” (SIEDZIK, 2008).

Quando uma empresa resolve aderir à metodologia verde, ela deve prover

treinamento aos funcionários da empresa, com atribuições na área ambiental, para

que estes estejam conscientes da importância do cumprimento das políticas e

objetivos do meio ambiente, das exigências legais e de outras exigências definidas

pela empresa. O treinamento também deve levar em consideração os impactos

ambientais ou potenciais associados às suas atividades de trabalho.

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31

6. TI VERDE NAS REDES DE COMPUTADORES

As Redes de Computadores são as responsáveis por conectar os dispositivos

uns aos outros, através da Internet ou de redes locais. Consequentemente são

constituídas de, no mínimo, dois equipamentos para que seja tratada como rede.

Com o passar dos anos, as redes foram se multiplicando por todos os

lugares, e não apenas em quantidade, mas principalmente em capacidade. Na

medida em que novos computadores, notebooks, e até mesmo dispositivos móveis

foram sendo lançados, todos com novas tecnologias de conexão, as redes também

foram sendo modernizadas.

O estudo Cisco Visual Networking Index afirma que em 2017, metade das

pessoas do mundo estará “conectada”. É dito também que o Brasil estará acima da

média mundial, com 52% de pessoas conectadas à Internet no mesmo ano. E

tráfego IP global deve triplicar em relação ao ano de 2012.

Mais alguns detalhes sobre o Cisco Visual Networking Index:

• Em 2017 haverá cerca de 3,6 bilhões de usuários de Internet - mais de 48%

da projeção demográfica mundial (estimativa de 7,6 bilhões). Em 2012 havia

2,3 bilhões de usuários de Internet - cerca de 32% da população mundial (7,2

bilhões).

• Em 2017, haverá mais de 19 bilhões de conexões de rede (dispositivos fixos,

móveis, etc.), em comparação com os 12 bilhões registrados em 2012.

• Espera-se que a média global de velocidade de banda larga fixa aumente

cerca de 3,5 vezes entre 2012 e 2017, passando de 11,3 Mbps para 39

Mbps. A média global de velocidade de banda larga fixa aumentou 30% entre

2011 e 2012, de 8,7 Mbps para 11,3 Mbps;

• Usuários globais da rede irão gerar 3 trilhões de minutos de vídeo de Internet

por mês, ou seja, 6 milhões de anos de vídeo por mês, ou 1,2 milhão de

minutos de vídeo a cada segundo, o que equivale a dois anos de vídeo por

segundo. Até 2017, haverá quase 2 bilhões de usuários de vídeo pela

Internet no mundo (excluindo os exclusivamente móveis), comparado a 1

bilhão de usuários de vídeo da Internet em 2012;

• O tráfego IP corporativo global, que inclui Internet, backup, VoIP, etc., quase

triplicará entre 2012 e 2017. Em 2012 representava 20% do tráfego IP global

total mensal, e em 2017 representará 18%.

Page 33: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

32

• O tráfego de conexões fixas Wi-Fi vai crescer três vezes entre 2012 e 2017,

alcançando 1.7 Exabytes por mês em 2017;

• No Brasil, haverá 611 milhões de dispositivos de rede em 2017, um aumento

em relação aos 412 milhões em 2012. Serão 2,9 dispositivos em rede por

habitante em 2017, um aumento em relação á taxa de 2 por pessoa em

2012. Os PCs representaram 90% do tráfego IP no Brasil em 2012 e serão

80% do tráfego IP em 2017. Já os dispositivos portáteis (smartphones,

tablets, etc.) representaram 1% do tráfego IP em 2012, com projeção de

aumento para 10% em 2017.

Os dados apresentados são realmente impressionantes, e comprovam que a

tecnologia realmente avança numa velocidade espantosa, e que as pessoas têm

acesso a ela cada vez mais depressa. Mas como nem tudo é positivo vem à tona a

questão da degradação ao meio ambiente.

Atualmente, os danos ao meio ambiente são muito grandes, e se

considerarmos que o “número de tecnologia é pequeno”, o que podemos pensar

num futuro onde toda essa tecnologia irá crescer tão rapidamente?

Paralelamente a isso, existe a preocupação clara e evidente de que não se

pode descuidar das metas de sustentabilidade. As Redes de Computadores

(considerando os mais diversos dispositivos) são realmente o foco central da TI

Verde, pois caracterizam a infraestrutura da tecnologia. A base da TI é a informação,

e sendo assim o compartilhamento das informações é possibilitado pela conexão

dos equipamentos em rede.

Se o número de equipamentos aumenta, consequentemente os danos à

natureza irão aumentar. Por essa razão devem ser considerados métodos que ao

mesmo tempo em que possibilitem a escalabilidade das redes, proporcionem uma

tecnologia mais sustentável.

Também é válido ressaltar que o principal agente degradador do meio

ambiente nas Redes de Computadores são os servidores. Essas máquinas robustas

localizadas na “nuvem” (Internet) são dotadas de um alto poder de processamento

para que possam responder as solicitações de um número extremamente elevado

de “clientes” (dispositivos que se conectam ao servidor pela Internet) em tempo

hábil. Estas poderosas máquinas ficam em locais especiais, chamados de Data

Center (ou CPD - Centro de Processamento de Dados). Como eles processam muito

Page 34: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

33

dados a todo o momento, é necessário que se aplique um sistema eficaz de

resfriamento, além de um sistema que garanta sua disponibilidade em qualquer

situação. Por essa razão, características como um elevado consumo de energia são

detectadas facilmente.

Várias ideias são elaboradas, muitas já colocadas em prática e que realmente

apresentam melhorias sustentáveis. Porém, os resultados ainda estão longe daquilo

que se deseja.

Vamos acompanhar alguns detalhes sobre algumas técnicas adotadas por

empresas para a sustentabilidade nas Redes de Computadores.

6.1. Virtualização

A virtualização não se trata de uma novidade, é uma maneira inteligente e diferenciada de aplicar o conceito que existe há mais de 40 anos, que consistia na recriação de ambiente de usuário final em um único mainframe. (COMPUTERWORLD, 2008).

A virtualização foi praticamente abandonada nos anos 80 e no começo dos

anos 90 devido a dois fatores: o hardware - com o surgimento do PC x86 a aquisição

se tornou de menor custo; e o software - o surgimento e a ampla adoção dos

sistemas operacionais Windows e Linux fez com que servidores e desktops x86 se

tornassem “amigáveis”, facilitando a utilização do PC, e levando a computação ao

sistema distribuído que temos atualmente.

Em 1999, a virtualização passou a ser possível em plataformas x86,

trabalhando com processadores Intel e AMD graças a um software, desenvolvido

pela VMWare, que permitiu desvincular o sistema operacional e os aplicativos dos

recursos físicos. Essa evolução, de acordo com a IDC, foi a esteira para toda a

movimentação atual em torno da tecnologia de virtualização (VMWARE, 2009).

A utilização de ferramentas e técnicas de virtualização para a consolidação de

cargas ociosas de trabalho dos servidores tem sido bastante requisitada por

empresas e profissionais de TI para solucionar problemas que demandam esforços

e redução de custos. Alguns destes problemas são: aquisições de hardware,

consumo de energia e administração da infraestrutura.

Os servidores normalmente são configurados para atender muito acima da

sua capacidade, e isso gera uma subutilização de recursos, causando perda de

energia. Um servidor x86 padrão, consome de 30% a 40% de potência máxima,

Page 35: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

34

mesmo estando ocioso. Esse mesmo servidor virtualizado melhora em 60% esse

desempenho.

A virtualização pode ser compreendida com a seguinte analogia: Imaginemos

um edifício (que seria o servidor) e seus apartamentos (que seriam as VMs - Virtual

Machines). A família presente no apartamento seria o sistema operacional

convidado com seus aplicativos, e o síndico seria o VMM (Virtual Machine Manager).

Ideia de Virtualização

Pensando agora nos sistemas computacionais, é adicionada uma camada de

abstração acima da camada de hardware, o que esta fina camada de software irá

nos permitir reduzir o complexo gerenciamento dos elementos tais como: a

construção de novos ambientes virtuais e programar novos sistemas e aplicações.

Funcionamento da Máquina Virtual

Page 36: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

35

6.1.1. Tipos de Virtualização

Podem-se destacar como principais tipos:

a) Virtualização de Rede: Reúne os recursos de computação de rede e divide a

largura de banda disponível em canais independentes, que podem ser

designados para um servidor ou dispositivo em tempo real. Um exemplo desta

tecnologia são as VPNs.

b) Virtualização de Servidores: A mais popular, oculta a natureza física dos

recursos de servidores, incluindo processadores, sistemas operacionais e o

software que estão neles.

c) Virtualização de Aplicativos: Isola os programas do hardware e do sistema

operacional, encapsulando-os como objetos móveis independentes que

podem ser deslocados sem afetar os outros sistemas. As tecnologias de

virtualização de aplicativos reduzem as alterações relacionadas a aplicativos

no sistema operacional, fazendo com que a administração seja em muito

simplificada. Essa modalidade pode ser implantada, por exemplo, em Call

Centers e em laboratórios de Informática, onde os softwares que os usuários

utilizam já estão predefinidos e o comportamento pode ser alterado a

qualquer momento pelos administradores, de forma que essas alterações

sejam propagadas imediatamente para os usuários. Outra vantagem da

virtualização de aplicativos é a possibilidade de se montar uma infraestrutura

para os usuários com terminais do tipo Thin Client. Esses terminais são

compostos por uma arquitetura semelhante à de um computador padrão, mas

sua principal característica é de não ter o disco rígido e de não necessitar de

tecnologias de processamento e memória avançadas, pois essa função é

executada pelo servidor. Em média, um Thin Client consome apenas 20% da

energia de um PC, e consequentemente gera menos calor, têm um ciclo de

vida mais longo e não necessita de upgrade, proporcionando uma redução de

custos e menor impacto ambiental.

6.1.2. Benefícios

A eliminação de apenas um servidor apresenta uma redução aproximada de

200 a 400 watts, dependendo da tecnologia.

A demanda por virtualização é explicada de forma simples pelo seu baixo

custo e pelo ROI (Return on Investment - Retorno sobre o Investimento) que as

Page 37: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

36

empresas tanto buscam. Os benefícios proporcionados ao adotar a virtualização em

Data Centers irão da “simples” consolidação de cargas ociosas de trabalho dos

servidores ao corte substancial do consumo de energia elétrica do setor tecnológico

das organizações, garantindo um bom retorno para qualquer corporação.

Existem muitos Data Centers operando de forma obsoleta, e andam sobrecarregados, superaquecidos e superlotados, onde qualquer pane pode comprometer os dados e as aplicações, complicando seu avanço com segurança e maturidade. (CAPPUCCIO, 2008).

A redução do consumo de energia é uma das principais práticas da TI Verde,

assim como a redução de resfriamento artificial e a diminuição de dissipação de

calor causado pelas máquinas, que possuem um nível de processamento muito

maior atualmente.

Uma das grandes preocupações está associada à redução do consumo de energia elétrica na manutenção dos servidores, pois em pouco tempo não haverá energia suficiente para suportar o grande número de equipamentos de alta densidade que hospedam. (CAPPUCCIO, 2008).

A prática de virtualização e consolidação de servidores é uma forte aliada

para o sucesso e sustentabilidade da organização, e a TI Verde acaba sendo uma

consequência da adoção de virtualização no ambiente computacional.

Os benefícios com a utilização da virtualização e consolidação de servidores

são tanto diretos quanto indiretos.

Consolidar o número de servidores físicos também reduz o hardware necessário para operar um serviço ou conjunto de aplicações. Este, por sua vez, reduz os custos operacionais da manutenção deste equipamento, que pode contribuir para melhorar a qualidade global do serviço. A organização como um todo se beneficia na padronização dos sistemas operacionais, melhor utilização dos sistemas e recursos, uma redução no espaço físico necessário para conter os servidores, gerenciamento mais fácil, e um aumento na segurança. O resultado é um ambiente mais proativo, e mais tempo disponível para se concentrar no fornecimento de valor para o negócio. (MULLER, AL & MULLER, AL (EDT), WILSON, SEBURN, HAPPE, DON, HUMP, 2005).

6.1.2.1. Rapidez na Recuperação de Desastres

Desastres em TI podem ser tanto de natureza física quanto lógica. E para

recuperar desastres em sistemas virtualizados, basta em média 15 a 45 minutos,

enquanto que no modo tradicional, levariam em média 45 minutos a 2 horas,

dependendo da gravidade do desastre para ambos os casos, como por exemplo,

Page 38: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

37

ataques externos, arquivos e serviços danificados do sistema, defeito físico de

hardware, falta de alimentação do equipamento, entre outros.

6.1.2.2. Consolidação de Servidores

A consolidação dos servidores traz flexibilidade, permitindo operar múltiplos

sistemas operativos em um mesmo hardware físico e o isolamento de aplicações e

melhor uso dos recursos de hardware, isolamento de sistemas legados (sistemas

antigos, porém essenciais a uma organização; geralmente utilizando bancos de

dados obsoletos), aproveitamento otimizado da CPU.

Para cada funcionalidade ou serviço no ambiente de TI, precisa-se de um

servidor dedicado para a tarefa específica. A consolidação de servidores ajuda a

otimizar o ambiente.

6.1.2.3. Uso Eficiente de Recursos Energéticos

Com a consolidação de servidores, pode-se ter alguns servidores rodando

dentro de um servidor virtualizado, tendo menor consumo de energia elétrica, menos

servidores físicos, menor dissipação de calor, menor demanda no condicionamento

por parte dos equipamentos de ar-condicionado.

6.1.2.4. Redução de Custos com Espaço Físico

Com a técnica de virtualização e consolidação de servidores, reduz-se o

espaço físico alocado aos servidores, fazendo o mesmo trabalho, ajudando o meio

ambiente no reaproveitamento do espaço.

6.1.2.5. Flexibilidade no Gerenciamento

Traz um melhor planejamento para a equipe de TI, tendo mais tempo para as

atividades que precisam ser feitas e planejadas com menos tempo para ficar

“apagando incêndios”.

Proporciona um ambiente para testes, proporcionando possibilidades para

realização de testes em ambiente idêntico ao original do qual terá que fazer, por

exemplo, uma atualização ou troca de hardware, livrando qualquer erro inesperado e

possível causa do sistema principal ficar inoperante por questões de

incompatibilidade ou vírus de computador.

Page 39: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

38

Compreender os benefícios que a virtualização traz para a TI é muito

importante, pois sua utilização proporciona diversos tipos de melhoramento nos

processos e corte de custos diretos e indiretos, além e melhorar o gerenciamento

das atividades.

A flexibilidade alcançada com a virtualização também é muito destacada, pois

se pode criar/manipular serviços específicos de um modo bastante rápido, contando

ainda com ganhos significativos em questões importantes como disponibilidade,

integridade e segurança.

Sem dúvida alguma a virtualização é uma técnica que acrescenta e muito

“valores verdes” a qualquer organização.

6.2. Cloud Computing

A computação em nuvem é um novo paradigma, uma nova maneira de pensar a programação, ou seja, não se tem uma visão de onde estão sendo processados os dados, como dizemos, é computação das nuvens. Mas, no caso, a preocupação da computação verde continua porque temos da outra ponta, seja onde estiverem sendo processados esses dados, existe a preocupação de como essas máquinas consomem energia, com que material essas máquinas foram produzidas, como elas estão dispostas para a questão de diminuição desse consumo de energia, e assim por diante. A preocupação é a mesma: como estas máquinas estão localizadas e como o ambiente onde elas estão processando está construído, na questão de refrigeração, do próprio tipo de processamento das máquinas, de como elas usam a energia. Isso não se enxerga, não se sabem como estão colocadas as máquinas da Google para lidar com a questão da computação verde. Só se sabe que eles trabalham com a ideia de computação em nuvens, usando o ambiente Google Docs, onde você coloca seu material e ele está em algum lugar, só não se sabe exatamente onde. (CAZELLA, 2009).

A Computação em Nuvem (Cloud Computing) é uma das grandes tendências

mundiais na área de TI. A ideia onde os recursos estarão disponíveis a qualquer

momento e em qualquer lugar, com alta disponibilidade, agrada a todos, desde

ambientes corporativos até usuários comuns.

Uma ideia precipitada a respeito da Computação em Nuvem é a

disponibilidade de recursos infinitos, eliminando a necessidade de adquirir produtos

de forma antecipada e oferecendo elasticidade, permitindo a expansão ou

escalabilidade gradativa, por demanda.

São estabelecidos alguns conceitos que formam a base da utilização da

computação em nuvem, apresentados a seguir.

Page 40: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

39

6.2.1. Infrastructure as a Service (IaaS)

A Infraestrutura como um Serviço é uma nova ideia que está se espalhando

rapidamente, principalmente em pequenas e médias empresas.

Pode ser entendida da seguinte maneira: Uma empresa precisa alocar um

banco de dados de um sistema de intranet, mas, para não adquirir um hardware

novo somente para este fim, a empresa contrata, por um valor mensal, um servidor

de outra empresa para alocar o seu banco de dados enquanto o contrato estiver em

vigor.

O sistema de manutenção de hardware fica a cargo da prestadora de serviço.

Se forem necessárias outras modificações do ambiente, como por exemplo, upgrade

de hardware, haverá uma alteração de contrato e o serviço continua funcionando

normalmente.

Do lado do fornecedor, o servidor físico que mantém o sistema cliente

funciona em uma máquina virtual (conceito de Virtualização), dividindo o hardware

com outras máquinas virtuais de outros clientes. Da mesma forma funcionam os

outros serviços em nuvem.

6.2.2. Gestão de Energia e a Computação em Nuvem

A Computação em Nuvem, sem dúvida alguma, ajuda a TI a se tornar mais

verde e sua implantação pode ser gradativa de acordo com a disponibilidade de

grandes empresas no oferecimento dos serviços.

Atualmente, podem ser destacados alguns serviços famosos de disco virtual,

fornecidos por grandes empresas de tecnologia:

a) Google Drive, da Google;

b) SkyDrive, da Microsoft;

c) Dropbox;

d) Box;

e) Ubuntu One, da Canonical (desenvolvedora do Ubuntu);

f) iCloud, da Apple;

g) SugarSync.

Tais serviços oferecem diversas possibilidades de armazenamento, até

mesmo com planos gratuitos. É claro que pagando uma taxa (variável) pelo serviço,

o espaço de armazenamento aumenta consideravelmente, além de outras opções

de funcionalidades que podem vir a ser úteis.

Page 41: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

40

Desta forma é possível a alocação de recursos na internet, os quais muitas

vezes ficam subutilizados e provocam grande desperdício de energia e de espaço

no ambiente do cliente.

A ideia da Computação em Nuvem é que daqui a alguns anos, além de

arquivos, também tenhamos via web softwares disponíveis, de forma a prover a

utilização total dos recursos via rede, maximizando os recursos energéticos.

6.3. Grid Computing “Computação em Grade usa computadores interconectados distribuídos e

recursos coletivos para atingir alto desempenho de computação compartilhando

recursos.” (WILKINSON, 2008).

A Computação em Grade (Grid Computing) vem obtendo destaque há alguns

anos, porém, sua implementação ainda é um impasse devido a sua complexidade.

Existem poucos meios de informação para esclarecer dúvidas sobre o assunto.

Muitos dizem que a Computação em Grade poderá ser o futuro das Redes de

Computadores.

O Grid Computing é um novo conceito que explora as potencialidades das redes de computadores, com o objetivos específico de disponibilizar camadas virtuais que permitem a um usuário ter acesso a aplicações altamente exigentes, bem como aderir a comunidades virtuais de grande escala, com uma grande diversidade de recursos de computação e de repositórios de informações. (PITANGA)

Seu conceito surgiu em meados nos anos 90, junto com o crescimento

acelerado das Redes de Computadores e principalmente da Internet. Surgiu a

necessidade de distribuição dos sistemas computacionais para que os mesmos

estivessem prontamente interconectados. O que era justamente a ideia da

Computação em Grade: compartilhamento de recursos para prover a solução de

problemas de estrutura e de desempenho de forma colaborativa.

Page 42: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

41

Funcionamento da Computação em Grade

A computação distribuída é a base do conceito de Grid. No momento em que

existe uma infraestrutura física e uma infraestrutura lógica que permita coordenar os

trabalhos que serão processados e garantir a sua qualidade de serviço, temos a

Computação em Grade.

A Grid Computing é um caso particular da computação distribuída, uma vez

que os Grids são orientados essencialmente para aplicações que precisam de uma

grande capacidade de cálculos, ou enormes quantidades de dados transmitidos de

um lado para o outro, ou as duas.

Possui um nome baseado nas malhas de interligação dos sistemas de

energia elétrica, em que um usuário utiliza a eletricidade sem ao menos saber em

que local ela foi gerada, sendo totalmente transparente aos seus usuários.

6.4. Data Centers Os equipamentos que mais consomem energia em um Data Center (ou CPD)

são os servidores. Atualmente em um Data Center com 24 servidores o consumo

dos mesmos chega a 12403,24 KW/h por mês e isso acaba sendo um gasto muito

grande, além de que o espaço que os servidores ocupam no Data Center é mais da

metade de sua área total, já que o tamanho do local é equivalente a uma sala

comercial.

A TI Verde proporciona as empresas uma ampla quantidade de equipamentos

para que elas possam se adequar às políticas verdes. Equipamentos com melhores

desempenhos e que também proporcionam uma melhor capacidade de gestão, além

de contribuição com a preservação do meio ambiente.

Page 43: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

42

Em um Data Center que utiliza servidores de Rack, por exemplo, os mesmos

poderiam ser trocados por servidores Blade, que se ajustam a um único chassi,

como livros em prateleiras. Cada Blade é um servidor independente, com

processadores próprios, memória, armazenamento, controladores de rede, sistema

operacional e aplicativos.

Servidores Blade

Com refrigeração própria, os Blades não tem necessidade de muitos ar-

condicionado, sendo necessário apenas um direcionado para cada Blade. Com isso,

a energia consumida irá diminuir bastante. Segundo a HP, com a troca de servidores

em Racks por Blades, haverá um consumo de energia até 40% menor.

Se os 24 servidores em Rack no Data Center fossem substituídos por 24

Blades, haveria um consumo de 7441,971 KW/h.

O custo de 24 servidores em Rack é de aproximadamente R$ 306.000,00, já

a aquisição dos Blades custaria cerca de R$ 698.000,00. Considerando a redução

do consumo de energia elétrica, o ROI (Return on Investment - Retorno sobre o

Investimento) será de 5 anos, ou seja, nesse tempo a empresa irá recuperar tudo

aquilo que foi investido. Além do retorno, é sempre bom lembrar que a preservação

do meio ambiente proporciona uma imagem positiva da empresa junto ao mercado,

o que poderá fazer com que o ROI seja ainda mais rápido.

6.5. Software O software também é considerado um ponto crucial a ser analisado para que

ocorra um desenvolvimento mais sustentável. Aplicações que executem tarefas com

a utilização do menor número possível de instruções são valorizadas quanto a isso,

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43

ou seja, o código dos programas deve ser otimizado sempre que possível, atentando

sempre para as boas técnicas de programação.

Outro ponto a ser considerado é o software livre. Ele pode ser utilizado,

copiado, estudado, modificado e distribuído livremente, sem qualquer restrição. A

forma usual de um software ser distribuído livremente é sendo acompanhado por

uma licença de software livre (como a GPL ou a BSD), e com a disponibilização do

seu código-fonte. O maior benefício do software livre é sem dúvida alguma o custo

zero.

Uma combinação muito interessante é o Software Livre e a TI Verde. O custo-

benefício é dificilmente combatido por outros projetos. É só pensar um pouco: um

projeto sem software livre e sem políticas verdes acarreta num elevado custo com

licenças e com energia, além de prejudicar a imagem da empresas frente ao

mercado e aos clientes, que acabam deixando de apreciar e comprar seus produtos.

Os benefícios desta junção são diversos, mas é inegável que o principal deles

é o custo. A redução deste fator é exorbitante, e essa é a primeira razão para as

empresas aderirem a projetos verdes e software livre. Junto com a imagem da

empresa, o custo é o principal fator desta aderência.

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44

7. ISO 14401

A ISO 14001 é uma das normas internacionais de caráter voluntário, desenvolvida para auxiliar a gestão das organizações a equilibrar seus interesses econômico-financeiros com os impactos gerados por suas atividades, sejam impactos ao meio ambiente ou consequências diretas para a segurança e a saúde de seus colaboradores (Cerqueira, 2005).

A ISO (International Standardization Organization) fornece o certificado ISO

14401 para as empresas que implantam processos que seguem as suas normas.

Como a ISO é renomada mundialmente, este certificado comprova que a

organização possui responsabilidade ambiental, valorizando assim a sua marca.

A certificação ISO 14401 permite à organização:

• Demonstrar, para reguladores e governo, um comprometimento em obter

conformidade legal e regulatória;

• Demonstrar seu comprometimento ambiental para as partes interessadas;

• Demonstrar uma abordagem inovadora e voltada para o futuro para clientes e

futuros colaboradores;

• Aumentar seu acesso a novos clientes e parceiros de negócios;

• Gerenciar melhor seus riscos ambientais, agora e no futuro;

• Reduzir potencialmente seus custos de seguros por responsabilidade pública;

• Melhorar a sua reputação.

Ela especifica requisitos para que um sistema de gestão ambiental capacite uma organização a desenvolver e implementar política e objetivos que levem em consideração requisitos legais e informações sobre aspectos ambientais significativos. Pode ser aplicada a todos os tipos e portes de organizações, adequando-se a diferentes condições geográficas, culturais e sociais. A finalidade geral da norma é equilibrar a proteção ambiental e a prevenção de poluição com as necessidades socioeconômicas. (ABNT, 2004).

Impactos ambientais estão se tornando um tema cada vez mais importante no

mundo, com pressão de todos os lados para minimizar esse impacto. As pressões

sociais também aumentam em função da crescente gama de partes interessadas

(consumidores, organizações ambientais, ONGs, universidades, etc.). Por essa

razão, a ISO 14401 é relevante para toda e qualquer organização.

Em geral, o certificado é válido por três anos, e um auditor selecionado pela

equipe de planejamento especializada irá fazer visitas regularmente para assegurar

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45

que o sistema de gestão permanece em conformidade com os requisitos da norma

de referência e que demonstra melhoria contínua.

Para a obtenção do certificado ISO 14401, é necessário que se atenda aos

seguintes requisitos.

7.1. Política Ambiental

A política ambiental de uma empresa deve ser clara e única a ponto de

identificar a organização, sua localização e as questões ambientais relacionadas às

suas atividades, produtos e/ou serviços. O conteúdo deverá refletir seus aspectos

ambientais e conduzir a organização de forma natural aos seus objetivos e metas.

Deverá ser tratada tanto como uma estratégia quanto como uma ferramenta

de comunicação, e como tal a mesma deverá ser divulgada dentro da organização e

estar disponível ao público externo.

7.2. Aspectos Ambientais

A organização deverá definir tanto o processo que vem sendo usado como

aquele que será usado no futuro para identificar os aspectos ambientais que possam

vir a afetar o meio ambiente de maneira significativa.

Os aspectos ambientais serão relacionados a suas atividades, produtos ou

serviços sobre os quais estes possuam controle direto e onde possam indiretamente

influenciá-los.

O procedimento deve incluir de que maneira os aspectos serão avaliados e os

critérios utilizados para que se possa definir se são suficientemente significativos e,

por esta razão, se necessitam de controle operacional.

7.3. Requisitos Legais e Outros Requisitos

Os requisitos legais e outros requisitos estão relacionados (novamente) aos

aspectos ambientais. Como isso faz parte do planejamento, faz-se necessário que a

organização defina como ela irá estabelecer os requisitos legais e outros requisitos

relacionados às suas atividades, aos seus produtos ou serviços.

É válido ressaltar que os requisitos legais e outros relacionados ao produto

necessitam de identificação, incluindo armazenagem, embalagem, transporte, uso e

disposição final.

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46

Internamente, a organização poderá querer estabelecer normas de

desempenho que vão além da conformidade legal ou ser submetida a requisitos de

uma iniciativa ambiental pertencente a uma corporação maior.

7.4. Objetivos e Metas

Os objetivos estabelecidos podem ser globais (que atendem ao compromisso

de prevenção de poluição e conformidade legal) ou específicos. A organização deve

reconhecer tantos os impulsionadores quando as restrições que influenciam suas

decisões.

Como suporte para os objetivos documentados, a organização deverá

estabelecer metas em um nível e função relevantes, sendo novamente uma questão

de planejamento para que se possa estabelecer o que, quem e até quando as

mesmas devem ser atingidas, sendo também fundamental documentar e divulgar.

7.5. Programas de Gestão Ambiental

Nesta cláusula, a atividade de planejamento está centrada em gerenciar o

cumprimento dos objetivos e metas e, ao mesmo tempo, lembrar as organizações de

que as questões ambientais devem fazer parte de todas as suas atividades

comerciais.

Os programas criados devem ser passíveis de rastreamento para que suas

conquistas possam ser gerenciadas, por isso a existência do requisito para designar

responsabilidade e os meios pelos quais eles serão alcançados.

A inclusão de escalas de tempo não serve somente para definir o início e o

fim do programa, mas também para que seja possível revisar pontos do mesmo. O

não cumprimento das escalas de tempo deve desencadear ações corretivas e

revisões para que os programas sejam realizados a tempo ou para retificá-los em

resposta a restrições ou mudanças de direcionamento.

O último parágrafo desta cláusula tem por objetivo promover a inclusão de

considerações ambientais em todos os ramos de negócios. Para tanto não são

necessários procedimentos em separado, apenas a inclusão/retificação dos que já

existem, podendo ser incluídos procedimentos de projeto, licenças para trabalho e

serviços contratados.

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47

7.6. Estrutura e Responsabilidade

Esta cláusula enfatiza que para se atingir uma gestão efetiva, as funções,

responsabilidades e autoridades devem ser definidas, documentadas e

comunicadas. Será de responsabilidade da organização a decisão de quais funções

e indivíduos devem ser definidos.

A exceção seriam os representantes de gestão, pois estes possuem um papel

e responsabilidade específicos, sendo o mais importante disso seu relato de

desempenho para a alta gerência.

7.7. Treinamento, Consciência e Competência

Esta cláusula possui três elementos que apresentam uma leve diferença de

intenção.

O mais importante quando se trata de gestão é ter indivíduos capacitado, e

para que isso seja possível é necessário que eles tenham experiência, boa formação

ou treinamento.

A organização deve determinar qual a capacitação necessária na forma de

treinamento para aqueles que possuam um trabalho que possa gerar um impacto

significativo. Esses são os indivíduos que devem estar capacitados a realizar

atividades de controle operacional. Indivíduos engajados na operação de caldeiras,

no tratamento de água ou controle de emissão de ar são candidatos típicos.

Deve-se fornecer treinamento àqueles que não estiverem devidamente

capacitados para a realização de tais atividades.

Uma grande parte da cláusula diz respeito à consciência

(conhecimento/percepção), que pretende garantir que indivíduos saibam exatamente

o que está sendo exigido deles, o porquê de estarem realizando tais tarefas e as

consequências para o caso de não serem seguidas as instruções dadas.

É importante salientar que há um requisito na cláusula que exige que os

indivíduos tenham uma maior consciência dos impactos ambientais de suas

atividades de trabalho, não sendo suficiente que apenas conheçam os aspectos.

7.8. Comunicação (Divulgação)

A mensagem desta cláusula é de que as comunicações devem ser

gerenciadas. O requisito nesta cláusula relacionado à comunicação interna é

bastante simples e o Sistema de Gestão Ambiental deve definir como será o

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48

procedimento adotado. Isto inclui comunicação verbal, escrita e eletrônica e a

utilização de ferramentas como quadros de avisos, boletins informativos e televisão.

Com relação à comunicação externa, a organização deve ser reativa e

proativa. Ela deve responder a comunicações de partes externas interessadas

através de um procedimento que, primeiramente, deve ser para receber e

documentar tais contatos. Isso implica na revisão da comunicação e quer dizer que

as decisões tomadas com relação às respostas mais adequadas a cada caso devem

ser registradas.

As comunicações referidas na cláusula não devem ficar restritas a

reclamações, mas devem sim, abranger uma variedade de assuntos e questões de

exigência para informações e comunicação de exigências de clientes e outras partes

interessadas. Isso pode significar que o requisito desta cláusula está distribuído por

toda a organização embora tais comunicações devessem ser revisadas

centralmente para serem usadas no estabelecimento dos objetivos.

A parte final desta cláusula faz com que as organizações passem a

reconhecer o poder da comunicação na hora de se influenciar os outros e também

na hora de aliviar suas preocupações.

Isso faz com que a organização pense mais sobre o que ela quer comunicar,

o que ela espera alcançar com isso e a melhor forma de fazê-lo. Não há uma

fórmula específica para que uma empresa se comunique de maneira proativa, mas,

se essa for sua intenção, elas devem gerenciar sua comunicação.

Para este fim, a norma exige que elas registrem suas decisões no que diz

respeito aos métodos que as mesmas utilizarão, não interessando se as

comunicarão ou não.

7.9. Documentação da Gestão Ambiental

Os requisitos destas cláusulas são basicamente de gestão de qualidade.

Muitas organizações podem achar que os requisitos da norma estão sendo

alcançados dentro de outros sistemas de gestão e a ISO 14001 não incentiva a

duplicação e a integração de suportes. Por isso a referência à provisão de direção,

ambas dentro da documentação da SGA, mas também para outros sistemas.

7.10. Controle Operacional

É nesta cláusula que o compromisso para com a prevenção da poluição e o

cumprimento dos requisitos legais são gerenciados. Os meios pelos quais esses

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49

compromissos serão atingidos são os procedimentos e instruções de trabalho que

previnem os aspectos ambientais identificados de gerar um impacto.

Os procedimentos e as instruções de trabalho devem ser projetados não

apenas para estabelecer o controle e como este será alcançado, mas também para

definir o resultado pretendido daquele controle. Este critério de desempenho pode

incluir parâmetros de equipamentos ou fatores organizacionais. O resultado do

desempenho serão os requisitos legais e outros requisitos definidos na atividade de

planejamento.

Procedimentos e instruções de trabalho devem apresentar a possibilidade de,

através de critérios de operação definidos, serem monitorados, o que quer dizer que

registros são mantidos para demonstrar conformidade para com a instrução e para

que o controle seja realizado com sucesso.

A cláusula também trata dos aspectos ambientais que a organização venha a

ter apenas controle limitado sobre e também aqueles a que ela possa ter apenas

influência.

Esses aspectos são aqueles associados com as matérias-primas usadas no

negócio, não restritas a aquelas que geram o produto, e os serviços contratados os

quais a organização faz uso.

Deve-se salientar que a cláusula exige que a organização faça uma conexão

entre o controle dos aspectos e os procedimentos, e que também comunique os

requisitos desses procedimentos aos fornecedores e distribuidores.

Os procedimentos podem não ser criados pela própria organização, mas

podem ser o processo pelo qual ela deseje que seus fornecedores e distribuidores

atinjam o controle. Está implícito que a conformidade a esses requisitos deverá ser

monitorada.

7.11 Preparação para Casos Emergenciais e Resposta

Nesta cláusula há tanto requisitos de planejamento quanto de controle. A

norma exige que os procedimentos sejam definidos para que se possa identificar

onde podem ocorrer acidentes e emergências.

Casos emergenciais relacionados a fogo, enchentes e terremotos têm grande

potencial para gerar impactos ambientais e, por esta razão, a organização deve

prestar muita atenção neles.

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Procedimentos, incluindo a metodologia para se identificar aspectos, devem

estabelecer o potencial para transbordamento e emissão acidental proveniente de

quaisquer atividades que a organização realize ou que seja realizada por um de

seus fornecedores e/ou distribuidores.

Os procedimentos devem, então, estabelecer primeiramente a maneira como

tal potencial será prevenido e em segundo lugar a resposta ou atitude que será

tomada no caso de ocorrer um acidente ou emergência. Isso pode tanto fazer parte

dos procedimentos como de planos específicos.

A norma reconhece a prática de se testar tais planos a fim de se demonstrar

que a capacidade está de acordo com as necessidades do caso e que os indivíduos

são devidamente treinados para este tipo de situação.

7.12 Monitoramento e Medição

Esta cláusula é uma das poucas oportunidades em que a norma especifica

que o procedimento precisa ser documentado.

O requisito para monitorar a eficácia do controle operacional é lógico e serve

para medir e comparar o controle alcançado com os requisitos legais e outros

requisitos, demonstrando a realização dos compromissos de acordo com a política

da empresa.

Através da trajetória da qualificação de desempenho da conquista de melhoria

contínua é possível definir os objetivos e metas da organização.

As organizações são novamente lembradas da importância da conformidade

legal, que deve ser avaliada periodicamente.

A norma não define a frequência de monitoramento e medição e, a menos

que seja especificada por um requisito legal, ela seria determinada pela eficácia do

controle operacional implementado.

7.13 Não-Conformidade e Ação Corretiva e Preventiva

O termo não-conformidade carrega a inferência infeliz de identificação de

culpa. É na verdade o reconhecimento de que o controle foi perdido ou de que não

foi eficaz.

A identificação da não-conformidade pode surgir do monitoramento e medição

ou da auditoria e identifica os pontos fracos que devem ser analisados e tratados no

sistema.

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51

A norma enfatiza a importância de se identificar, através da investigação, a

causa da não-conformidade para que se possam tomar medidas corretivas e

preventivas.

7.14 Registros

A importância de se criar registros e mantê-los não pode ser subestimada

uma vez que os registros são a base de demonstração da eficácia do sistema para

que se possa atingir a política e os objetivos da organização e a conformidade com a

norma.

7.15. Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental

A auditoria é uma das fontes de informação disponíveis para que o alto

escalão da gerência da organização possa determinar a eficácia do Sistema de

Gestão Ambiental.

A norma reconhece que a auditoria deve ser usada como um facilitador de

controle e melhoria, considerando-se que qualquer atividade de auditoria deve ser

baseada na importância ambiental da atividade e nos resultados de auditorias

anteriores, o que explica o porquê do sistema muitas vezes ser auditado com pouca

frequência, justificado pelos resultados de auditorias anteriores.

Como mencionado na seção sobre registros, a qualidade e a abrangência do

registro da auditoria e relatórios permite que decisões sejam tomadas com base na

adequação e eficácia do sistema.

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8. EMPRESAS TECNO(ECO)LÓGICAS

Algumas grandes empresas de Informática de nível mundial vêm

apresentando propostas que colaboram com a sustentabilidade. Muitas dessas

propostas são realmente importantes, e servem como modelo para outras.

O Greenpeace elaborou um ranking de sustentabilidade para empresas de

tecnologia. O Guide to Greener Electronics é um relatório anual feito pela ONG, que

classifica as 16 empresas de tecnologia que adotaram as melhores práticas de

gestão sustentável.

Abaixo a tabela do relatório feito no ano de 2012.

Posição Empresa Nota

1º Wipro 7.1 / 10

2º HP 5.7 / 10

3º Nokia 5.4 / 10

4º Acer 5.1 / 10

5º Dell 4.6 / 10

6º Apple 4.5 / 10

7º Samsung 4.2 / 10

8º Sony 4.1 / 10

9º Lenovo 3.9 / 10

10º Philips 3.8 / 10

11º Panasonic 3.6 / 10

12º LGE 3.5 / 10

13º HCL Infosystems 3.1 / 10

14º Sharp 3.1 / 10

15º Toshiba 2.3 / 10

16º Rim 2.0 / 10

Fonte: Greenpeace International (2012)

E a seguir, algumas informações sobre as primeiras colocadas no ranking.

8.1. Wipro A Wipro é uma empresa indiana de eletrônicos que aparece pela primeira vez

no Guia do Greenpeace, ocupando até de forma surpreendente o primeiro lugar no

ranking.

Ela estabeleceu a meta de reduzir 85% das suas emissões de poluentes.

Atualmente, é líder em utilização de energia renovável e em redução de gases de

efeito estufa.

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A empresa indiana também ganhou pontos por seu programa de coleta de lixo

eletrônico, pela reciclagem dos materiais e pela limpeza de resíduos contaminantes

utilizados na fabricação dos produtos.

8.2. HP A HP (Hewllett-Packard) era a líder na edição anterior do guia, e agora ocupa

a 2ª posição. A empresa oferece produtos com boa eficiência energética, além de

fazer uma gestão criteriosa de sua cadeia de fornecedores.

É também considerada líder em operações sustentáveis devido a seu

programa de emissões de carbono.

A HP Brasil afirmou que, por meio do seu programa de sustentabilidade

ambiental, 1,4 bilhão de quilowatts de energia foram economizados por meio de

estratégias de design de desktops e notebooks, 50% de redução na quantidade de

papel e plástico utilizados nas embalagens de impressoras, 100 mil toneladas de

plásticos reciclados na fabricação de novos produtos de impressão, 10 mil

servidores reciclados e 151 mil toneladas de hardware e suprimentos recuperados

para reciclagem e recomercialização.

8.3. Nokia A tradicional marca finlandesa, maior fabricante de celulares do mundo,

investe em projetos de carregamento fotovoltaico para celulares, mas, segundo o

Greenpeace, ainda precisa desenvolver novas estratégias de redução de consumo

de energia, seja em eficiência energética ou no aumento do uso de fontes

renováveis.

Ela reconhece que algumas medidas parecem pequenas, mas afirma que

mais de 900 milhões de pessoas em todo o mundo têm um celular da empresa, o

que amplia o alcance de qualquer medida adotada.

A companhia adicionou um recurso aos modelos que avisa o usuário quando

a bateria já está totalmente carregada. Assim, ele pode tirar o celular da tomada e

evitar o gasto que acontece mesmo quando o aparelho está em modo de espera.

Este modelo foi seguido por praticamente todas as fabricantes de celulares no

mundo.

A empresa também investiu na redução das embalagens de seus aparelhos

feitos em Manaus (Amazonas). De fevereiro de 2006 a dezembro de 2007, isso

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representou 5.000 caminhões a menos na estrutura de logística da companhia. Além

disso, só em 2007 ela economizou 15 mil toneladas de material.

A previsão é de que a Nokia deverá definir novas metas de redução de gases

de efeito estufa em 30% nos próximos três anos.

8.4. Acer A empresa do Taiwan foi uma das empresas que mais avançou no quesito

sustentabilidade. Em comparação com a edição anterior do ranking do Greenpeace,

ela avançou nove posições, ocupando agora o 4º lugar.

Suas ações sustentáveis são cada vez mais amplas - como os esforços para

reduzir a emissão dos gases de efeito estufa e diminuir o uso de contaminantes e

substâncias tóxicas na fabricação de computadores.

Além disso, a Acer ganhou destaque por evitar a extração de minerais em

áreas de conflito e por monitorar a cadeia produtiva.

8.5. Dell A empresa americana foi a segunda colocada no ranking anterior, e agora

figura na 5ª colocação do ranking de 2012.

O principal motivo apontado pela ONG para a queda foi a elaboração dos

produtos Dell: a fabricante não cumpriu com o compromisso de eliminar o uso de

PVC e de BFR nos processos de produção, mesmo após assinar o acordo.

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9. CRONOGRAMA

Atividades Mai Jun Jul Ago Set Out

Pesquisa do tema

X

Definição do tema X

Pesquisa bibliográfica

X X

Coleta de dados

X X

Apresentação e discussão dos dados

X

Elaboração do projeto

X

Entrega do projeto X

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10. CONCLUSÃO

Sem dúvida alguma todos precisam colaborar com a sustentabilidade, não

apenas todas as pessoas, mas principalmente as diversas áreas de trabalho. E com

a Tecnologia da Informação não é diferente, a visão verde deve estar presente no

desenvolvimento tecnológico.

Compreender os benefícios para a natureza que as empresas poderiam

propiciar parecia insuficiente há um tempo, tanto que agora a conscientização utiliza

a amostra dos benefícios que as empresas também podem ter, e ao que parece a

ideia vem dando certo. Os resultados ainda não satisfazem aquilo que se deseja

alcançar, mas é inegável que melhorias contínuas estão sendo implantadas

principalmente pelas grandes empresas de tecnologia, tendo em vista que são essas

que realmente comandam o mercado mundial de tecnologia.

A contribuição das Redes de Computadores para a TI Verde é muito especial,

pois as redes formam a chamada “espinha dorsal” da Informática. E a adoção da TI

Verde nas Redes de Computadores proporciona benefícios tão bons quanto. As

novas ideias, como a Computação em Nuvem, mostram grandes vantagens para

ambos os lados, e isso anima os profissionais de TI, os usuários da tecnologia e os

amantes da natureza. Entender como cada componente trabalha numa rede ajuda

significativamente a compreender como pode haver uma otimização de recursos

visando políticas verdes. É realmente um grande conjunto de fatores (dispositivos e

pessoas), todos se ajudando em busca de desenvolvimento sustentável.

A evolução da tecnologia também contribui muito para a TI Verde, pois as

tecnologias também podem ser desenvolvidas com o intuito da sustentabilidade.

Além disso, a maioria das empresas/pessoas parece estar compreendendo bem que

valorizar aqueles que adotam políticas verdes ajuda a fortalecer ainda mais a ideia.

Ainda falta muita coisa, mas pelo menos as coisas parecem estar andando

pelo caminho certo.

Page 58: Adoção da TI Verde na Administração das Redes de Computadores - Projeto de Pesquisa

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