alentejo região reCeBe 1,3 MiL MiLHÕeS De eUroS ATÉ...

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2015.01.09 • edição quinzenal FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: CARLOS PINTO // ANO: 9 // N: 363 0,70 IVA INCLUÍDO PUB ALENTEJO > REGIÃO RECEBE 1,3 MIL MILHÕES DE EUROS ATÉ 2020 pub. FAMÍLIA AMEIXA POMBOS DE BEJA VOAM NA HUNGRIA COLUMBOFILIA. >p13 Somincor produz mais zinco que cobre em 2015 NEVES-CORVO > Lundin Mining, proprietária da Somincor, revelou as projecções de produção para o período 2015- 2017. De acordo com a empresa sueco-canadiana, em 2015 sairão das lavarias de Neves-Corvo entre 68.000 e 73.000 toneladas de concentrado de zinco. No cobre, a produção deste ano andará entre as 50 e as 55 mil toneladas. CERCICOA TEM NOVOS PROJECTOS NO HORIZONTE SOLIDARIEDADE. >p04 > HOSPITAL DE BEJA ULSBA tem 87 médicos em formação O Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, recebeu no início deste ano mais 21 médicos internos e oito médicos em formação nas especialidades de Me- dicina Interna, Medicina Geral e Fami- liar, Ortopedia, Pediatria e Ginecologia/ Obstetrícia (que não tinha internos há 22 anos). Ao todo, são 87 os médicos actual- mente em formação em Beja. >p03 ANTÓNIO ZAMBUJO 21 CONCERTOS EM TRÊS MESES Craques depois dos 50! O futebol é para todas as idades e Pitico e José Varela continuam a dar pontapés na redondinha mesmo já entrados na casa… dos 50! O pri- meiro é o “patrão” do FC São Marcos na 1ª divisão distrital, en- quanto o segundo assume o papel de “goleador” no Naverredondense, na 2ª divisão. Juntos so- mam 105 anos de vida e uma ina- balável paixão pelo futebol. Um amor que (também) ser- ve de adrena- lina! >p12

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2015.01.09 • edição quinzenalFUNDADO EM 2006. DIRECTOR: cArlOs piNTO // ANO: 9 // N: 363

€0,70IVA Incluído

PUB

alentejo > região reCeBe 1,3 MiL MiLHÕeS De eUroS ATÉ 2020

pub.

FAMÍLIA AMEIXAPOMBOS DE BEJAVOAM NA HUNGRIA

COLUMBOFILIA. >p13

Somincor produz maiszinco que cobre em 2015

NEVES-CORVO > Lundin Mining, proprietária da Somincor, revelou as projecções de produção para o período 2015-2017. De acordo com a empresa sueco-canadiana, em 2015 sairão das lavarias de Neves-Corvo entre 68.000 e 73.000

toneladas de concentrado de zinco. No cobre, a produção deste ano andará entre as 50 e as 55 mil toneladas.

CERCICOA TEM NOVOS PROJECTOS NO HORIZONTE

SOLIDARIEDADE. >p04

> hOSpItAL DE BEjA

ULSBA tem87 médicos em formação O Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, recebeu no início deste ano mais 21 médicos internos e oito médicos em formação nas especialidades de Me-dicina Interna, Medicina Geral e Fami-liar, Ortopedia, Pediatria e Ginecologia/ Obstetrícia (que não tinha internos há 22 anos). Ao todo, são 87 os médicos actual-mente em formação em Beja. >p03

ANTóNIOZAMBUJO 21 CONCERTOS

EM TRêS MESES

Craques depois dos 50!

O futebol é para todas as idades e Pitico e José Varela continuam a dar pontapés na redondinha mesmo já entrados na casa… dos 50! O pri-meiro é o “patrão” do FC São Marcos

na 1ª divisão distrital, en-quanto o segundo assume o papel de “goleador” no Naverredondense, na 2ª

divisão. Juntos so-mam 105 anos de vida e uma ina-balável paixão

pelo futebol. Um amor que (também) ser-ve de adrena-lina! >p12

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regiÃO >Ourique

A edição de 2015 da Feira do Porco Alenteja-no em Ourique vai realizar-se entre os dias 20 e 22 de Março, adianta ao “CA” fonte oficial da Cã-

mara de Ourique, que organiza o certame. Ao longo dos três dias de feira, Ourique assume-se como a “Capital do Porco Alentejano”.

FEIRA DO PORCO ALENTEJANO 2015 ENTRE OS DIAS 20 E 22 DE MARÇO

BAiXOALENTEJO> Lundin Mining reveLA previsões OperAciOnAis pArA 2015-2017

2 2015.01.09

Em 2015 a mina de Neves-Corvo vai produzir mais concentrado de zinco do que de cobre. DR

> SOMINCOR. Perspecti-vas de produção de zinco re-vistas em baixa pela proprie-tária da Somincor, que prevê investir 12,3 milhões de euros em Neves-Corvo em 2015.

Mais zinco em Neves-Corvo

A produção de zinco na mina de Neves-Corvo, no concelho de Cas-tro Verde, vai continuar a aumen-tar nos próximos anos, mas menos do que estava previsto no final de 2013. A informação é avançada pela Lundin Mining, proprietária da Somincor – Sociedade Mineira de Neves-Corvo, que divulgou no seu sítio na Internet as projecções de produção das minas que tem espalhadas pelo mundo no perío-do 2015-2017.

De acordo com a empresa sue-

co-canadiana, em 2015 sairão das lavarias do complexo mineiro de Neves-Corvo entre 68.000 e 73.000 toneladas de concentrado de zin-co. Será mais que no último ano, mas um valor abaixo das 75.000-80.000 toneladas que eram previs-tas no final de 2013 pela Lundin Mining.

Já para os anos de 2016 e 2017, a proprietária da Somincor estima dois cenários opostos para o zin-co: em 2016 a produção cairá para as 65.000-70.000 toneladas e em 2017 voltará a aumentar, passan-do para as 70.000-75.000.

Quanto ao concentrado de co-bre, não há qualquer alteração face à estimativa do último ano e a produção da Somincor será a mesma até 2017: entre 50.000 a 55.000 toneladas anuais.

Sem tanta expressão em Neves-

Corvo como o zinco e o cobre, mas a crescer, está a produção de chumbo. Em 2015 a Somincor deve chegar às 4.000 ou 5.000 toneladas, valor que aumentará nos dois anos seguintes: 5.000-6.000 toneladas em 2016 e 7.000-8.000 toneladas em 2017. Recorde-se que no final de 2013 a Lundin Mining previa que a produção de concentrado de chumbo se mantivesse nas 2.000-2.500 toneladas até 2016.

Quanto a novos investimentos, 2015 vai ser um ano de contenção na Lundin Mining. Ainda assim, a empresa estima gastar perto de 12,3 milhões de euros em Neves-Corvo. Deste montante, um terço (4,1 milhões) destina-se ao desen-volvimento do projecto Lombador e outro terço para estudos para a expansão da produção de concen-trado de zinco.

73Mil toneladas é o máximo de produção de concentrado de zinco previsto pela Somincor para o ano de 2015. Há um ano, as estimativas apontavam para uma produção que podia chegar às 80 mil toneladas.

12,3Milhões de euros é o valor do inves-timento em Neves-Corvo previsto pela Lundin Mining ao longo de 2015. Desta verba, um terço será para o desenvolvimento do projecto Lom-bador e outro terço para estudos ligados à produção de zinco

A Somincor explora as minas de Neves-Corvo desde a década de 80 e é a maior empresa de todo o Alentejo. Trabalham no couto mi-neira cerca de 2.500 pessoas e o minério produzido vai todo para exportação.

a Maior eMpresa do alentejo

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O Hospital José Joaquim Fernandes, na cidade de Beja, recebeu no início deste ano mais 29 médicos internos, contando actual-mente com um total de 87 clínicos em for-mação.

“A vinda dos médicos internos para a ULSBA é um acontecimento muito impor-tante, uma vez que estimula a dinamização dos serviços clínicos e cria a possibilidade de fixação de médicos na região”, explica ao “CA” fonte oficial da ULSBA – Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, a que pertence o hospital bejense.

De acordo com a mesma fonte, na passa-da segunda-feira, 5 de Janeiro, chegaram a Beja 21 médicos internos e oito médicos em formação nas especialidades de Medicina Interna, Medicina Geral e Familiar, Ortope-dia, Pediatria e Ginecologia/ Obstetrícia (que não tinha internos há 22 anos).

Este grupo de médicos veio juntar-se aos 58 internos actualmente em formação na instituição, sublinha a ULSBA, lembrando que dos 19 clínicos que fizeram a sua forma-ção em 2014 em Beja, “cinco optaram por continuar a sua formação específica nesta unidade”.

O internato médico realiza-se após a li-cenciatura em Medicina, sendo o primeiro ano de formação denominado ano comum. Após o ano comum, os médicos candidatam-se a um concurso nacional para a escolha de uma especialidade, que corresponde ao pe-ríodo de formação específica cuja duração varia consoante a especialidade.

ULSBA tem 87 médicosem formação

> SAúdE> SERvIçO dO HOSpItAl dE BEjA já cOntA cOm SEIS médIcOS

> SAúde. Internamento disponi-biliza um total de 17 camas e abre no primeiro trimestre deste ano, provavelmente durante o mês de Fevereiro.

Hospital de Bejaabre internamentopara Psiquiatria

Depois de dois anos de longa espera, a Unidade de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, vai finalmente abrir o internamento. Con-cluído no Verão de 2012, o novo edifício não pode receber doentes para internamento devido à falta de médicos psiquiatras, si-tuação que está resolvida e que permitirá a abertura da valência até ao final do primei-ro trimestre deste ano.

“Contamos que [o internamento] seja aberto durante o primeiro trimestre de 2015, provavelmente no mês de Fevereiro”, revela a presidente do conselho de adminis-tração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), Margarida Silveira.

Há muito que o internamento em Psi-quiatria é considerado prioritário em Beja, distrito que apresenta uma das maiores taxas de suicídio em toda a Europa. Ape-sar deste quadro “negro”, a abertura da nova valência, que conta com um total de 17 camas, sempre esbarrou na dificuldade sentida pela ULSBA em recrutar médicos para região. Um cenário que segundo a res-ponsável pela unidade de saúde demorou dois anos a ser alterado, com o quadro de clínicos do Serviço de Psiquiatria do hospi-tal bejense a passar entretanto de dois para seis médicos.

“Neste momento temos no nosso mapa de pessoal seis médicos psiquiatras. E temos também a decorrer mais um procedimento concursal para recrutamento de mais dois médicos de Psiquiatria Geral. Portanto, nes-te momento conseguimos de facto reunir o número de médicos mínimo indispensável para poder constituir a equipa para abrir-mos brevemente o internamento de Psi-quiatria”, explica Margarida Silveira.

A obra da nova Unidade de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de Beja foi lan-çada em meados de 2010 e concluída dois anos depois, num investimento que ron-dou os três milhões de euros e teve finan-ciamento comunitário, através do QREN 2007–2013. Para trás ficaram duas décadas em que o serviço funcionou de forma tran-sitória em vários apartamentos alugados nas imediações do hospital de Beja.

Margarida Silveira reconhece es-tarem reunidas as condições para o internamento em Psiquiatria abrir finalmente em Beja. DR

A abertura do internamento marcará o ponto final num longo e moroso proces-so, assim como o início de uma nova era na assistência aos doentes com problemas psiquiátricos e/ ou mentais na região. É que até hoje o distrito de Beja é o único do país sem esta valência, o que obriga a que os do-entes tenham de ser internados em Lisboa.

“O grande propósito de abrirmos este serviço é promover o acesso aos cuidados de saúde – neste caso de Psiquiatria – em internamento que até à data não existem. E por outro lado, optimizar em pleno um edi-fício que foi construído de raiz com inves-timento comunitário. É nesse sentido que temos de trabalhar para podermos oferecer esta acessibilidade o mais perto possível da residência e das suas comunidades aos do-entes que carecem de internamento psiqui-átrico”, conclui a presidente da ULSBA.”

MArgAridA SiLveirAPresidente da ULSBA

Contamos que [o interna-mento] seja aberto duran-te o primeiro trimestre de 2015, provavelmente no mês de Fevereiro.

> E AIndA...

dePUtAdo do PSd coM BiSPo coAdjUtor O deputado do PSD eleito por Beja reuniu no dia 2 de Janeiro com o novo bispo coadjutor de Beja. Durante a reunião, Mário Simões e D. João Marcos abordaram diversos assuntos, “com particular destaque para os problemas sociais do distrito”.

vereAdoreS do PS eM BejA criticAM cdU Os vereadores do PS eleitos na Câmara de Beja criticam o executivo da CDU por este não ter realizado em 2014 obras prometidas no valor de sete milhões de euros.

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4 2015.01.09BAIXO ALENTEJOREGIÃO

Cercicoa tem novos projectos> solidariedade. Direcção eleita esta semana quer garantir sustentabilida-de da instituição e avançar com novos equipamentos.

A Cercicoa quer continuar a cres-cer e a melhorar a sua oferta de res-postas sociais através da criação de novos equipamentos. Os objectivos são traçados pelo presidente da ins-tituição, António Matias, que foi re-eleito esta semana para continuar a liderar a Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadapta-das e Solidariedade Social dos Con-celhos de Castro Verde, Ourique e Almodôvar até 2017.

“As nossas prioridades assentam na visão orientada não só pelo pla-no estratégico, como na recolha e sistematização de informação para sustentar os diversos documentos fundamentais”, assume António Matias, garantindo que no topo dos objectivos a alcançar pela direcção está “a viabilização e sustentabili-dade da organização, visando con-tinuar a constituir uma oferta cada vez mais diversificada de serviços de qualidade para a comunidade”.

“Este mandato deverá também ser orientado para a inovação e mo-dernização dos serviços e para a pro-moção da actualização e adequação

> AntónIO MAtIAs fOI REcOnduzIdO pARA O tRIénIO 2015-2017

”António Matias foi reeleito presidente da Cercicoa no passado dia 6 de Janeiro. Dr

O projecto “Hortas Solidárias/ Centro de Interpretação de Pro-dutos Hortícolas e Ervas Aromá-ticas”, que a Câmara de Aljustrel está a implementar na aldeia do Carregueiro, foi premiado pelo programa EDP Solidária, pro-movido pela Fundação EDP. A empresa vai atribuir um apoio de 12 mil euros para a execução do projecto, que no total está avalia-do em 21.360 euros.

Dinamizado pela autarquia mineira, o projecto “Hortas Soli-dárias/ Centro de Interpretação de Produtos Hortícolas e Ervas

Aromáticas” visa a criação na pe-quena aldeia ferroviária, situada entre Aljustrel e Castro Verde, de uma horta para a comunidade, em que os talhões serão atribu-ídos às famílias carenciadas que se candidatem.

Em simultâneo, a Câmara de Aljustrel vai também criar um centro ligado à produção hor-tícola e às ervas aromáticas, no sentido de realizar iniciativas de sensibilização ambiental e per-mitir a investigação científica as-sociada à produção agrícola em modo ecológico.

edP apoia hortassolidárias de aljustrel

> pROjEctO nO cARREGuEIRO > cIclO dE pAlEstRAs dEcORRE Até 25 dE fEvEREIRO

odemira debate inclusão A inclusão social e a educação in-clusiva vão estar no centro das aten-ções durante o ciclo de palestras que a Associação de Paralisia Cerebral de Odemira (APCO), o Agrupamento de Escolas de Odemira e o Colégio de Nossa Senhora da Graça (Vila Nova de Milfontes) vão promover até final de Fevereiro.

A iniciativa, que conta com o apoio da Câmara de Odemira, arran-cou quarta-feira, 7, com a palestra “Inclusão e a Multideficiência” em Vila Nova de Milfontes. No próximo dia 14 de Janeiro (quarta-feira), pelas 16h30, será a vez da sede do Agrupa-mento de Escolas de São Teotónio receber a conferência “Práticas de

educação inclusiva”, que contará com a participação de Francisco Vaz da Silva, professor na Escola Supe-rior de Educação de Lisboa.

“Paradoxos da Educação – A Edu-cação Especial” será o tema da pa-lestra a realizar no dia 4 de Fevereiro na sede do Agrupamento de Escolas de Odemira, com a presença de Pe-dro Morato, professor da Faculdade de Motricidade Humana.

O ciclo termina no dia 25 de Fe-vereiro, na sede do Agrupamento de Escolas de Colos, com a pales-tra “Uma experiência contada na primeira pessoa”, onde vai estar Manuela Gomes, professora de edu-cação especial.

até 2017 é a criação de residências autónomas fora de Almodôvar, no-meadamente em Castro Verde e/ ou Ourique. “Pensamos poder en-quadrar estas respostas neste novo quadro comunitário de apoio e as-sim, neste triénio, pelo menos ser possível assegurar a aprovação de orçamentos para construir novos equipamentos”, afirma António Ma-tias, sem entrar em pormenores.

Quanto à hipótese da Cercicoa vir a abrir novas valências ou novas respostas sociais, António Matias admite ser “uma possibilidade equa-cionável”.

“Considero que as respostas já existentes são já amplamente abran-gentes e respondem a uma grande diversidade de necessidades, pelo que devemos centrar grande parte da nossa atenção no seu funciona-mento e na qualidade dos serviços que prestam”, conclui.

às necessidades dos cidadãos”, acrescenta o presidente da Cercicoa.

Em matéria de novos projectos, António Matias destaca as iniciativas planeadas na área da “auto-deter-minação e auto-representação”, no sentido de “assegurar o acesso das pessoas com limitações funcionais a diversos serviços, relações, deveres e direitos que habitualmente lhes são vedados ou dificultado o acesso”.

Ao mesmo tempo, a Cercicoa vai dar “especial atenção” nos pró-ximos anos às suas estruturas resi-denciais, “que têm uma grande lista de espera”, e ao Centro de Activida-des Ocupacionais, “que está lota-do”. “Portanto, no que diz respeito a obras e ampliações, estão já em curso estudos e projectos para novas edificações”, garante o presidente da cooperativa.

Outra das ideias que a Cerci-coa pretende colocar em prática

Fundada em 1979 em Almodôvar, a Cercicoa conta actualmente com 60 colaboradores e apoia um total de 329 utentes em Almodôvar, Castro Ver-de, Mértola, Odemira e Ourique através das suas nove valências: Formação Profissional (16), Lar-residencial (24), Residência Autónoma (seis), Centro de Actividades Ocupacionais (25), fórum Ocupacional (55), Centro de Re-cursos para a Inclusão (95), Centro de Recursos para o Emprego (64), Inter-venção Precoce (40) e Serviço de Atribuição de Produtos de Apoio (quatro).

329 utentes apoiados

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> AnO dE 2014 fOI EXcElEntE pARA O tuRIsmO REGIOnAl

> turismo. Em 2014 a actividade turística na região cresceu em receitas e dor-midas, movimentando 250 milhões de euros.

O Alentejo bate, em 2014 os recordes de receitas e dormidas, tendo a actividade turística na re-gião gerado uma receita a rondar os 250 milhões de euros. Segundo a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA), no ano há pouco terminado os pro-veitos globais dos alojamentos na região (excluindo turismo rural, pousadas da juventude, aloja-mentos locais e parques de cam-pismo) rondaram o valor de 62 milhões de euros.

Atendendo a que “os gastos com o alojamento significam 24% dos gastos totais efectuados pelos turistas”, a agência responsável pela promoção externa da região alentejana estima que a activida-de turística, no ano passado, te-nha “gerado uma receita a rondar os 250 milhões de euros”.

Quanto aos proveitos globais dos alojamentos (excluindo turis-mo rural, pousadas da juventude,

alojamentos locais e parques de campismo), a ARPTA anuncia que a receita foi “cerca de nove por cento superior”, o que permitiu “um encaixe directo nas unidades de mais cinco milhões de euros” e, para a região, “uma receita acres-cida de mais 20 milhões de euros”.

No que toca às dormidas, a

Depois da vitória em 2013, o presidente da Enti-dade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo está novamente nomeado para os prémios “Amadeus Bri-ghter Awards”.

Há um ano António Ceia da Silva conquistou o pré-mio na categoria “Ideia do Ano” e em 2014

surge indicado pelos jurados na catego-ria “Empreendedor do Ano”, devido ao

trabalho desenvolvido na instituição “ao nível da promoção e estruturação

da oferta e pelas dinâmicas criadas com os empresários”.

Os prémios “Amadeus Brighter Awards” visam distinguir per-sonalidades que se destacaram pelo seu contributo positivo no turismo em Portugal, sendo que os vencedores da edição 2014 vão ser revelados numa ceri-mónia agendada para a próxi-ma terça-feira, 13 de Janeiro, no Teatro Tivoli, em Lisboa.

Ceia da silva nomeado para prémios “Amadeus”

> tuRIsmO dO AlEntEjO

Alentejo bate recordes!

alojamentos turísticos.“Em 2014, registámos um va-

lor médio por noite de 47,5 euros, claramente inferior ao verificado em 2013 (49,8 euros), revelando a necessidade de os empresários adaptarem os seus preços ao con-texto de dificuldades económicas que continuam a existir”, alerta.

pub.

agência espera que, no ano tran-sacto, a região tenha totalizado “460 mil noites de estrangeiros”. Um número que, a confirmar-se, representa “um aumento de dor-midas de estrangeiros a rondar os 25%” e ao qual corresponderá “uma receita gerada nas unidades, pela presença de turistas estran-

geiros, na ordem dos quase 22 mi-lhões de euros”.

Estes valores “indicam-nos que estamos no bom caminho e dei-xam pistas para a estratégia a se-guir nos próximo anos”, sublinha o presidente da ARTPA, Vítor Silva, chamando a atenção para a que-bra no valor médio por noite, nos

Praias do litoral são cada vez mais um atractivo turístico do Alentejo. Dr

250Milhões de euros é a receita que a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo estima ter sido gerada em 2014 pelo turismo na região. Deste montade, cerca de 62 milhões de euros são relativos a gastos com alojamento.

47,5Euros foi o gasto médio de um turista por cada noite dormida na região, valor abaixo do registado em 2013: 49,8 euros. Para a ARTPA, esta diminuição ilustra a a necessidade de os empresários adaptarem os seus preços ao contexto actual.

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6 2015.01.09BAIXO ALENTEJOREGIÃO

Socialistas criticam orçamento em Serpa

> PS vOtOu cOntRA OS dOcumEntOS

> política. Partido Socialista lembra que a Câmara de Serpa está entre as dez piores do país na gestão orçamental.

O Orçamento e Grandes Op-ções do Plano da Câmara de Ser-pa para 2015 é “um dos piores” apresentados pela CDU. A opinião pertence aos eleitos do PS na As-sembleia Municipal, que votaram contra o documento, à imagem do já tinham feito os vereadores so-cialistas na autarquia.

Em declarações ao “CA”, o vere-ador socialista Noel Farinho vinca que dois documentos são fruto “de uma má gestão continuada e de um despesismo que conduziu a Câmara [de Serpa] a uma situação

de extrema dificuldade financeira, que inclusivamente originou uma sanção no início do ano passado por ter sido ultrapassado o limite de endividamento”.

“A Câmara de Serpa está entre as dez piores do país na gestão or-çamental”, lembra o eleito do PS.

Para este responsável, o orça-mento apresentado pelo executi-vo do comunista Tomé Pires “não tem projectos mobilizadores nem perspectivas de médio-prazo, com a agravante de se ter deixado au-mentar as dívidas de curto-prazo”, o que, argumentam, será “extre-mamente negativo para o comér-cio e indústria local”.

Noel Farinho e o Partido Socia-lista lamentam igualmente que o orçamento da Câmara de Serpa para 2015 assuma “a diminuição das receitas, das verbas oriundas

dos fundos comunitários, o endi-vidamento excessivo e o aumen-to das despesas, o que se afigura como uma tempestade perfeita em termos financeiros e orçamen-tais, com repercussões negativas óbvias na qualidade de vida dos munícipes”.

Bastante crítico, o vereador so-cialista acusa ainda o executivo da Câmara de Serpa de continuar “a não dar resposta a um conjunto de questões essenciais, que são fundamentais para o desenvolvi-mento do concelho e o bem-estar das populações”.

“A Câmara [de Serpa] continua a não ter como estratégia central alcançar os objectivos de fixar e atrair pessoas e investimentos, atrair empresas e criar empregos, gerar riqueza e investimento re-produtivo”, conclui Noel Farinho.

Eleitos do PS criticam duramen-te a gestão feita nos últimos anos pela CDU na Câmara de Serpa. Dr

O orçamento apre-sentado não tem projectos mobili-zadores nem pers-pectivas de médio-prazo.

A Câmara de Serpa está entre as dez piores do país na gestão orçamental.

[Câmara de Serpa] continuar a não dar resposta a um con-junto de questões fundamentais para o concelho.

A Câmara de Moura será geri-da este ano com um orçamento igual ao de 2014, no valor de 20,2 milhões de euros, após a Assem-bleia Municipal ter chumbado duas propostas orçamentais da autarquia.

A situação “vai causar difi-culdades”, mas o executivo mu-nicipal “arranjará maneira de ultrapassar algumas”, diz o au-tarca da CDU, referindo que o chumbo das propostas de orça-mento para 2015 pela Assembleia Municipal de Moura, o último dos quais a 30 de Dezembro, “pode pôr em causa novos pro-jectos e investimentos” da autar-quia, os quais “ficam sujeitos a revisão orçamental”.

Segundo o líder da bancada do PS na Assembleia Municipal

câmara de Moura sem orçamento para 2015

> POlítIcA

de Moura, Rui Apolinário, o voto contra dos deputados socialistas deveu-se ao facto de a segunda proposta, à semelhança da pri-meira, “não incluir nenhuma das propostas apresentadas pelo PS”.

Já o líder da bancada PSD/CDS-PP, Amílcar Mourão, justi-ficou o voto contra com o facto de a segunda proposta ser “basi-camente igual à primeira” e, por isso, “não fazia sentido um senti-do de voto diferente”.

Finalmente, o deputado in-dependente, António Gonçalves, também presidente da Junta de Amareleja, assumiu que votou contra a segunda proposta por-que inclui “verbas exageradas” para empresas municipais e a au-tarquia recusa-se a delegar deter-minadas competências na Junta.

Correio Alentejo n.º 363 de 09/01/2015 Única Publicação

Nos termos do disposto no artigo 40° do Compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Ourique e do artigo 59° A do Decreto Lei 172-A/2014 de 14 de Novembro, convo-cam-se os Irmãos a reunir em ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL, no próximo dia 23 de Janeiro de 2015, acto eleitoral que decorrerá entre as 16H00 e as 20H30 (horário de abertura e encerramento da mesa de voto), no Lar da Terceira Idade, sito na Rua dos Bombeiros Voluntários, N.º 1, em Ourique, Com a seguinte ordem de trabalhos:

Ponto único:Eleição dos corpos sociais, Mesa da Assembleia Geral, Mesa Administrativa eConselho Fiscal, para o mandato social do quadriénio 2015 a 2018.

Informam-se os Irmãos que:a) O acto eleitoral decorrerá ininterruptamente no horário acima indicado em siste-

ma de voto de urna aberta;b)ArelaçãoeleitoraldosIrmãosemplenogozodosseusdireitosseráafixadana

sede da Instiuição no próximo dia 12 de Janeiro de 2015;c) As listas concorrentes têm de dar entrada na sede social da Instituição até ao

dia 15 de Janeiro de 2015, devendo conter os nomes completos dos efectivos e suplentes com a sua expressa aceitação para o exercício do cargo a que se candidatam.

d) Nos termos do artigo 33° n.º 1 do compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Ourique, os Irmãos não se podem fazer representar por outros Irmãos na votação;

e) Após a contagem e apuramento de votos, os resultados da eleição serão procla-mados de imediato;

f) Nos termos do artigo 21° C n.º 1 do Decreto lei 172-A/2014 de 14 de Novembro, a duração do mandato é de quatro anos.

g) A tomada de posse dos orgãos sociais eleitos é dada pelo Presidente da Assem-bleia Geral cessante e deverá ocorrer até ao 30° dia posterior ao da eleição;

h) Os efeitos da posse reportar-se-ão ao dia 01 de Janeiro de 2015.

Apresentando os melhores cumprimentos a todos os irmãos,Ourique, 07 de Janeiro de 2015

A Secretária em substituição do Presidente da Mesa da Assembleia Geral,(assinatura ilegível)

Maria Inês dos Santos Afonso Guerreiro

CONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL

pub.

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2015.01.09 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

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> Beja. CIMBAL só vai de-cidir se aceita património e trabalhadores da As-sembleia Distrital de Beja durante Janeiro.

Trabalhadores da assembleiae museu com futuro indefinido

A Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) vai decidir durante este mês de Janeiro se acei-ta o património, os funcionários e a gestão do Museu Regional, actual-mente a cargo da Assembleia Distri-tal de Beja (ADB).

A ADB aprovou, em Setembro de 2014, uma proposta de transferência do seu património, dos seus fun-cionários e da sua competência de gestão do Museu Regional de Beja para a CIMBAL, a qual ainda não se pronunciou.

Segundo explica o presidente da CIMBAL, João Rocha, a instituição “optou por ter primeiro uma reu-nião com o secretário de Estado da Cultura” para analisar a questão do museu, que já se realizou, e, “em princípio”, vai tomar uma decisão sobre a proposta da ADB “em mea-dos de Janeiro”.

“A CIMBAL tem efectivamente que decidir, com urgência, se aceita ou não” o património, os funcioná-rios e a gestão do museu, segundo a proposta que a ADB lhe enviou em Setembro e foi “reiterada” em No-vembro, sublinha o presidente da

> PROCESSO DE EXTINçÃO DA ASSEmBlEIA DISTRITAl DE BEjA “EmPERRADO”

Assembleia Distrital de Beja quer que gestão do Museu Regional passe para as mãos da CIMBAL. Dr

proposta pelo conselho executivo”.Por outro lado, “não havendo

ainda resposta da CIMBAL”, a ses-são serviu também para “chamar à atenção” dos restantes autarcas para a necessidade de se convocar, logo no início de Janeiro, uma nova ses-são da ADB para a aprovação de um orçamento para 2015.

O orçamento, “ainda que venha a ter um carácter meramente tran-sitório, é necessário para a ADB poder continuar a assegurar a sua actividade e o pagamento dos salá-rios dos funcionários”, frisa Santia-go Macias.

Na proposta, a ADB pede à CIM-BAL para assegurar os interesses, as posições remuneratórias e as car-reiras dos seus 14 funcionários, dois administrativos e 12 ao serviço do museu. A ADB pede também a ma-nutenção das actuais contribuições financeiras dos municípios e a redis-tribuição por todos da participação da Câmara de Odemira, que integra a ADB mas não a CIMBAL.

Segundo Santiago Macias, a ADB “não faz sentido com o enquadra-mento que tem actualmente” e a sua actividade “resume-se, praticamen-te, à gestão” do Museu Regional de Beja. Por outro lado, “a lei não dei-xa alternativa” e a transferência do património e dos funcionários da ADB e da gestão do museu para a CIMBAL é “a única solução possível actualmente”.

"STarTing-Up CieBal"em CaSTro verde

A Câmara de Castro Verde promove na segunda-feira, 12, o workshop “Starting-Up CIEBAL”. A iniciativa vai decorrer a partir das 9h30 no Fórum Municipal daquela vila e será conduzi-do pelo consultor Paulo Alves. Fonte municipal explica que a iniciativa tem por base a política da autarquia “de apoio ao desenvolvimento económico”, antecedendo a entrada em funciona-mento do CIEBAL – Centro de Inicia-tivas Empresariais do Baixo Alentejo. Durante o workshop serão abordadas as temáticas “Eco-sistema Empreende-dor Territorial: Relevância e Principais Componentes”, “As Incubadoras de Empresas: Organização, Funcionamento e Desafios” e “O Contexto Estratégico 2020 e as Novas Tendências no Apoio Empresarial”.

Beja reCeBe 25merCadoS em 2015

O mercado quinzenal de Beja em 2015 vai realizar-se no Parque de Feiras e Exposições nos segundos e quartos sábados de cada mês, à excepção dos meses de Abril e Dezembro. Segundo a Câmara de Beja, em Dezembro irão realizar-se três edições consecutivas do mercado antes do Natal, ou seja, nos primeiros três sábados do mês, e em Abril, devido ao feriado de dia 25, o mercado irá decorrer no segundo e no terceiro sábado do mês. De acordo com a calendarização, em 2015 o mercado vai realizar-se nos dias 10 e 24 de Janeiro, 14 e 28 de Fevereiro, 14 e 28 de Março, 11 e 18 de Abril, 9 e 23 de Maio, 13 e 27 de Junho, 11 e 25 de Julho, 8 e 22 de Agosto, 12 e 26 de Setembro, 10 e 24 de Outubro, 14 e 28 de Novembro e 5, 12 e 19 de Dezembro.

palma riTa lidera iefp do alenTejo

José Palma Rita vai continuar a desempenhar o cargo de delegado regional do Alentejo do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) até ao ano de 2020. Em funções desde 2012, por nomeação do actual Governo, Palma Rita foi agora reconduzido por mais cinco anos no âmbito do processo concursal promovido pela Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública, entidade inde-pendente que assegura o recrutamento e selecção de candidatos para cargos de direcção superior da administra-ção pública. José Palma Rita é natural do concelho de Alandroal (distrito de Évora) e tem uma licenciatura e mestrado em Sociologia, na variante de Recursos Humanos e Desenvolvimento Sustentável.

TrêS morToS naS eSTradaS no ano novo

Depois de um Natal sem vítimas, as estradas do Baixo Alentejo registaram três mortos durante os cinco dias da operação de fiscalização rodoviária “Ano Novo Seguro 2015”. A operação decorreu entre 31 de Dezembro e 4 de Janeiro, período em que a GNR registou nas estradas do distrito um total de 22 acidentes (mais um que no ano anterior), que causaram três mortos, três feridos gra-ves e quatro feridos leves.Fonte da Guarda adianta ao “CA” que a operação contou com 321 militares, que fiscalizaram 1.120 condutores.

aljUSTrel deClara CanTe paTrimónio

O cante alentejano vai em breve ser declarado como Património Cultural Ima-terial de Interesse Municipal no concelho de Aljustrel. O projecto é da responsabi-lidade da autarquia e visa a salvaguarda e valorização do cante alentejano e dos seus grupos no concelho. Nesse sentido, além da declaração do cante como Património Cultural Imaterial de Interesse Municipal – que será aprovada em Assembleia Municipal –, a autarquia pre-tende dinamizar aulas de cante junto dos mais jovens, promover anualmente um encontro concelhio de cante alentejano e realizar um levantamento dos grupos corais existentes. Criar uma equipa que acompanhe as actividades dos grupos existentes e, ao mesmo tempo, auxilie a formação de novos grupos é outro dos objectivos da Câmara de Aljustrel.

ADB, o autarca de Moura, Santiago Macias.

A proposta da ADB foi aprovada após ter sido publicada, no passado dia 26 de Junho, uma lei que dava 120 dias para cada assembleia distri-tal decidir e comunicar ao Governo a que entidade vai afectar o patrimó-nio e quadro de pessoal.

“O prazo já terminou, mas como a Secretaria de Estado da Adminis-tração Local ainda não notificou for-

malmente a ADB, ainda podemos resolver o assunto, mas obviamente já estamos no vermelho”, alerta San-tiago Macias.

Devido a toda esta situação, a ADB reuniu no final de Dezembro. De acordo com Santiago Macias, na sessão os restantes autarcas com as-sento na ADB foram informados de que “seguirá um novo ofício para a CIMBAL, o terceiro, a pedir o agen-damento urgente da discussão da

SanTiago maCiaSPresidente da Assembleia Distrital

Ainda podemos resolver o assunto, mas obviamente já estamos no ‘verme-lho’!

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8 2015.01.09BAIXO ALENTEJOREGIÃO

Peçamodôvarestá a crescer> ECONOMIA. Crescimen-to de 12% nos negócios e pla-nos para abrir novo espaço testemunham vitalidade da empresa de Almodõvar.

Depois de um ano “muito bom” em 2014, a empresa Peçamodôvar encara este novo 2015 com notório optimismo e “muita confiança”. O seu gerente, Henrique Revés, admite continuar numa linha de crescimen-to e, muito provavelmente, avançar de modo ponderado para a abertura de um novo espaço comercial.

Com sede na vila de Almodôvar e produtos direccionados para o sector das peças para automóveis e máquinas agrícolas, a empresa arriscou forte nesta última área no último ano. E a “colheita” foi ani-madora! Henrique Revés assinala o crescimento “em termos de volume de negócio” e, acrescenta, também em “quota de mercado” que não estava na “carteira de clientes” da Peçamodôvar.

“A lista de novos clientes teve um aumento importante para encarar o ano de 2015 com muita confiança. Em relação ao sector automóvel, mantivemos a mesma dinâmica, mantendo os principais clientes que

> COMERCIALIZAÇÃO DE PEÇAS PARA AUTOMÓVEIS E MÁQUINAS AGRÍCOLAS

nos ajudaram a crescer ao longo des-tes 12 anos”, explica o empresário.

Apesar do “satisfatório” cresci-mento de 12 por cento no volume de negócios, Henrique Revés ressal-va que “as margens em 2014 foram mais pequenas” e, de algum modo, não foram cumpridas algumas ex-pectativas que… “eram maiores”.

“Não nos podemos queixar”, admite Henrique Revés, que subli-nha “todas as dificuldades que as empresas atravessam e uma carga fiscal que também não ajuda ao crescimento” desejado pelos em-presários.

Com um universo comercial fo-cado em todo o Baixo Alentejo, na península de Setúbal e nalgumas zonas do Alto Alentejo, Henrique Revés destaca ainda o site da empre-

sas na Internet [www.pecamodovar.pt] que, com uma dinâmica “bas-tante activa”, tem permitido levar os produtos comercializadas “a todos os pontos” de Portugal continental e aos Açores que, revela Henrique Revés, “começa a ser um mercado muito atractivo” para a Peçamo-dôvar.

Com um quadro de pessoal de três funcionários e um quarto em part-time, assente “desde sempre” na estrutura familiar, a empresa almodovarense registou “uma me-lhoria significativa neste último semestre do ano de 2014” nos seus negócios. Uma linha positiva que Henrique Revés acredita “com espe-rança” que vai manter-se e, por isso, a aposta da Peçamodôvar passará sempre por continuar a tratar os seus clientes “de forma séria e pro-fissional”.

“A nossa proximidade no terreno tem ganho muitos pontos, e será as-sim que estaremos junto dos nossos clientes e amigos, eles sabem com o que contam de nós”, afiança o em-presário, que não esconde os novos desafios e sonhos para o futuro: “Há uma ideia que poderá passar, em 2015 ou 2016, pela abertura de um novo espaço, pois aí o nosso volume de negócio tem registado grande crescimento! Vamos aguardar com muita calma e serenidade”, conclui.

Henrique Revés [à direita] gere a Peçamodôvar juntamente com Luís Fernandes. Dr

O Centro de Acolhimento de Micro-empresas de Moura co-meça a funcionar em Fevereiro, após um investimento de 600 mil euros para acolher empresas que queiram instalar-se e desenvolver actividade no concelho. O centro é uma iniciativa da Câmara de Mou-ra em parceria com a associação Rota do Guadiana e assume-se como “uma espécie de ninho de empresas”. “O objectivo é que as empresas nasçam e se desenvol-vam no centro e depois ganhem asas e sigam o seu caminho em espaço próprio”, explica o autarca Santiago Macias

Novo centro para acolher empresas

> MOURA

O volume de exportações dos vinhos do Alentejo au-mentou 5,6% para a Europa no primeiro semestre do úl-timo ano e 5,1% para fora da União Europeia, desde o início de 2014. Os dados são da Co-missão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), que na antecipação do balanço de 2014 perspectiva “um cresci-mento em volume de 5% e um aumento da quota de merca-do de 1,3%”. Tudo isto leva a CVRA a considerar que 2014 foi “um ano de ouro” para os vinhos do Alentejo.

Alentejo com ano de ouro em 2014

> VINhO

O concelho de Castro Verde apresenta o quarto maior salá-rio médio mensal de todo o país, ficando apenas atrás dos mon-tantes registados em Alcochete, Sines e Oeiras.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) referentes a 2012, Castro Verde apresenta um salário mé-dio nacional de 1.622,28 euros, bastante acima da média na-cional, que é de 1.095 euros, e à frente de cidades como Lisboa, Porto ou Faro.

Na frente deste ranking surge o concelho de Alcochete, com

Castro tem quarto maior salário médio

> ESTUDO DO INE

uma remuneração de 1.883 eu-ros, seguida de Sines (1.790,04 euros) e Oeiras (1.704,88 euros).

Este resultado de Castro Ver-de nos Anuários Estatísticos Re-gionais do INE referentes a 2012 deve-se à presença da Somincor – Sociedade Mineira de Neves-Corvo no concelho.

O guia turístico internacional “Rough Guides”, editado desde 1982, colocou a região do Alentejo no top ten dos destinos mundiais a visitar em 2015.

“O Alentejo está a colocar Por-tugal no mapa da gastronomia e a ajudar a mudar a percepção internacional sobre a comida portuguesa, para além de ser um destino tão barato quanto ‘bata-tas fritas’”, justificam os editores do guia, destacando o “marisco super-fresco, as azeitonas subli-

Guia sugere visitas ao Alentejo em 2015

> TURISMO

mes, a carne, o vinho e os queijos”. O “Rough Guides” sublinha ainda que a “paisagem rude” do Alente-jo “fica a um mundo de distância do que se encontra no turístico Algarve”.

Além do Alentejo, o “Rough Guides” sugere para 2015 visi-tas ao Kosovo, Peak District (em Manchester – Inglaterra), Caná-rias, Karnataka (Índia), Irlanda do Norte, Delta do Mekong (Vietna-me), noroeste da China, Oaxaca (México) e Queens (Austrália).

HENRIQUE REVÉSSócio-gerente da Peçamodôvar

Há uma ideia que po-derá passar, em 2015 ou 2016, pela abertu-ra de um novo espa-ço.

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2015.01.09 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

publicidade

A região do Alentejo vai receber um total de 1,3 mil milhões de euros durante os pró-ximos cinco anos, até 2020, no âmbito do novo quadro comunitário de apoio apro-vado pelos 28 países membros da União Europeia.

Grande parte do pacote financeiro do novo programa operacional regional che-ga de Bruxelas (898,2 milhões através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvi-mento Regional e mais 184,7 milhões pelo FSE – Fundo Social Europeu), tendo como principal objectivo “promover a competiti-vidade da economia regional e o desenvol-vimento urbano sustentável”, assim como “a coesão interna da região”.

Nesse sentido, o programa já consulta-do pelo “CA” terá nove áreas prioritárias:

Alentejo recebe1,3 mil milhões até ao ano 2020

> NOvO pAcOtE dE fuNdOs cOmuNItáRIOs

> desenvolvimento. Pro-grama operacional regional até 2020 vai privilegiar áreas como a competitividade, desenvolvimento urbano, emprego e inclusão social.

competitividade e internacionalização de PME’s; educação e qualificação; investiga-ção, desenvolvimento tecnológico e inova-ção; desenvolvimento urbano sustentável; emprego e valorização económica dos recursos endógenos; coesão e inclusão social; eficiência energética e mobilidade; ambiente e sustentabilidade; e o reforço da capacidade institucional e modernização da administração.

Bruxelas espera igualmente que com este programa seja possível, entre outros impactos, permitir que 92% dos alunos da região Alentejo beneficiem de escolas primárias e secundárias actualizadas, que haja infra-estruturas de educação ou de acolhimento para mais 4.777 crianças, que seja facilitada a entrada de 6.400 pessoas em empregos “socialmente necessários” e que 5.000 PME’s sejam apoiadas com sub-venções e outras formas de apoio reembol-sáveis.

Contribuir para a criação de cerca de 4.250 empregos directos na região é outra das metas do Programa Operacional Re-gional do Alentejo até 2020.

Alentejo recebe mais apoios da União Euro-peia até 2020. Dr

898,2Milhões de euros chegam de Bruxelas para o Programa Operacional Regional do Alentejo 2014-2020 através do FEDER – Fundo Euro-peu de Desenvolvimento Regional. Já o Fundo Social Europeu contribui para o novo pacote de apoios comunitários com um total de 184,7 milhões de euros. No total, a região contará com 1,3 mil milhões de euros!

9Áreas são prioritárias até 2020: educação e qualificação; investigação, desenvolvimento tec-nológico e inovação; desenvolvimento urbano sustentável; emprego e valorização económica; coesão e inclusão social; eficiência energética e mobilidade; ambiente e sustentabilidade; refor-ço da capacidade institucional e modernização da administração.

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> música

O bejense Paulo Ribeiro acaba de editar “Paulo Ribeiro – Canções 1998-2002”, que reúne 20 temas (nove dos quais inéditos) gravados

em casa naquele período. “Estas canções apresentam-se de uma forma muito rudimentar, só com voz e a guitarra”, revela o músico.

PAULO RIBEIRO EDITA DISCO COM CANÇÕES GRAVADAS ENTRE 1998 E 2002

FIMSEMANADE

TEMPO LIVRECULTURAESPECTÁCULOSCINEMA e TVAGENDA E SERVIÇOSPESSOAS

2015.01.09

DE

> ExPOsIçãO PaRa VER na BIBLIOTEca MunIcIPaL jOsé saRaMagO, EM ODEMIRa

Ciência em forma de arte

A ciência também pode ser arte. E vice-versa! O exemplo está na exposição colectiva “Sul – Sal”, que reúne trabalhos de 15 artistas de várias latitudes do mundo e que pode ser visitada até ao próximo dia 17 de Janeiro (sábado) na Bi-blioteca Municipal José Saramago, em Odemira.

Comissariada por Marta Me-nezes, a mostra conta com obras de robótica, vídeo-arte, perfor-mance, arte digital e sound-art de “alguns dos artistas internacionais mais influentes que exploram a relação entre artes visuais, ciência e tecnologia”, explica ao “CA” fonte oficial da Câmara de Odemira.

Ad van Buuren e Martin uit den Bogaard (ambos da Holanda), Boo Chapple (Austrália), Carolyn An-gleton (Estados Unidos da Améri-ca), Chelsea Greenwell (Canadá), Erich Berger (Áustria), Jef Faes (Bélgica), Laura Beloff (Finlân-dia), Lena Ortega e María Antonia Gonzáles Valerio (as duas do Mé-

> ODEMIRA. Mostra “Sul – Sal” reúne os trabalhos de 15 artistas, uma dezena dos quais estrangeiros, e pode ser vista até 17 de Janeiro.

rência do Museu Estremenho e Ibero-americano de Arte Contem-porânea, na cidade espanhola de Badajoz, e da prestigiada Funda-ção Verbeke, na cidade belga de Antuérpia.

Exposição “Sul – Sal” reúne obras de robótica, vídeo-arte, perfor-mance, arte digital e ‘sound-art’ de 15 artistas. LUíS GUERREIRO

xico) são os artistas internacionais com obras para ver em Odemira. A estes juntam-se os portugueses António Caramelo, Maria Manue-la Lopes, Marta de Menezes, Paulo Bernardino e Ana Sousa.

A exposição “Sul – Sal” foi pro-duzida pela Associação Cultiva-mos Cultura e conta com o apoio da Câmara Municipal de Odemira.

Algumas das obras resultam das residências artísticas que de-

correram na Primavera e no Verão de 2014 na Associação Cultivamos Cultura, na freguesia de São Luís. Outras são peças seleccionadas na área dos novos media entre o espólio de colecções de refe-

DOCUMENTáRIO SOBRE BARRANCOS EM LISBOA

O documentário “Os Refugiados de Barrancos” vai ser exibido esta sexta-feira, 9 de Janeiro, às cinco da tarde, na sala de conferências do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa. Segundo a Câmara de Barrancos, a exibição do documentário vai decorrer no âmbito da exposição “Entre Margens: 150 anos do Tratado de Limites Portugal-Espanha (1864)”. Após a exibição, haverá um debate com o presidente da Câmara de Barrancos, António Tereno, e da investi-gadora Dulce Simões. O documentário foi realizado pela Asociación Cultural Mórrimer (de Llerena/ Badajoz) e conta com os testemunhos de 10 refugiados que viveram nos campos de concentra-ção da Coitadinhas e de Russianas.

ALjUSTREL RECEBEREVISTA à PORTUGUESA

“A Revista à Cunha” é o espectáculo de revista à portuguesa que vai subir ao palco do Cine Oriental, em Aljustrel, no próximo dia 24 de Janeiro, pelas 21h30. Com encenação dos conhecidos Marina Mota e Carlos Cunha e textos de Francis-co Nicholson, Mário Rainho e Flávio Gil, o espectáculo conta com as interpre-tações do próprio Carlos Cunha, dos actores João Duarte, Sara Brás, Bruno Pópulo e Érika Mota e da fadista Filipa Cardoso. Os bilhetes para “A Revista à Cunha” custam nove euros e já podem ser adquiridos no Espaço Oficinas ou em www.bilheteiraonline.pt. No dia do espectáculo, as entradas poderão ser compradas na bilheteira do Cine Oriental a partir das 17h00.

PEqUENOS CONCERTOSPARA VER EM CASTRO

Os portugueses do Quinteto Dinâmico Jazz “abrem” no próximo dia 16 de Janei-ro (sexta-feira) a terceira temporada de Pequenos Concertos de Inverno em Castro Verde, uma iniciativa da autarquia local. O espectáculo está agendado para as 21h30 no cine-teatro municipal. Fonte da Cãmara explica ao “CA” que este ciclo propõe “mais uma série de apresentações musicais de pequeno formato e grande qualidade artística em que músicos e público voltam a partilhar o palco num momento intimista e de grande cumplicidade”. Depois do Quinteto Dinâmico Jazz, vão passar por Castro Verde o Duo Edan (6 Feverei-ro), os Terylene (6 de Março) e o Duo Encore (27 de Março).

jORNALISTA DA SIC NO MUSEU EM ENTRADAS

O jornalista da SIC José Manuel Mestre, natural do concelho de Castro Verde, é o convidado da próxima “Ter-túlia a 13” do Museu da Ruralidade, em Entradas. A iniciativa está agendada para a próxima terça-feira, 13, a partir

das 18h30. José Manuel Mestre é uma cara conhecida dos noticiários da SIC, onde acompanha a política nacional. Ao longo da

sua carreira já passou também pelas re-dacções do “Diário do Alentejo”, “Re-cord”, “Expresso”, Rádio Comercial, TSF e RTP.

ExPSIÇãO DE DESENhONA CASA MáRIO ELIAS

A Casa da Artes Mário Elias, em Mér-tola, tem patente até ao final deste mês (29 de Janeiro) a exposição de pintura “Desenhar sem apagar”, da autoria de Amílcar Abreu. A mostra pode ser visitada de terça a sábado, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00. A entrada é gratuita. Alentejano de Arronches (distrito de Portalegre), Amílcar Abreu nasceu na década de 20 do século passado e viveu boa parte da sua vida em Portalegre. Conhecido pela sátira e originalidade dos seus desenhos, o artista foi durante muito tempo ilustra-dor do jornal infantil “Pim Pam Pum”, editado semanalmente por “O Século”, um dos jornais que tinha maior tiragem em Portugal.

10Artistas estrangeiros têm peças na exposição “Sul – Sal”: Ad van Buuren e Martin uit den Bogaard (ambos da Holanda), Boo Chapple (Austrália), Carolyn Angleton (Es-tados Unidos da América), Chelsea Greenwell (Canadá), Erich Berger (Áustria), Jef Faes (Bélgica), Laura Beloff (Finlândia), Lena Ortega e María Antonia Gonzáles Valerio (as duas do México).

5Ana Sousa, António Caramelo, Maria Manuela Lopes, Marta de Menezes e Paulo Bernardino são os artistas portugueses presentes naexposição organizada pela Asso-ciação Cultivamos Cultura.

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> CiClo de ConferênCias arranCa este sábado, 10 de Janeiro

> música. Sessões vão decorrer entre Janeiro e Abril na Biblioteca Municipal de Beja, sob a “batuta” de António Branco.

Quatro sessões para os bejenses “redescobrirem” quatro mestres do jazz contemporâneo! É este o mote do ciclo de conferências que António Branco vai promove entre Janeiro e Abril na Biblioteca Muni-cipal José Saramago, na cidade de Beja, dando a descobrir a vida e (sobretudo) obra dos norte-ame-ricanos “Jelly Roll” Morton, Len-nie Tristano, Eric Dolphy e George Russell.

Este ciclo “visa centrar atenções na vida e no legado de quatro fi-guras, que apesar de enaltecidas pelo seu espírito visionário e de-cisivos impulsos que deram ao jazz, contam-se entre aquelas que inequivocamente mereciam um outro patamar de reconhecimen-to”, explica ao “CA” o promotor da iniciativa, António Branco.

A primeira conferência está agendada para as 16h30 deste sá-bado, 10 de Janeiro, e vai ser dedi-cada ao “jazz condimentado” de “Jelly Roll” Morton.

Depois, no dia 14 de Fevereiro será a vez de serem abordados os “caminhos paralelos” de Lennie

mestres do jazz para(re)descobrir em Beja

Primeira sessão abordará a vida e obra do pianista norte-americano “Jelly Roll” Morton. Dr

2015.01.09 fiMSEMANAde

teMPo liVre

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A companhia de teatro Arte Pública, de Beja, estreia no pró-ximo dia 24 de Janeiro a peça “Para Além do Muro”, encena-da por Gisela Cañamero e ins-pirada no muro de Berlim e no Holocausto. A peça sobe pela primeira vez ao palco do Pax Julia Teatro Municipal a partir das 22h00, repetindo no mesmo horário nos dias 27, 28 e 29 de Janeiro.

O texto de “Para Além do Muro” situa-se na cidade de Berlim, durante a construção do muro, dando vida e corpo à “trágica vivência a que foram sujeitas milhares de pessoas durante o Holocausto – e, mais precisamente, no Gueto de Var-sóvia”.

Dirigida por Gisela Cañame-ro, a produção conta com as in-terpretações dos actores Isabel Mões, Telmo Mendes, João Vas-co Henriques, Luzia Paramés e João Carracedo. Os cenários e figurinos são de Inês de Car-valho e Helena Calvet, a direc-ção técnica de José Manhita, a assistência de Laura Del Rio e Rúben Trombinhas e a produ-ção-executiva de Raúl Bule.

No âmbito da peça, a Biblio-teca Municipal de Beja recebe no dia 27, pelas 18h00, uma palestra com António Sousa Ri-beiro sobre o tema “A Contem-poraneidade do Holocausto”, seguida do lançamento do texto dramático que serve de guião a “Para Além do Muro”.

arte Pública estreia nova peça em Beja

> teatro

A Orquestra Clássica do Sul (OCS) actua no próximo dia 16 de Janeiro (sexta-feira) no cine-teatro Sousa Telles, em Ourique. O espectáculo tem início marca-do para as 21h30 e inclui peças de Felix Mendelssohn (“Abertura para Sopros - O.P. 24”), Johann M. Hummel (“Concerto para Trompete”) e de Wolfgang Ama-deus Mozart (“Sinfonia n.º 40”), sob a direcção de José Eduar-do Gomes e com a presença de Francisco López no trompete. A iniciativa é uma organização da autarquia local e da OCS e as en-tradas custam quatro euros.

Espectáculo em Ourique

> orquestra do sul

Tristano e a 14 de Março será a vez de ser dado a conhecer o “jazz do lado de fora” de Eric Dolphy. As conferências de jazz terminam no dia 11 de Abril, com uma sessão sobre a “terceira via” de George Russell.

“Este ciclo surge na sequência de um conjunto de actividades de divulgação do jazz que tenho vin-do a promover, no Alentejo e não só, pretendendo também consti-tuir-se como ensejo para reunir os apreciadores do género”, acres-centa António Branco.

”antóniO BrancOEspecialista em jazz

Este ciclo pretende também constituir-se como ensejo para reunir os apreciado-res do género.

> ProJeCto da assoCiação de defesa do PatriMónio Cultural da região de beJa

> LiVrO. ADPBeja está a receber subscrições para poder avançar com a edição da obra “Beja, 100 Anos de Imagens”.

História de Beja em imagens

A Associação para a Defesa do Património Cultural da Região de Beja (ADPBeja) está a aceitar subs-crições para angariar a verba ne-cessária para produzir e editar um livro para contar e mostrar a histó-ria recente da cidade.

Em comunicado, a associação explica que através do livro Beja,

100 Anos de Imagens, que reuni-rá fotografias tiradas entre 1866 e 1974 e textos, pretende contar e mostrar a história recente e anali-sar as alterações urbanísticas, so-ciais e culturais da cidade.

A ADPBeja refere que são neces-sárias 500 subscrições para poder produzir e editar o livro em Abril deste ano e por isso está a pedir aos interessados na obra para a subs-creverem no sítio de Internet da associação, em www.adpbeja.pt.

Segundo a associação, a subs-crição do livro custará 20 euros até segunda-feira, 12 de Janeiro, e a partir desse dia 30 euros.

Uma imagem do Jardim do Bacalhau, no centro de Beja, no início do século XX. Dr

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FUTEBOL E MODALIDADESFUTEBOL E MODALIDADES

DESPORTO

12 2015.01.09

> futebol feminino

A equipa do FC Castrense vai receber o “his-tórico” Boavista nos oitavos-de-final da Taça de Portugal em futebol feminino, em jogo agendado

para as 15h00 do dia 25 de Janeiro. A equipa de Castro Verde já eliminou o Ponte Frielas (5-1), o Pasteleira (3-2) e o Canelas 2010 (6-3).

FC CASTRENSE RECEBE BOAVISTA NOS OITAVOS-DE-FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL

> FUTEBOL. Aos 51 anos, Pitico continua a ser o “maestro” do FC São Mar-cos. Mais três anos tem José Varela, o goleador do Naverredondense.

Craques depois dos 50!

O futebol é para todas as ida-des, mas são poucos os jogado-res que continuam a jogar depois dos 40. Pitico e José Varela são a excepção à regra, continuando a dar pontapés na redondinha mes-mo já entrados na casa… dos 50! O primeiro é o “patrão” do FC São Marcos na 1ª divisão distrital, en-quanto o segundo assume o papel de “goleador” no Naverredonden-se, na 2ª divisão. Juntos somam 105 anos de vida e uma inabalável paixão pelo futebol. Um amor que serve de adrenalina!

“Isto é o meu elixir da juventu-de. Quando chego aos jogos aca-ba-se todo o stress da semana”, diz Pitico. “Ando no futebol há muitos anos e isto é uma coisa que real-mente me faz correr”, acrescenta José Varela.

Pitico – de nome verdadeiro Manoel Inácio Silva Filho – é o mais conhecido dos dois. Natural da gigantesca São Paulo, onde nasceu a 1 de Julho de 1963, chegou a Portugal em 1988 para representar o Farense e rapi-

> PITIcO E JOSé VARELA cOnTInUAM A JOgAR DEPOIS DOS 50 AnOS

damente conquistou admiradores no Estádio de São Luís… e fora dele. Sousa Cintra quis mesmo contratá-lo para o Sporting, mas o presidente dos algarvios, Fernan-do Barata, travou a transferência. “Como eu era o ídolo dos adeptos, diziam-me que eles iam armar confusão se eu fosse embora”, lembra ao “CA”.

Ao todo, Pitico passou seis épocas no Farense. Até ao final da carreira como profissional ainda representou o Beira-Mar, o Olha-nense e o Imortal de Albufeira. Seguiram-se algumas experiên-cias como treinador em equipas

algarvias, até ao dia em que uma conversa numa esplanada de Al-bufeira o trouxe para São Marcos da Atabueira. Desde então passa-ram-se 11 anos e o que começou por ser uma brincadeira tornou-se numa relação de amor e, sobretu-do, de amizade. Mas tudo na vida tem princípio, meio e fim. E lá para Maio chegará a hora de Pitico dizer adeus ao FC São Marcos e ao futebol dentro das quatro linhas.

“A cabeça manda, mas o corpo já não obedece. Por isso este ano vai mesmo ser a minha despedi-da”, anuncia o brasileiro do FC São Marcos.

“COTA” DA NAVE REDONDANascido em Santa Catarina (Cabo Verde) a 15 de Dezembro de 1960, José Varela tem mais três anos que Pitico e é actualmente o jogador federado mais velho de todo o país. Nos campos da 2ª divisão distrital defronta algumas equipas orientadas por treinadores mais novos que ele e na maior parte das vezes mede forças com defesas com idade para serem seus filhos. Nada que lhe cause transtorno.

“Sinto-me bem fisicamente e por isso tenho esta garra, esta força de vontade e este querer! Jogo ao sábado e no domingo estou bem, não sinto dores”, revela ao “CA” este pai de oito filhos (seis rapari-gas e dois rapazes) e avô de cinco netos, que vive em São Bartolomeu de Messines (Algarve) e trabalha na construção civil.

José Varela regressou esta tem-porada ao Naverredondense, de-pois de aí ter jogador entre 2006 e 2008, mudando-se depois para Luzianes-Gare. Mas a sua carreira começou há mais de três décadas, ainda corria o ano de 1978. O pri-meiro clube que representou foi o Damaiense, na zona de Lisboa. Depois rumou a Sul, onde repre-sentou nos nacionais da 2ª e 3ª

divisões emblemas como o Mes-sinense, Quarteirense, Salir ou

Lagoa. Pelo meio ainda teve a oportunidade de integrar o plantel do Portimonense, então na 1ª divisão, mas não foi feliz.

“Faltou algo em mim para me afirmar. Então voltei ao distrital, fui para o Quarteirense e aí ganhei grandes amiza-

des. Aliás, andei sempre no futebol por amor à cami-sola, nunca por amor ao dinheiro”, revela.

Hoje, com 54 anos, José Varela continua a ser um avançado temível e ao contrário de Pitico ga-rante que está para as “curvas”! “Enquanto pu-der vou continuar. É um bichinho que me morde [risos]”, afiança.

PITICOJogador do FC São Marcos

Isto é o meu elixir da juventude. Quando chego aos jogos aca-ba-se todo o stress da semana!

JOSé VARELAJogador do Naverredondense

Sinto-me bem fisi-camente e por isso tenho esta força de vontade e este que-rer! Enquanto pu-der vou continuar.

José Varela tem 54 anos e é avan-çado na Nave Redonda. Dr

Pitico nasceu no Brasil há 51 anos e é médio no FC São Marcos. Dr

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DESPORTOFUTEBOL E MODALIDADES

2015.01.09 13

> ExPOSIçãO NAcIONAL E PRé-OLíMPIcA DEcORREU NAS cALDAS DA RAINhA

> Columbofilia. Baixo Alentejo vai ter quatro pom-bos nas Olimpíadas, que se realizam na próxima semana em Budapeste (Hungria).

Na cosmopolita e bela Buda-peste, a mais de 2.400 quilóme-tros de Beja, também se vai falar alentejano dentro de alguns dias! A capital da Hungria recebe na próxima semana, entre 14 e 18 de Janeiro, mais uma edição das Olimpíadas de columbofilia, que junta pombos vindos de vários países, entre os quais quatro do Baixo Alentejo.

José Ameixa (com dois pombos na categoria de Fundo) e as equi-pas Asas do Enxoé (em Velhos) e Melrinitas – Turismo Rural (em Yearlings) são os columbófilos do distrito com presença garantida no país magiar, depois de terem estado em bom plano na Exposi-ção Nacional e Pré-Olímpica, que decorreu pouco antes do Natal nas Caldas da Rainha.

O grande destaque vai mesmo para o “veterano” José Ameixa, da Sociedade Columbófila “Asas de

Beja”, que viu o seu pombo “Pata Torta” sagrar-se campeão nacional na classe Sport em Fundo. Ameixa subiu ainda ao terceiro lugar do

Os atletas Carlos Papacinza, do Clube da Natureza de Alvito, e Ana Catarina Dias, do Núcleo Desportivo e Cul-tural de Odemira (NDCO), sagraram-se campeões distri-tais de estrada em seniores no passado domingo, 4, em Castro Verde. Na prova masculina, Papacinza não deu hipóteses à concorrência e cortou isolado a meta depois de gastar apenas 21m44 a percorrer os 6.000 metros do percurso. Já a odemirense Ana Catarina Dias gastou 13 minutos nos 3.000 metros da prova feminina.

Nos escalões jovens sagraram-se campeões distritais de estrada os infantis José Miguel Moreno (do BAC – Beja Atlético Clube) e Ana Catarina Godinho (Bairro da Con-ceição); os iniciados Sandro Gonçalves (NDCO) e Ana Morais (Bairro da Conceição); os juvenis João Silva (NAR Messejana) e Ana Filipa Silva (NDCO); e os juniores Luís Paulino (FC Castrense) e Maria Rosário Silva (NAR Messe-jana). Já Paula Laneiro (NDCO), Custódio António (BAC), Sérgio Silva (NDCO), João Gonçalves (BAC), Peter Knight (NDCO), Luís Pereira (BAC) e Inácio Faias (BAC) são os novos campeões distritais de estrada nos diversos esca-lões de veteranos femininos e masculinos.

O Campeonato Distrital de Estrada decorreu no âm-bito do III Grande Prémio do Campo Branco, organizado pela Associação de Atletismo de Beja com o apoio da au-tarquia local.

Carlos Papacinzae ana Catarina Dias campeões distritais

> cAMPEONATO DE ESTRADA EM cASTRO

José ameixa campeão nacional

pódio na mesma categoria com o pombo “Zero Oitenta”, que tam-bém vai estar em concurso na Hungria.

“Temos expectativas elevadas” para as Olimpíadas, revela João Ameixa, que ajuda o pai a tratar da colónia, garantindo ao mesmo

O filho João [à esquerda] e o pai José Ameixa com os pom-bos que vão às Olimpíadas na Hungria. Dr

pub.

tempo a continuidade na modali-dade de um nome com “peso, his-tória e títulos”.

“Não é fácil estarmos 40 anos na columbofilia e andarmos sem-pre no topo. Tem sido muito com-plicado, mas muito prestigiante”, refere João Ameixa.

Dois viCe-CamPeõesAlém de José Ameixa, também subiram ao pódio nas Caldas da Rainha os columbófilos das equi-pas Asas do Enxoé e Melrinitas – Turismo Rural, que se sagraram vice-campeões nacionais nas ca-tegorias Sport de Velhos e Yearlin-gs, respectivamente.

A comitiva bejense presente na Exposição Nacional e Pré-Olímpi-ca obteve ainda um oitavo lugar em Sport Meio-fundo (pela equipa Os Benitos, que foram também 19º em Sport Velocidade) e a 10ª posi-ção em Sport Velhos (novamente pela equipa Asas do Enxoé).

Por seu lado, António Lampreia viu um pombo seu ser 16º clas-sificado na categoria Sport Velo-cidade, enquanto José Francisco Lampreia obteve o 17º e o 20º lu-gares na classe Standard Olímpica – Fêmeas.

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Joana R. Prior Neto | Notária

Joana Raquel Prior Neto | Notária

Cartório Notarial de Moura

“Correio Alentejo” nº 363 : Única publicação :: 09.JAN.2015

EXTRACTOCertifico que no dia quatro de Dezem-bro de dois mil e catorze, de folhas 73 a folhas 75 verso, do livro de notas para escrituras diversas número 22-E, deste Cartório, se encontra exarada uma es-critura de JUSTIFICAÇÃO, pela qual, DIONíSIA FORTUNATA MILHO PERÚ, NIF 182.129.551, e marido José Manuel Passinhas Pólvora, NIF 179.140.965, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia Pedró-gão, concelho de Vidigueira, residentes na Rua António Sérgio, número 15,. rés-do-chão esquerdo, Baixa da Banheira, concelho de Moita, declara que, na quali-dade de única interessada nas heranças abertas por óbito de seus pais, Mariana da Conceição Milho Mestre Perú, fale-cida em vinte de Fevereiro de dois mil e treze, conforme consta do procedimento simplificado de habilitação de herdeiros e registos número seiscentos e oitenta/dois mil e treze, de dez de Julho de dois mil e treze, da Conservatória do Registo Civil de Serpa, e de Joaquim do Car-mo Borrelfo Perú, falecido em treze de Agosto de dois mil e catorze, conforme consta da escritura de habilitação de herdeiros outorgada neste Cartório No-tarial em nove de Outubro de dois mil e catorze, exarada a folhas quarenta e um, do livro de notas para escrituras diversas número vinte dois -E, é dona e legítima possuidora, de trinta e três / cento e vinte avos indivisos, do prédio misto, denominado “Herdade do Carvalhal ou Carvalhal”, sito na freguesia de Pias, concelho de Serpa, confrontando a norte com Albertino Mendonça Gaidão e Ludo-

vina Bilouro Braga Grou, a sul com João Baltazar Carapinha, José Andrade Cara-pinha, Gertrudes do Nascimento Matado e António Manuel Burrico, a nascente com Ludovina Bilouro Braga Grou e a poente com Francisco Natividade Fialho, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número mil cen-to e setenta, daquela freguesia, inscrito na respectiva matriz, a parte rústica sob o artigo 22 da Secção G, e a parte urba-na, destinada a habitação, sob o artigo 1397, com o valor patrimonial total efei-tos de IMT correspondente à fracção de 4.361,40€ (à parte urbana corresponde o valor de 2.879,25€ e à parte rústica o valor de 1.482, 15€), valor igual ao que atribuem para efeitos deste acto.Que, apesar do referido direito a trinta e três/cento e vinte avos indivisos, estar ali inscrito a favor de Filipa Rosa More-no, viúva, e José Romão Charrua, à data solteiro, menor, conforme apresentação dois, de oito de Maio de mil novecentos e cinquenta e um, desconhecendo-se actualmente o paradeiro deste, tendo-se procedido à sua notificação edital e pessoal, bem como dos seus herdeiros incertos, nos termos do artigo noventa e nove, do Código do Notariado, já arqui-vadas neste Cartório, no maço referente às notificações avulsas do corrente ano, arquivados sob documentos números trinta e oito, trinta e nove, quarenta e quarenta e um, o mesmo é pertença ex-clusiva da aqui justificante.Que, aproximadamente no ano de mil novecentos e noventa e três, mas segu-ramente há mais de vinte anos, os indi-

cados falecidos Mariana da Conceição Milho Mestre Perú e Joaquim do Carmo Borrelfo Perú, adquiriram o referido direi-to sob o imóvel por compra verbal feita ao titular inscrito José Romão Charrua, á data solteiro, maior, e aos herdeiros da titular inscrita Filipa Rosa Moreno, que são José Charrua e mulher Teresa Maria, Romana da Conceição Charrua e marido António Romão do Cabo, Manuel Moreno Cereja e mulher Luzia Ganhão Matado, Maria José Moreno Charrua e marido Agostinho Filipe Batardo, Idalina Rosa Moreno Charrua e marido Manuel Mansos Charrua Lopes, António Moreno Charrua Cerejo e mulher Maria da Con-ceição Lopes, Manuel da Cruz Moreno Cerejo e mulher Mariana Benedita Ba-rão, Francisco Moreno Cerejo e mulher Maria das Candeias Valadas Pires, Jo-aquim Manuel Moreno Cerejo e mulher Maria Francisca Morais e José Romão Moreno Cerejo, solteiro, maior, conforme escritura de habilitação de herdeiros ou-torgada neste Cartório Notarial em vinte e nove de Junho de mil novecentos e oitenta e nove, exarada a folhas noventa e quatro verso, do livro de notas para es-crituras diversas número B-cento e trinta e cinco, cujo paradeiro se desconhece-se, tendo pago o respectivo preço, compra essa nunca reduzida a escritura pública, razão pela qual a justificante não possui documento formal para prova da sua aquisição,Que, desde aquela data de aproxima-damente de mil novecentos e noventa e três, e até à data do seu falecimento, os referidos Mariana da Conceição Mi-

lho Mestre Perú e Joaquim do Carmo Borrelfo Perú, se comportaram como verdadeiros proprietários do menciona-do direito sob o prédio misto, no gozo pleno das utilidades por ele proporcio-nadas, cultivando a parte rústica e ha-bitando a parte urbana, conservando-o, considerando-se e sendo considerados como seus únicos donos, na convicção que não lesavam quaisquer direitos de outrem, tendo; a sua actuação e posse, sido de boa fé, sem violência e oposição de quem quer que seja e com conheci-mento da generalidade das pessoas da indicada freguesia de Pias e vizinhas.Que a posse efectiva destes, juntamente com os demais com proprietários Fran-cisco Vargas Nunes e mulher Ludovina Bilouro Braga Grou, de boa fé, em nome próprio, pacífica, contínua e pública do mencionado prédio, posse esta con-tinuada pela aqui justificante, após a morte daqueles, Mariana da Conceição Milho Mestre Perú e Joaquim do Carmo Borrelfo Perú, com as mesmas caracte-rísticas, durou mais de vinte anos, pelo que a justificante o adquiriu por USUCA-PIÃO, que expressamente invoca, justifi-cando o seu direito de propriedade para efeito do registo, dado que esta forma de aquisição não pode ser provada por qualquer outro título formal extrajudicial.Que, desta forma, justifica a aquisição do mencionado direito por usucapião.Está conforme o original, Cartório Nota-rial de Moura, quatro de Dezembro de dois mil e catorze.A Notária(assinatura ilegível)

Joaquim M. V. Ruivo | Notário

Cartório Not. em Beja

“Correio Alentejo” nº 363 : Única publicação :: 09.JAN.2015

Joaquim Manuel Vital Ruivo, notário em regime de substituição, CERTIFI-CA NARRATIVAMENTE, que no dia vinte e três de Dezembro de dois mil e catorze, a folhas catorze do livro de notas para escrituras diversas, número quatro – B, deste Cartório foi outorga-da escritura de justificação do seguinte teor:Maria Antónia Martins, NIF 105786217, divorciada, natural da freguesia e concelho de Ourique, re-sidente na Rua António Enes número 25 – A, em Castro Verde, portadora do B.I. número 1008607 emitido em 19 de Janeiro de 2004 pelos S.I.C. de BejaQue DECLAROU que é dona e legí-tima proprietária dum prédio urbano sito no Beco do Canto à Rua do Poço, lugar Aldeia de Palheiros, confrontan-do a norte com casas de António José Catarino, a sul casas de Maria Antónia, nascente Beco e poente com casas de Inácio Atanásio, freguesia e concelho de Ourique, composto de arrecadação e arrumos, com a superfície coberta e total de vinte e sete metros quadrados, não descrito na Conservatória do Re-gisto Predial de Ourique, inscrito na matriz respetiva sob o artigo 1143 em nome da justificante, com o valor patri-monial de dois mil novecentos e dez euros, que é o atribuído.Que o referido prédio pertencia a Ma-ria da Palma, solteira, residente que foi em Ourique, a quem no ano de mil novecentos e noventa e três, a adqui-riu por contrato meramente verbal pelo preço à altura de cinquenta mil escu-dos, a qual no ato lhe entregou o único documento que possuía respeitante à casa, um original de Caderneta Predial

urbana emitida pela então Secção de Finanças do Concelho de Ourique, em 31 de Dezembro de 1937 – e por isso está isenta de licença de utilização, não se sabendo o seu paradeiro.Assim, desde o ano de mil novecen-tos e noventa e três, o prédio, entrou na posse da justificante, usufruindo o identificado imóvel, pois nele guardava lenhas e materiais e para isso fazendo um arranjo nas paredes e telhado, e depois conservando o prédio, pagan-do os respectivos impostos e gozando todas as utilidades por ele proporcio-nada, com ânimo de quem exercita um direito próprio, de boa-fé, por ignorar usar direito alheio, pacificamente – porque adquirida e exercida sem qual-quer violência – contínua – porque sem interrupções – e publicamente – porque exercida à vista e com possi-bilidade de ser conhecida por qualquer pessoa – e sem a menor oposição de quem, quer que seja, tendo durado mais de vinte anos, e sendo a actu-ação dela, no exercício de tal posse, correspondente à de única proprietária do prédio.Que, dadas as circunstâncias da indi-cada posse, atrás enunciadas, adqui-riram aqueles imóveis por USUCA-PIÃO, não dispondo porém de título e que o mesmo não é susceptível de ser comprovado pelos meios extrajudiciais normais, impossibilitando-o, assim e por natureza, de verem reconhecido o seu direito de propriedade perfeita.Está de conformidade com o origi-nal.

O Notário(assinatura ilegível)

“Correio Alentejo” nº 363 : Única publicação :: 09.JAN.2015

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que, no dia 19 de Dezembro de 2014, iniciada a folhas 138 do livro de notas número 43 - A, deste Cartório, foi lavra-da uma escritura de justificação, pela qual BENTO RAMALHO VITÓRIA, NIF 119.210.258 e mulher LUDOVINA ROSAIRINHO PIRONGA VITÓRIA, NIF 161.124.470, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Pias, concelho de Serpa, onde residem na Rua de São Bento, número 40; e BENTO GARROTE CAR-DADEIRO, NIF 111.384.702, e mulher ISABEL BATISTA CARRASCO, NIF 111.384.710, casados no regime da co-munhão geral, naturais da dita freguesia de Pias, onde residem na Rua 1º de Maio, número 5, alegam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, em partes iguais, do direito a dois/terços indivisos do prédio rústi-co de olival e cultura arvense em olival, denominado “ Courelas da Bota Serva “, sito na freguesia de Pias, concelho de Serpa, descrito na Conservatória do Re-gisto Predial de Serpa sob o número mil seiscentos e noventa e um, daquela freguesia, direito este sem qualquer ins-crição de transmissão, direito ou posse, inscrito na matriz sob o artigo 17, da secção P, com o valor patrimonial tribu-tário para efeitos de IMT corresponden-te à fracção de € 3.639,96, direito a que atribuem igual valor.Que o citado direito a dois/terços indivi-sos do identificado imóvel vieram à sua posse por o haverem adquirido por volta do ano de mil novecentos e noventa, mas seguramente à mais de vinte anos, por partilhas verbais efectuadas com os demais interessados, em relação aos

indicados em UM por óbito de Joaquim Cardadeiro Vitória, casado com Ludo-vina Ramalho, e em relação aos indi-cados em DOIS por óbito de Perpétua Garrote, casada com Estevão Caeiro Cardadeiro, ambos na comunhão geral, já falecidos, residentes que foram na aludida freguesia de Pias, não tendo, todavia, sido celebradas as respectivas escrituras.Que, porém, desde aquela data e sem interrupção, os justificantes entraram na posse do referido prédio rústico, com os demais compossuidores Manuel Caeiro Janeiro e mulher Rita Rações Caeiro e Francisca Caeiro Janeiro e marido Jo-aquim Ramalho Cardadeiro, cultivando-o, usufruindo todas as suas utilidades e suportando os respectivos encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma cor-respondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisi-ção documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de proprie-dade.Que, desta forma, justificam a aquisi-ção de dois/terços indivisos do mencio-nado imóvel por usucapião.Está conforme o original.Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, dezanove de Dezembro de dois mil e catorze.A Notária,(assinatura ilegível)

Joana R. Prior Neto | Notária

Cartório Not. de Serpa

“Correio Alentejo” nº 363 : Única publicação :: 09.JAN.2015

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que, no dia 19 de Dezembro de 2014, iniciada a folhas 140 do livro de notas número 43 - A, deste Cartório, foi la-vrada uma escritura de justificação, pela ANSELMO MOITA PICA, NIF 190.422.068, e mulher MARIA DE FÁTIMA PÓS DE MINA TEIXEIRA PICA, NIF 204.128.072, casados no regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Pias, conce-lho de Serpa, onde residem na Rua Alegre, número 18, alegam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústi-co de olival e de cultura arvense em olival, denominado ” Olivais da Rua de Moura “, sito na freguesia de Pias, concelho de Serpa, descrito na Con-servatória do Registo Predial de Ser-pa sob o número três mil oitocentos e dez, daquela freguesia, inscrito na matriz sob o artigo 328, da secção P, com o valor patrimonial tributário para efeitos de IMT de € 3.700,38, a que atribuem igual valor.Que apesar de o citado imóvel se encontrar registado na mencionada Conservatória a favor dos titula-res inscritos, Manuel Martins Moita Baião, casado com Clementina Moita Coelho Baião, no regime da comu-nhão geral, com morada em Pias, Serpa, pela apresentação dois, de vinte e um de Novembro de mil no-vecentos e setenta e sete, desconhe-cendo-se actualmente o seu paradei-ro, tendo os mesmos e respectivos herdeiros incertos sido previamente notificados editalmente através da notificação avulsa, nos termos do arti-go noventa e nove, do Código do No-tariado, já arquivada neste Cartório como documento número duzentos e noventa e um, do maço referente às notificações avulsas do corrente ano, o mesmo é pertença dos justificantes.Que o identificado prédio rústico veio à sua posse por o haverem adquiri-do através da compra verbal efectu-ada, em dia e mês que ignoram do ano de mil novecentos e noventa e três, a Francisco Afonso Rosa e mu-lher Luzia Moita Rosa, casados na

comunhão geral e com morada na dita freguesia de Pias, tendo pago o ajustado preço, não tendo, sido cele-brada a competente escritura, motivo pelo qual não são detentores de qual-quer documento formal que legitime o seu domínio sobre o mesmo, imóvel este que os mencionados Francisco Afonso Rosa e Luzia Moita Rosa, adquiriram também por compra aos citados titulares inscritos – Manuel Martins Moita Baião e mulher Cle-mentina Moita Coelho Baião, em dia e mês que se ignora, do ano de mil novecentos e oitenta e três, desco-nhecendo-se, porém, qual o Cartório onde foi lavrada a competente escri-tura de compra e venda, apesar das várias buscas a que se procedeu, encontrando-se por isso impossibili-tados de, pelos meios extrajudiciais normais de comprovar aquela trans-missão.Porém, desde aquele ano de mil novecentos e noventa e três e sem interrupção, os justificantes, entra-ram na posse do referido imóvel, cultivando-o e usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os respetivos encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspon-dente ao exercício do direito de pro-priedade, tendo, por isso, uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade.Que, desta forma, justificam a aqui-sição do mencionado imóvel por usu-capião.Está conforme o original.Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, dezanove de Dezembro de dois mil e catorze.

A Notária,(assinatura ilegível)

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“Correio Alentejo” nº 363 : Única publicação :: 09.JAN.2015

EXTRACTOCertifico para efeitos de publicação que no dia 25 de Novembro de 2014, inicia-da a folhas 84 do livro de notas número 43 - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, pela qual AN-TÓNIO JOAQUIM ESTEVENS LAS-CAS, NIF 113.257.830, e mulher ROSA ASCENSÃO CHARRAZ MIGUEL, NIF 113.257.821, casados no regime da comunhão geral, naturais da freguesia de Brinches, concelho de Serpa, onde residem no Bairro de Nossa Senhora, número 9, alegam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, de dois/quintos indivisos do prédio rústico de olival, denomina-do “ Pombeiro “, sito na freguesia de Brinches, concelho de Serpa, descrito na Conservatória do Registo Predial de Serpa sob o número 792, daquela freguesia, inscrito na matriz sob o artigo 283, secção H, com o valor patrimonial correspondente à fracção de € 1.933,57, direito a que atribuem igual valor.Que o referido direito a dois/quintos indivisos do identificado imóvel encon-tra-se registado na competente Con-servatória do Registo Predial a favor dos titulares inscritos Noémia Augusta Estevens Lascas, casada com António Manuel Colaço Lascas, no regime da comunhão geral, Boa Água, lote 628, Quinta do Conde, Castelo, Sesimbra, pela apresentação 4, de 27 de Maio de 1985, tendo os mesmos, cujo paradeiro se desconhece, e respectivos herdeiros incertos sido previamente notificados pessoalmente e editalmente através das notificações avulsas, o mesmo é pertença dos justificantes.Que o citado direito a dois/quintos in-divisos veio à sua posse por o haverem

adquirido por compra verbal, em dia e mês que ignoram do ano de mil nove-centos e oitenta e seis, aos titulares ins-critos, residentes que foram na indicada morada da Boa Água, tendo pago o pre-ço, não tendo, todavia, sido celebrada a respectiva escritura. Que, porém, desde aquele ano de mil novecentos e oitenta e seis, e sem in-terrupção, os justificantes entraram na posse do referido prédio rústico, com os demais compossuidores – Ana das Neves Charraz Lascas, solteira, maior, e António Joaquim Charraz Lascas, casado com Maria Antónia Bule Pires Lascas, na comunhão de adquiridos, cultivando-o, usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os encar-gos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem a menor oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, tendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriram por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição documento algum que lhes permita fazer a prova do seu direito de propriedade. Que, desta forma, justificam a aquisi-ção do direito a dois/quintos indivisos do mencionado imóvel por usucapião.Está conforme o original. Cartório Notarial de Serpa, a cargo da Notária Joana Raquel Prior Neto, vinte e cinco de Novembro de dois mil e ca-torze.

A Notária,(assinatura ilegível)

Joana R. Prior Neto | Notária

Cartório Not. de Serpa

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>palavras

“ AnA Cid GonçAlves> Rádio Renascença 06.01.2015

“mais do que os problemas económi-cos, o maior problema que os por-tugueses enfrentam é uma cultura anti-natalista em toda a sociedade.”

pAulA sAntos> expresso.pt 07.01.2015

“este governo e a sua política con-seguiram tirar ao povo qualquer perspetiva, esperança ou confiança no futuro. e isso constata-se na indignação sentida por milhares de trabalhadores, reformados e jovens.”

joão Adelino fARiA> “dinheiro vivo” 03.01.2015

“quase por magia vejo, literalmen-te de um dia para o outro, políticos enfiarem no bolso os discursos do re-alismo e iniciarem uma corrida à volta do país das maravilhas.”

> Editorial

OitO DesejOs para O nOvO anOentrados no novo ano, não há ninguém que não diga: - Que este corra me-

lhor que o passado! Todos o desejam e no Baixo Alentejo são poucos (ou nenhuns) os que não esperam que 2015 traga muito melhores notícias que aquelas que fomos tendo ao longo de 2014. Nomeadamente:

– Que recomecem finalmente as obras de requalificação do IP2 e de cons-trução do IP8/ A22, pondo fim à aberração com que nos deparamos ao circu-lar por estas vias, completamente abandonadas e altamente inseguras;

– Que o aeroporto de Beja tenha finalmente um plano estratégico com ca-beça, tronco e membros, que permita a rentabilização de um investimento tão mal-amado no país mas que pode ser decisivo para o distrito;

– Que o projecto do Alqueva seja efec-tivamente concluído e que a nova agri-cultura crie cada vez mais emprego e gere riqueza na região;

– Que cheguem mais clínicos ao distrito, colocando termo ao grave problema que é continuarem a existir populações sem acesso a médico de família;

– Que se façam as obras reivindicadas em inúmeras escolas, do ensino básico ao secundário, permitindo que os jovens bai-xo-alentejanos tenham todas as condições no seu percurso escolar;

– Que o Politécnico de Beja aumente o número de alunos e se assuma cada vez mais como pilar indispensável para a fixação de jovens na região;

– Que o Estado deixe de olhar apenas para as estatísticas e estabeleça mais acordos de parceria com as instituições de solidariedade social do Baixo Alen-tejo, permitindo reforçar o apoio a idosos e famílias carenciadas;

– Que muitos baixo-alentejanos deixem o conforto do lar e emprestem al-gum do seu tempo livre à causa pública, permitindo um novo fôlego ao asso-ciativismo local e uma renovada dinâmica nas suas comunidades.

Se tudo isto se cumprir, certamente que 2015 será um bom ano para o Baixo Alentejo. Caso contrário, continuaremos a lamentar-nos daqui por 12 meses.

Que o estado deixe de olhar apenas para as estatísticas e estabe-leça mais acordos de parceria com as ipss do Baixo Alentejo.

152015.01.09 oPiNiÃo

Jornal regional editado no distrito de BejaDirector: Carlos PintoColaboradores Permanentes: Marco Monteiro Cândido, Catarina Cardoso da Palma, Napoleão Mira, Vítor Besugo e Vítor Encarnação.Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+GColunistas: Alberto Matos, Ana Ademar, António José Brito, António Sebastião, Jorge Pulido Valente, Luís Dargent, Mário Simões, Miguel Madeira, Paulo Arsénio, Teresa Chaves.Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: [email protected]

Impressão: Empresa Gráfica Funchalense. Distribuição: Jota CBS // VASPISSN 1647-1334

Redacção, administração e publicidadeRua Campo de Ourique, 6-A – 7780-148 CASTRO VERDETel. 286 328 417e-mail: [email protected]

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aépoca de Natal e o início de ano civil, mesmo para quem não professa nenhuma confissão

cristã, desperta nas pessoas e grupos da nossa socie-dade uma grande nostalgia pelo agregado familiar e abre feridas profundas nas pessoas quando faltam manifestações de proximidade e afeto entre os seus membros. Nas diversas festas de Natal em que par-ticipei, em lares e instituições, vi muitas lágrimas nas faces rugosas de vários idosos, ou porque perderam recentemente alguém da família ou porque não tive-ram nenhuma manifestação de carinho por parte dos seus familiares.

Isto fez-me reflectir uma vez mais sobre a estru-tura relacional do ser humano, apesar da afirmação crescente do individualismo e relativismo reinante no mundo atual. Há em todos os seres, e muito especial-mente nos humanos, uma necessidade de múltiplas relações, que exigem muita atenção e cuidado para não serem defraudadas e levarem a uma desilusão profunda e à solidão insuportável. Isto significa que precisamos de curar muitas feridas e recuperar a confiança uns nos outros, nas instituições sociais e na própria família.

Como curar estas feridas, para estabelecer um clima de confiança à nossa volta? Sem pretensão de apresentar nesta breve nota todos os remédios, vou apontar alguns, que nos podem ajudar a viver um ano com mais alegria e esperança, apesar das imensas di-ficuldades com que nos deparamos na construção do nosso bem-estar.

Em primeiro lugar, temos de fazer o nosso exame de consciência, pois muitas das causas da descon-fiança estão em nós mesmos e os remédios também ao nosso alcance. O Papa Francisco fez uma parte desse exame no discurso aos membros da Cúria do Vaticano, a 22 de Dezembro, apontando um elenco de 15 pecados ou deficiências que nos impedem de exercer com alegria e eficiência a missão da Igreja, e não apenas os colaboradores do Papa. Não os vou repetir aqui um a um, mas resumi-los nas palavras amor e paixão pelo bem das pessoas, à luz da nossa

> oPiNiÃo

recuperar a confiançafé em Jesus Cristo, que se fez um de nós e se entregou para a salvação de todos. Se temos fé em Deus, não podemos deixar de amar os nossos irmãos. De con-trário, estamos a mentir, a dizer uma coisa e a fazer outra, temos dupla personalidade ou somos esquizo-frénicos ou então sofremos de Alzheimer, perdemos a memória do que somos, da nossa dignidade.

Em segundo lugar, temos de reconhecer que so-fremos de algumas deficiências, não somos perfeitos, nem sequer no cumprimento dos dez mandamentos, um código fundamental para a convivência humana pacífica. Mas também não desesperamos, porque nos sabemos amados por Deus apesar do nosso pe-cado e temos a possibilidade de implorar o perdão e de o conceder a quem nos ofendeu, como rezamos no Pai Nosso, a oração que Jesus ensinou aos após-tolos.

Em terceiro lugar, embora conscientes da liberda-de do ser humano, que o pode fazer enveredar por caminhos de desencontro e também conhecedores dos meandros da nossa justiça, que tem dificuldade em desvendar o mistério do mal e da corrupção, não deixamos de acreditar nos homens de boa vontade e de criar laços de confiança, para que o trigo se fortale-ça em relação ao joio, o bem prevaleça sobre o mal e a nossa sociedade se torne mais humana, justa, frater-na, livre e solidária.

temos de fazer o nosso exame de consciência, pois muitas das causas da desconfiança estão em nós mesmos e os remédios também ao nosso alcance.

D. ANtóNIo VItAlINo DANtASBispo de Beja

Felicito as pessoas que fazem voluntariado nas nossas comunidades e instituições, dando uma par-te do seu tempo e das suas vidas a visitar, apoiar e consolar aqueles que vivem sós e esquecidos da so-ciedade, isolados nas casas, nos hospitais, nos lares, nas prisões, etc. São os reis magos dos nossos tempos, guiados pela estrela do amor de Deus, que os leva até às grutas daqueles para quem não há lugar nas nos-sas estalagens. Neste sentido desejo um bom e aben-çoado ano a todos os diocesanos e pedimos a todos para que se deem as mãos, fazendo cada um o que está ao seu alcance para o bem daqueles com quem vivemos, sobretudo dos mais débeis.

Assim construímos a nova sociedade da confiança e também a nossa diocese em sínodo.

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www.correioalentejo.com

sexta. 2015.01.09

ÚLTIMAS

António Zambujo não vai ter mãos a medir nos próximos três meses! O músico bejense anda na estrada a promover “Rua da Emenda”, disco editado no final de 2014, e até final de Março já tem garantidos 21 concertos entre palcos de Portugal, França e EUA.

Na última semana de Janei-ro Zambujo vai andar por terras gaulesas, onde tem 13 espectá-culos agendados. O primeiro será no dia 23 em Paris, na conhecida sala La Cigale. Depois, o bejense segue para a Côte D’Azur, onde actuará uma dúzia de vezes na ci-dade de Nantes: a 24 e 25 na Folle Journée en Région (duas vezes por dia) e depois no pavilhão Cité des Congres nos dias 27, 28, 29 (duas vezes), 30 (duas vezes), 31 e 1 de Fevereiro.

Seguem-se sete espectáculos em Portugal, começando por Via-na do Castelo no dia 7 e Évora no dia 14. A 19 e 20 de Fevereiro An-tónio Zambujo actua no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e no dia 21 no Coliseu do Porto. No dia 28 de Fevereiro será a vez de Torres Novas conhecer ao vivo as novas canções de “Rua da Emenda”.

Em Março, António Zambujo vai atuar no dia 7 no Teatro Avei-rense, em Aveiro, e depois cruzará o Atlântico, a caminho de um es-petáculo agendado para o dia 19

António Zambujo faz digressão em França

RECOMEÇAR

> CONTRAKAPA

Encerrámos o ano como quem atira um calendá-rio velho para o lixo. Sem remorsos. Ano novo, vida nova. Podemos então

recomeçar. Saciados de bolo-rei e de filhoses, fazemos de conta que nascemos há apenas nove dias. Uns velhos e outros novos, somos todos crianças a colorir folhas em branco. Estamos contentes, as janelas do tempo têm vista para o futuro, a porta da nossa vida está escancarada e os caminhos estão desobstruídos. Pendura-mos o novo calendário na parede e por tudo ser ainda tão distante, sentimos que temos a vida em aberto. É tão bom ter a vida

em aberto, estudar hipóteses, escolher rumos, tomar decisões, poder optar, não se entregar ain-da definitivamente a nada. É tão agradável comprar uma agenda nova e ir preenchendo os dias de coisas boas. Os aniversários da família, o dia dos namorados, um jantar com amigos, o início das férias, uma viagem. O ano novo é sempre tão confortável, deve ser da roupa nova e dos perfu-mes que nos deram pelo Natal. Quando regressamos ao trabalho há sempre gente com roupa nova e perfumes novos. Aliás, as pessoas até parecem todas mais novas, mais disponíveis, mais alegres. São novamente crianças a brincar com o tempo. Apesar de já se terem despedido de filhos, pais, avós e netos que foram para longe, os homens e as mulheres ainda têm sorrisos nos lábios e rostos descansados. Beijam-se, desejam um bom ano e sentem-se em harmonia uns com os ou-tros. O ano novo, coisa para durar para aí uns quinze dias, é algo de mágico. É um coração ao alto. Um encantamento. Um brinque-do novo. O primeiro amor. Só temos nove dias de idade. Por enquanto ainda ninguém quer saber que em cada ano a vida dá uma volta de 365 graus.

António Zambujo lançou “Rua da Emenda”, o seu sexto álbum, no final de 2014. Dr

> músicA. Zambujo faz 13 concertos em França até final de Janeiro. Vai também passar pelos coli-seus e pelo EUA.

Vítor EncarnaçãoEscritor

> MÚsICO bejeNse COM AgeNdA CheIA NO INíCIO de 2015

O ano novo, coisa para durar para aí uns quinze dias, é algo de mágico.

> A FeChAR...

EntrudAnçAs 2015 dEdicAdo às gErAçõEs A edição deste ano do Festival Entrudanças vai decorrer entre os dias 13 e 15 de Fevereiro na vila de Entradas (Castro Verde) e será dedicada à temática “Gerações”. O festival, que celebra o Carnaval “de forma diferente e alternativa”, é organizado pela PédeXumbo, uma associação para a promoção de música e dança, em par-ceria com a Câmara de Castro Verde e a Junta de Freguesia de Entradas.

AlmodôvAr rEcEbEvoltA Ao AlgArvE O concelho de Almodôvar vai estar de novo na rota da Volta ao Algarve em bicicleta, recebendo a partida do pelotão para a última etapa da edição de 2015 da prova. A Volta ao Algarve 2015 vai realizar-se entre 18 e 22 de Fevereiro, começando com a etapa Lagos-Albufeira. Seguem-se as tiradas Lagoa-Monchique (dia 19), Vila do Bispo-Cabo de São Vicente (contra-relógio no dia 20), Tavira-Alto do Malhão (dia 21) e, a fechar, Almodôvar-Vilamoura (dia 22).

FEstivAl dE bAndA dEsEnhAdA Em odEmirA A Bibioteca Municipal de Odemira recebe até Março mais uma edição da BDTECA – Mostra de Banda Dese-nhada de Odemira, iniciativa promo-vida pela autarquia e pela Sopa dos Artistas – Associação Local de Artistas Plásticos. A mostra tem por objectivo divulgar este género artístico, estimu-lar a criatividade e afirmar Odemira como um dos principais centros de desenvolvimento da banda desenhada no país. Nesse sentido, a BDTECA volta a incluir um concurso, cujas trabalhos podem ser entregues entre os dias 12 de Janeiro e 20 de Fevereiro. O vencedor receberá 300 euros.

vErEAdor psd com FunçõEs Em AlmodôvAr O presidente da Câmara de Almo-dôvar, o socialista António Bota, dele-gou esta semana competências nas áreas da Higiene e Limpeza Urbana e dos Espaços Verdes ao vereador eleito pelo PSD, Ricardo Colaço. Recorde-se que na Câmara de Almodôvar o PS tem dois eleitos (incluindo o presiden-te), o PSD um e os independentes dois.

Próxima edição23 DE

JANEIRO

no Kennedy Center, em Washing-ton (EUA).

Lançado no final de 2014, “Rua da Emenda” conta com 15 temas em que António Zambujo canta letras saídas da pena de nomes como Miguel Araújo, João Monge, Maria do Rosário Pedreira, José Eduardo Agualusa, Pedro da Silva Martins, Samuel Úria ou José Fia-

O Ninho de Empresas da Câ-mara de Ferreira do Alentejo tem mais três projectos a funcionar nas suas instalações, dois de in-cubação física e um de incubação virtual.

Fonte da autarquia adianta ao “CA” que uma das novas empresas está ligada à área de instalação e manutenção de extintores, sendo promovida por Jorge Aniceto.

A outra empresa com incuba-

novas empresas em Ferreira> NINhO de eMPResAs ACOLhe MAIs TRês PROjeCTOs

ção física é a Firstgreen – Green Energy and Computer Center Lda, que desenvolve um projecto ino-vador de comércio sustentável e pertence a Silvestre Aranha.

Finalmente, a empresa de in-cubação virtual pertence a Daniel Costa e chama-se Transportes Flor do Alentejo, Lda, estando direc-cionada ao transporte rodoviário de mercadorias e comércio de fa-rinhas, cereais e derivados.

Ninho de Empresas de Ferreira foi inaugurado em 2012. Dr

A 19 e 20 de Feverei-ro Zambujo actua no Coliseu dos Re-creios, em Lisboa, e no dia 21 no Coliseu do Porto