Afinal, o que é Ciência? Como a Biologia explica o mundo vivo?

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A ciência está em constante processo de mudança, como podemos comprovar pelo forte empirismo da Revolução Científica, que levou à descoberta de um acervo considerável de novos fatos, porém, pondo à margem o desenvolvimento de novos conceitos de importância singular no avanço da ciência.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Autorizada pelo Decreto Federal Nº 77.498 de 27/04/76

Reconhecida pela Portaria Ministerial Nº 874/86 de 19/12/86

Departamento de Ciências Biológicas

Cap. 2 – O que é Ciência? Cap. 4 – Como a Biologia explica o

mundo vivo?

Docente: Profº Drª Ligia Silveira Funch

Discente: Rodrigo Moraes Ribeiro de Santana

Disciplina: BIO 914 – Construção do Conhecimento Científico em Biologia

Curso: Bach. em Ciências Biológicas – 2012.2

Feira de Santana

2012

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AFINAL, O QUE É CIÊNCIA?

É bem provável que a ciência tenha como um de seus pilares, confirmar ou refutar o

senso comum. Hoje em dia, há uma dificuldade muito grande de os filósofos estabelecerem

uma definição de Ciência, pois há uma distância abissal entre o que os cientistas fazem, e o

que eles realmente sabem. Pensava-se antigamente que o objetivo da ciência, era reduzir a

Biologia (antiga ciência “provinciana”), às leis de outras ciências, como a física e a química;

hoje, do pouco que se sabe a respeito da ciência, é que “ela tem como objetivo fazer avançar

nossa compreensão de natureza”.

A ciência está em constante processo de mudança, como podemos comprovar pelo forte

empirismo da Revolução Científica, que levou à descoberta de um acervo considerável de

novos fatos, porém, pondo à margem o desenvolvimento de novos conceitos de importância

singular no avanço da ciência.

De fato, o conhecimento existente em todas as ciências, é com base em descrições,

sabendo-se que quanto mais “jovem” é a ciência, mais descritiva ela precisa ser afim de

divulgar resultados satisfatórios e convincentes, fincando seus alicerces factuais.

Não é aconselhável, nem plausível falar dê ciência no singular, pois apesar de sua

autonomia e singularidade, compartilham características comuns com outras ciências. Há

defensores que dizem que “o mundo sem ciência seria mais agradável que o mundo em que

vivemos hoje”, porém em controvérsia, seria um mundo com mais mortalidade infantil,

expectativa de vida baixa, inaptos à se aquecer no inverno e se refrescar no calor.

É evidente a importância que a ciência tem hoje na vida de qualquer ser humano. Não há

um temperamento, digamos assim, nem uma personalidade definida, que possamos definir e

abranger o imenso significado que a ciência possui, porém temos que ficar atentos, pois como

qualquer ciência, ela é passível a erros.

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COMO A BIOLOGIA EXPLICA O MUNDO VIVO?

Explicar o palpável e o “vivo” nos tempos modernos, tem-se tornado um dos maiores

obstáculos para as Ciências Biológicas e Filosóficas. A busca pela “verdade” é cada vez mais

incessante e intrigante, uma vez que, a todo o momento temos acesso a um bombardeio de

informações, onde novas teorias são criadas, outras repensadas e algumas até, voltam à tona

depois de gerações terem pensado e acreditado que, o que havia escrito e proposto por algum

cientista, por exemplo, eram argumentos e teorias absurdas e falaciosas.

É bastante provável que, em Biologia, a maioria dos fenômenos e processos, deva ser

explicados por uma pluralidade de teorias. Não se pode considerar apenas uma linha de

raciocínio, para chegar a uma possível conclusão, já que diversos dados e conjecturas são

concomitantemente influenciados por uma multiplicidade de fatores, e também pode haver

uma descontinuidade de fatos; é necessário uma variedade de posicionamentos e opiniões,

para que com elas se possa alcançar um juízo de valor com embasamento teórico, que

provavelmente será refutado por avanços científicos posteriores.

Acredito que o tempo é modificador da sociedade, tornando-a mais apta e suscetível

para o recebimento de informações. Conjecturas divulgadas hoje, dificilmente terão o aval

imediato da sociedade, como por exemplo, a transição da Abiogênese para a Biogênese, a

aceitação de outra teoria que não fosse o Criacionismo, no caso, o Evolucionismo.

Kant afirma que o cérebro já nasce com informações sobre propriedades do universo,

mas vale salientar que a sociedade atua como modificadora do sujeito, e possui grande

influência na formação cultural, acadêmica e psicológica do indivíduo. O cérebro já vem, sim,

com certa carga de informações, porém somente estas são inábeis para a construção do ser

humano no geral.

Por fim, continuaremos a incansável procura por uma “verdade absoluta”, entretanto não

a encontraremos devido os limites do ser humano. Talvez, essa sede insaciável pela busca da

verdade, seja a genitora do notório avanço contínuo e progressivo da ciência, fazendo com

que esse ciclo vicioso continue se repetindo, ou seja, a busca por uma “verdade” inalcançável.