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AK: “Vou me levantar”Cascavel, sexta-feira, 07 de junho de 2019 - Ano XXIII - Nº 2200 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo

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Ex-deputado federal mais rico do Brasil, Alfredo Kaefer comenta “cumprimento imediato de pena de prisão” e diz que irá voltar

Corria o ano de 2006. Al-fredo Kaefer (AK) era um fenômeno do agronegócio. Os mais impressionados com a veloz reação daquele que alguns anos antes havia beijado a lona com uma empresa de consórcio, passaram a tratá-lo como “me-gaempresário”.

Megas e gigas repercutiram nas urnas daquele ano, 158 mil votos para deputado, 53 mil deles em Cascavel, a maior votação jamais feita por um federal na cidade.

Junho de 2018 – AK registra a candidatura buscando o quar-to mandato. Na declaração do patrimônio, um rombo: R$ 106 milhões a menos na conta.

Quatro anos antes, eram R$ 108 milhões, número que o levou à condição de deputado federal mais rico do Brasil. Agora ele declarava R$ 1,3 milhão. AK perdeu tudo. “Só restou minha casa”, disse à revista Piauí.

As notícias ruins não para-vam por aí. Abertas as urnas do ano passado, AK descobriu que dos mais de 50 mil eleitores que tinha em Cascavel nos tempos de mega, lhe restaram pouco mais de 2 mil, votação de vereador. Abalado, ainda teve que enfren-tar uma complexa cirurgia, em fevereiro último, para extrair um linfoma na tireoide.

Fechando o indigesto car-dápio, a procuradora geral da República, Raquel Dodge, pediu ao STF “o cumprimento imediato da pena de prisão con-tra o ex-deputado” em ação por empréstimos vedados.

OUTRO LADO - “Não apli-cou-se a dosimetria correta e tal fato prescreveria a ação,

não transitou em julgado, pe-diu prisão antecipada, não há dolo, não lesou ninguém, foi um erro meramente burocrático”, argumenta AK, apontando per-seguição pelo Ministério Público.

Ele contratou um escritório especializado em Brasília e tenta um último recurso para sustar a pena de quatro anos e seis meses de prisão a que foi condenado. O Pitoco enviou uma única per-gunta ao ex-deputado. AK foi ins-tado a fazer um balanço de sua vida, da votação consagradora de 2006 ao mandado de prisão.

Eis a resposta, resumida: “Ninguém fica feliz de ver um projeto de vida desconstruído. Calcei meu projeto em um tripé. 1) empresarial, tive problemas,

recuperação judicial, falência indevida. Invertemos na Justiça, a empresa vai se recuperar e voltar ao eixo; 2) familiar, tive contratempos também, uma separação, mas hoje com cinco filhos bem encaminhados de dois relacionamentos. Estamos sólidos, há 23 anos, com a Cla-rice. 3) vida pública: prestei um serviço ao Brasil, o fiz de forma primorosa, era debochado por defender as reformas que hoje são quase consensuais. Não respondo uma única ação nos 12 anos de mandato, sou respeita-do pelos colegas no Congresso”.

PEDRA NO CAMINHO - Por fim, AK filosofa com o tama-nho das pedras no caminho, e anuncia que não irá abandonar o mundo das urnas: “Meu tripé desmoronou. Isso me aborrece. Tenho talento, vou reconstruir meus negócios, vou reconstruir minha vida pública. Tombos na vida não pedem pedras grandes. As pequenas também derrubam. Tropecei, caí, mas estou me levantando. Vou reconstruir”.

Kaefer (com Clarice): “Tropecei, caí, mas estou me levantando...”

Falou & disse“O ódio à liberdade

de imprensa é ambidestro”

(Reinaldo Azevedo, jor-nalista, ao comentar o es-porte preferido de radicais da esquerda e da direita: os ataques a veículos de comunicação)

jero. Em seguida fomos retirados em macas e levados para Loanda.

FraturasMinha família estava preo-

cupada e decidimos pela trans-ferência para Londrina, onde tenho uma filha médica, mesma profissão do meu genro. Ali cons-tatamos as fraturas no punho e no dedo. Um dos assessores que estava conosco se feriu com mais gravidade e passou por uma cirurgia na vértebra.

AssustadorAinda não estou bem. Tento

trabalhar, mas tenho dificuldade de locomoção. Por essa razão não poderei viajar a Cascavel para a posse da Acic, como estava pro-gramado. Serei submetido a uma cirurgia no início da próxima semana. Foi terrível, assustador mesmo, importante que saímos vivos, é o que importa.

02 l pitoco@pitoco.com.br

FRATURA QUÁDRUPLA

ESTRELA PET DO MÊS

PIETROSRDLuiz Pedro

Junho

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07 de junho de 2019

O ex-vice-prefeito de Cascavel, atual presidente da Cohapar, Jorge Lange, descobriu mais uma fratura na última quarta-feira, em exames complementares realizados em Londrina. Os médicos já tinham constatado duas fraturas no punho e uma em um dedo da mão esquer-da. A mais nova descoberta aponta uma lesão no externo, mais conhe-cido como “osso do peito”.

Lange estava no banco do passa-geiro de uma Mitsubishi Pajero, no último dia 30 de maio, já próximo do destino (Querência do Norte), quando o veículo colidiu frontal-mente com um Fiat Uno. Não é o primeiro susto que Lange enfrenta. Quando ele se preparava para dis-putar a Prefeitura de Cascavel, uma década atrás, sofreu um infarto que o deixou entre a vida e a morte.

“É mais um susto na minha vida. Foi muito assustador, terrí-vel”, diz. Veja o relato dos detalhes do acidente, na narrativa do próprio protagonista:

“Foiassustador,terrível”Jorge Lange, presidente da Cohapar, relata o acidente que sofreu no Norte do Paraná

QuerênciaEstávamos a cami-

nho de Querência do Nor-te, minha cidade natal. Iríamos entregar 41 uni-dades habitacionais para famílias de baixa renda. Eu estava muito animado por poder inaugurar obra tão relevante na cidade em que nasci.

Os “tripulantes”Estávamos no carro

do deputado Nishimori, um Pajero, na estrada en-tre Maringá e Querência. Havia dois assessores do deputado e a esposa dele no veículo. Quase chegan-do ao destino, percebemos um Uno no sentido con-trário.

Iguais escolhasEra um trecho de reta, o Uno passou a usar a faixa da con-tramão, talvez para desviar de algum buraco, ou para aces-sar uma vici-nal, porém ele

permaneceu em nossa pista. O condutor da Pajero freou e jogou o carro para a pista contrária, mesmo movimento do condutor do Fiat.

Preso nas ferragensFoi uma colisão frontal, mui-

to forte. As três pessoas do Uno estavam muito feridas, um deles preso nas ferragens. O socorro chegou rápido, atendeu os mais graves primeiro, fomos orienta-dos a permanecer imóveis na Pa-

Lange: “Im-portante que saímos vivos”

ENSAIO

Sai da moita, infrator!

Constantemente fazemos as perguntas erradas. Legar um planeta melhor aos nossos filhos, ou legar filhos melhores para o planeta? Perguntar o que nossa nação pode fazer por nós, ou perguntar o que nós podemos fazer pela nação?

A confusão com o ponto de interrogação chegou às ruas de Cascavel. Primeiro o vereador Misael surgiu com uma excla-mação confusa: elaborou um projeto para impedir que o agen-te de trânsito se esconda quan-do está usando o radar móvel.Aqui pelo menos um problema: vereadores não podem legislar sobre o tema, segundo o artigo 22 da Constituição. Em seguida, o prefeito Paranhos anunciou que não irá renovar o contrato de locação do radar móvel.

Segundo ele, o radar não educa ninguém, já que limita--se a multar a distância, sem abordagem, apenas calcado na fé pública do agente e na imagem capturada pela pistola. Paranhos e Misael caíram no conto do infrator.

O radar educa sim, prefeito. Educa pelo bolso. As campanhas educativas da Cettrans são muito

As incríveis peripécias do agente de trânsito de Cascavel disfarçado de Pikachu

bem-vindas, mas não surtem qualquer efeito em uma parcela de infratores reincidentes, só passíveis de reeducação com multa e suspensão da CNH.Co-locar o agente no meio da rua, com uma melancia na cabeça ou vestido de Pikachu não produz efeito sobre esses atropeladores potenciais de vovôs e crianças. É o efeito quebra-molas. Passou do Pikachu, pé na tábua novamente.

Vamos a algumas perguntas oportunas a se fazer: é o agente da pistolinha disfar-çado de Pikachu ou a ausência dele que gerou 47 mil mortes e 400 mil feridos no

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ÓCULOS - LENTES - ARMAÇÕES - RELÓGIOS

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Aquele abraçoPara os assinantes

Valdecir Santin, Zai Sarolli, José Alberto Die-

trich, Leonardo Zen, Mário Zolnier, Jairo Manfroi,

Marlise da Cruz e Nilton Taborda.

pitoco@pitoco.com.br l 0307 de junho de 2019

É o agente da pistolinha disfarçado

de Pikachu ou a ausência dele que

gerou 47 mil mortes e 400 mil feridos no

trânsito brasileiro em 2018?

trânsito brasileiro em 2018?

Acidentes de trânsi-to são a maior causa de morte de crianças de zero a 14 anos no Brasil. Isso se deve à prolife-ração de radares nas rodovias, equipamentos demonizados pelo pre-sidente da República em raciocínio oportu-nista e eleitoreiro?

Pergunta-se: a multa que o infrator levou se deve ao agente de trânsito escondido ou ao pé pesado no acelerador associado à mão leve no celular? Um país que mata 47 mil pessoas por ano no trânsito deveria afrouxar a fiscalização ou endurecê-la?

Se você ficou confuso com tanta interrogação, respire bem fundo e relaxe: quando imagi-

namos que sabemos todas as respostas, o mundo muda as perguntas. Só a im-becilidade humana que não muda. Ela é imortal, segundo o inesquecível Nelson Rodrigues.

novas estruturasg i g a n t e e m r e c o n h e c i m e n t o

3 0 3 6 3 6 3 6 | w w w . u n i v e l . b r

S I G A @ U N I V E L O F I C I A L

Pitocasl Se alguém tinha algu-

ma dúvida do engajamento do Iguaçu no projeto reelei-toral de Cascavel, um “mar de piche” irá desfazê-la.l Paranhos, frequenta-

dor da cozinha do governa-dor, ajustou um convênio de R$ 30 milhões, meio a meio Paço e Iguaçu, para um arrojado projeto de pa-vimentação. Como a cidade está praticamente atendida no setor, o “pretinho” vem para recape e restauração.l O Paço nega qualquer

intenção eleitoral, mas se algum voto resultar, afinal, será consequência do jogo em equipe.l No campo das especu-

lações, sujeitas a trovoadas de fake news, fala-se que Paranhos pode construir um projeto reeleitoral “cal-ça-curta”. Se eleito, dispu-taria para deputado federal dois anos depois, em dobra-dinha com Adelino.l A assessoria de im-

prensa do deputado Mar-cio Pacheco, na pessoa do jornalista Miguel Portela, emitiu nota a respeito da reportagem de capa da edição anterior, intitulada “Beto, 53, aposentado com 30”. Eis a íntegra:“Sobre a nota publicada na refe-rida edição, reportando a votação da PEC dos ex--governadores, de fato o Pacheco esteve ausente na votação, mas ele assinou a emenda que acabava com o pagamento do benefício aos ex-governadores”. Feito o registro, como diz o Regi-nald Armstrong.

04 l pitoco@pitoco.com.br 07 de junho de 2019

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TECNOLOGIA

Considerado um dos maiores eventos de inovação, ciência, criatividade e entretenimento digital do planeta, reunindo mi-lhares de cidadãos de todos os cantos do mundo em um único espaço, o Campus Party acontece este ano em Brasília, entre os dias 19 e 23 de junho.

Os critérios para participação são rigorosos. Para apresentar projeto em workshop, muito mais. Então é bom informar a aldeia que um cascavelense de 15 anos está selecionado para expor sua inovação em um dos workshops.

Trata-se de André Augusto Bortoli, apelidado aqui no jornal de “Jungle Boy”, por ser morador do bairro Floresta em Cascavel. É um ano de vitórias para o garoto.

Ele também passou no pro-cesso seletivo do Instituto Fe-deral de Educação (IFPR), para o curso Técnico de Informática, na honrosa primeira colocação na cota destinada a alunos pro-venientes de escola pública.

Cascavel presenteno Campus PartyAndré “Jungle Boy”, 15 anos, o gênio do Floresta, é palestrante no maior evento de inovação, ciência e criatividade do planeta

Leia a primeira reportagem publi-cada no Pitoco sobre o menino prodígio do Floresta, produzida quando ele tinha 13 anos de idade, no portal www.pitoco.com.br (digite na busca do site as palavras “jungle boy”).

APELO

Menino precisa de apoio para nos representar

André é filho de uma de-dicada professora, Angela, originários de família humil-de. Se fosse um fenômeno do mundo da bola, já estaria cercado de inúmeros “em-presários” e agentes, todos de olho em belos contratos e transações milionárias típicas do meio.

Mas André é um craque na educação, um exemplo para to-das as gerações. E isso não tem

O Jungle Boy, definitiva-mente, é um superdotado. Ele desenvolveu em Cascavel, uti-lizando sensores extraídos de sucata, uma camisa que produz diagnósticos capazes de aferir batimentos cardíacos.

Fluente em inglês, André já não encontra mais no idioma pá-trio a profundidade de informa-ções que necessita para o estágio de conhecimento que atingiu. Assim sendo, recorre à internet na prospecção de artigos dos maiores cientistas do planeta, em regra escritos no idioma da rainha. Ali ele acessa a fronteira do conhecimento humano em novas tecnologias. E as coloca em prática.

A propósito, para conversar com André é preciso ter um di-cionário com vocábulos técnicos em inglês. O domínio dele sobre os temas mais complexos im-pressiona, embora versados por um adolescente extremamente humilde e simples. Não é a toa que está selecionado para pales-trar no Campus Party.

muito apelo em nosso país. Cascavel pode mostrar que

isso pode ser diferente. Há um custo em aberto para a família, atinente à participação dele no Campus Party, de aproxima-damente R$ 2 mil.

Contribua com a causa. Entre em conta pelo WhatsA-pp com o editor do Pitoco, no 99113 1313 e ofereça sua contribuição.

André expõe projeto que transforma uma camisa em um labo-ratório ambulante no “Café com Pitoco”: apoie essa ideia.

SOBR

E O

TEM

A

Eleitor petista oferece flor a bol-sonarista: cena rara em tempo de doutrinas intolerantes

COLUNA DO MEIO*Nem esquerda, nem direita, muito pelo contrário...

*A Coluna do Meio é um canal despretensioso redigido pelo editor do Pitoco na utópica intenção de mostrar que há vida fora do cardápio político que só oferece coxinhas e mortadelas.

Teste rápido para saber se os políticos enlouqueceram você e o tornaram um cara inconveniente e chato

Quando o Estado Islâmico passou a recru-tar jovens de classe abastada em países ricos como Bélgica, França, Alemanha, e Inglater-ra, entre outros, a fina flor da intelectualidade europeia, recheada de filósofos, sociólogos e pensadores de diversos matizes, passou a perguntar incrédula: “O que levou esses jovens à radicalização política e religiosa?”.

Observando a guerra política entre lulis-tas e bolsonaristas, capaz de levar os valentes às vias de fato dentro da própria família, questiona-se: o que enlouqueceu essa gente a ponto de expô-los ao ridículo desta forma?

A Coluna do Meio, na utópica missão de decifrar os mistérios da polarização tóxica que contamina as conversas até na rodinha de samba do bar ou na quermesse, elencou sintomas que alertam para diferentes está-gios da doença que acomete os apaixonados

pelos salvadores da pátria. Marque com um “x” as patacoadas que você cometeu:

l Já abandonou um grupo de whatsapp após bater boca com um amigo de longa data por causa de política. ( )l Deixou de ouvir músicas e passou a

insultar um cantor(a) ou artista que antes você amava porque ele/ela declarou voto em quem você odeia. ( )l Quando você começa a discursar em

uma roda de amigos o pessoal implora para mudar de assunto, alguns migram para o celular e outros deixam o local. ( )l Você “passa pano” nas balbúrdias que

seu político de estimação comete, e sempre encontra uma justificativa para aboná-lo. E a explicação preferida é acusar a mídia “corrupta”, o marxismo cultural ou as elites dominantes. ( )l Em acalorados debates de rede social,

você já chamou um ex-amigo de comunista ou facista e segundos depois o bloqueou para impedir a réplica. ( )

VOCÊ É UMRADICAL?

RESULTADOS - Se você se identificou com um dos cinco sintomas de radicalização histé-rica, acalme-se. Você é apenas

um chato, mas contenha-se, isso pode piorar e chato também roda. Se você marcou três itens, cuidado: político nenhum merece sua paixão alucinada e você pode se transformar em um cara ridículo e inconveniente.

Você marcou os cinco itens? Procure tratamento psiquiátrico, você foi dou-trinado. E cuide para não perder suas faculdades mentais, afinal, seu político querido precisa de seu voto e jamais irá prescindir de sua batalha kamikaze e he-róica na rede social. Mesmo que isso lhe custe amigos, irmãos, pai, mãe, filhos...

07 de junho de 2019 pitoco@pitoco.com.br l 05

37.876empregos geradosno Paraná. O 3º Estado

que mais gera empregos no Brasil.

No Paraná, tem

trabalho. Foram

37.876 novos empregos gerados no primeiro

quadrimestre do ano. Resultado do compromisso do Governo em buscar investimentos

e criar projetos que gerem novas oportunidades para os paranaenses, como o aplicativo

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