África e Europa

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ÁFRICA E EUROPA Situação de aprendizagem 3

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ÁFRICA E EUROPA

Situação de aprendizagem 3

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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Analisar iconografias acerca do processo neocolonial africano; ler e interpretar mapas e gráficos relativos à colonização e à descolonização africanas; explicar a formação de organismo multilaterais africanos; ler e interpretar mapas temáticos sobre a distribuição da riqueza mundial e número de pessoas refugiadas para estabelecer relações a respeito de fluxo migratório África – Europa.

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CONTEÚDOS

O imperialismo europeu e a partilha da África; as fronteiras artificiais e o processo de independência; as relações da África com a Europa; o processo de independência dos países do continente e a formação de organismos multilaterais na África; migrações clandestinas de imigrantes africanos em direção ao continente europeu; número de pessoas refugiadas no mundo; conflitos internos da atualidade.

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O IMPERIALISMO EUROPEU NA ÁFRICA O imperialismo europeu criou uma ideologia

racista, segundo a qual os brancos eram superiores as demais raças, cabendo a eles a “missão civilizadora” de resgatar os povos colonizados de sua condição barbárie.

Durante séculos, a África representou para os europeus apenas uma inesgotável fonte de escravos e, em menor escala, de ouro e de mar fim. Os traficantes e comerciantes baseados em entrepostos (armazém especial, particular ou público, onde se depositam mercadorias que esperam venda, exportação, reexportação, etc.) litorâneos, praticamente sintetiza vam a presença européia no continente.

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Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, 13 nações européias, além dos Estados Unidos e da Turquia, promove ram a Conferência de Berlim, que tinha como objetivos principais:

a) discutir normas para tráfego e utilização comercial livres dos Rios Níger e Congo e;

b) regulamentar a apropria ção do continente africano.

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Com vistas a delimitar a partilha do con tinente foram usados paralelos e meridianos e o traçado dos rios como marcos divisórios fronteiriços. Além da utilização de recursos cartográficos na demarcação de fronteiras artificiais, os europeus estabeleceram divisões internas em suas colônias, tanto para garantir controle militar quanto para estabelecer domínio em áreas de mineração. A artificializarão de fronteiras provocou a separação entre grupos étnicos que viviam pacificamente em um mesmo território, enquanto grupos étnicos adversários foram obrigados a conviver na mesma terra. Dessa forma, os colonizadores dificultaram a formação de alianças que pu dessem lhes fazer oposição.

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A definição impositiva das fronteiras foi acom panhada da obrigatoriedade do uso da língua e dos costumes do colonizador (educação, religião e modelo de administração), em detrimento da cultura e da tradição dos diversos grupos étnicos africanos, que foram negligenciadas.

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Como fruto da expansão colonial, a África passou a fornecer matérias-primas minerais e produtos agrícolas tropicais, como chá, café, algodão, entre outros, cultivados em plantations, grandes propriedades monocultoras com a produção voltada para a exportação. Dessa forma, os investimentos fei tos no continente foram exclusivamente para melhorar as condições de escoamento das ri quezas retiradas da África. Um bom exemplo disso são as ferrovias implantadas no período colonial, ligando áreas produtoras interioranas ao litoral, de onde as produções mineral e agríco la seguiam para a Europa. Aespoliação (privação de algo por fraude ou violência) do conti nente evoluía rapidamente.

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A DESCOLONIZAÇÃO AFRICANA Inglaterra e Fran ça eram as principais potências

imperialistas. O processo de descolonização se deu depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando as grandes potências européias saíram arrasadas economicamente do conflito, sem condições de manter seus vastos impérios coloniais, Ao mesmo tempo, a opinião pública cobrava uma postura coerente da Inglaterra e da França, que tinham combatido o totalitarismo nazista alemão e o fascismo italiano em nome da democracia e da autodeterminação dos povos, e não davam esse direito aos povos de suas colô nias. O afrouxamento das rédeas metropolitanas fez com que muitos povos africanos negociassem sua independência ou pegassem em armas para consegui-la. A dominação euro péia na África muitas vezes contou com a resis tência dos povos locais, que se insurgiam (revoltavam) contra os dirigentes europeus. Algumas independências se deram com sangrentas guerras, como a da Argélia. Os novos países mantiveram sua con dição de exportadores de produtos primários e, embora independentes, continuaram muito de pendentes de suas antigas metrópoles.

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Com o processo de independência africana na segunda metade do século XX, o pan-africa nismo (idéia de união de toda a África) se fortaleceu, tendo como um de seus lí deres Kwame N'Krumah, presidente de Gana (antiga colônia britânica da Costa do Ouro) na década de 1960. Para ele, o fortalecimento econômico das nações africanas e a aproxima ção entre elas seria o caminho para a plena independência, uma vez que os colonizadores europeus, mesmo tendo concedido a indepen dência, não abririam mão de indiretamente manter sua influência econômica, dilapidan do as riquezas do continente.

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Em 1964, as nações africanas independen tes, em reunião no Cairo, criaram a Organiza ção da Unidade Africana (OUA). Buscavam, dessa forma, ampliar a cooperação entre os Estados e garantir a segurança entre seus países-membros. Porém, ao manter os limites territoriais impostos pelas nações européias, a OUA consolidou a fragmentação da África. Além disso, boa parte das elites locais ainda representava maiorias étnicas remanescentes da antiga configuração, o que pode também servir para explicar a instabilidade das frontei ras e as sucessivas guerras étnicas que caracte rizaram as nações africanas - e caracterizam até a atualidade -, principalmente na região subsaariana.

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Em 2002, os novos líderes africanos reuni ram-se em Durban, na África do Sul, e pu seram fim à OUA, criando a União Africana (UA). Essa nova organização veio ampliar o leque de objetivos para a integração do con tinente. Em sua carta de abertura, propunha a criação de um Conselho de Paz e Seguran ça representado por alguns países africanos com poderes para intervir em guerras locais e evitar atos de extermínio em massa, como os que continuam a ocorrer em diversos confli tos africanos. Além disso, a UA tinha também como objetivo a promoção do desenvolvimen to econômico e social das nações africanas, por intermédio do combate à fome e da erra dicação da pobreza.

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Os fluxos migratórios africanosA emigração de africanos para a Europa é

grande parte ilegal. Sem perspectivas em suas terras natais, os africanos migram para a Europa em busca de melhores condições de vida.

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