Agronomia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS COORDENAÇÃO DO CURSO DE AGRONOMIA PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSO DE AGRONOMIA Modalidade Profissional Dezembro - 2011 FORTALEZA – CEARÁ BRASIL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS COORDENAÇÃO DO CURSO DE AGRONOMIA

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSO

DE AGRONOMIA

Modalidade Profissional

Dezembro - 2011 FORTALEZA – CEARÁ

BRASIL

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Comissão de Reestruturagão do Projeto Pedagógico de Curso –2007:

Prof. Teógenes Senna de Oliveira

Prof. Maria Lúcia de Sousa Moreira

Prof. João Bosco Pitombeira

Diretores Colaboradores do Centro de Ciências Agrárias:

Prof. Sebastião Medeiros Filho Profa. Maria Clarisse Ferreira Gomes

Assessores Pedagógicos do Projeto:

Profa. Ana Maria Dantas (UFRRJ e ABEAS)

Profa France Maria Gontijo Coelho (UFV)

Prof. José Ribamar Furtado de Souza (UFC)

Profa. Maria de Lourdes Peixoto Brandão (UFC)

Prof..Valdo José Cavallet (UFRPR)

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EQUIPE RESPONSÁVEL

COORDENAÇÃO DO CURSO DE AGRONOMIA (2009/2011) Maria Lúcia de Sousa Moreira Coordenadora do Curso de Agronomia Márcio Cleber de Medeiros Corrêa Vice Coordenador do Curso de Agronomia

Francisco Casimiro Filho Representante da Unidade Curricular de Economia Rural Maria Lúcia de Sousa Moreira Representante da Unidade Curricular de Extensão Rural Carmem Dolores Gonzaga Santos Representante da Unidade Curricular de Fitossanidade Antonio Marcos Esmeraldo Bezerra Representante da Unidade Curricular de Agricultura Márcio Cleber de Medeiros Corrêa Representante da Unidade Curricular de Horticultura Tiago Osório Ferreira Representante da Unidade Curricular de Solos e Nutrição de Plantas Benito Moreira de Azevedo Representante da Unidade Curricular de Construções Rurais Adunias dos Santos Teixeira Representante da Unidade Curricular de Hidráulica Raimundo Wilane de Figueiredo Representante da Unidade Curricular de Tecnologia de Produtos Agropecuários Magno José Duarte Cândido Representante da Unidade Curricular de Criação de Ruminantes Luiz Euquerio de Carvalho Representante da Unidade Curricular de Criação de Não Ruminantes Claudia Miranda Martins Representante da Unidade Curricular de Ciências Biológicas Ervino Bleicher Representante da Unidade Curricular de Atividade Supervisionada Tahíssa de Sousa Lins Representante Discente-Centro Acadêmico Gabriel Nuto Nóbrega Representante Discente-Centro Acadêmico Francisco Moisés de Lima Santos Assistente-Administrativo da Coordenação do Curso Sebastião Medeiros Filho Diretor do Centro de Ciências Agrárias

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Comissão de Avaliação Permanente do Projeto Pedagógico de Curso Profa. Carmem Dolores Gonzaga Santos

Prof. Magno José Duarte Cândido Prof. Ricardo Espíndola Romero

Prof. Claudivan Feitosa de Lacerda Prof. Francisco Casimiro Filho

Profa. Maria Lúcia de Sousa Moreira Discente Maria Bruna Medeiros Araújo

DIRETOR DO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Prof. Luiz Antônimo Maciel de Paula

VICE-DIRETORA DO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Profa. Sônia Maria Pinheiro de Oliveira

COORDENAÇÃO DO CURSO DE AGRONOMIA (2011/2013)

Francisco Casimiro Filho Coordenador do Curso de Agronomia Claudivam Feitosa de Lacerda

Vice Coordenador do Curso de Agronomia

Prof. João Luiz Pinheiro Bastos Representante Titular da Unidade Curricular Ciências Básicas

Prof. Ricardo Espíndola Romero Representante Titular da Unidade Curricular Solos e Nutrição de Plantas

Profa. Cândida Hermínia Campos Magalhães Bertini Representante Titular da Unidade Curricular Agricultura

Prof. Roberto Jun Takane Representante Titular da Unidade Curricular Horticultura

Profª. Niedja Goyanna Gomes Goncalves Representante Titular da Unidade Curricular Fitossanidade

Prof. Luiz Euquério de Carvalho Representante Titular da Unidade Curricular Criação de Não-Ruminantes

Prof. Magno José Duarte Cândido Representante Titular da Unidade Curricular Criação de Ruminantes-

Prof. Claudivan Feitosa de Lacerda Representante Titular da Unidade Curricular Construções Rurais-

Prof. Adunias dos Santos Teixeira Representante Titular da Unidade Curricular Hidráulica

Prof. Francisco Casimiro Filho Representante Titular da Unidade Curricular Economia Rural

Profª. Maria Lúcia de Sousa Moreira Representante Titular da Unidade Curricular Extensão Rural

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Profª. Maria Lúcia de Sousa Moreira Representante Titular da Unidade Curricular Atividade Supervisionada

Prof. Raimundo Wilane de Figueredo Representante Titular da Unidade Curricular Tecnologia de Produtos Agropecuários

Discente Maria Bruna Medeiros Araújo Representante Titular da Unidade Curricular Representação Estudantil

Discente João Pereira Maciel Neto Representante Titular da Unidade Curricular Representação Estudantil

Discente Ikaro Cezar Freitas de Sousa Representante Titular da Unidade Curricular Representação Estudantil

Francisco Moisés de Lima Santos Assistente-Administrativo da Coordenação do Curso

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SUMÀRIO

Pág. 1 APRESENTAÇÃO ……………………………………………………………… 8 2 JUSTIFICATIVA ………………………………………………………...……….. 9 3 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS …...…………………………………………… 10 4 PRINCÍPIOS NORTEADORES ………………………………………………… 14 5 MISSÃO DO CURSO …………………………………………………………… 16 6 PERFIL DO PROFISSIONAL …………………………………………………... 16 7 ÁREAS DE ATUAÇÃO …………………………………………………..……… 17 8 PERFIL E PAPEL DO DOCENTE ……………………………………………… 18 9 ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS ………………………………………………. 21 10 CURRÍCULO………………………………………………………………………. 25 10.1 Objetivos …………………………………………………………………………... 25 10.2 Diretrizes Curriculares……………………………………………………………. 25 10.3 Áreas Curriculares ……………………………………………………………….. 31 10.4 Estrutura Curricular ……………………………………………………………… 32 11 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ……………………………………………... 33 12 INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR ………………………………………..….. 34 12.1 Disciplinas obrigatórias: núcleo de conteúdos básicos e

profissionalizantes essenciais ................................................................... 35

12.2 Disciplinas optativas: núcleo de conteúdos básicos e profissionalizantes específicas ...........................................................

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12.3 Estágio supervisionado e trabalho de conclusão de curso………………………...............................................................................

45

12.3.1 Estágio supervisionado .................................................................................. 45 12.3.2 Trabalho de conclusão de curso..................................................................... 46 12.4 Atividades complementares .......................................................................... 46 13 EMENTAS DAS DISCIPLINAS ………….........................................………... 47 131. Núcleo de Conteúdos Básicos Essenciais …………………………………… 47 13.2 Núcleo de Conteúdos Básicos Profissionalizantes …………………………… 48 13.3 Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes Específicos ……………………… 52 13. Produção Vegetal ………………………………………………………………… 52 Produção Animal. ………………………………………………………………… 53 Engenharia Rural. ………………………………………………………………… 54 Economia, Sociedade e Desenvolvimento… ………………………………… 55 Solos e Meio Ambiente…………………………………………………………… 56 14 QUALIFICAÇÃO DO DOCENTE ……………………………………………… 57

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15 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS……………………………………… 57 16 AVALIAÇÃO ……………………………………………………………………… 58 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ……………………………………………… 59

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1. APRESENTAÇÃO A discussão sobre o projeto pedagógico do curso de Agronomia da UFC

constitui um momento importante na vida da instituição. Nesses últimos seis anos, o

debate sobre o assunto tem sido fomentado pela comissão de reestruturação, pelo

movimento estudantil e pela própria diretoria do Centro de Ciências Agrárias. Isso

demonstra o significado todo especial da participação de todos na construção desse

projeto, cujo lugar de ocupação será o cotidiano profissional e a vida estudantil. Contudo

as discussões estabelecidas em fóruns, seminários e reuniões ampliadas, estão longe de

esgotar o assunto, que é sempre revisado pela constante e pertinente necessidade de

mudanças.

No sentido etimológico, o termo projeto vem do latim projectu, particípio passado

do verbo projiceri que significa lançar para diante. Plano, intento, desígnio. Empresa,

empreendimento. Redação provisória da lei. Plano geral de edificação (FERREIRA, 1975,

citado por VEIGA, 2001).

Dessa forma, reelaborar o projeto pedagógico do curso de Agronomia, significa

planejar o que se têm intenção de fazer e realizar, lançar-se para diante, tendo como

base a realidade da nossa Escola e os desafios da atual conjuntura. Deve-se buscar o

possível: o projeto que se quer e o que se pode ter.

Nessa perspectiva, o projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação

intencional, com sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso

todo projeto pedagógico é, também, um projeto político, por estar intimamente articulado

ao compromisso sócio-político com os interesses reais e coletivos da população

majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um

tipo de sociedade. Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da

intencionalidade, que é a formação do cidadão participativo, responsável,

compromissado, crítico e criativo. Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas

e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos. Portanto,

político e pedagógico têm assim uma significação indissociável. Nesse sentido é que se

deve considerar o projeto político-pedagógico como um processo permanente de reflexão

e discussão dos problemas da escola na busca de alternativas viáveis à efetivação de

sua intencionalidade (VEIGA, 2001).

Esse documento, produzido pela Comissão de Reestruturação do Currículo do

Curso de Agronomia, teve como base não apenas a literatura, mas as discussões e os

relatos produzidos pelos grupos de professores, estudantes e servidores técnico-

administrativos presentes nos seminários realizados em junho de 2000, no CETREX, e

julho de 2003 na UFC (desta vez contando com representantes do setor produtivo), bem

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como o resultado da consulta (questionários) feita a professores e ex alunos oriundos.

Destaque-se a assessoria prestada por diversos colegas, alguns de outras instituições,

com experiência na área pedagógica e participação em reestruturação de currículos em

suas universidades de origem1. Ressalta-se também a participação estudantil através

dos representantes do Centro Acadêmico. Um outro fato relevante foi a participação dos

membros na 41a Reunião Anual da ABEAS2 em outubro de 2001, onde um dos pontos de

pauta das comissões técnicas dos cursos foi o projeto pedagógico.

Os pressupostos teóricos, princípios norteadores, objetivos, estratégias e tudo

mais que se encontra nesse documento, deve posteriormente se refletir na estrutura

curricular e vice-versa e manter uma permanente inter-relação.

2. JUSTIFICATIVA

A Escola de Agronomia do Ceará, como entidade particular de ensino superior,

foi fundada em 30 de março de 1918, numa atitude de vanguarda para a época. Eram

tempos de busca de modernização da agricultura brasileira, espelhados nas mudanças

que estavam ocorrendo nos campos agrícolas da Europa e da América do Norte. Foi um

período marcado pela necessidade de formação de profissionais e de adoção de técnicas

desenvolvidas para outra realidade, sem o devido reconhecimento do ambiente tropical-

político-social.

O currículo atual do curso de Agronomia da UFC ainda é parte desta realidade.

Assim surgem as dificuldades em atender às novas demandas econômicas, políticas e

sociais, esperadas dos profissionais por ela formados. Insatisfações começam a surgir de

todos os lados, tanto de quem forma, como de quem demanda os serviços desses

profissionais. Isso motivou uma discussão urgente sobre o assunto na perspectiva de

uma mudança que venha resgatar a credibilidade e o reconhecimento social do

Engenheiro Agrônomo.

A formação da consciência do Engenheiro Agrônomo não pode continuar a

depender essencialmente de atividades extra-curriculares. Para superar essa condição

faz-se necessário a construção de um novo modelo pedagógico, capaz de propiciar ao

futuro profissional uma capacidade científica e reflexiva alicerçada numa postura ética.

Esse modelo será tanto mais viável quanto for a sua interação com a realidade agrária e

a sua sinergia com os movimentos sociais e profissionais que ali atuam. Somente através

de uma atuação ética e compromissada com o social e com o ambiental é que o trabalho 1Maria de Lourdes Peixoto Brandão, José Ribamar Furtado de Souza, ambos professores da UFC; Valdo José Cavallet da Universidade Federal do Paraná, France Maria Gontijo Coelho da Universidade Federal de Viçosa-MG e Ana Maria Dantas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, também assessora pedagógica da ABEAS. 2 ABEAS – Associação Brasileira de Ensino Agrícola Superior. 9

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científico do Engenheiro Agrônomo contribuirá para a construção de uma sociedade mais

justa e responsável ecologicamente com as futuras gerações (CAVALLET, 1999).

Este projeto político pedagógico busca, desta forma, evidenciar pontos

essenciais para a formação do Engenheiro Agrônomo e apontar caminhos a partir dos

quais sejam possíveis superá-los. Torna-se fundamental a definição do papel político e

ambiental e o corpo de conhecimentos condizentes com a atualidade. A competência

técnica passa necessariamente pela construção de questões e orientação de soluções

suficientemente audazes, viáveis, socialmente justas e ecologicamente conseqüentes

para a produção de alimentos.

3. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

A formação profissional do Engenheiro Agrônomo, bem como os espaços de

atuação do mesmo, têm constituído a pauta principal de reuniões, congressos, comissões

pedagógicas de reestruturação de currículo, órgãos colegiados, entre outras instâncias

de interesse dessa área profissional, dentro e fora da Universidade.

As mudanças em curso, as novas demandas econômicas, políticas (dos

movimentos sociais, setores produtivos, dentre outros) têm solicitado que esse

profissional responda a uma gama de exigências e desafios que vem se redesenhando

nas últimas décadas.

Desta forma, a reflexão sobre o papel da universidade que relacionado à

formação profissional, deve abranger as habilidades e aptidões de apreensão,

compreensão, análise e transformação, tanto no âmbito do conhecimento tecnológico que

se dissemina velozmente, como no âmbito da formação da competência política, social,

ética e humanista,3 tem sido preponderante para discussão da formação do Engenheiro

Agrônomo.

O trabalho da FAO e ALEAS4 (1991), citado por FURTADO DE SOUZA (1993),

aponta alguns fatores externos e internos que caracterizam a ação dos centros de

ciências agrárias no continente. Como fatores externos citam-se a proliferação de

instituições e a massificação do ensino, bem como a insuficiência de recursos nas

faculdades, comprometendo a qualidade do mesmo. Com relação aos fatores internos,

foram destacados: o desconhecimento da realidade do pequeno agricultor e seus

sistemas de produção; a ausência de pesquisas e de tecnologias que atendam a essa

realidade; a proliferação de cursos que não respondem às necessidades dos agricultores; 3 Subsídios do FORGRAD – Fórum Nacional de Pró-Reitores de Graduação das Universidades Brasileiras. 4 FAO: Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação; e ALEAS: Associação Latino-Americana de Educação Agrícola Superior. 10

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a prematura especialização na graduação através de programas que não permitem em

primeiro lugar, o manejo global do processo produtivo; o distanciamento entre as

faculdades e os produtores, suas organizações, as indústrias e os órgãos

governamentais (OGs) e não governamentais (ONGs); a ausência de contato direto com

a realidade rural, por parte de professores e alunos; a formação excessivamente teórica,

abstrata e fora da realidade; currículos com grande número de disciplinas, algumas com

relevância e aplicabilidade discutíveis; métodos de ensino ultrapassado; escassez de

docentes com experiência prática; ausência de considerações dos problemas

locais/regionais por parte dos currículos; desconhecimento de aspectos de administração

rural; processamento e comercialização de produtos e insumos e da organização dos

agricultores; desprezo pelas disciplinas relativas às ciências sociais e humanas; a não

preocupação com a formação de profissionais comprometidos com a realidade; descuido

na formação pedagógica dos docentes.

No caso do Brasil, segundo MEDEIROS (1992), citado por FURTADO DE

SOUZA (1993), estes problemas podem ser considerados como resultante da reforma

universitária de 1968 que trouxe a departamentalização e a matrícula por disciplina,

privilegiando a instrução e a formação fragmentada. Esta estrutura permite a

dissimulação do problema básico de todo currículo: como educar, para que educar e para

quem educar?

A implantação de um regime seriado semestral foi uma tentativa de mudar esta

realidade, apesar de recuperar a unidade de convívio, que é a turma, não contribui para o

avanço da luta contra a fragmentação do ensino (FURTADO DE SOUZA, 1993).

E isso não se consegue apenas com uma mera ordenação da grade curricular.

Ao contrário, segundo BRANDÃO (2000)5, a proposta de revisão do currículo dos cursos

de graduação perpassa a realidade de uma sociedade em transformação. Além de fazer

um percurso crítico na ação dos gestores do projeto pedagógico de curso: coordenações,

administração superior em interfaces com os departamentos, movimento estudantil,

associações federações, conselhos dentre outros (CREA, CONFEA, ABEAS, etc.).

Historicamente os currículos dos cursos de agronomia foram concebidos a partir

de discussões e debates envolvendo as diversas entidades de classe ligadas a área

agronômica. O currículo atual do curso de Agronomia da UFC, implantado em 1989,

decorreu da aprovação do currículo mínimo através da resolução CFE-06 do Conselho

Federal de Educação publicado no Diário Oficial de 30 de abril de 1984, garantindo um

conteúdo mínimo, comum a ser ministrado nos diversos cursos do país.

5 Reflexões/Contribuições à Comissão de elaboração do Projeto Político Pedagógico do Curso de Agronomia em 14 de setembro de 2000 11

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A reforma curricular do curso de Agronomia da UFC, em 1989, foi caracterizada

muito mais por um ordenamento de disciplinas, do que propriamente por uma

reestruturação pedagógica de seu projeto formativo. Um dos fatores que concorreu

provavelmente, para essa situação, foi o baixo índice de participação da comunidade

acadêmica na construção do projeto pedagógico que se pretendia coletiva.

A reestruturação curricular de um curso não é tarefa fácil e nem se dá por um

toque de mágica, nem tampouco por definição da Pró-Reitoria de Graduação. Ela requer

o esforço e participação de todos os atores sociais envolvidos no processo.

Nessa perspectiva, o projeto político pedagógico vai além de um simples

agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que é

construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais como

prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é constituído e vivenciado em todos os

momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola (VEIGA, 2001).

Nesse sentido, o curso de Agronomia vivencia novamente um processo de

reflexão sobre a formação profissional, que é dinâmico e não se estaciona. O grande

desafio na elaboração desse projeto foi o de articular uma construção coletiva com a

maior participação possível.

Na UFC essas discussões não pararam desde a implantação do currículo em

1989. Contudo elas foram pontuais, fragmentadas e sem continuidade. A atual Comissão

tentou resgatar questões antes discutidas pelas outras comissões (e ainda pertinentes

em nossos dias) cujo escasso registro possibilitou de alguma forma retomá-las.

Foi considerado para a elaboração do projeto pedagógico do curso de

Agronomia da UFC uma reflexão sobre alguns temas contidos em CAVALLET (1999)

apresentados a seguir:

• Na medida em que o homem foi criando condições para o desenvolvimento de uma

vida urbana, nos sucessivos ciclos históricos, o meio agrário e seus remanescentes

humanos ficaram limitados a fornecedores de produtos para essa urbanidade,

propiciadora de cidadania;

• As condições e demandas relativas aos aspectos quantitativos da produção agrícola,

que justificavam o surgimento da ciência agronômica, como profissão no início do século

XIX, estão superadas;

• Outras demandas, relativas aos aspectos qualitativos da produção agrícola e à

preservação dos recursos naturais, surgiram na medida em que os impactos ecológicos

do modelo de desenvolvimento se fizeram sentir;

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• A realidade agrária brasileira, nas suas variáveis, evidencia-se como um meio muito

mais complexo do que um simples local de produção agrícola;

• O meio agrário e sua inerente complexidade tem potencial para acolher o

desenvolvimento de um novo modo de vida ecozóico6 e pluriativo possibilitado por uma

plena formação das capacidades humanas dos que ali habitam, ou optem por habitar;

• A Agronomia, no Brasil, foi criada para propiciar soluções às crises de produção,

produtividade e mão-de-obra das grandes lavouras de produtos de largo comércio;

• A Agronomia, dentro dos objetivos que lhe foi atribuído, concebe a população agrária

de uma forma limitada, como um recurso de modelo de desenvolvimento adotado;

• Como um instrumento a serviço da produção agrícola, a Agronomia, formação e

exercício profissional, ficaram subordinados ao Ministério da Agricultura, só adquirindo os

elementos constituintes mesmo que tênues, nas últimas três décadas;

• Com o currículo mínimo sendo estabelecido pelo CFE7, em que pese a crescente

profissionalização nas últimas décadas, decorrente da estruturação de entidades

representativas da categoria e do avanço da regulamentação profissional, a Agronomia,

como ciência, continuou voltada aos aspectos técnico-produtivos agrícola do paradigma

que a dominou historicamente;

• Ancorada num conceito superado, sem ideal coletivo e com seus objetivos

direcionados pelos grupos dominantes, a Agronomia não consolidou os seus elementos

constitutivos e, também imersa em crises, não adquiriu o status de ciência madura, capaz

de atuar na crise paradigmática com força de mudança;

• A Agronomia na atualidade, circunscrita aos marcos teóricos técnico-agronômicos, não

consegue visualizar saídas para si e para o meio agrário que ultrapassem os aspectos

produtivistas da agricultura; e

• Para superar a crise que a envolve, a Agronomia deve passar a discuti-la, em toda sua

extensão, através de um processo de participação efetiva, que envolva os diversos

setores inerentes à realidade agrária.

Outra questão destacada foi a problemática da Região Nordeste em particular a

do Ceará como ponto importante a se contemplar no novo currículo.

Desta forma, a elaboração do novo projeto político pedagógico do curso de

6 Conceito utilizado por BOFF (1998), citado por CAVALLET (1999), para definir uma “nova era da história da terra e da humanidade caracterizada pela preocupação pela ecologia como arte e técnica de viver em harmonia com o universo, com a terra, com todos os seres vivos, com todos os elementos e energias universais”. 7 CFE – Conselho Federal de Educação. 13

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Agronomia, considerou os desafios emergentes que permeiam a realidade agrária

brasileira e as contribuições da Agronomia e do Engenheiro Agrônomo frente a esta

realidade. Considerou-se “igualmente importante à capacitação contínua dos docentes,

não para ensiná-los, na forma tradicional, uma nova didática, mas para ajudá-los a

construir novas alternativas” (CUNHA, 1999).

Ressalta-se ainda o pensamento de GADOTTI (1994), citado por VEIGA (2001):

“Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores”

E assim, reconhecendo o terreno que se está trilhando, é preciso por mãos à

obra. É importante saber que há, na Universidade, algumas pessoas que estão em

desassossego, insatisfeitas com o que fazem e querendo quebrar o ciclo de reprodução.

Certamente serão elas os interlocutores iniciais da mudança (CUNHA, 1999).

Por fim, essa síntese teórico-metodológica tornou-se um instrumento de ampla

discussão que foi enriquecido por professores, estudantes e alguns servidores técnicos

do curso de Agronomia. A princípio foi difícil rever a problemática e as crises históricas do

curso, por outro lado foi necessário e importante para a construção de uma proposta

nova, capaz de atender as demandas da sociedade.

4. PRINCÍPIOS NORTEADORES

A concepção do novo Projeto Pedagógico do Curso de Agronomia, da UFC,

levou em conta a necessidade de atender os desafios que a sociedade impõe à

Universidade, tais como, crescimento, aprimoramento e interação institucional.

Discrimina-se a seguir os princípios norteadores que têm como base o projeto

institucional da UFC, as diretrizes curriculares do CONFEA e MEC, como também as

contribuições de BRANDÃO (2000) e CAVALLET (1999):

• A indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão;

• Interação permanente com a sociedade e o mundo do trabalho, garantida a autonomia

institucional e seu poder de decisão;

• Integração e interação com os demais níveis e graus de ensino;

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• Busca de aperfeiçoamento da formação cultural, técnico-científica do ser humano;

• Formação teórico-metodológica que possibilite uma compreensão crítica, profunda das

questões agrárias e agrícolas, bem como na sua capacidade de análise e intervenção na

realidade;

• Capacidade para o exercício da profissão, através do desenvolvimento do espírito

científico e do pensamento analítico reflexivo;

• Preparo para participar da produção sistematização e superação do saber acumulado;

• Eficiência, eficácia e efetividade de gestão acadêmica no cumprimento dos objetivos

institucionais, com vistas à otimização de um planejamento e integração racional dos

tempos e espaços acadêmicos;

• Orientação acadêmica, individual e coletiva, na formação, e mediação docente em

todas as atividades curriculares;

• Inter-relação estudantil na turma, entre turmas, entre profissões, na universidade e na

sociedade;

• Desenvolvimento da capacidade crítica e da proatividade do educando em todas as

atividades curriculares;

• Flexibilização da estrutura curricular em harmonia com oferta de atividades

formadoras;

• Interdisciplinaridade através da inter-relação entre os diferentes campos que compõem

o conjunto complexo de enfoques e perspectivas proporcionadoras de uma visão

totalizante do conhecimento do campo agronômico;

• Articulação teoria e prática e que consiste no esforço em desenvolver a ação

agronômica num permanente movimento de ação-reflexão-ação, em íntima vinculação

com o cotidiano rural;

• Avaliação permanente, participativa e reflexiva de todo o processo curricular –

concepção e execução, através da comunidade acadêmica;

• Capacitação permanente do corpo docente, fundamentada nas teorias educacionais e

integrada às ações da comunidade acadêmica; e

• Formação básica para atuar nas diversas áreas de conhecimento da profissão com

ênfase nas questões culturais/regionais presentes nos espaços produtivos (diversidade)

consolidando uma participação, comprometida com as questões sociais e ambientais.

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5. MISSÃO DO CURSO

Formar Engenheiros Agrônomos observando as dimensões técnicas

fundamentais para o exercício profissional indissociadas das dimensões ambientais,

sociais, econômicas e políticas ao meio agrário brasileiro e em particular ao semi-árido

nordestino. Para isso, a coordenação da Agronomia, se propõe a organizar o trabalho

pedagógico do curso em sua globalidade, considerando atitudes e posturas que devem

ser assumidas no processo formativo do Engenheiro Agrônomo através dos seguintes

aspectos:

• Eliminar o isolamento crescente entre universidade e o espaço produtivo (campo-

empresa–escolas-associações–organizações–centros de pesquisas integradas).

• Considerar não apenas as questões de produção e produtividade, mas também o

desenvolvimento e o progresso do homem do campo na sua busca de bases materiais e

sociais; e

• Romper com os preconceitos e as velhas idéias assumindo a centralidade do currículo

no processo e não apenas no produto, destacando-se as interações do projeto

acadêmico e a sala de aula e num contexto mais amplo, com a comunidade universitária

na sociedade.

6. PERFIL DO PROFISSIONAL

O processo de formação do profissional de Agronomia deverá ser orientado para

atender o seguinte perfil:

• Visão cultural ampla;

• Habilidade de comunicação na igualdade e na diferença, oral e escrita, convencional e

eletrônica;

• Flexibilidade para acompanhar evoluções;

• Compreensão de sistemas complexos;

• Aptidão no uso da razão e da emoção;

• Conhecimento equilibrado: generalista e especializado (uma base de conhecimentos

bem eclética com possibilidade de aprofundamento em uma área específica);

• Iniciativa criadora;

• Domínio metodológico pluralista;

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• Competência no relacionamento interpessoal;

• Propensão para o trabalho em equipe;

• Ação de liderança;

• Motivação diante de adversidades e contrariedades;

• Postura ética fundamentada em valores universalmente consagrados;

• Compromisso social;

• Disposição para a aprendizagem permanente e o autodesenvolvimento;

• Compreensão dos problemas agrários e agrícolas tendo em vista a realidade, e a

cultura de direitos dos povos do campo;

• Proativo e atento às novas tecnologias adequadas as diversas realidades; e

• Preocupação com a produção diversificada de alimentos, segurança alimentar,

preservação ambiental e qualidade de vida da população em geral.

7. ÁREAS DE ATUAÇÃO

Compete ao Engenheiro Agrônomo desempenhar as atividades profissionais

previstas na Resolução no. 218, de 29.06.73, do CONFEA, e atuar nos seguintes setores:

manejo e exploração de culturas de cereais, olerícolas, frutíferas, ornamentais,

oleaginosas, estimulantes e forrageiras; produção de sementes e mudas; doenças e

pragas das plantas cultivadas; paisagismo; parques e jardins; silvicultura; composição,

toxicidade e aplicação de fungicidas, herbicidas e inseticidas; controle integrado de

doenças de plantas, plantas daninhas e pragas; classificação e levantamento de solos;

química e fertilidade do solo, fertilizantes e corretivos; manejo e conservação do solo, de

bacias hidrográficas e de recursos naturais renováveis; controle de poluição na

agricultura; economia e crédito rural; planejamento e administração de propriedades

agrícolas e extensão rural; mecanização e implementos agrícolas; irrigação e drenagem;

pequenas barragens de terra; construções rurais; tecnologia de transformação e

conservação de produtos de origem animal e vegetal; beneficiamento e armazenamento

de produtos agrícolas; criação de animais domésticos; nutrição e alimentação animal;

pastagem; melhoramento vegetal; melhoramento animal.

Na nova concepção da formação do Engenheiro Agrônomo, são identificados

outros diferentes espaços sociais de atuação deste profissional, resguardando as

conquistas de muitos anos de luta da categoria, que se encontram consubstanciadas

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desde a Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966, que “Regula o exercício das

profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, e dá outras providências” e

da Resolução anteriormente apresentada. A partir de pesquisa realizada com ex-alunos

de Agronomia da Universidade Federal de Viçosa (COELHO, 1999), estes espaços foram

assim identificados:

• Agricultura familiar;

• Agroecologia;

• Agronegócio;

• Movimentos sociais ligados à agricultura;

• Cooperativas Agrícolas e outras formas de associação;

• Empresas de produção de insumos e equipamentos agrícolas;

• Serviço público de extensão rural, reforma agrária e meio ambiente;

• Serviço de difusão tecnológica em empresas privadas;

• Docência;

• Instituições de pesquisa pública e privada;

• Assessoria técnica, organizativa e política no que se refere à Agricultura;

• Planejamento em empresas privadas, instituições estatais e ONG’s; e

• Atuação profissional autônoma.

8. PERFIL E PAPEL DO DOCENTE

Para atingir o perfil do profissional exposto anteriormente foi sugerido que

também se estabelecesse nesse projeto, o perfil do docente. Portanto, tomando como

base a literatura acerca do assunto, sugere-se, no contexto do projeto político-

pedagógico do curso de Agronomia, que o perfil e atuação do docente deve atender ao

que se segue:

• Ser competente em uma determinada área de conhecimento:

Essa competência significa, em primeiro lugar, um domínio dos conhecimentos

básicos, numa determinada área, bem como experiência profissional de campo, domínio

este que se adquire, em geral, por meio dos cursos de bacharelado que se realizam nas

universidades e, ou, faculdades e de alguns anos de exercício profissional (MASETTO,

18

Page 19: Agronomia

1998);

• Ter conhecimentos e práticas profissionais atualizados:

Através de participação em cursos de aperfeiçoamento, especializações,

congressos e simpósios, intercâmbios com especialistas, etc. (MASETTO, 1998);

• Ter domínio na área pedagógica:

Em geral, esse é o ponto mais carente quando se fala em profissionalismo na

docência. Seja porque os professores nunca tiveram oportunidade de entrar em contato

com essa área, seja porque a vêem como algo supérfluo ou desnecessário para sua

atividade de ensino (MASETTO, 1998);

• Ser conceptor e gestor de currículo:

É muito freqüente um professor ensinar uma, duas ou três disciplinas num

determinado curso de forma um tanto independente, desenvolvendo-as um tanto

isoladamente, sem fazer relações explícitas com outras disciplinas do mesmo currículo

ou com as necessidades primeiras do exercício de determinada profissão. Às vezes, por

achar que o aluno já conhece muito bem a importância da disciplina para sua profissão;

às vezes, porque o mesmo professor desconhece as relações entre a sua disciplina e o

restante do currículo, uma vez que não participou da elaboração do currículo ou o

desconhece em sua totalidade. É fundamental que o docente perceba que o currículo de

formação de um profissional abrange o desenvolvimento da área cognitiva quanto à

aquisição, à elaboração e à organização de informações, ao acesso ao conhecimento

existente, à produção de conhecimento e à reconstrução do próprio conhecimento, à

identificação de diferentes pontos de vista sobre o mesmo assunto, à imaginação, à

criatividade, à solução de problemas (MASETTO, 1998);

• Compreender a relação professor-aluno e aluno-aluno no processo de ensino-

aprendizagem:

É necessário um professor com o papel de orientador das atividades que

permitirão ao aluno aprender, que seja um elemento motivador e incentivador do

desenvolvimento de seus alunos, que esteja atento para mostrar os progressos deles,

bem como para corrigi-los quando necessário, mas durante o curso, com tempo para que

seus aprendizes aprendam nos próximos encontros ou aulas que tiverem. Um professor

que, com seus alunos, forme um grupo de trabalho com objetivos comuns, que incentive

a aprendizagem de uns com os outros, estimule o trabalho em equipe, a busca de

solução para problemas em parceria, que seja um motivador para os alunos realizarem

suas pesquisas e seus relatórios, que crie condições contínuas de feedback entre aluno e

19

Page 20: Agronomia

professor (MASETTO, 1998);

• Ter domínio da tecnologia educacional:

Para que um professor atue como profissional na docência, é importante que ele

tenha domínio sobre o uso da tecnologia educacional, no tocante a sua teoria e prática.

Que conheça o uso de diferentes dinâmicas de grupo, de estratégias participativas, de

técnicas que colocam o aluno em contato com a realidade ou a simulam; aplicação de

técnicas que “quebram o gelo” no relacionamento grupal e criam um clima favorável de

aprendizagem ou utilizam o ensino com pesquisa, ou exploram e valorizam leituras

significativas e desempenho de papéis; e uso de técnica de planejamento em parceria

tornam o processo de ensino-aprendizagem , mais eficiente e mais eficaz. Hoje, às mais

de cem técnicas de aulas existentes e aplicadas juntam-se as novas tecnologias

relacionadas com a informática e a telemática: o computador no processo de ensino-

aprendizagem, na pesquisa; a Internet, o data-show, a videoconferência, o e-mail etc

(MASETTO, 1998);

• O exercício da dimensão política é imprescindível ao exercício da docência

universitária:

O professor, ao entrar na sala de aula para ensinar uma disciplina, não deixa de

ser um cidadão, alguém que faz parte de um povo, de uma nação, que se encontra em

um processo histórico e dialético, que participa da construção da vida e da história de seu

povo. Ele tem uma visão de homem, de mundo, de sociedade, de cultura e de educação

que dirige suas opções e suas ações mais ou menos conscientemente, ele é um cidadão,

um “político”, alguém comprometido com seu tempo, sua civilização e sua comunidade, e

isso não se desprega de sua pele no instante em que ele entra em sala de aula. Pode até

querer omitir esse aspecto em nome da ciência que deve transmitir, e que, talvez

ingenuamente, ainda entenda que possa fazê-lo de forma neutra. Mas o professor

continua cidadão e político e, como profissional da docência, não pode deixar de sê-lo

(MASETTO, 1998);

• Ensinar priorizando a aprendizagem como produção do conhecimento:

A produção, apropriação e circulação do conhecimento não devem ficar restritas

à pesquisa, isolada como atividade na pós-graduação. Embora compreendendo que a

pesquisa institucionalizada por seu ritual metodológico esteja definida para a pós-

graduação vinculada à especialização, e que, na graduação, seja feito o ensino do

conhecimento sistemático e específico para a competência do profissional desejado, com

a finalidade de formar profissionais generalistas, percebe-se que as questões

epistemológicas da pesquisa precisam infiltrar-se no ensino de graduação (FERNANDES,

20

Page 21: Agronomia

2000);

• Assumir a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e a extensão:

Indissociável é uma coisa que é una, que não se distingue em partes. É diferente

de integração onde as partes podem correr separadas por um fio condutor. Tem-se

constantemente falado e lutado pela indissociabilidade sem, entretanto aprofundar o seu

sentido pedagógico e epistemológico no fazer do ensino superior (Cunha, 1999:9). É

necessário então que se pense a prática pedagógica que promova um ensinar e um

aprender indissociado da marca da pesquisa – a dúvida – e da marca da extensão – a

leitura da realidade. Essas marcas configuram compreensões de conhecimento, ciência e

mundo que gesta diferentes formas de ensinar e aprender invertendo a lógica de primeiro

a teoria e depois a prática, retirando o conhecimento do seu isolamento histórico e da sua

forma cristalizada de apresentação do pronto, para recriá-lo na prática da sala de aula e

em seu contexto histórico (FERNANDES, 2000);

• Privilegiar o processo de ensino-aprendizagem com ênfase na aprendizagem dos

alunos:

Colocar a aprendizagem na prática como objetivo central da formação dos

alunos significa iniciar pela alteração da pergunta que regularmente é feita quando se vai

preparar as aulas – “o que devo ensinar aos meus alunos?”- por outra mais coerente – “o

que meus alunos precisam aprender para se tornarem cidadãos profissionais

competentes numa sociedade contemporânea?”. A docência no ensino superior exige

não apenas domínio de conhecimentos transmitidos por um professor como também um

profissionalismo semelhante àquele exigido para o exercício de qualquer profissão

(MASETTO, 1998);

• Ser o mediador entre a cultura oficial e a cultura dos alunos:

O professor já não é a fonte básica do conhecimento, mas, sim, responsável

pela qualificação e interpretação do conhecimento existente e da produção do

conhecimento novo (FREIRE e SHOR, 1987, citado por Furtado de Souza, 1993). O

aluno deixa de ser o elemento passivo que recebe o conhecimento pronto para se tornar

parceiro do professor no processo de ensinar, intervindo nesse processo com suas

dúvidas construídas no enfrentamento da leitura da realidade com o conhecimento posto

(FERNANDES, 2000).

9. ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS

A formação profissional do Engenheiro Agrônomo não se reduz mais a

uma questão meramente técnica à adoção de medidas isoladas sobre aspectos pontuais

21

Page 22: Agronomia

dentro da propriedade agrícola. Também não está vinculada somente a grandes

proposições teóricas agronômicas, mas depende sim, de medidas concretas que venham

atender às necessidades sentidas da sociedade (não do profissional isoladamente),

recorrendo às diversas áreas do conhecimento, reforçando o princípio da

transdiciplinaridade e flexibilização curricular (FURTADO DE SOUZA e BRANDÃO,

2000).

Dessa forma as estratégias pedagógicas como proposições de atividades

amplas, devem envolver os docentes, discentes, corpo técnico e administrativo, na

perspectiva da melhoria da qualidade do curso, como: parcerias, convênios, reuniões

pedagógicas, intercâmbios, publicações, núcleos de estudos, conferências, seminários,

etc. Assim sendo, deverão ser adotadas as seguintes estratégias:

• Divulgação do curso de Agronomia da UFC:

Objetiva-se ampliar o interesse do público pelo curso divulgando-o em colégios e

escolas técnicas, no interior e capital do Ceará, através de informações veiculadas em

rádio, televisão, jornais, folhetos, Internet etc. Professores, Servidores Técnico-

administrativos e estudantes do curso deverão participar através de ações orientadas

pela Coordenação de Extensão do Centro de Ciências Agrárias da UFC, concentrando a

divulgação nos três meses que antecedem às inscrições para o vestibular.

• Descentralização do vestibular para o interior do Ceará:

Esta estratégia visa favorecer/facilitar o acesso de um número maior de

candidatos identificados com o curso. A Comissão Coordenadora do Vestibular (CCV)

deverá proporcionar os meios para a realização da mesma com o apoio da Administração

Superior da UFC.

• Promoção de seminário de recepção dos calouros:

Essa estratégia visa criar um espaço de informação para os estudantes e

promover um maior entrosamento dos mesmos com o curso e a estrutura universitária. A

semana do calouro deverá ter atividades acadêmicas e culturais e contar com o apoio e

participação da Administração Superior da UFC, da Diretoria do CCA e do Centro

Acadêmico Dias da Rocha.

• Contato imediato dos estudantes recém-ingressos do curso com atividades relacionadas à profissão:

Objetiva-se despertar o interesse dos estudantes recém-ingressos pelos

conteúdos profissionalizantes, pois o longo interstício de contato, provocado pela

disponibilização das disciplinas do básico, têm-se constituído em fonte de desmotivação

22

Page 23: Agronomia

e conseqüente evasão. Para tanto, deverá ser disponibilizada disciplina introdutória

específica em Agronomia, logo no primeiro semestre letivo. Outras atividades

relacionadas com o campo de atuação do Engenheiro Agrônomo deverão ser promovidas

no início de cada semestre letivo, tais como: gincana agronômica, dia de campo, semana

do calouro, etc. Nestas atividades deverão estar envolvidos os professores e a

Coordenação do Curso, o Centro Acadêmico e a Coordenação de Assuntos Estudantis.

• Apoio didático aos estudantes recém-ingressos nos conteúdos básicos:

Essa estratégia visa eliminar as deficiências na formação básica dos estudantes

recém-ingressos. Deverão ser envolvidos estudantes de pós-graduação como monitores

de aulas reforço, sob orientação dos docentes diretamente relacionados. Para a

efetivação dessa estratégia, é necessário o envolvimento da Pró-Reitoria de Graduação e

Administração Superior da UFC.

• Criação de uma home page informativa sobre o curso:

Visa criar um informativo permanente sobre o curso nos seguintes aspectos:

admissão, infra-estrutura, corpo docente, atividades de ensino, pesquisa e extensão,

histórico do curso, área de atuação do profissional, dentre outros. Deverão ser envolvidos

a Coordenação do Curso, Centro Acadêmico, Servidores Técnico-administrativos e

Coordenação de Assuntos Estudantis e NPD – Núcleo de Processamento de Dados.

• Orientação acadêmica:

Através dessa estratégia os estudantes do curso receberão orientação

acadêmica nos aspectos relacionados à escolha de disciplinas a cursar,

encaminhamentos às atividades complementares e outros aspectos importantes para a

sua formação. Professores envolvidos com o curso de Agronomia comporão o grupo de

orientadores.

• Capacitação do grupo de orientadores:

Esta estratégia visa explicitar o papel do orientador acadêmico e identificar

estratégias de ação ao longo da orientação. Os orientadores acadêmicos serão

capacitados periodicamente, através de seminários e, ou, cursos, utilizando-se

metodologias participativas. A articulação dessa capacitação cabe à Coordenação do

Curso em conjunto com pessoal especializado da UFC.

• Atualização pedagógica dos docentes envolvidos no curso:

Deverá ser criado um espaço permanente para capacitação e atualização do

corpo docente nas questões pedagógicas, políticas e sociais da prática de ensino.

23

Page 24: Agronomia

Deverão ser promovidos mini-cursos semestrais pela Coordenação do Curso, em

conjunto com pessoal especializado de outras áreas de conhecimento da UFC.

• Maior integração dos docentes e departamentos envolvidos nos conteúdos básico/profissionais essenciais /profissionais específicos:

Objetiva-se, com esta estratégia, integrar os docentes das disciplinas básicas

com os docentes das disciplinas profissionais, com a finalidade de envolvê-los na

realidade do curso de Agronomia e promover uma relação dos conteúdos ministrados por

esses professores. Essa estratégia se concretiza através da participação dos professores

nos diversos momentos acadêmicos em que todos os envolvidos com o curso de

Agronomia serão convidados a participar, tais como: orientação acadêmica, capacitação

do grupo de orientadores, atualização pedagógica dos docentes envolvidos no Curso,

etc. Essa articulação/interação deverá ser promovida pela Coordenação do curso.

• Ciclos de discussão integrada com o setor produtivo:

Objetiva-se uma maior integração com a sociedade civil através de eventos de

caráter periódico envolvendo os diferentes setores relacionados à agropecuária (FAEC8,

FIEC9, Sindicatos, ONGs, Movimentos Sociais e Sindicais relacionados com o campo,

Instituições Públicas do setor Agropecuário, etc.). Estes eventos devem ter uma

coordenação permanente e a viabilização deverá ter a participação efetiva da

Administração Superior da UFC, Diretoria do CCA e Coordenação de Extensão do CCA.

• Integração de aulas práticas de campo:

Planejamento e organização de um calendário escolar envolvendo disciplinas do

mesmo semestre, em atividades práticas de campo a serem ministradas de forma

integrada fora do Campus do Pici. Para a efetivação dessa estratégia necessita-se, além

do trabalho da própria Coordenação do curso, da participação e apoio da Diretoria do

CCA e da Administração Superior para que sejam propiciadas as condições de

operacionalização da mesma.

• Melhor infra-estrutura de realização de aulas práticas, atividade supervisionada, produção de material didático, etc.:

Deverá ser criada uma estrutura de apoio para o desenvolvimento de atividades

relacionadas às aulas práticas, através da viabilização de convênios com empresas

públicas e, ou, privadas do setor agropecuário, com vistas a maior oferta de

oportunidades de aperfeiçoamento didático dos estudantes. A implantação dessa

8 Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará 9 Federação das Industrias do Estado do Ceará 24

Page 25: Agronomia

estratégia demanda total apoio e envolvimento da Administração Superior e Diretoria do

CCA

• Associação de Ex-alunos do Curso de Agronomia da UFC:

Essa estratégia deve ser implementada visando atender a necessidade de maior

integração dos profissionais formados pela UFC, possibilitando a criação de um canal de

integração. Dever-se criar um banco de dados com informações relativas a inserção

desses profissionais no mercado de trabalho e as demandas profissionais na área de

Agronomia. A formação dessa associação deverá contar com o incentivo da Diretoria do

CCA e da Coordenação de Curso para que ex-alunos integrantes do quadro de

funcionários da UFC viabilizem a fundação da associação.

10. CURRÍCULO

10.1. Objetivos

O novo currículo de Agronomia tem como objetivo a reorganização do

ensino agronômico, fundamentada nas Diretrizes Curriculares, nas novas demandas

sociais da profissão e na necessidade de formar um profissional que possa entrar em

contato com a prática profissional de seu campo durante o percurso acadêmico, e a partir

daí possa identificar como se organiza o sistema social em que sua profissão está

inserida a fim de reconhecer e atuar no seu futuro espaço de trabalho.

10.2. Diretrizes Curriculares

As diretrizes curriculares são definições sobre princípios, fundamentos e

procedimentos normatizadores para a elaboração e implantação de projetos pedagógicos

para os diversos cursos de graduação na área de Ciências Agrárias das IES.

As diretrizes curriculares para o curso de Engenharia Agronômica ou Agronomia

indicará claramente os componentes curriculares abrangendo a organização do curso, o

projeto pedagógico, perfil desejado do formando, competências e habilidades, conteúdos

curriculares, estágio curricular supervisionado, atividades complementares,

acompanhamento e avaliação, trabalho de curso como componente obrigatório ao longo

do último ano do curso, sem prejuízo de outros aspectos que tornem consistente o

projeto pedagógico.

São as seguintes as diretrizes curriculares nacionais para o ensino para o curso

de graduação em Engenharia Agronômica ou Agronomia:

• O projeto pedagógico do curso, observando tanto o aspecto do progresso profissional

25

Page 26: Agronomia

quanto da competência científica e tecnológica, permitirá ao profissional a atuação crítica

e criativa, na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos

políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em

atendimento às demandas da sociedade.

• O projeto pedagógico do curso de graduação em Engenharia Agronômica ou

Agronomia, deverá assegurar a formação de profissionais aptos a compreender e traduzir

as necessidades dos indivíduos, grupos sociais e comunidade, com relação aos

problemas tecnológicos, sócio-econômicos, gerenciais e organizativos, bem como

utilizarem racionalmente os recursos disponíveis, além de conservarem o equilíbrio do

ambiente.

O Curso deverá estabelecer ações pedagógicas com base no desenvolvimento de

condutas e atitudes com responsabilidade técnica e social, tendo como princípios:

• respeito à fauna e à flora;

• conservação e, ou, recuperação da qualidade do solo, do ar e da água;

• uso tecnológico racional, integrado e sustentável do ambiente;

• emprego de raciocínio reflexivo, crítico e criativo; e

• atendimento às expectativas humanas e sociais no exercício de atividades

profissionais.

O curso de graduação em Engenharia Agronômica ou Agronomia deverá, em

seu projeto pedagógico, além da clara concepção do curso, com suas peculiaridades, seu

currículo e sua operacionalização, abrangerão, os seguintes aspectos:

• Objetivos gerais do curso, contextualizados em relação às suas inserções institucional,

política, geográfica e social;

• Condições objetivas de oferta e a vocação do curso;

• Formas de realização da interdisciplinaridade;

• Modos de integração entre teoria e prática;

• Formas de avaliação do ensino e da aprendizagem;

• Modos de integração entre graduação e pós-graduação, quando houver;

• Incentivo à investigação como necessário prolongamento da atividade de ensino e

como instrumento para a iniciação científica;

• Regulamentação das atividades relacionadas com trabalho de curso ou trabalho de

graduação, de acordo com a opção das instituições de ensino, sob diferentes

modalidades;

• Concepção e composição das atividades de estágio curricular supervisionado

obrigatório, contendo suas diferentes formas e condições de realização, observado o

26

Page 27: Agronomia

respectivo regulamento; e

• Concepção e composição das atividades complementares

O curso de Engenharia Agronômica ou Agronomia deve ensejar como perfil:

• Sólida formação científica e geral que os possibilite a absorver e desenvolver

tecnologia;

• Capacidade crítica e criativa na identificação tomada de decisão e resolução de

problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e

culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade;

• Compreensão e tradução das necessidades de indivíduos, grupos sociais e

comunidade, com relação aos problemas tecnológicos, sócio-econômicos, gerenciais e

organizativos, bem como utilização racional os recursos disponíveis, além de

conservação o equilíbrio do ambiente;e

• Capacidade para adaptação flexível, crítica e criativa às novas situações.

O curso de Engenharia Agronômica ou Agronomia deve possibilitar a formação

profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades:

• Projetar, coordenar, analisar, fiscalizar, assessorar, supervisionar e especificar técnica

e economicamente projetos agroindustriais e do agronegócio, aplicando padrões,

medidas e controle de qualidade;

• Realizar vistorias, perícias, avaliações, arbitramentos, laudos e pareceres técnicos

com condutas, atitudes e responsabilidade técnica e social, respeitando a fauna e a flora

e promovendo a conservação e/ou recuperação da qualidade do solo, do ar e da água,

com o uso de tecnologias integradas e sustentáveis do ambiente;

• Atuar na organização e gerenciamento empresarial e comunitário interagindo e

influenciando nos processos decisórios de agentes e instituições, na gestão de políticas

setoriais;

• Produzir, conservar e comercializar alimentos, fibras e outros produtos agropecuários;

• Participar e atuar em todos os segmentos das cadeias produtivas do agronegócio;

• Exercer atividades de docência, pesquisa e extensão no ensino técnico profissional

(para a licenciatura serão incluídos, no conjunto dos conteúdos profissionais, os

conteúdos da Educação Básica, consideradas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a

formação de professores em nível superior, bem como as Diretrizes Nacionais para a

Educação Básica e para o Ensino Médio), ensino superior, pesquisa, análise,

experimentação, ensaios e divulgação técnica e extensão; e

• Enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do mundo do

trabalho, adaptando-se a situações novas e emergentes.

27

Page 28: Agronomia

O curso de graduação em Engenharia Agronômica ou Agronomia deve possuir

um Projeto Pedagógico que demonstre claramente como o conjunto das atividades

previstas garantirá o perfil desejado de seu formando e o desenvolvimento das

competências e habilidades esperadas, e que garanta a coexistência de relações entre

teoria e prática, como forma de fortalecer o conjunto dos elementos fundamentais para a

aquisição de conhecimentos necessários à concepção e à prática da Engenharia

Agronômica ou Agronomia, capacitando o profissional a adaptar-se de modo flexível,

crítico e criativo às novas situações.

Os conteúdos curriculares do curso de Engenharia Agronômica ou Agronomia

serão distribuídos em três núcleos de conteúdos, recomendando-se a

interpenetrabilidade entre eles:

• Núcleo de Conteúdos Básicos será composto dos campos de saber que fornecem o

embasamento teórico necessário para que o futuro profissional possa desenvolver seu

aprendizado. Este núcleo será integrado por:

o Biologia;

o Estatística;

o Expressão Gráfica;

o Física;

o Informática;

o Matemática;

o Metodologia Científica e Tecnológica; e

o Química.

• Núcleo de Conteúdos Profissionais Essenciais será composto por campos de saber

destinados à caracterização da identidade do profissional. O agrupamento destes

campos de geram grandes áreas que caracterizam o campo profissional e agronegócio,

integrando as sub-áreas de conhecimento que identificam atribuições, deveres e

responsabilidades. Este núcleo será constituído por:

o Agrometeorologia e Climatologia;

o Avaliação e Perícias;

o Biotecnologia, Fisiologia Vegetal e Animal;

o Cartografia, Geoprocessamento e Georeferenciamento;

o Comunicação, Ética, Legislação, Extensão e Sociologia Rural;

o Construções Rurais, Paisagismo, Floricultura, Parque e Jardins;

o Economia, Administração Agroindustrial, Política e Desenvolvimento Rural;

o Energia, Máquinas, Mecanização Agrícola e Logística;

o Genética de Melhoramento;

28

Page 29: Agronomia

o Manejo e Produção e Florestal;

o Zootecnia e Fitotecnia;

o Gestão Empresarial, Marketing e Agronegócio;

o Hidráulica, Hidrologia, Manejo de Bacias Hidrográficas, Sistemas de Irrigação e

Drenagem;

o Manejo e Gestão Ambiental;

o Microbiologia e Fitossanidade;

o Sistemas Agro-Industriais;

o Solos, Manejo e Conservação do Solo e da Água, Nutrição de Plantas e

Adubação;

o Técnicas e Análises Experimentais;

o Tecnologia de Produção, Controle de Qualidade e Pós-Colheita de Produtos

Agropecuários;

• Núcleo de Conteúdos Profissionais Específicos deverá ser inserido no contexto do

Projeto pedagógico do curso, visando a contribuir para o aperfeiçoamento da habilitação

profissional do formando. Sua inserção no currículo permitirá atender peculiaridades

locais e regionais e, quando couber, caracterizar o projeto institucional com identidade

própria.

• Os núcleos de conteúdos poderão ser dispostos, em termos de carga horária e de

planos de estudo, considerando atividades práticas e teóricas, individuais ou em equipe,

tais como:

o Participação em aulas práticas, teóricas, conferências e palestras;

o Experimentação em condições de campo ou laboratório;

o Utilização de sistemas computacionais;

o Consultas à biblioteca;

o Viagens de estudo;

o Visitas técnicas;

o Pesquisas temáticas e bibliográficas;

o Projetos de pesquisa e extensão;

o Estágios profissionalizantes em instituições credenciadas pelas IES; e

o Encontros, congressos, exposições, concursos, seminários, simpósios, fóruns de

discussões, etc.

O estágio curricular supervisionado deve ser concebido como conteúdo curricular

obrigatório, devendo cada Instituição, por seus colegiados acadêmicos, aprovar o

correspondente regulamento, com suas diferentes modalidades de operacionalização. 29

Page 30: Agronomia

Os estágios supervisionados são conjuntos de atividades de formação,

programados e diretamente supervisionados por membros do corpo docente da

instituição formadora e procuram assegurar a consolidação e articulação das

competências estabelecidas:

o Os estágios supervisionados visam assegurar o contato de formando com situações,

contextos e instituições, permitindo que conhecimentos, habilidades e atitudes se

concretizem em ações profissionais, sendo recomendável que as atividades do estágio

supervisionado se distribuam ao longo do curso;

o A instituição poderá reconhecer atividades realizadas pelo aluno em outras instituições,

desde que estas contribuam para o desenvolvimento das habilidades e competências

previstas no projeto do curso.

As atividades complementares são componentes curriculares obrigatórios que

possibilitem o reconhecimento, por avaliação, de habilidades, conhecimentos,

competências e atitudes do aluno, inclusive adquiridas fora do ambiente escolar.

o As atividades complementares podem incluir projetos de pesquisa, monitoria, iniciação

científica, projetos de extensão, módulos temáticos, seminários, simpósios, congressos,

conferências, além de disciplinas oferecidas por outras instituições de ensino.

o As atividades complementares se constituem de componentes curriculares

enriquecedoras e implementadoras do próprio perfil do formando, sem que se confundam

com o estágio supervisionado.

O trabalho final de curso é componente curricular obrigatório a ser realizado ao

longo do último ano do curso, centrado em determinada área teórica-prática ou de

formação profissional do curso, como atividade de síntese e integração de conhecimento,

e consolidação das técnicas de pesquisa.

A Instituição deverá emitir regulamentação própria, aprovada pelo seu Conselho

Superior Acadêmico, contendo, obrigatoriamente, critérios, procedimentos e mecanismos

de avaliação, além de diretrizes e técnicas relacionadas com sua elaboração.

As Diretrizes Curriculares Nacionais desta Resolução deverão ser implantadas

pelas Instituições de Educação Superior, obrigatoriamente, no prazo de dois anos, aos

alunos ingressantes, a partir da publicação desta.

As IES poderão optar pela aplicação das DCN aos demais alunos do período ou

ano subseqüente à publicação desta.

A duração do curso de graduação em Agronomia ou Engenharia Agronômica será

estabelecida em Resolução específica da Câmara de Educação Superior.

30

Page 31: Agronomia

10.3. Áreas Curriculares

A partir das diretrizes curriculares, sugere-se as seguintes áreas:

• Núcleo de conteúdos básicos essenciais:

o Biologia;

o Ecologia;

o Ciências Sociais e Humanas,

o Estatística e Experimentação,

o Expressão Gráfica,

o Física,

o Matemática; e

o Química.

• Núcleo de conteúdos profissionalizantes essenciais:

o Agricultura e Silvicultura;

o Botânica;

o Construções Rurais;

o Economia, Administração e Desenvolvimento Sustentável;

o Fitossanidade;

o Geração e Comunicação em Ciência e Tecnologia;

o Geodésia e Topografia;

o Hidráulica e Irrigação;

o Mecânica e Mecanização Agrícola;

o Meteorologia e Climatologia;

o Processamento de Produtos Agropecuários;

o Solos e Nutrição de Plantas; e

o Zootecnia Geral.

• Núcleo de conteúdos profissionalizantes específicos:

o Produção Vegetal;

o Produção Animal;

o Engenharia Rural;

o Economia, Sociedade e Desenvolvimento;

o Agroindústria; e

o Solos e Meio Ambiente.

31

Page 32: Agronomia

10.4. Estrutura Curricular

A estrutura curricular visando a composição do projeto político-pedagógico do

Curso de Agronomia da UFC, têm como referência algumas premissas básicas.

A primeira refere-se ao atendimento das diretrizes curriculares para os cursos de

graduação estabelecidas pelo MEC. Estas diretrizes definem a necessidade de formação

de recursos humanos com amplo e profundo domínio de conceitos básicos e essenciais à

atuação profissional, bem como de outros mais específicos, permitindo-se, assim,

profissionais com conhecimento mais especializado em determinadas áreas de atuação,

ou, até mesmo mais generalista. Porém, a mesma base de conceitos básicos e

essenciais é comum a ambas as variações, o que torna o profissional formado muito mais

adaptável às necessidades futuras. A estrutura curricular sugerida e a ser discutida pela

Comunidade Universitária, deve considerar a definição de áreas de conhecimento mais

específicas, nas quais são dispostas disciplinas com conteúdos que atendam

necessidades individuais e mesmo mais amplas, como as de caráter regional. Foram

definidas na estrutura sugerida as seguintes áreas de conhecimento: Produção Vegetal;

Produção Animal; Engenharia Rural; Economia, Sociedade e Desenvolvimento;

Agroindústria; e Solos e Meio Ambiente.

A segunda premissa básica refere-se a necessidade de flexibilização da

estrutura curricular. Esta premissa é atendida pelos aspectos discutidos na primeira, ou

seja, oferecimento e organização das disciplinas por núcleos, sendo alguns de caráter

obrigatório, ou seja, essenciais para a formação do estudante, e os específicos,

organizados por áreas de conhecimento, sendo oferecidos a escolha do estudante,

porém exigindo-se o cumprimento de certo número de créditos. Priorizou-se, também, a

adoção de carga horária que permita compatibilizar mais adequadamente a distribuição

das disciplinas no dia a dia do estudante ao longo do curso. O grande número de

disciplinas do currículo atual com elevado número de horas-aula (80 ou 96 horas-aula),

de certa forma têm dificultado o arranjo da seqüência normal de disciplinas a serem

cursadas pelos estudantes nos vários semestres letivos. Adotou-se a carga horária de 64

horas-aula como referência para a grande maioria das disciplinas. Este número não

significou, porém, a redução de carga horária dos conteúdos, mas em certos casos o

aumento, como pode ser comprovado na proposta.

A terceira premissa da proposição desta comissão refere-se a insatisfação

generalizada da Comunidade Universitária envolvida com o curso de Agronomia da UFC.

Insatisfações estas apresentadas de diversas formas por professores, estudantes e

funcionários, através de depoimentos verbais ou até mesmo pelos questionários enviados

aos professores e ex-alunos do curso. Geralmente estas manifestações estão associadas

32

Page 33: Agronomia

à pequena carga horária de alguns conteúdos e mesmo o não atendimento de outros, a

não atualização dos conteúdos currículo, a estrutura rígida da grade curricular que não

propicia condições para sua atualização, as deficiências de formação dos estudantes

ingressos no curso, entre outras.

A quarta e última premissa refere-se as tendência gerais dos currículos de

escolas brasileiras tradicionais de Agronomia, por considerar que estas escolas, apesar

de inseridas em realidades diferentes da UFC, passaram por discussões nos mais

diversos níveis internos e externos de sua estrutura. Considerou-se os currículos dos

cursos de Agronomia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade

de São Paulo (ESALQ- USP), da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da

Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

11. Organização Curricular

O Curso de Agronomia funciona no período diurno, com regime semestral,

oferecendo 140 vagas por ano com duas entradas por processo seletivo (vestibular),

funcionando no Campus do PICI. Horário de Funcionamento do Curso: 7:00 às 18:00 h.

A estrutura administrativa atual do curso está organizada de acordo com o

Estatuto da UFC, tendo uma coordenação própria eleita pelos membros representantes

das Unidades Curriculares que totalizam 13 (treze) e por 3 (três) representantes

estudantis.

O gerenciamento acadêmico e didático-pedagógico do curso é processado pela

sua Coordenação com o apoio da Pró-Reitoria de Graduação/COPIC-CAD e CPAD e das

Secretarias dos Departamentos que ofertam as disciplinas e registram o desempenho

acadêmico dos alunos nas avaliações semestrais.

Internamente, a coordenação de Curso conta com o apoio de um funcionário -

assistente administrativo e de um estudante com bolsa-trabalho, que colabora com o

atendimento do estudante e do público em geral, diante das crescentes demandas por

informações sobre a vida acadêmica e na operacionalização e/ou divulgação de

atividades científico-culturais propostas pelo colegiado do curso em articulação com a

Diretoria do Centro de Ciências Agrárias.

33

Page 34: Agronomia

12. INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR

Buscando atingir os objetivos já expostos para a formação do Engenheiro

Agrônomo buscou-se viabilizar uma integralização curricular em que fosse ofertado um

núcleo de conteúdos obrigatórios para a formação profissional e um núcleo de conteúdos

em que o discente fizesse escolhas para construir e complementar o seu curso. Os dois

núcleos de conteúdos garantem as competências e a sólida formação do Engenheiro

Agrônomo.

O estudante de Agronomia poderá cursar no mínimo 12 créditos e no máximo 32

créditos por semestre letivo. O tempo normal de duração do curso é de 05 anos (10

semestres) e o tempo máximo é o somatório do tempo normal mais 50% do mesmo, ou

seja, 07 (sete) anos e meio (15 semestres).

O curso de Agronomia da Universidade Federal do Ceará está estruturado de

acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Agronomia e/ou

Engenharia Agronômica, a saber: núcleo de conteúdos básicos, núcleo de conteúdos

profissionalizantes essenciais e núcleo de conteúdos de profissionalizantes específicos.,

além dos componentes curriculares obrigatórios: Estágio Supervisionado, Trabalho de

Conclusão de Curso e Atividades Complementares.

Para integralizar seu currículo, o estudante de Agronomia deverá cursar uma

carga horária mínima de 4.320 horas, perfazendo um total de 270 créditos, distribuídos

da seguinte forma: 3.488 horas-aula (218 créditos) em disciplinas básicas e

profissionalizantes essenciais (disciplinas obrigatórias), 384 horas-aula (24 créditos) em

disciplinas profissionais específicas (disciplinas optativas), horas (18 créditos) referente

ao estágio supervisionado, horas (6 créditos) referente ao trabalho de conclusão de curso

e 64 horas (4 créditos) de atividades complementares. O Quadro 1 apresenta um resumo

da distribuição da carga horária total do curso por semestre letivo.

34

Page 35: Agronomia

35

Quadro 01 - Resumo da Carga Horária exigida para integralização curricular do Curso de Agronomia

Componente Curricular Semestre Letivo

No. de Créditos

Carga Horária

1 27 432h

2 28 448h

3 28 448h

4 29 464h

5 28 448h

6 27 432h

7 24 384h

8 19 304h

Disciplinas obrigatórias

9 08 128h

Estágio Supervisionado 18 288h

Trabalho de conclusão de curso 10

6 96h

Disciplinas optativas - 24 384h

Atividades Complementares - 4 64h

TOTAL 270 4320h 12.1 Disciplinas obrigatórias: núcleo de conteúdos básicos e

profissionalizantes essenciais

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Engenharia

Agronômica ou Agronomia, para integralizar o curso o aluno deverá cursar disciplinas de

conteúdos básicos, que irão fornecer o embasamento teórico básico para que o

estudante possa desenvolver seu aprendizado de modo desejado. Também deverá

passar por conteúdos destinados à caracterização da identidade profissional.

Assim, respeitando as DCN, o estudante de Agronomia para integralizar seu

currículo deverá cursar 3488 horas-aula (218 créditos) de disciplinas básicas e

profissionalizantes essenciais. A integralização curricular das disciplinas obrigatórias do

curso de Agronomia será efetivada através das disciplinas apresentadas no quadro 02.

Page 36: Agronomia

Quadro 02 - Disciplinas Obrigatórias: núcleo de conteúdos básicos e profissionalizantes essenciais do Curso de Agronomia 1° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Equivalências

(AC000) Introdução à Agronomia 03 48h (CH000) Biologia Celular Geral 04 64h (CB000) Cálculo Diferencial e Integral 06 96h (CD000) Física Básica I 04 64h (CF673) Química Geral e Analítica 06 96h (CH000) Zoologia Básica 04 64h Total 27 432h

2° Semestre

Disciplina No. Créditos

Carga horária

Pré-Requisito Equivalências

(AD000) Desenho Técnico 03 48h AD173-Topografia e Desenho (AB000) Estatística Básica 04 64h (CB000) Álgebra Linear e Geometria Analítica 03 48h (CE802) Química Orgânica I 06 96h

(AC476) Princípios de Entomologia Agrícola 04 64h CH779-Zoologia Geral CH000-Zoologia Básica

(CH000) Morfologia, Sistemática e Fitogeografia de Angiospermae

04 64h CH000-Biologia Celular Geral

(CD000) Física Básica II 04 64h CD000-Física Básica I CB000-Cálculo Diferencial e Integral

Total 28 448h

36

Page 37: Agronomia

3° Semestre Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Equivalências

(AD000) Motores e Tratores Agrícolas 04 64h CB000-Cálculo Diferencial e Integral CB000-Álgebra Linear e Geometria Analítica CD000-Física Básica II

AD174-Mecânica Aplicada à Agricultura

(CH000) Anatomia das Espermatófitas 04 64h CH000-Morfologia, Sistemática e Fitogeografia de Angiospermae

(AD000) Topografia Básica 04 64h CB000-Cálculo Diferencial e Integral CB000-Álgebra Linear e Geometria Analítica AD000-Desenho Técnico

AD173-Topografia e Desenho

(AC000) Experimentação Agrícola 04 64h AB000-Estatística Básica AC477-Estatística e Experimentação Agrícola

(AK000) Gênese e Morfologia do Solo 04 64h CF673-Química Geral e Analítica AK005-Gênese, Morfologia e Física de Solos

(AC478) Entomologia Agrícola 04 64h AC476-Princípios de Entomologia Agrícola

(CI902) Introdução à Bioquímica 04 64h CE802-Química Orgânica I Total 28 448h

4° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Equivalências

(AD000) Agrometeorologia 04 64h CD000-Física Básica II AD000-Topografia Básica

AD151-Meteorologia e Climatologia agrícolas

(CH000) Microbiologia Básica 04 64h CH000-Biologia Celular Geral (AK000) Física do Solo 03 48h AK000-Gênese e Morfologia do Solo

CD000-Física Básica I AK005-Gênese, Morfologia Física de Solos

(AB062) Teoria Econômica Aplicada 04 64h CB000-Cálculo Diferencial e Integral

(AK006) Química e Fertilidade do Solo 04 64h AK000-Gênese e Morfologia do Solo

37

Page 38: Agronomia

(CH821) Genética Básica 04 64h AB000-Estatística Básica CI902-Introdução à Bioquímica

(CI906) Fisiologia Vegetal 06 96h CH000-Biologia Celular Geral CI902-Introdução à Bioquímica

Total 29 464h

5° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Equivalências

(AC479) Melhoramento Vegetal 04 64h CH821-Genética Básica AC000-Experimentação Agrícola

(AB000) Aspectos Sociais da Agricultura 04 64h AC000-Introdução à Agronomia AB064-Aspectos Sociais da Agricultura – 3 créditos

(AC000) Horticultura Geral 04 64h CI906-Fisiologia Vegetal AC481-Horticultura Geral – 5 créditos (AF000) Anatomia e Fisiologia Animal 04 64h CI902-Introdução à Bioquímica

CH000-Zoologia Geral AF669-Anatomia e Fisiologia dos Animais Domésticos – 05 créditos

(AK000) Biologia do Solo 04 64h CH000-Microbiologia Básica AK006-Química e Fertilidade do Solo

Ak001 Microbiologia Agrícola

(AK008) Levantamento e Classificação de Solos 04 64h AK000-Física do Solo AK006-Química e Fertilidade do Solo

AK007-Fotointerpretação, Levantamento, Classificação e Conservação de Solos

(AD000) Máquinas e Implementos Agrícolas 04 64h AD000-Motores e Tratores Agrícolas Total 28 448h

6° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Equivalências

(AF000) Forragicultura e Pastagens 04 64h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal CI906-Fisiologia Vegetal

AF671-Forragicultura e Pastagens – 6 créditos

(AC000) Fitopatologia I 04 64h CH000-Microbiologia Básica (AC000) Olericultura 04 64h AC481-Horticultura Geral

38

Page 39: Agronomia

(AD000) Hidráulica Aplicada 04 64h AD000-Motores e Tratores Agrícolas AD177-Hidráulica Aplicada – 05 créditos

(AK000) Nutrição Mineral de Plantas 03 48h Ak006-Química e Fertilidade do Solo (AC000) Grandes Culturas I 04 64h CI906-Fisiologia Vegetal AC482-Grandes Culturas I – 5 créditos (AK000) Manejo e Conservação do Solo e da

Água 04 64h AK008-Levantamento e Classificação

de Solos AK007-Fotointerpretação, Levantamento, Classificação e Conservaçao de Solos

Total 27 432h

7° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Equivalências

(AC000) Fitopatologia II 04 64h AC000-Fitopatologia I (AC000) Fruticultura 04 64h AC481-Horticultura Geral

(AF000) Zootecnia I 04 64h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal AF672-Criação de Não Ruminantes (AB065) Administração Rural 04 64h AB062-Teoria Econômica Aplicada AB065-Administração Rural (AD176) Construções Rurais e Eletrificação

Rural 04 64h AD000-Agrometeorologia

(AD000) Irrigação e Drenagem 04 64h AD000-Hidráulica Aplicada; AK000-Física do Solo; AD000-Agrometeorologia

AD178-Irrigação e Drenagem – 05 créditos

Total 24 384h

8° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Equivalências

(AB000) Comercialização e Marketing Agrícola 04 64h AB062-Teoria Econômica Aplicada AB063-Comercialização e Política Agrícola

(AD000) Princípios em Hidrologia de Regiões Semi-Áridas

03 48h AD000-Agrometeorologia AC000-Estatística Básica AD000-Hidráulica Aplicada

AD188-Hidrologia

(AC000) Silvicultura Geral 04 64h CH000-Morfologia, Sistemática e Fitogeografia AC483-Silvicultura e Paisagismo

39

Page 40: Agronomia

40

de Angiospermae (AF000) Zootecnia II 04 64h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal AF673-Criação de Ruminantes (AK000) Agroecologia 04 64h AK008-Levantamento e Classificação de Solos

CI906-Fisiologia Vegetal -

Total 19 304h

9° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Equivalências

(AJ000) Tecnologia de Produtos Agropecuários 04 64h AC000-Fruticultura AF000-Zootecnia II

(AB052) Extensão Rural 04 64h AB064-Aspectos Sociais da Agricultura – 3 créditos ou 4 créditos

Total 08 128h

10° Semestre Código Componente Curricular No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Equivalências

Estágio Supervisionado 18 288h Trabalho de Conclusão de curso 6 96 Total 24 384h

Page 41: Agronomia

41

12.2 Disciplinas optativas: núcleo de conteúdos profissionalizantes especificas O estudante de Agronomia para integralizar seu currículo deverá cursar 384

horas-aula (24 créditos) de disciplinas profissionais específicas (disciplinas optativas)

escolhidas pelo estudante mediante oferta feita pelo curso.

Dentro dessa carga horária o estudante poderá cursar até 128 horas-aula (8

créditos) de disciplinas livres, constituídas por disciplinas ofertadas por outros cursos da

UFC ou ofertadas pelo curso de Agronomia de outras Universidades através da

mobilidade acadêmica.

As disciplinas profissionais específicas, ou disciplinas optativas deverão ser

ofertadas pelo curso a partir do terceiro semestre. Cabe ao estudante escolher a

disciplina a ser cursada, observando os pré-requisitos da mesma se houver.

Disciplinas optativas poderão ser criadas de acordo com as demandas sociais e

históricas da área agronômica. Lista-se no quadro abaixo as disciplinas optativas

apresentadas ao colegiado da coordenação do curso com seus respectivos pré-requisitos

e período de oferta. Observa-se que esse período de oferta, que pode ser o semestre 01

ou semestre 02 do ano letivo, constitui-se de uma sugestão podendo ser redefinida pelo

departamento de acordo com as condições de oferta da disciplina.

Page 42: Agronomia

3° Semestre Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Oferta

AF676 Apicultura 04 64h AC476-Princípios de Entomologia Agrícola

4° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Oferta

AB000 Metodologia de Pesquisa para as Ciências Agrárias

04 64h AB000-Introdução à Agronomia 1º. e 2º. Períodos do ano letivo

AC000 Acarologia 04 64h AC478-Entomologia Agrícola AK000 Geoquímica da Superfície 03 48h AK000-Gênese e Morfologia do Solo 2º. Período do ano letivo

5° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Oferta

AF000 Melhoramento Genético Animal 04 64h AB000-Estatística Básica CH821-Genética Básica

1º. Período do ano letivo

AC474 Tecnologia de Sementes 04 64h CI906-Fisiologia Vegetal 2º. Período do ano letivo AK000 Interpretação de Analises de Solo

Recomendações de Adubos e Corretivos

03 48h AK006-Química e Fertilidade do Solo 1º. Período do ano letivo

AB066 Economia de Recursos Naturais 03 48h AB062-Teoria Econômica Aplicada 2º. Período do ano letivo

6° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Oferta

AB073 Sociologia do Desenvolvimento Rural 04 64h AB000-Aspectos Sociais da Agricultura 1º. Período do ano letivo AF000 Nutrição e Alimentação de Ruminantes 04 64h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal A definir com o departamento

42

Page 43: Agronomia

AF000 Nutrição e Alimentação de Monogástricos

04 64h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal A definir com o departamento

AF000 Avicultura 04 64h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal A definir com o departamento AF000 Bovinocultura de Corte 04 64h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal A definir com o departamento AF000 Bovinocultura de Leite 04 64h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal A definir com o departamento AF000 Caprinocultura e Ovinocultura 06 96h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal A definir com o departamento AF000 Cunicultura 03 48h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal A definir com o departamento AF000 Suinocultura 04 64h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal A definir com o departamento AF000 Reprodução e Inseminação Artificial 04 64h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal A definir com o departamento AF000 Bioclimatologia Zootécnica 03 48h AF000-Anatomia e Fisiologia Animal A definir com o departamento AC000 Controle de Plantas Invasoras 04 64h AC000-Horticultura Geral A definir com o departamento AC000 Plantas Medicinais Aromáticas 04 64h AC000-Horticultura Geral A definir com o departamento AC000 Cultivo Protegido 04 64h AC000-Horticultura Geral A definir com o departamento AB000 Economia Ambiental 04 64h AB062-Teoria Econômica Aplicada 1º. Período do ano letivo

7° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Oferta

AB000 Sociologia do Meio Ambiente 04 64h AB000-Aspectos Sociais da Agricultura 2º. Período do ano letivo AF000 Forragicultura II 04 64h AF000-Forragicultura e Pastagens 1º. Período do ano letivo AK000 Adubação e Nutrição de Frutíferas 03 48h AK000-Nutrição Mineral de Plantas 1º. Período do ano letivo AK000 Adubação E Nutrição de Plantas

Cultivadas 03 48h AK000-Nutrição Mineral de Plantas 1º. Período do ano letivo

AK000 Adubação Orgânica e Compostagem 03 48h AK000-Nutrição Mineral de Plantas 2º. Período do ano letivo AK000 Nutrição e Adubação de Hortaliças,

Ornamentais e Medicinais 03 48h AK000-Nutrição Mineral de Plantas 2º. Período do ano letivo

AK000 Poluição do Solo e da Água 04 64h AK006-Manejo e Conservação do Solo e da Água

2º. Período do ano letivo

AK000 Recuperação de Áreas Degradadas 04 64h AK006-Manejo e Conservação do Solo e da Água

1º. Período do ano letivo

AC000 Grandes Culturas II 04 64h AC000-Grandes Culturas I A definir com o departamento AC000 Grandes Culturas III 04 64h AC000-Grandes Culturas I A definir com o departamento

43

Page 44: Agronomia

44

8° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Oferta

AC489 Princípios de Manejo Integrado de Artrópodes Pragas

04 64h AC476-Princípios de Entomologia Agrícola AC000-Fitopatologia I AC000-Fitopatologia II AC000-Grandes Culturas I

A definir com o departamento

AC000 Doenças de Hortaliças, Fruteiras, Ornamentais e Medicinais

04 64h AC000-Fitopatologia I AC000-Fitopatologia II

1º. Período do ano letivo

AB000 Projetos Agropecuários 03 48h AB062-Teoria Econômica Aplicada A definir com o departamento

9° Semestre Código Disciplina No.

Créditos Carga

horária Pré-Requisito Oferta

AB000 Economia e Comércio Internacional de Produtos Agrícolas e Agroprocessados

04 64h AB062-Teoria Econômica Aplicada A definir com o departamento

AB000 Planejamento Agrícola 04 64h AB062-Teoria Econômica Aplicada A definir com o departamento AB073 Tópicos de Economia Aplicados ao

Agronegócio 04 64h AB062-Teoria Econômica Aplicada A definir com o departamento

Page 45: Agronomia

Observação: Abaixo seguem a lista de disciplinas optativas do Departamento de Engenharia Agrícola

• Eletricidade para a Agricultura - AD000 (64h)

• Evapotranspiracão -AD000 (48h)

• Fontes Alternativas de Energia na Agricultura -AD000 (48h)

• Geoprocessamento -AD000 (64h)

• Instrumentais Meteorológicos - AD000 (48h)

• Introdução ao Projeto de Máquinas Agrícolas - AD000 (48h)

• Irrigação de Fruteiras Tropicais -AD000 (48h)

• Irrigação por Superfície -AD000 (48h)

• Irrigação Pressurizada: Aspersão e Localizada -AD000 (64h)

• Máquinas Estacionárias na Agricultura AD000 (48h):

• Planejamento e Seleção de Máquinas e Implementos Agrícolas - AD000 (48h)

12.3 Estágio Supervisionado e trabalho de conclusão de curso

Este componente curricular visa atender a Resolução CNE/CES No 1, de

02/02/2006 que institui Diretrizes Curriculares Nacionais de curso de graduação em

Engenharia Agronômica ou Agronomia que define a obrigatoriedade do estágio

supervisionado e o trabalho de conclusão do curso, dentre outros.

Este componente curricular ajudará a efetivar a prática dos conhecimentos

tratados durante o curso, em espaços de atividades centrados em ações de extensão,

capacitação e de pesquisa, como norteadoras do curso. Neste processo, em distintos

espaços e realidades da agricultura, os estudantes terão elementos para aprofundar a

reflexão, aplicação e sistematização de conhecimentos e conteúdos que apreenderam, e

que possa vir a compor o seu trabalho de conclusão de curso.

Para conduzir este componentes curricular terá um coordenador de estágios e de

trabalho de conclusão do curso que será um professor da Universidade e vinculado ao

Curso de graduação em Agronomia.

12.3.1 Estágio Supervisionado

O Estagio Supervisionado é oferecido como um componente curricular obrigatório,

de acordo com a Resolução nº 32/CEPE, de 30/10/2009 que disciplina o Programa de

estágio Curricular Supervisionado para os estudantes dos cursos regulares da UFC, com

carga horária de 288 horas (18 créditos) que o aluno deverá cursar no décimo semestre

letivo do curso ou no último semestre letivo de sua formação acadêmica. O estudante

não poderá cursar disciplina juntamente com o estágio supervisionado. O Estágio

45

Page 46: Agronomia

Supervisionado constitui-se de um momento ímpar para o formando em Agronomia e

objetiva a consolidação de sua formação acadêmica como graduando através de uma

vivência prática.

Como produto final dessa atividade, o estudante deverá apresentar um Trabalho

de Conclusão de seu Curso (TCC) sob a orientação acadêmica de um(a) professor(a)

mediante uma banca examinadora e submetido às normas de avaliação vigentes na

UFC, bem como as especificações previstas no regulamento do Estágio Supervisionado

e do trabalho de conclusão que serão elaboradas pelo colegiado do curso de Agronomia.

12.3.2 Trabalho de conclusão de curso Ao cumprir este componente curricular o formando terá integralizado uma carga

horária de 96 horas (6 créditos). Conforme especificado anteriormente este componente

curricular será o produto final do estágio Supervisionado, que poderá gerar um dos três

tipos de TCC: i) o relatório de estágio; ii) monografia resultante de uma atividade de

pesquisa; e, iii) sistematização de uma inovação tecnológica ou de uma experiência

desenvolvida na área das Ciências Agrárias.

12.4 Atividades complementares

As Atividades Complementares do Curso de graduação em Agronomia

constituem um conjunto de atividades pedagógico-didáticas que permitem, no âmbito do

currículo, a articulação entre teoria e prática e a complementação dos saberes e

habilidades necessárias, a serem desenvolvidas durante o período de formação do

Engenheiro Agrônomo.

O aproveitamento da carga horária referente às atividades complementares

ficará a cargo da Coordenação do Curso de graduação em Agronomia, mediante a

devida comprovação, de acordo a Resolução Nº. 07/CEPE, de 17 de julho de 2005, do

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da UFC e de normatizações

específicas aprovadas pela Coordenação do Curso de graduação em Agronomia,

conforme previsto no Art. 3º da Resolução supra-referida. Todo aluno do curso deve

obrigatoriamente realizar 64 horas de atividades complementares para poder se formar.

Os alunos devem encaminhar solicitação da integralização de atividades

complementares à Coordenação do curso de Agronomia com os comprovantes de

participação nas atividades desenvolvidas. Caberá a Coordenação do curso avaliar o

desempenho do aluno nas atividades Complementares, emitindo conceito satisfatório ou

46

Page 47: Agronomia

insatisfatório e estipulando a carga horária a ser aproveitada, conforme definido nas

normas regulamentares.

13 EMENTAS DAS DISCIPLINAS 13.1. Núcleo de Conteúdo Básicos Essenciais

Agroecologia (AK000) (64HA): Filosofia e história da ciência; Agricultura, sustentabilidade e meio ambiente; Agroecologia - conceitos, bases e princípios; Técnicas e estratégias para a aplicação dos princípios agroecológicos no semi-árido brasileiro; Conhecimento local; Métodos participativos; Agricultores experimentadores.

Álgebra Linear e Geometria Analítica (CB000) (48HA): Reta. Circunferência. Planos. Poliedros. Superfícies e volumes de esferas. Sólidos cônicos e prismáticos. Determinantes e matrizes.

Aspectos Sociais da Agricultura (AB064) (64HA): O Cenário Sociológico. Conceitos Básicos de Sociologia. Organização Social e Modos de Produção. Formação da Agricultura Brasileira. A Questão Agrária e a Reforma Agrária no Brasil. Movimentos Sociais no Campo. O Novo Rural Brasileiro e Noções de Desenvolvimento. Terceiro Setor. Os Desafios Atuais e Emergentes da Realidade Agrária Brasileira e o Papel do Profissional de Agronomia e Zootecnia.

Biologia Celular Geral (C000) (64HA): Métodos de estudo das células; Composição química da célula: Proteínas, Carboidratos, Lipídios e Ácidos Nucléicos; Membrana celular; Organelas citoplasmáticas: composição química, estrutura e função; Síntese de proteínas; Núcleo Interfásico; Regulação do Ciclo Celular, Apoptose e Necrose; Bactérias e Vírus.

Cálculo Integral e Diferencial (CB000) (96HA): Função de uma variável. Trigonometria. Exponencial. Logaritmo. Séries. Limites. Derivação de função de uma função. Diferenciais e integrais. Aplicações.

Desenho Técnico (AD000) (48HA): Introdução ao desenho técnico. Noções Básicas de Desenho Técnico Auxiliado por Computador. Normas técnicas. Elaboração de projeções ortogonais para levantamentos topográficos. Desenho arquitetônico aplicado às edificações rurais. Desenho técnico aplicado às instalações e estruturas hidráulicas na agricultura.

Estatística Básica (AB000) (64HA): Estatística descritiva: Distribuições de probabilidade. Amostragem. Distribuições amostrais. Inferência: estimação e testes de hipóteses. Correlação e regressão.

Experimentação Agrícola (A0000) (64HA): Princípios básicos da experimentação. Etapas de uma pesquisa. A técnica da análise da variância. Testes de comparações múltiplas. Delineamentos básicos. Ensaios fatoriais e em parcelas subdivididas. Regressão e correlação em modelos lineares. Análise de covariância.

Física Básica I (CD000) (64HA): Cinemática. Leis de Newton do Movimento. Trabalho e Energia Cinética. Energia Potencial e Conservação de Energia. Colisões. Cargas Distribuídas. Cinemática e Dinâmica da Rotação.

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Física Básica II (CD000) (64HA): Termodinâmica. Campo elétrico e magnético. Indução eletromagnética.

Genética Básica (CH821) (64HA): Bases citológicas da hereditariedade. Padrões de herança mendeliana: genes únicos; dois ou mais genes com segregação independente. Interação gênica. Herança e sexo. Ligamento genético. Genética quantitativa. Genética de populações.

Introdução à Agronomia (AC000) (48HA): O papel da Universidade no contexto atual. Relações ensino-pesquisa-extensão. Aspectos Históricos Político-Sociais e Econômicos da Agronomia. Campos de atuação profissional do Engenheiro Agrônomo. Ética e Deontologia. Estruturação do conhecimento em Agronomia através de sua organização curricular.

Introdução à Bioquímica (CI902) (64HA): Fundamentos de Bioquímica. Carboidratos, lipídios, proteínas, ácidos nucléicos e enzimas e suas inter-relações metabólicas.

Microbiologia Básica (CD000) (64HA): Aspectos teóricos e práticos sobre isolamento, identificação, classificação, quantificação, controle e atividades de microrganismos.

Química Geral e Analítica (CF673) (96HA): Identificação e separação de misturas. Estequiometria. Propriedades periódicas de elementos químicos. Ligações químicas. Cinética e equilíbrio químico. Concentração de substâncias em solução. Equilíbrio iônico em soluções. Discussão geral da análise volumétrica. Princípios básicos da espectrofotometria. Região visível e de fotometria de chama. Medidas em química. Separação de misturas e identificação de substâncias. Estequiometria. Técnicas de laboratório na análise química quantitativa. Preparação e padronização de soluções para análise volumétrica. Aplicações de métodos analíticos volumétricos (neutralização, formação de complexos e oxi-redução).

Química Orgânica I (CE802) (96HA): Princípios gerais da Química Orgânica. Características estruturais dos compostos orgânicos. Ligações químicas, interações intermoleculares, ressonância e aromaticidade. Acidez e basicidade, isomeria constitucional e estereoisomeria. Reações orgânicas, tipos de reagentes e intermediários reacionais. Técnicas de manuseio em laboratório, Propriedades químicas e físicas dos compostos orgânicos, identificação de grupamentos funcionais e preparação de derivados reacionais.

Zoologia Básica (C0000) (64HA): Estudo teórico e prático dos principais grupos de protozoários e animais de interesse para o homem. Conservação e preservação da fauna brasileira.

13.2. Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes Essenciais

Administração Rural (AB709) (64HA): Introdução ao estudo da Administração Rural. Administração Rural e o Agronegócio. Capital e Custo da Empresa Agropecuária. Contabilidade da Empresa Agropecuária. Medidas de Resultado Econômico. Fatores que Afetam os Resultados Econômicos. Matemática Financeira. Projetos Agropecuários: elaboração e avaliação.

Agrometeorologia (AD000) (64HA): Estações do Ano. Radiação Solar. Temperatura do Ar e do Solo. Processos Adiabáticos Pressão Atmosférica. Dinâmica do Ar. Umidade do Ar. Condensação e Precipitação. Evaporação. Evapotranspiração. Balanço Hídrico. Classificação Climática. Instrumental Meteorológico

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Anatomia das Espermatófitas (CH000) (64HA): Caracterização das espermatófitas. Célula Vegetal. Tecidos vegetais. Organização do corpo da planta.

Anatomia e Fisiologia Animal (AF000) (64HA): Introdução. Osteologia geral e comparada, Fisiologia óssea. Estrutura do organismo. Anatomia e Fisiologia: sistemas nervoso e hormonal. Anatomia e fisiologia do Sistema Reprodutivo do macho e da fêmea. Anatomia e fisiologia da glândula mamária. Anatomia e fisiologia do Sistema Digestivo dos ruminantes e dos monogástricos. Fisiologia do Sistema Muscular.

Biologia do Solo (AK009) (64HA): O solo como habitat para os organismos. Introdução à Biologia do Solo. Microflora, micro-meso e macrofauna: sua influência sobre a atividade biológica do solo. Papel da micro e macro biota nos principais processos de transformação e ciclagem dos compostos do solo. Decomposição da matéria orgânica do solo. Fixação biológica do Nitrogênio atmosférico. Micorrizas. Aspectos gerais da poluição do solo e sua biorremediação. Estudo qualitativo e quantitativo da população biológica do solo.

Comercialização e Marketing Agrícola (AB000) (64HA): Comercialização agrícola: introdução à comercialização; conceitos e classificação de mercados; funções de comercialização; agentes, canais e margens de comercialização; preços e políticas agrícolas e cooperativismo. Marketing: significado e estratégias marketing; marketing mix (produto, preço, ponto e promoção); marketing aplicado ao sistema agroindustrial.

Construções Rurais e Eletrificação Rural (AD176) (64HA): Materiais de construção: tipos e caracterização. Aspectos principais do planejamento de obras. Construções básicas: teoria e prática. Eletrificação rural: teoria e elaboração de projetos.

Entomologia Agrícola (AC478) (64HA): Caracterização e controle de insetos e ácaros de importância agrícola com ênfase nas medidas legislativas, culturais, de erradicação, físicas, biológicas, de regulação do comportamento, químicas, integradas e de manejo.

Extensão Rural (AB052) (64HA): O cenário sociológico: extensão rural e desenvolvimento. Fundamentos da extensão rural: educação e mudança. Desenvolvimento de comunidade: novas concepções em pesquisa agrícola e extensão rural. Comunicação, metodologia e difusão de inovações: aspectos teóricos da pesquisa agrícola e extensão rural. A pesquisa agrícola e a extensão no Brasil: análise crítica dos serviços de extensão rural no Ceará.

Fisiologia Vegetal (CI906) (96HA): Princípios básicos de nutrição, metabolismo, crescimento e desenvolvimento das plantas superiores.

Física do Solo (AK000) (48HA): O solo como um sistema trifásico disperso. Textura do solo: constituintes texturais, classificação textural e importância agronômica. Estrutura do solo: gênese, classificação e avaliação; degradação e recuperação da estrutura. Temperatura do solo. Ar no solo: composição e conteúdos; aeração do solo. Água no solo: estrutura molecular da água; retenção e armazenamento de água; potencial da água no solo; movimento da água no solo e equações do fluxo; disponibilidade de água às plantas. Infiltração. Qualidade física do solo.

Fitopatologia I (AC000) (64HA): Histórico e importância da Fitopatologia. Princípios e conceitos básicos. Sintomatologia. Etiologia. Postulados da patogenicidade. Ciclo das relações patógeno–hospedeiro. Epidemiologia. Classificação de doenças de plantas. Doenças não parasitárias. Características de entidades fitopatogênicas: Fungos, Bactérias, Nematóides, Mollicutes, Protozoários. Exemplos de doenças.

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Fitopatologia II (AC000) (64HA): Vírus e viróides. Características e classificação de vírus. Principais viroses em hortaliças e frutíferas. Ação do meio ambiente sobre doenças de plantas. Fisiologia do parasitismo. Mecanismos de resistência de plantas a doenças. Variabilidade de fitopatógenos. Princípios de Whetzel e medidas gerais de controle. Controle através da resistência. Controle físico, cultural, biológico e químico. Controle integrado de doenças. Noções do emprego da biotecnologia na identificação de fitopatógenos

Forragicultura e Pastagens (AF000) (64HA): Introdução, morfologia e anatomia de plantas forrageiras, principais forrageiras tropicais, formação de pastagens, manejo de pastagens, conservação de forragens, produção intensiva de forrragem.

Fruticultura (AC000) (64HA): Aspectos gerais sobre a fruticultura no Brasil e no Nordeste, Noções básicas sobre o cultivo do coqueiro, da mangueira, do mamoeiro, da bananeira, do cajueiro e da goiabeira. Noções gerais sobre fruteiras em potencial para o Nordeste.

Gênese e Morfologia do Solo (AK000) (64HA): Noções de Mineralogia e Petrologia. Intemperismo. Minerais secundários. Fatores de formação do solo. Processos pedogenéticos. Perfil do Solo. Horizontes Genéticos do Solo. Propriedades Morfológicas do Solo. (difere do apresentado no programa da disciplina)

Grandes Culturas I (AC000) (64HA): Estudo das culturas de milho, sorgo, algodão, cana de açúcar e café, enfatizando os aspectos teóricos e práticos relacionados a importância econômica, origem, taxonomia, genética e sistema reprodutivo, morfologia, ecofisiologia, manejo cultural, aspectos fitossanitários, colheita, armazenamento e principais métodos de melhoramento.

Hidráulica Aplicada (AD000) (64HA): Conceito de hidráulica; Propriedades fundamentais dos fluidos; Hidrostática: Medidores de vazão e de pressão, pressão e empuxo; Hidrodinâmica: teorema de Bernoulli. Perdas de carga. Condutos forçados. Orifícios: aspersores e gotejadores. Sifões. Estações de bombeamento. Condutos livres.

Horticultura Geral (AC481) (64HA): Caracterização, importância e classificação das plantas hortícolas; propagação e controle da variabilidade das progênies; crescimento e reprodução e suas relações com a produtividade; melhoramento genético e cultural e manejo.

Irrigação e Drenagem (AD178) (64HA): A importância e os objetivos da irrigação. Princípios, infra-estrutura e quantificação dos elementos básicos de irrigação, métodos e sistemas de irrigação. Drenagem: superficial e do solo.

Levantamento e Classificação de Solos (AK008) (48HA): Fotointerpretação: generalidades. Vôo fotográfico. Fotografias aéreas: distorções e aberrações, escalas, mosaicos fotoíndice. Princípios de fotointerpretação: chaves, métodos e critérios. Noções de sensoriamento remoto. Levantamento de solos: tipos e mapas, métodos de trabalho, escalas, unidades de mapeamento, relatório técnico. Classificação do solo: histórico, generalidades, princípios básicos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SBCS). Soil Taxonomy.

Manejo e Conservação do Solo e da Água (AK010) (64HA): Agricultura, sustentabilidade e meio ambiente. Erosão do solo. Estimativas do escorrimento superficial e perda de solo. Aptidão agrícola das terras. Práticas de conservação do solo. Propriedades físicas, químicas e mineralógicas de interesse no manejo de solos. Dinâmica da matéria orgânica e de nutrientes em agroecossistemas. Dinâmica da

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estrutura do solo em agroecossistemas. Sistemas de cultivo múltiplo. Manejo de solos em áreas irrigadas. Recuperação de áreas degradadas e, ou, contaminadas.

Máquinas e Implementos Agrícolas (AD000) (64HA): Implementos e máquinas agrícolas envolvidas em um processo de produção agrícola

Melhoramento Vegetal (AC479) (64HA): Estudo de fenômenos inerentes ao melhoramento vegetal. Base genética do melhoramento, quanto ao tipo de reprodução. Métodos de melhoramento.

Morfologia, Sistemática e Fitogeografia de Angiospermae (CH000) (64HA): Relações evolucionárias de ordens e famílias de espermatófitas. Sistema de Classificação. Nomenclatura. Coleta e Identificação da Flora Regional. Noções de Fitogeografia.

Motores e Tratores Agrícolas (AD000) (64HA): Elementos Básicos de Máquinas, Motores Térmicos de Combustão Interna, Tratores Agrícolas, Teoria da Tração.

Nutrição Mineral de Plantas (AK000) (48HA): Nutrientes minerais essenciais às plantas. Composição e funções dos nutrientes nas plantas. Transporte de nutrientes no solo. Absorção, transporte e redistribuição de nutrientes nas plantas. Diagnose do estado nutricional das plantas. Nutrição mineral e qualidade dos produtos agrícolas. Relação entre nutrição mineral, doenças e pragas. Cultivo de plantas em sistemas hidropônicos.

Olericultura (AC000) (64HA): Aspectos gerais da Olericultura, importância econômica, olerícolas de maior importância, Aspectos técnicos do cultivo do tomateiro, do pimentão, do alface, do meloeiro, da cenoura, do coentro, da cebolinha e das brássicas.

Princípios de Entomologia Agrícola (AC476) (64HA): Morfologia externa dos insetos. Anatomia interna e noções de fisiologia dos insetos. Biologia geral dos insetos e taxionomia geral dos insetos, com ênfase nas principais ordens com importância agrícola.

Princípios em Hidrologia de Regiões Semi-Áridas (AD000) (32HA): Concepção básica de hidrologia. Análise e interpretação dos dados de precipitação em regiões semi-áridas. Regime hídrico das regiões semi-áridas. Estudo do potencial das águas subterrâneas. A água e o desenvolvimento agrícola sustentável no semi-árido do Nordeste. Meio ambiente e recurso água. A açudagem como fonte de água para a agricultura no semi-árido

Química e Fertilidade do Solo (AK006) (64HA): Conceito de Fertilidade do Solo. Leis da Fertilidade do Solo. Propriedades do solo relacionadas com a fertilidade. Nutrientes essenciais para as plantas. A matéria orgânica do solo. Macronutrientes e micronutrientes do solo: dinâmica, funções nas plantas e relação com a produtividade das culturas. Os fertilizantes químicos e orgânicos e os corretivos do solo. Solos afetados por sais.

Silvicultura Geral (AC000) (64HA): Definição. Importância. Escolha de espécies. Obtenção de material propagativo. Colheita, beneficiamento, armazenamento e análise de frutos e sementes. Escolha de local e instalações de viveiro. Semeadura e produção de mudas. Viveiro de espera. Preparo do terreno, plantio e tratos. Parques e incêndios florestais. Dendrologia, bases bio-ecológicas do crescimento das árvores e dos povoamentos.

Tecnologia de Produtos Agropecuários (AJ030) (64HA): Estudo da deterioração de alimentos de origem vegetal e animal, bem como principais métodos de preservação. Estudo dos métodos de tratamento e de processamento de leite e produtos derivados .

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Teoria Econômica Aplicada (AB063) (64HA): Introdução ao estudo. Demanda oferta e formação de preços dos produtos agropecuários. O consumidor e o produtor como unidades básicas de decisão. A atividade econômica agregada. Noções de desenvolvimento econômico.

Topografia Básica (AD000) (64HA): Conceituação, Planimetria, Goniometria, Estadimetria, Cálculo e Ajuste de Poligonais Fechadas, Avaliação de Áreas, Altimetria, Planialtimetria, Noções de Geoprocessamento, Aplicativos Computacionais.

Zootecnia I (AF000) (64HA): Evolução e situação da avicultura industrial. Formação da linhagens comerciais. Produção e manejo de frangos de corte e poedeiras comerciais. Situação da Cunicultura no contexto mundial. Exploração de coelhos para carne e pele. Reprodução e criação de coelhos. Evolução e situação da suinocultura industrial. Produção e manejo dos suínos. Energia. Proteína. Vitaminas. Minerais. Aditivos. Alimentos. Formulação de dietas balanceadas. Alimentação de aves, suínos e coelhos.

Zootecnia II (AF000) (64HA): Importância econômica da criação de bovinos , ovinos e caprinos. Introdução ao estudo da nutrição animal. Requerimentos nutricionais e formulação de rações

13.3. Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes Específicos 13.3.1. Produção vegetal

Acarologia (AC000) (64HA): Taxonomia, Anatomia Externa e Interna, Biologia e Noções de Fisiologia de Ácaros de Importância Econômica, Estudo e Prescrição dos Métodos de Controle aos Ácaros Danosos a Culturas de Subsistência, Frutíferas, Olerícolas e Animais Domésticos.

Controle de Plantas Invasoras (AC000) (64HA): Identificação, biologia e ecologia das principais plantas daninhas que infestam os campos cultivados. Principais métodos de controle.

Cultivo protegido (AC000) (64HA): Aspectos gerais do cultivo protegido abrangendo influência dos fatores ambientais. Construção de estufas. Preparo de solo, irrigação. Fertiirrigação. Hidroponia e alguns exemplos de tecnologia de cultivo de plantas propícias para cultivo protegido.

Doenças de Hortaliças, Fruteiras, Ornamentais e Medicinais (AC000) (64HA): Importância das enfermidades para as culturas. Técnicas para a diagnose de fitopatógenos. Controle (genético, cultural , físico, biológico, químico e integrado) de doenças de hortaliças, de fruteiras, de plantas ornamentais e medicinais.

Plantas Medicinais e Aromáticas (AC000) (64HA): Etnobotânica. Metabólicos vegetais de interesse das plantas medicinais e aromáticas. Óleos essenciais. Aspectos agronômicos de plantas medicinais e aromáticas. Exemplos de tecnologia de cultivos de plantas medicinais e aromáticas. Noção sobre as plantas de importância de cada região brasileira. Plantas utilizadas no Nordeste. Planejamento de um horto de plantas medicinais e aromáticas. Propagação, Cultivo e processamento de plantas medicinais e aromáticas.

Princípios de Manejo Integrado de Artrópodes Pragas (AC000) (64HA): Conceitos teóricos e práticos sobre a relação artrópode-planta. Desequilíbrios biológicos em agroecossistemas. Danos causados pelos insetos e ácaros (artrópodes). Técnicas de quantificar a sua densidade. Métodos, técnicas e táticas para a redução da população de

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pragas. Impacto de agroquímicos no ambiente, nos insetos benéficos (seletividade), na seleção de raças resistentes (manejo da resistência). Estudo sobre a evolução das estratégias de manejo para compreender, diagnosticar falhas, e elaborar propostas ecológicas, sociais e economicamente aceitáveis dentro de uma agricultura que visa minimizar desequilíbrios em agroecossistemas.

Tecnologia de Sementes (AC000) (64HA): Formação, morfologia e funções das estruturas das sementes. Germinação. Amostragem; metodologias e princípios dos testes e determinações de laboratórios que visam avaliar as qualidades físicas, fisiológicas e genéticas de lotes de sementes. Legislação e estrutura do programa de produção de sementes vigente no Brasil e no Ceará. Colheita mecânica. Beneficiamento, secagem, embalagem, armazenamento e revestimento de sementes.

13.3.2. Produção animal

Apicultura (AF676) (64HA): Introdução ao Estudo da Apicultura. Classificação, Morfologia e fisiologia da Apis mellifera L. Castas sociais e suas funções. Habitação das abelhas. Indumentária e implementos apícolas. Localização e instalação do apiário. Povoamento, manipulação e manejo do apiário. Enxameação e sanidade apícola. Flora apícola e colheita do mel. Produtos das abelhas. Produção de rainha e melhoramento genético. Noções de meliponicultura.

Avicultura (AF691) (64HA): Evolução, situação e perspectivas da avicultura no Brasil. Sistemas de produção de aves. Produção de pintos de 1 dia. Produção de frangos de corte. Produção de ovos comerciais. Profilaxia e doenças de maior freqüência. Instalações.

Bioclimatologia Zootécnica (AF683) (48HA): Ação do ambiente sobre os animais. Interação entre os animais e o meio. Classificação dos animais. Caracteres exteriores favoráveis e desfavoráveis à ambientação nos trópicos. Processos de dissipação do calor. Medidas de tolerância ao calor. Mecanismos de termorregulação. Características dos animais associadas à termorregulação e ao desempenho animal em ambientes específicos. Processo de ambientação.

Bovinocultura de Corte (AF688) (64HA): A exploração do gado de corte no Brasil. Principais raças de bovinos de corte. Manejo reprodutivo de gado de corte. Cruzamentos em bovinos de corte. Aspectos do crescimento e desenvolvimento de gado de corte. Exigências nutricionais de gado de corte. Terminação de bovinos em confinamento. Instalações para gado de corte. Manejo sanitário de gado de corte. Classificação e tipificação de carcaças.

Bovinocultura de Leite (AF692) (64HA): A pecuária leiteira no Brasil e no mundo. Importância do leite como alimento na nutrição humana. Raças leiteiras. Fisiologia e biologia da lactação. Manejo reprodutivo de gado leiteiro. Manejo e alimentação do rebanho leiteiro. Controle zoosanitário do rebanho leiteiro. Técnicas de ordenha. Instalações.

Caprinocultura e Ovinocultura (AF689) (96HA): A caprinocultura no Brasil e no mundo. Produtos caprinos. Raças caprinas. Exterior e julgamento de caprinos. Alimentação do rebanho caprino. Manejo reprodutivo de caprinos. Manejo sanitário do rebanho caprino. Instalações para caprinos. A ovinocultura no Brasil e no mundo. Produtos ovinos. Raças ovinas. Exterior e julgamento de ovinos. Alimentação do rebanho ovino. Manejo reprodutivo de ovinos. Manejo sanitário do rebanho ovino. Instalações para ovinos.

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Cunicultura (AF693) (48HA): Importância da cunicultura. Classificação das raças de coelhos. Manejo alimentar dos coelhos. Manejo sanitário. Manejo reprodutivo. Normas de alimentação e exigências nutricionais. Instalações.

Forragicultura II (AF701) (64HA): Histórico e importância das pastagens nativas, Fisiologia das plantas forrageiras. Ecologia, melhoramento e manejo de pastagens nativas. Arborização de pastagens. Sistemas agroflorestais. Controle de plantas invasoras em pastagens. Plantas tóxicas.

Melhoramento Genético Animal (AF000) (64HA): Constituição genética da população. Revisão dos métodos estatísticos que permitem estudar a variância, Herança e meio. Herdabilidade. Sistemas de acasalamento. Melhoramento genético de bovinos. Melhoramento genético de aves e suínos. Melhoramento genético de ovinos e caprinos.

Nutrição e Alimentação de Monogástricos (AF685) (64HA): Processos digestivos dos animais monogástricos. Consumo voluntário e fatores fisiológicos e ambientais que afetam o consumo. Os princípios nutritivos. Os aditivos. Exigências nutricionais dos monogástricos. Formulação de rações.

Nutrição e Alimentação de Ruminantes (AF686) (64HA): Anatomia e desenvolvimento do estômago de ruminantes, natureza do conteúdo ruminal, processos digestivos no rúmen, utilização dos nutrientes pelos ruminantes. Esquemas de análise de alimentos, avaliação de alimentos, classificação dos

Suinocultura (AF690) (64HA): Introdução. Origem dos suínos. Características zootécnicas. Sistema, tipos e formas de produção. Regimes de criação. Raças e cruzamentos. Manejo reprodutivo, alimentar e sanitário. Instalações. Planejamento da criação.

13.3.3. Engenharia Rural

Eletricidade para a Agricultura (AD000) (64HA): Termos básicos e definições. Motores elétricos. Instalações elétricas prediais. Instalações elétricas para força motriz. Proteção e controle dos dispositivos elétricos. Eletricidade para o suprimento d’água. Eletricidade para máquinas de beneficiamento (forrageiras, ensiladeiras, raspadeiras de mandioca, resfriadores de leite, etc ). Cercas eletrificadas. A oficina na fazenda. O sol, o vento e os dejetos agrícolas como fontes de energia para a propriedade agrícola.

Evapotranspiração (AD000) (48HA): Conceitos e fatores que afetam a evapotranspiração. Medidas da evapotranspiração. Estimativas da evapotranspiração. Evapotranspiração de pomares e de área isoladas, Medições e estimativas da evaporação da água de lagos e represas.

Fontes Alternativas de Energia na Agricultura (AD000) (48HA): Fontes alternativa de energia: solar, eólica, hidráulica, elétrica e tração animal.

Geoprocessamento (AD000) (64HA): Definição de GIS. Projeções Cartográficas. Estrutura Geral de um SIG. Representação Computacional de Dados Geográficos. Integração de Dados em SIG. Sistema de Posicionamento Global (GPS). Bancos de Dados Espaciais. Integração Sensoriamento Remoto – SIG. Aplicações em Agronomia.

Instrumentais Meteorológicos (AD000) (48HA): Sensores agrometeorológicos automáticos. Sistemas de aquisição de dados. Manuseio de uma estação automática.

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Programação básica de uma estação automática. Instrumental meteorológico convencional.

Introdução ao Projeto de Máquinas Agrícolas (AD000) (48HA): Resistências dos Materiais. Materiais Empregados as Máquinas e Implementos Agrícolas. Ergonomia e Segurança de Funcionamentos dos Protótipos de Máquinas Agrícolas.

Irrigação de Fruteiras Tropicais (AD000) (48HA): Métodos e equipamentos de irrigação. Particularidades acerca da irrigação das principais frutíferas tropicais. Fertiirrigação. Quimigação.

Irrigação por Superfície (AD000) (48HA): Classificação, vantagens e limitações dos sistemas. Sistematização do terreno. Fases da irrigação por superfície. A função de infiltração. Irrigação por sulcos. Irrigação por faixas. Irrigação por inundação. Avaliação dos sistemas.

Irrigação Pressurizada: Aspersão e Localizado (AD000) (64HA): Sistemas de irrigação por aspersão e localizado. Hidráulica e dimensionamento de sistemas pressurizados. Planejamento dos sistemas pressurizados.

Máquinas Estacionárias na Agricultura (AD000) (48HA): Máquinas motrizes estacionárias. Teoria da biomassa, combustível e da combustão. Lubrificantes de origem mineral e animal e sintético.

Planejamento e Seleção de Máquinas e Implementos Agrícolas (AD000) (48HA): Sistemas Mecanizados. Análise Operacional. Planejamento e Seleção de Implementos e Máquinas Agrícolas.

13.3.4. Economia, Sociedade e Desenvolvimento

Economia Ambiental (AB000) (64HA): Economia da poluição. Instrumental teórico e analítico básico para a análise de políticas econômicas voltadas para o meio ambiente. O valor econômico do meio ambiente. Aspectos macroeconômicos da economia ambiental: política ambiental, crescimento econômico e emprego. Contabilidade ambiental. Comércio agrícola e meio ambiente. Diversidade biológica e dinamismo econômico no meio rural.

Economia de Recursos Naturais (AB066) (48HA): Crescimento econômico, escassez de recursos e degradação ambiental. Coordenação econômica e sistema de preços. Teoria do bem estar social. Direitos de propriedade. Fontes de beneficência. Análise de Benefícios/custos. Riscos e incertezas

Economia e Comércio Internacional de Produtos Agrícolas e Agroprocessados (AB000) (64HA): Noções básicas sobre economia, políticas de comércio exterior e políticas cambiais e comércio internacional. Análise e evolução dos mercados mundiais de produtos agrícolas e agroprocessados. Nova dinâmica da inserção internacional do agribusiness brasileiro em um contexto de globalização. Regionalismo e outras formas de integração econômica. Novos padrões de competitividade internacional e os ganhos provenientes do livre comércio.

Metodologia de Pesquisa para as Ciências Agrárias(AB000) (64HA):

Planejamento Agrícola (AB004) (64HA): Conceitos, características, importância e objetivos do planejamento. Níveis, aplicações e contribuições do planejamento. Métodos

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e instrumentos auxiliares do planejamento da empresa rural. Instrumentos de avaliação de planos, programas e projetos. Programas de desenvolvimento da agricultura estadual e regional.

Projetos Agropecuários (AB000) (48HA): Introdução ao Estudo. Elaboração de Projetos. Programação, Planejamento. Avaliação de Projetos.

Sociologia do Meio Ambiente (AB000) (64HA): A construção social da idéia de natureza; princípios de desenvolvimento sustentável; a realidade sócio-ambiental do semi-árido; o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e as relações sociais; a questão ambiental no Brasil e na América Latina; a inter e transdisciplinariedade na questão ambiental.

Sociologia do Desenvolvimento Rural (AB000) (64HA): Estudo, discussão e aprofundamento das tendências atuais na área do desenvolvimento rural no mundo, América latina e Brasil. Pressupostos teóricos norteadores dos vários programas de desenvolvimento rural no mundo e Brasil. Contato e discussão de experiências em desenvolvimento rural já implementados no Brasil, destacando o caso do Nordeste brasileiro. Os assuntos tratados serão: elementos conceituais; o desenvolvimento nos países “pobres”; as questões político-sociais do desenvolvimento rural (Mundo, Brasil e Nordeste) e as Novas tendências no desenvolvimento rural.

Tópicos Aplicados ao Agronegócio (AB000) (64HA): Conceitos básicos; cadeias produtivas; sistemas agroindustriais; coordenação de sistemas; opções estratégicas das firmas; políticas públicas. Bolsas de mercadorias futuras; estudos de casos.

13.3.5. Solos e Meio Ambiente

Adubação e Nutrição de Frutíferas (AK000) (48HA): Exigências nutricionais das plantas, Recomendação de calagem e adubação das principais frutíferas cultivadas no Estado do Ceará.

Adubação e Nutrição de Plantas Cultivadas (AK000) (48HA): Conceitos e bases científicas da adubação. Necessidade de adubação e calagem. Distribuição e localização dos adubos e corretivos no terreno. Experimentação com adubos e corretivos. Princípios fundamentais. Exigências minerais, curvas de absorção, sintomas de deficiências e adubação do milho, arroz, trigo, sorgo, feijão, soja, cafeeiro, cana-de-açúcar, algodoeiro, batata, plantas frutíferas, hortaliças, pastagens e essências florestais.

Adubação Orgânica e Compostagem (AK000) (48HA): Conceito de matéria orgânica do solo. A natureza da matéria orgânica. Fatores que influenciam a decomposição da matéria orgânica do solo. A influência da matéria orgânica sobre as propriedades dos solo e produção das culturas. Os adubos orgânicos. Conceito de Compostagem. Os principais métodos de Compostagem. O composto como adubo orgânico do solo.

Interpretação de Análises de Solo e Recomendações de Adubos e Corretivos (AK000) (48HA): Sintomas visuais de deficiência nas plantas. Análise foliar; interpretação da análise foliar. Análise química do solo; métodos de análises de solo. Interpretação da análise do solo. Recomendação de adubos e corretivos para o solo.

Nutrição e Adubação de Hortaliças, Ornamentais e Medicinais (AK000) (48HA): Exigências nutricionais das plantas. Recomendação de calagem e adubação das principais hortaliças, ornamentais e medicinais cultivadas no Estado do Ceará.

Geoquímica da Superfície (AK000) (48HA): Conceito e fundamentos da geoquímica. Abundância geoquímica dos elementos. Ciclos biogeoquímicos. Geoquímica dos

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Page 57: Agronomia

processos exógenos. Intemperismo: minerais, reações e caracterização na zona tropical. Argilominerais. Metais poluentes.

Poluição do Solo e da Água (AK000) (64HA): Poluição e contaminação de ecossistemas. Origem e fontes de poluição na agricultura. Legislação ambiental. Estudo de Impacto Ambiental - EIA/RIMA. Rede de interação de impactos. Atividade agrícola e meio ambiente. Origem e natureza dos resíduos orgânicos na agricultura. Tratamento e reciclagem de resíduos sólidos. Tratamento e reciclagem de resíduos líquidos

Recuperação de Áreas Degradadas (AK000) (64HA): Conceituação e caracterização de área degradada. Atividades de degradação de ambientes. Objetivos da recuperação de áreas degradadas. Conhecimentos de química e de fertilidade de solo como ferramentas para a caracterização e manejo de áreas degradadas. Conhecimentos de geologia e de geoquímica como ferramentas para a caracterização e manejo de áreas degradadas. Drenagem ácida em áreas mineradas. Conhecimentos de física de solo como ferramentas para caracterização e manejo de áreas degradadas. Princípios de ecologia aplicados aos processos de RAD. Principais estratégias de RAD. Avaliação e monitoramento de processos de RAD. Noções sobre EIA, RIMA e PRAD. Aspectos políticos e de legislação sobre RAD. Linhas de pesquisas em RAD.

. 14. QUALIFICAÇÃO DO DOCENTE

Ações podem ser implementadas visando a qualificação dos docentes do

curso, principalmente ligadas a área didático-pedagógica e técnica. As estratégias

pedagógicas, citadas anteriormente, já indicam algumas ações.

Quanto à qualificação didático-pedagógica, as ações deverão contemplar a

participação em seminários, ciclos de discussão e, ou, cursos, organizados pela

Coordenação do Curso em conjunto com especialistas da área de educação da UFC.

Deve-ser-á questionar a necessidade da obrigatoriedade ou não desta atividade para os

docentes do curso.

A qualificação e a reciclagem técnica na área de atuação dos docentes é outra

ação a ser implementada e estimulada. Deve ser da melhor qualidade possível,

principalmente quanto ao atendimento das reais necessidades do Curso.

Estas ações passam necessariamente pela Coordenação do Curso que em

conjunto com a administração da UFC (Departamentos, Diretoria do CCA, Pró-Reitorias e

Reitoria) e devem proporcionar condições reais para que ocorra.

15. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Existe uma necessidade premente de ampliação do número e da

qualificação atuais dos servidores técnico-administrativos e docentes envolvidos com o

curso de Agronomia da UFC. O esforço deve ser conjunto envolvendo toda a

administração na busca do aumento do número de professores e servidores.

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Todavia estes aspectos devem ser acompanhados de uma avaliação da

realidade atual do curso, do contexto que se insere e do atendimento das demandas

atuais e as que surgirem a implantação do Projeto Pedagógico. Nesse sentido a

Coordenação deve ser a referência para a identificação das necessidades do curso,

principalmente no que se refere a alocação de vagas de servidores e docentes nos

diferentes Departamentos, o direcionamento da qualificação pretendida por docentes e

técnicos, as obras de implantação e melhoria de infra-estrutura, etc.

A melhoria das condições de infra-estrutura de aulas práticas deve ser priorizada

por todos os níveis da administração da UFC. Atualmente o Campus do PICI encontra-se

bastante limitado no que se refere a disponibilidade de área para a realização de aulas

práticas do curso de Agronomia da UFC (a cada dia a área livre do Campus está sendo

ocupada por novas construções), sem falar nas questões relativas a falta de segurança.

É necessário que, no menor tempo possível, seja reservada permanentemente (tombada

pelo serviço de patrimônio da UFC) área no Campus destinada as aulas práticas do curso

de Agronomia. Esta área deve ser dotada de toda a infra-estrutura necessária para a

realização das aulas práticas: sistema de irrigação, trator, implementos e mão-de-obra

etc., sendo de uso comum a todos os departamentos envolvidos com o curso e

administrada na forma de condomínio por estes.

16. AVALIAÇÃO

A avaliação do projeto político-pedagógico do curso de Agronomia deve

ser realizada periodicamente considerando aspectos relativos ao contexto (realidade

agrária e agrícola, mercado de trabalho, perfil do ingressante, etc.), a finalidade (alcance

dos objetivos e das estratégias, evolução das áreas do conhecimento pertinentes ao

curso etc.) e aos resultados alcançados (índices de evasão e reprovação, desempenho

dos egressos, absorção no mercado etc.).

Para tanto, a Coordenação do curso deve eleger uma Comissão de Avaliação

em caráter permanente e independente, multidisciplinar e composta por pelo menos dois

membros especialistas da área de educação.

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Page 59: Agronomia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRANDÃO, M. L. P. Sobre o redimensionamento curricular do curso de Agronomia da UFC: contribuições/reflexões para a comissão de elaboração do projeto pedagógico do curso de Agronomia da UFC. Fortaleza-CE, 2000. (mimeo.)

CAVALLET, V. J. A formação do engenheiro agrônomo em questão: a expectativa de um profissional que atenda as demandas sociais do XXI. São Paulo: USP, 1999. 133p. (Tese de Doutorado).

COELHO, F.M.G. A construção das profissões agrárias. Brasília, UnB, 1999. 329p. (Tese de Doutorado).

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares para os cursos de graduação na área de ciências agrárias. Brasília, 1999. 6p.

CUNHA, M.I. Projeto pedagógico e reformulações curriculares. Revista da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior, Brasília, v. 17, n. 2, p. 7-15, jul./dez. 1999.

FREITAS, L.P. (org.). Do pessimismo da razão para o otimismo da vontade: referências para a construção dos projetos pedagógicos nas IES brasileiras. Fortaleza: Universidade de Fortaleza, 2000. 32p. (Texto elaborado a partir da oficina de trabalho de Curitiba no Fórum Nacional de Pró-Reitores de Graduação das Universidades Brasileiras em 1999.

FERNANDES, C.M.B.. Formação do professor universitário: tarefa de quem? In: MASETTO, Marcos (Org.) Docência na universidade. 2ed. Campinas – SP: Papirus, 2000. p. 95-112.

FURTADO DE SOUZA, J.R.. O profissional de ciências agrárias face a dinâmica da agricultura nordestina: que projeto formativo?. Fortaleza: UFC, 1993. 4p. (mimeo.)

FURTADO DE SOUZA, J.R.; BRANDÃO, M.L.P.. Ações a serem consideradas na elaboração de um plano de atividades para a Comissão de Currículo da Agronomia do CCA/UFC: sugestão. Fortaleza: UFC, 2000. 5p. (mimeo.)

MASETTO, M. Professor universitário: um profissional da educação na atividade docente. In: ______(Org.). Docência na universidade . 2ed. Campinas – SP: Papirus, 1998. p.: 9-26.

UNIFOR – Universidade de Fortaleza. Projeto pedagógico de curso: subsídios para a elaboração e avaliação. Fortaleza, 1999. 38p.

VEIGA, I.P.A. (Org). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. 13ed. Campinas – SP: Papirus, 2001. 192p.

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