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Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected] 100 anos da Villa Rhaetia - Suíça Linhó - Casa de Espiritualidade Um novo espaço para quem chega A nossa Província, na pessoa da Irmã Diana Barbosa, foi admitida na Academia de História, como académica honorária. Que é feito de si, Irmã Céu Silva? Pai, eu rezei CESardão As Comunidades de Vila do Conde 'unificadas' CGAA Europa e Experiência Internacional de Formação Reunião de Coordenadoras Encontros «Ser Relação» Notícias das Comunidades Casas de espiritualidade Aconteceu... acontece... Os que nos deixaram Um novo Ano Litúrgico

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Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected]

100 anos da Villa Rhaetia - Suíça

Linhó - Casa de Espiritualidade

Um novo espaço para quem chega

A nossa Província, na pessoa da Irmã Diana

Barbosa, foi admitida na Academia de

História, como académica honorária.

Que é feito de si, Irmã Céu Silva?

Pai, eu rezei

CESardão

As Comunidades de Vila

do Conde 'unificadas'

CGAA Europa e

Experiência Internacional

de Formação

Reunião de Coordenadoras

Encontros «Ser Relação»

Notícias das Comunidades

Casas de espiritualidade

Aconteceu... acontece...

Os que nos deixaram

Um novo Ano Litúrgico

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CCGGAAAA EEuurrooppaa ee

EExxppeerriiêênncciiaa IInntteerrnnaacciioonnaall ddee FFoorrmmaaççããoo

As nossas Irmãs do Governo Provincial, participantes no CGAA em Madrid, dizem-nos:

Queremos dar um eco nosso, não de conclusões mas do que vivemos e sentimos. Foi a primeira vez que nos

encontrámos como Governos Provinciais da Europa, o que possibilitou um conhecimento e uma partilha

diferentes, por sermos menos, mas, sobretudo, por se tratar de realidades mais próximas, com dificuldades e

potencialidades muito semelhantes. Esta partilha mais aprofundada foi-nos ajudando, a pouco e pouco, a ir

encontrando os passos a dar para irmos construindo caminho, nesta Europa, de uma forma mais partilhada e

solidária. E a pastoral juvenil aparece como um desafio a ser partilhado neste nosso velho continente! Foi

muito rico viver a Experiência de Formação como Equipas de Governo pela partilha espiritual que

proporcionou entre nós. Esta Experiência, vivida no início, ajudou também à busca conjunta que iríamos fazer

depois.

RReeuunniiããoo ddee CCoooorrddeennaaddoorraass

Dizem algumas das participantes:

O encontro de Coordenadoras em Outubro foi um despertar para a

Palavra de Deus. Saí deste com mais desejo de a ler e aprofundar

individualmente, com as Irmãs e com os Leigos. Irmã M. Luísa

Henriques

"Encontro de reflexão e assimilação do já conhecido, para o realizar com

mais consciência, criatividade e compromisso". Irmã Gracinda Martins

A reunião de Coordenadoras foi de uma grande riqueza espiritual e bíblica. Gostei muito. E dou GRAÇAS.

Irmã Ferreira Fontes

Além dos momentos de oração, gostei muito das intervenções de D. António Couto. Os seus comentários

aos textos bíblicos têm sempre uma novidade que me fez bem. Foram dois dias muito bons. Irmã Maria

Filomena Marques

Um encontro muito centrado no tema do ano, muito criativo relativamente à maneira de viver a Palavra,

tanto a nível pessoal como nos encontros comunitários, tudo num clima de muita colaboração. Irmã

Maria Adelaide Santos Costa

Precisamos de encontros deste género. Veio alertar-nos para reavivar a Palavra de Deus e torná-la vida na

missão que nos confiou. Aqui em Viseu o D. António Couto repetiu o tema, e isto ajudou-me a fazer

crescer a semente lançada na reunião de Coordenadoras. Irmã Maria da Conceição Paiva

Realizou-se nos dias 1 e 2 de Outubro. Teve como convidado o D. António Couto, na altura Bispo

Auxiliar de Braga. Pertence à Congregação dos Missionários da Boa Nova, de que foi Superior Geral. É

um especialista da Palavra de Deus.

De acordo com o que foi assumido no Capítulo Geral XX (2009), estamos a viver, durante este sexénio, “um

processo dinâmico de discernimento de Novas Estruturas organizativas e de missão….”. A avaliação da

caminhada «será feita em dois momentos-chave: Encontro dos Governos Provinciais/Regionais, por Áreas (em

2011) e o C.G.A. preparatório do Capítulo Geral XXI (em 2013)». (Doc. do Capítulo Geral X, pp. 21 ss).

Os Encontros previstos para 2011 – do Governo Geral com os Governos Provinciais/Regionais por Áreas - têm

vindo a realizar-se: CGAA - Américas, de 11 a 17 de Abril pp., no Brasil (Fortaleza); CGAA - Europa, de 27 de

Outubro a 2 de Novembro, em Espanha (Madrid), e irá realizar-se o CGAA - África, de 2 a 8 de Dezembro, em

Moçambique (Fomento).

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SER RELAÇÃO

O sentido do outro, o respeito e

delicadeza, o cuidado e atenção do

mais fraco... a caridade... são a marca

da relação, do espírito comunitário

que S.ta Paula vive e recomenda: “...

deve conduzir-nos a lei interior da

caridade e do amor...”.

Aprender a ser PESSOA

COMUNITÁRIA. Próxima. Capaz de

dialogar, compreender, integrar a

diferença, cooperar, trabalhar em

equipa...

Resistindo às forças

da desagregação e competição

da marginalização/exclusão

do egocentrismo/individualismo

da concentração do “poder”

do domínio do “mais forte”...

JESUS ensina-nos:

o sentido do outro - Lc 10,25-37

o amor como único mandamento

- Jo 15,12-14; Mt 5,4-48

o valor determinante do

encontro e do diálogo - Jo 4,1-30...

ESPÍRITO DE FAMÍLIA

Fraternidade - Diálogo

Proximidade-amizade

Integração-diferenças

Participação

Foi um fim-de-semana calmo e sereno à volta da Palavra, iluminada pela sabedoria e profundidade de D.

António Couto. Foi-nos proporcionado um tempo de aprendizagem da Palavra em linguagem clara,

profunda, elucidativa. É a “PALAVRA que orienta, impele, empurra a nossa vida. É ela que toma conta de

mim…”, dizia-nos D. António Couto. Saímos cheias de vontade, não só de nos deixar invadir pela

Palavra, como também de A deixar ter um lugar especial na tenda do nosso coração e da nossa

Comunidade. Houve partilha, oração, orientações práticas, para bem desempenhar a missão de cada uma,

neste momento da vida da Província. Irmã Maria da Conceição Ferreira Pinto

Um encontro em que D. António Couto nos levou a sentir fome da Palavra e desejo de nos alimentarmos

dela. Desafiou-nos a regressar à pureza da Palavra de Deus para podermos construir uma Igreja jovem,

leve e bela, de modo a que todos gostem de entrar nela. Um tempo de redescoberta do novo no antigo;

a aprendizagem de tirar coisas novas e velhas do baú de família. Irmã Goreti

Foi um momento muito significativo, experiência profunda e rica do Amor de Deus sobre cada uma de

nós. Ajudou-me a crescer e a fortalecer esta dimensão da Animação da Comunidade e na Gratuidade do

Serviço e da Disponibilidade. Irmã Purificação Rodrigues

Resumindo em duas palavras: Simples e profundo. Gostei muito e ajudou neste inicio de ano... Irmã Céu

Laranjeira

EEnnccoonnttrrooss ppaarraa ddoocceenntteess ee nnããoo--ddoocceenntteess::

““SSEERR RREELLAAÇÇÃÃOO””

À pergunta do DOROTEIAS sobre a experiência que vivi e con-vivi nos

encontros que se realizaram nas Calvanas, descobrindo com quem foi

participando - e foram tantas e tantos -, responderia com a Palavra que

é tão de Jesus e de Paula: Bendigo-Te, ó Pai… porque revelas aos

simples e pequeninos os segredos do Reino!

As diversas vertentes em que o tema foi sendo abordado - psicológica,

doutrinal e da espiritualidade de Santa Paula - rasgaram horizontes bem

concretos na aposta no ‘ser relação’. O que ouvimos e aprendemos

todos, o convívio, os diálogos em grupos ou assembleia, os encontros

informais que foram acontecendo, tudo nos fez ‘tocar’ que é já 'marca

nossa' o Espírito de Família que Paula Frassinetti viveu e nos legou.

A densidade do percurso de cada um dos quatro encontros, ritmado

pelos vários momentos de contemplação-leitura do ícone da

TRINDADE, num forte ambiente de interioridade, que nos ensinou-

desafiou a sermos semelhança sua, foi uma confirmação de que somos

feitos para construir Comunhão e que o nosso DEUS-AMOR nos faz ser

felizes na alegria do dar e receber o que somos e temos. Como nos fala

Deus se O deixamos falar!...

Que a música do sussurrar da ‘Fonte’ que é a TRINDADE continue a

lembrar-nos, neste ano letivo e pela vida fora, a exigência tão atual de

construirmos Comunhão na mútua relação do quotidiano, para que no

mundo - nos nossos ‘mundos’ - seja o Amor a grande força positiva

que nos faz Família! Irmã Mª Antónia M. Guerreiro

«Foi um tempo forte de reflexão e oração, a partir do tema do ano -

“ser relação, em espírito de família” - que reuniu, em 4 sábados de

Setembro e de Outubro, em 3 lugares diferentes, em 12 encontros, 600

pessoas, animados pela Equipa de Reflexão-Animação das Instituições

Educativas com duas Irmãs da Equipa da Pastoral e um/a Psicólogo/a.

Pela maneira como todas as Instituições levaram a sério a iniciativa e

pela forma como todos se empenharam e participaram, sentimos que

estamos, de facto, a fazer caminho na identificação cada vez maior de

todos com o nosso modo de educar» (Comunicação do Governo Provincial,

n.º 2 - 2011.

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Tendo feito parte da equipa que realizou três encontros em Fátima e um em Viseu, considero que os

participantes, na sua maioria senhoras, estavam muito recetivos; demos um passo em frente na transmissão do

nosso carisma aos leigos; vivemos momentos muito ricos de interioridade e partilha; temos que persistir não só

nestes encontros anuais, mas também nas instituições diariamente, porque ainda há muito a fazer para

que todos nós nos possamos verdadeiramente apoderar do carisma de Santa Paula Frassinetti e da forma de

educar hoje segundo este mesmo carisma. Irmã Maria Emília Nabuco

O dia vivido em Fátima foi um dia diferente em que experimentámos a serenidade e enriquecimento de um

encontro de Família, em espírito de reflexão com a marca doroteia. O acolhimento feito com a ternura e

alegria característica da nossa família, conjugado com a intervenção do Psicólogo tão autêntico, tão cheio de

bom humor, foi muito do nosso agrado dando-nos boas pistas para a nossa missão educativa. Dulce e Maria

de Fátima – Abrantes

A Equipa Pastoral da Obra Social Paulo VI procurou saber as impressões de alguns participantes. Nos

depoimentos recolhidos foi muito sublinhada a importância dos momentos em pequenos grupos e das

partilhas em plenário pela sua riqueza e por darem a conhecer as realidades de outras instituições

doroteias. Foi referida também a importância das conferências por quanto nos obrigam a “parar para

refletir um pouco nas nossas vidas profissionais e pessoais” e porventura a modificar alguns dos nossos

comportamentos. Recolhemos ainda opiniões positivas acerca dos momentos de oração, “muito simples

mas bem preparados”. Foram, em resumo, opiniões de caloroso agrado acerca desta jornada de encontro

com a família doroteia. Equipa Pastoral da Obra Social Paulo VI - Jaime Bacharel

O encontro sensibilizou-nos, despertou-nos, moveu o nosso coração para abraçar o próximo, para aprender a

perdoar, a compreender, a amar e a perceber que toda a pessoa é fonte de dignidade e que tantas vezes nos

esquecemos disso. O dia foi uma constante de comunhão. O ambiente, a relação, a imagem, o envolvimento

com a imagem, os períodos em que visitámos a capela, os guiões, a música, o incenso, a descrição, a

explicação, os cheiros, os sons, os apelos e os afetos, contribuíram para estar em relação com o nosso interior e

com Deus. Obrigada a todos os que contribuíram para esta relação. As Educadoras de Vila do Conde

Momentos de convívio, de reflexão, de partilha, de interioridade e de espiritualidade esperavam-nos no

encontro de formação deste ano. Conhecermos e compreendermos melhor a nossa forma de estar, de

contactar, de conviver, de comunicar permitiram perceber que o Amor deve pautar a nossa relação com

os outros, enquanto membros de uma Comunidade – Família. Um amor que, como em Santa Paula, une e

acolhe ao mesmo tempo que liberta, um amor que atende a cada Pessoa como um ser único e original.

A observação e análise do ícone de Andrej Rublëv - “a hospitalidade de Abraão”-, nos momentos de

maior interioridade e reflexão, proporcionaram a consciência de que

os pormenores, a singularidade e a diferença podem construir um

todo uno e harmonioso. E cada um de nós, como parte integrante e

indispensável desta Comunidade – Família, poderá contribuir para o

estreitamento de laços e aprofundamento deste Espírito de Família.

Ana Luísa Correia - Colégio Nossa Senhora da Paz

Foi com agrado que recebi, mais uma vez, a proposta/desafio de me exercitar no que diz respeito ao que

Santa Paula espera de mim como educadora na sua obra: desta vez, a família, o espírito de família, o ser

relação, que é uma marca da Família Doroteia, um desejo em concretização. Foi um dia diversificado,

com momentos muito distintos, onde o que mais me agradou foi a articulação entre os momentos de

relação para “fora” e os momentos de relação para “dentro”, pois a ajuda de pessoas empenhadas e

dedicadas que prepararam este momento foi de excelência. As pistas dadas, as propostas sugeridas,

permitiram-me tirar deste encontro ensinamentos para melhor me encontrar com os outros e com Deus.

Gostei particularmente da motivação para a vida e para a vida feliz, onde o dizer ao outro a importância

que ele tem para mim foi a tónica, onde a gratidão aparece como presente, onde o ensinamento de Jesus

para a sua Igreja se tornou tão claro e simples e onde a concretização, pelo testemunho de vida de Santa

Paula, se deu mais uma vez a todos que integram esta grande família. Agradeço a Deus e aos “homens”

esta possibilidade de me dar e de receber, de me formar e informar e de poder ser pertença desta família,

com que desejo relacionar-me cada dia mais e melhor. Maria do Carmo Gonzalez - Colégio de Santa

Doroteia

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RReessiiddêênncciiaa UUnniivveerrssiittáárriiaa –– CCooiimmbbrraa

Irmã Goreti Faneca

Um sonho há muito alimentado: passarmos, juntas, um fim-de-

semana na casa da praia dos pais da Ana Catarina em S. Martinho do

Porto.

Tínhamos previsto fazer ai a ‘praxe à moda da casa’, mas as aulas

este ano atrasaram, e tivemos que mudar os nossos planos porque

ainda não havia caloiras na data prevista.

Fomos… mas com outro objetivo: ver juntas o que significou, na

vida de cada uma, o ano vivido, e programarmos, juntas, como

queremos o próximo ano: ambiente, encontros, tempos de diversão,

reflexão…foi uma tarde de trabalho na praia e o tempo esteve a

nosso favor.

No Domingo fomos à Eucaristia ao Santuário do Senhor dos Milagres, e almoçámos na mesma terra, a

convite dos pais da Carolina. Foi um fim-de-semana com muito sabor a amizade, relação, gratuidade,

família…

Praxe à moda da casa, foi mesmo para assustar as caloiras.

A oração, preparada pela Mariana e Sofia, foi um tempo de partilha em profundidade e transparência. A

mesa do jantar, requintadamente enfeitada, com lugares marcados e personalizados, teve a mão da Joana

Raquel e da Carolina. Faltava o momento mais temido. Esse foi preparado pela Ana Catarina e pela

Carla. Aqui, as caloiras tinham que obedecer, cegamente, às doutoras e fazer o que elas pediam.

Havia uma surpresa para todas. Uma serenata preparada pelo grupo do SPES (Serviço de Pastoral do

Ensino Superior). Eu tinha-lhes falado deste dia, e pedi-lhes que preparassem uma linda serenata para todo

o grupo. Foi digna de ser escutada e vista. O dia terminou com um chá e bolinhos, das terras de cada

uma, para todos. Parabéns às “doutoras” que tão bem acolheram as caloiras!

Tivemos também o dia da bênção do Caloiro, a 23 de Outubro.

Foi um momento muito bonito para todas as caloiras e caloiros

que quiseram ser abençoados.

Vivido na Sé Nova e preparado pelo SDPU (Secretariado

Diocesano da Pastoral Universitária). A nossa Residência era

responsável por preparar o ofertório. Nesse momento, as/os

doutoras/es foram acender as velas apagadas que cada caloiro

tinha nas mãos, ajudando-os a tomar consciência da luz que são e

da luz que esta cidade espera ver neles. As velas ficaram acesas até

ao fim, cada uma com o seu ritmo, lembrando que cada uma/um

deve ser luz, a luz da autenticidade que a/o habita.

CCaassaa ddee EEssppiirriittuuaalliiddaaddee -- LLiinnhhóó

Irmã Josefina Pires

A nossa casa beneficia agora de mais dois espaços exteriores: um

relvado com árvores junto à “costa do sol”, que veio assim

prolongar as zonas de lazer já existentes e o outro, em frente aos

quartos, com a finalidade de ser parque de estacionamento de

modo a dar uma maior e melhor resposta aos grupos que

frequentam a casa.

Desde o mês de outubro já recebemos vários grupos de crianças,

jovens e adultos para catividades de reflexão aos fins-de-semana. Entre outros, destacamos um grupo de

Formação de Animadores de Jovens, das várias Paróquias do Patriarcado de Lisboa sob a orientação do

Padre João Vergamota, bem conhecido de muitas de nós.

Durante a semana têm vindo grupos de alunos de Colégios, entre outros Maristas e Salesianos, para

catividades de reflexão, e que muito bem têm tirado partido destes espaços.

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Também foram acolhidos, com muita alegria, “os Freixos” e “os Vigias” de 2011 – encontro de

participantes dos “campusfrassi.net”, no dia 5 de novembro.

No final de cada Acão, os grupos deixam como nota positiva a disponibilidade e o bom acolhimento que

lhes é feito, e fazem logo novas marcações para próximos encontros, o que para nós é sempre muito

gratificante.

CCaassaa ddee EEssppiirriittuuaalliiddaaddee,, SSaarrddããoo -- PPaaii,, eeuu rreezzeeii......

Irmã Anabela Pereira

SOU CRIADO PARA O AMOR...

Todos nós somos diferentes: altos ou baixos; tímidos ou extrovertidos,

loiros ou morenos; (…)

Mas numa coisa somos todos iguais: somos criados por Deus e muito

amados por Ele! Por isso chamamos Pai a Deus, e Ele nos abraça como

filhos. E a verdade é que somos parecidos com o nosso Pai porque

somos capazes de amar!

Como somos criados pelo seu amor, Deus chama-nos pelo nome e diz-

nos: «Tu nasceste para seres FELIZ!». E, como viemos do amor, só

conseguiremos ser felizes se permanecermos no amor, fazendo o bem à

nossa volta. O amor é o nosso habitat natural…

E a bondade de Deus revela-se em todas as coisas, pois Ele, como Pai que é, ajuda-nos muito a procurar o

nosso caminho de felicidade. Para isso criou o sol, a lua, as estrelas, a terra, o mar, os animais… tudo o

que existe à face da Terra.

Mas Deus também sabe que essas coisas não chegam para sermos felizes.

Aliás, Ele sabe que para conseguirmos alcançar essa felicidade temos que ter

a vontade de cumprir duas grandes tarefas: a de descobrirmos, em cada dia

da nossa vida, como tudo isso que Ele criou pode ser usado para melhor

amarmos os outros; e a de termos coragem de abandonar tudo aquilo o que

nos afasta do bem.

Se procurarmos cumprir estas tarefas, poderemos então dizer: «Nada nem

ninguém me pode impedir de SER FELIZ!

QQuuee éé ffeeiittoo ddee ssii,, IIrrmmãã CCééuu SSiillvvaa??

A Irmã Céu Silva – Maria do Céu Francisco da Silva - nasceu a 2 de Maio de 1941 em Quissamba

- Quilengues, Angola. Entrou na Congregação a 25 de Dezembro de 1965, no Linhó (Angola

pertencia à Província Portuguesa). Esteve em S. Tomé, desde a abertura da Comunidade

(04.Setembro.1994) até ao encerramento, a 14 de Agosto d 2010.

Na foto da capa: em S. Tomé, as Irmãs Céu Silva, Goreti Faneca e São Ferreira Pinto.

Nesta foto: as Irmãs Judite Mateus, Céu Silva, Mª Antónia Mq. Guerreiro, Maria da Conceição Ferreira Pinto e Luísa

João.

Extrato de uma Carta da Irmã Céu Silva à Irmã Magalhães

Tenho viajado pouco, e já nem sei andar na cidade do Lobito, nem nas

outras. Parece que tudo cresceu e tudo me fica mais longe. A verdade é

que tudo cresceu mesmo. As cidades hoje são muito grandes, e tudo

está modificado. Até a minha aldeia de Quilengues está transformada;

tem energia, televisão, Internet, aulas até à 9ª classe ou mais, um

pequeno aeroporto... Não havia Irmãs, e agora tem uma Comunidade e também de Padres a residir

mesmo na vila. Tem muitas escolas espalhadas pelo interior dentro.

A cidade onde me encontro, cidade do Namibe (antiga Moçâmedes), não ficou atrás no crescimento.

Tudo novo e tudo grande. Nós éramos as únicas Irmãs que trabalhavam na programação do povo, e dois

Padres. Hoje somos 4 Congregações, mais alguns Padres, e não chegamos para responder às necessidades

do povo.

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A nossa Igreja cresceu em número, e parece que em santidade também. Há muitos jovens e muitas

crianças, e todos com muita vontade e ânsia de conhecer o Senhor. Também há muitas seitas, e todas elas

com gente. O povo tem sede de Deus e por isso tudo o que fala de Deus é seguido.

Não me canso de dar graças a Deus por me ter dado oportunidade de ver com os meus olhos as

maravilhas de Angola, a nossa terra. As Eucaristias Dominicais, muitas delas são celebradas em grandes

salões, novos locais de culto nas antigas Igrejas. Os cânticos, nas Missas, elevam-nos para Deus sem

esforço.

Outra graça de Deus é de ver os irmãos que se tinham retirado da igreja e que até pareciam combatê-la,

hoje voltaram e trabalham por ela com mais energia. Deus é mesmo bom.

Na Comunidade somos 4 Irmãs. Temos um lar com 29 jovens vindas de fora. Temos no colégio 600

alunos, da 2ª à 4ª classes. Este ano recebemos novos alunos porque o colégio está em reconstrução. As

aulas funcionam em salas provisórias feitas no quintal. Já estão a trabalhar na parte da Comunidade, e nós

estamos numa casa alugada com as nossas meninas do lar. O colégio está lindo. Vai ter novo mobiliário.

Tudo vai ser novo. Não somos nós que estamos a reabilitar o colégio. Veja se não é motivo para eu

continuar a dar ações de graças a Deus!

Foi das minhas mãos que tinham tirado o colégio, no passado... e sofri… Não sei porque o Senhor,

depois de 35 anos ou mais, coloca-me de novo aqui para ver esta beleza. Tudo vai ser renovado, até os

anexos. Dentro de um ou dois anos teremos a obra terminada.

Nota: Para recordar – ou ficar a saber – aquilo a que a Irmã Céu se refere, ler no livro Doroteias em Angola,

pp. 278-279, do capítulo II: «Dos grandes Colégios às pequenas Comunidades – Namibe (Moçâmedes)».

CCeenntteennáárriioo ddaa FFuunnddaaççããoo ddaa VViillllaa RRhhaaeettiiaa,, LLuucceerrnnee -- SSuuííççaa

Acompanhado de um PPT, a Comunidade da Suíça enviou, em Julho passado, esta ‘memória’

da chegada das Doroteias à Suíça (Villa Rhaetia) a 24 de Janeiro de 1911.

Lucerne, Julho de 2011

Carissimas Irmãs

Queremos partilhar convosco a alegria deste acontecimento festivo, isto é,

do centenário da chegada à Suíça das Irmãs Doroteias de Portugal, e ao

mesmo tempo o 100º jubileu da escola Rhaetia em Lucerne.

Diz a cronista:

A 2277 ddee DDeezzeemmbbrroo ddee 11991100 chegaram a Lucerne três Irmãs Doroteias: Madre Monfalim e Madre

Custódia Freitas (portuguesas) e Sor Victoire Plaisant (belga). Tinham a intenção de procurar, na Suíça

Central, uma casa adaptada a uma escola, em substituição das que tinham sido fechadas em Portugal por

causa da Revolução política naquele país. Da estação de Lucerne, por uma estrada coberta de neve, as

Irmãs dirigiram-se à pensão «S. José» das Irmãs da Santa Cruz. Estava um frio tremendo. A temperatura

tinha descido a 20º negativos, mas as Irmãs não temiam nenhuma dificuldade e cansaço para realizar o seu

plano.

Villa para alugar, situada num lugar belíssimo!

A cronista continua: A Superiora das Irmãs da S. Cruz mostrou às Doroteias um postal de uma bela Villa de

Lucerne, muito bem situada, e chamada “Villa Rhaetia”. O proprietário, que possuía uma pensão e uma

escola comercial para rapazes, queria alugá-la. As Irmãs puseram pés ao caminho e, com o postal na mão,

começaram a procurar a “Villa Rhaetia”.

O proprietário da Villa Rhaetia encontrava-se numa situação difícil, e tinha

sido declarada falência, por isso era uma boa ocasião para o aluguer da casa.

Depois de terem informado a Madre Geral e as autoridades de Lucerne, as

nossas Irmãs receberam licença para alugar a casa, e passado apenas um mês,

as Irmãs Doroteias eram donas da “Villa Rhaetia” e podiam lançar-se na

aventura de uma nova fundação com as primeiras alunas de Portugal.

2244 ddee JJaanneeiirroo ddee 11991111 – Abertura da escola.

Centenario Centenario

della Scuola Rhaetia della Scuola Rhaetia

a Lucernaa Lucerna

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Um início difícil... Quando as Irmãs quiseram tomar posse da Villa Rhaetia, a 24 de Janeiro, o diretor da

escola estava ainda em casa com todos os rapazes. Depois de muita insistência deixa a casa livre para as

Irmãs, mas com tudo desarrumado. Finalmente as Doroteias estavam de posse da Villa Rhaetia.

Agradeciam a Deus, e confiavam a nova fundação à proteção da Sagrada Família.

Pouco a pouco, iam chegando mais meninas portuguesas. Era um grande desafio para as Irmãs, longe da

sua terra natal, num país estrangeiro, tendo que adaptar-se a uma nova cultura e uma nova língua.

A 2244 ddee JJaanneeiirroo ddee 22001111 iniciámos o ano jubilar. Recordamos as corajosas Irmãs daquele tempo,

louvando a Deus pelo risco que ousaram pelo Reino de Deus!!

É maravilhoso como, de uma situação tão dolorosa, pode nascer uma

coisa NOVA. Os desígnios da providência de Deus e a ternura com que

nos guia fizeram-se sempre sentir.

Em FFeevveerreeiirroo ddee 22001111, as Irmãs Rita e Charlotte foram a todas as

turmas da Escola contar a história da fundação da Congregação,

falando de Santa Paula e do início da Villa Rhaetia. Os alunos seguiram

a nossa exposição com grande interesse.

1188 ddee JJuunnhhoo ddee 22001111 era a festa oficial do Centenário. O dia

iniciou-se com a Santa Missa na Catedral, concelebrada pelo

Bispo, o Pároco e outro Sacerdote. Celebrava-se também nesse

dia o Crisma de uma aluna nossa (outros 45 jovens foram

crismados em Maio, mas ela não pôde estar presente nesse dia).

A música dava um tom solene à celebração, quando o órgão e a

tromba ressoaram. Uma Ex-Aluna era solista, as alunas cantaram

o Te Deum, emocionando todos os presentes…

Muitas famílias das

alunas, parentes, amigos

das Irmãs e da Villa Rhaetia, partilharam connosco a sua alegria;

sentimo-nos como uma grande comunidade e família.

Estavam também presentes representantes do Governo e do

Departamento estatal da formação, tendo dirigido palavras de

encorajamento e agradecimento a nós, Irmãs, ao diretor da Escola

e aos professores.

Na parte da tarde, os alunos fizeram apresentações de cada década. Os cem anos

marcaram o tempo, unindo passado e futuro.

Vivemos esse dia de festa como ponto culminante, e agora viveremos a sua

lembrança, agradecidas por tudo o que cresceu neste centenário.

Em primeiro lugar agradecemos a Deus que guiou as Irmãs com a sua divina

providência, através dos altos e baixos que a vida comporta e que Ele

acompanhou com o seu amor de Pai.

Que a sua bênção desça sobre as pessoas que hoje guiam, com grande

competência, a Escola Rhaetia, que há 20 anos confiámos aos leigos.

Queridas Irmãs, com esta comunicação queremos fazer-vos participantes da nossa alegria.

Estamos gratas às Irmãs Portuguesas do início, que estão já na Luz de Deus, e que prepararam o caminho

para nós, assim como nós o preparámos para as próximas gerações.

Unidas no caminho que nos conduz ao mesmo ideal, abraçamos-vos!

As vossas Irmãs da Suíça!

Rita Emmenegger, Ida Scherer, Charlotte Schenker

Céline Ecoffey, Berta Grossmann,

Maria Muscat, Marlis Gerig,

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Um pouco de história...

Irmã Diana Barbosa

A primeira fundação na Suíça (Villa Rhaetia) ocorrida a 24 de Janeiro

de 1911, poucos anos depois deu o seu primeiro fruto: a 29 de Julho de

1914 foi para o Noviciado, instalado então em Aerschot-Bélgica, a

primeira pretendente suíça, Maria Merz, jovem professora daquele

Colégio Jesus, Maria e José. Seria mais tarde seguida de muitas outras.

A 13 de Outubro de 1951, a Villa Rhaetia deixou de pertencer à

Província Portuguesa, ficando sob o governo direto da Casa Geral. A 22

de Outubro de 1990 a Casa é alugada à Fundação «Instituto Rhaetia»,

organismo que dá continuidade à Escola. Nos primeiros anos, algumas Irmãs continuaram a apoiar a

Escola, quer no ensino quer em outro tipo de colaboração.

Zurich - Fundada em 30 de Setembro de 1912, com a designação de Colégio do Sagrado Coração de

Jesus, tinha como finalidade completar a formação de jovens dada pelo ensino oficial, ensinando-lhes

línguas, ciências, artes, menage, etc. A Casa encerrou a 16 de Junho de 1924.

A 6 de Fevereiro de 1971, foi aberta uma nova Casa em Zurique, ponto de fácil comunicação com as

restantes Casas. A Casa fechou em 16 de Junho de 1924.

Flüeli-Ranft - Foi fundada a 16 de Julho de 1949 como Casa de

férias para as alunas de Lucerne, Retiros, etc. A 13 de Outubro de

1951, deixou de pertencer à Província Portuguesa, ficando sob o

governo direto da Casa Geral. Esta Casa, que também acolhia jovens

necessitadas de particular assistência nos estudos, foi-se

transformando sucessivamente: Em 1980, foi «Aldeia da Paz» -

FRIEDENSDORF – Casa de oração e de encontro... Em 2005, a Casa

de Flueli é lugar de encontro, aberto a todos os que desejam um

espaço para a sua formação permanente e desenvolvimento pessoal

– Casa de Santa Doroteia - VIA CORDIS.

Friburgo - Foi fundada em 1958 – Maison d’Études Sainte Dorothée – promovendo cursos internacionais

de verão, etc. Transformou-se depois num Lar que acolhe alunos de várias nacionalidades - Em 12 de

Setembro de 1980 a Casa foi vendida.

Locarno - Foi fundada em 1966 com o nome de Foyer Sainte Catherine, Lar para alunas de modesta

condição que frequentam as escolas estatais.

Genebra - Foi fundada em 1980, e destinada à Pastoral dos Idosos.

A 2 de Fevereiro de 1971 a Suíça foi elevada a Vice-Província com as suas quatro Casas.

* * *

A sucessiva diminuição de Irmãs foi obrigando à redução do número de Casas, acabando por ficar apenas

a Comunidade do Flueli, com a denominação de «Comunidade Suíça», dependente do Governo Geral.

Essa Comunidade passou a viver num edifício, em Lucerne, disponibilizado pelas Irmãs de Sant’Ana, que

no último Capítulo Geral «se propuseram, como missão, apoiar as Irmãs de outras Congregações no seu

processo de discernimento numérico na Suíça», já se encontrando lá também Dominicanas. Foi um voltar

às origens, que se realizou no dia 8 de Junho de 2009.

Nos primeiros dias de Outubro, a Irmã Maria da Conceição Ribeiro, Conselheira, responsável pela Área da

Europa e membro de ligação do Governo Geral com a Unidade Suiça, esteve com as nossas Irmãs.

Realizaram o encontro da “Experiência Espiritual”, que durante este ano será transmitida a toda a

Congregação. Foram momentos vividos com forte espírito de comunhão com toda a Congregação.

Como já é do conhecimento de todas, as nossas Irmãs têm como vizinhas outras Congregações religiosas e

é muito bonito ver a relação que existe entre todas e é, sobretudo, gratificante ver como as nossas Irmãs

são uma referência significativa para todas (Comunicação do Governo Geral, 23 Outubro 2011)

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AAccoonntteecceeuu......

CCoommuunniiddaaddee ‘‘UUnniiffiiccaaddaa’’ ddoo IInnsstt.. ddee SS.. JJoosséé -- VViillaa ddoo CCoonnddee

Irmã Fátima Ambrósio

Desde o dia 9 do corrente mês de Novembro, a Comunidade unificada está a viver na casa do Instituto

de S. José. As Irmãs Marieta Pinho e Maria Amélia Bourbon vão ainda dormir (por pouco tempo, pois as

obras estão na fase final) à casa da antiga Comunidade da Residência de S. José.

Ao longo do mês de Outubro fizeram-se as diversas mudanças materiais mas, sobretudo, fora-se dando

passos firmes e serenos no processo de unificação. Todas as semanas nos reuníamos para rezar juntas e

fazer a caminhada da elaboração do Projeto Comunitário. Foi uma experiência muito positiva que nos

ajudou na construção da Comunidade.

Estamos bem conscientes das dificuldades de adaptação que esta mudança supõe ao novo estilo de vida

comunitária e de missão, mas estamos também cheias de boa vontade e com o desejo de querer ser fiéis

ao que nos propusemos viver como comunidade unificada.

A 29 de Outubro, acolhemos, com muito carinho, a nossa Irmã Maria Emília Villasboas que se encontra

doente com um problema ósseo muito avançado.

Um abraço amigo, de cada uma de nós, a desejar um Bom Advento!

Nota: Quem quer 'visitar' o Instituto de S. José, basta ir a http://www.institutosjose.com.pt/

* * *

A Comunidade da Residência viveu, em Agosto, um momento de acolhimento à família das Irmãs

Maria José Costa e Céu Laranjeira, que todos os anos se reúne. Neste ano foi a nossa Casa que acolheu as

25 pessoas que participaram na Eucaristia e num convívio de amizade e alegria.

O encontro terminou com um lanche partilhado.

Este acontecimento foi muito importante para a nossa Comunidade, que tem sido visitada com momentos

difíceis de Irmãs doentes.

Tínhamos também pensado programar um momento alto antes de deixarmos a Residência, mas estava a

ser difícil por muito motivos. E afinal, com esta festa de família, nada faltou: Eucaristia comunitária, festa

do encontro da família alargada, e tudo o mais...

Bem haja, Irmã Maria do Céu e sua família.

Irmã Marieta Pinho e Irmã Maria de Jesus Ferreira

AAss DDoorrootteeiiaass ee aa AAccaaddeemmiiaa ddee HHiissttóórriiaa

A notícia chegou através de uma circular da Província…

(...) no passado dia 12, a nossa Província, na pessoa da

Irmã Diana Barbosa, foi admitida na Academia de História,

como académica honorária. O convite foi feito pela

Manuela Mendonça, Presidente da Academia, que quis

realçar, assim, a riqueza da nossa história de Província;

história que ela própria, como sabemos, tem a missão de

continuar a escrever.

«Doroteias» entrevistou a Irmã Diana Barbosa:

Doroteias – Ir. Barbosa, quer explicar para o Doroteias as

condições da sua “investidura” como membro da Academia de

História?

Ir. Barbosa – A investidura não foi minha, mas sim da Congregação; eu fui apenas, como Arquivista,

receber o título da Académica Honorária. A atual Presidente da Academia de História, vendo que as

Congregações religiosas femininas não estavam representadas, quis começar pelas Irmãs Doroteias.

Doroteias – Houve alguma cerimónia de investidura? Como foi?

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Ir. Barbosa –Foi no dia 12 de Outubro pp. Após breves palavras da Presidente, foram sendo chamados

os novos Académicos, a quem foi entregue um Diploma e um emblema. Em seguida, alguns Académicos

investigadores apresentaram, em linhas gerais, o seu trabalho.

Doroteias – Já participou em algumas atividades?

Ir. Barbosa – Todas as Quartas-Feiras há, na sede da Academia, uma conferência, mas só participei numa

sobre as cartas de duas Imperatrizes - Carlota Joaquina e Leopoldina.

Doroteias – Pessoalmente, o que mais gostaria de dizer sobre isto?

Ir. Barbosa – Não é muito consentâneo com a minha maneira de ser andar nestas lides, mas a

“necessidade obriga”…

AA IIrrmmãã MMaarriiaa EEmmíílliiaa NNaabbuuccoo eemm ÉÉvvoorraa

Irmã Mª da Conceição Vaz Pato

No dia 19 de Outubro p.p. passou pela nossa Comunidade a Irmã Maria Emília Nabuco, respondendo ao

convite do núcleo das CVX de Évora através da Doutora Teresa Santos, Presidente do Departamento de

Filosofia da Universidade de Évora e membro do Núcleo das CVX, que apresentou a nossa Irmã

manifestando grande apreço pelo seu saber e competência profissional.

O tema tratado - “Educação para a interioridade das crianças dos zero aos seis anos” – encontrou um

público interessado, em que ‘100 cadeiras’ não foram suficientes... Na exposição, muito clara, foi indicado

o “DESPERTAR RELIGIOSO das CRIANÇAS” no período dos zero aos seis anos, o qual se vai

desenvolvendo, iniciando com o “Despertar pela transparência – dos zero aos 3 anos”; seguindo o

“Relacionamento consigo, com os outros e com Deus – dos 3 aos 6 anos”… Estas duas primeiras etapas

foram as mais focadas no decurso de toda a exposição.

O interesse dos participantes (onde estavam também duas das nossas Irmãs de Évora) fez prolongar o

tema através de diálogo, que desejam continuar num próximo Encontro.

E nós, as Irmãs de Évora, aguardamos esse novo Encontro para que muitos possam tornar mais válida a

ajuda ao Crescimento Humano-Espiritual das Famílias, dos Educadores, dos jovens, dos filhos, dos alunos,

dos catequizandos… e assim a sociedade se vá transformando através de uma vivência mais Humano-

Espiritual, isto atendendo a que o conceito de ESPIRITUALIDADE nos diz que “é a Essência do SER, é

Energia, é Dinamismo, é Vigor interior”. É pois, “esta Vitalidade que nos anima a agir e nos dá Força”,

pelo que “o desenvolvimento da ESPIRITUALIDADE tem um papel importante no

desenvolvimento do Ser Humano”.

TTaammbbéémm aaccoonntteecceeuu...... aaccoonntteeccee......

Depois de algumas alterações, a ida da Irmã

Maria Antónia Marques Guerreiro a

Moçambique foi no dia 27 de Novembro e

da Irmã Lúcia a 4 de Dezembro. Regressam

ambas a 14 de Dezembro.

O CGAA-África realiza-se de 2 a 8 de

Dezembro em Moçambique (Fomento).

Participam também a Irmã Lúcia Soares, como

Provincial de Portugal (de que a Região é

dependente) e a Irmã Maria Antónia como

membro da Comissão Internacional de

Formação.

A Irmã Jaci, acompanhada pelas Conselheiras

Gerais Maria da Conceição Ribeiro e Margarida

Adelaide, faz a Visita a Moçambique de 10 a 17

de Dezembro. As Irmãs Cathy e Marlene, que

participam também no CGAA mas não ficam

para a Visita, passam por Lisboa no dia 10 de

Dezembro, no regresso de Moçambique.

A Irmã Teresa Sanches (angolana), por

razões de saúde, não pode continuar com a

missão de Animadora da Área da África, sendo

substituída pela Irmã Domingas Jamba.

A Irmã Mariquinha, da Província de Angola,

tinha-se oferecido para as Filipinas,

disponibilidade que o Governo Geral aceitou

agora, «considerando ser este o momento

oportuno para fazer chegar a esta realidade uma

ajuda tão necessária». Irá em Janeiro. Obrigada,

Mariquinha!

Na linha das ajudas, a Irmã Catarina Miguel,

que, juntamente com a irmã, acompanhou a mãe

durante vários anos, veio agora dar um apoio à

Casa Paula. Certamente este seu ‘treino’ irá ajudá-

la a cuidar das Irmãs dessa Comunidade.

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A Irmã Mª Leonor Campos Matos, que tem

estado a fazer um tempo de tratamento e de

repouso na Comunidade de Évora, na

perspetival de retomar logo que possível a sua

Comunidade (Casa Paula) necessita de continuar

em repouso, ficando a Irmã Pilar Moreira a

coordenar a Casa Paula.

No dia 7 de Novembro, a Comunidade da

Residência do Lumiar abriu as portas a um

grupo de jovens, algumas ex-residentes

universitárias, para um momento de fraterno

convívio ao jantar e um espaço de

oração/reflexão. Estes encontros decorrerão

mensalmente. Neste tivemos a honra da

presença das Irmãs Lúcia e Maria Antónia.

A 18 de outubro de 2011 realizou-se o terceiro

Encontro de Doroteias existentes em Roma,

desta vez na Casa Geral das Irmãs Doroteias de

Vicenza. O tema foi a Formação dos Leigos que

colaboram conosco, expresso nestas duas

questões: “Na missão onde nos encontramos com

Leigos Cooperadores, que espaço formativo lhes

oferecemos? Que interacção existe entre Irmãs e

Leigos?” O Governo Geral reconhece que estes

encontros nos aproximam muito, permitindo a

experiência da comunhão entre as nossas

Congregações no que vamos sendo e fazendo

por caminhos parecidos e diferentes, realizando a

missão que os nossos fundadores/fundadoras nos

deixaram (cf. Comunicação do Governo Geral,

23 outubro 2011).

O Centro de Estudos de História Religiosa da

Universidade Católica Portuguesa evocou, no

dia 15 de Novembro, os 50 anos da morte de

António Lino Neto (1873-1961), pai da nossa

Irmã Lino Neto. Algumas Irmãs Doroteias

estiveram presentes nesta homenagem.

Realizou-se na CESardão, a 19 de Novembro, o

encontro “Shema, Israel…” – Na Escola da

Palavra I, com a participação de 22 pessoas -

Leigos e Irmãs.

Encontros para ´Cuidadores’ – Não se realizou

o que estava previsto para o dia 23. Os próximos

serão a 29 de Novembro, em Vilar. 18 de Janeiro

nas Calvanas e 24 de Janeiro, no Linhó.

Várias Irmãs tiveram, nestes últimos tempos,

situações que lhes abalaram um pouco a saúde: a

Irmã Deolinda Anjos (Seixal) teve um enfarte

do miocárdio; graças a Deus foi logo atendida no

Hospital, e está bem, mas necessita de muito

cuidado. A Irmã Maria Helena Dias Ferreira,

como resultado de uma queda fraturou o fémur.

Também a saúde da nossa centenária, Irmã

Adelaide Silva, vai ficando débil...

VViiddaass aaoo sseerrvviiççoo

A terminar o ano, lembramos as Irmãs que celebram 50 anos de Profissão Perpétua: Maria Antónia

Sequeira, 21 de Novembro; Maria Alcina Monteiro, 26 de Novembro; Conceição Leal, 4 de Dezembro.

ATENÇÃO! No dia 29 de Janeiro de 2012 a nossa IRMÃ PURIFICAÇÃO DIAS NEVES SOARES (a

'PURIFICA') completa 100 anos de existência. PARABÉNS!

OOss qquuee nnooss ddeeiixxaarraamm

IRMÂ ROSA GONÇALVES DA SILVA - 8 Set. 2011

A Irmã 'Rosinha' faleceu no dia 8 de Setembro. Ultimamente sofreu muito e esteve

diversas vezes hospitalizada. Nas várias dificuldades não se deixava vencer. Tinha um

grande espírito de luta, assim diziam as funcionárias do hospital.

Na Comunidade, mesmo com alguns limites, gostava de ajudar em tudo, e o que fazia

era realizado com primor.

Estava muito ligada à família e sofria com as poucas visitas que lhe faziam, mas por

último desprendeu-se totalmente.

A devoção a Nossa Senhora era uma tónica da sua vida; passava muito tempo na

capela com o terço na mão e queria estar presente no terço do rosário que se rezava

em Comunidade.

Deixa muita saudade. Ficou muito gravada em cada uma de nós a sua presença carinhosa desde que

acamou.

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Na Eucaristia do sétimo dia o Pároco referiu que a Irmã Rosa faleceu no dia em que celebramos a

Natividade de Nossa Senhora, e na Eucaristia de sétimo dia celebramos a exaltação de Santa Cruz.

IRMÃ MARIA JOSÉ LOURENÇO ANDRÉ

Na Eucaristia de despedida da nossa Irmã Maria José Lourenço - Linhó 22/Out/2011

A nossa Irmã Mª José Lourenço foi muito nova para Angola. Aí viveu uma das dimensões da sua vida

missionária, durante 9 anos, onde fez os Votos Perpétuos.

Nos vários Colégios em que trabalhou (Viseu, Póvoa, Abrantes, entre outros)

ensinava lavores. Acompanhava as alunas com esmero e paciência e executava todos

os trabalhos com a máxima perfeição.

Outra das atividades a que se dedicava era a de tomar conta das alunas nos recreios,

que dinamizava com interesse e alegria. A este respeito denominava-se, com graça,

“a Mestra Geral dos recreios”.

Dava uma atenção especial, no seu tempo e no seu coração, aos mais

desfavorecidos, cujo trabalho a encantava. Por duas vezes colaborou na Pastoral dos

Ciganos. Visitava-os e motivava-os a empenharem-se com gestos de solidariedade.

Estes, por sua vez, estavam sempre abertos a colaborar com a irmã. Muitas famílias

desta etnia recordam ainda hoje a Irmã Maria José, com gratidão e carinho.

Constituíam marcas da sua personalidade: a bondade, a delicadeza e a disponibilidade com que brindava

todos. Também o seu sorriso fica inesquecível na memória e no coração de quantos a contactaram,

sobretudo no longo período da sua doença.

O Senhor, que tanto lhe pediu, perscruta atentamente quanto a Irmã Mª José deseja para os seus

familiares e Amigos e tem-na, decerto, já mergulhada na plenitude da sua luz.

IRMÃ SILVINA FERREIRA

Natural do Porto, a Irmã Silvina do Nascimento Ferreira entrou na congregação aos

18 anos.

Ao longo dos seus 77 anos de Doroteia, foi marcando, com a sua simplicidade

serena, a sua alegria e lucidez, as Comunidades por onde o seu Senhor a conduziu:

Vila do Conde, Póvoa, Calvanas, Sardão, Abrantes, Vilar do Paraíso; o seu Parque

onde, durante 42 anos, viveu a entrega generosa da sua vida, e Casa Paula. Aqui, o

Senhor veio colher o fruto que o Amor fora amadurecendo.

Quantos rodearam a nossa Irmã Silvina, referem com grata estima: a capacidade de se deixar conduzir

pelo seu Senhor Jesus; o seu Amor terno e filial a Nossa Senhora; a forma como realçava e agradecia a

mais pequena delicadeza que com ela se tinha; a perfeição e esmero com que executava quanto lhe era

pedido; a atenção e delicadeza com que atendia às necessidades dos que a rodeavam.

Muito recentemente, já no período em que o seu estado de saúde se ia agravando, quis pôr o seu quarto

à disposição para que as Irmãs de Moçambique, que iam chegar, ficassem bem instaladas.

O sentido do dever marcava quanto fazia, incluindo a exatidão com que combinava as suas férias que,

enquanto a saúde lhe permitiu, passava, deliciada, junto da família.

Da sua vida guardava muitas e deliciosas memórias, mas uma das que a marcou profundamente foi a

graça de poder transportar no seu regaço, bem junto ao coração, a imagem da “Senhora Branquinha”, de

Tuy para Vila do Conde, quando da mudança do Noviciado.

Da intimidade que essa viagem proporcionou falavam as palavras, os gestos e o olhar da Irmã Silvina,

sempre que se dirigia a nossa Senhora ou nos falava dela.

Hoje, certamente já mergulhada na Paz e Alegria da Trindade, peçamos que nos alcance a graça de

sabermos imitar o seu sorriso sereno, nascido da Fé profunda que a alimentou.

Familiares de Irmãs / amigos falecidos:

Um irmão das Irmãs Teresa e Lourdes Fonseca (Sardão). A única irmã da Irmã Maria Alice Santos

Mendes, da Comunidade de Vilar; faleceu depois de um longo período de grande sofrimento. Residia na

zona de Viseu, e a Irmã Alice experimentou um grande apoio da Comunidade de Viseu, que a

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'Mães' missionárias com a Irmã Janete

Comunidade de Vilar muito agradece. Uma irmã da Irmã Maria da Conceição Vaz Pato; tinha 90

anos, era carmelita, e estava desde há uns anos no Brasil. Uma outra carmelita faleceu também: a Irmã

Maria das Mercês (a 'Fininha' do Lar de Coimbra) conhecida de muitas Irmãs. Lembramos ainda a mãe e uma irmã do Padre Senna, recentemente falecidas.

DDaa EEqquuiippaa ddee aappooiioo ààss IIrrmmããss ddee iiddaaddee ee ddooeenntteess

Alguém afirmou: “Conseguimos prolongar a vida em tempo, mas não aprendemos a gerir, de um modo

inteligente, o suplemento de anos que nos foi concedido. Gostamos de ter uma vida longa, mas não nos é

dado o direito a sermos velhos!".

Então a pergunta que coloco é a seguinte: - Não terá o Evangelho uma palavra diferente a dizer? Não

terá, para oferecer, um modelo cultural alternativo aos modelos dominantes, em que a velhice é vista

como um tempo de regressão, de perda de iniciativa, sem expectativas nem projetos, habitada

irremediavelmente pela amargura e pela nostalgia; ou então velhice em versão “révanche recreativa”, que

empurra para um ócio vazio e aturdido em entretenimentos e consumos?

Como tenho uma reconhecida fixação nos verbos da Sagrada escritura, retirei dela seis interpelações feitas

com outros tantos verbos, a homens e mulheres de Israel. A intenção é que eles nos sirvam de guia nesta

caminhada que queremos viver, marcadas e apoiadas no Senhor e no Seu Evangelho. Eis os verbos que

cada uma, a partir da Palavra, de forma criativa, poderá desenvolver e aprofundar: cingir; render;

recordar; não ter medo; escolher; esperar.

(Como gostaria de envelhecer? - Dolores Aleixandre, adaptação.)

MMããeess ddee PPaauullaa -- MMIISSSSÃÃOO BBRRAASSIILL

Maria Edite e Helena Serra

Dia 15 de Outubro, eu e a Helena Serra partimos para terras de Vera Cruz, com serenidade e espírito de

serviço, entregues à Divina Providência e voando alto, com o coração vazio de tudo o que ficava cá, mas

com a certeza de que Santa Paula, Maria e Jesus estavam com as nossas famílias e iriam conduzir as nossas

vidas. Não nos enganámos.

À chegada ao aeroporto de Brasília, esperavam-nos a

Laurinda e o marido, que nos levaram para sua casa e

nos receberam como família. Mais tarde chegou a

Irmã Janete, que foi o nosso anjo: mais do que guia e

conselheira foi verdadeira mãe e esteve sempre

connosco até à hora do regresso.

No dia seguinte, chegaram as duas 'mães' italianas que

faziam parte deste grupo missionário – a Cathy e a

Stefania. Era domingo e mês das Missões no Brasil;

na missa da Igreja da Sagrada Família o padre

Américo chamou-nos ao altar para darmos testemunho e conhecimento da nossa missão de 'mães'. No

final vieram algumas senhoras interessadas em saber mais pormenores, e surgiu dali um grupo.

Ao começar a semana, fomos para casa das Irmãs no Colégio de Santa Doroteia, onde iniciámos os nossos

encontros e deslocações aos vários grupos, dando-nos conta de que havia muito a reestruturar e a

melhorar. As 'mães' brasileiras têm uma grande empatia com a espiritualidade de Santa Paula e estão

entusiasmadas com este caminho - uma nova maternidade de vida em oração partilhada com um coração

materno, sereno, perspicaz, compassivo. Nos grupos das 'mães' de Ceilândia, Goiânia e Pedras

encontrámos viva a «via do coração e do Amor». O grupo não só é centro de reanimação espiritual, mas

as 'mães' transformam-se em “dom” para elas, para as famílias e para o mundo. Sentimo-nos pequenas ao

lado das grandes experiências de vida, de Mulheres que, em bicos de pés, têm capacidade de ser mães

para outras mães, e assim mudar o mundo à sua volta.

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Em Senador Canedo, Goiás, recebeu-nos uma comunidade dos sem-terra, onde uma só doroteia, a Irmã

Sónia, consegue ser respeitada e seguida no meio dos extremos da pobreza e da droga. Fomos acolhidas

com uma simplicidade absoluta, onde o Espírito Santo se tornou palpável, e das pessoas que nos

receberam surgiram quatro grupos de dez 'mães' cada, e brevemente haverá outro. Também estivemos em

Recife (Cecosne), Natal, Pesqueira.

Nas nossas Doroteias encontrámos total disponibilidade, acolhimento, carinho, alegria. Sentimo-nos em

casa. Nada, mesmo nada, nos faltou. Foi tanto o que recebemos nessas semanas que estamos prontas a

prosseguir onde o Senhor nos quiser levar.

UUmmaa vviissiittaa,, uumm eennccoonnttrroo,, uumm mmoommeennttoo ddee FFéé!!......

Das Mães de Paula, Adelaide Afonso e Eduarda Rocha

(Colégio do Sardão, V. N. Gaia)

Foi em Agosto de 2011, no final de uma magnifica peregrinação a Itália, que algo de maravilhoso

aconteceu… Após a celebração da Eucaristia na Basílica de S. Pedro, em Roma, surgiu a possibilidade de

visitar o Túmulo de Santa Paula Frassinetti, seguindo o conselho da Irmã Maria de Lurdes Rua Pereira, do

Colégio do Sardão. Assim pudemos satisfazer uma curiosidade que tínhamos há muito tempo.

A casa de Santa Paula fica situada em Santo Onofre, perto do Vaticano. É linda, cheia de paz e serenidade.

Fomos recebidas com muito carinho por uma Irmã Doroteia de rosto meigo e

olhar doce, que logo conquistou os nossos corações.

Tivemos a possibilidade de ver, tocar, rezar e sentir a presença de Santa Paula

em muitos objetos que lhe pertenceram e testemunham a sua presença naquele

bendito lugar. O seu Túmulo, colocado sob o Altar-Mor da capela, falou-nos

da sua santidade. Sentimos algo de sublime.

Estamos certas de que existe uma energia muito positiva naquele lugar. O

próprio motorista que nos levou àquela casa, e que se dizia “não crente”,

mudou a sua atitude e até aceitou com carinho uma oração que a Irmã lhe

ofereceu. Também ele foi tocado pela Fé.

Agradecemos a Deus esta maravilhosa oportunidade que nos foi dada de

podermos ver com os nossos próprios olhos e sentir com o nosso coração, a

presença de Santa Paula e da sua vida entregue ao próximo.

LLIIVVRROOSS QQUUEE VVAALLEE AA PPEENNAA LLEERR……

Ao Deus de todas as manhãs – Carlos A. M. Azevedo. Paulinas

A oração dom e tarefa – Antonio Bravo. Paulinas

Contar a Jesús - Dolores Aleixandre. CCS

NNoo ffiinnaall ddoo ccaammiinnhhoo......

"Al final del camino me dirán:

-¿Has vivido? ¿Has amado?

Y yo, sin decir nada,

abriré el corazón lleno de nombres".

Pedro Casaldáliga, C.M.F.

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Advento, outra vez Advento. Sempre Advento. Só Advento!

Quando acolheres no teu coração e nos teus braços bons sentimentos para com todos, quando

alimentares boas intenções e realizares boas ações, QUANDO ESPERARES A MANIFESTAÇÃO DA LUZ,

então é Advento.

Quando estiveres disponível para o Espírito, quando te preocupares em participar, em contribuir, em

intervir. Quando perdoares, quando te deixares conduzir pelo mesmo Espírito, QUANDO PREPARARES

OS CAMINHOS, então é Advento.

Quando viveres em permanente esperança neste mundo desesperado, quando lutares por um mundo

melhor no meio de tanta violência, QUANDO SEMEARES ALEGRIA NESTE MUNDO TRISTE, então é

Advento.

Quando te interrogares sobre o sentido das

coisas, sobre o sentido deste mundo que nos

envolve e sobre o sentido da nossa vida,

QUANDO RENASCERES ESPIRITUALMENTE,

então é Advento.

Abrir-nos ao Advento é o mesmo que

entrarmos num ritmo de conversão

permanente. É deixar-nos cativar pela Luz! A

hora está prestes a chegar!

Este Advento é o tempo favorável para

levantar a minha voz e dizer que Jesus

comanda a minha vida; é a oportunidade,

secretamente ansiada mas tantas vezes

calada, de dar a resposta que os Apóstolos

deram, com a coragem que recebemos do

Espírito Santo, com a frontalidade que

percebemos nos Discípulos, com o

discernimento da nossa razão e com a

tranquilidade da nossa vontade…

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Natal com menos... Natal melhor

Padre Tolentino Mendonça

Ser hoje luz num tempo de sombras, parece ser o “destino” de cada um de nós no tempo que passa, num

tempo que passa e que dói, que dói esta dor funda da impotência, da impotência diante dos gigantes das

sombras que se agigantam e que parecem querer tomar de assalto tudo o que mexe, tudo o que respira e

tudo o que sonha.

Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!

O mundo, o país e cada um de nós, vive tempos de esperança e de mudança, em que o novo surge como

a nova fronteira a conquistar, mas onde o medo e os medos teimam em formar barreira diante dos olhos,

destes olhos feitos para ver a luz, feitos para encarar o medo, feitos para não terem de ver o sol só

refletido nos charcos.

Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!

Se calhar, a maior conquista do tempo do medo que passa, foi precisamente esta de nos ter tirado a

capacidade de ousar levantar a cabeça, de ousar olhar para além do imediato do já, em direção ao menos

“imediato” do ainda não, mas que está e vive em tensão de devir, de futuro, de projeção para diante,

num diante que encontra a utopia e faz dela o sonho, um sonho que vence o medo, um sonho que se

abre à luz.

Por isso hoje é tempo de NATAL com menos, mas um Natal melhor!