Agrupamento de Escolas de Arruda dos Vinhos - · PDF fileA Lei n.º 31/2002, de 20 de...

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Agrupamento de Escolas de Arruda dos Vinhos Avaliação Externa das Escolas Relatório de escola Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE Datas da visita: 14 a 16 de Abril de 2009

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Agrupamento de Escolas de

Arruda dos Vinhos

Avaliação Externa das Escolas Relatório de escola

Delegação Regional de Lisboa e Vale do Tejo da IGE

Datas da visita: 14 a 16 de Abril de 2009

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I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um «programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho».

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas de Arruda dos Vinhos realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada entre os dias 14 e 16 de Abril e 2009.

Os capítulos do relatório ― Caracterização do Agrupamento, Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

Escala de avaliação

Níveis de c lassificação dos c inco domínios

MUITO BOM – Predominam os pontos fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em procedimentos explícitos, generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos resultados dos alunos.

BOM – A escola revela bastantes pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE – Os pontos fortes e os pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE – Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pelo Agrupamento, encontra-se no

sítio da IGE em: www.ige.min-edu.pt

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II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de Arruda dos Vinhos integra os centros escolares de Arranhó e Casal do Telheiro, o Jardim-de-Infância e a Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Arruda dos Vinhos – escola--sede – a EB1 de Cardosas e a EB1/JI de Santiago dos Velhos – Adoseiros, pertencentes às freguesias de Arruda dos Vinhos, sede do concelho, Cardosas, Arranhó e S. Tiago.

O Agrupamento é frequentado por um total de 916 crianças e alunos, sendo 281 da educação pré-escolar e 635 do 1.º ciclo do ensino básico. Destes 45,7% possuem computador e ligação à Internet. Os auxílios económicos da Acção Social Escolar abrangem 29,5% dos alunos. A população escolar é maioritariamente portuguesa, havendo, no entanto, uma percentagem de 6,1% de alunos de outras origens, predominando o Brasil (4,6%).

O corpo docente é constituído por 60 docentes, 83% dos quais pertencentes aos quadros de escola e de zona pedagógica e 17% contratados, cujo nível etário se situa maioritariamente entre os 30 e os 50 anos. O número de assistentes operacionais é de 64 e de assistentes técnicos dois.

As habilitações conhecidas dos pais e encarregados de educação situam-se, maioritariamente, ao nível do ensino básico (46,4%) e do ensino secundário (17,1%). Verifica-se também que 18,7% detêm graus académicos de nível superior. As profissões predominantes estão ligadas à direcção e gestão de pequenas empresas, à docência, escritórios, serviços de protecção e segurança, trabalhadores da metalurgia e metalomecânica, condutores de veículos e trabalhadores não qualificados.

III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. RESULTADOS MUITO BOM

O Agrupamento conhece e analisa os resultados académicos dos seus alunos e o nível de progressos das crianças da Educação Pré-Escolar. Nas provas de aferição, no ano lectivo 2007-2008, os resultados foram superiores à média nacional nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, sendo de salientar a qualidade do sucesso, traduzida nas percentagens de classificações de Bom e Muito Bom. A Matemática é considerada uma área de sucesso, enquanto que em Língua Portuguesa são identificados alguns aspectos em que os alunos revelam mais dificuldades adoptando estratégias concertadas entre os departamentos da educação pré-escolar e do 1.º ciclo, em articulação com as bibliotecas escolares, para que todos os intervenientes educativos contribuam na superação das dificuldades identificadas. A intervenção educativa articula-se com instituições locais, prevenindo, com eficácia, situações de abandono escolar. Ag

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No desenvolvimento dos projectos curriculares de grupo e turma os alunos participam activamente no processo de aprendizagem e ensino, assumem cargos e responsabilidades funcionais e têm interiorizado a dinâmica das actividades e projectos compreendendo as finalidades dos mesmos. Também as regras de funcionamento são concertadas ao nível das turmas, e os alunos são responsabilizados por tarefas de regulação e de ajuda, com a finalidade de desenvolver o espírito de solidariedade, de respeito mútuo e de convivência democrática, dimensões tidas em conta na avaliação.

O Agrupamento desenvolve iniciativas de valorização dos sucessos dos alunos, através da exposição e divulgação de trabalhos no espaço escolar e na comunidade. Como consequência da interiorização dos códigos de conduta e do trabalho articulado de todos os intervenientes no processo educativo existe um bom relacionamento na comunidade educativa, que reconhece e aceita a autoridade e efectivo respeito dos direitos e deveres de cada um.

Os alunos, as famílias e a comunidade local valorizam a acção educativa do Agrupamento. O corpo docente e não docente empenha-se no desenvolvimento das suas funções contribuindo para os bons resultados dos alunos.

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2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO BOM

Com base nas metas definidas no Projecto Educativo, os departamentos curriculares definem orientações comuns de actuação pedagógica ao nível do Agrupamento. O desenvolvimento do currículo surgiu com maior intencionalidade e estruturação este ano lectivo, decorrente da integração da população escolar em centros escolares. A coordenadora da educação pré-escolar e os coordenadores de ano do 1.º ciclo assumem grande centralidade na planificação e regulação do trabalho pedagógico, garantindo a continuidade e a sequencialidade educativa. As actividades do Plano Anual estão planeadas para cada nível e ano de escolaridade para que o produto final seja conjugado e divulgado junto da comunidade educativa.

O desenvolvimento do currículo de forma transversal, incluindo as actividades de enriquecimento curricular, em diferentes áreas do saber, contribui para a formação social e cívica dos alunos e para o desenvolvimento de competências.

A supervisão da prática lectiva em sala de aula não está implementada. No entanto, as trocas de grupo e turma para leccionar algumas áreas suscitam reflexões entre pares, ao nível das metodologias aplicadas.

Ao nível da diferenciação e apoios, os diferentes intervenientes no processo educativo apoiam-se no princípio de uma educação inclusiva, em práticas coadjuvadas e monitorizadas pelos docentes da educação especial. As dinâmicas de cooperação, onde as práticas assentam em formas de articulação e de utilização de instrumentos didáctico-pedagógicos e de regulação comuns, fizeram surgir a necessidade de uma avaliação sistemática, para conhecer os percursos escolares dos alunos.

O trabalho de parceria com outras instituições permite a existência de condições e recursos para respostas educativas diversificadas e abrangentes aos alunos. O Agrupamento e o Externato João Alberto Faria têm realizado reuniões para concertarem formas de articulação ao nível do acompanhamento e da sequencialidade dos percursos escolares dos alunos.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR MUITO BOM

Os documentos de orientação educativa, elaborados de forma participada, são coerentes e consagram princípios e linhas orientadoras da acção educativa do Agrupamento, adequando e flexibilizando essa acção, ao nível de cada grupo, turma, aluno e em função do contexto social e cultural da escola.

A gestão do tempo escolar e a distribuição de serviço são definidos com base numa gestão e administração de eficiência dos recursos e da rentabilização das competências de cada profissional, baseada em critérios explícitos, nomeadamente, o da continuidade pedagógica ao longo do nível de educação e do ciclo de ensino. O desempenho dos profissionais não docente é valorizado por todos os intervenientes educativos verificando que as assistentes operacionais estão devidamente integradas na dinâmica das respectivas escolas.

O Serviço de Administração Escolar responde às necessidades do Agrupamento. As instalações escolares são adequadas e possuem espaços específicos para o desenvolvimento de actividades curriculares e de enriquecimento curricular, dispondo de equipamentos e materiais pedagógicos organizados em centros de recursos para cada escola. No entanto, existem algumas escolas sem espaços de recreio cobertos e a separação do espaço físico do Jardim-de-Infância e da Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Arruda dos Vinhos compromete o desenvolvimento de um trabalho mais articulado. As actividades da componente de apoio à família e as de enriquecimento curricular têm, na maior parte das escolas, espaço próprio, equipamentos e materiais específicos. As condições de segurança e bem-estar são alvo de uma atenção sistemática por parte dos responsáveis, existindo planos de emergência interiorizados por alunos e profissionais.

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A actuação do Agrupamento rege-se por princípios de equidade e justiça, proporcionando a igualdade de oportunidades no acesso às vivências escolares, nas formas de inclusão socioescolar, nos modos de organização do espaço e do tempo e no recurso a protocolos e parcerias com instituições e poderes locais. As famílias são envolvidas e participam activamente na vida do Agrupamento, em consequência de uma acção concertada entre os diferentes intervenientes educativos.

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4. LIDERANÇA MUITO BOM

O Projecto Educativo para o período de 2007/2009 indica linhas de intervenção e acção, com as quais os órgãos de administração e gestão e estruturas de coordenação e supervisão pedagógica se identificam e apoiam para o desenvolvimento das práticas educativas, em prol do desenvolvimento integral de cada criança e aluno. A visão prospectiva do desenvolvimento do Agrupamento, com indicadores de medida da qualidade e eficácia educativa, não está expressa no Projecto Educativo.

Todos os intervenientes educativos manifestam satisfação pela cultura educativa instituída, que tem feito emergir um ambiente escolar marcado pela entreajuda, pela abertura de informação e pela confiança estabelecida entre todos. As diferentes lideranças mobilizam todos os intervenientes educativos, que estão motivados e empenhados em dar o seu contributo nos diferentes níveis de intervenção. As práticas educativas têm vindo a ser repensadas e reestruturadas, com a finalidade de assegurar um ensino continuado e ajustado às necessidades de cada criança e aluno e, por sua vez, a valorizarem a utilização de instrumentos e recursos informáticos e audiovisuais na sala de aula.

As parcerias e a celebração de protocolos com diferentes instituições, bem como os projectos em curso, facilitam a concretização das prioridades do Agrupamento.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO

[CLASSIFICAÇÃO] BOM

A equipa de auto-avaliação para regular melhor os resultados escolares e o serviço educativo suporta-se nos dados do sucesso académico dos alunos, na informação das actas e de documentos de planificação e avaliação, para perceber o impacto das práticas de auto-avaliação já existentes, e na informação recolhida através de questionários aplicados à comunidade educativa para perspectivar estratégias de acção conducentes à melhoria. Apesar dos progressos nas práticas de auto-avaliação, a equipa identificou como fragilidade do processo que desenvolve e avalia a inexistência de instrumentos adequados que permitam a monitorização sistemática dos processos e dos resultados, condicionando a identificação de pontos fortes e fracos, assim como o desenvolvimento de acções de melhoria que sustentem o seu progresso.

IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR

1. RESULTADOS

1.1 SUCESSO ACADÉMICO

O Agrupamento conhece os resultados académicos dos alunos e procede à análise dos mesmos. Na educação pré-escolar iniciou-se, este ano lectivo, a monitorização dos progressos das crianças tendo em conta os conteúdos das orientações curriculares e as metas estabelecidas nos documentos orientadores.

No triénio 2005-2006 a 2007-2008 a taxa de conclusão do 1.º ciclo sofreu uma oscilação decrescente, 97%, 92% e 95%, respectivamente. Neste triénio as taxas de transição do 2.º ano mantiveram-se estáveis (94%, 93% e 94%) e as do 3.º ano sofreram uma variação, (93%, 89% e 98%). Nas provas de

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aferição, o Agrupamento, obteve em 2008 nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática respectivamente, 96,1% e 97,3% de classificações positivas. Estes resultados são superiores aos nacionais em Língua Portuguesa (6,6%) e em Matemática (6,5). Ao nível da qualidade do sucesso, salienta-se que os alunos obtiveram nas menções Muito Bom e Bom 57,8% em Língua Portuguesa e 67,8% em Matemática.

O Agrupamento reconhece a Matemática como área de sucesso e na Língua Portuguesa identifica alguns aspectos onde os alunos revelam mais dificuldades como são a oralidade e a capacidade de interpretação de textos. Para ultrapassar essas dificuldades adoptaram estratégias concertadas entre os departamentos da educação pré-escolar e do 1.º ciclo, em articulação com as bibliotecas escolares, para que todos se direccionem na correcção das dificuldades identificadas. Os órgãos de gestão e as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica comparam e reflectem sobre os resultados académicos em comparação com os resultados dos anos anteriores e das provas de aferição.

Dada a sua singularidade, agrupamento de escolas horizontal e única unidade escolar da rede pública do concelho, consideram que na região não existe outra realidade educativa que possa ser alvo de termo de comparação.

Não existe abandono escolar porque a actuação educativa é preventiva e aos primeiros indícios, actua com celeridade e em articulação com as instituições locais.

1.2 PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CÍVICO

Partindo da definição de um perfil de aprendizagem, do levantamento das motivações, interesses e necessidades dos alunos, os docentes envolvem-nos no processo de identificação das fragilidades e potencialidades do grupo e da turma. No desenvolvimento dos projectos curriculares de grupo e turma, os alunos são incumbidos de cargos e responsabilidades funcionais, com as competências e níveis de intervenção pré-estabelecidos e devidamente apropriados. Estes cargos são objecto de eleição mensal, no âmbito da área da Formação Cívica. Os alunos têm interiorizado a dinâmica das actividades e projectos trabalhados na turma, na escola e no Agrupamento, compreendendo as finalidades dos mesmos.

Tendo por base normas comuns ao Agrupamento, as regras de funcionamento são combinadas ao nível das turmas, onde são valorizados os valores e as atitudes positivas de relacionamento inter-pessoal, de educação para a saúde e ambiental, através de tarefas de regulação e de responsabilização, atribuídas aos alunos nas reuniões de assembleias de turma, de tutorias pedagógicas entre pares, de tarefas de ajuda em alguns sectores do funcionamento da escola, entre outras. Estas tarefas têm a finalidade, também, de desenvolver o espírito de solidariedade, de respeito mútuo e de convivência democrática, dimensões tidas em conta na avaliação dos alunos.

Existem iniciativas de valorização dos sucessos dos alunos, através da exposição e divulgação de trabalhos no espaço escolar e na comunidade. A participação em concursos promovidos pela Rede de Bibliotecas Escolares e Plano Nacional de Leitura, a realização de jornais escolares e a publicação de textos dos alunos, assim como, o reforço positivo em situação de aprendizagem e de divulgação aos pares dos produtos na turma e nas diferentes turmas do estabelecimento é uma prática comum utilizada por todos os docentes.

1.3 COMPORTAMENTO E DISCIPLINA

As escolas do Agrupamento não registam casos de indisciplina. Este facto deve-se ao trabalho articulado de todos os intervenientes no processo educativo, resultado da implicação e interiorização das regras de conduta de convivência, de actividades de organização do espaço escolar pelos alunos. Também o coordenador de escola assume relevo na regulação de comportamentos.

O Regulamento Interno é amplamente divulgado aos pais, através de documento escrito, entregue nas reuniões e disponibilizado na Internet. Como consequência da interiorização dos códigos de conduta existe um bom relacionamento na comunidade educativa, que reconhece e aceita a autoridade e há um efectivo respeito dos direitos e dos deveres de cada um.

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Os critérios de avaliação referenciam a assiduidade, o comportamento, a pontualidade como aspectos a incluir na avaliação de cada aluno.

1.4 VALORIZAÇÃO E IMPACTO DAS APRENDIZAGENS

Os alunos valorizam as aprendizagens que realizam na escola como meio de melhor progredir e ter sucesso ao longo da sua vida e salientam como áreas curriculares de preferência a Matemática e a Área de Projecto. A família e a comunidade local valorizam o Agrupamento e apoiam-no nas iniciativas planeadas, evidenciando confiança e reconhecimento do trabalho aí desenvolvido. O corpo docente e não docente empenha-se no desenvolvimento das suas funções de modo a que os alunos apresentem bons resultados.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

2.1 ARTICULAÇÃO E SEQUENCIALIDADE

A articulação curricular estabelece-se entre os dois níveis de educação e ensino, através dos departamentos curriculares, que adequam o currículo às necessidades dos alunos e definem orientações comuns de actuação pedagógica, com base nas metas definidas no Projecto Educativo, ao nível das equipas de trabalho (educação pré-escolar, coordenação por ano de escolaridade e por ciclo de ensino). A coordenadora da educação pré-escolar e os coordenadores de ano do ensino básico assumem grande centralidade na planificação e regulação do trabalho pedagógico em cada grupo e turma, garantindo a sequencialidade educativa. Para o efeito, definiram matrizes de planificação, de registos de observação e de controlo das mesmas, assim como, matrizes de provas de avaliação mensal, para todos os anos de escolaridade, para as áreas de Língua Portuguesa, Matemática e Estudo do Meio, com os respectivos critérios de correcção. Produzem materiais didáctico-pedagógicos para uso comum e partilham práticas e experiências pedagógicas.

As actividades do Plano Anual estão planeadas para cada nível e ano de escolaridade, com objectivos definidos e com a identificação dos recursos humanos para cada tipo de actividade, nas vertentes da saúde, do ambiente, da interacção família e escola, da utilização das tecnologias da informação e comunicação, prevendo a interacção e a partilha de experiências na área da literacia e expressões, com algumas salas de jardim-de-infância. Estas actividades, por sua vez, são dimensionadas ao nível dos respectivos projectos curriculares de grupo e turma, para que o resultado final seja conjugado e divulgado junto da comunidade educativa.

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Os professores titulares de turma planificam as actividades de enriquecimento curricular em conjunto com os profissionais responsáveis por aquelas actividades e acompanham sistematicamente o seu desenvolvimento.

O Agrupamento, para assegurar a continuidade educativa, realiza actividades de socialização e integração dos alunos do 4.º ano de escolaridade com a Escola do 2.º ciclo que os acolhe, tais como a participação na Semana da Ciência e visitas organizadas.

O trabalho realizado entre o Agrupamento e o Externato João Alberto Faria, ao nível da articulação curricular com o Departamento das Línguas Estrangeiras – que surgiu da verificação do decréscimo do nível de aproveitamento dos alunos no 5.º ano de escolaridade à disciplina de Inglês – traduz o acompanhamento do percurso dos alunos.

2.2 ACOMPANHAMENTO DA PRÁTICA LECTIVA EM SALA DE AULA

O planeamento das actividades lectivas e da acção educativa decorre das orientações dos departamentos curriculares, operacionalizado ao nível das coordenações de ano e dos docentes titulares de grupo e turma. A avaliação dos alunos obedece aos critérios de avaliação definidos em Conselho Pedagógico.

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A sustentabilidade do desenvolvimento do currículo, gerido para ser concretizado de forma horizontal e vertical, surgiu com maior intencionalidade e estruturação este ano lectivo, decorrente da integração da população escolar em centros escolares. Esta reorganização da rede escolar levou os docentes, ao nível das estruturas de orientação educativa e supervisão pedagógica, a sentirem necessidade de uma avaliação sistemática, que lhes dê informação sobre os percursos escolares dos alunos e indicadores da eficácia da sua acção educativa. Neste sentido, criaram instrumentos de registo de observação do trabalho desenvolvido pelos grupos e turmas, matrizes comuns de planificação e avaliação dos alunos, por área e ano de escolaridade, assim como, instituíram práticas de avaliação regular dos projectos curriculares de grupo e turma. Decorrente destas práticas, em Departamento Curricular, faz-se a análise dos resultados escolares dos alunos e a avaliação das opções pedagógicas e metodológicas, que dão suporte à (re)definição do trabalho pedagógico com os alunos e famílias.

A supervisão da prática lectiva em sala de aula não está implementada. No, entanto, alguns docentes realizam trocas de grupo e turma para leccionar algumas áreas para as quais se sentem mais competentes, suscitando estas práticas reflexões, entre pares, ao nível das metodologias aplicadas.

2.3 DIFERENCIAÇÃO E APOIOS

Os alunos abrangidos pela Educação Especial são devidamente referenciados e os seus programas educativos individuais são definidos de acordo com as suas características. Os diferentes intervenientes no processo educativo apoiam-se no princípio de uma educação inclusiva, recorrendo a estratégias de diferenciação pedagógica e de respostas individuais de acordo com a necessidade específica dos mesmos. Para concretizar este princípio, os docentes titulares de turma são coadjuvados e monitorizados pelos docentes da educação especial, com a finalidade de assegurar um atendimento contínuo e adequado às suas necessidades.

Para que as respostas educativas sejam adequadas e eficazes recorreram a profissionais qualificados da comunidade educativa, autarquia, instituições do concelho e de concelhos limítrofes – terapeutas da fala, psicólogos, técnicos de saúde escolar, musicoterapia, música, entre outros – que articulam e colaboram com o Agrupamento, de modo a que as crianças e os alunos tenham uma resposta integral às suas necessidades específicas. Estes técnicos participam na planificação das medidas a implementar e emitem parecer sobre o desenvolvimento individual de cada criança e aluno. As famílias são implicadas nesses processos dando, também, a sua colaboração e contributo na implementação das medidas delineadas.

As actividades desenvolvidas nas bibliotecas escolares, nas salas TIC e as Actividades de Enriquecimento Curricular são rendibilizadas para suprir as dificuldades de aprendizagem e ensino dos alunos referenciados com planos de acompanhamento e de recuperação, nos quais está previsto os modos de intervenção e articulação destes intervenientes.

Os docentes monitorizam, quinzenalmente, através de um registo estruturado, os progressos desses alunos. A avaliação desses registos é realizada ao nível dos conselhos de docentes e, posteriormente, do Conselho Pedagógico, servindo para ajustar as estratégias pedagógicas. Em 2006-2007 e 2007-2008, dos alunos com plano de recuperação transitaram de ano 56% e 81%, respectivamente. Também transitaram 94% e 82% dos alunos com plano de acompanhamento.

2.4 ABRANGÊNCIA DO CURRÍCULO E VALORIZAÇÃO DOS SABERES E DA APRENDIZAGEM

O Plano Anual de Actividades expressa uma dimensão abrangente do desenvolvimento do currículo, de forma transversal, em diferentes áreas do saber. Para o efeito, implementam projectos a diferentes níveis: Agrupamento, escolas e turmas. Estes incidem sobre os domínios da ciência experimental, da preservação do ambiente, da saúde e higiene oral, do envolvimento parental, da literacia, do desenvolvimento profissional, da cultura local, da História de Portugal, das tecnologias da informação e comunicação e da expressão artística. Estes projectos são desenvolvidos de forma integrada nas diferentes áreas do currículo e, especificamente, mais assumidos nas áreas de Projecto, Formação

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Cívica e Expressão Artística. Este trabalho tem, também, continuidade nas actividades de enriquecimento curricular e nas de animação socioeducativa.

A área de Formação Cívica é um tempo de apropriação de práticas democráticas, de escolha e decisão, de aferição de comportamentos e regras, com impacto no desenvolvimento da autonomia e da responsabilização das crianças e dos alunos.

A dimensão das ciências experimentais é desenvolvida através de realização de experiências na sala de aula e nas actividades da semana da ciência. Para valorizar os saberes práticos e profissionais, as famílias são envolvidas no desenvolvimento do currículo na sala de aula, assumindo elas a condução da própria actividade ou fazendo a demonstração prática das suas profissões. Também realizam diversas visitas de estudo tanto para valorizar o património local (visita a olarias e participação na Festa do Vinho e da Vinha), como para conhecimento de outras realidades, como andar de metropolitano, visitar monumentos e o Pavilhão do Conhecimento ou ir ao cinema e ao teatro.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

3.1 CONCEPÇÃO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE

O Projecto Educativo do Agrupamento – 2007/2009 - elaborado de forma participa por todos os intervenientes educativos, tem como referência os princípios educativos consignados nos normativos legais, dando suporte aos objectivos operacionais e estratégias definidas no Projecto Curricular de Agrupamento e à identificação das actividades e recursos mencionados no Plano Anual de Actividades. Os projectos curriculares de grupo e turma adequam, contextualizam e flexibilizam essas orientações gerais ao nível de cada grupo, turma, aluno e à especificidade da comunidade educativa, dando especial atenção a duas áreas de intervenção: o ensino e a aprendizagem, na vertente curricular e transdisciplinar, e a função social e cultural da escola.

A concepção dos documentos orientadores da acção educativa apoiou-se numa análise diagnóstica das necessidades da comunidade escolar, através de questionários. A utilização destes instrumentos de planificação está interiorizada e uniformizada pelo Conselho Pedagógico e as estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica são responsáveis pela transmissão da informação e regulação da sua concretização.

As competências de cada profissional são valorizadas de forma a dar cumprimento aos princípios orientadores da acção educativa e a assegurar o funcionamento da escola a tempo inteiro.

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3.2 GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

A gestão dos recursos humanos tem por base critérios explícitos nos documentos orientadores e no conhecimento das competências dos profissionais que trabalham no Agrupamento. Com base na identificação das competências pessoais, o trabalho é organizado em equipas.

Na afectação dos docentes aos grupos e às turmas prevalece o critério da continuidade pedagógica ao longo do nível de educação e do ciclo de ensino.

O Plano Anual de Actividades integra a calendarização das acções de formação a desenvolver, a partir da identificação das necessidades. A autarquia assegura formação ao pessoal não docente nas áreas dos primeiros socorros, gestão de conflitos e relações interpessoais, consideradas relevantes para o seu desempenho profissional.

A integração dos novos docentes e não docente ocorre no início de cada ano lectivo, através de encontros onde é dado a conhecer o Agrupamento e os seus documentos orientadores.

O corpo não docente é envolvido no desenvolvimento do trabalho pedagógico, sob orientação dos educadores e professores, participando na orientação dos alunos em actividades específicas e na execução de materiais pedagógicos. A sua acção é valorizada por todos os intervenientes educativos e estão integrados na dinâmica das escolas.

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O Serviço de Administração Escolar está organizado para dar resposta célere às necessidades do Agrupamento e conta com a dedicação e empenho das duas assistentes técnicas. No entanto, a localização e organização do espaço condiciona o acesso dos utentes (localizado no 1.º andar) e não assegura a privacidade necessária ao atendimento de algumas situações.

3.3 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

As instalações escolares são adequadas e possuem espaços específicos para o desenvolvimento de actividades de formação artística, educação física, bibliotecas escolares, salas TIC, refeitórios e espaços descobertos para a prática de educação física, na maioria das escolas. As condições existentes resultaram da reorganização da rede escolar concelhia, que deu origem à entrada em funcionamento de dois centros escolares e ampliação da escola-sede. No entanto, existem algumas escolas sem espaços de recreio cobertos e a separação do espaço físico do Jardim-de-Infância e da EB1 de Arruda dos Vinhos compromete o desenvolvimento de um trabalho mais articulado.

As escolas e jardins-de-infância dispõem de equipamentos e materiais pedagógicos das áreas das expressões, ciências experimentais e recursos informáticos e multimédia, da Matemática e do Estudo do Meio. Estes materiais e equipamentos estão organizados em centros de recursos para cada escola.

As actividades da componente de apoio à família e as de enriquecimento curricular têm, na maior parte das escolas, espaço próprio e equipamentos e materiais específicos.

As condições de segurança e bem-estar são alvo de uma atenção sistemática por parte dos responsáveis, existindo nas escolas planos de emergência, apropriados por alunos e profissionais através de frequentes exercícios de simulação.

O Agrupamento desenvolve iniciativas para angariação de receitas próprias, através do envolvimento das associações de pais e encarregados de educação, da realização da Feira do Livro e de apoios financeiros de empresas e instituições bancárias. Estes meios são aplicados na concretização dos objectivos do Projecto Educativo.

3.4 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E OUTROS ELEMENTOS DA COMUNIDADE EDUCATIVA

Os pais e encarregados de educação deram contributos para a elaboração dos documentos orientadores, através da sua representação nos órgãos, como representantes das turmas e na qualidade de membros das três associações de pais e encarregados de educação. A participação e envolvimento das famílias concretizam-se através das actividades previstas no Plano Anual de Actividades, no Projecto Curricular de Grupo e Turma, nas reuniões de pais e encarregados de educação, onde são informados dos conteúdos leccionados e a leccionar, das normas e regras de orientação educativa, dos percursos escolares dos seus educandos e apoiados para saberem orientar o estudo em casa.

O envolvimento das famílias na vida escolar é uma linha de intervenção e acção do Agrupamento, à qual as mesmas respondem activamente, reconhecendo e valorizando o trabalho realizado pelos profissionais que trabalham nas escolas.

3.5 EQUIDADE E JUSTIÇA

Os diferentes intervenientes educativos salientaram que a actuação do Agrupamento se rege por princípios de equidade e justiça, ao proporcionar igualdade de oportunidades para todas as crianças e alunos, no acesso a todas as vivências escolares. Esta prática concretiza-se nos modos de actuação de todos os profissionais, nas formas de inclusão socioescolar das crianças e alunos, nos modos de organização do espaço e do tempo e no recurso a protocolos e parcerias com instituições e poderes locais.

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4. LIDERANÇA

4.1 VISÃO E ESTRATÉGIA

O Projecto Educativo para o período de 2007/2009 indica linhas de intervenção e acção, com as quais os órgãos de gestão se identificam. Toda a acção dos órgãos de administração e gestão e estruturas de coordenação e supervisão pedagógica estão direccionados para o desenvolvimento de práticas educativas participadas em prol do desenvolvimento integral de cada criança e aluno. Estas práticas, ainda em fase de aferição, impulsionam todos os intervenientes educativos, que manifestam satisfação pelo grau de desenvolvimento que essa cultura educativa tem feito emergir, pelo ambiente escolar, pela entreajuda e pela confiança estabelecida entre todos. Os pais e encarregados de educação referiram o ambiente escolar como uma área de excelência do Agrupamento.

No entanto, o Projecto Educativo não expressa uma visão prospectiva do desenvolvimento do Agrupamento com indicadores de medida da qualidade e eficácia educativa.

4.2 MOTIVAÇÃO E EMPENHO

Todos os órgãos de administração e gestão e estruturas de coordenação e supervisão pedagógica assumem as suas atribuições e orientam o seu trabalho com motivação e empenho para dar cumprimento aos objectivos contemplados nos documentos orientadores. As diferentes lideranças mobilizam todos os intervenientes educativos, nos diferentes níveis de intervenção, para que o processo educativo seja desenvolvido com sustentação ao nível da planificação, da avaliação e da gestão de recursos materiais e humanos, de forma a obter bons resultados.

O Agrupamento monitoriza a assiduidade do pessoal docente e não docente e tem estratégias e procedimentos pré-definidos para suprir os efeitos de alguma situação pontual de absentismo.

4.3 ABERTURA À INOVAÇÃO

Os docentes têm vindo a repensar e a reestruturar as suas práticas educativas, com base no trabalho cooperativo e entre pares, que dão mais consistência ao desenvolvimento do currículo. Para o efeito, delinearam novas formas de trabalho ao nível da organização e gestão dos projectos curriculares de grupo e turma, recorreram à utilização de instrumentos e recursos informáticos e audiovisuais na sala de aula, a modos diferentes de envolver os alunos e a comunidade escolar, como são exemplo os projectos implementados com diferentes finalidades educativas, dando unidade ao trabalho educativo do Agrupamento, sem pôr em causa a especificidade de cada escola e de cada turma.

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A generalização das tecnologias de informação e comunicação para acesso e troca de informação quer por docentes quer por alunos, como ferramenta de trabalho, propicia o desenvolvimento profissional e institucional e constitui um recurso do desenvolvimento curricular.

4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS

O Agrupamento para melhor concretizar as linhas de intervenção do Projecto Educativo recorre a parcerias e celebra protocolos com diferentes instituições – a Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Alverca, a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia, o Centro de Saúde, o Externato João Alberto Faria, a Santa Casa da Misericórdia, o Centro de Formação de Professores Pêro de Alenquer, a Escola Superior de Educação de Torres Novas, os Bombeiros Voluntários e a Guarda Nacional Republicana, entre outros, para obter apoios e recursos ao nível da terapia da fala, do apoio social e psicológico, conservação de infra-estruturas e aquisição de materiais didácticos, educação para a saúde, apoio à família, formação especializada, prevenção e segurança, e desenvolvimento dos projectos.

Integra projectos de âmbito nacional (Programa Nacional do Ensino do Português no 1.º Ciclo, Plano Nacional de Leitura, Rede de Bibliotecas Escolares e Escolas Promotoras de Saúde), contribuindo para a melhoria das práticas pedagógicas e dos resultados dos alunos.

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5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO

5.1 AUTO-AVALIAÇÃO

O Agrupamento efectua o tratamento quantitativo dos resultados académicos e dá-os a conhecer aos órgãos e estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica. Desde o início deste ano lectivo existe uma equipa de auto-avaliação constituída por docentes, representante dos pais e das assistentes operacionais, que utiliza esses dados, assim como, a informação recolhida através de questionários aplicados à comunidade educativa – com o objectivo de identificar o seu grau de satisfação relativamente aos serviços prestados – e a informação das actas e de documentos de planificação e avaliação para perceber o impacto das práticas de auto-avaliação já existentes e delinear acções de melhoria educativa nesta área.

5.2 SUSTENTABILIDADE DO PROGRESSO

O Agrupamento tem sustentado os seus progressos nas reflexões internas, nos contributos de acções de formação, na reorganização e melhoramento das condições físicas dos espaços escolares e na identificação de oportunidades que ajudam a atingir os objectivos delineados nos documentos orientadores.

O Agrupamento conhece pontos fortes (trabalho cooperativo entre os membros da comunidade escolar) e fracos (monitorização sistemática dos processos e dos resultados) do seu desempenho. Apesar dos progressos nas práticas de auto-avaliação a equipa identifica como fragilidade do processo que desenvolve e avalia a inexistência de instrumentos adequados ao que querem medir, estando numa fase de concepção destes.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos do Agrupamento de Escolas de Arruda dos Vinhos (pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades e constrangimentos). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam o Agrupamento e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria.

Entende-se aqui por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; por ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; por oportunidade: condição ou possibilidade externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos; por constrangimento: condição ou possibilidade externas à organização que poderão ameaçar o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

Bons resultados académicos tendo em conta as taxas de sucesso e as classificações obtidas nas provas de aferição;

Implicação activa dos alunos nos projectos curriculares de grupo e turma, com repercussões nos resultados;

Bom relacionamento dos intervenientes educativos, com respeito pelos direitos e deveres de cada um;

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Práticas de cooperação entre os docentes da educação especial e os docentes titulares de grupo e de turma, que favorecem as condições necessárias para que a aprendizagem e ensino seja continuada e se concretize a inclusão dos alunos;

A participação e envolvimento dos pais e encarregados de educação na vida escolar, bem como, outros intervenientes educativos com reflexos no ambiente escolar marcado pela inter-ajuda e pelo clima de confiança existente.

Pontos fracos

Inexistência de indicadores de medida da qualidade e da eficácia da qualidade educativa nos documentos orientadores, comprometendo a visão prospectiva de desenvolvimento do Agrupamento;

Ausência de instrumentos para a monitorização sistemática dos processos e dos resultados, condicionando a identificação de pontos fortes e fracos, assim como o desenvolvimento de acções de melhoria.

Oportunidades

Rentabilização do espaço Internet do Centro de Competências Entre Mar e Serra da Batalha para alojar a Plataforma Moodle;

Potencializar as parcerias e protocolos com as instituições e poderes locais.

Constrangimentos

A separação do espaço físico do Jardim-de-Infância e da Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de Arruda dos Vinhos;

Ausência de espaços cobertos de recreio em algumas escolas do Agrupamento.

Em função do esclarecimento apresentado pelo Agrupamento, este relatório foi alterado:

- na página 13 – Capítulo V – Considerações Finais, Oportunidades, onde constava “Rentabilização do espaço internet da Escola Superior de Educação de Torres Novas para alojar a Plataforma Moodle;” passou a constar “Rentabilização do espaço Internet do Centro de Competências Entre Mar e Serra da Batalha para alojar a Plataforma Moodle;”