Agricultura, pecuária e território. Contribuições à história agrária de Campinas - 1774-1920
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AGRICULTURA, PECUÁRIA E TERRITÓRIO: CONTRIBUIÇÕES À HISTÓRIA
AGRÁRIA DE CAMPINAS (1774/1920)
MIRZA PELLICCIOTTA1
Na história da formação do Estado de São Paulo, o território paulista foi, por vários séculos,
desprestigiado frente à metrópole portuguesa em função de suas debilidades mercantis. O seu
longo passado de pobreza na perspectiva do mundo colonial lusitano teria sofrido, no entanto,
um revés em meados do século XIX quando a emergência da economia cafeeira se mostrou
capaz de transformar o território paulista na principal economia agro exportadora do Império
Brasileiro, alterando-se drasticamente os caminhos e perspectivas de desenvolvimento há
muito projetados para esta porção do mundo colonial e posteriormente do império brasileiro.
A trajetória de formação do território paulista, por isso mesmo, carregou em seu interior uma
cadeia sequenciada de discursos críticos aos próprios níveis de desempenho econômico
(frente a outras regiões coloniais) que, em vários sentidos, contribuiu para sedimentar as
marcas e sentidos centenários de pobreza e de crise, mesmo em contextos no qual já eram
claros os sinais de desenvolvimento mercantil. A economia cafeeira, de fato, não emergiu no
curso do século XIX de forma aleatória e externa ao mundo paulista, mas pelo contrário; sua
constituição se deu internamente, alimentada por mudanças paulatinas nas formas de
organização produtiva e alicerçada, antes de tudo, na produção de abastecimento e mercado
interno, dinâmicas por séculos secundarizadas, ou mesmo contidas, pela administração
metropolitana.
A historiografia brasileira das últimas décadas tem promovido uma verdadeira varredura no
estudo das dinâmicas de abastecimento e de desenvolvimento do mercado interno em
diferentes regiões brasileiras nos períodos colonial e imperial, razão da constituição de uma
grande área de pesquisa que há cerca de quarenta anos se definiu como “história social da
agricultura”, hoje em sua terceira geração de historiadores (LINHARES, 1979; LINHARES e
SILVA, 1981; CARDOSO, 1982; CASTRO, 1987; FRAGOSO, 1992; FLORENTINO,
FLORENTNO E GOES, 1997; MOTTA e GUIMARÃES, 2007).
No âmbito do território paulista, a presença desta perspectiva de abordagem, somada a uma
vertente mais recuada de estudos originada na FFLCH/USP e na Escola de Sociologia e
Política entre os anos de 1930 e 1940 - origem das obras de Sérgio Buarque de Holanda
(HOLANDA, 1945; HOLANDA, 1994; HOLANDA, 1986), Antônio Candido (CANDIDO,
1964), Maria Izaura Pereira de Queiroz (QUEIROZ, 1973), entre outros - tem contribuído de
maneira profunda para uma nova compreensão das trajetórias de formação e transformação
paulista, mantendo-se atenção especial sobre a existência de uma centenária e singular história
agrária.
As temáticas que se desdobraram desta grande perspectiva de abordagem dizem respeito aos
processos de ocupação e parcelamento da terra, às dinâmicas de abastecimento, ao
desenvolvimento das relações mercantis no universo agrário, à transformação dos processos
produtivos, à constituição das bases de uma sociedade escravista, ao teor das relações
escravistas, aos processos de transição do trabalho escravo para o trabalho livre, ao
desenvolvimento das relações capitalistas no campo, ao desenvolvimento urbano em direta
1 Universidade Estadual de Campinas, Doutora em História.
sincronia com as transformações rurais, à constituição de uma sociedade livre, às
transformações do Estado, às migrações e transformação do território rural e urbano, entre
outras. De forma concomitante, na contramão dos acelerados processos de urbanização que
nas últimas décadas tem promovido novas configurações e dinâmicas territoriais no Estado de
São Paulo e no Brasil como um todo, o aprofundamento alcançado pelas pesquisas em
história agrária vem oferecendo contribuições importantes ao estudo dos municípios,
auxiliando-os a identificar, resgatar e compreender seus caminhos singulares de constituição,
transformação e desenvolvimento.
Este projeto tem como intenção reunir, articular e discutir estudos que no curso das últimas
décadas trabalharam com a trajetória - e história – agrária do município de Campinas, num
esforço de compreender seus caminhos historiográficos, sistematizar referências e reunir
fontes iconográficas e documentais significativas.
O município de Campinas, de fato, vem merecendo uma ampla variedade de trabalhos
acadêmicos acerca dos seus caminhos de constituição e transformação social, econômica,
cultural, territorial, valendo observar que em duzentos e trinta e oito anos de história
institucional, a porção urbana deste município só ganhou relevância efetiva (em escala
territorial) nos últimos cinquenta anos. Por outro lado, foi no curso das décadas de 1920/1990,
que Campinas deu origem a oito novos municípios; as porções territoriais que deram forma a
Americana, Sumaré, Valinhos, Nova Odessa, Paulínia, Hortolândia, parte de Cosmópolis e de
Holambra achavam-se integradas ao termo da Vila de São Carlos desde 1797, questão que nos
leva a considerar que foi em meio a este grande território que, no curso do tempo ganhou
forma inúmeros bairros rurais, lavouras de abastecimento, canaviais, engenhos, senzalas,
grandes propriedades cafeicultoras, colônias de trabalhadores, núcleos coloniais privados e
estatais; na prática, comunidades agrárias, unidades produtivas, complexos agrícolas que em
diferentes tempos configuraram redes produtivas específicas com seus eixos viários, sistemas
de escoamento e modalidades hegemônicas de trabalho. Nas palavras de Claudia Gomes de
Siqueira, do Núcleo de Estudos Populacionais da Unicamp:
“...um dos municípios paulistas com maior dinamismo econômico e demográfico
(...) em todo o período de 1850 e 1900, ao contrário dos demais municípios
selecionados, Campinas não sofreu nenhuma perda territorial, seja através da
emancipação de distritos ou perda de distritos para outros municípios – o que
contribuiu para que Campinas mantivesse um certa “coesão territorial”, que
perdurou até a década de 1920, quando Campinas sofre seu primeiro
desmembramento municipal” (SIQUEIRA, 2009: 200/2001)
O antigo município de Campinas - para nos ater ao período de sua constituição, no final do
século XVIII, até seu primeiro desmembramento, no começo do século XX2 - contou com
atividades, processos e dinâmicas associadas às chamadas economia mercantil de
abastecimento, economia açucareira e economia cafeeira, sistemas ou ainda, complexos
agrários que, para além da esfera local, promoveram mudanças estruturais na centenária
história paulista. Mas, mais do que isso, nós podemos identificar na trajetória política deste
município a presença dos mesmos processos na criação da Freguesia de Nossa Senhora da
Conceição das Campinas do Mato Grosso, em 1774 (economia mercantil de abastecimento);
2 Campinas, entre sua criação e o primeiro desmembramento em 1924, deu origem a 6 distritos: o distrito do
Carmo e Santa Cruz (1870), de Sousas e de Valinhos (1896), de Vila Americana (1904), Cosmópolis (1906) e de
Rebouças/Sumaré (1906), estes três últimos originados de núcleos coloniais (espontâneos e oficiais) criados em
seu território.
na constituição da freguesia em Vila de São Carlos, em 1797 (economia açucareira) e na
ocasião da elevação da vila à condição de cidade de Campinas, em 1842 (economia cafeeira).
Estes sistemas/complexos agrários, por sua vez, dividiram espaço no território de Campinas
em diferentes intensidades e períodos. A produção mercantil de abastecimento, em particular,
manteve relações de complementaridade com a economia açucareira, ainda que num percurso
de concentração fundiária e fortalecimento das relações escravistas. Já a emergência da
economia cafeeira, que acelerou a concentração fundiária e ampliou significativamente o
plantel de escravos transformando Campinas no centro mais populoso de escravos da
Província de São Paulo na década de 1870, fragilizou, ou mesmo desestruturou as bases da
antiga economia mercantil de abastecimento, disseminando um outro padrão de relações
produtivas.
Interessa-nos, então, pensar sobre estes fenômenos de sobreposição e permanência, de
transformação e recriação na constituição do universo agrário de Campinas entre os séculos
XVIII e começo do XX, à luz de estudos de diferentes áreas de conhecimento (história
econômica, história social, demografia, geografia, arquitetura, entre outras), na busca de
adentrar de maneira mais profunda nas esferas internas de gestação, desenvolvimento e
entrelaçamento destes sistemas/complexos, mantendo a atenção sobre suas dinâmicas de
mercado, alterações fundiárias e transformações das relações de trabalho.
FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DAS CAMPINAS DO
MARTO GROSSO (1774/1797)
A perspectiva de tomar o antigo município de Campinas como base territorial dos processos
de formação, desenvolvimento, sobreposição e/ou transformação de atividades de
abastecimento, produção açucareira e produção cafeeira, no curso dos séculos XVIII, XIX e
início do XX, nos permite refletir por novas angulações. Inicialmente, devemos considerar
que na ocasião da criação da freguesia de Nossa Senhora da Conceição das Campinas do
Mato Grosso, em 1774 (origem do atual município de Campinas), uma grande área
pertencente ao termo de Jundiaí passava a compor não apenas mais uma nova freguesia, mas
também um novo distrito, com funções administrativas, religiosas e militares. E à semelhança
de outros bairros rurais, o do Mato Grosso de Jundiaí via-se elevado à função de sede
administrativa de uma ampla área com diversos outros bairros, mesmo sem contar ainda com
um núcleo urbano. Quais seriam os limites deste distrito/freguesia?
No recenseamento de 1767, sete anos antes da criação da freguesia/distrito, havia nas terras
do Mato Grosso 38 fogos e 185 habitantes, ou ainda, 53 fogos e 265 habitantes se incluída a
“rocinha” (região de Vinhedo) numa área, então, situada entre os rios pinheiros e Jaguari
(PUPO, 1969:28). Um ano depois de sua elevação, em 1775, passava-se a registrar a presença
de 47 escravos e agregados em 35 fogos habitados por 200 pessoas, contabilizando-se uma
produção significativa de milho, feijão, arroz e algodão, além da criação de porcos (em 22
fogos), gado (em 11 fogos), cavalos (em média de 1 a 2 por fogo) e bois de carro (PUPO,
1969:21). Também se achava registrado que entre estes 35 fogos, 29 sitiantes viviam de
“roça” (da produção em terras próprias, em media com 2 alqueires); que parte deles já
começava a se destacar na produção de mantimentos e que três agricultores produziam
aguardente. Estes sitiantes, aliás, estariam à frente das petições que pediam ao governo da
Capitania de São Paulo a criação de uma Freguesia/Distrito (PUPO, 1969:42).
A provisão de Morgado de Mateus que elevou o bairro do Mato Grosso em 1774 à condição
de freguesia/distrito, portanto, vinha de encontro com o interesse destes produtores, podendo-
se observar que os mesmos sitiantes achavam-se distribuídos em nove bairros rurais ou
“centros de sítios” então denominados de Ponte Alta, Dois Córregos, Mato Dentro, Paragem
do Atibaia, Anhumas, Campo Grande, Pinheiros/Ribeirão, Brumado e Piçarrão (SANTOS,
2002; VILLELA, 2006).
Também nos parece importante observar que, antes mesmo de se transformar em
distrito/freguesia, o bairro do Mato Grosso já produzia alimentos e criava animais para o
mercado, originando-se suas bases de desenvolvimento da proximidade, ou mesmo integração
que, no curso da primeira metade do século XVIII, passara a manter com o vale do rio Mogi
Guaçú - uma zona montanhosa banhada a leste pelo rio Atibaia e ao norte pelo rio Mogi
Guaçu, que desde a abertura da Estrada do Anhanguera/dos Goiases (década de 1720) e da
descoberta de alguns veios auríferos, vinha sendo “devassada por exploradores de ouro”
(OLIVEIRA SORES, 2003:61-62), por plantações e criações de animais (OLIVEIRA
SORES, 2003:11). Nestas terras (também pertencentes a Jundiaí) formara-se “um núcleo bem
povoado“ que respondia a “um mercado consumidor insaciável” e que, com a “efetivação dos
negócios de gêneros de subsistência que abasteciam os núcleos mineradores de Goiás e de
Minas Gerais e os tropeiros que transitavam pela referida estrada”, acabara por se transformar
em sede de freguesia/distrito (1751) e na Vila de Moji Mirim (1769), registrando-se no ano de
1766 uma população de 1303 pessoas e em 1778, de 1925 habitantes. As vilas de Mogi Mirim
e Mogi Guaçú, por sua vez, destacavam-se no final do século XVIII como as áreas mais
populosas ao norte da chamada “Serra Acima” (planalto paulista), enquanto as vilas de
Jundiaí, Parnaíba, Itú e Sorocaba concentravam a maior população nas porções oeste e sudeste
da capitania paulista (MARCILIO, 2000).
O desenvovimento de lavouras de abastecimento nas terras que dariam origem à Campinas já
na primeira metade do século XVIII, décadas antes de sua elevação à freguesia, respondia,
portanto, à dinâmica da Estrada dos Goiases e ao mercado mantido por Moji Mirim com as
regiões mineradoras, podendo-se acompanhar no estudo de Celso Maria de Melo Pupo a
relação de moradores que no curso da década de 1740 começaram a se fixaram no bairro do
Mato Grosso, com seus agregados e posteriormente escravos (PUPO, 1969:66), ou ainda
encontrar, no mesmo estudo, indicativos das famílias que deram origem aos bairros rurais do
“Mato Dentro”, “Ponte Alta”, “Anhumas” - áreas localizadas nas proximidades da estrada e
posteriormente integradas ao distrito/fregueia de Nossa Senhora da Conceição
(D’ALINCOURT citado por PETRONE, 1968:45). Mas, como viviam e produziam estas
famílias? De que forma se dava a comercialização de seus produtos?
As pesquisas sobre as atividades mercantis de abastecimento no antigo município de
Campinas ainda se encontram restritas aos trabalhos de poucos pesquisadores, entre eles
Celso Maria de Mello Pupo (PUPO, 1969; PUPO, 1993), Jolumá Brito (BRITO, 1956-1969) e
mais recentemente Maria Isabel B. Célia Danieli (CELIA, 2000; CELIA DANIELI, 2006) e
Paulo Eduardo Teixeira (TEIXEIRA, 2007). No entanto, os estudos focados sobre as
mudanças populacionais em curso no período, ou ainda, sobre a produção de abastecimento
para as monções e para a Estrada do Anhanguera/do Goiases, em regiões próximas à
Campinas, vem se avolumando (GODOY, 2002; IANNI, 1996), parecendo-nos importante
destacar os trabalhos de Maria Luiza Marcílio (MARCÍLIO, 2000), e de Lucila Brioschi e
Carlos de Almeida Prado Bacellar (BRIOSCHI, 1991; BACELLAR, 1994; BACELLAR e
BRISCHI, 1999) acerca da formação da porção nordeste do Estado de São Paulo. Estes
estudos tem-nos permitido compreender que uma nova economia de subsistência, fundada
num outro sistema e dinâmica de posses, pastagens e criações associados diretamente às
relações mercantis, achavam-se em formação na região e na contra mão de uma maneira
paulista centenária de habitar os sertões (fundada na agricultura itinerante e resistente ao
fortalecimento das relações de mercado) (MARCILIO, 2000).
O desenvolvimento de atividades agro-pastoris somado à penetração e fixação pela porção
nordeste da capitania de um forte e contínuo contingente de mineiros, imprimiriam mudanças
profundas no sistema de ocupação e produção tradicional paulista, reforçando
progressivamente as relações de mercado no trato da terra, das criações e no atendimento aos
viajantes. Em pouco tempo, uma sucessão de posses e/ou sesmarias integradas a “pousos” na
margem dos caminhos, daria forma a unidades produtivas com seus roçados de mandioca,
cana, feijões, bananas, algodão, milho, ou ainda, com campos de pastagem e criação de gado
vacum, cavalar e suínos, visando oferecer sustentação a estrada, ou ainda, a uma rede
produtiva em desenvolvimento (BACELAR E BRIOSCHI, 1999; CRUZ, 2010). Nas
palavras de Maria Isabel Basilisco Celia:
“A Capitania de São Paulo pode usufruir das ‘vantagens’ de sua posição geográfica
como área de irradiação e convergência das grandes rotas internas do comércio
colonial: das partes meridionais da colônia às minas gerais do ouro, e do litoral às
minas de Goiás e do Mato Grosso (...) [Mas] Ainda no governo de Morgado de
Mateus, os quatro setores que definiam as atividades econômicas da capitania
estavam resumidos na ‘exploração do ouro, na economia de auto-subsistência
familiar, na de subsistência propriamente dita e na mercantil” ( CELIA, 2000: 34/36)
VILA DE SÃO CARLOS (1797/1842)
Enfim, depois de onze anos da criação da freguesia/distrito de Nossa Senhora da Conceição
das Campinas do Mato Grosso, um novo recenseamento (1885) passava a registrar mudanças,
constando entre elas a presença de doze sitiantes com mais de cinco escravos (num plantel
total de 80 cativos) e de dois engenhos, o engenho Atibaia (de Joaquim Aranha Barreto de
Camargo, no bairro do Mato Dentro) e o engenho Lagoa (de Teodoro Ferraz Leite). Nos
levantamentos de Celso Pupo (com base neste recenseamento), registrava-se também a
presença de novos moradores procedentes de Porto Feliz, Atibaia, Jundiaí, Mogi Mirim,
Araçariguama, Taubaté, Moji Guaçu, Sorocaba, Itú, entre outras vilas e povoados3; pequenas
pistas que sugeriam grandes mudanças.
De fato, treze anos depois deste recenseamento, em 1798, a antiga freguesia já se achava
elevada à Vila de São Carlos (1797) e registrava, além de um crescimento no comércio de
abastecimento (milho, feijão, farinha, toucinho, trigo e aguardente), a presença de 37
engenhos e de uma produção de 8.843 arrobas de açúcar. Em 1804, então com 34 engenhos,
mantinham-se ativos 361 roceiros vinculados à produção de abastecimento e 11 produtores de
cana “de partido”; números que, em 1816, passariam para 45 engenhos e produção de 46.560
arrobas de açúcar. No ano de 1818, já seriam 60 engenhos produtores de 100 mil arrobas de
açúcar e em 1836, no apogeu da economia açucareira na Vila de São Carlos, 93 engenhos
3 Também nos parece interessante considerar que, desde 1774, Barreto Leme ocupara o cargo de diretor do
Distrito/Freguesia – então submetido ao diretor comandante da 3ª companhia de Jundiaí – e nele se mantivera até
sua morte, em 1882. Na ocasião deste mesmo recenseamento, quem se achava no cargo de diretor era um capitão
agregado escolhido pelo diretor comandante e rejeitado pelos moradores do distrito.
com destilação e 93 destilarias produziriam 158.447 arrobas de açúcar e 7.399 canadas de
aguardente, volume correspondente a um terço de toda a produção de açúcar da Província de
São Paulo. Com relação ao mundo do trabalho, já hegemonicamente escravista, a Vila de São
Carlos:
“....De 156 cativos em 1779, passou a deter 1059 em 1800, aumentando essa cifra
para 2461 em 1817 e 4761 em 1829. Foi inclusive neste último ano que a população
escrava superou a população livre composta por 3634 indivíduos (respectivamente
56,7% e 43,3%)” (FERRAZ, 2012: 58/59).
No âmbito da produção de açúcar, propriamente dita, a Vila de São Carlos superara a
produção de Itú na década de 1820, cabendo-nos considerar que esta vila centenária vinha
enfrentando o problema de saturação de suas terras desde o ano de 1784, questão, por sua vez,
que nos ajuda a compreender a velocidade da expansão dos canaviais pelas terras
Campineiras. Segundo Celso Pupo, foi no ano de 1788 que teve início a segunda fase de
concessões de sesmarias na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição, processo que permitiu
o acesso dos lavradores de cana (do “quadrilátero do açúcar”) a uma nova estrutura fundiária
em formação, ao mesmo tempo em que as terras tão ricas em matas deixavam-se incorporar à
economia açucareira em expansão. Foi neste processo, ainda, que se decidira pela elevação da
freguesia à condição de vila, com seu termo e instâncias políticas próprias. E nesta trajetória,
segundo Paulo Eduardo Teixeira:
“...a sociedade campineira sofreu uma transformação significativa, deixando de ser
uma sociedade “rural de autoconsumo” – com um elevado índice de livres, para ser
uma região de “agricultura voltada para a comercialização”, onde a presença de
escravos, principalmente, tornou-se preponderante. Na base dessa sociedade, o
escravo passou a ganhar maior importância para o estabelecimento de uma economia
agrária voltada ao comércio, e em 1814, quando a vila de Campinas não tinha
completado vinte anos de existência, a mesma já despontava como uma região com
forte presença de mão de obra escrava, para em 1829 superar a antiga vila de Itú, e
muitas outras” (TEIXEIRA, 2007)
As rápidas mudanças na composição e funcionamento da sociedade campineira também se
fizeram sentir nas dinâmicas de escoamento e comércio. Estas mudanças, que contaram com
uma forte presença do governo da capitania/província de São Paulo, diziam respeito às
melhorias da estrutura viária de todo o “quadrilátero do açúcar”, datando dos primeiros anos
do século XIX a abertura de uma estrada entre Itú e a Vila de São Carlos; o melhoramento da
estrada carroçável entre esta vila e Franca; a abertura em 1824 de uma nova estrada carroçável
entre a vila de São Carlos e Jundiaí; a abertura em 1826 de uma estrada entre a vila de São
Carlos e o barranco do rio Jaguari; a construção de um rancho de telhas na entrada da cidade
em 1818; obras que ampliariam e qualificariam em muito a rede viária anterior, além de criar
novas e importantes condições de acesso ao porto de Santos. Além dos melhoramentos
viários, o governo da capitania/província de São Paulo também interviria na questão da
importação de escravos na busca de auxiliar o desenvolvimento da economia açucareira na
“serra acima”.
E quais seriam os limites do termo da Vila de São Carlos? Que relação eles teriam com a área
da freguesia? Como se estruturavam as novas fazendas de cana? E que relações mantinham
com a lavoura de abastecimento? Valeria ainda indagar: em que proporção as terras desta
nova vila se fariam ocupadas? Sabemos por Celso Pupo que o processo de concessão de
sesmarias se prolongou de 1788 a 1822, “tendo sido mais intensa na época do florescimento
da indústria açucareira”. Em suas palavras:
“Nessa fase, os moradores que dispunham de recursos para instalar engenho ou
mesmo fazer a cultura de cana para fornecimento a engenho alheio, adquiriam sítios
por posse, propriedades pequenas, reunindo-as a outras áreas contíguas de terras
devolutas que requeriam por sesmaria, compondo assim, áreas bastante para a
exploração açucareira” (PUPO, 1969:66).
Por outro lado, no entender de Luiz D’Allincourt, em passagem pela Vila de São Carlos em
1818: “Apesar do grande número de arrobas de açúcar, que se extraem de Campinas, a cultura
desse fertilíssimo e delicioso país deve reputar-se nascente ainda há legas e léguas de terreno
inteiramente coberto de mato virgem” (PETRONE, 1968:82)
O chamado “ciclo do açúcar” na região de Campinas vem merecendo, desde o trabalho
pioneiro de Maria Thereza Schorer Petrone (PETRONE, 1968), uma significativa atenção,
tomando-se como ponto de partida o grande número de variáveis que esta pesquisadora
levantou a respeito da implantação e desenvolvimento da lavoura açucareira no “quadrilátero
do açúcar”. Petrone observa, entre outras questões, que estas lavouras teriam se auto-
financiado; que elas contavam com propriedades grandes (com mais de 400 alqueires), médias
(com 20 a 400 alqueires) e pequenas (com menos de 20 alqueires), variando suas proporções
conforme as áreas e períodos (PETRONE, 1968:63); que haviam diferentes modalidades de
agricultores (de sítios ‘de posse’ ou de terras devolutas; com terras por compra; sesmeiros) e
de “lavradores” (donos de terra com engenhos, lavradores sem terra ‘a favor’, canas ‘de
partido’); que tanto as pequenas quanto as grandes fazendas se utilizavam do trabalho
escravo; que entre as propriedades paulistas predominavam escravos africanos; que as
técnicas produtivas sofreram poucas transformações no curso do tempo; que a introdução de
uma nova variedade de cana foi capaz de ampliar em muito a produtividade; que questões
como as de fertilidade da terra, debilidades das técnicas de cultivo, necessidades de lenha para
os engenhos, ou ainda, limitações na capacidade de processamento do açúcar, haviam
provocado um parcelamento de grandes propriedades (para a instalação de novos engenhos),
assim como o deslocamento das lavouras em busca de novas terras, estendendo-se as
plantações por regiões mais amplas.
Suas reflexões, pela qualidade da leitura, se revelariam presentes numa ampla gama de
investigações, ganhando prosseguimento nas décadas seguintes uma série de temáticas
sugeridas por ela acerca da presença de pequenos agricultores, de tropeiros, de escravos
(EISENBERG ,1989; FULLER, 1995; MARTINS, 1995; COSTA, 1997; CELIA, 2000;
COSTA, 2004). Na atualidade, a ampliação dos estudos sobre o “quadrilátero do açúcar” e de
seu papel na transformação da Capitania/Província de São Paulo, nos permite tratar do
território campineiro numa perspectiva de história regional (MARCILIO, 1973; QUEIROZ,
1977; DIAS, 1986; BLAJ, 1998; WISSENBACH, 1998; MARCILIO, 2000; DUARTE
JUNIOR, 2003; OLIVEIRA, 2006).
CIDADE DE CAMPINAS (1842)
No curso das décadas de 1830/1840, as fazendas de cana de açúcar, com seus engenhos,
dinâmicas de comércio, estruturas de funcionamento e de abastecimento, começaram a dar
lugar às lavouras e fazendas de café, gênero agrícola que trazia outras necessidades, mas
também novas perspectivas de desenvolvimento e comercialização; foi em meio a este
processo, aliás, que em 1842 a Vila de São Carlos se tornou cidade de Campinas
(PELLICCIOTTA, 1997: 96-124).
As mudanças foram, mais uma vez, muito rápidas; mas desta vez, a propagação das lavouras
extensivas de café se faria acompanhar pela aceleração da concentração fundiária e da posse
de escravos, alargando-se rapidamente as bases de uma sociedade escravocrata que crescia em
paralelo à desarticulação da economia mercantil de abastecimento. Nas palavras de Lizandra
Ferraz: “...é possível sugerir que a concentração da posse escrava em grandes escravarias na
cidade de Campinas já se iniciou na primeira metade do XIX, atingindo provavelmente seu
ápice na década de 1860, quando alcançou 72,5% do total da escravaria” (FERRAZ, 2012:
67).
A expansão dos cafezais contaria também com a decretação da Lei de Terras pelo governo
imperial (1850); lei que substituía o sistema de sesmarias (interrompido desde 1822) pela
regulamentação de contratos de compra/venda de propriedades, e que passava a considerar a
categoria de terra devoluta como terra “não ocupada”, colocando “em disponibilidade”,
imensas extensões, ou ainda, porções de terra dos sertões paulistas.
No ano de 1854, o município já contava com 117 fazendas de café e 6000 escravos,
despontando como o quarto produtor paulista nesta modalidade agrícola. No final da década
de 1860, enquanto a produção de açúcar registrava 60.000 arrobas, um montante de 189
fazendas alcançava a cifra de 1.000.000 de arrobas de café conferindo à cidade o papel de
“epicentro das mudanças” da economia cafeeira em expansão pelo território paulista, ou
ainda, o título de “cabeça de comarca” e o fato de se constituir num dos municípios mais
opulentos da Província. Entre as décadas de 1870 e 1880, Campinas alcançaria um
crescimento ainda mais notável, transitando de 1.300 mil arrobas no começo dos anos de 1870
para 10.300 mil arrobas em 1886, período no qual a cidade se torna conhecida como “capital
da lavoura” da região oeste paulista (SEMEGHINI, 1988).
Mas, como teria sido possível, em pouco mais de três décadas, alcançar uma tal escala
produtiva? A estruturação deste complexo produtivo no município de Campinas contou com
vários fatores, entre eles, com a disponibilidade de terras (terras de cana e vastíssimas áreas de
mata). Ela também se fez possível em função da aquisição contínua de escravos (que, mesmo
num contexto marcado pela proibição do tráfico negreiro em 1850, conseguiu reunir uma
população de 14.000 cativos na década de 1870) e pelo sucesso na busca de alternativas para a
força de trabalho (67 núcleos de imigrantes em regime de parceria foram criados em fazendas
do município e arredores, entre as décadas de 1850 e 1860). Os altos preços obtidos pela
produção no mercado internacional também permitiram aos fazendeiros do município e região
solucionar o problema do transporte, fazendo instalar uma rede ferroviária de longo alcance,
orientada pelas necessidades das unidades produtivas. Neste caso, as fazendas cafeeiras de
Campinas passaram a contar, em 1872, com a Companhia Paulista de Estradas de Ferro
(direção sudeste/oeste); em 1874, com a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro (direção
sul/nordeste); em 1894 com o Ramal Férreo Campineiro (leste) e em 1899 com a Companhia
de Carris Agrícola Funilense (noroeste). A estes fatores somaram-se, ainda, investimentos
privados no aprimoramento dos processos “racionais” (inclusive mecânicos) de produção e
beneficiamento do café, especializando-se o município na importação e produção local de
equipamentos destinados a aumentar a qualidade dos grãos e permitir-lhes adentrar no
mercado internacional de cafés finos, de alto valor agregado (PELLICCIOTTA, 1999:22/23).
O complexo cafeeiro, que contou com Campinas em seu percurso de estruturação, se espalhou
pelos contrafortes ocidentais da Mantiqueira (Campinas, Itu, Jundiaí, Amparo, Bragança, São
João da Boa Vista, Mococa) depois de passar pelo Vale do Paraíba, e “aproveitando os
afloramentos de terra roxa”, ele seguiu pela região ao norte de Campinas para a depressão
periférica (Limeira, Araras, Rio Claro, Leme, Piraçununga e Descalvado), alcançando nas
últimas décadas do século XIX, os maciços de Ribeirão Preto (dividido pelo Rio Pardo) e os
de Araraquara, separados pelo vale do rio Mogi-Guaçu; e a partir deles, as plantações de café
seguiram pelas “grandes extensões de terra roxa no planalto ocidental paulista” (de Mococa
ao Vale do Paranapanema, acompanhando o escarpamento da cuesta). No início do século
XX, esta imensa expansão registrava a presença de 110 milhões de cafeeiros no maciço de
Ribeirão Preto (entre as terras, ao norte, de Batatais e as terras, ao sul, de Ribeirão Preto,
Sertãozinho, São Simão, Cravinhos e Santa Rita do Passa Quatro) e de 100 milhões de
cafeeiros no maciço de Araraquara (à esquerda do Rio Mogi-Guaçu, rumo às terras de São
Carlos do Pinhal, Descalvado, Pitangueiras, Araraquara, Bebedouro e Jaboticabal). Na zona
compreendida entre Araraquara e a calha do rio Tietê (nas proximidades de Jaú e Brotas)
também se achava presente 70 milhões de pés de café (entre as décadas de 1880 e 1910), e do
outro lado do Rio Tietê, na área junto à cuesta, outros 45 milhões de cafezais (nas regiões de
Botucatu/São Manoel, com prolongamento para Lençóis, Avaré, Piraju e Salto Grande), eixo,
por sua vez, que no começo do século XX já começava a se aproximar das imediações de
Bauru (PELLICCIOTTA, 2010: 54/70).
Com tal volume de produção, seria inevitável que nas últimas décadas do século XIX a
economia cafeeira assumisse o centro das atenções, dos investimentos e das relações de poder
no território paulista, restando aos criadores de gado e aos lavradores de subsistência - há
muito instalados em várias porções do “sertão” -, a alternativa de regulamentar suas “posses”
e aderir ao novo processo ou vender suas terras e migrar mais para o oeste. De fato, ambos os
fenômenos ganharam lugar e as “bocas de sertão” passaram a se deslocar cada vez mais para
oeste e a avançar pelas terras de mata, consideradas as mais férteis para abrir as lavouras de
café; os conflitos seriam inevitáveis. Ao sistema ferroviário, que acompanhava as plantações,
coube ainda o papel de acelerar a penetração e transformação de vastas áreas de campo e mata
em novas áreas de lavoura, criação e industrialização, potencializando o desenvolvimento, a
articulação e a geração de um padrão de ocupação estruturado na monocultura extensiva, na
diversificação do capital, na especialização regional e na migração em massa
(PELLICCIOTTA, 2010: 44-63).
Entre as últimas décadas do século XIX e as primeiras décadas do século XX, enfim, grande
parte da Província/Estado de São Paulo já se achava transformada pela expansão sem
precedentes da economia cafeeira, segmento agrícola que, ao aprimorar suas relações e
vínculos com o mercado, deixara-se (re) organizar como setor produtivo de forma a alcançar
os mais altos níveis de qualidade exigidos pelo comércio internacional. O século XX
começaria marcado, então, pelo crescimento acelerado das cidades e pela
sedimentação/fortalecimento de suas zonas de produção e circulação. O município de
Campinas, cujas lavouras cafeeiras já se encontravam em declínio no final do século XIX,
achava-se agora consolidado como centro político, comercial e financeiro, como centro
prestador de serviços especializados, irradiador de tecnologias, qualificador e distribuidor de
mão de obra, mostrando-se ainda presente em sua imensa zona rural, uma importante
diversificação agrícola que, neste contexto, também passava a contar com a presença de
imigrantes, ou ainda, com colônias agrícolas de imigrantes (privadas e estatais).
Em meio a tudo isso, os estudos sobre o “complexo cafeeiro” e seu lugar na trajetória
histórica do município de Campinas não poderiam deixar de ser vastos (SAES, 1981;
MILLIET, 1982; SILVA, 1986; STOLCKE, 1986; SEMEGHINI,1988; VANGELISTA,
1991; GABRIEL, 1995; CANO, 1997; MOURA, 1998; LOURENÇO, 1998 ; GALDINO,
2006; TESSARI, 2010; ROMERO, 2004; SILVA, 2007; Baldini, 2010; ABRAHÃO, 2010;
CAVARZAN, 2010; MARTINS, 2011); e entre suas várias frentes de investigação, uma delas
vem desempenhando um papel particular: os estudos na interface entre história agrária e
escravidão, um notável campo de pesquisa que tem nos permitido estabelecer conexões entre
os períodos açucareiro e cafeeiro de Campinas - para nos ater apenas ao nosso objeto de
estudos (AZEVEDO, 1987; MACIEL, 1987; SLENES, 1987; EISENBERG, 1989;
ABRAHÃO, 1992; SILVA, 1993; CANO, 1994; DAMASIO, 1995; XAVIER, 1996;
SLENES In ALENCASTRO, 1997: 233-290; MATTOS, 1998; SLENES, 1999; XAVIER,
2002; ROCHA, 2004; ROCHA, 2004; PIROLA, 2005; DANIELLI NETO, 2002;
OLIVEIRA, 2007; FERRAZ, 2008; PEDRO, 2009; PEDRO, 2009; ZERO, 2009;
SCHEFFER, 2009; AMANCIO, 2010; FERRAZ, 2012. Estes trabalhos serão particularmente
analisados por este projeto de pesquisa.
Vale por fim considerar, que os campos da demografia e da linguística, trouxeram – e
continuam a trazer - contribuições particulares ao estudo das populações migrantes
(OLIVEIRA, 1985; BASSANEZI, 1986; FERRARI, 2001; TEIXEIRA, 2002; TEIXEIRA,
2007; FERRARI, 2008; SIQUEIRA, 2009); populações que desde o século XVIII integraram
a constituição do município e região, nos parecendo importante considerar que mais de 70
grupos étnicos deixaram a Hospedaria dos Imigrantes, em São Paulo, para no curso das
décadas de 1880/1930 seguir rumo ao interior paulista, passando boa parte deles pelo
entroncamento ferroviário de Campinas.
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