Agenda bahia 2011 - Sustentabilidade

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Agenda BAHIA * O momento é AGORA Grandes e pequenas empresas dão o exemplo em inovação, mas é preciso aproveitar a oportunidade para a Bahia ser mais competitiva 2 - Sustentabilidade ALVAREZ/FIEB DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO PATROCÍNIO TRADE PATROCÍNIO GLOBAL APOIO INSTITUCIONAL REALIZAÇÃO

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Caderno publicado pelo jornal Correio* com assuntos relacionados ao 2º evento do Agenda Bahia. tema relacionado: Sustentabilidade

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AgendaBAHIA*

Omomentoé

AGORAGrandes e pequenas empresas dãoo exemplo em inovação, mas épreciso aproveitar a oportunidadepara a Bahia ser mais competitiva

2 - Sustentabilidade

ALVAREZ/FIEB

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

P A T R O C Í N I O T R A D EP A T R O C Í N I O G L O B A L A P O I O I N S T I T U C I O N A L R E A L I Z A Ç Ã O

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2 |CORREIOSalvador, domingo, 28 de agosto de 2011 sustentabilidade*

sustentabilidade*

Diretor de redação: Sergio Costa ([email protected]) Edição: Rachel Vita ([email protected]) Reportagens Luciana Rebouças ([email protected]), Luiz

Francisco ([email protected]), Maria José Quadros ([email protected])Design:MorganaMiranda ([email protected]) Tratamento de imagens Raniere

Borja Oliveira (raniere.oliveira@redebahia. com.br) e Erlanney Rocha ([email protected])

expediente

MARINA SILVA

Agendaemdebate

Para competirtemque inovarAgenda Bahiadebate açõespelo crescimentodo estado

Rachel Vita

Bahia estão fazendo para ino-var. No seminário Agenda Ba-hia,promovidonaúltimaquar-ta-feirapelojornalCORREIOearádioCBN,comoapoiodaFieb,executivos de multinacionais,especialistasrenomadoseauto-ridades apresentaram açõesinovadoras e debateram sobreosdesafiosqueprecisamseren-frentados no estado para o de-senvolvimento sustentável daBahia.

Opróximoseminário,nodia14destemês, vai debaterAgro-negócio,comfoconaIndustria-lização e aEconomiaClimática,temas urgentes da pauta de re-giões que querem fazer a dife-rença. É o jornal CORREIO e arádio CBN inovando pela Ba-hia.

Desafios- Investimentomaior no PIB (Pro-duto Interno Bruto) em inovação- Investir na exportação de tecno-logia e em projetos de inovaçãopara aumentar competitividade- Investimento em tecnologiaslimpas, redução de emissãode resíduos e gases po-luentes

VantagensA Bahia tem cursos universitários re-conhecidos em todo o país, o que pode-ria favorecer um ambiente de pesquisa einovação. Estão instaladas no estado, comunidades industriais ou sedes, algumas dasprincipaismultinacionais brasileiras. Pa-ra inovar como cidade, a Bahia tem umpatrimônio histórico famoso nomundo,muitas atrações turísticase uma economia crescente,com índices acima do país.

Comoavançar

-Motivar empresas para dar o saltotecnológico com políticas públicas queestimulem a inovação empresarial- Sistema integrado entre governo, uni-versidade e empresas pormelhores re-sultados e práticas sustentável- Produtos inovadores têm até 10vezesmais valor agregador ereduzem custos das empre-sas

AgendaBahiareuniuseispalestranteseno-ve debatedores. Confira as principais açõesapontadas pelos executivos e especialistaspara desenvolvimento do estado.

mentoempesquisas e inovação- tanto de produtos quanto deprocessos e gestão. Conseguemassim inovar, reduzir custos,impacto ambiental e ter dife-rencial, ampliando a base deconsumidores. Mas no Brasil,essa prática é restrita e o inves-timento em inovação conside-rado baixona comparação comoutros países, como a China,que a cada dia conquistam no-vos mercados. A Bahia, apesardosavanços,comoaconstruçãodo Parque Tecnológico, aindaprecisa investir muito nessaárea para ser também maiscompetitiva e aumentar as ri-quezas para os baianos.

Neste caderno, você vai co-nhecer o que as grandes e pe-quenas empresas no país e na

Muitas vezes a gente nempercebe, mas quase tudo queusamoshojeemdiateveportrásum investimento em inovação.Do celular à máquina de lavarroupa. Do jornal que você estálendo ao carro mais potente emenos poluente.

Asempresasquesedestacamdentro e fora do país descobri-ramque,paraseremmaiscom-petitivas, precisam de investi-

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CORREIO

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Pilares sustentáveisInovação naBraskem éprioridade paraalcançar liderança

Luiz Francisco

Com 35 unidades espalha-daspor trêscontinentes (28noBrasil, 5nosEstadosUnidose2naAlemanha), a Braskem tra-balha com três pilares relacio-nados à inovação para alcan-çar a liderança mundial daquímica sustentável em 2020:operações e recursos cada vezmais sustentáveis, portifóliodeprodutoscadavezmaissus-tentável e soluções para umavidamais sustentável.

“Os investimentos em ino-vação são a principal alterna-tivaparaenfrentarmosesupe-rarmos os nossos concorren-tes”, disse o presidente daBraskem, Carlos Fadigas, emsua palestra no segundo semi-nário Agenda Bahia.

DeacordocomCarlos Fadi-gas,osresultadosoperacionaisregistrados pela empresa de-monstram que a Braskem estácerta em priorizar a inovação.“Osprodutos lançadosnosúl-timos três anos foram respon-sáveispor12%danossareceitaem 2009”, afirmou. Para au-mentar essepercentual, a em-presa investe em tecnologia.“Temos 220 pesquisadores e400 patentes registradas”,acrescentou.

Fadigasdissequeosresulta-dos das pesquisas desenvolvi-das com o termoplástico, oprincipal produto fabricadopela Braskem, já fazem partedodiaadiadaspessoas.Oexe-cutivo também apresentoudados que demonstram que ainovação tecnológica e a sus-tentabilidade caminham jun-tas na Braskem.

CONTRAPARTIDA “Em rela-ção a 2009, conseguimos noano passado reduzir acidentesde trabalhoem79%,ageraçãode resíduos em62%,ageraçãode efluentes em 36% e o con-sumo de energia em 10%. Es-ses resultados são excelentes,ainda mais se levarmos emconsideração que há fundosque só compramações de em-presas comprometidas com asustentabilidade”, lembrou.

Os funcionários da empre-sa, segundo Fadigas, traba-lham para oferecer produtosquesatisfaçamasnecessidadesda sociedade, considerandoosaspectossociais,econômicoseambientais. “Mas é precisodeixar claro que às empresascabe gerar o lucro para nãocomprometer o futuro”.

Segundo o executivo, aBraskem deu mais uma de-monstração em sua estratégiade crescimento sustentável aoinaugurar no Polo de Triunfo(Rio Grande do Sul) a sua uni-dade de Polímeros Verdes, a

DesafioCarlos Fadigas comparou o Brasil com a Alemanha para demonstrar que os in-vestimentos em inovação geram riquezas: “Com 85milhões de habitantes, aAlemanha possui um PIB de US$ 3,5 trilhões porque exporta tecnologia.As commodities que o Brasil vende para o exterior são importan-

tes, mas o país precisa investirmais em inovação se quiserchegar a uma grande potênciamundial”.

primeiranomundoautilizar oetanol de cana-de-açúcar pa-ra a produção em escala co-mercial de eteno e polietileno.Essa unidade tem capacidadepara produzir 200 tonela-das/ano — cada tonelada se-questra até 2,5 toneladas deCO2 que estavam na atmosfe-ra, colaborandona reduçãodoefeito estufa.

EFEITODeacordo comFadi-gas, o crescimento populacio-nal, a escassez de energia e asmudanças climáticas serão osprincipais problemas a seremenfrentados pelos países nospróximos anos. “As naçõesque dominarem a tecnologia einvestirem em projetos deinovação serão muito maiscompetitivas”,disse.Segundoele, com a globalização, todosospaíses sabemoqueéprecisofazer para avançar.

“Não existem mais misté-rios, os problemas e as solu-ções estão à vista de todos. O

Investimentosem inovaçãosão a principalalternativapara superaros nossosconcorrentes

*1 Novas embalagens para

produtos tradicionais

Modernização, reduçãodo peso e desperdício

NOVO USO DOPLÁSTICO

2Sacaria de café

Substituição da jutacom ganhos na

conservação do produto

3Máquinas de lavar

Menor custo e peso,substituição do aço do

gabinete e tampa dasmáquinas de lavar roupa

4Caixas hortifrutícolas

Redução dodesperdício e da

contaminação de frutas,verduras e legumes

5Silos flexíveis para

grãos Custo mais baixoe instalação mais

rápida com silos flexíveispara armazenamento degrãos

MARINA SILVA

Brasil precisa apenas fazer odever de casa para se tornarumpaís cadavezmais compe-titivo no cenário internacio-nal.”

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Brasilinvestepouco

Inovação agrega10 vezes maisvalor na produçãocom menor custoLuciana Rebouças

OBrasil ainda investemuitopouco em inovação. Somandooinvestimentopúblicoepriva-do, o país destina 1,15% do seuPIB, o que, comparado aos pa-drões internacionais, é consi-derado pouco, segundo o pre-sidente daAssociaçãoNacionaldePesquisaeDesenvolvimentode Empresas Inovadoras (An-pei),CarlosEduardoCalmano-vici, um dos palestrantes do 2ºseminário do Agenda Bahia -Sustentabilidade.

Calmanovici exemplificaqueaChina já investecercade2% do PIB em inovação, e ospaísesdesenvolvidos, emtor-node2,5%doPIB.Alémdestecenário já positivo, a meta daChina é alcançar os 2,5% deinvestimentos do PIB em ino-vação até 2015. “Ou seja, nós(o Brasil) temos ainda um ca-minho longo pela frente, poiso nosso PIB é pequeno, secomparado às outras econo-mias, e a nossa porcentagemde investimento é ainda maisbaixa”, critica.

CONCILIAÇÃO O presidenteda Anpei falou sobre a impor-tância de se trabalhar de for-ma integrada: as empresas, ogoverno e as universidades.“Precisamos do sistema todotrabalhando para termos ummelhor resultado”, alertou.Outro ponto de destaque paraCalmanovici foi sobre a rela-ção da competitividade e dasustentabilidade. “Comoconciliar essas duas forças?Elas parecem conflitantes,mas não são”, confirma.

Paraoespecialista, éexata-mente através da inovaçãoque épossível competir sendosustentável. “Tem que criaruma lógica nova para conse-guir esta interseção”, analisa.Ele acredita que as estratégiassustentáveis são a nova formadese fazernegócioseasdivideem três eixos.

O primeiro deles é que a

sustentabilidade estimula ainovação,comisso,asempre-saspensamemnovassoluçõesparaatenderaobem-estardaspessoas e que respeitem omeio ambiente. “Antecipa-mos tendências, com tecno-logias limpas, emissão de re-síduos zero, dentre outros”.

SUSTENTÁVELOutroeixodeatuação é que a sustentabili-dade agrega valor ao negócio,por permitir desenvolverprodutos diferenciados e por-queasociedadepassaaenxer-gar as empresas de forma di-ferenciada, por serem am-bientalmente responsáveis.O terceiro e último, eixo ex-posto por Calmanovici, sesustenta de que a sustentabi-lidade aproveita as maté-rias-primas renováveis e al-ternativas e que isso agregaaté dez vezes mais o valor doproduto.

“No nosso último congres-so daAnpei deste ano tivemosmais de 80% dos trabalhosapresentados sobre inovaçãocom foco em sustentabilida-de. É algo que já está aconte-cendo no país e é visível”, co-mentou. Para Calmanovici,isso indica que as empresasque são inovadoras estão nocaminho da sustentabilidade.“Hoje, 2% do faturamentodessas empresas é gasto comsustentabilidade, o que já ébastante significativo”, co-memora.

DesafiosEm sua palestra, Calmanovici citoucomo se deve investir em inovação:- Encontrarmotivação nas empresaspara dar o salto tecnológico necessário- Fortalecer a agenda nacional parapauta e políticas públicas que estimu-lem a inovação empresarialnecessária- Envolver o governo, a uni-versidade e as empresasem um sistema comum.

MARINA SILVA

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SaltonotempoPlataforma nofundo domar paraa Petrobras não éficção. É inovaçãoLuiz Francisco

A necessidade de avançarsempre transformou a Petro-bras emexemplo para omun-do quando o assunto é inova-çãonaáreadepetróleoegás.Odesenvolvimento da empresanesse setor teve início com adescoberta de grandes reser-vas na Bacia de Campos, nosanos 70, e agora caminhaparaum novo e ousado patamar, aexploração de óleo na camadado pré-sal, a quatro mil me-tros de profundidade ou atémais.

Para explorar os poços daBacia de Campos, a compa-nhia teve de desenvolver tec-nologia para exploração emáguas profundas. Os antigosmergulhadores, que só po-diam descer com segurança aaté 300 metros de profundi-dade, foram substituídos porequipamentos de robótica, oque permitiu chegar a trêsmilmetros de profundidade.

Explorar o óleo das rochasdo pré-sal exige um novo pa-drão tecnológico - e é o que aPetrobras está criando, atra-vés de seu Centro de Pesquisa(Cenpes), hoje omaior doHe-misfério Sul, e de parceriascom universidades e institui-ções de pesquisa em todo oBrasil e tambémno exterior.

Em palestra no semináriosobre Sustentabilidade comFoco em Inovação do Agendabahia, quarta-feira, o presi-dentedoCenpes,CarlosTadeuCosta Fraga, disse que aindaeste ano a estatal começará autilizar um equipamento paraseparar o óleoda águano fun-dodomar,oquehojeé feitonoconvés das plataformas.

Também está sendo estu-dada uma nova forma de per-furação, sem o uso de tubula-ções, através da utilização delazer para destruir as rochas.Outra linhadepesquisa sede-bruçasobreousodenanopar-

MicroempresaSegundoCarlos Tadeu, 1/3 da populaçãomundial não conhe-ce nenhuma fontemoderna de energia. Para ele, no Brasiltambémépreciso investirmais em inovação. Ter novas po-líticas públicas de incentivo a essas práticas e tambémnaformação de engenheiros. “A inovação deve visar ousuário final. Amicro e pequena empresa tem

umagrande capacidade de inovar. Nãopodemos esquecer o exemplo da

Microsoft, que começouassim”, lembrou.*

INVESTIMENTOANUAL

de dólares é o que a empresa in-veste em inovação

1,2 bi

tículasparamudarascaracte-rísticas das rochas e facilitar aexploração, permitindo queesses nanomateriais possamtransmitir informações. Hátambéminteresseemveículosteleguiados para inspeção dofundo do mar. Até mesmocentros de produçãono fundodo mar, operados remota-menteecomsegurançaapar-tirdesalasdecontroleemter-ra, estão sendo planejados.

Sonho? Fraga diz que não.“Tudo isso pode estar aconte-cendo dentro de dez anos ouaté menos”, acredita, lem-brando o desenvolvimentovertiginoso que se observa naárea de informática.

“Nossa ambição é mudarradicalmente a forma de pro-duzir em águas profundas”,declara. Ele diz que a Petro-bras tem como visão desen-volver uma nova geração detecnologia no Brasil. Comoaconteceu com a tecnologiacriadaparaaBaciadeCampos,hoje um padrãomundial.

Mix se diversifica comas energias renováveis

APetrobras tambémca-minha em outra direção. Adiversificação no mix deprodutosdacompanhia fazparte de sua estratégia decrescimento e, desse mo-do, as pesquisas em tornode outros tipos de energiaestão na linha de frente dacompanhia.

“Do mesmo jeito que aidade da pedra não acaboupor falta de pedra, a idade

do petróleo não vai acabarpor causa do petróleo”,brincouCarlosTadeuCostaFraga, presidente do Cen-tro de Pesquisas da Petro-bras, o Cenpes. “Por isso,temos a obrigação de tra-balhar na transição deenergias sustentáveis”,completa. A empresaaposta em biocombustí-veis, gás-química, entreoutras fontes.

Fraga destacou o poten-cial do Brasil e da Bahiaquanto à produção deenergias de fontes renová-veis de origem fóssil. Elelembrou que foi na Bahiaque o petróleo foi desco-berto no Brasil e onde seinstalou a primeira refina-ria planejada, observandoque o estado tem grandevocação para óleo e gás eenergias renováveis.

MARINA SILVA

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| 7Salvador, domingo, 28 de agosto de 2011sustentabilidade*

Mais apoiopara ospequenos

Sebrae oferececonsultores efinanciamentocomo diferencial

Maria José Quadros

O Sebrae firmou uma par-ceria comoBancoNacionaldeDesenvolvimento EconômicoeSocial (BNDES)parao finan-ciamento de máquinas a mi-cro e pequenas empresas,dentro do seu programa detecnologia e inovação, o Se-braetec.Oapoiovaisesomaràconsultoria já prestada peloSebrae às empresas de peque-noporte,comvistasaestimu-laracompetitividadeegaran-tir sua sobrevivência.

“OSebraeanalisaa linhadecrédito mais adequada, faz oestudo de viabilidade que seráencaminhadoaoBNDES, faci-litando assim o acesso ao cré-

dito para empresas que preci-sam de máquinas para ino-var”, explicou Ênio DuartePinto, gerente de Inovação eTecnologia do Sebrae.

Segundo Ênio, embora oBrasil seja um dos países maisempreendedores do mundo -ocupa o topo do ranking deempreendedorismo dos paí-ses do grupo G-20 - tem umalto índice de mortalidade deempresas. Entre 22% e 25%dos negócios criados fechamemdois anos. Isso porque boaparte deles surge por necessi-dade, isto é, são iniciativas depessoas que se sentem semopção e empregam todo o seucapital numa pequena em-presa, em vez de resultar daidentificação de oportunida-des concretas.

“Ao contrário do grandeempresário, quando um pe-queno empreendedor ‘que-bra’ fica endividado, com onome ‘sujo’, enfim, compro-mete-se como pessoa física edeixa em dificuldades toda asua família, já que amaioriados pequenos negócios éempreendimento fa-miliar. A dimensãohumana desse qua-dro é muito gran-de”, comentouDuarte Pinto.

CONSULTO-

RIAParamitigaresse quadro, oSebrae oferececonsultoria atra-vés dos agentes lo-cais de inovação,que fazemdiagnósti-

cos e, quando necessá-rio, aproximamospeque-

nosempresáriosde fornece-dores de serviços tecnológi-cos. O Sebrae subsidia em até90% o investimento, e aindaparcela os 10% que cabem aoempreendedor.

Apesardehaveralgumare-sistência, a procura tem au-mentado - este ano, a meta éatingir20milatendimentos.Amaioria está interessada emreformular o produto, paraaumentar a qualidade, baixarcustos e torná-lo mais com-petitivo. No item custos, umadaspráticasmaisrecomenda-das é a adoção de programasde eficiência energética - hásegmentos, como padarias,açougues e cerâmica emque aenergia pode representar até50% dos custos. Em parceriacomo Inmetro e aABNT,oSe-brae orienta o empreendedorsobre comocortar significati-vamente esses gastos.

RiquezaAumentar a participação dasmicro epequenas empresas no Produto In-terno Bruto (PIB) brasileiro. Embora99%dos negócios no Brasil sejam de-senvolvidos por empresas de pequenoporte, como, aliás, acontece no restodomundo, estas contribuem comapenas 20%na geração de riquezaspara o país. Nos países desenvol-vidos, essa participação giraem torno dos 55%, segundodados do Sebrae.

Nova culturaCriar uma cultura da inovação e desustentabilidade nasmicro e peque-nas empresas. Empresários desseporte costumam acreditar que só asempresasmaiores precisam se preo-cupar com isso. O desafio é conven-cê-los de que inovação é essencialpara a sobrevivência da empresa, jáque busca aumentar receita e re-duzir custos, e aproximá-los deconsultorias e fornecedoresde serviços tecnológicos.

DesafioEmvez de estimular novos pequenosnegócios, tornar os que já existeminovadores e sustentáveis, demodoque possam competir nomercado egarantir sua sobrevivência. Amaioriadeles é representada por empreendi-mentos familiares, responsáveis pe-lo sustento de 21milhões de brasi-leiros. Nadamenos do que 52,2%dos empregos no país são gera-dos pormicro, pequenas emédias empresas.

R -C= L (Receita - Custo= Lucro)

ARISSONMARINHO

Para gerente do Sebrae, essa fórmula é turbinada quando a empresa é inovadora:ela se tornamais produtiva, reduz desperdício, descobre novos nichos e temmaiscliente. Esse conjunto de ações resulta em aumento de lucratividade.

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|9Salvador,domingo,28deagostode2011

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Salvador,domingo,28deagostode2011

sustentabilidade*

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ParadonotempoPara especialistas,País não estápreparado para aera da competição

Maria José Quadros

O ciclo de três palestrasprogramadas para a primeiraparte do seminário sobre o te-ma Sustentabilidade, com fo-

co em Inovação, do AgendaBahia,foiencerradocomode-bate Como a Inovação PodeTransformar a Economia daBahia e do País, em que ficouclaro o sentimento dos parti-cipantes. Em resumo, elesconcordaram que há poucasempresas brasileiras inova-doras, a maioria está atrasadaemrelaçãoàssuasconcorren-tes de outras partes domundoe é preciso andar rápido paranão perder competitividade.

Mediado pelo vice-presi-dentedaFederaçãodasIndús-triasdoEstadodaBahia(Fieb),Reinaldo Sampaio, o debatecontoucomaparticipaçãodostrês palestrantes - Carlos Ta-deu Costa Fraga, presidentedo Centro de Pesquisas da Pe-trobras (Cenpes), CarlosEduardo Calmonovici, presi-dente da Associação Nacionalde Pesquisa e Desenvolvi-mento das Empresas Inova-doras (Anpei), e Carlos Fadi-

gas, presidente da Braskem.Participaram ainda o coorde-nador do Fórum de InovaçãodaFieb,ArmandoNeto,eadi-retoradeFortalecimentoTec-nológico da Secretaria deCiência, Tecnologia e Inova-ção, Telma Cortes.

Embora reconheçam oatraso do país nessa área, osdebatedores concordaramque o Brasil oferece muitasoportunidades em desenvol-vimento tecnológico. É que,

ao lado do porte do país, di-versidade e riqueza, ainda hámuito a ser feito.

As empresas ainda não es-tão maduras, mas as medidasde estímulo que vêm sendotomadas pelo governo forambem recebidas por todos osdebatedores. Apesar disso,eles concordaram que aindanão são suficientes. Uma dasquestões a serem atacadas,disseram, é a formação de re-cursos humanos.

Longo caminho

As políticas adotadas nos últimos anospelo governo no campo da inovação trou-xeramalgumavançoparaopaís,masaindaé preciso que os resultados alcançados se-jamaplicados noprocesso produtivo, disseo presidente do Centro de Pesquisas da Pe-trobras, Carlos Tadeu Costa Fraga. No de-bate, ele assinalou que o mais importantenoprocessoé“aaplicaçãodoconhecimen-to gerado e não a geração do conhecimen-to“. Para Fraga, há um grande caminhoainda a ser percorrido até que as políticastraçadas pelo governo se reflitam de fatonas empresas e contribuam para torná-lasmaismodernas e competitivas.

Lentidão nos processos

CarlosEduardoCalmanovici,daAnpei,vêo ambiente macroeconômico do país desfa-vorável para investimentos, especialmenteem inovação, que envolve um alto grau derisco. Ele reconhece que o governovem ten-tandoestimularodesenvolvimentotecnoló-gico, mas diz que é preciso mais, até porqueinovar se tornouumaexigência.Calmanovi-ci considera que o registro de patentes noBrasil é um entrave. Hoje, uma patente levaaté nove anos para ser deferida. AAnpei estálutando para aumentar o número de exami-nadoresdoInstitutoNacionaldePropriedadeIndustrial (INPI) para 300.NosEUA, são cer-ca de seismil e, na China, novemil.

Falta de pessoal

Ao contrário do dirigente daAnpei, o pre-sidentedaBraskem,CarlosFadigas, achaqueoBrasilpossuihojeboascondiçõeseconômi-cas para investir em inovação. Na sua opi-nião,esse investimentodevepassarpelapre-paração de recursos humanos, principal-mentede engenheiros, comasuniversidadescriando mecanismos que confiram a essesprofissionais uma visão de desenvolvimentosustentável. A Braskem, disse ele, tem o ob-jetivodeformar500engenheirosporanopa-ra a indústria petroquímica, além demanterum diálogo com várias frentes e estabelecerparceriascomoutrasempresasparaodesen-volvimento do produto.

Momento de oportunidades

Para o superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e coordenadordo Fórumde Inovação da Fieb, ArmandoNeto, Brasil e Bahia apresentammuitasoportunidadesnaáreade inovação,porquehámuitoaser feito.Elelamentou, porém, o fato de o país não estar preparado, com exceção dasgrandesempresas.“Precisamos introduziroDNAda inovaçãonasmédiasepequenasempresas”,observou.ArmandoNetoadvertiuosmédiosepe-quenosempresáriossobreaurgênciadetomara inovaçãocomoalgoprio-ritário. Conforme preveniu: “É preciso inocular esse ‘vírus’ do bem emnossas empresas”.

Inovação desde o ensino fundamental

MARINA SILVA

Para criar um ambiente propício ao desenvolvimento tecnológico e àinovaçãonopaís é preciso criar uma cultura. Isso passa pela educação, viaa introdução científica nas escolas de ensino fundamental. É o que defen-deu, no debate, a diretora de Fortalecimento Tecnológico da Secretaria deCiência, Tecnologia e Inovação (Secti), Telma Cortes, que representou osecretário Paulo Câmera. Ela disse que o governo do estado tem feito a suaparte,atravésdoProgramadeIncentivoàInovaçãoTecnológica(Inovatec)e dos editais para pesquisadores e bolsistas lançados pela Fapesb, a Fun-dação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia.

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Amarca da BahiaAmado mostraque cidades comoSalvador tambémpodem se reciclar

Luiz Francisco

Presidente da Ogilvy, ter-ceira maior agência de publi-cidadedoBrasil, obaianoSér-gio Amado defendeu ummaior investimento públicoem infraestrutura como for-ma de alavancar a marca Ba-hia, que, segundo ele, “vemsofrendo abalos”.

“Ou temos umprojeto paraa marca Bahia, apoiado pelogoverno, ou não temos nada.O projeto para a marca Bahiadeve serumprojetodeestado,não um projeto de governo”,disse Amado, durante a suapalestra no Agenda Bahia.

Em sua apresentação,Amado ressaltou a necessida-de de se ter disciplina para secriar umamarca e citou comoexemplo o investimento dogoverno da Colômbia na di-vulgaçãodocaféproduzidonopaís. Segundoopublicitário, oestado definiu um investi-mento anual de US$ 25 mi-lhões para divulgação do pro-duto no exterior, o que tornouo café colombiano uma refe-rência de qualidade no exte-rior.

“Apesar de o Brasil pro-duzir um café de melhorqualidade, nunca conse-guimos comercializar oproduto com os preçosda Colômbia. Para sesustentar uma marcasão necessários disci-plina e investimentosconstantes, como ogoverno colombianovem fazendo”, explicouAmado.

ANTES DE DIVULGAR

Segundo o publicitário, osrecursos tangíveis paraconstrução da marca de umestado, ao contrário do queacontece com produto con-vencional, que se baseia empilares como preço e serviço,estão centrados em recursos

como infraestrutura, segu-rança, urbanismo, cultura,educaçãoeoportunidadespa-ra as pessoas e para quem in-veste e quer viver no estado.

“Não adianta fazer comu-nicação sem termos infraes-trutura. A marca deve ofere-cer uma realidade maior doque as expectativas criadas. ABahiaprecisacorrigirasques-tões estruturais para oferecero melhor produto a seus in-vestidores”.

O publicitário tambémdestacou que a capital baianatemmuitosproblemasque in-fluenciam negativamente aconsolidação de sua marca.“O trânsito aqui é caótico, acidade está suja, as ruas e ave-nidas estão esburacadas”,disse o publicitário. Apesardas críticas, Sérgio Amadodestacou que a capital baianaainda é bem percebida em di-versos aspectos como perso-nalidade, confiança e fidedig-nidade. “Uma marca para serconsolidada demora muitotempo, pelomenos 20 anos. Épreciso esquecer o passo e tervontade política.”

Comoexemplodeconstru-ção de marca com sucesso,Amadotrouxecomocaseaex-periência de Porto Rico que,há 50 anos, conseguiu cons-truir o seu posicionamento esetornouumdosgrandesdes-tinos turísticos do mundo.“Neste caso, a experiência foium sucesso, porque o estadofez o trabalho dele primeiro,preparando a infraestrutura.Depoisdeste trabalho, foi fácilpara a comunicação construira outra parte”, disse Amado.

A campanha para lança-mento do projeto, criada pelaagência Ogilvy, trouxe o mú-sico violoncelista Carlos Ca-sals para a campanha de lan-çamentodopaís comodestinoturístico,oquedespertouoin-teresse damídia internacionale, rapidamente, o país se tor-nou um dos principais desti-nos turísticos daAmérica. Pa-ra comemorar os 50 anos desucesso do roteiro turístico, aagência retomouacampanha,agora trazendo o fotógrafo El-liott Erwitt, um dos mais fa-mosos fotógrafos americanos.

DesafiosPara Sergio Amado, Salvador deve aproveitar aCopa de 2014 para ter o seu legado. “Temos poucomais de 50 quilômetros de litoral, um patrimôniohistórico reconhecidomundialmente emuitasatrações turísticas, além damusicalidade e dos ter-reiros de candomblé, que encantam os visitantes. Oproblema é que a cidade não oferece segurança, otrânsito é um dos piores do Brasil, as ruas e aveni-das estão sujas e esburacadas”, afirmou. SegundoAmado, a hora é de unir forças pela cidade. “Asmarcas Bahia e Salvador, que têm força e ape-lo popular impressionantes, voltarão a terum grande destaque e poderão ser‘vendidas’ commuita facilidade”,disse Amado.

*1 Conhecer o público alvo: Aempresa precisa saber quais osdesejos e necessidades dos seus

consumidores

PLANEJAMENTOESTRATÉGICO

2Ser um bom produto: Para queisto ocorra, é preciso investirem tecnologia, inovação e

adequação à realidade dos locais ondeo produto será comercializado

3Investimentos em comunicação: Aconstrução da imagem de umamarca requer disciplina e

investimentos constantes empublicidade, porque o produto precisaestar em evidência para mostrar osseus diferenciais.

ARISSONMARINHO

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ARISSONMARINHO

O fator humanoInovação édebatida eespecialistasquerem ação

Luciana Rebouças

Umdebatemarcadopordi-vergências de ideias: foi assimque se encerraram as discus-sõesdoAgendaBahia,realiza-

do na quarta-feira passada.Enquanto alguns especialistasacreditam que a inovação e asustentabilidade já são pro-cessos em prática no país,houve quem discordasse eacreditasse que ainda não secolocou processos de inova-ção em prática porque o pen-samento está engessado emprocessosrígidos,comosãoosprocessos industriais.

O debate foi mediado pelodiretor de redação do COR-

REIO, Sergio Costa, e contoucom a presença e a participa-ção do arquiteto Antônio Ca-ramelo, do assessor de sus-tentabilidade do grupo Coel-ba/Neoenergia, André Gon-dim, do diretor-executivo doGad'Innovation, Charles Be-zerra, e da coordenadora deInovação da Ufba, CristinaQuintella.

Costa questionou o que fal-ta para uma terra como a Ba-hia, tão cantada em criativi-

dade, avançar nesta questãoda inovação. Também foi alvododebateocustodosprodutosmais sustentáveis, ou seja, seseria possível a população debaixa e média renda fazer usodeles. Nesse ponto, GondimressaltoucomoaCoelbausaosprogramas sustentáveis parafavorecer a população maiscarente do estado.

Caramelo focou sua apre-sentação no uso dosmateriaissustentáveisecomoépossível

economizar. Já Bezerra, comumaexplanaçãomais filosófi-ca, falou sobre a necessidadede atingirmos um nível maisalto de ideias inovadoras. JáQuintellaapresentouideiasnaárea acadêmica.

“E também somos um jor-nal que inovou”, reforçouCosta no final do debate. OCORREIO alcançou este mêsde agosto a média de 60 milexemplarespordiaeestáentreos 20maiores jornais do país.

Gondim: umnovo papel para empresas

Paraoassessordesustentabilida-de do grupo Coelba/Neoenergia,André Gondim, as empresas preci-sam cumprir o seu papel com rela-ção às questões sustentáveis e aCoelbajáatentouparaestademandahá alguns anos. A empresa fez esteano investimento de R$ 1,3 bilhão,sendo que metade desse recurso édestinada a melhorias no sistema eao uso eficiente da energia elétrica.

“As pessoas me perguntam porque queremos que os baianos con-sumammenos energia.Mas só que-remos é que as pessoas consumama

energia de forma adequada”, aler-tou Gondim. Ele enumerou váriosprogramas da Coelba, como a trocade geladeiras usadas por geladeirasnovas,quechegaareduziraté70%acontade luzde famíliascarentes, eovale-luz, que tem recolhido mate-rial reciclável e dado descontos naconta de luz como contrapartida.

ACoelba tambémtemoprimeiroprojeto de Pesquisa e Desenvolvi-mento de Sustentabilidade no setorelétrico,parabuscarsoluçõesnadi-minuição dos riscos de 22 processosda empresa.

Caramelo: resultado provado emcasa

O arquiteto Antônio Caramelocomentou que ouvia as pessoas fa-laremsobreobrassustentáveis,masfoi aopartir para a prática que com-provou que o investimento emma-teriais verdes valemesmo a pena.Oarquiteto começou a construção deum escritório sustentável que, se-gundo ele, terá retorno em doisanos. Suas contas de luz diminuirãoe o gasto com água também. “Temgente que diz que a implantação deuma obra sustentável custa 10%,15% ou até 20% a mais. Para mim,não estava claro e resolvi começar a

fazer para ver quanto custa”, con-tou sobre a obra do seu escritório.ParaCaramelo,esse tipodematerialtambém pode alcançar a populaçãodebaixarenda,àmedidaqueaspes-soas forem aderindo a eles e seuspreços caírempor causa do aumen-to de produção. Caramelo ainda foienfático ao defender que a susten-tabilidade é uma questão de atitudee apostou na formação de novosprofissionais na área, contratando50estagiários. “Temque se fazer al-gumacoisa,comatitudesagora,quemelhorem o planeta”, ponderou.

Quintella: ‘Ainda somos analfabetos’

A coordenadora de Inovação daUniversidade Federal da Bahia (Uf-ba), Cristina Quintella, começousua exposição dizendo que , quandoo assunto é inovação, ainda somosanalfabetos no geral, sendo semia-nalfabetos quando se trata da aca-demia. “Temos um lapso, porquetemos uma ideia, registramos a pa-tente,masnãosabemosenão temosincentivos para colocar em práticadepois”, analisou Quintella. Para acoordenadora, os incentivos eminovação estão no empreendedo-rismo individual, mas quando se

trata de transferir tecnologias, osbaianos aindadeixammuito adese-jar. Para Quintella, é preciso olharparaatecnologia,compreocupaçãoparaasestruturaseosfinanciamen-tos. A coordenadora também res-saltou as deficiências da própriaacademia, quando se deparou comalunos semsaber escreverpatentes,ou analisar aspectos mais burocrá-ticos, como contratos. “Tem queaprender a colocar a patente, fazerum relatório. Eu tenho fé no nossoestado,queelevaidaravoltaporci-ma”, ponderouQuintella.

Charles Bezerra: ‘Inovação é gente’

O diretor-executivo do Gad'In-novation, Charles Bezerra, foi umadasvozespolêmicasnodebate.Paraele, ainda estamos em um estágiomuitobaixonos avançosdeproces-sosde inovaçãoemais sustentáveis.“Por causa da Revolução Industrial,nos acostumamos aos processos rí-gidos, a um pensar industrial. Aspessoasquerempensarenãoconse-guem, porque o poder está nos pro-cessos”, analisou.

Para o executivo, é necessário tercoragem para se pensar algo novo edesbloquear a mente. “Inovação é

gente.Temquecolocaros setoresdeRecursos Humanos para pensar co-mo maximizar essas pessoas parater ideias originais e isto é uma re-volução cultural”, ponderou.

ParaBezerra,oestágioemquees-tamosestácomprometidoea socie-dadeaindanãoentendeuqueéatra-vés das questões e do diálogo que sechega a novas ideias. “Já se pensouem até certificar as empresas comoinovadoras. Se inovação tem a vercom o futuro, como vamos avaliaressas companhias no presente?”,criticou.

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CORREIO

| 13Salvador, domingo, 28 de agosto de 2011sustentabilidade*

Ações conectadasResponsabilidadedeve ser de todosjuntos por umasociedade melhor

Luciana Rebouças

As responsabilidades so-ciais empresariais não podemse esgotar em ações indivi-duais, já que essas ações sozi-nhas não irão operar o tama-nho das mudanças que a so-ciedadenecessita.Foi comes-seenfoquequeopresidentedoInstituto Ethos, JorgeAbrahão,abriuapalestraRes-ponsabilidade Social Empre-sarial: Experiências em Ino-vação para a Sustentabilida-de, durante o Agenda Bahia.Abrahão defendeu durantetoda a sua exposição que osempresários e a sociedadepensem em ações para trans-formá-las em políticas públi-cas,porquesóassimelas terão

o alcance desejado.Abrahão também apresen-

touexemplosdeprojetoscon-cretos já desenvolvidos pelosgruposde trabalhono Institu-to Ethos. Um deles é o Cone-xões Sustentáveis São PauloAmazônia,quemostraparaosconsumidores paulistas o im-pacto do seu consumo emou-tra região do país.

CONSUMO “Percebemosque a carneque consumíamosemSãoPaulocontribuíaparaodesmatamento na Amazônia,amesmacoisa comamadeira.Ao mostrarmos isso para osconsumidores,ecomaadesãodos supermercados, conse-guimos mudar esses hábitosdeconsumo”,comentouoes-pecialista.

Porém, as ações não devemser desenvolvidas apenas naesfera verde. “Muitas empre-sasatuamapenasnopilarver-de e acabam esquecendo asações de integridade e detransparência”, avalia. Por

causa disso, o Instituto Ethosdesenvolveu três plataformasde atuação: a inclusiva, a ver-deearesponsável.“Porinclu-siva, entende-sequestões co-mo a erradicação da pobreza,tida como prioritária. Quere-mos também dar acesso acondições dignas de vida”,elenca Abrahão.

DESIGUALDADE O InstitutoEthosapostanasmesmasprá-ticas dentro da própria insti-tuição.Umdosmodelosénin-guémnaentidade terumsalá-rio 14 vezes maior que o fun-cionário que ganhamenos. “Adesigualdadeéumdosproble-mas mais graves. Temos umapesquisa que demonstra que,independentemente do paísser pobre, ou ser rico, o quegeraproblemassociaiséaam-plitude desta desigualdade”,analisa Abrahão. Para ele, en-quanto não encararmos estaquestão, o Brasil terá muitosproblemasparaenfrentar,co-mo os de violência.

Outro convite que o presi-dente do Ethos fez foi para ascidades se inscreverem noprograma Cidades Sustentá-veis, que irá obter compro-missos dos candidatos políti-cos nas próximas eleições emensurar o cumprimentodessas metas em indicadores,permitindoatodaapopulaçãoacompanhar e fiscalizar seudesempenho político.

MOBILIDADE “Hoje, em SãoPaulo,gastamosumamédiade2 horas e 43 minutos no trân-sito diariamente. Os candida-tos à Prefeitura terão que secomprometer a diminuir oproblemadamobilidadeurba-na e serão cobrados por isso”.

Abrahão ressaltou que oInstituto Ethos é responsávelpor incentivar e animar pro-cessos,masnãopelosprópriostrabalhos que são desenvolvi-dos pelas empresas que estãoassociadasaoInstituto.Hoje,oEthosécompostopor1.437as-sociados— 9%noNordeste.

Temos quetransformaras práticasempresariaisem políticaspúblicas,porque açõesindividuaisnão alcançamo tamanho damudançanecessária

DesafiosPara o presidente doInstituto Ethos, JorgeAbrahão deve-se au-mentar a repercussãodas políticas sociais,para ele, omaior desa-fio do poder público. Eainda repensar omo-delo de consumo e ograu de produção,considerado insus-tentável para oInstituto Ethos

PlanejarAbrahão defendeu aindaplanejar avanços e açõesem cada área das empre-sas, como para os clientes,funcionários, meio ambien-te. Outras ações:- Ampliar a atuação paraalém da área verde, que é amais visada pelas empre-sas atualmente- Implantar ações paraampliar a integridadee transparências nasempresas

ARISSONMARINHO

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VIP*

Frank Alcântara,diretor de marketinginstitucional daBraskem, com PedroDourado, da Uranus

Luis EduardoMagalhães,sócio-administradorda Rede Bahia

Maurício Fonseca eGuilherme Lopes

Maurício Castro,diretor da Fieb

Darcles Andrade, da Petrobras, ePaulo Sobral, diretor da Rede Bahia

FOTOS: MARINA SILVA

CORREIO. O JORNAL LÍDERDE CIRCULAÇÃODA BAHIAE OMAIS PREMIADO

ATarde46.236*

60.121*

Fontes:

*IVC Julho 2011.

** Fonte Ipsos: EstudosMarplan EGM -Grande Salvador �

Julho 10 � Junho 11 � Base: Ambos, 10/+ anos (2.778.000 pessoas)

Pesquisa do Ipsos Marplan revela que o Correio é o jornal commaior número de

leitores em Salvador. Líder em circulação, segundo o IVC*, o Correio coleciona

prêmios desde sua reformulação:

• Prêmio Associação de Magistrados Brasileiros de Jornalismo | Dezembro/2008 (reportagem/Nordeste)

• Prêmio Colunistas | Agosto 2009 � julho 2011 (veículo impresso do ano)

• Prêmio Imprensa Embratel | Novembro de 2009 (fotografia)

• INMA (International Newspaper Marketing Association) | Maio de 2009 e Abril de 2010

• Society for News Design � SND � 03 anos consecutivos | Janeiro de 2009, 2010 e 2011

• Vencedor da categoria Dom Helder Câmara de Imprensa do prêmio CNBB | Julho de 2011

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CORREIO

| 15Salvador, domingo, 28 de agosto de 2011sustentabilidade*

AmauryPekelman, daBraskem, comLuiz AlbertoAlbuquerque,diretor-executivodo CORREIO

Marcelo Lyra,da Braskem,Dante Iacovonee Carlos Fadigas:conversa nointervalo

Dênio Cidreira,do ConsórcioFonte Nova,com JoãoGomes, da RedeBahia

Lauro Ramos,diretor, e EdivalPassos,superintendente doSebrae Bahia

Marketing do CORREIO:Fernanda Malaquias, agerente AlessandraLessa, Gisele Padovane Aline Pimentel

Sérgio Amado comRenata Magalhães,da Rede Bahia, e oempresário GabrielCorreia

Nilson Sarti, presidente daAdemi, com Sergio Costa eWilson Maron, diretoresdo CORREIO

MARINASILVA

MARINA SILVA

MARINA SILVAARISSONMARINHO

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

MARINA SILVA

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