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MAIS PRÓXIMO DAS REGIÕES LEIRIA www.maisproximodasregioes.negocios.pt Este suplemento faz parte integrante do Jornal de Negócios n. o 3965, de 1 de abril de 2019, e não pode ser vendido separadamente. A força de Leiria está na indústria Oportunidades Os caminhos apontados pelos líderes Socem A empresa de moldes Google minded A Box Santander Advance Empresas esteve em Leiria. Conheça os pontos fortes da região e as áreas onde se pode desenvolver Ricardo Ponte

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MAIS PRÓXIMO DAS REGIÕESLEIRIA

www.maisproximodasregioes.negocios.pt

Este suplemento faz parte integrante do Jornal de Negócios n.o 3965,de 1 de abril de 2019, e não pode ser vendido separadamente.

A força de Leiriaestá na indústria

OportunidadesOs caminhos apontados pelos líderesSocemA empresa de moldes Google minded

A Box Santander Advance Empresas esteveem Leiria. Conheça os pontos fortes daregião e as áreas onde se pode desenvolver

Ricardo Ponte

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a terceira vez queaBoxestáemLei-ria, o que mostracomo o banco

olhaparaLeiria,quesetemdestaca-do indústria, que pesa 36% no PIBdaregião,quecomparacomos22%emtermosnacionais”,referiuPedroCastroeAlmeida,presidenteexecu-tivo do Santander. “Segundo os da-dos do INE, 62% das empresas sãocompetitivas no seu setor, quando,em Portugal, o indicador é de 40%.Entre 2011 até 2018, verifica-se quehouve umagrande evolução das ex-portações portuguesas, crescerammais de 50%, mas no caso de Leiriaduplicaram,oquetemavercomestefatorcompetitivo”.

O olharparao exteriorporpar-te das empresas portuguesas é umaoportunidade para o Santander,que está presente em várias geo-grafias no mundo. “Pode ajudar afazer aponte com essas economiasexternas, pois o banco tememcada

país um international desk, que éum centro que faz as ligações.Qualquer empresaportuguesaquese queira internacionalizar paraum país, pode recorrer ao Santan-der para obter informações sobreas tarifas, a fiscalidade, o negócio,a concorrência e, quando chega aesse país, o empresário jánão é umestranho, porque o Santander nes-se país já sabe quem, já tem o en-quadramento e faz todo o acompa-nhamento”, sublinha Ilda Costa,diretoracomercial de empresas doSantander Leiria.

Além dos especialistas do deskinternacional, em Leiria podem tero apoio de cinco gestores dedicadose, além dos balcões que fazem oacompanhamento das empresascomfaturaçõesabaixodos3milhõesde euros. O banco tem um conjuntode linhas de apoio ao negócio inter-nacional,comtodososinstrumentosde crédito e de transacionalidade,“emqueajudamososclientesnestesprodutos mais específicos”, salientaIldaCosta.

Trade e formaçãoO banco tem um portal Trade, e,qualquerempresaclientedoSantan-der,comoseucódigopautal,podefa-

zer uma pesquisa mundial ou nummercado e saber quem são os seusconcorrentes, que feiras existem.NesteportalexisteumclubeSantan-der onde estão inscritos os clientesdobanco,que,emprincípio,sãoem-presasdebomriscoecomquempo-dem estabelecer contactos comer-ciaiseoutros.“Pelofeedbackquete-mos, tem ajudado muito as empre-sas na sua internacionalização. OmaiorutilizadoremPortugaldopor-talTradeéumaempresadaMarinhaGrande, que tem uma pessoa dedi-cada a tempo inteiro a fazer pesqui-sas no portal paraoportunidades denegócio”, disse IldaCosta.

“Há tendência de ver o bancocomo um financiador, mas tem ou-trosserviços”,afirmouIldaCosta.Obanco também tem uma oferta nãofinanceiraaoníveldaformação,comformaçãoonlineepresencial.Aem-presapode ter um estagiário duran-

tetrêsmeses,escolhidopelaempre-sasemqualquercusto.“Éumaajudaparaaaproximaçãoentreasuniver-sidades e as empresas e para o pri-meiroemprego”,concluiuadiretoracomercial de empresas do Santan-derLeiria.

PedroCastroeAlmeidafaloudaculturadaformiganoSantander,queem “tempos de euforiase resguardaparaseprepararparaostemposmaisdifíceis, pois, como outros setores, onegócio financeiro é cíclico”. Comesta estratégia o Santander passou,em termos de produção de crédito,de umaquotade mercado em 2007de5%para20a25%osúltimosanos.“O banco tem uma postura de mer-cado mais de médio e longo prazo, oquenospermitiuchegaraumaposi-ção de sermos hoje em dia o maiorbancoprivadoemtermosdecréditoe de rentabilidade”, concluiu PedroCastro e Almeida. �

FILIPE S. FERNANDESTextosRICARDO PONTEFotografia

“É

Leiria, tem-se destacado na indústria, “quepesa 36% no PIB da região, que comparacom os 22% em termos nacionais”, referiuPedro Castro e Almeida, presidente executivodo Santander. Acrescentou que 2011 até 2018,as exportações de Leiria duplicaram.

O peso da indústriae das exportações

NEGÓCIOS INICIATIVAS Box Santander Advance Empresas - Leiria

Ilda Costa, diretora comercial de empresas do Santander em Leiria, Raul Castro, presidente da Câmara Municipal, e Pedro Machado,

As “Conversas Soltas”, tendo como tema Leiria em Perspetiva, decorre-ram na Box Santander Advance, a 20 de Março em Leiria, no âmbito dainiciativa Mais Próximo das Regiões. Participaram na conversa Ana Sar-gento, vice-presidente do Instituto Politécnico de Leiria, António Poças,presidentedoNERLEI,LuísFebra,presidentedaSocem,PedroMachado,presidente da Direção-geral Turismo Centro, Raul Castro, presidente daCâmaraMunicipal de Leiriae IldaCosta, diretoracomercial de empresasem Leiria, tendo contado com a moderação da jornalista Andreia Vale.

Conversa à solta em Leiria

Em junho de 2018osdadosapontavamparaumataxade empregabilidade de94,6%, que em alguns cursos como in-formática, engenharia industrial, en-genharia mecânica, educação básicaatingiaos 100%. Ligeiramente abaixode 90% está a licenciatura de comu-nicação e media.

Instituto Politécnico

O Instituto Politécnico de Leiria ofere-ce nas suas cinco escolas distribuídasporLeiria, CaldasdaRainhaePeniche,49 licenciaturas e 72 cursos de pós-li-cenciatura que envolvem mestrados,pós-graduações e os Cursos TécnicosSuperiores Profissionais (CTeSP), ten-do cerca de 12 mil alunos.Comoreferiu AnaSargento,vice-presi-dentedoInstitutoPolitécnicodeLeiria,osCTeSP, inserem-se“nanossamissãode escola politécnica de ter uma ofer-

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Dois projetos estruturantes são oprocessodecandidaturadeLeiriaaCapital Europeia da Cultura, quevai envolver 26 municípios e a ins-talação em Leiria do cluster dasTICE(TecnologiasdeInformação,Comunicação e Eletrónica).

“Osetorprivadotemsidoogran-de obreiro, o fator mais importantedeLeiria,porquequandofalamosdepessoas, falamos em postos de tra-balho, em empresas, é a qualidadedosnossosempresáriosqueestáemcausa.EmLeiriatemostidoafelici-dade de ter empresários de alto ga-barito que têm garantido a susten-tabilidade da economia local”, sa-lientou Raul Castro, presidente daCâmaraMunicipal de Leiria.

“O mercado, sobretudo inter-nacional, não é constante, por ve-zes, tem as suas oscilações. Entre2017e2018asexportaçõesaumen-taram, o que quer dizer que o po-tencial existente está a ser devida-mente aproveitado, mas, porvezes,fatores exógenos, como o Brexit,poderão terrepercussões”, afirmouRaul Castro.

O autarcasublinhou que exis-temoutros fatores de peso no des-envolvimento de Leiria, paraalémda“imaginação dos empresários”e do papel das associações empre-sariais como a Nerlei. É o caso doInstituto Politécnico de Leiria,que representamais conhecimen-to, e do talento que existe nas maisdiversas atividades e vertentescomo as artes.

Cultura e TecnologiasReferiu que o papel da CâmaraMunicipal é fazer com que tudofuncione e garantir que há quali-dade de vida. Sublinhou que “adi-nâmica empresarial do concelho,que é da responsabilidade os nos-sos empresários, foi de tal ordemque hoje não há praticamente ca-sas para comprar, o que traz umproblema.Umdosdesafioséasus-tentabilidade destadinâmicaem-presarial e que a Câmara possaacompanharnoquedizrespeitoaoespaço público”.

RaulCastrofalouaindadedoisprojetos estruturantes. Por um

lado, oprocessodecandidaturadeLeiria a Capital Europeia da Cul-tura, que vai envolver 26 municí-pios num território contíguo,“para tentar unir as pessoas emproldos interesses daregião” e dizque em breve “vão começarades-envolver-separatodoesteterritó-rio. Vai fazer-se sentir às pessoasquevaleapenaassumiradefesadoseu território”. Hoje, Leiria temcercade 600 eventos por ano.

Umdosobjetivosaconcretizaré ainstalação em Leiriado clusterdas TICE (Tecnologias de Infor-mação, Comunicação e Eletróni-ca), as empresas das novas tecno-logias numaparceriacomo Nerleipara atrair empresas nacionais einternacionais de tecnologia.

OIPLtemumaofertaformati-vavariada,maséreconhecidoaní-velnacionalos cursos de informá-tica, nomeadamente na área daprogramação e na área das redes,eéporissoqueaPoliciaJudiciariatem um protocolo com o IPL paraterumapós-graduação em Ciber-segurança.�

Leiria, a vantagemde ter bons empresários

Entre 2014 e 2018, as dormidaspassaram de 370 mil para 600 mil.Está a crescer a 15% ao ano, que éum crescimento significativo, en-quanto Portugal cresce a 6/7%. “Apromoçãotemdeserfeitacontinua-mente, e tem sido numa parceriacomaCâmaraMunicipaldeLeiria,mas também com os agentes eco-nómicos como o NERLEI, entreoutros que contam nesta constela-ção que é o turismo, como dizia oprofessorErnâniLopes”,referiuPe-dro Machado, presidente da Dire-ção-Geral Turismo Centro.

Entre 2014e 2018, as dormidaspassaramde 370 mil para600 mil.Está a crescer a 15% ao ano, que éum crescimento significativo, en-quanto Portugal cresce a6/7%. Emjaneiro de 2019, Portugal cresce a4%, aregião Centro a7%. “Querdi-zerque temos produto e Leiriatempatrimónio, cultura, praia, tem umconjunto diversificado do que nósconsideramos seremrecursos, quenos ajudam a promover e a criarproduto turístico, temumageogra-

fia extraordinária do ponto de vis-ta do seu posicionamento”, expli-cou Pedro Machado.

O pivô do crescimento é, se-gundo Raul Castro, o turismo reli-gioso, com Fátima, o turismo ju-daico, e o caminho de Santiago, aque se juntam “vários segmentosde turismo como o turismo das on-das, do património classificadopela Unesco como Alcobaça, Ba-talha, Convento de Cristo em To-mar e a Universidade de Coimbra,os castelos, o Museu da Indústriavai ser uma realidade em Leiria,etc.”. O autarca considera que “te-mos desenvolvido obra pública vi-rada para o turismo e temos aindaalguma falta de resposta em ter-mos de hotelaria”.

ADireção-geral Turismo Cen-tro lançou um observatório de tu-rismo com o Instituto Politécnicode Leiria “para medir e perceberquem nos visita, quais são as moti-vações, as expectativas e como éque gere este crescimento”, reve-lou Pedro Machado. �

A importância do turismo religioso

presidente da Direção-geral Turismo Centro.

UmadasreivindicaçõesdaregiãodeLeiriaé autilização civil dabase aé-readeMonteReal.“Sealguémtives-sedúvidastécnicas,avindadoPaparesolveu esse problema”, afirmouRaul Castro. “Se isto se concretizarvão aumentar os visitantes, os ho-téis”. Como disse Pedro Machado,“95%do fluxo turístico de Portugaléporavião”,salientandoqueaRya-nair lançou em Fátima a nova rotaLurdes-Lisboa. “O que quer dizerqueháumativofortíssimonosenti-dodacapacitaçãoparagerarumain-fra-estruturaaeroportuáriarentávelna nossa região e que seria MonteReal”,acrescentou.Recordouaindaum estudo da Roland Berger, apre-sentado em Leiria há cerca de umano,em quesediziaqueacadênciade 600 a 700 mil passageiros/ano,comuminvestimentode30milhõesde euros, seria possível colocar depé estainfra-estrutura.

O aeroportode Monte Real

de Leiria com pleno empregota muito interessante para criarprofissionais aptos a curto prazopara trabalhar nas organizações”.Observou que as licenciaturas e osmestradosestãoconsolidados,easactualizaçõestem sidofeitastantonos CTeSP, “que são mais novos eportanto temos feito mais ofertastodos os anos”, e, sobretudo, “naformaçãoparaexecutivos,pós-gra-duações em que tentamos corres-ponderàsnecessidadesdasempre-sas,com um tipodeofertamaisfle-xíveleatualizável”.Noentanto,queestá na forja uma nova licenciatu-ra, Inovação e EmpreendedorismoSocial, que vai funcionar em tornode projectos e não de disciplinas.Hoje os alunos estrangeiros repre-sentam maisde10%dapopulaçãoestudantil doIPL, jácontam com 70

nacionalidades,eéumaapostafun-damental por causa dos factoresdemográficos. “Estamos todos osanos a pesquisar novos mercados.Temos também em conta a quali-dade,nãonosinteressasóterestu-dantes em número”, referiu AnaSargento, que adiantou que “ de-pois há o fator de retenção, demodo aque fiquem naregião. Esseé um outro aspeto”.AnaSargentodeu exemplosdafor-te ligação entre aescola, os alunoseasempresasdaregiãoeacompa-nha ao longo da sua formação. Ocontacto com as empresas faz-secom os estágios de Verão, que nosestágiosfinaisintegradosdaslicen-ciaturas, CTeSP e mestrados. Emmédiaporanorealizam-semaisde3 mil estágios.

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evia-secriarumdesí-gnio nacional e aca-barcomo RH. Os jo-

venssentem-seofendidosaosertra-tados como recursos, eu tambémporque não sou um recurso, vivopara ser feliz, os meus funcionáriosvivem para ser felizes, e, já que têmdetrabalharque,pelomenos,nãoosconsideremosrecursos,porqueelessão humanos, não são recursos hu-manos”, enunciou Luís Febra, pre-sidentedaSocem,gruponaáreadosmoldes.

Em2000decidiramque“erade-preciativo falar em recursos huma-nos, criamos um departamento degestão de pessoas, não é uma desi-gnaçãointeressantemaspelomenoséumsaltopositivonosentidodeen-cararascoisasdeumaformadiferen-te”, assinalaLuís Febra.

Poroutro lado, pegaramnos ca-

sos exemplares em termos interna-cionais e têm vindo a implantar naempresa, o que chamam o modeloGoogle minded. “Estamos a tentaracabarcomfunções,comooperáriodebancada,quepassouatécnicodemontagem. Os polidores, que sãopessoas que têm um trabalho maishumilde, trabalham num laborató-rio. Entrar no nosso departamentode polimento é como entrar numasala de cirurgia de um hospital, ascondiçõessãosimilares”,esclareceuLuís Febra.

China é estratégicaConsideraqueestaideiadecriares-paços mais agradáveis para traba-lharedarmaisvaloràspessoas“aju-dou ao crescimento, baixou a rota-tividade,aumentouacapacidadedeatração, aumentou a produtivida-de” e, acrescenta Luís Febra, “esta-

mos a assistir a um fenómeno mui-to interessante, é que as pessoas nanossaorganizaçãonãoenvelhecem,têm sempre um semblante jovem”.

É umadinâmicaque estáacon-tagiaroutrasempresasdosetor,“atéporque os colaboradores do futuroserão necessariamente diferentesdos atuais, porque atransformaçãodigitalestáamudarasnecessidadesdas empresas”.

ASocem é um grupo de empre-sasnaáreadosmoldesequeestáins-talada,atravésdeparcerias,noBra-sil, México e China. “O nosso cres-cimentoestádependentedaecono-mia internacional. No se refere ànossa estratégia de crescimento fo-camo-nos sobretudo no valor, pro-curando mercado com um nível dedificuldade maior, onde as compe-tênciasdosnossosengenheirosedos

nossosprofissionais,queemmuitoscasosestãoanívelsuperiordoqueéo mercado cliente, transferindo va-loreconhecimento,envolvendo-nosem projetos de maior complexida-de”, salientou Luís Febra.

Considera a China estratégica,onde estão desde 2006, e Luís Fe-braacreditaque “aChinavaidomi-nar o mercado internacional dosveículos elétricos”. �

Empresade moldesGoogle mindedCriar espaços mais agradáveis para trabalhar e darmais valor às pessoas “ajudou ao crescimento e àprodutividade, baixou a rotatividade, aumentou acapacidade de atração”, diz Luís Febra da Socem.

NEGÓCIOS INICIATIVAS Box Santander Advance Empresas - Leiria

“D

António Poças, presidente do NERLEI, Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander, e Luís Febra, presidente da Socem.

Ricardo Ponte

“Ataxa de emprego é de 3,2%, e te-mos um problema associado a issoque se chama demografia, ou seja,há falta de pessoas para trabalhar,tantoindiferenciadoscomoqualifi-cados,queéumproblematransver-salaopaís”,referiuRaulCastro,pre-sidente da Câmara Municipal deLeiria. Acrescentou que “Hoje nãohácapacidade,emtermosderecur-soshumanos,parasubstituiraspes-soas que se reformam, para as em-presasampliaremassuasatividadeseasnovasempresastêmalgumadi-ficuldade em garantir todos os re-cursos humanos necessários à suaatividade.Esteéoproblemanúme-ro umdanossaregião, mas seique étransversal ao país”.

Pedro Machado, presidente daDireção-geralTurismoCentro,deuo exemplo do turismo que está acrescer a um ritmo de 15% ao ano,emqueafaltaderecursoshumanoscolocaproblemasnoquedizrespei-toaoserviço.“Atéagoradiscutíamosa qualidade, agora é o número depessoas. É umproblemacrítico quetemosnaRegiãoCentroequetemosno país”, concluiu Pedro Machado.

Este inverno demográfico, im-plica, segundo um estudo da Uni-versidade de Aveiro citado porLuísFebra, presidente da Socem, “a en-tradade novos imigrantes, que teráque necessariamente rondar os 60mil por ano”. Nasuaopinião, é pre-ciso que haja“umapolíticaconcer-

tada das entidades competentesparaqualificar os novos imigrantesque vêm para Portugal, não haverpolíticasavulsas.Éimportanteiraospaíses de origeme atrairqualidade,se isso não for feito, a médio longoprazo, teremos necessariamenteproblemas nas nossas empresas”.

Solução procura-seHámuitas empresas que estão afa-zer este caminho sozinhas, tentan-do resolver o problema. “Temos nadireção do NERLEI uma empresada Marinha Grande que tem 140trabalhadores,tem40indianos,fru-to do trabalho daquela empresa”,exemplificouAntónio Poças, presi-dente do NERLEI.

Mas o esforço de uma empresanão chega, e, por outro lado, as em-presastêmsolicitadoapoioàCâma-ra Municipal de Leiria para tentarajudar a mitigar esse problema.ComodisseRaulCastro,“sugerimosque fosse criada uma comissão probono, que teria de ter um represen-tantedoministériodosNegóciosEs-trangeiros, para a credibilizar juntodasembaixadas,comquemestamosem contacto, um representante doMinistériodaAdministraçãoInter-na para as questões do Serviço deEstrangeiroseFronteiras,represen-tante do Ministério da Educação,para as questões da educação paraas famílias que venham, MinistériodaSaúde,ehaveráumacomponen-

te dasegurançaparaque as pessoasque venham sejam solução em vezde trazer novos problemas”.

Por sua vez, Pedro Castro e Al-meida,presidenteexecutivodoSan-tander, alertou para outro desafioadicional àdificuldade em arranjarmão-de-obra que é a formação e aqualificação das pessoas. “Estamosnummundoemgrandetransforma-ção digital, o grande desafio não émudar completamente os quadrosdasempresasearranjarpessoasdasnovas tecnologias, é muito mais decapacitar e dar formação paraacompanhar estes tempos de mu-dança, e é um desafio a que o San-tandertambémtemde responder”,concluiu.�

A urgência de encontrar mão-de-obraA Câmara Municipal de Leiria está a impulsionar uma solução nacional para resolver osproblemas das empresas com a falta de recursos humanos. “Este é o problema número umda nossa região, mas sei que é transversal ao país”, diz Raul Castro, presidente da autarquia.