AIDS/SIDA INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

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17/03/2014 1 CONTROLE DE DOENÇAS ESPECÍFICAS SIDA, Tuberculose, Hanseníase, Câncer SIDA Sindrome da Imunodeficiência Adquirida AIDS/SIDA INTRODUÇÃO A pesquisa genética indica que o HIV teve origem na África centro-ocidental durante o século XIX e início do século XX. A AIDS foi reconhecida pela primeira vez pelos Center for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos, em 1981, e sua causa, o HIV, foi identificado no início dos anos 80. INTRODUÇÃO A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS) é causada pelo retrovírus denominado vírus da imunodeficiência humana, o HIV que destrói progressivamente os leucócitos (glóbulos brancos) deixando o organismo susceptível a infecções oportunistas e tumores. A infecção pelo HIV causa deterioração progressiva do sistema imune. (MERCK et al., 2002 e KNOBEL, 1998)

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CONTROLE DE DOENÇAS ESPECÍFICAS

SIDA, Tuberculose, Hanseníase, Câncer

SIDA

Sindrome da Imunodeficiência Adquirida

AIDS/SIDA INTRODUÇÃO

� A pesquisa genética indica que o HIV teve origemna África centro-ocidental durante o século XIX einício do século XX.

� A AIDS foi reconhecida pela primeira vez pelosCenter for Disease Control and Prevention (CDC)dos Estados Unidos, em 1981, e sua causa, o HIV,foi identificado no início dos anos 80.

INTRODUÇÃO

� A síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS) é causada

pelo retrovírus denominado vírus da imunodeficiência humana, o

HIV que destrói progressivamente os leucócitos (glóbulos brancos)

deixando o organismo susceptível a infecções oportunistas e

tumores.

� A infecção pelo HIV causa deterioração progressiva do sistema

imune.

(MERCK et al., 2002 e KNOBEL, 1998)

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INTRODUÇÃO

� Doenças oportunistas são doenças que se aproveitamdo estado de debilidade das defesas do organismopara causar dano, que em indivíduos em estadonormal, ao contrário, não aconteceriam.

� As mais conhecidas são: a pneumonia causada porPneumocistys jiroveci, um protozoário normalmenteinócuo, comum em doentes com SIDA, linfomas e osarcoma de Kaposi (tumor maligno do endotéliolinfático).

INTRODUÇÃO

� A medida que as respostas imunes se alteram, os

pacientes desenvolvem doenças peculiares

indicadoras dessas alterações imunológicas:

raras na população em geral, mas comuns em

pacientes com SIDA

(TORTORA, 2000)

INTRODUCÃO

� Embora os tratamentos para a AIDS e HIVpossam retardar o curso da doença, não háatualmente nenhuma cura ou vacina.

� O tratamento anti-retroviral reduz amortalidade e a morbidade da infecção peloHIV, mas estes medicamentos são caros e oacesso a medicamentos anti-retrovirais de rotinanão está disponível em todos os países.

INTRODUCÃO

� Devido à dificuldade em tratar a infecção peloHIV, a prevenção da infecção é um objetivopara controlar a pandemia da AIDS, com apromoção da saúde do sexo-seguro eprogramas de troca de seringas na tentativa deretardar a propagação do vírus.

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TRANSMISSÃO

� O HIV é transmitido através do contato direto deuma mucosa ou pela corrente sanguínea com umfluido corporal que contêm o HIV, tais como sangue,sêmen, secreção vaginal e leite materno.

� Esta transmissão pode acontecer durante o sexoanal, vaginal, oral, transfusão sanguínea, agulhascontaminadas, ou intercâmbio entre a mãe e obebê.

TRANSMISSÃO

� Denomina-se transmissão vertical do HIV a situação em que acriança é infectada pelo vírus HIV durante a gestação, oparto ou por meio da amamentação.

� No entanto, a criança, filha de mãe infectada pelo HIV, tem aoportunidade de não se infectar pelo HIV, através demedidas para evitar o risco de transmissão:

-o diagnóstico precoce da gestante infectada,

-o uso de drogas anti-retrovirais,

-parto cesariano programado,

-suspensão do aleitamento materno substituindo-o por leiteartificial e outros alimentos de acordo com a idade dacriança.

EPIDEMIOLOGIA

� 1980 a 2009: foram registrados 544.846 casosde AIDS no Brasil.

� Durante esse período, 217.091 mortes ocorreramem decorrência da doença.

� Por ano, são notificados entre 33 mil e 35 milnovos casos de AIDS.

� Em relação ao HIV, a estimativa é de que existam630 mil pessoas infectadas no país.

www.aids.gov.br, 2010

EPIDEMIOLOGIA

� H / M : 1,5 para 1

� Ambos os sexos, faixa etária concentra-se entre 25 anos

e 49 anos

� 91% relataram transmissão por relação sexual

� Taxa de transmissão vertical pode atingir 70%

(NELSON et al., 1997 e www.aids.gov.br, 2008)

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CLASSIFICAÇÃO

� Estágio I: infecção pelo HIV é assintomática e nãoclassificada como AIDS;

� Estágio II: inclui pequenas manifestações mucocutânease recorrentes infecções do trato respiratório superior;

� Estágio III: inclui diarréia crônica inexplicada por maisde um mês, as infecções bacterianas e a tbc pulmonar;

� Estágio IV: inclui a toxoplasmose cerebral, candidíasedo esôfago, traquéia, brônquios, pulmões e o sarcomade Kaposi; essas doenças são indicadores da AIDS

CLASSIFICAÇÃO

� Em 1993, o CDC expandiu a sua definição para aAIDS incluindo todas as pessoas HIV positivas comcontagens de células T CD4 + abaixo de 200 por lde sangue ou 14% do total de linfócitos.

� A maioria dos novos casos de AIDS nos paísesdesenvolvidos usam essa definição.

TESTE DE HIV

� Muitas pessoas desconhecem que estão infectadas como HIV

� O período de janela imunológica (tempo entre ainfecção inicial e o desenvolvimento de anticorposdetectáveis contra a infecção) pode variar, uma vezque pode levar 3-6 meses para soroconversão e testepositivo.

� Testes de HIV para recém-nascidos e lactentes nascidosde mães HIV-positivas, não têm valor por causa dapresença de anticorpos maternos para o HIV no sangueda criança

TESTE DE HIV

� Se anticorpos são detectados por um exame inicial baseadono método ELISA, então um segundo teste baseado noprocedimento WESTERN BLOT determina o tamanho dosantígenos que se ligam aos anticorpos no kit de teste.

� Este teste tem uma precisão de 99,5%, o que significa que deum teste com 100.000 pessoas não infectadas são esperados500 resultados falso positivo.

� O valor previsível deste teste depende da prevalência dainfecção por HIV no grupo sendo testado. Se 10% do grupotestado está infectado por HIV, menos de 2% dos resultadospositivos serão falso positivo. Mas se menos que 1 pessoa em7.500 pessoas do grupo sendo testado está infectada porHIV, então mais de 90% dos resultados positivos serão falsopositivo.

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DIAGNÓSTICO

� Recursos laboratoriais e clínicos: sorologia

ELISA

(COUTO, 2001 e SHEON et al., 2005)

DIAGNÓSTICO

WESTERN-BLOT

(COUTO, 2001 e SHEON, et al., 2005)

IMUNOPATOLOGIA

� Cerca de 5% dos indivíduos infectados progridem para SIDA

em 1 ou 2 anos

� Cerca de 10% permanecem assintomáticos e com número de

células T CD4 estável por período indeterminado

(www.aids.gov.br, 2008)

DIAGNÓSTICO

� Anamnese, exame físico

� Exames complementares

� Contagem de linfócitos CD4

� Infecções oportunistas

(NOGUEIRA & GOMES, 2006)

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AFECÇÕES OPORTUNISTAS

� Vírus herpes Simples I e II - formas mais graves: úlcera de esôfago e

intestino

� Citomegalovírus - acometimento dos pulmões

� Vírus Papiloma Humano – lesões mucocutâneas genitotropicas

� Vírus Epstein Bar (mononucleose, linfoma)

� Candidíase – esofágica (definidora)

� Sarcoma de Kaposi – neoplasia vascular multifocal

(BETHLEM, 2002; VERONESI, 2005 e FILHO, 2000)

AFECÇÕES OPORTUNISTAS

� CANDIDÍASE ESOFÁGICA

FONTE: www.medstudents.com.br/.../candida.htm, mar. 2008

AFECÇÕES OPORTUNISTAS

� SARCOMA DE KAPOSI

FONTE: www.commons.wikimedia.org/wiki/Image:Kaposi's_Sarcoma.jpg, mar. 2008

MANIFESTAÇÕES PULMONARES

� Infecções oportunistas (bacterianas,

micobacterianas, fúngicas, virais e parasitárias) ,

Neoplasias , Pneumotórax espontâneo,

Tuberculose

(NOGUERIA & GOMES, 2006; NEVES et. al., 2005; TARANTINO, 2002)

Pneumonia por Pneumocystis Carinii

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PNEUMONIA POR Pneumocystis

� Protozoário descrito por Antônio Carinii

� Transmitido por vias respiratórias

� Desde década de 50 agente causador de pneumonias

(BETHLEM, 2002; SILVA, 2001 e KNOBEL, 1998)

PNEUMONIA POR Pneumocystis

� 70% dos pacientes com HIV apresentam pelo menos um

episódio de pneumocistose

� A insuficiência respiratória é a principal causa de admissão

dos pacientes nas U.T.I.

(BETHLEM, 2002; SILVA, 2001 e KNOBEL, 1998)

PNEUMONIA POR Pneumocistis

FONTE: www.uninet.edu/conganat/conferencias/C013/, mar. 2008

SNC

� Infecções oportunistas (protozoários, fungos, vírus, bactérias)

� Lesões inespecíficas (inflamatórias, vasculares, degenerativas ou

metabólicas)

� Neoplasias

� 50% dos pacientes infectados por HIV têm manifestações neurológicas

� 10% representam como primeira manifestação da doença

(FILHO, 2000)

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TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

� Melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida dos

pacientes infectados

� Cuidados gerais e aporte nutricional, a inibição da replicação

viral e a terapia e profilaxia das infecções e/ou neoplasias

secundárias

(FARHAT. et al., 1998 e VERONESI, 2005)

TRATAMENTO ARV

� Estes coquetéis permitem quase categorizar,para quem tem acesso a eles, a SIDA em doençacrônica.

� Os portadores de HIV que tomam osmedicamentos sofrem de efeitos adversosextremamente incomodativos, diminuiçãodrástica da qualidade de vida, e diminuiçãosignificativa da esperança de vida.

� AZT

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

� Esquema combinado de três antiretrovirais :

“coquetel” no Brasil e HAART (Highly Active

Antiretroviral Therapy), nos Estados Unidos

� Uso dos antiretrovirais por toda a vida

� Fase crônica da infecção pelo HIV: considerar o

estado clinico e a contagem de linfócitos CD4+

(FARHAT. et al., 1998 e VERONESI, 2005)

FISIOTERAPIA NO PACIENTE COM SIDA

� Melhorar qualidade de vida com alternativas paraque os doentes e suas famílias gerem sua própriapromoção em saúde

� Maximizar sua recuperação

� Reintegrar às suas funções anteriormente exercidas

� Diminuir o tempo de permanência sob internação

(COUTO, 2001)

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FISIOTERAPIA NO PACIENTE COM SIDA

� FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA Conduta:

� Avaliação clínica inicial

� Avaliação de parâmetros para instalação da VMNI

� Posicionamento do paciente

� A IRA leva pacientes com SIDA a óbito

(NOGUEIRA, 2000)

FISIOTERAPIA NO PACIENTE COM SIDA

� Manipulações passivas, ativo-assitidas

� Cinesioterapia para ganho e manutenção doequilíbrio

� Estímulo à marcha, de início com auxílio e progredirpara a marcha independente (NOGUEIRA, 2000)

� FNP(COUTO, 2001 apud LEROY, 1991; NÖEL-DUCRET, 2001)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

� Doença progressiva e contínua com

acometimento sistêmico do organismo

humano, com afecções oportunistas que

manifestam complicações do sistema

respiratório e SNC a serem consideradas

pela fisioterapiaTUBERCULOSE

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Tuberculose

� Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK).Outras espécies de micobactérias também podemcausar a tuberculose. São elas: Mycobacteriumbovis, africanum e microti

� Doença infecto-contagiosa causada por umabactéria BK que afeta principalmente os pulmões,mas, também pode ocorrer em outros órgãos docorpo, como ossos, rins e meninges (membranas queenvolvem o cérebro).

Sintomas

� Alguns pacientes não exibem nenhum indício dadoença, outros são ignorados.

� Na maioria, os sinais e sintomas mais freqüentementedescritos são tosse seca contínua no início.

� Depois com presença de secreção por mais de quatrosemanas, transformando-se, na maioria das vezes, emuma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo;febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna;falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado;rouquidão; fraqueza; e prostração

Sintomas

� Os casos graves apresentam dificuldade narespiração; eliminação de grande quantidade desangue, colapso do pulmão e piopneumotórax,pode ocorrer dor torácica.

� SUSPEITA CLÍNICA� tosse produtiva por período maior ou igual a

três semanas, febre principalmente noturna eperda de peso.

sim? isolamento respiratório

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Transmissão

� A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, portanto, aaglomeração de pessoas é o principal fator detransmissão.

� O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenasgotas de saliva que contêm o agente infeccioso epodem ser aspiradas por outro indivíduocontaminando-o.

� Má alimentação, falta de higiene, tabagismo,alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixaresistência orgânica, também favorece oestabelecimento da doença.

Diante da suspeita de TB

� Identificação do caso;

� Baciloscopia direta do escarro (3 amostras)esolicitação de outra amostra a ser colhida no diaseguinte;

� Raio X de tórax e realização de provatuberculínica nos casos negativos à baciloscopia;

� Cultura do escarro nos casos persistentementenegativos à baciloscopia.

Teste Tuberculínico

� O teste de Mantoux ou Teste Tuberculínico,envolve a injeção intracutânea de uma dosepadronizada de derivado protêico purificado(PPD) . A leitura é feita após 48 a 72 h.

� A prova tuberculínica positiva, isoladamente, indicaapenas infecção e não necessariamente tuberculosedoença.

� Nas pessoas vacinadas com BCG, pode-se terdificuldade na sua interpretação, uma vez que a vacinapode torná-la positiva.

Prova Tuberculínica PPD

� A tuberculina usada no Brasil é o PPD-Rt23, aplicada por viaintradérmica, na dose de 0,1 ml. equivalente a 2UT (unidadetuberculínica), na parte anterior do antebraço esquerdo, comseringa tipo tuberculina, de 1 ml.

� Deve-se evitar a aplicação quando houver lesões da pele no localde aplicação. A leitura deverá ser realizada de 72 a 96 horasapós a aplicação, com régua milimetrada padronizada. Oresultado, expresso em milímetros, é interpretado da seguintefórmula:

0-4 mm - não reator (não infectados ou analérgicos) Negativo5-9 mm - reator fraco (infectados pelo BK, por micobactériasatípicas ou vacinados com BCG)

10 mm e mais - reator forte (infectados pelo BK, doentes ou não, ouvacinados com BCG).

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Suspeito de Tuberculose Pulmonar

� é todo indivíduo com sintomatologia clínicasugestiva de tuberculose pulmonar: tosse comexpectoração por quatro ou mais semanas, febre,perda de peso e apetite ou suspeito ao exameradiológico.

Exame Confirmado Forma Pulmonar

Escarro positivo: paciente com baciloscopias positivas,ou cultura positiva ou uma baciloscopia positiva eimagem radiológica sugestiva de tuberculose, ouduas ou mais baciloscopias negativas e culturapositiva.

Escarro negativo: paciente com duas baciloscopiasnegativas, com imagem radiológica sugestiva eachados clínicos ou outros exames complementaresque permitam ao médico efetuar um diagnóstico detuberculose.

Exame Confirmado Forma Extrapulmonar

Paciente com evidências clínicas, achadoslaboratoriais, inclusive histopatológicoscompatíveis com tuberculose extrapulmonarativa, em que o médico toma a decisão detratar com esquema específico; ou pacientecom pelo menos uma cultura positiva para M.tuberculosis, de material proveniente de umalocalização extrapulmonar.

Formas extrapulmonares

� Ósteo-Articular pode ocorrer com dor einchaço articular, abcessos, formação defístula; ossos e articulações quesustentam peso são mais acometidas,principalmente a coluna ( doença de Pott),quadril e joelho.

� O diagnóstico é por aspiração e biópsia

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Formas extrapulmonares

� Tuberculose pleural em geral apresenta-se na forma de um derrame pleural.

� A forma laríngea tem sido consideradaextremamente infecciosa

� Tuberculose disseminada (miliar) estásendo vista muito mais em adultos

� Meningite tuberculosa resulta em geral dedisseminação hematogênica.

Tuberculose

� Multirresistência do agente

falha no reconhecimento da doençae no tratamento de pacientes

Condições que aumentam o riscode progressão para TB-doença

• Infecção pelo HIV• Drogadição• Infecção recente • RX de tórax sugestivo de TB prévia• Diabetes mellitus• Silicose• Terapia prolongada com corticoesteróide• Outros tratamentos imunossupressores

Tratamento

� O tratamento à base de bacteriostáticos,bactericidas e antibióticos é 100% eficaz, noentanto, não pode haver abandono.

� A cura → seis meses, esquema quádruplo:Rifampicina; pirazinamida; isoniazida, etambutol

� Para evitar o abandono do tratamento éimportante que o paciente seja acompanhado porequipes com médicos, enfermeiros, assistentessociais e visitadores devidamente preparados.

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Tratamento

� Para prevenir a doença é necessário imunizar ascrianças com a vacina BCG

� Bacilo de Calmette-Guérin

� Crianças soropositivas ou recém-nascidas queapresentam sinais ou sintomas de Aids não devemreceber a vacina.

� A prevenção inclui evitar aglomerações,especialmente em ambientes fechados, e não utilizarobjetos de pessoas contaminadas, sem tratamento

Tuberculose

MEDIDAS DE CONTROLE

� Biosegurança e Proteção Respiratória

� Treinamento dos profissionais de Saúde

� Isolamento do paciente (até negativar a cultura)

� Controle de saúde dos profissionais

� Ventilação com pressão negativa

� Proteção respiratória -Máscaras N95� Lavagem das mãos

CAVIDADE DE PAREDES ESPESSAS

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Tuberculose

� Pacientes com seqüelaspulmonares causadas pelobacilo de Koch há indicaçãode fisioterapia respiratóriaatravés das técnicas de higienebrônquica, expansão pulmonare da caixa torácica econservação de energia

HANSENÍASE, MORFEIA, MAL DE HANSEN, MAL DE LÁZARO

Hanseníase

�Uma das mais antigas doenças queacomete o homem,as referências datamde 600 aC

�É uma doença causada peloMycobacterium leprae, bacilo descobertoem 1873 pelo médico Gerhard AmaneurHansen, também chamado de Bacilo deHansen que apresenta afinidade pelapele e nervos periféricos.

Hanseníase

� É uma doença infecciosa, crônica, de grandeimportância para a saúde pública devido àsua magnitude e seu alto poder incapacitante(penetração na célula nervosa), atingindoprincipalmente as pessoas em faixa etáriaeconomicamente ativa comprometendo seudesenvolvimento profissional e/ou social.

.

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Virchowiana

Indeterminada

Lesões na pele atédeformidades na face,dedos das mãos, pés edestruição da cartilagemdo nariz

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Hanseníase

� Doença de evolução prolongada, que atingeprincipalmente pele e os nervos, pode causar desdelesões na pele até deformidades na face, dedos dasmãos, pés e destruição da cartilagem do nariz. Afeta osnervos periféricos, que ligam o sistema nervoso centralaos músculos, à pele e a órgãos internos.

� O Brasil é o segundo país com maior número de casosde Hanseníase do mundo, perdendo apenas para aÍndia. Calcula-se cerca de um milhão de pessoas emtodo o mundo.

Formas Clínicas : indeterminada, tuberculóide e virchowiana

� Indeterminada: lesões podem ser únicas ou múltiplas, nãohá comprometimento dos troncos nervosos. É a forma maisbenigna, mais comum em crianças, não hácomprometimento de troncos nervosos, não ocorremproblemas motores.

� Clinicamente, a forma indeterminada apresenta áreasde alteração sensorial, manchas hipocrômicas e/oueritemo-hipocrômicas, com ou sem diminuição dasudorese e rarefação de pelos.

� A baciloscopia é negativa e o paciente é consideradopaucibacilar.

Formas Clínicas

� Tuberculóide: lesões cutâneas constituídas depápulas ou placas tom eritêmato-acastanhado, hádistúrbio de sensibilidade e sudorese.

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� A forma tuberculóide apresenta áreas de alteraçãosensorial, comprometimento de nervo (que é maisprecoce e intenso nesta forma que na virchowiana) eplacas eritematosas ou eritemato-hipocrômicas, bemdelimitadas.

� Para ser classificado na forma tuberculóide, opaciente pode ter no máximo 5 lesões de pele eapenas um tronco nervoso acometido.

� A baciloscopia é negativa e o paciente é tratadocomo paucibacilar.

Formas Clínicas

� Virchowiana: há pápulas, nódulos, ulcerações comlesões ferruginosas imprecisas. Cargas bacilíferaalta.

� A forma virchowiana apresenta eritema einfiltração difusos, placas eritematosas infiltradas ede bordas mal definidas, tubérculos e nódulos,lesões das mucosas e alteração de sensibilidade.

� Podem ocorrer lesões viscerais.

� A baciloscopia é positiva (Bacilos abundantes eglobias) e o paciente é tratado como multibacilar.

Hanseníase - transmissão

� A lepra é transmitida por gotículas de saliva, pelo baciloMycobacterium leprae que é eliminado pelo aparelho respiratóriona forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar ou tossir,quase sempre ocorre entre contatos domiciliares

� A contaminação se faz por via respiratória, secreções nasais ousaliva. A incubação, excepcionalmente longa (vários anos), explicapor que a doença se desenvolve mais comumente em indivíduosadultos, apesar de que crianças também podem ser contaminadas(a alta prevalência de lepra em crianças é indicativo de um altoíndice da doença em uma região).

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Hanseníase - transmissão

� Noventa por cento (90%) da população temresistência ao bacilo de Hansen (M. leprae), econseguem controlar a infecção.

� Nem toda pessoa exposta ao bacilo desenvolve adoença, apenas 5%. Acredita-se que isto se deva amúltiplos fatores, incluindo a genética individual.

� Indivíduos após 15 dias de tratamento ou já curadosnão transmitem mais a lepra.

Hanseníase

� Período de incubação

A hanseníase apresenta longo período deincubação; em média, de 2 a 7 anos. Háreferências a períodos mais curtos, de 7 meses,como também a mais longos, de 10 anos.

Hanseníase

� Período de transmissibilidade

Os doentes com poucos bacilos – paucibacilares(PB) – não são considerados importantes como fontede transmissão da doença, devido à baixa cargabacilar.

� Os pacientes multibacilares, no entanto, constituemo grupo contagiante, assim se mantendo como fontede infecção, enquanto o tratamento específico nãofor iniciado.

Suscetibilidade e imunidade

� A conversão de infecção em doença depende deinterações entre fatores individuais do hospedeiro,ambientais e do próprio M. leprae.

� Devido ao longo período de incubação, ahanseníase é menos frequente em menores de 15anos, contudo, em áreas mais endêmicas, aexposição precoce, em focos domiciliares, aumenta aincidência de casos nessa faixa etária.

� Predominância do sexo masculino.

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Classificação

� A hanseníase, para fins de tratamento, pode serclassificada em:

� Paucibacilar – poucos bacilos -: até 5 lesões depele

� Multibacilar – muitos bacilos -: mais de 5 lesões depele.

Sinais e sintomas

� Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ouamarronzadas em qualquer parte do corpocom perda ou alteração de sensibilidade;

� Área da pele com queda de pêlos,especialmente nas sobrancelhas;

� Área da pele com perda ou ausência desensibilidade ao calor, dor e tato.

Sinais e sintomas

� A pessoa se queima ou machuca sem perceberdevido a parestesia, sente dor e sensação dechoque, fisgadas e agulhadas ao longo dosnervos dos braços e das pernas, inchaço demãos e pés; diminuição da força dos músculosdas mãos, pés e face devido à inflamação denervos, que nesses casos podem estarengrossados e doloridos, úlceras de pernas epés e linfonodomegalia

Tratamento

� É encontrado nos serviços públicos de saúde e échamado de poliquimioterapia (PQT).

� Os medicamentos utilizados consistem na associaçãode antibióticos, conforme a classificação operacional:

� Paucibacilares: rifampicina, dapsona - 6 doses ematé 9 meses;

� Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina –12 doses em até 18 meses;

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Tratamento

� O paciente vai ao serviço mensalmente tomar adose supervisionada pela equipe de saúde, epegar a medicação para as doses que ele tomadiariamente em casa.

� A regularidade do tratamento e o início maisprecoce levariam a cura da hanseníase mais rápidae segura.

Como prevenir a hanseníase

� Existe uma vacina que ajuda a proteger contra aHanseníase: é a BCG, que faz parte do calendáriode vacinação infantil. Quando uma pessoa na casapossui Hanseníase, todos os moradores devemprocurar o posto de saúde para exame clínico eaplicação da vacina.

(BACILO DE CALMETTE-GUÉRIN)

� Cerca de 47.000 casos novos são detectados acada ano, sendo 8% deles em menores de 15 anos.

� A Hanseníase apresenta tendência de estabilizaçãono Brasil, mas ainda em patamares muito altos nasregiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste. Essasregiões concentram 53,5% dos casos detectadosem apenas 17,5% da população brasileira.

Incidência (casos novos), prevalência (casos existentes) e prevenção

CÂNCER

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Câncer

� O termo utilizado representando mais de 100 doenças,incluindo tumores malignos de diferentes localizações.

� Importante causa de doença e morte no Brasil, desde2003, as neoplasias malignas constituem-se na segundacausa de morte na população, representando quase17% dos óbitos de causa conhecida, notificados em 2007no Sistema de Informações sobre Mortalidade.

� Prevenção e o controle de câncer estão entre os maisimportantes desafios, científicos e de saúde pública.

INCA, 2010

Câncer de mama

� O número de casos novos de câncer de mamaesperados para o Brasil em 2010 foi de49.240, com um risco estimado de 49 casos acada 100 mil mulheres.

� Na Região Sudeste, o câncer de mama é omais incidente entre as mulheres, com um riscoestimado de 65 casos novos por 100 mil.

Câncer de mama

� A prevenção primária dessa neoplasia ainda nãoé totalmente possível devido à variação dosfatores de risco e às características genéticas queestão envolvidas na sua etiologia.

� A mamografia, para mulheres com idade entre40 e 69 anos, é recomendada como métodoefetivo para detecção precoce e para asmulheres de grupos populacionais consideradosde risco elevado para câncer de mama, a partirde 35 anos.

Câncer de pulmão

� O câncer de pulmão é o tipo mais comum de câncerno mundo. Segundo a última estimativa mundial,ocorreram 1.200.000 casos novos no ano de 2000,sendo 52% em países desenvolvidos

� O número de casos novos de câncer de pulmãoestimado para o Brasil no ano de 2010 foi de 17.800entre homens e de 9.830 nas mulheres.

� A sobrevida média em cinco anos varia entre 13% e20% em países desenvolvidos e 12% nos países emdesenvolvimento

Page 23: AIDS/SIDA INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

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Câncer do colo do útero

� Até 1990, o teste Papanicolaou constituiu-se a principalestratégia de programas voltados ao controle destecâncer. Novos métodos de rastreamento, como testes dedetecção do DNA do HPV e inspeção visual do colo doútero, são apontados como eficazes na redução dastaxas de mortalidade por câncer do colo do útero.

� No Brasil, o exame citopatológico é a estratégia derastreamento recomendada pelo Ministério da Saúdeprioritariamente para mulheres de 25 a 59 anos.

� O número de casos novos de câncer do colo do úteroesperado para o Brasil no ano de 2010 foi de 18.430.

Câncer de próstata

� O número de casos novos de câncer de próstata estimadopara o Brasil (2010) será de 52.350.

� É considerado o câncer da terceira idade, uma vez que cercade ¾ dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

� O ↑ observado nas taxas de incidência pode ter sidoinfluenciado especialmente em regiões onde o rastreamentoatravés do teste Antígeno Prostático Específico (PSA) écomum.

� No Brasil, esse ↑ nas taxas de incidência ao longo dos anospode ser decorrente do aumento da expectativa de vida dapopulação, da evolução dos métodos diagnósticos e damelhoria da qualidade de vida.

Câncer de cólon e reto

� O número de casos novos de câncer de cólon ereto estimado para o Brasil no ano de 2010foi de 13.310 casos em homens e de 14.800em mulheres.

� A detecção precoce de pólipos adenomatososcolorretais (precursores do câncer de cólon ereto) e de cânceres localizados é possível pelapesquisa de sangue oculto nas fezes e atravésde métodos endoscópicos.

Câncer de pele

� O número de casos novos de câncer de pele não melanomaestimado para o Brasil no ano de 2010 foi de 53.410 entre homense de 60.440 nas mulheres. Estes valores correspondem a um riscoestimado de 56 casos novos a cada 100 mil homens e 61 paracada 100 mil mulheres.

� Quanto ao melanoma, sua letalidade é elevada; porém suaincidência é baixa (2.960 casos novos em homens e 2.970 casosnovos em mulheres). As maiores taxas estimadas em homens emulheres encontram-se na Região Sul .

� Prevenção inclui ações de prevenção primária, por meio deproteção contra luz solar, que são efetivas e de baixo custo. Oautoexame também contribui para o diagnóstico precoce.

fim