AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

31
AGLOMERANTES AÉREOS CAL E GESSO Profº Eliomar F. Bastos

Transcript of AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

Page 1: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

AGLOMERANTES AÉREOSCAL E GESSO

Profº Eliomar F. Bastos

Page 2: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

AGLOMERANTES

Material ligante, geralmente pulverulento, que promove a união entre os grãos dos agregados. Os aglomerantes são utilizados na obtenção de pastas, argamassas, e concretos.

Classificação dos Aglomerantes Hidráulico Simples Hidráulico Composto Misto Aéreos

Page 3: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

AGLOMERANTES

Os principais aglomerantes são: Cimento; Cal Aérea; Cal Hidráulica; e Gesso.

Page 4: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

AGLOMERANTES AÉREOS

Endurecem pela ação química ao CO2 do ar.

Exemplo: Cal Gesso

Page 5: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

CAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL

A cal é um ligantes aéreo, pois possui baixa resistência à exposição continuada à água, enquanto os cimentos são ligantes hidráulicos, adequados para o uso em obras hidráulicas.

Seu endurecimento, em comparação ao cimento portland e gesso, é muito mais lento, pois depende de difusão do CO2 para o interior do produto.

Conceito como tempo de pega, fundamental para o cimento e gesso, não tem tanta importância para a cal.

Page 6: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

CAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL

A resistência mecânica de produtos correntes que utilizam cal como ligante são muito inferiores aos obtidos com o uso de cimento portland, pois, por diversas razões, é difícil produzir sistemas com baixa porosidade.

Essa característica também leva os produtos correntes que utilizam cal a apresentarem módulo de elasticidade inferior em comparação aos que utilizam cimento portland. Uma propriedade importante quando se tratam de argamassas, por exemplo, pois a redução do módulo de elasticidade significa menor rigidez à argamassa com cal, o que potencialmente contribui para sua maior durabilidade.

Page 7: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

O QUE É A CAL?

A cal é um ligante inorgânico , produzido a partir de rochas carbonáticas, composto basicamente de cálcio e de magnésio, que se apresenta na forma de um pó fino.

Page 8: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

O QUE É A CAL?

Existem duas formas de cal no mercado: Cal virgem e Cal hidratada.

Page 9: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

CAL

A cal virgem é constituída predominantemente de óxidos de cálcio e magnésio, enquanto a cal hidratada, de uso mais comum na construção civil, é constituída de hidróxidos de cálcio e de magnésio, além de uma pequena fração de óxidos não hidratados. Além dessas fases principais, outras fases estão presentes, como os carbonos de cálcio e magnésio. Uma das características mais importantes na engenharia é a sua área superficial específica, cerca de 10 vezes maior que a dos cimentos. Em comum com os outros ligantes inorgânicos - gesso e cimentos – há o fato de ser solúvel em água.

Page 10: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

PRODUÇÃO DA CAL

O processo industrial, independentemente do tipo de forno, consiste nas seguintes operações:

Extração da matéria prima e britagem; Seleção da faixa granulométrica ótima e

transporte para o forno; Calcinação e controle do grau de calcinação; Moagem adequada para cada tipo de

hidratador; Armazenamento da cal virgem; Hidratação e moagem; Ensacamento e distribuição para

comercialização;

Page 11: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

CAL – MATÉRIA PRIMA

As rochas carbonáticas formaram-se na crosta terrestre a partir do acúmulo de sedimentos de origem mecânica e biológica ou como resultado de uma reação química, que, consolidando-se, compactando-se e alterando-se ao longo da eras geológicas, deram origem às rochas sedimentares, calcários e dolomitos, e à rocha metamórficas, o mármore.

Segundo dados do DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral, 2005) as jazidas estão situadas nos Estados do nordeste (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia), em Minas Gerias e em São Paulo e as jazidas de dolomito, no Espírito Santo, São Paulo e Paraná.

Page 12: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

CICLO DA CAL

A cal hidratada é produzida em duas etapas: a primeira é a calcinação da matéria prima, e a segunda, a hidratação da cal virgem. No emprego como aglomerante, é suspensa em meio aquoso e, ao longo do tempo, após evaporação da água em que foi misturada, endurece em presença de umidade, por reação com o anidrido carbônico do ar que penetra nos vazios deixados pela água que evapora.

Page 13: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

CICLO DA CAL

Page 14: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

CAL VIRGEM – REQUISITO E CRITÉRIOS DE QUALIDADE

A norma NBR 6453 (ABNT, 2003) introduziu três tipos de cal virgem, um função do teor de óxidos totais na base não volátil, qualificando , assim, o nível de pureza da matéria prima, teores de anidrido carbônico, compatibilizando-a com a norma de cal hidratada e água combinada.

Page 15: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

CAL VIRGEM – REQUISITO E CRITÉRIOS DE QUALIDADE

Exigências Físicas

Page 16: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

CAL HIDRATADA - REQUISITO E CRITÉRIOS DE QUALIDADE

A norma NBR 7175 específica três tipos de cal hidratada, diferenciando-as quanto ao teor de óxidos totais na base não volátil, teor que indica a pureza da matéria prima empregada na produção; teores de anidrido carbônico, diferenciados se a cal hidratada foi coletada na fábrica ou no depósito admitindo, assim, a possibilidade de carbonatação no armazenamento.

Page 17: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

CAL HIDRATADA - REQUISITO E CRITÉRIOS DE QUALIDADE

Requisitos Químicos

Requisitos Físicos

Page 18: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

APLICAÇÕES

O principal mercado da cal hidratada atualmente é a confecção de argamassas, produto cuja elevada área específica auxilia no comportamento no estado fresco (reologia e retenção de água) e contribui para o endurecimento no momento em que a argamassa já não apresenta mais retrações significativas. No entanto, a cal possui outras aplicações interessantes na construção civil.

Page 19: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

APLICAÇÕES

Tinta à base de calÉ conhecida a pintura executada com a aplicação de leite de cal, uma suspensão preparada a partir de cal virgem ou hidratada, denominada caiação. Sabe-se que seu emprego já existia na cultura egípcia, foi característica do Brasil colonial e é, ainda hoje, aplicada em aldeias, vilas ou cidades da Europa Central, do Norte da África, da Grécia, dos Estados Unidos, do sul da Espanha e da Itália.A caiação é de baixo custo. Sua aplicação não é indicada somente sobre superfícies lisas, como gesso, madeira, metais ou repintura sobre outras superfícies pintadas.

Page 20: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

APLICAÇÕES

Sua aplicação é indicada em superfícies rugosas onde a camada de pintura adere por ancoragem.

A durabilidade da caiação é sensivelmente reduzida em zonas industriais onde predomina a chuva ácida, que dissolve a camada de pintura constituída de uma camada de carbonatos de cálcio e de magnésio.

Page 21: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

APLICAÇÃO

Bloco sílico-calcárioEm nosso país, os blocos sílico-calcário são produzidos desde 1976. esse produto é submetido à especificação NBR 14974, que prevê diferentes blocos destinados à aplicação em alvenarias estrutural e não estrutural, com resistência à compressão variando de 4,5 a 35,00 Mpa.

Page 22: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

A aplicação nacional está voltada para revestimentos de alvenaria, componentes com blocos, painéis para forros e divisórias. Alem de proporcionar multiplicidade de escolha de materiais e componentes que preenchem requisitos particulares da edificação, o uso do gesso de construção vem ao encontro da busca de soluções para duas necessidades da atualidade: a de economizar combustível e a de preservar o meio ambiente.

Page 23: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

GESSO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Por outro lado, há necessidade de tomada de consciência do problema, em nosso País, do acúmulo de sulfatos de cálcio produzidos pela indústria. A produção de fertilizantes , por exemplo, acumula 10mil t/dia do fosfogesso a céu aberto que, pela sua solubilidade, contamina a água subterrânea com sulfatos, agressiva a fundações em concreto.

Page 24: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

O QUE É GESSO DE CONSTRUÇÃO?

O gesso de construção é um material produzido por calcinação do minério natural gipso ou de sulfato de cálcio hidratado residual, constituído essencialmente de sulfatos de cálcio-hemidrato, anídricas solúvel e insolúvel – e gipsita procedente da matéria prima.

Como os gessos apresentam velocidade de pega e endurecimento muito mais rápida que o cimento portland e a cal hidratada, em algumas variedades a reação se completa antes de uma hora. Para haver maior flexibilidade na aplicação, é comum a utilização em conjunto com aditivos retardadores.

Page 25: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

MECANISMO DE HIDRATAÇÃO

A hidratação é um fenômeno químico no qual o material anidro em pó é transformado em dihidrato, resultado da reação química do pó com a água. O gesso misturado com água suficiente forma uma pasta homogênea que, após poucos minutos, torna-se consistente e trabalhável. A consistência aumenta até o endurecimento, quando ganha resistência, fenômeno consequente à hidratação das espécies químicas presentes.

Page 26: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

APLICAÇÕES

Revestimento em pastas de gesso;

Revestimentos com pastas em gesso têm grande mercado, pois simplificam o processo de revestimento de paredes. Em primeiro lugar, quando aplicados na forma de pasta, oferecem uma superfície branca, que facilmente é coberta por pintura e acabamento liso, dispensando a aplicação de massa corrida, necessária quando a tinta é aplicada sobre base de argamassa. Em segundo lugar, o gesso se hidrata rapidamente, encurtando o período entre a aplicação e o acabamento com a pintura, permitindo aumentar a velocidade da obra.

Page 27: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

APLICAÇÕES

Page 28: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

APLICAÇÕES

Gesso acartonado;As chapas de grandes dimensões finas de gesso revestias externamente por duas lâminas de papel, são denominadas comercialmente no Brasil por Dry Wall. O papel kraft que reveste serve de reforço para os esforços de tração, o que permite o manuseio seguro das chapas de grandes dimensões e confere resistência a esforços de uso. A NBR 14715 – parte I estabelece os requisitos para as chapas de gesso para drywall e a NBR 14715 – parte II estabelece os métodos de ensaio.

Page 29: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

APLICAÇÕES

Page 30: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

PATOLOGIA

A umidade é prejudicial ao gesso dada a solubilidade da gipsita. Pela ação de ciclos úmido-seco do ambiente, a gipsita da superfície se dissolve e precipita continuamente, mas os cristais apenas se depositam sobre a superfície e não têm o mesmo embricamento da primeira formação. A superfície torna-se, assim, pulverulenta. A indústria brasileira não produz gessos em pó especiais para ambientes úmidos.

Page 31: AGLOMERANTES AÉREOS cal e gesso

PATOLOGIA