Alexandra Vieira Batista Edineide Nunes da Silva José ...
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Alexandra Vieira Batista
Edineide Nunes da Silva
José Ramon Nunes Ferreira
Kévia Katiúcia Santos Bezerra
Marcelo José Pinheiro de Sousa
Maria do Carmo Andrade Duarte de Farias
Maria Mônica Paulino do Nascimento
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
JÚLIO BANDEIRA - HUJB - UFCG
2017-2018
Alexandra Vieira Batista
Edineide Nunes da Silva
José Ramon Nunes Ferreira
Kévia Katiúcia Santos Bezerra
Marcelo José Pinheiro de Sousa
Maria do Carmo Andrade Duarte de Farias
Maria Mônica Paulino do Nascimento
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
JÚLIO BANDEIRA - HUJB - UFCG
Plano Diretor Estratégico do HUJB - UFCG
apresentado ao Instituto Sírio-Libanês de Ensino e
Pesquisa para certificação como especialista em
Gestão de Hospitais Universitários no SUS.
2017 – 2018
Ficha catalográfica
Biblioteca Dr. Fadlo Haidar
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa
© reprodução autorizada pelo autor somente para uso privado de atividades de
pesquisa e ensino não sendo autorizada sua reprodução para quaisquer fins lucrativos. Na
utilização ou citação de partes do documento é obrigatório mencionar a autoria.
edicatória (opcional)
Agradecimentos (opcional)
Batista, A.V.; Bezerra, K.K.S.; Farias, M.C.A.D. de; Ferreira, J.R.N.;
Nascimento, M.M.P. do; Silva, E.N. da; Sousa, M.J.P. de.
Curso de Especialização em Gestão de Hospitais Universitários do SUS:
Plano Diretor Estratégico/ Ministério da Educação, Empresa Brasileira de Serviços
Hospitalares, Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa. – São Paulo, 2016.
1 Capacitação de Recursos Humanos em Saúde. 2. Hospitais Universitários.
3. Redes de Atenção à Saúde. 4. Sistema Único de Saúde. 5. Gestão da Clínica. 6.
Hospitais de Ensino. 7. Gestão Hospitalar
I. Ministério da Educação. II. Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
III Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa. IV. Título
G333
AGRADECIMENTOS
À Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), pela oportunidade oferecida à
governança deste Hospital de realizar este curso que tanto acrescentou e acrescentará valores
à gestão do HUJB.
À facilitadora Lena Vânia Peres e cofacilitadoras Ana Carolina Sadrini, Naiade
Heluany Festa de Freitas e Rafaella Simões de Oliveira, por partilharem conosco seus
conhecimentos e contribuírem com o crescimento e aprendizado dos profissionais do HUJB.
Aos doutores José Ferreira Lima Júnior, Eliane de Sousa Leite e Giliara Carol Diniz
de Luna Gurgel, em nome de toda a Equipe Ampliada do HUJB, pelas inúmeras contribuições
nas discussões, produções e comprometimentos com este PDE.
A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a construção deste PDE. Muito
obrigado!
RESUMO
O Hospital Universitário Júlio Bandeira de Melo (HUJB), localizado em Cajazeiras na
Paraíba, é referência microrregional para atendimentos em pediatria. Iniciou suas atividades
na década de 1970, devido ao elevado índice de mortalidade infantil na Paraíba. Em 2011 foi
doado para a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), sendo reconhecido como
Hospital Universitário Federal (HUF) em 2013. Em dezembro de 2015 firmou parceria com a
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Com isso, em 2016 o HUJB se insere
no “Programa de Desenvolvimento de Competências III e Planos Diretores Estratégicos”,
parceria entre Ebserh e o Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês (IEP), cuja
finalidade é a capacitação da equipe gestora, por meio do Curso de Especialização em Gestão
dos Hospitais Universitários Federais no SUS, bem como o desenvolvimento do Plano Diretor
Estratégico (PDE) - biênio 2017/2018. O PDE do HUJB-UFCG tem por objetivo planejar
ações para consolidar o hospital como HUF, por meio da integração entre assistência, ensino e
pesquisa e apresentar o processo de elaboração do mesmo. A metodologia aplicada foi
baseada no Planejamento Estratégico Situacional (Matus, 1993), desenvolvida pela equipe do
hospital com apoio dos facilitadores do IEP, por meio de visitas técnicas, oficinas de trabalho
e participação no curso supracitado. Em adição, algumas ferramentas de planejamento foram
aplicadas: Matriz SWOT; Identificação de Macroproblemas; Aderência à Lista de
Contribuições, à Bases e Padrões e à Lista de GAPs Normativos; Árvore Explicativa de
Problemas, 5W3H e PES simplificado e Análise de Viabilidade. Foram priorizados 2
Macroproblemas “Insuficiência de profissionais para garantir a atenção, o ensino e a
pesquisa” e “Insuficiência de serviços de atenção à saúde ofertados pelo HUJB para efetivar a
repactuação com o SUS”. A partir da identificação das causas destes Macroproblemas foram
definidos 9 Nós Críticos a serem enfrentados para solucioná-los. Para tanto, a equipe
desenvolveu 9 Planos de Ação, com 21 ações envolvendo âmbitos como: Educação
Permanente; Aproximação com a UFCG; Definição do hospital na RAS; Adequação da
infraestrutura; Mecanismos de Gestão da Clínica entre outros. O PDE foi orçado em R$
3.883.500,00 e para seu monitoramento definiu-se indicadores, metas e um cronograma de
atividades. Por fim, espera-se que a implementação deste PDE reforce a missão do Hospital
de “Promover o ensino e a pesquisa e prestar atenção integral, humanizada e de qualidade à
saúde da mulher, materno-infantil, da criança e do adolescente, com vistas ao fortalecimento
do Sistema Único de Saúde”.
Palavras chaves: Plano Diretor Estratégico. Planejamento Estratégico Situacional. Gestão
Hospitalar.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Antigas fachadas do hospital ................................................................................... 16
Figura 2 – Fotografia da cidade de Cajazeiras-PB ................................................................... 18
Figura 3 – Construção da Unidade Administrativa - HUJB-UFCG ......................................... 20
Figura 4 - Área de convivência da Unidade de Internação Pediátrica - HUJB-UFCG ............ 20
Figura 5 – Revestimento epóxi no piso .................................................................................... 21
Figura 6 - Antes e depois da sala de radiologia - HUJB-UFCG............................................... 22
Figura 7 - Mapa representativo das macrorregiões de saúde do estado da Paraíba.................. 23
Figura 8 - Mapa da estratificação da Paraíba em Gerências Regionais de Saúde .................... 23
Figura 9 - Mapa representativo da 9a Região de Saúde da Paraíba ......................................... 24
Figura 10 - Internamentos por causas, janeiro a junho de 2016 ............................................... 32
Figura 11 – Organograma em implantação .............................................................................. 38
Figura 12 - Etapas de elaboração do Plano Diretor Estratégico ............................................... 45
Figura 13 - Participantes da primeira visita da equipe do Hospital Sírio Libanês ao HUJB.
Cajazeiras/PB, fevereiro de 2016. ............................................................................................ 47
Figura 14 - Oficina de levantamento preliminar de macroproblemas do HUJB-UFCG .......... 54
Figura 15 – Estrutura da Matriz SWOT ................................................................................... 56
Figura 16 - Equipe afinidade no primeiro encontro do curso “Gestão de Hospitais
Universitários Federais no SUS”. Instituto de Ensino e Pesquisa/ Hospital Sírio Libanês/SP,
maio de 2016 ............................................................................................................................ 62
Figura 17 - Oficina no HSL sobre construção da árvore explicativa do macroproblema 1 –
“Insuficiência de profissionais qualificados para garantir a atenção, o ensino e a pesquisa” .. 63
Figura 18 - Oficina no HUJB sobre construção de árvores explicativas de macroproblemas . 63
Figura 19 – Árvore Explicativa 1 - “Insuficiência de profissionais para garantir a atenção, o
ensino e a pesquisa” .................................................................................................................. 64
Figura 20- Árvore Explicativa 2 - “Insuficiência de serviços de atenção à saúde ofertados pelo
HUJB para efetivar a repactuação com o SUS” ....................................................................... 67
Figura 21 - Oficina de elaboração dos planos de ação – ferramentas 5W3H e PES ................ 75
Figura 22 - Árvore explicativa e Ações propostas para o MP1 “Insuficiência de profissionais
para garantir a atenção, o ensino e a pesquisa no HUJB”. ....................................................... 89
Figura 23 - Árvore explicativa e Ações propostas para o MP2 “Insuficiência de serviços de
atenção à saúde ofertados pelo HUJB para efetivar a repactuação com o SUS”. .................... 90
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Etapas do processo de doação e criação do HUJB ................................................. 19
Quadro 2 - Síntese do dimensionamento de serviços assistenciais do HUJB e distribuição de
leitos ......................................................................................................................................... 35
Quadro 3 - Investimentos do REHUF no HUJB, 2015 e 2016................................................. 36
Quadro 4 - Estimativa do quantitativo de pessoal do HUJB .................................................... 40
Quadro 5 – Declaração dos macroproblemas do HUJB-UFCG ............................................... 55
Quadro 6 - Forças, Fraquezas, Oportunidade e Ameaças no HUJB-UFCG............................. 57
Quadro 7 - Matriz decisória para qualificação dos macroproblemas no HUJB-UFCG ........... 58
Quadro 8 - Declaração dos macroproblemas priorizados ......................................................... 60
Quadro 9 - Matriz de relevância de Atores Sociais para o macroproblema “Insuficiência de
profissionais qualificados para garantir a atenção, o ensino e a pesquisa” .............................. 60
Quadro 10 - Matriz de relevância de Atores Sociais para o macroproblema “Insuficiência de
serviços de atenção à saúde ofertados pelo HUJB para efetivar a repactuação com o SUS” .. 61
Quadro 11 - Associação dos nós críticos e oportunidades de melhoria relacionados ao Modelo
de Gestão Hospitalar ................................................................................................................. 69
Quadro 12 - Associação dos nós críticos e oportunidades de melhoria relacionados ao Modelo
de Gestão da Clínica ................................................................................................................. 70
Quadro 13 - Associação dos nós críticos e oportunidades de melhoria relacionados ao Modelo
de Humanização da Saúde ........................................................................................................ 71
Quadro 14 - Associação dos nós críticos e oportunidades de melhoria relacionados ao Modelo
de Administração Econômico-Financeira ................................................................................ 72
Quadro 15 - Associação dos nós críticos e oportunidades de melhoria relacionados ao Modelo
de Gestão de Obras e Engenharia Clínica ................................................................................ 72
Quadro 16 – Planilha para os planos de ação dos nós-críticos do HUJB ................................. 75
Quadro 17 – Matriz de análise de motivação dos atores sociais, segundo ação do plano ........ 76
Quadro 18 – Matriz de estratégias de viabilidade, segundo ações conflitivas ......................... 77
Quadro 19 - Relação de Ação por Nó Crítico .......................................................................... 91
Quadro 20 - Planilha consolidada de indicadores e metas por ações referentes aos nós críticos
do Macroproblema 1 “Insuficiência de profissionais para garantir a atenção, o ensino e a
pesquisa no HUJB”. .................................................................................................................. 93
Quadro 21 - Planilha consolidada de indicadores e metas por ações referentes aos nós críticos
do Macroproblema 2 “Insuficiência de serviços de atenção à saúde ofertados pelo HUJB para
efetivar a repactuação com o SUS”. ......................................................................................... 96
Quadro 22 - Planejamento orçamentário, por ação dos nós críticos. .............................. 103
Quadro 23 – Matriz de estratégias de viabilidade, segundo ações conflitivas. ...................... 105
Quadro 24 - Cronograma de acompanhamento do Plano de Ação (A). ................................. 108
Quadro 25 - Cronograma de acompanhamento do Plano de Ação (B). ................................. 109
Quadro 26 - Equipe ampliada do HUJB que participou na elaboração do PDE .................... 120
Quadro 27 – Planilha consolidada da Ação 1. ........................................................................ 121
Quadro 28 – Planilha consolidada da Ação 2. ........................................................................ 122
Quadro 29 – Planilha consolidada da Ação 3. ........................................................................ 123
Quadro 30 – Planilha consolidada da Ação 4. ........................................................................ 124
Quadro 31 – Planilha consolidada da Ação 5. ........................................................................ 125
Quadro 32 – Planilha consolidada da Ação 6. ........................................................................ 126
Quadro 33 – Planilha consolidada da Ação 7. ........................................................................ 127
Quadro 34 – Planilha consolidada da Ação 8. ........................................................................ 128
Quadro 35 – Planilha consolidada da Ação 9. ........................................................................ 129
Quadro 36 – Planilha consolidada da Ação 10. ...................................................................... 130
Quadro 37 – Planilha consolidada da Ação 11. ...................................................................... 131
Quadro 38 – Planilha consolidada da Ação 12. ...................................................................... 132
Quadro 39 – Planilha consolidada da Ação 13. ...................................................................... 133
Quadro 40 – Planilha consolidada da Ação 14. ...................................................................... 134
Quadro 41 – Planilha consolidada da Ação 15. ...................................................................... 135
Quadro 42 – Planilha consolidada da Ação 16. ...................................................................... 136
Quadro 43 – Planilha consolidada da Ação 17. ...................................................................... 137
Quadro 44 – Planilha consolidada da Ação 18. ...................................................................... 138
Quadro 45 – Planilha consolidada da Ação 19. ...................................................................... 139
Quadro 46 – Planilha consolidada da Ação 20. ...................................................................... 140
Quadro 47 – Planilha consolidada da Ação 21. ...................................................................... 141
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Distribuição do número de nascidos vivos e de idade gestacional menor que 37
semanas na 9ª Regional de Saúde, 2006 a 2012 ....................................................................... 25
Tabela 2 - Atendimentos por classificação de risco, janeiro a junho de 2016 ......................... 31
Tabela 3 - Internamentos, janeiro a junho de 2016 .................................................................. 32
Tabela 4 - Indicadores hospitalares, janeiro a junho de 2016 .................................................. 33
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Expectativas, desafios e avaliações da equipe em relação ao projeto ................... 49
Gráfico 2 - Aderência Global do HUJB-UFCG por Modelo de Referência ............................ 50
Gráfico 3 - Aderência Global do HUJB-UFCG à Lista de GAPS Normativos ........................ 51
Gráfico 4 – Análise global de aderência do HUJB ao Cenário Base e ao Cenário Evolução .. 53
LISTA DE SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
AGHU – Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários
APAMIC - Associação de Proteção a Assistência a Maternidade e Infância de Cajazeiras
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
CAPS - Centros de Atenção Psicossocial
CID - Classificação Internacional de Doenças
CIPNSP - Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente
CFP - Centro de Formação de Professores
CME - Central de Material e Esterilização
CMI - Coeficiente de Mortalidade Infantil
CGM - Coeficiente de Mortalidade Geral
CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho
DEST - Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais
DGP - Diretoria de Gestão de Pessoas
Ebserh - Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
ETSC – Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras
GRS - Gerência Regional de Saúde
HIC - Hospital Infantil de Cajazeiras
HRC - Hospital Regional de Cajazeiras
HSL – Hospital Sírio Libanês
HUF - Hospital Universitário Federal
HUJB – Hospital Universitário Júlio Bandeira de Mello
IDH - Índice de Desenvolvimento Humano
IEP - Instituto de Ensino e Pesquisa
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IG - Idade Gestacional
IJB – Instituto Júlio Bandeira de Mello
MI - Mortalidade infantil
MP – Macroproblema
NC – Nó-Crítico
NIR - Núcleo Interno de Regulação
NV – Nascidos vivos
ODM - Objetivos de Desenvolvimento do Milênio
PAPS - Posto de Assistência Primária a Saúde
PES – Planejamento Estratégico Situacional
PEPC - Plano de Educação Permanente e Continuada
PDC - Programa de Desenvolvimento de Competências
PDE – Plano Diretor Estratégico
PMC - Prefeitura Municipal de Cajazeiras
PPP - Pré-Parto / Parto / Pós-Parto
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PNHOSP - Política Nacional de Atenção Hospitalar
PNSP - Programa Nacional de Segurança do Paciente
PROADI-SUS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de
Saúde
RX - Raio X
RAS – Rede de Atenção à Saúde
REHUF - Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais
RJU - Regime Jurídico Único
SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS
SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares do SUS
SUS – Sistema Único de Saúde
UCIN – Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
USF - Unidade de Saúde da Família
UTI - Unidade de Terapia Intensiva
UTIN - Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
UFCG – Universidade Federal de Campina Grande
UFPB - Universidade Federal da Paraíba
SUMÁRIO
1 CONTEXTUALIZAÇÃO ................................................................................................. 16
1.1 Fundação e história do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB) .................... 16
1.2 Estruturação do HUJB ................................................................................................... 20
1.3 Relação da epidemiologia e quadro sanitário com a vocação assistencial do HUJB 22
1.3.1 Inserção territorial do HUJB ....................................................................................... 22
1.3.2 A Epidemiologia loco-regional do Estado e Região ................................................... 25
1.3.2.1 Natalidade .................................................................................................................... 25
1.3.2.2 Morbidades relacionadas à gravidez, parto e puerpério ........................................ 25
1.3.2.3 Morbidade e mortalidade infantil ............................................................................. 26
1.4 Vocação do HUJB ............................................................................................................ 27
1.5 Referências para o ensino e a pesquisa .......................................................................... 28
1.6 Especialidades oferecidas e características do serviço ................................................. 30
1.7 Inserção na Rede de Atenção à Saúde ........................................................................... 33
1.8 Perspectivas para a implantação de novas especialidades ........................................... 34
1.9 Investimentos do REHUF ............................................................................................... 36
1.10 Assinatura de contrato com a Ebserh ............................................................................ 36
1.11 Modelo de governança .................................................................................................... 37
1.12 Dimensionamento atual e futuro de pessoal .................................................................. 39
2 OBJETO E OBJETIVOS .................................................................................................. 42
2.1 Objeto ............................................................................................................................... 42
2.1.1 Objetivo geral ................................................................................................................ 42
2.1.2 Objetivos específicos ..................................................................................................... 42
3 PERCURSO METODOLÓGICO .................................................................................... 44
3.1 Análise situacional ........................................................................................................... 46
3.1.1 Descrição das visitas ...................................................................................................... 46
3.2 Oficinas e ferramentas utilizadas na construção do PDE do HUJB-UFCG .............. 48
3.2.1 Oficina: Levantamento de expectativas e desafios ..................................................... 48
3.2.2 Ferramentas utilizadas na construção do PDE do HUJB-UFCG ............................. 49
3.2.2.1 Diagnóstico de aderência à Lista de Contribuições do HUJB ................................ 49
3.2.2.2 Diagnóstico de aderência à Lista de GAPS Normativos ......................................... 51
3.2.2.3 Diagnóstico de aderência as Bases e Padrões ........................................................... 52
3.2.2.4 Oficina: Identificação de problemas e associação com macroproblemas .............. 54
3.2.2.5 Oficina: Elaboração da missão, visão e valores do HUJB ...................................... 55
3.2.2.6 Oficina: Elaboração da matriz SWOT ..................................................................... 55
3.2.2.7 Oficina: Priorização de macroproblemas e identificação de atores sociais ........... 58
3.2.2.8 Oficina: Identificação de atores sociais ..................................................................... 60
3.3 Programa de Desenvolvimento de Competências do HUJB-UFCG ........................... 61
3.3.1 Oficina: Elaboração de árvores explicativas dos macroproblemas priorizados ..... 62
3.3.2 Associação de Macroproblemas priorizados com oportunidades de melhoria ....... 69
3.3.3 Oficina: Ferramenta para elaboração de planos de ação .......................................... 73
3.3.4 Oficina e ferramentas de análise de viabilidade e identificação de ações conflitivas76
3.3.5 Ferramenta da gestão do plano .................................................................................... 77
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 78
4.1 Gestão da Clínica ............................................................................................................. 78
4.2 Inserção do Hospital Universitário na Rede de Atenção à Saúde (RAS) ................... 81
4.3 Educação permanente em saúde .................................................................................... 83
4.4 Integração ensino-assistência ......................................................................................... 85
4.5 Infraestrutura hospitalar ................................................................................................ 86
5 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO .................................................................................. 88
5.1 Relações de ações por nó-crítico ..................................................................................... 88
5.2 Plano de Intervenção Consolidado ................................................................................ 92
5.3 Planejamento e Análise orçamentária ......................................................................... 102
6 ANÁLISE DE VIABILIDADE ....................................................................................... 104
6.1 Estratégias de viabilidade ............................................................................................. 105
7 GESTÃO DO PLANO, METAS E INDICADORES DE MONITORAMENTO ...... 107
7.1 Monitoramento do cronograma ................................................................................... 107
8 REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 115
APÊNDICE A ....................................................................................................................... 120
APÊNDICE B ........................................................................................................................ 121
16
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
1.1 Fundação e história do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB)
A história da fundação do HUJB teve início na década de 1970, quando era elevado o
índice de mortalidade infantil em toda a Paraíba. Na época, havia dois médicos que atendiam
pediatra na cidade e que sonharam com a construção de um hospital infantil para Cajazeiras,
entre eles estava o médico Júlio Maria Bandeira de Mello.
No dia 09 de outubro de 1977 ocorreu o lançamento da pedra fundamental, e logo em
seguida, o início da obra. Graças à ajuda de pessoas amigas, colaboradores e órgãos
municipais, estaduais e federais, a casa de saúde das crianças sertanejas foi festivamente
inaugurada em 12 de novembro de 1978, e desde então não faltaram dedicação e
determinação do Dr. Júlio, idealizador e benfeitor maior para que o hospital infantil se
tornasse um centro de referência em saúde na cidade de Cajazeiras e região, sendo este o
início da vocação para o cuidado à criança, percebido transversalmente ao longo da história
do mesmo.
Figura 1 – Antigas fachadas do hospital
Fonte: Arquivos do hospital
Por vários anos o Hospital Infantil de Cajazeiras (HIC) foi vinculado à Associação de
Proteção a Assistência a Maternidade e Infância de Cajazeiras (APAMIC) que, por um
período de sua história, também funcionou como maternidade. Dificuldades de financiamento
desencadearam problemas administrativos e de manutenção do hospital, o que fez do HIC um
hospital de dupla porta de acesso, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e por convênios
privados. Em outubro de 2001 uma intervenção da Prefeitura Municipal de Cajazeiras
17
transformou o HIC em autarquia municipal, que passou a ser chamado de Instituto Materno
Infantil Dr. Júlio Maria Bandeira de Mello (IJB), permanecendo com esta denominação até
ser recebido pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Algumas fachadas do
HUJB encontram-se ilustradas na Figura 1.
A trajetória do Hospital Infantil de Cajazeiras, hoje Hospital Universitário Júlio
Bandeira (HUJB), relembra avanços ocorridos com a criação e expansão da Universidade
Federal de Campina Grande. A UFCG foi criada por meio da Lei 10.419 de 09 de abril de
2002, a partir do desmembramento da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Ao longo da
história das unidades que compõem a UFCG, a inclusão social e o desenvolvimento
econômico sempre estiveram em destaque nos projetos e ações da Universidade. Por essa e
outras razões, a UFCG se destaca no cenário nacional. Entre outros pontos que podem ser
considerados, a UFCG se tornou pioneira na região por ser a primeira Universidade Federal
do interior nordestino.
A reitoria da UFCG é sediada na cidade de Campina Grande, e os cursos de graduação
estão distribuídos em sete campi da Universidade, nas cidades de Campina Grande, Sumé,
Cuité, Patos, Pombal, Sousa e Cajazeiras. O Centro de Formação de Professores (CFP), como
é denominado o Centro do Campus de Cajazeiras, possui os cursos de Licenciatura em
Matemática, Física, Química, Biologia, Geografia, História, Letras e Pedagogia, e os
Bacharelados em Enfermagem e Medicina. Ademais, há ainda a Escola Técnica de Saúde que
possui um Curso de Ensino Médio e dois cursos de Ensino Técnico: Técnico de Enfermagem
e Técnico em Saúde Bucal.
Cajazeiras é um município situado no semiárido nordestino brasileiro (Figura 2),
localizado no sertão da Paraíba, distante 468 quilômetros da capital do Estado. Ocupa uma
área aproximada de 566 km², com uma população de 61.816 habitantes, segundo estimativa
do IBGE em 2016, sendo o sétimo município mais populoso da Paraíba.
Principal cidade da região, o nome do município faz referência a uma fazenda fundada
no século XVIII por Luiz Gomes de Albuquerque, onde existiam plantadas várias cajazeiras,
árvores que produzem o fruto cajá. Economicamente, o setor terciário é sua principal fonte de
renda, tendo o comércio e os serviços as principais atividades econômicas.
Sendo cidade polo do alto sertão paraibano, também conhecida como a “cidade que
ensinou a Paraíba a ler” e “Terra do Padre Rolim”, tem o ensino como atrativo para
municípios e estados circunvizinhos. Seu desenvolvimento econômico está alinhado à criação
dos cursos na área de saúde, inicialmente pelo curso Técnico de Enfermagem, seguido pela
graduação em Enfermagem e, posteriormente, com o curso de Medicina, todos no campus
18
Cajazeiras/UFCG. Além destes, existem mais 03 Faculdades de Ensino Superior, na cidade,
com cursos de Medicina, Enfermagem, Psicologia, Farmácia, Odontologia, Ciências Jurídicas,
entre outros.
Figura 2 – Fotografia da cidade de Cajazeiras-PB
Fonte: Google imagem
Dos municípios que compõem a 9ª Gerência Regional de Saúde (GRS), Cajazeiras tem
gestão plena e é responsável pela administração de parte dos recursos descentralizados pelo
Ministério da Saúde, para média e alta complexidade. Fazem parte da rede de saúde do
município: o Hospital Regional de Cajazeiras (HRC), hospital de urgência e emergência que
possui 142 leitos. Destes, 07 são leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto Tipo II e
18 leitos obstétricos (baixo risco); 01 Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tipo I; 01
Policlínica; 01 Centro de Especialidades Odontológicas (CEO); 01 Centro de Reabilitação
Auditiva; 03 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sendo 01 infantil, 01 adulto e 01
álcool e drogas; 01 base do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU); 01
Hemonúcleo; 01 Banco de Leite Humano; 21 Unidades de Saúde da Família e 01 Central de
Regulação de Serviços de Saúde.
A rede de saúde vem fazendo um movimento de adaptação às necessidades do ensino,
da pesquisa e da extensão, dos cursos da área de saúde. Nesse sentido, em 2009 houve a
iniciativa de compartilhamento da gestão do HRC com a UFCG, hospital mantido pela
Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba. Mas, embora a proposta tenha sido inicialmente
promissora, o acordo foi desfeito em dezembro de 2010.
19
Com a premente necessidade de expandir as ações de ensino na rede de saúde, mais
uma vez tornou-se indispensável retomar as iniciativas para definição e estruturação dos
cenários de práticas para os cursos instalados no campus de Cajazeiras/UFCG.
Partindo de tal constatação, em 2011, o então prefeito de Cajazeiras, que era professor
do curso de Medicina/UFCG, propôs a transferência de gestão do IJB para a UFCG. Assim,
os acordos para a cessão iniciaram em janeiro de 2011, o que tornou a UFCG responsável pela
gestão do IJB. Logo no primeiro ano de envolvimento da UFCG na gestão do IJB ocorreram
várias mudanças no hospital, entre elas, o cancelamento dos atendimentos por convênios de
saúde, o que tornou os atendimentos do hospital 100% pelo SUS.
A doação do IJB à UFCG ocorreu em 25 de novembro de 2011, por meio da Lei
Municipal N°2.005/2011, sendo recebido oficialmente pelo Conselho Curador da UFCG em
julho de 2012. Em 2013, o hospital foi reconhecido pelo Ministério da Educação como
Hospital Universitário Federal (HUF). O histórico evolutivo do HUJB está sintetizado no
Quadro 1.
Quadro 1 - Etapas do processo de doação e criação do HUJB
DATA ACONTECIMENTO
20/04/2011 Lei de Cessão de Uso do IJB a UFCG (Lei N°1.953/2011)
19/07/2011 Criação do Conselho Deliberativo do IJB
26/10/2011 Aprovação do Regimento Interno do IJB pelo Colegiado Pleno da
UFCG (Resolução N°02/2011)
25/11/2011 Lei de Doação do IJB a UFCG (Lei N°2.005/2011)
23/04/2012 Escrituração do terreno
27/07/2012 Criação oficial do HUJB (Resolução N°02/2012) pelo Colegiado Pleno
da UFCG
Fonte: Próprios autores.
Atualmente o HUJB é filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh),
vinculada ao Ministério da Educação. O hospital fica situado na Avenida José Rodrigues
Alves, número 305, bairro Edimilson Cavalcante, Cajazeiras-PB, sendo um dos três HUF da
Paraíba. Este vem se estruturando para as áreas da atenção à saúde da criança, da mulher e
maternoinfantil, de acordo com sua vocação assistencial, alinhado às necessidades de saúde
da região.
20
1.2 Estruturação do HUJB
O HUJB possui um terreno de 10.213,35m², e quando recebido pela UFCG possuía
uma área construída de 1.869,00 m² e 26 leitos incluídos no Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (CNES), apenas de pediatria clínica.
Devido à estrutura de funcionamento muito precária, as obras de reforma e ampliação
do hospital (ilustradas na Figura 3 e Figura 4) iniciaram logo no primeiro semestre de 2013, a
partir de investimentos da própria Universidade.
Figura 3 – Construção da Unidade Administrativa - HUJB-UFCG
Fonte: Arquivos do hospital
Figura 4 - Área de convivência da Unidade de Internação Pediátrica - HUJB-UFCG
Fonte: Arquivos do hospital
Esta obra teve como finalidades: 1) Estruturação de serviços essenciais para o
funcionamento do hospital (construção do Laboratório de Análises Clínicas, Unidade
Administrativa, Unidade de Exames, Farmácia, Almoxarifado e Processamento de Roupas);
21
2) Melhoria das instalações e da qualidade do atendimento com a ampliação e reforma da
Unidade de Pronto Atendimento Pediátrico e da Unidade de Internação; 3) Ampliação dos
serviços, com a reforma do Centro Obstétrico, Central de Material e Esterilização (CME),
Unidade Obstétrica e Unidade de Cuidados ao Recém-Nascido, sendo estes últimos para
reativar a implantação do Serviço de Obstetrícia, que já era um objetivo da Prefeitura
Municipal de Cajazeiras.
Com a conclusão destas obras (1.250,16 m² de área ampliada), o hospital passou a ter
uma área total construída de 3.119,16 m², e capacidade física instalada para aproximadamente
55 leitos, além daqueles destinados à observação.
Figura 5 – Revestimento epóxi no piso
Fonte: Arquivos do hospital.
No cenário de ausência de pessoal para expandir a oferta de serviços assistenciais e de
ensino, nos primeiros anos de gestão do HUJB as adequações na infraestrutura física foram
priorizadas, com vistas ao atendimento à legislação vigente sobre os estabelecimentos de
saúde deste porte. Além da obra maior, finalizada no primeiro semestre de em 2016, foram
realizados outros investimentos em reformas e adequações: substituição de todas as
esquadrias; climatização; pavimentação do estacionamento; cabeamento estruturado;
instalação da rede de gases medicinais e da usina de produção; aquisição e instalação da
subestação de energia e do novo gerador; aquisição e instalação de bate-macas; aplicação de
revestimento epóxi no piso (Figura 5) da área antiga do hospital, entre outras.
Além das obras, de 2012 a 2016 houve a aquisição de diversos equipamentos médico-
hospitalares, principalmente a partir de 2015 com a inclusão do HUJB no Programa de
Restruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), que proporcionou ações
visando a estruturação do hospital e a expansão dos serviços com abertura de novos leitos,
22
entre estes equipamentos vale destacar: máquinas da Unidade de Processamento de Roupas;
equipamentos para a CME, incluindo 01 autoclave de barreira e 01 termodesinfectadora;
camas motorizadas para o eixo vermelho da Pediatria; 02 (dois) respiradores mecânicos para o
eixo vermelho pediátrico; focos cirúrgicos; um aparelho de RX convencional; carros de
anestesia; camas de parto modelo PPP motorizadas; berços aquecidos; duas ambulâncias,
entre elas 01 de suporte avançado com incubadora de transporte.
Figura 6 - Antes e depois da sala de radiologia - HUJB-UFCG
Fonte: Arquivos do hospital.
1.3 Relação da epidemiologia e quadro sanitário com a vocação assistencial do HUJB
1.3.1 Inserção territorial do HUJB
O HUJB está territorialmente inserido na 4ª macrorregião da Paraíba, sendo
atualmente referência microrregional (9ª Região de Saúde) para atendimentos ambulatoriais e
internações hospitalares em pediatria, de acordo com as normas e diretrizes do SUS. A 4ª
macrorregião da Paraíba é composta por quatro microrregiões de saúde: 8ª, 9ª, 10ª e 13ª, com
seus respectivos municípios (Figura 7 e Figura 8).
23
Figura 7 - Mapa representativo das macrorregiões de saúde do estado da Paraíba
Fonte: www.saude.pb.gov.br
A 9ª Gerência Regional de Saúde (GRS) fica situada em Cajazeiras, distante 477 km
de João Pessoa, composta por 15 municípios, representados na Figura 9.
Figura 8 - Mapa da estratificação da Paraíba em Gerências Regionais de Saúde
Fonte: www.saude.pb.gov.br
24
Figura 9 - Mapa representativo da 9a Região de Saúde da Paraíba
Fonte: http://cosemspb.org/cir
Enquanto polo regional e sede da 9ª GRS, de acordo com o censo 2010 do IBGE,
Cajazeiras possuía uma população de 58.446 habitantes, dos quais 27.938 eram homens e
30.508 mulheres. Em 2015, a população estimada foi de 61.431 habitantes (IBGE, 2015). Seu
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é considerado médio (0,679), de acordo com
dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) 2010, sendo o
sétimo maior da Paraíba e o 2.462º do Brasil. Considerando-se apenas o índice de
longevidade, seu valor é de 0,815, o valor do índice de renda é de 0,668 e o de educação é de
0,574.
É importante destacar alguns dados de impacto para a saúde coletiva: estima-se que a
cidade apresente cerca de 14.177 domicílios particulares e permanentes, destes 11.020
possuem esgotamento sanitário, 10.696 são abastecidos pela rede geral de água e 9.762
dispõem de serviço de coleta de lixo (IBGE, 2015).
25
1.3.2 A Epidemiologia loco-regional do Estado e Região
1.3.2.1 Natalidade
Em 2013 foram registrados 56.854 nascimentos no Estado da Paraíba, com taxa bruta
de natalidade de 14,42 nascidos vivos por 1.000 habitantes. Destes, 5,72% foram com peso
inferior a 2500 g. No Brasil, segundo dados do IBGE, esta mesma taxa foi de 14,79, enquanto
que na 9ª Regional de Saúde da Paraíba, em 2013, registrou-se a taxa bruta de natalidade de
13,12, taxas estas de tendência semelhante, e cuja relevância é indiscutível para o
planejamento das ações de promoção e prevenção de agravos, assistência e gestão em saúde,
voltadas para a linha de cuidado maternoinfantil.
Tabela 1 - Distribuição do número de nascidos vivos e de idade gestacional menor que
37 semanas na 9ª Regional de Saúde, 2006 a 2012
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Total de
Nascidos vivos
2260
2656
2464
2353
2397
2498
2282
IG menor que
37 semanas 96 101 121 110 117 249 214
Fonte: http://infosaudepb.saude.pb.gov.br/mosaico/consolidados/regiao
A Tabela 1 apresenta informações referentes aos nascidos vivos, à idade gestacional
(IG) e aos partos normais e cesáreos na 9ª GRS, de 2006 a 2012. Observa-se que ao longo
dos anos houve aumento no número de nascidos vivos com IG menor que 37 semanas, os
quais apresentam maiores riscos de complicações maternas e neonatais, corroborando a
importância de um hospital voltado a estas linhas de cuidado, inserido na 9ªGRS.
1.3.2.2 Morbidades relacionadas à gravidez, parto e puerpério
As hospitalizações no Brasil resultaram, no ano de 2014, em 11.320.287
internamentos, considerando-se dados relativos às diversas causas e às diferentes faixas etária.
Na Paraíba, em 2014 ocorreram 194.453 internações, das quais 24,26%, das causas de
hospitalização foram aquelas relacionadas à gravidez e puerpério, seguidas pelas doenças do
aparelho respiratório, com 12,07% e doenças infecciosas e parasitárias, com 10,29% das
hospitalizações. Em análise dos dados das GRS 7, 9 e 10 as principais causas de
26
hospitalização foram as doenças infecciosas e parasitárias, com 20,88%, seguidas pela causa
de doenças respiratórias (18,41%) e gravidez, parto e puerpério (18,47%).
Levando em consideração as hospitalizações de crianças e adolescentes na Paraíba em
2014, estas representaram 17,22% (51.041) do total das internações, destas, 644 estavam
relacionadas ao CID-10 Capítulo XV (Gravidez parto e puerpério), em menores de 14 anos.
Estes últimos dados apontam para a relação entre gravidez na adolescência e recém-nascidos
de baixo peso, principalmente, devido à ocorrência de partos prematuros e às infecções das
membranas ovulares, crescimento intrauterino restrito, síndromes hipertensivas, a anemia,
desnutrição, baixo nível socioeconômico e ganho de peso inadequado.
No que diz respeito à Paraíba, em 2013 foram registradas 16.757 hospitalizações
relacionadas à gravidez, parto e puerpério, respondendo a 9ª GRS por 10,72% destes. Neste
mesmo contexto, Cajazeiras responde por 40,48% das 1.798 internações relacionadas a
gravidez, parto e puerpério.
1.3.2.3 Morbidade e mortalidade infantil
Ao analisar os índices de mortalidade infantil (MI) no Brasil desde a década de 1990,
verifica-se que antes do prazo o país já atingiu uma das metas propostas nos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM), ou seja, em 2011 apresentou um índice de MI de
16/1000 NV e reduziu dois terços à mortalidade para crianças menores de cinco anos até 2015
(ODM, BRASIL, 2012).
Mesmo com a redução dos índices de MI, a morbimortalidade nesta faixa etária ainda
é considerada elevada no Brasil e no mundo, e está relacionado às complicações perinatais e à
prematuridade. Reconhece-se que mais de 60% de mortes precoces podem ser evitadas pelo
acesso em tempo adequado a serviços de saúde de qualidade e resolutivos (BRASIL, 2009;
BRASIL 2004), assim como, a manutenção da morbidade relacionada à baixa resolubilidade
de ações relacionadas a agravos evitáveis à saúde infantil também se mantém elevada. Nessa
perspectiva, nota-se a urgência em implantar políticas com vistas a melhorar a assistência ao
segmento populacional infantil, incluindo-se nesta perspectiva atenção hospitalar adequada
como resposta frente aos agravos.
No Estado de Paraíba ocorreram 25.926 óbitos no ano de 2013, tendo como principal
causa as doenças do aparelho circulatório, com 30,71% dos óbitos, seguida dos óbitos por
27
neoplasias, com 13,80% e em terceiro lugar as causas externas, com 12,61%. O coeficiente de
mortalidade geral (CMG) foi de 6,57/1000 óbitos
No que diz respeito à mortalidade infantil, no Brasil ocorreram 29.040 óbitos na faixa
etária entre 0 a 19 anos, sendo registrados 707 óbitos nesta mesma faixa etária na Paraíba, no
ano de 2016. Destes, 465 ocorreram com crianças menores de 1 ano. Ao considerar o capítulo
XVI do CID 10, foram registrados para o mesmo período, no estado, 277 óbitos relacionados
a afecções relativas ao período perinatal. Dados referentes à mortalidade infantil revelam que
dos óbitos infantis registrados em 2013 na Paraíba, por local de residência, 23 (3,25%)
ocorreram na 9ªGRS, enquanto a cidade de Cajazeiras responde por 23 dos óbitos registrados
na 9ªGRS, representando em relação a esta 39% do total de óbitos infantis.
Para a 9ª GRS, a taxa de mortalidade em crianças menores de um ano em 2012 foi de
14,02 e, para as GRS 7, 9 e 10 o CMI é de 18,09/1000, superior ao CMI estadual, com 103
óbitos. Destes, 58 óbitos ocorreram na primeira semana de vida, representando 59,74% do
total de óbitos, sendo as principais causas atribuídas ao período perinatal, seguida pelas
malformações congênitas e anomalias cromossômicas, situações nas quais a assistência
hospitalar qualificada pode intervir positivamente, justificando assim o empenho em instituir,
no HUJB, a linha de cuidado de saúde da criança.
1.4 Vocação do HUJB
A alta mortalidade infantil na década de 1970 despertou a mobilização política e social
para a construção de um hospital pediátrico para a região, que ao longo da sua história
também prestou serviços na área de obstetrícia. Atualmente, como Hospital Universitário
Federal, alinhado às demandas do ensino e das necessidades sociais de saúde, o HUJB atende
crianças e adolescentes, e vem se estruturando para voltar a prestar serviços na área da saúde
maternoinfantil, bem como da saúde da mulher.
A partir de sua inserção na rede de HUF e durante o curso de gestão do Instituto de
Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, o hospital teve a oportunidade de elaboração, e
posterior afirmação, por todos os atores envolvidos na elaboração deste Plano Diretor, de sua
missão, visão e valores, marcando uma nova etapa na história do HUJB. A construção
coletiva foi pautada no planejamento estratégico, na definição do seu papel na RAS e na
consolidação do hospital como HUF.
28
Missão
Promover o ensino e a pesquisa e prestar atenção integral, humanizada e de qualidade
à saúde da mulher, maternoinfantil, da criança e do adolescente, com vistas ao fortalecimento
do Sistema Único de Saúde.
Visão
Ser reconhecido como hospital de qualidade na assistência de média complexidade, no
ensino e na pesquisa.
Valores
Humanização
Transparência
Ética
Qualidade
Valorização do conhecimento
Responsabilidade sócio/ambiental
1.5 Referências para o ensino e a pesquisa
Para compreender a importância do HUJB para a UFCG é indispensável conhecer a
abrangência da educação técnica e superior, por meio dos cursos instalados no campus
Cajazeiras/UFCG. Todos possuem a preocupação em atender às necessidades de bem-estar da
sociedade e as exigências do mercado de trabalho, recebendo alunos oriundos de municípios
circunvizinhos da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
Na área da saúde, o campus Cajazeiras/UFCG é tradicionalmente representado pelo
curso técnico em Enfermagem, que passou a funcionar em 1980, na então UFPB. Tal curso
originou a Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras, que hoje oferta cursos técnicos em
Enfermagem, Saúde bucal e Agente comunitário de saúde. No que diz respeito aos
bacharelados em saúde, o curso de graduação em Enfermagem do campus de
Cajazeiras/UFCG foi criado em 2005, enquanto que o curso de Medicina foi implantado em
2007, dentro do plano de expansão institucional da Universidade.
Constata-se ainda que os demais campi da UFCG podem vislumbrar a potencial
contribuição de um HUF para a realização das atividades práticas, estágios, visitas de campo e
29
projetos de pesquisa e extensão universitária, por meio da complexidade dos serviços
ofertados e dos recursos físicos, técnicos e organizacionais que incorpora, enquanto hospital
vinculado a uma instituição federal de ensino, a UFCG.
Um dos maiores desafios para a consolidação do HUJB é a ampliação do seu papel no
ensino, o que consta na sua missão institucional, além do compromisso com a formação de
profissionais de saúde, voltados, principalmente, para a assistência prestada pelo SUS. Para
isso, a gestão do HUJB vem buscando de forma intensiva uma maior inserção da UFCG nas
atividades do hospital, na assistência, no ensino, pesquisa, extensão e na gestão.
Mesmo em transição e em processo de estruturação, algumas atividades de ensino
estão sendo desenvolvidas no HUJB, as principais são: aulas práticas, estágio supervisionado
dos cursos técnico em Enfermagem e de graduação em Enfermagem (campus Cajazeiras),
Nutrição (campus de Cuité-PB) e Administração (campus de Sousa-PB), visitas técnicas,
complemento do internato do curso de Medicina, na área de conhecimento de Pediatria,
anteriormente realizado em hospitais situados fora de Cajazeiras, além de algumas pesquisas e
projetos de extensão que são realizados no cenário hospitalar. Ao longo de 2015 e
continuando em 2016, foram realizadas bancas de Trabalho de Conclusão do Curso de
Medicina, atendimentos ambulatoriais realizados por professores e acadêmicos, além de aulas
no próprio hospital, no entanto, ainda não existem linhas de pesquisa definidas e programas
de residência no hospital.
Por se tratar de um hospital de inserção loco-regional, com interlocução entre serviços
de diversos níveis de complexidade e de gestão, o HUJB deverá desempenhar papel
privilegiado na formação de profissionais para atuação na Rede SUS. Deve, portanto, servir
como campo de formação prática e teórica, de pesquisa e desenvolvimento tecnológico em
saúde, com vistas à qualificação da assistência e da gestão. Deverá ainda desenvolver
programa de educação permanente para os trabalhadores e participar de iniciativas que
promovam integração e cooperação técnica entre os diferentes serviços do hospital e a Rede
do SUS, através da estratégia de matriciamento e outros espaços de diálogo e
compartilhamento de saberes e práticas.
Atualmente, o HUJB desempenha um importante papel na RAS, por ser o único
hospital de referência em média complexidade em pediatria, para a microrregião de saúde,
com apenas 15 leitos ativos, em 2016. Desde que foi criado como HUF, em 2012, e mesmo
com ausência do quadro de pessoal próprio, vem cumprindo a pactuação dos serviços com o
gestor municipal, assinada em 2013.
30
Contudo, com a ampliação da sua capacidade física instalada e com a absorção dos
profissionais, prevista por meio do concurso pela Ebserh, a partir de 2017, espera-se que até o
final de 2018 o hospital chegue a 55 leitos ativos e contratualizados, distribuídos nas áreas de
saúde da criança e adolescente, saúde da mulher e maternoinfantil, expandindo o seu papel na
RAS e, consequentemente, ampliando suas atividades de ensino, pesquisa e extensão,
principalmente para absorver parte das demandas dos cursos de Medicina e Enfermagem da
UFCG, que atualmente realizam suas atividades práticas dos últimos semestres em hospitais
de outras cidades.
1.6 Especialidades oferecidas e características do serviço
Desde que foi recebido pela UFCG, e ao longo dos últimos anos, o HUJB continuou
sendo referência microrregional (9ª Região de Saúde) para os atendimentos da área de saúde
da criança e adolescente, realizando atendimentos de urgência e emergência e internação
clínica. Dos 26 leitos cadastrados no CNES, apenas 15 estavam ativos durante a elaboração
desse Plano Diretor, devido aos ajustes realizados na infraestrutura para atender o
dimensionamento de serviços realizado em 2014, a partir da adesão à Ebserh, que definiu a
(re) distribuição de parte dos leitos para as outras especialidades.
Os principais tipos de atendimentos do hospital são as consultas de pronto
atendimento, seguido dos internamentos, ambos apenas em pediatria clínica. No ano de 2013
foram realizados 32.054 atendimentos SIA/SUS, em 2014 foram 26.752, e em 2015 foram
27.414 atendimentos, de janeiro a junho de 2016 foram realizados 19.421 atendimentos. A
Tabela 2 demonstra a maior procura da população pelos serviços do hospital entre os meses
de fevereiro e abril, tendência observada também nos anos anteriores. Especialmente em
2016, o aumento se justifica pelos casos das arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya) e
outras doenças comuns neste período do ano.
Em junho de 2014 foi implantado no HUJB o “acolhimento com classificação de
risco” no pronto atendimento pediátrico. O hospital segue o Protocolo de Manchester
adaptado. Para isso, realizou duas capacitações com os enfermeiros e médicos, promovidas
pelo próprio hospital que desencadeou algumas mudanças positivas no processo de trabalho
da equipe. Antes da implantação do protocolo os atendimentos ocorriam por ordem de
chegada e da priorização de urgências e emergências, porém, de forma assistemática. A
31
classificação de risco proporcionou maior transparência para os usuários, humanização e
qualificação do atendimento.
A maior parte da demanda do hospital é espontânea, o que resulta em número
relevante de atendimentos de pacientes com condições clínicas não urgentes - azul e verde.
No ano de 2015 o HUJB referenciou 1.394 casos classificados como azul para a Atenção
Básica e 42 casos classificados como vermelho para unidades de terapia intensiva dos
hospitais de referência, principalmente para o Hospital Universitário Alcides Carneiro,
também vinculado à UFCG, e Hospital de Trauma de Campina Grande. Essa sazonalidade e o
número elevado de atendimentos não urgentes está demonstrada na Tabela 2, nos
atendimentos de janeiro a junho de 2016.
Tabela 2 - Atendimentos por classificação de risco, janeiro a junho de 2016
Risco Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Total
Vermelho 13 10 14 14 11 5 67
Laranja 4 21 36 59 29 15 164
Amarelo 338 642 775 1.035 611 288 3.689
Verde 1.673 2.971 2.692 2.763 1.763 1.195 13.057
Azul 418 467 606 499 229 225 2.444
Total 2.446 4.111 4.123 4.370 2.643 1.728 19.421
Fonte: Vigilância Epidemiológica/HUJB.
Também em 2014 foram implantadas as consultas eletivas de pediatria, inicialmente,
para atender às demandas de egressos da unidade de internação pediátrica. Em pouco tempo,
o hospital passou a atender as demandas encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde de
Cajazeiras e de outros municípios da microrregião, bem como oriundas do pronto atendimento
do hospital. Embora com limitações, devido à insuficiência de profissionais, atualmente o
hospital disponibiliza consultas eletivas de pediatria, psicologia, nutrição e ginecologia, que
consistiram em 289 das 27.414 consultas realizadas no ano de 2015.
No regime hospitalar foram realizados 592 internamentos no ano de 2013, 533 em
2014, 409 internamentos em 2015 e até junho de 2016 foram 292 (Tabela 3), do município de
Cajazeiras e dos demais municípios, principalmente da 9ª Região de Saúde, dados que
reforçam a relevância do HUF para a rede loco regional de saúde, para a qual é referência em
saúde da criança.
32
Tabela 3 - Internamentos, janeiro a junho de 2016
Município Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Total
Cajazeiras 18 21 11 37 34 22 143
Demais munícipios 19 12 15 28 42 33 149
Total 37 33 26 65 76 55 292
Fonte: Vigilância Epidemiológica/HUJB.
Quanto aos serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, em 2015 foram realizados
6.867 exames laboratoriais e 1.221 radiografias (205 de pacientes em regime de internamento
e 1.016 do pronto atendimento).
Figura 10 - Internamentos por causas, janeiro a junho de 2016
Fonte: Vigilância Epidemiológica/HUJB
As principais causas de internamentos foram as doenças de vias aéreas (48%),
principalmente as pneumonias e a crise asmática, seguida das doenças intestinais (17%) e
doenças infecciosas (16%), conforme ilustrado na Figura 10.
A taxa de ocupação hospitalar em 2013 foi de 20,8%, em 2014 de 22,8% e em 2015 de
32,6%. Anualmente as maiores taxas de ocupação se concentram no primeiro semestre. Estes
dados também refletem a indefinição do papel do hospital na RAS, a ausência de Gestão da
Clínica, de regulação assistencial e de um programa de educação permanente e continuada.
Ademais, a falta de profissionais dificulta a permanência do paciente no hospital, pois muitos
casos atendidos são encaminhados para outros serviços, ao exemplo dos casos cirúrgicos,
situação que só será resolvida com a implantação do Centro Cirúrgico e serviços de apoio
diagnóstico e terapêutico. Na Tabela 4 encontram-se os indicadores hospitalares do HUJB no
primeiro semestre de 2016.
138
50
46
26
18
7
2
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Doenças de vias Aéreas
Doenças Instestinais
Doenças Infecciosas
Doenças do Aparelho Urinário
Geral
Distúrbios
Anemias
33
Tabela 4 - Indicadores hospitalares, janeiro a junho de 2016
Indicadores Jan Fev Mar Abr Maio Jun Total
Total de leitos dia/mês 372 348 372 360 465 450 3.297
Números de admissões 40 34 31 62 77 56 387
Números de altas 30 25 25 56 78 53 3.684
Transferências p/ outras instituições 6 10 9 6 9 4 56
Óbitos 0 0 1 1 0 1 4
Média paciente dia 3,7 4,3 4,4 7,1 9,3 6,0 5,7
Taxa de permanência 3,2 3,5 3,9 3,3 3,7 3,1 3,5
Taxa de ocupação hospitalar 31,1 35,9 37,3 59,4 62,0 40,4 42,4
Fonte: Vigilância Epidemiológica/HUJB.
Desde a criação do HUJB os investimentos em infraestrutura proporcionaram a
possibilidade de dimensionar serviços que serão responsáveis pela mudança do perfil
assistencial do hospital. Com a eminência de compor o quadro de pessoal, que será 100%
Ebserh na área médica e assistencial, o HUJB terá sua grande oportunidade de se consolidar
como HUF, firmando seus valores em prol da saúde e do ensino de qualidade.
1.7 Inserção na Rede de Atenção à Saúde
O HUJB integra-se à rede hierarquizada de Atenção à Saúde proposta pelo Ministério
da Saúde, da 9ªGRS da Paraíba, a nível ambulatorial e hospitalar, de urgência e emergência,
atuando como unidade de referência no atendimento clínico pediátrico, em baixa e média
complexidade.
O primeiro Instrumento Formal de Contratualização e Plano Operativo Assistencial
com a Secretaria Municipal de Saúde foi pactuado em maio de 2013, e até então a principal
fonte de financiamento do hospital vem sendo originada do SIA/SUS e SIH/SUS, além dos
recursos do REHUF. Neste aspecto, passa por dificuldades em atingir a taxa de ocupação
pactuada (entre 60 e 85%) e em efetuar a gestão do Plano, além de a Comissão de
Acompanhamento do Contrato não ter sido constituída pela Secretaria Municipal de
Cajazeiras.
O serviço compreende procedimentos relativos ao pronto atendimento (urgências e
emergências) e os serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, destinado a crianças e
adolescentes (população de 29 dias a 18 anos), com agravos à saúde de perfil clínico,
funcionando como estrutura de atendimento referenciado para pacientes encaminhados pelos
34
serviços de saúde da 9aGRS (USF, UPA, hospitais municipais), e pacientes encaminhados
pelo SAMU.
No entanto, o HUJB atende uma grande demanda da atenção primária, dos municípios
da 9ª Região de Saúde, considerando que a principal porta de entrada do hospital é o pronto
atendimento, por meio da demanda espontânea. Suas características atuais ainda não
favoreceram a implantação da regulação de leitos, consultas e exames, principalmente devido
a insuficiência de profissionais.
Por outro lado, a baixa complexidade dos procedimentos realizados no hospital, a
insuficiência de profissionais especializados e de leitos intensivos ou semi-intensivos fazem
com que casos mais graves sejam estabilizados no próprio HUJB e referenciados para
hospitais de Campina Grande, Patos e João Pessoa, mediante vaga solicitada e confirmada
pelo médico plantonista, e encaminhados em transporte próprio (ambulância e equipe). Para
assegurar o adequado transporte, o HUJB possui 03 (três) ambulâncias, sendo uma de suporte
avançado (UTI móvel).
Espera-se, a partir da estruturação e implantação dos serviços dimensionados, que
muito em breve o HUJB tenha seu papel (re) definido na RAS e que seja promovida sua
efetiva inserção por meio da revisão do processo de contratualização, que deve considerar as
necessidades de saúde da população, a organização dos serviços em linhas de cuidado e o
fortalecimento da relação do hospital com a gestão do SUS.
1.8 Perspectivas para a implantação de novas especialidades
A estruturação de um HUF a partir da doação de uma pequena unidade hospitalar tem
sido um longo processo, permeado de grandes expectativas, relacionadas principalmente a
assinatura do contrato da UFCG com a Ebserh. Durante todos esses anos após sua criação, o
hospital não conseguiu ampliar largamente o seu papel no ensino devido à insuficiência de
profissionais, na assistência e na gestão, o que fez com que os investimentos em infraestrutura
fossem o seu maior destaque nos últimos anos.
Com a ampliação e reforma de quase toda sua estrutura e, a partir da composição da
gestão e do quadro de pessoal pela Ebserh, além da importante qualificação de sete gestores
por meio do Curso em Gestão do IEP/HSL, espera-se colocar em funcionamento a capacidade
instalada de 55 leitos hospitalares nos próximos dois anos.
35
Com a ampliação e reestruturação dos serviços, o HUJB contará com 6 (seis)
consultórios para consultas eletivas (localizados no Posto de Assistência Primária a Saúde –
PAPS/ETSC/CFP/UFCG) e 55 leitos hospitalares, dos quais 08 serão de ginecologia, 04
obstétricos clínicos, 19 de obstetrícia cirúrgica, 14 de alojamento conjunto e 5 de quartos
PPP), 3 pediátricos cirúrgicos, 12 pediátricos clínicos (sendo 01 de isolamento), 5 leitos de
UTIN e 4 leitos de UCIN.
Quadro 2 - Síntese do dimensionamento de serviços assistenciais do HUJB e distribuição
de leitos
Fonte: Relatório de dimensionamento de serviços assistenciais Ebserh (2014).
A reestruturação organizacional do HUJB-UFCG busca a agregação de serviços, com
a finalidade de estruturá-los por linha de cuidado. O Quadro 2 representa a síntese do
dimensionamento de serviços assistenciais proposto para o hospital, estabelecido conforme a
capacidade física instalada e as necessidades de saúde da população.
Além dos serviços de internação hospitalar, o HUJB pretende ampliar a oferta de
consultas e exames eletivos, sendo as consultas médicas nas especialidades de ginecologia,
obstetrícia, pediatria e pediatria cirúrgica, além das consultas de enfermagem, nutrição,
odontologia e psicologia. Quanto ao apoio diagnóstico, o hospital pretende realizar os
seguintes exames: cardiotocografia, doppler, colposcopia, vulvoscopia e ultrassonografias,
além dos exames de análises clínicas e das radiografias, realizadas no próprio HUJB.
Área de Atenção Serviço Leitos Outros
Saúde da Criança e do
Adolescente
Pronto
Atendimento -
2 leitos de eixo vermelho, 1
eixo amarelo, 5 eixos verde
Internação Clínica 12 -
Internação
Cirúrgica 3 -
Saúde da Mulher Ginecologia 8 -
Saúde Maternoinfantil
Obstetrícia Clínica 4 -
Obstetrícia
Cirúrgica 19
2 leitos de observação da
gestante
Cuidados Intensivos e Semi-
Intensivos Neonatais
UTIN 4 -
UCIN 5 -
Centro Cirúrgico e
Obstétrico - 2 salas de cirurgia
Recuperação Pós-
Anestésica - 5 leitos
36
Esses aspectos são decisivos para a revisão da contratualização dos serviços de saúde
com o gestor do SUS, tendo em vista que significam incremento nas ações de saúde para a
população da região e a qualificação da assistência.
1.9 Investimentos do REHUF
Em 2015 o hospital foi inserido no REHUF, criado em 2010 pelo Governo Federal
com o objetivo proporcionar condições materiais e institucionais para que os hospitais possam
desempenhar plenamente suas funções, em relação às dimensões de ensino, pesquisa e
extensão e da assistência à saúde.
O financiamento dos HUF está sendo partilhado, paritariamente, entre as áreas da
educação e da saúde. O Quadro 3 mostra os recursos financeiros descentralizados para o
HUJB e investidos em capital e custeio nos últimos dois anos.
Quadro 3 - Investimentos do REHUF no HUJB, 2015 e 2016
Ano/
Despesas 2015 2016 Total
Capital - 355.649,39 355.649,39
Custeio 1.961.573,25 2.979.654,20 4.941.227,45
Total 1.961.573,25 3.335.303,59 5.296.876,84
Fonte: Gerência Administrativa/HUJB.
Os recursos acima descritos foram essenciais para a estruturação do hospital e o
melhor funcionamento dos serviços ora prestados pela instituição, além da ampliação da
oferta de ensino, que embora ainda é restrita, foi possível graças a aquisição de novos
equipamentos e implantação de novas tecnologias em saúde.
1.10 Assinatura de contrato com a Ebserh
A decisão da reitoria da UFCG em favor da adesão à Ebserh ocorreu por meio da
assembleia do Conselho Universitário do Colegiado Pleno, após quase dois anos de intensas
discussões e reuniões obstruídas pelos movimentos estudantis e de representações políticas
contrárias à adesão.
No dia 16 de dezembro de 2015, em Brasília, o professor José Edilson Amorim,
magnífico reitor da Universidade Federal de Campina Grande, assinou o contrato para gestão
37
compartilhada dos dois hospitais da UFCG - Alcides Carneiro, em Campina Grande, e Júlio
Bandeira, em Cajazeiras - com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal
criada para o gerenciamento dos Hospitais Universitários.
Para o HUJB, a Ebserh não significa apenas o caminho para solucionar problemas de
gestão, para um novo HUF a Empresa poderá exercer o papel de criar modelos de
gerenciamento e de boas práticas administrativas e assistenciais, sem vícios de trabalho e com
menor necessidade de rompimentos de práticas estanques, com o objetivo de qualificar
ampliar a qualidade da assistência à população e fortalecer o ensino e a formação profissional.
1.11 Modelo de governança
Anteriormente à assinatura do contrato com a Ebserh, a governança do HUJB era
compreendida pelo Conselho Deliberativo, órgão com funções normativas, deliberativas, de
planejamento e fiscalização e a Diretoria Executiva (Diretoria Geral, Diretoria Administrativa
e Diretoria Médico-Assistencial).
O HUJB está em fase inicial de composição da estrutura organizacional, com base na
estrutura organizacional dos hospitais sob gestão da Ebserh (Ebserh, 2013). A adoção da
estrutura organizacional prevista atenderá às necessidades da instituição, a descentralização
dos processos de gestão e ao aprimoramento das relações de trabalho e de gestão, até então
concentradas em poucas pessoas. Da mesma forma que o organograma, o regimento interno
deverá ser reformulado de acordo com a nova estrutura de gestão proposta pela Ebserh, que
aos poucos vem sendo constituída.
A estrutura organizacional do HUJB corresponderá ao de hospital especializado e
maternidade. Será composta pela equipe de governança: Superintendência, 03 Gerências
(Gerência de Atenção à Saúde, Gerência de Ensino e Pesquisa e Gerência Administrativa),
Ouvidoria e Auditoria Interna (Figura 11); e por 06 Divisões, 13 Setores e 26 Unidades.
A estrutura organizacional da Gerência de Atenção à Saúde (GAS) reflete o
dimensionamento de serviços assistenciais, elaborada de maneira participativa entre a Ebserh
e a Direção do HUJB, em 2014. O dimensionamento de serviços assistenciais teve o objetivo
de mapear todas as áreas do hospital e sua complexidade, para subsidiar o processo de
dimensionamento de pessoas (Ebserh, 2014).
38
Figura 11 – Organograma em implantação
Fonte: Ebserh, 2013.
O HUJB poderá contar com 4 unidades assistenciais com estruturação progressiva das
linhas de cuidado, como a proposta a seguir (Ebserh, 2014):
DIVISÕES (3)
1. Divisão Médica.
2. Divisão de Enfermagem.
3. Divisão de Gestão do Cuidado
SETORES (4)
1. Setor de Apoio Diagnóstico e Terapêutico
2. Setor de Farmácia Hospitalar
3. Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente
4. Setor de Regulação e Avaliação em Saúde
39
UNIDADES (09)
1. Unidade de Pronto Atendimento
2. Unidade de Atenção à Saúde da Mulher
3. Unidade Materno Infantil
4. Unidade de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente
5. Unidade de Apoio Diagnóstico
6. Unidade de Cirurgia/RPA (Recuperação Pós-Anestésico)
7. Unidade de Cuidados Intensivos e Semi-intensivos
8. Unidade de Nutrição Clínica
9. Unidade Multiprofissional
1.12 Dimensionamento atual e futuro de pessoal
Atualmente o hospital funciona com o seguinte quadro de pessoal: 05 servidores RJU
(três da UFCG e dois cedidos de outros órgãos federais), 49 terceirizados (atividades meio),
75 prestadores de serviço (atividades fins) sendo apenas 13 médicos, 16 enfermeiros, 24
técnicos de enfermagem, 05 técnicos em radiologia, 02 fisioterapeutas, 02 farmacêuticos, 04
auxiliares de farmácia, 01 nutricionista, 01 assistente social e 01 psicóloga.
O quadro de prestadores de serviço é constituído por profissionais de saúde, de acordo
com as categorias e número de profissionais existentes no hospital antes da doação para a
UFCG. Na Lei de doação ficou acordado que a Prefeitura Municipal de Cajazeiras (PMC)
seria responsável pelo pagamento dos profissionais contratados durante seis meses após a data
do recebimento do hospital pela UFCG. Após o encerramento do prazo a PMC assumiu um
novo compromisso com o objetivo de contribuir com a consolidação do HUJB, ampliando o
compromisso por mais 1 (um) ano, através do Projeto de Lei N° 02/2013 de 18 de janeiro de
2013.
A Justiça Federal emitiu em janeiro de 2014 uma decisão liminar, estabelecendo a
manutenção financeira dos servidores pela UFCG, por um prazo de sessenta dias (folhas de
pagamento dos meses de fevereiro e março de 2014), e logo em seguida determinou: que a
UFCG realize, através da Ebserh, concurso público para provimento do quadro de pessoal
do Hospital Universitário Júlio Bandeira, no prazo máximo de 01 (um) ano, ante a notícia da
adesão à Ebserh; que nesse hiato temporal sejam mantidos os atuais prestadores de serviço
até a contratação dos aprovados no certame público, respondendo a UFCG e a UNIÃO pelo
40
pagamento da atual folha de pessoal, sendo essa a situação atual do quadro de prestadores
de serviços do HUJB.
Desde fevereiro de 2014 a UFCG é responsável pelos pagamentos dos profissionais,
como prestadores de serviços, em cumprimento a referida determinação judicial, sendo o ato
indispensável para a manutenção do funcionamento do hospital até a composição do quadro
de pessoal pela Ebserh.
Na perspectiva da (re) composição da força de trabalho do HUJB, o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão, através do Departamento de Coordenação e Governança
das Empresas Estatais (DEST), fixou a composição do quadro de pessoal da Ebserh a ser
lotado no HUJB em um total de 423 vagas. O Quadro 4 mostra a estimativa de pessoal do
HUJB-UFCG.
Quadro 4 - Estimativa do quantitativo de pessoal do HUJB
CARGOS RJU Novas vagas
CLT
Limite de
Quadro
Médico 0 104 104
Enfermeiro 0 57 57
Técnico de Enfermagem 1 142 143
Demais assistenciais (Nível Superior) 0 41 41
Demais assistenciais (Nível Técnico) 1 32 33
Advogado 0 1 1
Demais administrativos (Nível Superior) 0 8 8
Administrativos de Nível Técnico 1 33 34
TOTAL 3 418 421
Fonte: Ministério do Planejamento, 2016.
Além dos 05 (cinco) servidores estatutários do Regime Jurídico Único (RJU) que
atuam no hospital atualmente, dos quais, 02 (dois) poderão ser substituídas por empregados
concursados pela Ebserh, as 418 vagas serão preenchidas por empregados públicos, pela
Consolidação de Leis Trabalhista (CLT), pelos cargos comissionados, funções gratificadas e
servidores públicos cedidos de outros órgãos para algumas destas funções.
A composição do quadro de recursos humanos do hospital está sendo possível devido
à contratualização da UFCG com a Ebserh, desde a composição da equipe de governança, a
todas as funções das áreas administrativa, assistencial e médica, impactando positivamente no
futuro do HUJB como Hospital Universitário Federal.
Para um hospital em processo de implantação, ações como a análise do perfil
epidemiológico da região de saúde, a identificação dos macroproblemas e dos nós críticos, o
41
reconhecimento das oportunidades de melhorias e de crescimento, deram sustentação para a
elaboração deste Plano Diretor Estratégico, para o biênio 2017-2018, ferramenta essencial
para o fortalecimento das ações da gestão, da atenção à saúde e de ensino.
42
2 OBJETO E OBJETIVOS
2.1 Objeto
Nortear as atividades da equipe do HUJB e estabelecer as ações institucionais
previstas, por meio de um modelo de gestão, para o biênio 2017-2018, que enfrente os
macroproblemas detectados no diagnóstico situacional, realizado entre fevereiro e março de
2016.
2.1.1 Objetivo geral
Planejar ações para consolidar o HUJB como Hospital Universitário Federal, por meio
da integração entre ensino, pesquisa e assistência, bem como apresentar todo o processo de
elaboração do Plano de Desenvolvimento Estratégico para o HUJB/Ebserh.
2.1.2 Objetivos específicos
Inserir o HUJB-UFCG na Rede SUS/PB, com serviço centrado no cidadão ofertado por
equipe multiprofissional, com ênfase na humanização do atendimento, buscando
eficiência e eficácia na assistência integral;
Pactuar internamente metas de produção quantitativas e qualitativas que atendam a
contratualização com o gestor municipal e estadual do SUS e as necessidades de ensino;
Inserir no HUJB uma orientação para adoção e desenvolvimento de inovações
tecnológicas;
Definir canais internos e processos de comunicação que sejam efetivos interna e
externamente, com vista a contribuir na qualidade da assistência e eficiência da gestão;
Padronizar a assistência à saúde, por meio da construção de linhas de cuidado com base
em protocolos clínicos multiprofissionais;
Implantar processos regulatórios e de auditoria clínica, visando à melhoria da qualidade
da assistência;
Institucionalizar a cultura da qualidade e da segurança do paciente;
43
Buscar equilíbrio econômico-financeiro, por meio do incremento de receitas e
transformação da cultura organizacional, visando redução de custos;
Incentivar práticas que promovam a integração dos trabalhadores e a qualidade de vida no
trabalho;
Promover a articulação entre o HUJB e UFCG;
Ampliar as ações de ensino, pesquisa e extensão;
Estabelecer uma política de educação permanente e continuada que atenda às
necessidades institucionais;
Cooperar com a formação de profissionais para o fortalecimento do Sistema Único de
Saúde;
Promover mecanismos de acompanhamento e avaliação do PDE.
44
3 PERCURSO METODOLÓGICO
O Plano Diretor Estratégico (PDE) é fruto do trabalho desenvolvido pelo HUJB-
UFCG apoiado pelo “Projeto de Capacitação e Planos Diretores Estratégicos dos Hospitais
Universitários Federais - HUFs”, realizado em parceria com o Governo Federal, com recursos
do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde
(PROADI-SUS), Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e o Hospital Sírio
Libanês, no período de 1º de fevereiro a 08 de dezembro de 2016.
O projeto foi iniciado no ano de 2013 e atualmente encontra-se em sua terceira fase de
desenvolvimento. A primeira em 2013, teve a participação de 10 hospitais, ocasião em que foi
construído o referencial teórico e de ferramentas, representados pelos sete Modelos de
Referência e pelas ferramentas de análise situacional (Lista de Contribuições, Lista de GAPS
Normativos e Aderência a Bases e Padrões), somados ao processo de capacitação em temas
críticos de gestão estratégica de 100 gestores de HUFs e à construção do PDE dos hospitais
participantes (Ebserh, 2016a).
Em setembro de 2014 iniciou-se a Análise Situacional de 15 HUFs, com a
continuidade ao Programa de Desenvolvimento de Competências II, que capacitou 135
gestores dos 15 HUFs, 12 da Ebserh sede e três do Ministério da Saúde - finalizado em
janeiro de 2015, compondo deste modo a 2ª fase.
Por fim, em 2016, com a ampliação da adesão à rede Ebserh, iniciou-se a 3ª fase de
capacitação. Esta fase é composta por 12 HUFs, dentre eles o HUJB da Universidade Federal
de Campina Grande, ocasião em que 106 gestores estão sendo capacitados, além de
profissionais da Ebserh sede e do Ministério da Saúde.
A realização do projeto envolve uma fase preliminar denominada “Análise
Situacional”, cuja finalidade é realizar o diagnóstico situacional dos HUFs e levantar os seus
macroproblemas, bem como, compartilhar com as equipes, ferramentas de diagnóstico
estratégico, que proverão insumos para a construção do PDE. Após esta etapa iniciou-se o
Programa de Desenvolvimento de Competências (PDC) para os Hospitais Universitários
Federais, cujo objetivo é desenvolver a competência do grupo de governança dos hospitais
universitários, a partir das necessidades de gestão, atenção à saúde e educação de cada
hospital envolvido (Ebserh, 2016; PADILHA et al., 2016).
Assim sendo, a elaboração do PDE do HUJB-UFCG contou com uma sistemática
composta por cinco etapas, conforme Figura 12. Cada uma destas etapas foi apoiada por
ferramentas metodológicas específicas relacionadas à proposta e ao objetivo a ser alcançado.
45
Figura 12 - Etapas de elaboração do Plano Diretor Estratégico
1. Leitura da
realidade do
HU
2. Identificação
das
necessidades
3. Seleção e
descrição dos
macroproblemas
4. Elaboração
do Plano de
Intervenção
5. Elaboração
da análise de
viabilidade
Descrição do
ambiente em
que o HU está
inserido:
Diagnóstico da
situação atual
do HU por meio
das ferramentas:
Análise do escopo
dos
macroproblemas
identificados por
meio dos métodos:
Construção do
Plano de
Intervenção por
meio das
ferramentas
Análise da
priorização das
ações e avaliação
daquelas
consideradas
inviáveis por
meio dos
métodos:
- História
- Epidemiologia
local, quadro
sanitário
- Vocação
- Especialidades
- Referências de
E & P
- Inserção na
RAS
- Investimento
do REHUF
- Aderência à
Lista de
Contribuições
- Aderência à
Lista de GAPS
- Aderência ao
documento
Bases e Padrões
- Identificação
de problemas e
associação em
macroproblemas
- Priorização dos
macroproblemas
- Análise dos
macroproblemas
por meio das
árvores explicativas
e definição dos nós
críticos
- Associação dos
nós críticos
identificados com
as oportunidades de
melhoria levantadas
no diagnóstico
situacional
- 5W3H ou PES
Definição do
escopo do Plano
de Intervenção:
- Ações e
desdobramento
de atividades
- Precedência de
implementação,
responsáveis e
prazos
- Recursos
necessários
- Indicadores de
monitoramento e
resultados; e
metas
- Matriz de
priorização -
permite avaliar as
ações
identificadas em
relação ao
esforço
necessário para
execução e o
benefício
esperado após a
implementação
- Estratégias de
viabilidade do
plano – busca o
tratamento dos
problemas
daquelas ações
consideradas
inviáveis
Fonte: Ebserh, 2015
Como produto deste processo, a equipe construiu o PDE para o biênio 2017-2018.
Trata-se de um documento que inclui metas, recursos e equipes responsáveis por ações cujo
objetivo é otimizar diversas áreas: política de comunicação interna; definição de fluxos e
rotinas administrativas e/ou assistenciais; integração entre ensino, pesquisa e assistência;
desenvolvimento de políticas de apoio ao trabalhador e/ou de desenvolvimento profissional e
melhoria das condições de trabalho/infraestrutura, a partir da lógica baseada no Planejamento
Estratégico Situacional (PES), sistema que permite transformar o plano em realidade por meio
da intrínseca relação entre o planejamento e realização de ações estratégicas para a
consecução dos objetivos.
Os sub-tópicos a seguir descrevem o percurso que a equipe do HUJB-UFCG utilizou
para construir seu PDE, bem como os instrumentos que apoiaram as abordagens e estratégias
46
adotadas neste projeto que certamente contribuirá para a evolução do SUS, através da
prestação de serviços a sociedade e o fortalecimento da formação de profissionais de saúde.
3.1 Análise situacional
O projeto “Análise situacional de 12 HUFs” no HUJB-UFCG foi desenvolvido por
meio de três visitas in loco da equipe de facilitadora e cofacilitadoras do Instituto de Ensino e
Pesquisa do Hospital Sírio Libanês (IEP/HSL), e por reuniões internas da equipe ampliada do
hospital, ocorridas no período de 1º de fevereiro a 21º de novembro de 2016. As visitas
serviram de base para a identificação coletiva dos macroproblemas do hospital e posterior
elaboração do plano de intervenções. Durante esse período foram realizadas diversas oficinas
de trabalho, com a utilização de ferramentas de diagnóstico estratégico, a fim de fornecer
insumos para a construção do Plano Diretor Estratégico.
3.1.1 Descrição das visitas
A primeira visita ocorreu no período de 01 a 03 de fevereiro de 2016, ocasião em que
o HUJB recebeu pela primeira vez a facilitadora Lena Vânia Carneiro Peres, e as
cofacilitadoras Ana Carolina e Naiade Freitas. Desde então se instalou a afinidade e empatia
entre estas e a equipe ampliada do HUJB-UFCG, fator importante para a consolidação do
nosso processo de trabalho.
A agenda de trabalho da primeira visita contemplou as seguintes atividades:
Contextualização do projeto, levantamento de expectativas e desafios e elaboração do
contrato didático;
Aplicação da Lista de Contribuições dos Modelos de Referência: Gestão da Clínica,
Humanização da Saúde e Gestão Hospitalar;
Oficinas de trabalho: Pilares da gestão dos HUFs no SUS, como fazer e receber
críticas e Identificação de Macroproblemas;
Visita técnica nas dependências do HUJB.
Adicionalmente, a segunda visita aconteceu no período de 29 a 31 de março, tendo
como atividades:
Oficina de trabalho: Análise SWOT;
47
Aplicação da Lista de Contribuições dos Modelos de Referência: Administração
Econômico-Financeira e Compras Hospitalares e aplicação da Lista de Normativas e
Legislação (Gaps Normativos).
Por fim, a terceira visita ocorreu entre os dias 11 a 13 de abril do corrente ano, com
as seguintes atividades:
Oficina de Trabalho: Matriz Decisória para a priorização de macroproblemas;
Aplicação da Lista de Contribuições dos Modelos de Referência: Hotelaria Hospitalar;
Gestão de Obras e Engenharia Clínica;
Apresentação da Aderência a Bases e Padrões.
Essas visitas possibilitaram a realização do diagnóstico situacional do HUJB-UFCG,
bem como o levantamento de oportunidades de melhoria por meio do diagnóstico de
aderência à Lista de Contribuições e diagnóstico de aderência a Gaps Normativos e às Bases e
Padrões.
Figura 13 - Participantes da primeira visita da equipe do Hospital Sírio Libanês ao
HUJB. Cajazeiras/PB, fevereiro de 2016.
Fonte: Arquivo Fotográfico do HUJB/2016
Em todas as visitas houve a efetiva participação dos diversos colaborados do hospital,
tanto da equipe afinidade, composta pelos sete representantes do HUJB que participaram do
Programa de Desenvolvimento de Competências (PDC), dentre eles a equipe de governança
(Superintendente, Gerente de Atenção à Saúde, Gerente de Ensino e Pesquisa e Gerente
Administrativo Financeiro), a Chefe da Divisão Médica, a Chefe da Divisão de Gestão de
48
Pessoas e o Chefe do Setor de Infraestrutura (ainda não nomeado), como também pelos atuais
servidores e coordenadores de setores do hospital, a maioria prestadores de serviço, que não
possuem vínculo com a Instituição, além de docentes da UFCG e de servidores de outras
instituições, que serão indicados para as funções de chefias das demais Divisões e Setores que
serão constituídos (Apêndice A).
Até janeiro deste ano a equipe de gestão do HUJB era centralizada em poucas pessoas,
portanto, as atividades deste projeto possibilitaram a incorporação de outros atores sociais que
até então desconheciam a realidade do hospital, que, juntamente com as pessoas que vinham
desenvolvendo o trabalho no hospital, contribuíram com seus conhecimentos e experiências,
legitimando este PDE como um instrumento de construção coletiva. Juntas, estas pessoas
formaram uma equipe maior, denominada equipe ampliada.
3.2 Oficinas e ferramentas utilizadas na construção do PDE do HUJB-UFCG
Na ocasião do primeiro encontro foi apresentada a proposta de agenda de trabalho,
bem como uma contextualização sobre o projeto, levantamento de expectativas e desafios e a
elaboração do contrato didático, esta última atividade tem como objetivo estabelecer acordos
para um bom relacionamento e melhor aproveitamento das atividades, fortalecendo deste
modo o processo de ensino-aprendizagem. A equipe pactuou compromissos relacionados a
ausências; uso de celulares; sigilo; cumprimento de horário; respeito à diversidade de ideias e
valores; democratização da palavra; necessidade de atenção às iniciativas de uso da palavra;
busca de concisão no uso da palavra; compromisso com os pactos - uso de celulares,
computadores e tabletes; visão construtiva das críticas.
3.2.1 Oficina: Levantamento de expectativas e desafios
Nesta etapa, os participantes foram convidados a refletir individualmente sobre uma
palavra que representasse sua expectativa em relação ao projeto e uma que representasse o
principal desafio para que se atingisse tal expectativa. Em seguida, cada participante declarou
suas palavras ao grupo. O resultado desta atividade encontra-se representado no gráfico de
wordcloud.
49
Gráfico 1 – Expectativas, desafios e avaliações da equipe em relação ao projeto
Fonte: Ebserh, 2016a
Percebeu-se que a equipe demonstrou a expectativa de alcançar maior aprendizado
para o seu fortalecimento. Tal aprendizado será construído de forma coletiva ao longo do
processo de trabalho, que trará evolução profissional e pessoal. Interessante notar que, da
mesma forma que o aprendizado apareceu como expectativa, também foi considerado um
desafio: o desafio de aprender a aprender. Além disso, houve destaque para a menção do
tempo no sentido de ser desafiador administrar o tempo entre as atividades para gerar as
mudanças necessárias e chegar ao resultado final: integração do HUJB - UFCG à Rede de
Atenção à Saúde local; união da equipe; e melhoria da oferta de serviços de saúde à sociedade
(Ebserh, 2016a).
3.2.2 Ferramentas utilizadas na construção do PDE do HUJB-UFCG
Durante a realização das três visitas da fase análise situacional, foram utilizadas
diversas ferramentas que instrumentalizaram as técnicas empregadas nas oficinas para
realização do diagnóstico situacional, dentre elas: Lista de Contribuições, Lista de GAPS
Normativos e aderência a Bases e Padrões.
3.2.2.1 Diagnóstico de aderência à Lista de Contribuições do HUJB
Esta ferramenta favoreceu uma visualização do diagnóstico situacional do HUJB-
UFCG, guiado pelos Modelos de Referência e pela Lista de Contribuições, permitindo
expressar o percentual de aderência a cada um dos sete Modelos de Referência, identificando
as áreas menos desenvolvidas do hospital, constituindo deste modo, uma das bases para
avaliação das oportunidades de melhoria (Ebserh, 2016b).
50
Os sete modelos de referência contemplam: Gestão Hospitalar, Gestão da Clínica,
Humanização da Saúde, Hotelaria Hospitalar, Compras Hospitalares, Administração
Econômico-Financeira, Gestão de Obras e Engenharia Clínica, trata-se de uma ferramenta
elaborada e calibrada com base em pesquisas na literatura especializada, práticas aplicadas no
Hospital Sírio Libanês e nos HUFs, cujo objetivo é estabelecer um conjunto de boas práticas
de gestão nos hospitais, frente ao desenvolvimento de ações para a evolução do patamar
administrativo e assistencial.
O resultado da aplicação desta ferramenta nos permitiu obter dois tipos de
diagnósticos, uma avaliação global do HUJB à aderência aos sete Modelos de Referência e
uma avaliação individual por cada Modelo, a partir de uma visão macro e ao mesmo tempo
detalhada e específica, de acordo com cada modelo, favorecendo o conhecimento minucioso
dos grupos específicos em que o hospital apresenta um maior ou menor grau de aderência às
boas práticas. O resultado da aderência global está representado através do Gráfico 2.
Gráfico 2 - Aderência Global do HUJB-UFCG por Modelo de Referência
Fonte: Ebserh, 2016a
A aderência global é calculada a partir do somatório do percentual de aderência de
cada modelo de referência dividido por 7. Deste modo, a aderência global do HUJB é de 37%,
sendo classificada moderada baixa.
Ao realizar uma análise da distribuição do percentual de aderência de cada modelo de
referência, verifica-se que embora o percentual global tenha sido classificado como moderado
baixo, os modelos de Referência de Administração Econômico-Financeira, Compras
Hospitalares e Humanização da Saúde encontram-se acima da aderência global, com
37%
28%
43%
39%45%
48%
22%
Gestão Hospitalar
Gestão da Clínica
Humanização daSaúde
Hotelaria hospitalarCompras Hospitalares
AdministraçãoEconômico-Financeira
Gestão de Obras eEng. Clínica
51
respectivamente 48%, 45% e 43% de aderência. Os Modelos de Referência de Hotelaria
Hospitalar (39%) e Gestão Hospitalar (37%) apresentaram índices no mesmo patamar da
média global do hospital, enquanto que os Modelos Gestão da Clínica (28%) e Gestão de
Obras e Engenharia Clínica (22%), encontram-se abaixo da média global, apresentando os
maiores percentuais de oportunidade de melhoria.
3.2.2.2 Diagnóstico de aderência à Lista de GAPS Normativos
A Lista de Aderência aos GAPS Normativos permite identificar os pontos mais
importantes e/ou críticos de cada legislação ou normativa, assim como as principais condições
de apoio à sua implementação nos HUFs (Ebserh, 2016c). A realização do diagnóstico de
aderência à Lista de GAPS Normativos ocorreu durante a segunda visita das facilitadoras do
IEP/HSL. Sua consecução permitiu identificar oportunidades de melhoria do HUJB, a partir
da análise do cumprimento dos principais pontos das legislações e normas específicas
aplicáveis ao hospital.
O resultado da avaliação global de Aderência à Lista de GAPS do HUJB está
representado através do Gráfico 3, onde se observa a partir do somatório dos percentuais
(282%) dividido pela quantidade de aspectos avaliados (4), que o HUJB - UFCG apresenta
um índice de 71% de aderência global às exigências normativas referentes à Legislação de
Gestão de Pessoas, Legislação de Suprimentos, Legislação Administrativo-Financeira e
Legislação do SUS. De acordo com a classificação dos intervalos de aderência aos Gaps
Normativos, o índice de aderência do HUJB é considerado moderado.
Gráfico 3 - Aderência Global do HUJB-UFCG à Lista de GAPS Normativos
Fonte: Ebserh, 2016b
52
Contudo, salienta-se que o hospital vive atualmente uma fase de transição e
consolidação, seu quadro de pessoal recentemente iniciou sua composição mínima,
representada pela equipe de governança, o que justifica a alta aderência à Legislação de
Gestão de Pessoas, uma vez que o hospital ainda não possui trabalhadores contratados pelo
regime CLT e apenas cinco trabalhadores são servidores federais pelo Regime Jurídico Único
(RJU), três da UFCG e dois cedidos de outros órgãos federais.
A realização da prova do concurso público para provimento de vagas, prevista para o
dia 04 de dezembro do corrente ano foi adiada para o dia 05 de fevereiro de 2017. Até o
presente, todos os demais funcionários são prestadores de serviços e terceirizados, que não se
aplicam às normas elencadas.
Sintetizando alguns aspectos avaliados a partir do relatório de Aderência à Lista de
GAPS Normativos (Ebserh, 2016c), evidenciou-se no HUJB as boas práticas e oportunidades
de melhoria, descritas a seguir:
Boas práticas: efetivação plena das normas contempladas ao tema de Gestão de
Pessoas; cumprimento pleno das normas relacionadas à Legislação de Suprimentos (materiais
e medicamentos); atendimento às normas relacionadas à Legislação de Suprimentos (gêneros
alimentícios, dietas enterais e fórmulas lácteas); existência de infraestrutura física e
tecnológica adequadas; atendimento pleno às normativas referentes à modalidade de compras
Pregão Eletrônico.
Oportunidades de melhoria: atendimento a exigências das Normas
Regulamentadoras e demais legislações pertinentes à Segurança e Medicina Ocupacional;
adequação do dimensionamento da quantidade de trabalhadores destinados à logística de
suprimentos e processos do Serviço de Farmácia, de acordo com as recomendações
normativas; aprimoramento do controle de qualidade direcionado aos processos de produção
de dietas via oral e enteral; constituição de todas as Comissões Técnicas Obrigatórias, item
fragilizado devido ao quadro insuficiente de trabalhadores de forma transversal a todos os
setores do HUF; institucionalização do processo de planejamento orçamentário plurianual.
3.2.2.3 Diagnóstico de aderência as Bases e Padrões
A ferramenta Bases e Padrões considera as boas práticas contempladas nos Modelos
de Referência, posicionando-as em um cenário de curto-prazo (Cenário Base) ou em um
cenário de médio/longo-prazo (Cenário Evolução), no tocante ao grau de maturidade das
53
mesmas, favorecendo a identificação das oportunidades de melhoria, priorização de
necessidades e a definição de ações potenciais que em parte serão contempladas no plano de
ação do PDE 2017-2018. Os resultados estão representados no Gráfico 4.
Observa-se, a partir do gráfico, que o HUJB, ao final do diagnóstico situacional,
apresentou uma aderência Moderada baixa (33%) ao Cenário Base e Baixa (5%) ao Cenário
Evolução. Em relação ao Cenário Base, o Modelo que mais se destacou positivamente foi o de
Compras Hospitalares (46%), seguido por Hotelaria Hospitalar e Administração Econômico-
Financeira, com percentuais de aderência de 37% e 35%, respectivamente, todos acima da
aderência global.
Por outro lado, a aderência ao Cenário Base sofreu impacto negativo devido aos
resultados dos Modelos de Humanização da Saúde, Gestão da Clínica, Gestão Hospitalar e
Gestão de Obras e Engenharia Clínica, que apresentaram percentuais de aderência de 31%,
30%, 29% e 27%, respectivamente.
Gráfico 4 – Análise global de aderência do HUJB ao Cenário Base e ao Cenário
Evolução
Fonte: Ebserh, 2016c
Em suma, com base nas análises realizadas, verificou-se um potencial de melhoria
equilibrado aos sete Modelos de Referência. Os resultados encontram-se alinhados a todo o
exercício de Diagnóstico Situacional e a visão da equipe ampliada, visto que estes temas
foram abordados nos Macroproblemas priorizados que serão trabalhados neste PDE.
33%
29%
30%
31%
37%
46%
35%
27%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Situação Atual
5%
8%
0%
17%
0%
6%
6%
4%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
Situação Atual
Cenário Base Cenário Evolução
Aderência Global
Gestão Hospitalar
Gestão da Clínica
Humanização da Saúde
Hotelaria hospitalar
Compras Hospitalares
Administração Econômico-Financeira
Gestão de Obras e Eng. Clínica
54
3.2.2.4 Oficina: Identificação de problemas e associação com macroproblemas
Durante a oficina de identificação dos macroproblemas (Figura 14) a equipe foi
dividida em grupos, a fim de realizar o levantamento dos problemas do HUJB, a partir da
técnica tempestade de ideias. Os problemas levantados em grupos foram socializados e
discutidos na equipe ampliada e em seguida foram agrupados conforme os núcleos de sentido.
Os problemas de maior relevância foram classificados em quatro macroproblemas, cujo
resultado encontra-se apresentado no Quadro 5.
Após a discussão inicial, a equipe considerou que os quatro macroproblemas
previamente identificados eram adequados para declarar a realidade atual do HUJB-UFCG e
os principais desconfortos da equipe com relação ao atual contexto/conjuntura da atenção à
saúde no hospital e na região. Assim, os quatro macroproblemas foram declarados (Quadro
5).
Figura 14 - Oficina de levantamento preliminar de macroproblemas do HUJB-UFCG
Fonte: Arquivo Fotográfico do HUJB/2016
55
Quadro 5 – Declaração dos macroproblemas do HUJB-UFCG
MP Declaração do macroproblema
MP1 Insuficiência de profissionais qualificados para garantir a atenção, o ensino e a
pesquisa
MP2 Dificuldade de efetivar uma repactuação com o SUS de forma a expandir os serviços
de atenção à saúde do HUJB.
MP3 Dificuldade na articulação entre o HUJB e a UFCG
MP4 Falta de modelo clinico assistencial que garanta a assistência integral
3.2.2.5 Oficina: Elaboração da missão, visão e valores do HUJB
A oficina para elaboração da missão, visão e valores do HUJB foi um momento muito
positivo, no qual várias emoções foram afloradas. Estávamos diante do passado, planejando o
futuro, uma vez que o HUJB embora existisse há muitos anos, não tinha ainda sua missão,
visão e valores declarados. Deste modo, a equipe de facilitadores estimulou a equipe ampliada
a pensar sobre o propósito da existência do HUJB, o que este hospital representa para a
região? Onde quer chegar? Como quer ser reconhecido? Quais os seus valores? A equipe
ampliada de forma coletiva, em um momento histórico, elaborou a missão, visão e valores do
HUJB, declarados anteriormente na contextualização deste PDE.
3.2.2.6 Oficina: Elaboração da matriz SWOT
A realização desta oficina culminou na elaboração da matriz SWOT para o HUJB,
ferramenta utilizada para análise de cenários, por fornecer uma visão estruturada sobre o
ambiente externo e interno, categorização de cada ponto em aspectos positivos ou negativos,
possibilitando uma análise situacional, manutenção dos pontos fortes, redução da intensidade
de pontos fracos, aproveitamento de oportunidades e proteção contra ameaças, conforme
estrutura apresentada na Figura 15.
A partir da identificação de fortalezas e fraquezas, de oportunidades ou ameaças, é
possível com base no planejamento, adotar estratégias para o desenvolvimento e
sustentabilidade do hospital. Em nossa realidade, a aplicação desta ferramenta favoreceu um
conhecimento mais amplo da real situação do HUJB, permitindo reconsiderar alguns aspectos
abordados em oficinas anteriores, inclusive a releitura e priorização dos macroproblemas e
identificação atores sociais neles envolvidos.
56
Figura 15 – Estrutura da Matriz SWOT
Fonte: Ebserh, 2016a
A princípio foi feito um brainstorming para levantamento dos itens em cada um dos
quatro âmbitos da SWOT. Os itens levantados pela equipe do HUJB-UFCG foram agrupados
por similaridade, reduzindo deste modo o número total de variáveis. A aplicação da
ferramenta se deu pela definição das principais forças, fraquezas, ameaças e oportunidades,
cruzamento das variáveis e compilação da Matriz SWOT cruzada, finalizando com o
levantamento de objetivos.
A aplicação desta ferramenta permitiu identificar 13 pontos Fortes e Fracos, internos à
gestão e operacionalização do hospital, e 8 Oportunidades e Ameaças, verificadas no
ambiente externo à atuação do HUJB – UFCG, os quais estão descritos no Quadro 6.
Os resultados da matriz evidenciam que a equipe ampliada elegeu três forças internas
com grau de impacto máximo: “Aplicação adequada dos recursos financeiros”, “Ser declarado
Hospital Universitário” e “Atendimento 100% SUS”, ressaltando a importância de uma gestão
eficaz que prioriza a correta aplicação de recursos para o fortalecimento do hospital e da
tríade do ensino superior: ensino, pesquisa e extensão. Reconhece a significativa mudança
ocorrida no hospital após a doação do Instituto Materno Infantil Dr. Júlio Maria Bandeira de
Mello-IJB para a Universidade Federal de Campina Grande-UFCG, tornando-se um Hospital
Universitário no ano de 2012. Assim como também enfatiza o impacto positivo pelo fato do
HUJB-UFCG ser um hospital que presta serviços gratuitos à população, exclusivamente, pelo
SUS.
57
Quadro 6 - Forças, Fraquezas, Oportunidade e Ameaças no HUJB-UFCG
FORÇAS FRAQUEZAS
AM
BIE
NT
E I
NT
ER
NO
Recursos físicos existentes:
estrutura e equipamentos (7)
Aplicação adequada de recursos
financeiros (10)
Organização do modelo de gestão
atual (8)
Atendimento humanizado em
processo (7)
Atendimento 100% SUS (10)
Atendimento em pediatria (5)
Indefinição nas linhas de cuidados (-10)
Insuficiência de recursos humanos (-10)
Baixa inter-relação do HUJB com a UFCG
(-9)
Insuficiência de TI (-9)
Incapacidade de gerenciamento de
processos (-9)
Indefinição do HU na RAS (-8)
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
AM
BIE
NT
E E
XT
ER
NO
Ampliar a parceria com outras
instituições de ensino para
formação de recursos humanos,
estágio, ensino, pesquisa e extensão
(9)
Ser integrante da CIES para
aproveitar a oferta de cursos (8)
Inserção do HU na rede Ebserh
(10)
Articulação do HUJB com a RAS
como referência na área da saúde
maternoinfantil, da mulher e da
criança (10)
Fragilidade na atenção primária municipal
(-9)
Influência negativa de valores
socioculturais da população (-6)
Deficiência da regulação na RAS (-10)
Instabilidade econômica e política do país
(-10)
Fonte: Ebserh, 2016a
Na realização do cruzamento das variáveis internas e externas, gerou-se a Matriz
SWOT cruzada, onde se percebeu um maior número de cruzamentos no quadrante
Desenvolvimento (21), que relaciona Forças com Oportunidades, de maneira que o HUJB-
UFCG tem como potencializar suas fortalezas para maior proveito das oportunidades
destacadas. Todas as Fraquezas foram consideradas fatores críticos de sucesso, em virtude do
alto número de cruzamentos com relevante impacto negativo no alcance de Oportunidades.
A partir dos fatores críticos de sucesso, a equipe definiu os objetivos estratégicos
abaixo, de maneira a direcionar futuros planos de ação:
Ampliar a oferta de serviços de atenção à saúde no HUJB-UFCG;
Redefinir, organizar e difundir o papel do HUJB-UFCG na RAS;
Ampliar a integração do HUJB com a UFCG por meio da gestão, do ensino, da
pesquisa e da extensão;
Compor a força de trabalho qualificada que atenda o perfil do HUJB-UFCG;
58
Implantar sistemas de informação, de controle e gestão de processos; e
Incorporar boas práticas de gestão de qualidade com as atuais.
3.2.2.7 Oficina: Priorização de macroproblemas e identificação de atores sociais
A oficina para construção da Matriz Decisória e priorização dos Macroproblemas,
considerou os aspectos avaliados com a equipe até o momento, de forma a resgatar os
macroproblemas iniciais, resultados da matriz SWOT, aderência aos Modelos de Referência e
Análise de GAPS. O objetivo desta oficina foi priorizar os macroproblemas identificados, a
partir da aplicação de uma matriz decisória para a qualificação e priorização dos
macroproblemas, tal matriz considera o valor político do problema, o interesse dos atores
sociais identificados para sua resolução e os recursos exigidos, governabilidade sobre o
problema e o impacto regional.
Os participantes foram convidados a classificar os macroproblemas a partir das
variáveis “Valor”, “Interesse” e “Pontuação atribuída”, sendo esta última variável o fator
decisivo na priorização dos macroproblemas. Assim, após ampla discussão entre a equipe,
foram atribuídas as variáveis para os macroproblemas gerando a sua priorização, os resultados
estão dispostos no Quadro 7.
Quadro 7 - Matriz decisória para qualificação dos macroproblemas no HUJB-UFCG
MP Macroproblema Valor Interesse Pontuação
MP1 Falta de modelo clínico assistencial que garanta
a assistência integral. Alto + 10,0
MP2 Insuficiência de profissionais qualificados para
garantir a atenção, o ensino e a pesquisa. Alto + 9,0
MP3 Dificuldade na articulação entre o HUJB e a
UFCG. Alto + 8,0
MP4 Dificuldade de efetivar uma repactuação com o
SUS de forma a expandir os serviços de atenção
à saúde do HUJB. Médio + 7,0
A equipe ampliada classificou com maior prioridade o macroproblema “Falta de
modelo clínico assistencial que garanta a assistência integral”, em virtude da indefinição do
papel do hospital na Rede de Atenção à Saúde (RAS), ausência de linhas de cuidado
estruturadas, inexistência de um modelo assistencial multiprofissional focado no usuário e
protocolos clínicos multiprofissionais estruturados. Associado a isto, ressaltou-se a
59
necessidade de reestruturar os serviços prestados pelo HUJB a partir da implementação de
protocolos clínicos assistenciais e linhas de cuidado, entre outros fatores determinantes dos
pilares da Gestão da Clínica, para que seja feita uma repactuação com o gestor local, a fim de
ampliar a oferta de assistência integral para atender às necessidades da população.
O segundo macroproblema refere-se à “Insuficiência de profissionais qualificados para
garantir a atenção, o ensino e a pesquisa”. Esta insuficiência de profissional provoca um
impacto negativo para o HUJB-UFCG, que por sua vez não consegue ampliar os serviços
oferecidos em virtude do quadro reduzido de trabalhadores que se agrava pela ausência de
profissionais especializados. Contudo, considera-se que há oportunidade de modificar esta
situação a partir da realização do concurso público, prevista para o mês de fevereiro de 2017.
O terceiro macroproblema diz respeito a “Dificuldade na articulação entre o HUJB e a
UFCG”, a equipe ampliada após intensas discussões chegou ao consenso de que se trata de
um macroproblema crítico que reflete a falta de consonância entre atenção, ensino e pesquisa,
a tríade do hospital universitário. Na prática, tal deficiência é verificada pela desarticulação
entre os interesses da UFCG, em termos de pesquisa, envolvendo o HUJB enquanto hospital
da rede SUS. Ademais, a infraestrutura do HUJB encontra-se em fase de consolidação, talvez
por isto atualmente o hospital não recebe de forma a contento, professores e estudantes para
realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão.
O quarto e último macroproblema “Dificuldade de efetivar uma repactuação com o
SUS de forma a expandir os serviços de atenção à saúde do HUJB” não é menos importante
que os demais. Contudo, a sua resolução depende de vários fatores, processos regulatórios de
integração com a RAS, mudança no modelo clínico assistencial e outros fatores que por
ordem de resolução terão um momento posterior oportuno de intervenção.
O construtivismo é a base deste processo e está muito presente nas ferramentas
utilizadas, permitindo a equipe ampliada, o repensar de suas concepções, práticas e estratégias
de planejamento.
Assim sendo, a partir da oficina de priorização de macroproblemas e a construção das
árvores explicativas de problemas, a declaração preliminar de macroproblemas realizada na
primeira visita foi revista, considerando se estes estavam compatíveis com os descritores,
causas e consequências definidos e, ao final deste processo, dos iniciais quatros
macroproblemas, foram definidos e declarados apenas dois macroproblemas que contemplam
todos os nós-críticos identificados pela equipe. A nova configuração dos macroproblemas do
HUJB encontra-se definida Quadro 8.
60
Quadro 8 - Declaração dos macroproblemas priorizados
MP Declaração dos Macroproblemas Priorizados
MP1 Insuficiência de profissionais para garantir a atenção, o ensino e a pesquisa.
MP2 Insuficiência de serviços de atenção à saúde ofertados pelo HUJB para efetivar a
repactuação com o SUS.
3.2.2.8 Oficina: Identificação de atores sociais
A oficina para identificação de Atores Sociais o objetivo de identificar e analisar a
motivação dos atores sociais, avaliar sua relevância para a realização das atividades propostas,
considerando os recursos de que dispõe (políticos, econômicos, técnicos e/ou organizacionais)
e, por fim sua motivação através do valor e interesse que atribuem à mudança planejada. Os
resultados desta oficina encontram-se apresentados nos Quadro 9 e Quadro 10.
Quadro 9 - Matriz de relevância de Atores Sociais para o macroproblema “Insuficiência
de profissionais qualificados para garantir a atenção, o ensino e a pesquisa”
Atores Sociais Relevância Valor Interesse Motivação
Governo Federal
(concurso)
Recursos políticos,
econômicos, técnicos e
organizacionais
Alto Positivo Aliado
Diretoria de Gestão de
Pessoas (DGP/Ebserh)
Recursos políticos,
econômicos, técnicos e
organizacionais
Alto Positivo Aliado
Divisão de Gestão de
Pessoas
Recursos técnicos e
organizacionais Alto Positivo Aliado
Gerência de ensino e
pesquisas
Recursos técnicos e
organizacionais Alto Positivo Aliado
UFCG
Recursos políticos,
econômicos, técnicos e
organizacionais
Alto Positivo Aliado
Equipe
multidisciplinar
Recursos técnicos e
organizacionais Médio Neutro Indiferente
Prestadores de serviço Recursos técnicos e
organizacionais Médio Neutro Indiferente
Profissionais
especialistas: pediatra
e neonatologia
Recursos técnicos e
organizacionais Médio Neutro Indiferente
61
Quadro 10 - Matriz de relevância de Atores Sociais para o macroproblema
“Insuficiência de serviços de atenção à saúde ofertados pelo HUJB para efetivar a
repactuação com o SUS”
Atores Sociais Relevância Valor Interesse Motivação
Governo
Municipal
Recursos políticos, econômicos,
técnicos e organizacionais Alto Positivo Aliado
Superintendência Recursos políticos, econômicos,
técnicos e organizacionais Alto Positivo Aliado
Gerência
Administrativa
Recursos políticos, econômicos,
técnicos e organizacionais Alto Positivo Aliado
UFCG Recursos políticos, econômicos,
técnicos e organizacionais Alto Positivo Aliado
Em relação ao Macroproblema um, foram identificados oito autores, destes, cinco
foram considerados com valor alto, interesse positivo e com motivação para a atividade. Em
quanto que três autores foram classificados com valor médio, interesse neutro e indiferentes.
Contudo, um ponto muito positivo é o fato de que nenhum ator social identificado foi
classificado como oponente, devendo a equipe ampliada planejar ações para mitigar e
melhorar o relacionamento com os atores envolvidos que foram considerados indiferentes.
Em relação aos atores envolvidos no macroproblema dois, a equipe identifica que os quatro
possuem alto valor, interesse positivo e motivação para as atividades, sinalizando um grande
potencial para viabilidade nas ações propostas neste macroproblema.
3.3 Programa de Desenvolvimento de Competências do HUJB-UFCG
Concluído o diagnóstico situacional do HUJB, realizado por intermédio das três
visitas, iniciou-se o “Programa de Desenvolvimento de Competências-PDC e Planos
Diretores para os Hospitais Universitários Federais III”. Neste sentido, durante os meses de
maio a dezembro do corrente ano, os sete membros que compõe a equipe afinidade
deslocaram-se mensalmente a cidade de São Paulo (Figura 16), para participar do curso de
Pós-graduação “Gestão de Hospitais Universitários Federais no SUS”, curso que propiciou
conhecimentos para o desenvolvimento de habilidades nas áreas de competência: gestão em
saúde, atenção à saúde e educação na saúde; com as melhores práticas observadas no
mercado, na literatura e por assessores de áreas específicas do trabalho em hospitais.
62
A organização estrutural do curso baseia-se na abordagem construtivista, com ênfase
para as metodologias ativas, é estruturado em oito encontros presenciais mensais, sendo sete
encontros com duração de três dias no período de maio a novembro, e o último encontro no
mês de dezembro com duração de dois dias, ocasião em que foi apresentado o PDE dos HUFs
integrantes da 3ª fase. Todos os encontros presenciais foram realizados no IEP/HSL, o curso
também dispôs de atividades de ensino à distância e também de visitas in loco dos
facilitadores ao HUJB junto a equipe ampliada, intercaladas com os encontros presenciais no
IEP/HSL, para dar continuidade ao processo de formação e elaboração do PDE.
Figura 16 - Equipe afinidade no primeiro encontro do curso “Gestão de Hospitais
Universitários Federais no SUS”. Instituto de Ensino e Pesquisa/ Hospital Sírio
Libanês/SP, maio de 2016
Fonte: Arquivo Fotográfico do HUJB/2016
É salutar esclarecer que não há uma segregação entre as fases do processo do PDE e
do PDC, mas, ao contrário disto, dado o construtivismo do processo, as etapas e ferramentas
utilizadas convergem entre si de forma flexível, complementar e integrada, razão pela qual
alguns aspectos encontrados no diagnóstico situacional foram sendo modificados ao longo do
PDC.
3.3.1 Oficina: Elaboração de árvores explicativas dos macroproblemas priorizados
A árvore explicativa de problemas constitui-se em uma ferramenta do PES, que busca
explicar os problemas a partir de uma reconstrução simplificada dos processos que o geram e
das consequências que estes encerram em si, com base na descrição dos problemas
(descritores), o porquê ele acontece (causas) e seus desdobramentos (consequências),
63
propiciando o conhecimento da complexidade do problema de modo sintético, favorecendo o
planejamento de ações estratégicas para sua resolução.
Figura 17 - Oficina no HSL sobre construção da árvore explicativa do macroproblema 1
– “Insuficiência de profissionais qualificados para garantir a atenção, o ensino e a
pesquisa”
Fonte: Arquivo Fotográfico do HUJB/2016
A oficina de elaboração das árvores explicativas (Figura 17) iniciou-se no primeiro
módulo do PDC no Hospital Sírio Libanês, onde a equipe afinidade construiu a árvore do
primeiro macroproblema. Ao retornar ao HUJB, a equipe ampliada se reuniu para revisar o
trabalho realizado e construir a árvore explicativa do outro macroproblema priorizado (Figura
18).
Figura 18 - Oficina no HUJB sobre construção de árvores explicativas de
macroproblemas
Fonte: Arquivo Fotográfico do HUJB/2016
64
Durante a oficina de elaboração do primeiro macroproblema foram identificadas sete
causas, das quais cinco foram classificadas como nós-críticos (por serem causas principais),
quais sejam: Baixa complexidade do serviço dificulta a absorção de profissionais
qualificados; Insuficiência de profissionais; Ausência de Plano de Educação Permanente e
Continuada; Ausência de programa de residência na região; e Deficiência no diálogo e
articulação com a UFCG.
De volta ao HUJB, o primeiro macroproblema foi revisitado pela equipe ampliada,
momento no qual se percebeu que a causa “Baixa complexidade do serviço dificulta a
absorção de profissionais qualificados” não era principal, por isso após discussões, a equipe já
mencionada validou a supressão e o número inicial de nós-críticos foi reduzido de cinco para
quatro, os quais estão representados na árvore de macroproblemas 1, disposta na Figura 19.
Figura 19 – Árvore Explicativa 1 - “Insuficiência de profissionais para garantir a
atenção, o ensino e a pesquisa”
Fonte: Ebserh, 2016b
65
Os nós-críticos priorizados guardam relações entre si, com os descritores D1- 100%
dos profissionais não possuem vínculo com o Hospital, e D2 – Participação insuficiente de
docentes (22%) no ensino para a capacidade ofertada, além de poderem ter impactos positivos
nas possíveis consequências (provocadas pelos descritores). Assim, dentre as causas do
macroproblema 1 intitulado “Insuficiência de profissionais para garantir a atenção, o ensino e
a pesquisa”, identificaram-se os seguintes nós-críticos:
NC1 – Ausência de Plano de Educação Permanente e Continuada e (PEPC)
A equipe ampliada em discussões coletivas concluiu que a existência de um Plano de
Educação Permanente e Continuada é ponto indispensável para se conseguir a qualificação
dos profissionais e, consequentemente, a horizontalização da atenção à saúde. Desse modo,
como observável na árvore explicativa do macroproblema em tela, o NC1 guarda relações
inextricáveis com ambos os descritores desta árvore, razão pela qual a ausência do PECP foi
considerado nó-crítico. Portanto, a construção e execução de um PECP no HUJB oportunizará
a prestação de cuidados, o processo de ensino-aprendizagem no hospital e a pesquisa clínica
qualificada.
NC2 – Ausência de programa de residência na região
Como pode ser visualizado na árvore explicativa do MP 1, a ausência de programa de
residência na região foi identificada pela equipe ampliada como sendo um problema crucial, o
qual traz consequências negativas sobretudo nos campos do ensino e da assistência à saúde.
Este foi o motivo que justificou sua classificação como nó-crítico. Uma vez implantados no
HUJB, os programas de residências médica e multiprofissional terão potencial para aumentar
a participação docente no ensino, além de contribuir para a criação de vínculo dos
profissionais com o hospital.
NC3 – Deficiência no diálogo e articulação com a UFCG
A UFCG herdou da UFPB a estrutura cristalizada e fragmentada dos antigos
departamentos acadêmicos, atualmente denominados Unidades Acadêmicas. Ademais, a
equipe ampliada entendeu que, somado ao fato do HUJB ser uma estrutura nova e
geograficamente separada do campus de Cajazeiras contribui sobremaneira para a existência
do diálogo deficiente e da desarticulação observados. A despeito desse nó-crítico estar ligado
apenas ao segundo descritor (D2) da árvore explicativa, ele foi eleito como uma causa
determinante após as discussões/debates e, portanto, foi considerado um nó-crítico pelo grupo
de trabalho.
66
A equipe ampliada compreendeu que uma vez resolvido, o NC3 oportunizará maior
participação docente, impactando futuramente no fortalecimento da identidade do HUJB
como hospital de ensino, bem como em um itinerário formativo de mais qualidade para os
alunos de cursos técnicos, de graduação e, futuramente, de pós-graduação.
NC4 – Insuficiência de profissionais
No HUJB-UFCG a insuficiência de profissionais constitui a problemática mais
evidente, cuja potência é tamanha que impacta negativamente em diversos áreas/setores do
hospital, fato percebido por todos os membros da equipe ampliada, sendo por isso indicado
como nó-crítico.
Ele guarda relação intrínseca com ambos os descritores do MP1, e após a composição
do quadro de pessoal por meio do concurso Ebserh, a equipe espera impactar no descrédito da
população, na falta de comprometimento dos profissionais, na qualidade deficiente da
assistência prestada atualmente, bem como na falta de força de trabalho para estruturação do
hospital.
No tocante ao segundo macroproblema foram identificadas mais sete causas, das quais
cinco delas foram consideradas principais. As duas causas identificadas que foram excluídas
são: “subfinanciamento da saúde” uma vez que a equipe entendeu que não se encontrava
dentro da governabilidade do HUJB, de forma que não seria possível executar um plano de
ação relacionado a esta causa, razão pela qual foi suprimida, enquanto que a outra causa
“insuficiência de profissionais”, foi suprimida pelo entendimento de que ela foi contemplada
como nó crítico (NC4), no macroproblema 1.
Desta forma, foram eleitos cinco nós-críticos relativos ao macroproblema 2: estrutura
física insuficiente para ampliação dos serviços; infraestrutura de equipamentos médico-
hospitalares insuficiente; infraestrutura de tecnologia da informação insuficiente; indefinição
do papel do hospital na RAS; e ausência de modelo de gestão, os quais estão descritos na
Figura 20.
Os nós-críticos priorizados guardam relação entre si e são as causas dos dois
descritores deste segundo macroproblema, quais sejam D1 – número de leitos mínimos (50%)
insuficiente para repactuar a contratualização; e D2 – somente 1/3 das possíveis áreas de
atenção à saúde definidas possuem serviços implantados. Assim, dentre as causas do
macroproblema 2 intitulado “Insuficiência de serviços de atenção à saúde ofertados pelo
HUJB para efetivar a repactuação com o SUS”, identificaram-se os seguintes nós-críticos:
67
Figura 20- Árvore Explicativa 2 - “Insuficiência de serviços de atenção à saúde ofertados
pelo HUJB para efetivar a repactuação com o SUS”
Fonte: Arquivo Fotográfico do HUJB/2016.
NC5 - Estrutura física insuficiente para ampliação dos serviços
Embora nos últimos anos, conforme oportunamente registrado na contextualização
deste documento, o HUJB tenha sofrido melhorias relativas à estrutura física, a equipe
ampliada considera que a atual estrutura ainda não contempla as necessidades para a
ampliação e implantação dos serviços dimensionados, a exemplo do serviço de nutrição,
espaço para atividades acadêmicas e alguns setores da gestão, que por não contar com uma
estrutura física adequada interferem negativamente na execução de processos. Esta deficiência
é muito evidente em relação ao ensino, de modo que a restruturação física, além de impactar
na qualidade do ensino em serviço, vislumbra também a melhoria dos espaços de estudo,
acesso a informações científicas, auditório e realização de pesquisa.
NC6 - Infraestrutura de equipamentos médico-hospitalares insuficiente
A insuficiência de equipamentos médico-hospitalares influencia diretamente na
ampliação e implantação de serviços no HUJB, dificultando uma nova contratualização com o
gestor do SUS, com impacto negativo na assistência, por se tratar de recursos essenciais aos
serviços de diagnósticos e de apoio terapêutico, bem como às atividades de pesquisa e ensino.
68
Percebe-se deste modo, o prejuízo do papel do HUJB como cenário de aprendizado, motivado
pela reduzida disponibilidade de equipamentos, essenciais à qualificação do serviço e
consolidação deste HUF como espaço de compartilhamento de práticas e saberes para a
comunidade acadêmica da UFCG.
A partir destas reflexões, a equipe ampliada vislumbra que a adequação da
infraestrutura de equipamentos médico hospitalares poderá possibilitar a expressão do
potencial de contribuição do HUJB com a RAS, em benefício da comunidade no que tange à
assistência, pois estará apto a renovar a contratualização com o SUS, ampliando os serviços
ora ofertados e fortalecendo a formação dos profissionais de saúde.
NC7 - Infraestrutura de tecnologia da informação insuficiente
Em relação à tecnologia da informação, verifica-se que há baixa incorporação de
novas tecnologias, comprometendo à execução de processos relacionados à gestão, à
assistência, ao ensino e a pesquisa. A sua resolubilidade no âmbito assistencial, a partir do
software AGHU, permitirá a otimização da comunicação entre setores do hospital, fortalecerá
a gestão de processos, possibilitará o diagnóstico em tempo real de indicadores gerados
internamente, além de fortalecer o ensino e pesquisa à partir da disponibilização de acesso a
bases de dados e periódicos, videoconferências e atualização de conhecimentos científicos por
meio da assinatura de recursos como o Up-to-date, além das bibliotecas virtuais de acesso
aberto.
NC8 – Indefinição do papel do hospital na RAS
A insuficiência de serviços de atenção à saúde é uma das causas importantes
classificada como nó-crítico, exatamente porque guarda relação direta com os dois descritores
deste macroproblema. Após as oficinas coletivas e debates/discussões realizados no HUJB, a
equipe ampliada compreendeu que, uma vez superado, o NC8 certamente trará impactos
futuros positivos na baixa oferta de serviços, na resolubilidade deficiente, déficit de leitos na
RAS, na dificuldade de manutenção financeira, no papel do hospital enquanto cenário de
aprendizagem, bem como nos indicadores de morbimortalidade nas áreas de atenção do
HUJB.
NC9 - Ausência de modelo de gestão
A ausência do modelo de gestão foi considerada como uma grande fragilidade
institucional, uma vez que a implantação de gestão por processos e o alinhamento da estrutura
69
organizacional, redefinição das rotinas assistenciais e modelos de trabalho multiprofissionais,
a institucionalização do planejamento estratégico organizacional, e a implantação do Setor de
Regulação e Avaliação em Saúde, consistem em pontos fundamentais para garantir a
qualidade da assistência e eficiência dos processos gerenciais. O HUJB espera que a
superação deste nó crítico, possibilitará, por exemplo, a renovação da contratualização com o
gestor do SUS e a sustentabilidade financeira do hospital.
3.3.2 Associação de Macroproblemas priorizados com oportunidades de melhoria
Os quadros a seguir contemplam a associação dos nós críticos identificados com as
oportunidades de melhoria.
Quadro 11 - Associação dos nós críticos e oportunidades de melhoria relacionados ao
Modelo de Gestão Hospitalar
Grupos de Referência do Modelo de
Gestão Hospitalar Nós Críticos Relacionados
Contratualização e integração à Rede de
Atenção à Saúde
(Aderência de 67% em relação ao modelo)
Os nós críticos (NC) que propiciaram a
elaboração de planos de ação neste âmbito são o
NC05: Estrutura física insuficiente para
ampliação dos serviços; NC06: Infraestrutura de
equipamentos insuficiente; e o NC09:
Indefinição do papel do hospital na RAS,
relativos ao macroproblema 02 - Insuficiência de
serviços de atenção à saúde ofertados pelo
HUJB para efetivar a repactuação com o SUS,
bem como pelo NC03: Insuficiência de
profissionais, relativo ao macroproblema 01-
Insuficiência de profissionais para garantir a
atenção, ensino e pesquisa. A oportunidade de
melhoria é contemplada por meio da definição
dos serviços ofertados pelo hospital, e revisão da
contratualização.
Modelo de governança contemplando
Linhas de Cuidado
(Aderência de 17% em relação ao modelo)
As ações relacionadas ao NC09: Ausência de
modelo de gestão, pertinente ao macroproblema
02, encontram-se contempladas como
oportunidades de melhoria por meio da
implantação do modelo de gestão por processos,
que incluiu a definição de uma estrutura
organizacional matricial.
Planejamento estratégico integrado
(Aderência de 19% em relação ao modelo)
As oportunidades de melhoria advêm das ações
que envolvem a articulação entre o hospital e a
UFCG, que faz referência ao NC04: Deficiência
70
Grupos de Referência do Modelo de
Gestão Hospitalar Nós Críticos Relacionados
no diálogo e articulação com a UFCG, relativo
ao macroproblema 01- Insuficiência de
profissionais para garantir a atenção, ensino e
pesquisa, e ao alinhamento organizacional em
relação ao Plano Diretor Estratégico (PDE),
pertinente às ações relativas ao NC09: Ausência
de modelo de gestão, relacionado ao
macroproblema 02.
Gestão da estratégia
(Aderência de 34% em relação ao modelo)
Os nós críticos (NC) que propiciaram a
elaboração de planos de ação neste âmbito são o
NC09: Ausência de modelo de gestão, do
macroproblema 2, onde podem ser incluídas
iniciativas relativas à definição de um modelo de
acompanhamento e divulgação de resultados e a
implantação do Aplicativo de Gestão dos
Hospitais Universitários (AGHU); e o NC04:
Deficiência no diálogo e articulação com a
UFCG, relativo ao macroproblema 01,
contemplando a aproximação entre a
Universidade e o HUJB.
Gestão da qualidade e segurança
(aderência de 10% em relação ao modelo)
As ações relacionadas ao NC09: Ausência de
modelo de gestão, pertinente ao macroproblema
02, encontram-se contempladas como
oportunidades de melhoria por meio da
implantação do Aplicativo de Gestão dos
Hospitais Universitários (AGHU), que inclui os
Módulos de Farmácia e Estoque.
Quadro 12 - Associação dos nós críticos e oportunidades de melhoria relacionados ao
Modelo de Gestão da Clínica
Grupos de Referência do Modelo de
Gestão da Clínica Nós Críticos Relacionados
Construção de processos assistenciais
multiprofissionais focados na integralidade
do cuidado (aderência de 27% em relação ao
modelo) e Padronização da atenção à saúde
(aderência de 33% em relação ao modelo)
As ações relacionadas ao NC09: Ausência de
modelo de gestão, pertinente ao
macroproblema 02, encontram-se
contempladas como oportunidades de
melhoria por meio da redefinição de rotinas
assistenciais e modelos de trabalho
multiprofissionais.
Processo decisório baseado em informações
assistenciais (aderência de 47% em relação ao
modelo)
Os nós críticos que propiciaram a elaboração
de planos de ação neste âmbito são o NC09:
Ausência de modelo de gestão, pertinente ao
macroproblema 02 e NC07: Infraestrutura de
tecnologia da informação insuficiente,
contido no macroproblema 02, à partir de
71
Grupos de Referência do Modelo de
Gestão da Clínica Nós Críticos Relacionados
planos de ação relativos à ação de
implantação do prontuário eletrônico
Segurança assistencial
(Aderência de 42% em relação ao modelo)
As oportunidades de melhoria advêm das
ações que envolvem a estruturação do
Serviço de Vigilância em Saúde e Segurança
do Paciente, o que faz referência ao NC09:
Ausência de modelo de gestão, relacionado
ao macroproblema 02.
Regulação Assistencial (aderência de 7% em
relação ao modelo)
As ações relacionadas ao NC09: Ausência de
modelo de gestão, contido no macroproblema
02, são possíveis oportunidades de melhoria
mediante iniciativas que envolvam a
estruturação e implantação do Setor de
Regulação e Avaliação em Saúde.
Estabelecimento de métodos e ferramentas
para o desenvolvimento de competências da
equipe multiprofissional (aderência de 18%
em relação ao modelo)
A ausência de plano de educação permanente
e continuada, que compreende o NC01,
vinculado ao macroproblema 01, consiste em
oportunidade de melhoria por meio da
implantação de atividades voltadas ao
desenvolvimento técnico da equipe
multiprofissional e dos trabalhadores recém-
admitidos.
Padronização das atividades de Auditoria
Clínica (aderência de 0% em relação ao
modelo)
As ações relacionadas ao NC09: Ausência de
modelo de gestão, contido no macroproblema
02, consiste em oportunidade de melhoria por
meio de atividades que definirão o modelo de
auditoria clínica-assistencial e,
consequentemente, sua implantação.
Quadro 13 - Associação dos nós críticos e oportunidades de melhoria relacionados ao
Modelo de Humanização da Saúde
Grupos de Referência do Modelo de
Humanização da Saúde Nós Críticos Relacionados
Programas e iniciativas direcionadas ao
trabalhador
(Aderência de 15% em relação ao modelo)
Dentre os nós críticos selecionados, o NC03:
Insuficiência de profissionais desencadeou
ações voltadas ao desenvolvimento do Plano
de Motivação e Transição dos Profissionais,
que possui entre as atividades a avaliação e
acompanhamento da satisfação dos
colaboradores.
Padronização e potencialização de elementos
e mecanismos de identificação e
comunicação
(Aderência de 16% em relação ao modelo)
O nó crítico que viabilizou a elaboração de
plano de ação neste âmbito foi o NC09:
Ausência de modelo de gestão, a partir do
qual podem ser estabelecidas ações de
comunicação, abrangendo atividades de
comunicação visual, identificação dos
72
Grupos de Referência do Modelo de
Humanização da Saúde Nós Críticos Relacionados
colaboradores e elaboração do sítio
institucional.
Quadro 14 - Associação dos nós críticos e oportunidades de melhoria relacionados ao
Modelo de Administração Econômico-Financeira
Grupos de Referência do Modelo de
Administração Econômico-Financeira Nós Críticos Relacionados
Institucionalização e monitoramento de
processos administrativo-financeiros
(Aderência de 38% em relação ao modelo)
O Diagnóstico de Aderência à Lista de
Contribuições indica a necessidade de serem
implementadas melhorias relativas à
implantação do modelo de gestão por
processos, que contempla como atividade o
mapeamento dos processos de gestão, a
normatização de processos e a definição de
indicadores de desempenho. Estas atividades
estão vinculadas ao NC09-Ausência do
modelo de gestão.
Desenvolvimento de trabalhadores em gestão
de recursos públicos
(Aderência de 17% em relação ao modelo)
Os nós críticos (NC) que propiciaram a
elaboração de planos de ação neste âmbito
são o NC09: Ausência de modelo de gestão,
pertinente ao macroproblema 02 e NC01:
Ausência de Plano de Educação Permanente e
Continuada, contido no macroproblema 01, a
partir de planos de realização do diagnóstico
das necessidades de educação permanente e
continuada no HUJB e do diagnóstico
compartilhado das potencialidades de oferta
de educação permanente e continuada, a
partir da cogestão, da coparticipação e da
corresponsabilidade.
Quadro 15 - Associação dos nós críticos e oportunidades de melhoria relacionados ao
Modelo de Gestão de Obras e Engenharia Clínica
Grupos de Referência do Modelo de
Gestão de Obras e Engenharia Clínica Nós Críticos Relacionados
Avaliação da infraestrutura e dos
equipamentos médico-hospitalares e
dimensionamento das iniciativas de obras e
aquisição de equipamentos médico-
hospitalares
(Aderência de 25% em relação ao modelo)
Os NC05 - Estrutura física insuficiente para
ampliação dos serviços e NC06-
Infraestrutura de equipamentos insuficiente,
detectados enquanto fragilidades relacionadas
ao macroproblema 2, incluíram planos de
ações voltados ao mapeamento da
73
Grupos de Referência do Modelo de
Gestão de Obras e Engenharia Clínica Nós Críticos Relacionados
infraestrutura dos setores, execução de obras
e reformas e aquisição de equipamentos.
Estratégia de manutenção de infraestrutura e
equipamentos
(Aderência de 9% em relação ao modelo)
As práticas voltadas à estratégia de
manutenção de infraestrutura e equipamentos
advêm da ação de implantação do programa
de manutenção de equipamentos, vinculada
ao NC06 - Infraestrutura de equipamentos
insuficiente, relativo ao macroproblema 2.
Competências de trabalhadores e treinamento
de operação de equipamentos
(Aderência de 0% em relação ao modelo)
As oportunidades de melhoria identificadas
em relação ao desenvolvimento de
competências de trabalhadores e treinamento
de operação de equipamentos possuem forte
relação com a ação que corresponde ao
desenvolvimento do Plano de Educação
Permanente e Continuada, referido por meio
do NC01: Ausência de plano de Educação
Permanente e Continuada, do macroproblema
01.
A equipe do HUJB optou por não priorizar ações vinculadas aos modelos de Hotelaria
Hospitalar e Compras Hospitalares, uma vez que no diagnóstico situacional estes
apresentaram aderência maior do que a média encontrada, não sendo, portanto, prioridade
para os próximos dois anos. Contudo, oportunamente, a equipe gestora do HUJB poderá
implantar ações de melhoria para estes dois modelos, que atualmente apresentam cenários
mais positivos, em detrimentos de outros.
3.3.3 Oficina: Ferramenta para elaboração de planos de ação
A elaboração do plano de ação corresponde ao Momento Normativo do PDE. Nessa
etapa, a equipe ampliada elaborou o Plano de Ação para o enfrentamento dos nove nós
críticos identificados, partindo da proposta de um resultado esperado e identificação de ações
desmembradas em atividades necessárias para solucioná-los.
Durante a oficina ocorrida em julho de 2016 as facilitadoras do HSL reuniram-se com
a equipe ampliada no HUJB e apresentaram os termos de referência de duas ferramentas:
5W3H e Planejamento Estratégico Situacional (PES) simplificado. A ferramenta 5W3H
auxilia no detalhamento das ações que precisam ser desenvolvidas a partir do nó crítico
identificado, funcionando como um mapeamento dessas atividades, estabelecendo o que será
74
feito, quem fará o quê, em qual período de tempo, em qual área da instituição e quanto custará
(CHAMPAGNE et al., 2011).
O Planejamento Estratégico Situacional foi desenvolvido pelo economista chileno
Carlos Matus, a partir da década de 70, como um método mais flexível, permitindo trabalhar
com a complexidade dos problemas sociais (MATUS, 1993a).
O PES surgiu no âmbito mais geral do planejamento econômico-social e
crescentemente tem sido adaptado e utilizado em áreas como saúde, educação e planejamento
urbano, por exemplo. Podendo ser visto como um método de alta complexidade e alta
potência, apropriado para o nível diretivo de instituições de grande porte e com pessoal
especializado. Este método aborda determinados problemas que definem uma situação global
(macroproblemas) (MATUS, 1993b).
No PES, o planejamento deve ser elaborado com base na construção de cenários.
Esses integram obrigatoriamente a construção de planos, que são como apostas para o futuro,
no qual valem previsões e não predições. Com relação a esses dois conceitos, o PES os
distingue de forma muito clara: prever é levar em conta dados concretos da realidade,
indicadores, informações, tendências, regularidades, possíveis desvios e, tanto quanto
possível, baseia-se em métodos racionais e científicos (GENTILINI, 2014).
Porém, a predição tem a ver mais com suposições, suspeitas, decorrentes de alguma
força que fuja a governabilidade dos que planejam as ações e atividades. A previsão põe
diante dos dirigentes e do planejador várias possibilidades que, com as variáveis, constituem
diferentes cenários a serem construídos e, consequentemente, planos e ações alternativos ante
situações que podem surgir de forma imprevista e tolher ou paralisar a ação ou as decisões
dos dirigentes (GENTILINI, 2014).
75
Figura 21 - Oficina de elaboração dos planos de ação – ferramentas 5W3H e PES
Fonte: Arquivo Fotográfico do HUJB/2016
Durante a oficina de trabalho, a equipe foi dividida em três grupos, com o objetivo de
estudar as duas ferramentas e optar por uma delas, em seguida, defender tal escolha para o
grupo, mediante a sua utilização com um nó crítico do HUJB. Nas apresentações, dois grupos
optaram por usar o PES e um, a ferramenta 5W3H (Figura 21).
Por fim, a equipe ampliada pactuou que faria a associação das duas ferramentas na
elaboração dos planos de ação para os nove nós críticos identificados. Assim, foi elaborada
uma planilha para tais planos, com as seguintes colunas: Resultados esperados (Por que
fazer?), Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer), Responsável (Quem vai fazer?),
Potenciais Parceiros, Eventuais opositores, Data início, Data fim, Recursos Necessários,
Recursos financeiros (quanto custa), Indicadores e meta (Quadro 16).
Quadro 16 – Planilha para os planos de ação dos nós-críticos do HUJB
76
3.3.4 Oficina e ferramentas de análise de viabilidade e identificação de ações
conflitivas
Para a realização desta parte do processo a equipe ampliada participou de oficinas
relacionadas à análise de viabilidade do plano e identificação de ações conflitivas, momento
estratégico do PDE, onde se considera a diversidade de atores sociais e de interesses, a
conjuntura social e econômica, dentre outros fatores, o grau de imprevisibilidade e de
incerteza, bem como o interesse dos atores indicados na execução das ações.
Nesse sentido, viabilidade significa a construção de possibilidades e alternativas que
permitam produzir mudanças na realidade. Algumas ações, dependendo do contexto, são
consideradas mais simples e de maior viabilidade, pois dependem exclusivamente do ator que
planeja. Outras, ao contrário, dependem de variáveis que são controladas por outros atores em
contextos específicos, e isso pode dificultar a execução de ações que geram conflito
(CALEMAN et al., 2016).
Durante as oficinas foram utilizadas duas ferramentas, a matriz de análise de
motivação dos atores sociais (Quadro 17) e matriz de estratégias de viabilidade (Quadro 18),
segundo ações conflitivas, no intuito de identificar a viabilidade das ações a partir dos atores
envolvidos e a existência de ações conflitivas entre elas. Na primeira matriz, identificaram-se
quais os atores envolvidos, por ação, e buscou-se compreender quais os interesses dos atores
identificados por meio da utilização dos sinais: a favor (+); contra (-) e indiferente (0), bem
como, o valor atribuído por eles às ações propostas, classificados como alto (A), médio (M)
ou baixo (B), conforme exemplo no Quadro 17.
Quadro 17 – Matriz de análise de motivação dos atores sociais, segundo ação do plano
Atores Operações – OP ou Ações e Demandas de Operações – DOP ou Demandas de Ação
Ator 1 Ação 1 Ação 2 Ação 3 Ação 4 Ação 5
Ator 2 +A +A +A +A +A
Ator 3 -A -A +B +A 0
Ator 4 -A -M +A -A 0
Nesse exemplo pode-se apontar que a Ação 3 é de consenso, que a Ação 5 é duvidosa, pois há muita
indiferença com relação a ela, e que as Ações 1, 2 e 4 não são de consenso, sendo classificadas como
conflitivas.
Fonte: Caleman et al., 2016
Feito isso, foram identificadas três ações que não eram de consenso: Divulgar a
capacidade instalada, as ações e os recursos do HUJB para ampliação das ações de ensino;
Articular política e institucionalmente a aproximação entre o HUJB e a UFCG; e Revisar a
77
contratualização, para as quais buscou-se a construção de estratégias de viabilidade, levando
em consideração os recursos necessários e quem os controla, com o intuito de identificar mais
claramente os meios tático/estratégicos mais adequados a serem utilizados para dar
viabilidade às ações conflitivas (Quadro 18).
Quadro 18 – Matriz de estratégias de viabilidade, segundo ações conflitivas
ESTRATÉGIAS DE
VIABILIDADE
AÇÕES CONFLITIVAS
Ação 1 Ação 2 Ação 3
Recursos necessários
Recursos que temos
Recursos que não temos
Viabilidade
Estratégia para aumentar a
viabilidade
Fonte: Adaptado de Caleman, 2016
3.3.5 Ferramenta da gestão do plano
Após a elaboração dos planos de ação é necessário a gestão do plano, para o
acompanhamento das ações/atividades. A gestão do plano possibilitará classificar as ações
dos nós críticos, considerando os critérios de viabilidade, impacto, comando e precedência.
“Com relação ao processo de acompanhamento, deve-se considerar o conjunto de variáveis
relacionados à implementação das ações. Quais ações devem ser priorizadas? Quais podem
ser desenvolvidas de forma simultânea? Sequencial? Ou que precedem as demais? ”
(CALEMAN et al., 2016).
Na elaboração dos planos de ação, a equipe responsável levou em consideração todos
esses aspectos, de modo a facilitar a gestão do plano. Assim, classificamos as ações que
constam no plano, construímos a matriz de monitoramento e sua análise orçamentária,
levando em consideração a viabilidade das ações, o impacto, os responsáveis, e precedência
(por nó-crítico, as ações estão dispostas em ordem sequencial.
No item 7 deste PDE consta em detalhes a Gestão do Plano, elaborada pelo Grupo
afinidade e equipe ampliada do HUJB, sob a orientação da facilitadora Lena Vânia Peres e a
cofacilitadora Rafaella Simões Oliveira.
78
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nesta parte, são apresentadas as bases teóricas que orientam a construção deste PDE,
assuntos que estão relacionados aos nós críticos dos dois macroproblemas, de forma a
evidenciar o alinhamento entre a teoria e prática. Sendo assim, os grandes temas abordados
são: Gestão da clínica, Inserção do Hospital Universitário na Rede de Atenção à Saúde
(RAS), Educação Permanente em Saúde, Integração ensino-assistência e Infraestrutura
hospitalar.
4.1 Gestão da Clínica
A Gestão da Clínica pode ser compreendida como um conjunto de tecnologias de
microgestão destinado a prover uma atenção à saúde de qualidade, centrada nas pessoas,
efetiva, estruturada com base em evidências científicas; segura, que não cause danos às
pessoas e aos profissionais de saúde; eficiente, provida com os custos ótimos; oportuna,
prestada no tempo certo; equitativa, de forma a reduzir as desigualdades injustas; e ofertada
de forma humanizada (MENDES, 2011).
A Política Nacional de Atenção Hospitalar (PNHOSP) no âmbito do SUS define que
os hospitais são instituições complexas de caráter multiprofissional e interdisciplinar, que se
constituem em espaços de assistência, educação, formação de recursos humanos, pesquisa e
avaliação de tecnologias em saúde para a RAS (BRASIL, 2013).
Essa política considera que a clínica ampliada é o dispositivo de atenção à saúde,
centrado nas necessidades de cada usuário e no seu contexto, articulando um conjunto de
práticas capazes de potencializar a capacidade de atuação dos profissionais por meio da
implantação das equipes de referência, construção de vínculo e elaboração de projetos
terapêuticos compartilhados com os usuários, buscando ampliar os recursos de
intervenção sobre o processo saúde/doença;
Define, também, as atividades e responsabilidades da gestão, exercendo as funções de
coordenação, articulação, negociação, planejamento, acompanhamento, controle,
avaliação e auditoria;
Que a linha de cuidado é a estratégia de organização da atenção que viabiliza a
integralidade da assistência, por meio de um conjunto de saberes, tecnologias e recursos;
79
articulada e contínua, abrangendo os campos da promoção, prevenção, tratamento e
reabilitação;
Que o plano terapêutico: plano de cuidado de cada paciente, resultado da discussão da
equipe multiprofissional, com o objetivo de avaliar ou reavaliar diagnósticos e riscos,
redefinindo as linhas de intervenção terapêutica dos profissionais envolvidos no cuidado.
E que o prontuário único: é o conjunto de documentos em saúde padronizados e
ordenados, destinado ao registro dos cuidados que foram prestados aos usuários por todos
os profissionais de saúde;
No Art. 6º São diretrizes da PNHOSP, dentre outas:
IV - modelo de atenção centrado no cuidado ao usuário, de forma multiprofissional e
interdisciplinar;
VI - atenção humanizada em consonância com a Política Nacional de Humanização;
VII - gestão de tecnologia em saúde de acordo com a Política Nacional de
Incorporação de Tecnologias do SUS;
VIII - garantia da qualidade da atenção hospitalar e segurança do paciente.
Auditoria num sentido mais amplo consiste na avaliação da qualidade da atenção e as
mudanças da prática de saúde para melhorar a atenção, deve ser entendida no contexto da
garantia de qualidade da atenção à saúde. A auditoria clínica é focada nas pessoas usuárias
dos sistemas de atenção à saúde e desenvolve-se num ambiente cultural de melhoria da
eficácia clínica com objetivo de otimizar os resultados clínicos. Em geral, faz-se em relação a
um padrão normativo que se estabelece a priori e que se encontra normalmente consolidado
em diretrizes clínicas baseadas em evidência (MENDES, 2011).
Estudo de Ribeiro e Amaral (2008) elencou os princípios componentes da medicina
centrada no paciente, segundo as definições de Stewart et al. (1995):
Exploração e interpretação, pelo médico, da doença e da experiência de adoecer do
paciente, tendo a experiência de adoecer quatro dimensões: o sentimento de estar
doente; a ideia a respeito do que está errado; o impacto do problema na vida diária; e
as expectativas sobre o que deveria ser feito;
Entendimento global da pessoa;
Busca de objetivos comuns, entre o médico e o paciente, a respeito do problema ou
dos problemas e sua condução;
Incorporação de medidas de prevenção e promoção de saúde;
80
Melhora ou intensificação da relação médico-paciente;
Viabilidade em termos de custos e tempo
Nesse processo de cuidar os profissionais devem considerar a pessoa como um todo,
sua subjetividade e complexidade; deve identificar/reconhecer as mensagens enviadas pelo
cliente/paciente; compreendê-lo; atuar de maneira a satisfazer as necessidades de atenção e de
cuidado, sem esquecer o contexto de vida e os valores que o cliente traz quando de sua
internação, pois identificar as diferenças culturais e individuais contribui para o equilíbrio
entre a assistência prestada e as necessidades do cliente/paciente, reforçando o papel da
humanização (MACHADO; PRAÇA, 2006).
As Linhas de Cuidado surgem a partir de redes macro e microinstitucionais, em
processos extremamente dinâmicos, nos quais o fluxo de assistência ao usuário é centrado em
seu campo de necessidades. A perspectiva de organização das Linhas de Cuidado pressupõe-
se a partir de um conceito simples, ou seja, da responsabilização do profissional e do sistema
pela saúde do usuário. Também consiste na criação de um projeto terapêutico adequado a
cada usuário na sua singularidade, onde se busca a autonomia do sujeito no seu modo de
viver, para garantir maior qualidade de vida e independência dos atos de saúde (MALTA;
MERHY, 2010).
Cuidado de boa qualidade é aquele que proporciona ao paciente o bem estar máximo e
mais completo, após ter sido considerado o equilíbrio previsto entre ganhos (benefícios) e
perdas (danos) que acompanham o processo de cuidado em toda a sua extensão, tornando-se
um componente essencial da qualidade do cuidado, e tem adquirido, em todo o mundo,
importância cada vez maior para os pacientes e suas famílias, para os gestores e profissionais
de saúde no sentido de oferecer uma assistência segura (DONABEDIAN, 1980).
A segurança do paciente sempre permeou as legislações sanitárias brasileiras, mas
somente em 2013 o Brasil lançou um programa oficial sobre o tema. A Portaria MS nº 529, de
01 de abril de 2013, instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). As
ações para a segurança do paciente devem ser implantadas por meio do plano de segurança do
paciente, este se trata de um documento exigido pela legislação brasileira, para nortear as
ações institucionais. Este plano deve ser de conhecimento de todos que compõe a Instituição,
desde a gestão até os empregados que atuam indiretamente com o paciente, além dos próprios
usuários (EBSERH, 2014).
De acordo com a Portaria GM/MS N° 1.559, de 01/08/2008, a Regulação possui três
dimensões de atuação: regulação sobre sistemas de saúde, regulação da atenção à saúde e
81
regulação do acesso à assistência. A regulação assistencial atua tanto de foram intra-hospitalar
como na interface com a RAS (BRASIL, 2008).
O Núcleo Interno de Regulação (NIR), possui, entre outras, as seguintes funções:
apoiar o fluxo do paciente no complexo hospitalar, considerando a dinamicidade do processo
saúde/doença; regular leitos das unidades de internação; estimular a criação de protocolos
clínicos baseado no perfil de morbimortalidade hospitalar, na medicina baseada em evidência,
na enfermagem baseada em evidência e na saúde pública baseada em evidência; implantar
Projeto Terapêutico Singular (PTS), por propor o compartilhamento das informações, em
encontros de discussões multidisciplinares e o monitoramento do tempo médio de
permanência (TMP) (EBSERH, 2014).
Com o NIR, de posse das demandas de internação, o complexo assistencial da
Faculdade de Medicina de Marília, conseguiu estabelecer priorizações, bem como buscar
alternativas para as internações, de acordo com o grau de complexidade dos casos e com a
liberação das especialidades médicas, reduzindo assim, o número de suspensões cirúrgicas
(RODRIGUES; JULIANO, 2015).
4.2 Inserção do Hospital Universitário na Rede de Atenção à Saúde (RAS)
A proposta da RAS é recente, tendo origem nas experiências de sistemas integrados de
saúde, surgidas na primeira metade dos anos 1990, nos Estados Unidos. A partir daí,
avançaram pelos sistemas públicos da Europa Ocidental e para o Canadá, até atingir,
posteriormente, alguns países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil (OPAS, 2011). No
Brasil, o tema vem sendo tratado de forma crescente. Nesse sentido, Mendes (2000) menciona
movimentos imprescindíveis à sua concretização sob a forma de uma reengenharia do sistema
de atenção à saúde.
O movimento universal em busca da construção da RAS está sustentado por provas de
que essas redes consistem a saída para a crise contemporânea dos sistemas de atenção à saúde.
Há evidências, provindas de vários países, de que as RAS melhoram os resultados sanitários e
econômicos dos sistemas de atenção à saúde (CONASS, 2011). Um exemplo disso, a
Secretaria Estadual de Saúde do Ceará relatou uma experiência exitosa que consistiu na
estruturação de sistemas microrregionais de saúde com o objetivo de integrar o sistema
público e superar as fragilidades da fragmentação determinada pelo processo de
municipalização (CEARÁ, 2000).
82
O sucesso de uma rede de serviços depende do desempenho da atenção básica, do
estabelecimento de protocolos e fluxos padronizados, da existência de recursos e unidades de
saúde intermediárias que possam garantir o atendimento adequado aos pacientes. Os próprios
hospitais de ensino têm um papel fundamental no desenvolvimento dessas ações,
particularmente na capacitação dos profissionais desses serviços (BARATA; MENDES;
BITTAR, 2010).
Os hospitais devem funcionar integrados a uma rede hierarquizada e regionalizada de
serviços, para isso precisam pactuar seu papel e responsabilidades com os gestores, definindo
os mecanismos de acesso e sua relação com os demais serviços da rede através de contratos.
Na prática, a utilização dos contratos de gestão na área hospitalar se apega principalmente aos
indicadores de produção, valorizado menos o modo de produção e a integração do hospital ao
sistema de saúde, constatado pela pequena participação do gestor local nesses processos.
Além de ampliar a corresponsabilidade pelos resultados e pelo uso dos recursos, o contrato de
gestão deve, entre outras finalidades, orientar a agenda do gerente/gestor e aprimorar a
comunicação institucional (CAMPOS; AMARAL, 2007).
A contratualização envolve habilidades como a negociação, competências gerenciais,
sistemas de informações gerenciais e comunicação interna, identificação de obstáculos
sistêmicos à melhoria interna do desempenho organizacional e adoção de relações
hierárquicas mais horizontalizadas (LUEDY; MENDES; RIBEIRO JÚNIOR, 2012).
Uma estratégia bem sucedida utilizada para inserção de um Hospital Universitário no
SUS a partir da contratualização, realizou, além da capacitação da gestão: mobilização dos
gestores, dos dirigentes hospitalares e dos colaboradores; investimento intensivo no
desenvolvimento gerencial; estímulo à adoção de mudança no padrão da gestão clínica;
mobilização de lideranças para reduzir as resistências quanto à implantação de mecanismos de
acompanhamento e avaliação do desempenho hospitalar e aposta em mudanças substantivas
no modelo de atenção, antes voltado para a doença (LUEDY; MENDES; RIBEIRO JÚNIOR,
2012).
Os contratos de gestão devem envolver metas quantitativas e qualitativas referentes à
assistência à saúde, ensino, pesquisa e gestão, definidas mediante compromisso firmado entre
o hospital e o gestor do SUS. Deve ainda pressupor os mecanismos de controle e avaliação,
para monitoramento das metas pactuadas, isso cabe à Comissão Permanente de
Acompanhamento de Contratos. No entanto, questões como transparência, controle social e
compromisso com resultados precisam ser mais bem compreendidas e exercidas na
conformação das políticas públicas, levando-se em consideração também a singularidade e
83
complexidade do HU, devido sua identidade acadêmica (MACHADO; KUCHENBECKER,
2007).
4.3 Educação permanente em saúde
A Educação Permanente em Saúde como ato de defesa do trabalho decorreu do
desafio do SUS em atender às necessidades da população, de conquistar a adesão dos
trabalhadores na construção de processos vivos de gestão participativa e transformadora, que
envolva não somente trabalhadores e gestores, mas docentes, estudantes e pesquisadores, por
meio da aprendizagem situacional nos próprios cenários de trabalho (CECCIM, 2005).
Segundo a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, a capacitação é uma
estratégia amplamente usada para enfrentar os problemas de desenvolvimento dos serviços de
saúde, tem como objetivo alcançar a aprendizagem por meio de ações intencionais e
planejadas e a missão fortalecer conhecimentos, habilidades, atitudes e práticas. Enquanto que
a Educação Permanente representa uma importante mudança na concepção e nas práticas de
capacitação dos trabalhadores dos serviços, tendo como objetivos:
Incorporar o ensino e o aprendizado à vida cotidiana das organizações e às práticas
sociais e laborais, no contexto real em que ocorrem;
Modificar substancialmente as estratégias educativas, a partir da prática como fonte de
conhecimento e de problemas;
Colocar as pessoas como atores reflexivos da prática e construtores do conhecimento e
de alternativas de ação;
Abordar a equipe e o grupo como estrutura de interação, evitando a fragmentação
disciplinar;
Ampliar os espaços educativos fora da aula e dentro das organizações (BRASIL,
2009).
Na Educação Permanente o aprender e o ensinar são incorporados ao cotidiano das
organizações e baseia-se na aprendizagem significativa desenvolvida a partir dis problemas
cotidianos, levando em consideração os conhecimentos e as experiências pré-existentes das
pessoas. Possui como principal objetivo a transformação das práticas das equipes de saúde.
Conceito difundido pela OPAS e utilizado no Brasil como estratégia na Política de Educação
Permanente em Saúde, deve funcionar como dispositivo para aproximar os profissionais do
84
cotidiano e das necessidades da população, convocando a participação de todos os atores
sociais envolvidos com o intuito de elevar a qualidade dos serviços prestados pelo SUS
(LOPES et al., 2007).
A Educação Permanente em Saúde (EPS) também é a base norteadora do processo
gerencial. A gestão participativa por meio da EPS vai muito além da atualização e transmissão
de novos conhecimentos, pois mobiliza o potencial criativo dos sujeitos à busca de inovar e
transformar a realidade onde ele está inserido, por meio da problematização e de ações
elaboradas no coletivo. Portanto, as novas competências gerenciais integradas a gestão
participativa são construídas “no” e “pelo” trabalho, levando a co-gestão (MEDEIROS et al.,
2010).
O processo de co-gestão cria espaços de poder compartilhado e a ampliação da
aprendizagem no trabalho, podendo estimular o compromisso e a responsabilização pelo
processo e seus resultados e, consequentemente, o crescimento coletivo. A co-gestão está
intimamente ligada à ideia de descentralização e de autonomia dos sujeitos (MEDEIROS et
al., 2010).
A gestão participativa e a tomada de decisões com base na EPS fortalece e valoriza o
trabalho em equipe, viabiliza a participação dos profissionais no planejamento das ações,
estimula o compromisso, cria espaços de trocas e produção do conhecimento e amplia o
diálogo entre a equipe de saúde (MEDEIROS et al., 2010).
O eixo norteador da EPS é a integralidde da atenção à saúde, pois direciona o trabalho
em saúde para um trabalho transdisciplinar e multiprofissional, envolvendo a compreensão
dos problemas de saúde e suas dimensões, para que as práticas de saúde da rede de atenção
ocorram dentro da realidade do usuário e para atender as suas necessidades. Neste sentido, o
SUS deve funcionar como uma “rede-escola integrada” pela gestão participativa, e com o
objetivo de reorganização do sistema, as práticas educativas devem ser construídas de maneira
articulada com as medidas para o alcance desta finalidade (LOPES et al., 2007).
Neste cenário, torna-se relevante considerar a educação permanente por meio da
implementação de metodologias ativas, ao exemplo da metodologia da problematização que
tem como referência o Arco de Maguerez, apresentado pela primeira vez por Bordenave e
Pereira, em 1982, caminho metodológico capaz de desenvolver a autonomia intelectual, o
pensamento crítico e criativo por meio da observação da realidade; da definição dos postos-
chave, da teorização de hipóteses de solução e da aplicabilidade da realidade (PRADO et al.,
2012).
85
4.4 Integração ensino-assistência
A proposta de integração entre o ensino, a pesquisa e os serviços de saúde vem se
consolidando no Brasil, nos últimos 30 anos, como fruto do movimento de redemocratização
do país e do movimento de reforma sanitária brasileira, estes culminaram com a criação do
SUS e com a implantação de um novo modelo assistência à saúde (ELLERY; BOSI;
LOIOLA, 2013).
A integração ensino-serviço trata-se de um trabalho coletivo, pactuado e integrado de
estudantes e professores dos cursos de formação na área da saúde com trabalhadores que
compõem as equipes dos serviços de saúde, inclusive gestores, visando à qualidade de atenção
à saúde, a qualidade da formação profissional e o desenvolvimento dos trabalhadores dos
serviços (ALBUQUERQUE et al., 2007).
Ao exemplo da experiência da formação de profissionais da saúde na abrangência do
SUS-Campinas, onde as atividades de ensino, pesquisa e extensão do Centro de Ciências da
Vida (CCV), da PUC-Campinas são desenvolvidas na Universidade, no Hospital
Universitário e na rede de serviços de saúde, as principais potencialidades da integração
ensino-serviço foram ações que possibilitaram a construção do novo e o investimento no
estabelecimento de relações horizontalizadas. Neste contexto, todos os produtos e frutos
devem ser compartilhados e a academia não deve se utilizar do serviço como local de estágio,
nem o serviço se utilizar do estudante como mera “mão-de-obra” (CAVALHEIRO;
GUIMARÃES, 2011).
A incorporação da pesquisa à integração ensino-serviço tem um grande potencial, não
somente para a melhoria da formação e da educação permanente em saúde, mas também para
fortalecer a gestão do conhecimento, assim, a incorporação de saberes mostra a importância
da introdução de inovações nos processos produtivos do conhecimento (ELLERY; BOSI;
LOIOLA, 2013).
A integração entre o ensino e a assistência é estreitamente relacionada à capacidade dos
serviços em responder às demandas de saúde das populações. Para caracterizar o papel dos
HUs no contexto do ensino, é necessário compreendê-lo na perspectiva da organização dos
serviços e sua capacidade de resposta às necessidades da população, que por sua vez, nos
remete ao compromisso de que, por parte dos HU, no exercício de sua missão, devem
contribuir para a qualificação da oferta de serviços e aperfeiçoamento do próprio
funcionamento do SUS (MACHADO; KUCHENBECKER, 2007).
86
Essa integração, ensino-serviço ou ensino-assistência, é necessária em qualquer que seja
o espaço de formação profissional, uma vez que a lógica estabelecida pelas novas diretrizes
curriculares pressupõe que a mesma seja pautada na prática profissional, com vistas à
transformação do modelo de atenção em saúde (KUABARA, 2014).
4.5 Infraestrutura hospitalar
A infraestrutura hospitalar se apresenta como a base necessária e indispensável para o
funcionamento dos serviços de um hospital. Suas instalações devem seguir rigorosamente
padrões normativos estabelecidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e
pelas Normas Regulamentadoras Brasileiras da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas).
Nessa perspectiva, uma estrutura física adequada influencia positivamente nas práticas
do profissional de saúde, favorecendo a sua realização com a qualidade técnica requerida.
Além disso, a existência de uma estrutura apropriada no que diz respeito ao conforto promove
condições mais humanizadas de trabalho para a equipe, favorecendo também a melhor
qualidade da assistência à saúde do usuário (PEDROSA et al., 2011).
A inovação tecnológica está intimamente ligada ao processo evolutivo da assistência
em saúde, fazendo com que novos equipamentos sejam incorporados pela própria necessidade
do serviço. Neste contexto, a indústria vem desenvolvendo equipamentos que auxiliam e
melhoram o cuidado, que de certa forma promove uma maior segurança para os profissionais
principalmente de área da saúde (MALDONADO et al., 2012).
Neste mesmo sentido, aponta-se para uma transformação nas relações de processo e
assistência, não se admitindo mais a demora por resultados e/ou resolubilidade no
processamento das informações do paciente. O processo de modernização e implementação
de Tecnologias da Informação no âmbito hospitalar impacta diretamente na qualidade da
assistência, na produtividade dos serviços, tornando os procedimentos mais eficientes e
consequentemente diminuindo os custos (FUMAGALLI; PIVA; KATO, 2011)
Com orçamento cada vez mais restrito, as instituições públicas necessitam de maior
controle do consumo e dos custos para que não privem usuários/pacientes da infraestrutura e
dos equipamentos necessários para uma assistência de qualidade. Portando, fazendo-se
necessária a manutenção preventiva e corretiva das instalações de infraestrutura e
87
equipamentos médico-hospitalares nas instituições, para que o patrimônio seja preservado e
durabilidade e resultados sejam alcançados (GARCIA et al., 2012).
88
5 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
5.1 Relações de ações por nó-crítico
Uma vez coletivamente construídas as árvores explicativas dos macroproblemas
(MPs) do Hospital Universitário Júlio Bandeira, da Universidade Federal de Campina Grande
(HUJB - UFCG), foram definidos 09 (nove) nós críticos (NC) prioritários e, após a realização
da análise de viabilidade, estabelecidas 21 ações para intervir nos nós críticos (Quadro 19).
Nas ilustrações das páginas seguintes, é possível observar como as ações propostas
interagem com as árvores explicativas dos macroproblemas (MP1) Insuficiência de
profissionais para garantir a atenção, o ensino e a pesquisa no HUJB e (MP2) Insuficiência de
serviços de atenção à saúde ofertados pelo HUJB para efetivar a repactuação com o SUS,
respectivamente (Figura 22 e Figura 23).
A intenção é oportunizar um panorama geral do processo de planejamento estratégico
do PDE do HUJB-UFCG, interligando as árvores explicativas às ações por nó crítico. Em sua
composição, apresenta-se a árvore explicativa simplificada, na qual se mantiveram os
descritores, em quadros azuis, e apenas as causas identificadas como nós críticos priorizados
(destacados em boxes vermelhos), de modo que a atenção seja concentrada nesses últimos
(IIDA, 1993). Em quadros cinza são apresentadas as consequências, quais sejam fatos que se
busca mitigar com as ações planejadas.
89
Figura 22 - Árvore explicativa e Ações propostas para o MP1 “Insuficiência de profissionais para garantir a atenção, o ensino e a
pesquisa no HUJB”.
90
Figura 23 - Árvore explicativa e Ações propostas para o MP2 “Insuficiência de serviços de atenção à saúde ofertados pelo HUJB para
efetivar a repactuação com o SUS”.
91
Quadro 19 - Relação de Ação por Nó Crítico
Macroproblema Nó crítico Ação
MP
1 -
In
sufi
ciên
cia d
e
pro
fiss
ion
ais
para
gara
nti
r a a
ten
ção, o
ensi
no e
a p
esq
uis
a n
o
HU
JB
NC1 - Ausência de Plano de Educação
Permanente e Continuada
1 Elaborar Plano de Educação Permanente e Continuada
2 Executar Plano de Educação Permanente e Continuada
NC2 - Ausência de programa de residência
na região
3 Elaborar os Projetos Pedagógicos de Programas de Residência para a Região
4 Implantar os Programas de Residências em Saúde
NC3 - Insuficiência de profissionais 5 Desenvolver Plano de Motivação e Transição dos Profissionais do HUJB
NC4 - Deficiência no diálogo e articulação
com a UFCG
6 Divulgar a capacidade instalada, as ações e os recursos do HUJB para
ampliação das ações de ensino
7 Articular política e institucionalmente a aproximação entre o HUJB e a
UFCG
MP
2 -
In
sufi
ciên
cia d
e se
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os
de
ate
nçã
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UJB
pa
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rep
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om
o S
US
NC5 - Estrutura física insuficiente para
ampliação dos serviços
8 Mapear setores com infraestrutura física insuficiente.
9 Executar obras de infraestrutura (obras/reforma), na ordem de prioridade
definida em cronograma de execução
NC6 - Infraestrutura de equipamentos
insuficiente
10 Adquirir equipamentos médico-hospitalares
11 Implantar Programa de Manutenção dos Equipamentos
NC7 - Infraestrutura de Tecnologia da
Informação Insuficiente
12 Ampliar a estrutura de cabeamento estruturado
13 Implantar módulos do Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários
(AGHU)
NC8 - Indefinição do papel do Hospital na
RAS
14 Definir ações e serviços do hospital de acordo com a capacidade instalada e
as necessidades de saúde da população
15 Revisar a contratualização
NC9 - Ausência do modelo de gestão
16 Implantar modelo de gestão por processos
17 Redefinir rotinas assistenciais e modelos de trabalho multiprofissionais
18 Institucionalizar o Planejamento Estratégico Organizacional
19 Instituir ações de comunicação com dados abertos
20 Instituir o Plano de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente
21 Implantar o Setor de Regulação e Avaliação em Saúde
92
5.2 Plano de Intervenção Consolidado
A partir de agora, apresentar-se-á o Plano de Intervenção para o biênio 2017-2018,
período compreendido o Plano Diretor Estratégico (PDE) do HUJB-UFCG, composto pelas
21 ações estratégicas propostas. A equipe ampliada trabalhou tendo como diretrizes duas
ferramentas de modo combinado, quais sejam 5W3H e Planejamento Estratégico Situacional
(PES) simplificado, conforme detalhamento no percurso metodológico desse PDE.
Para melhor visualização das ações planejadas com base nas ferramentas
supramencionadas, foi construído o quadro consolidado como produto do processo de
planejamento com as tais ferramentas. No Apêndice B encontram-se os planos de ação
detalhados por ação.
As informações referentes à coluna How Much (Quanto custa?) estão apresentadas no
Planejamento Orçamentário (Item 5.3) e as informações referentes à coluna How Measure
(Como medir?), relacionadas aos indicadores e metas serão apresentadas nos Quadros 20 e
21.
93
Quadro 20 - Planilha consolidada de indicadores e metas por ações referentes aos nós críticos do Macroproblema 1 “Insuficiência de
profissionais para garantir a atenção, o ensino e a pesquisa no HUJB”.
Nó crítico Resultados esperados
(Por que fazer?) ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer?) Indicadores Metas
NC1 - Ausência
de Plano de
Educação
Permanente e
Continuada
Desenvolver Plano de
Educação Permanente
e Continuada para
qualificar os
profissionais
1 Elaborar Plano de Educação Permanente e Continuada
1.1 Criar comissão responsável pela elaboração e acompanhamento
do Plano de Educação Permanente e Continuada (PEPC)
% de necessidades
contempladas nos
programas incluídos no
PEPC (nº. de
necessidades educativas
contempladas / nº. de
necessidades levantadas)
60% das necessidades
levantadas no perfil de
competências
contempladas no PEPC
por meio de programas
educacionais
1.2
Realizar o diagnóstico das necessidades de educação permanente
e continuada com o preenchimento do formulário sobre o perfil
de competências
1.3 Elaborar programas e iniciativas para educação permanente por
meio da utilização de técnicas eficazes de ensino-aprendizagem
1.4
Realizar o diagnóstico compartilhado das potencialidades de
oferta de educação permanente e continuada, a partir da
cogestão, da coparticipação e da corresponsabilidade
1.5 Compilar todos os projetos educacionais em um único Plano de
Educação Permanente e Continuada e divulgá-lo internamente
2 Executar Plano de Educação Permanente e Continuada
2.1 Criar cronograma de reuniões para definição de prioridades
Nº.de grupos de EP por
área;
% de ações do PEPC
executadas;
Média de horas de
treinamento por
profissional; % de
satisfação dos
profissionais; % de adesão
de docentes na execução
do PECP
01 grupo de EP com
atividades contínuas por
área; 40% das ações do
PEPC executadas; média
de 40 horas de treinamento
por profissional; mínimo
de 60% dos profissionais
participantes da PEPC
entre satisfeito e muito
satisfeito; aumentar em
40% a participação
docente nas atividades do
HUJB
2.2 Criar grupos de educação permanente, por áreas afins
2.3
Apoiar e promover oficinas temáticas, mostras científicas,
cursos, palestras, workshops, com apoio da UFCG e demais
parceiros, voltados para trabalhadores, docentes, discentes e
profissionais da RAS, em consonância com o Humaniza SUS
2.4
Elaborar relatórios gerenciais semestrais do PEPC/HUJB e
atualizar os projetos educacionais (up to date), com base nas
avaliações; e disponibilizá-lo para consulta pública.
NC2 - Ausência
de programa de
residência na
região
Implantar Programa de
Residência no HUJB /
UFCG para fortalecer
o vínculo, aumentar a
3 Elaborar os Projetos Pedagógicos de Programas de
Residência para a Região
3.1 Criar comissão responsável pela elaboração e acompanhamento
dos Projetos Pedagógicos dos Programas de Residência
% de programas de
residência aprovados (nº.
Mínimo 01 programa de
residência implantado
94
Nó crítico Resultados esperados
(Por que fazer?) ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer?) Indicadores Metas
participação docente,
fixar os profissionais,
melhorar a qualidade
de ensino e melhorar
os principais
indicadores de saúde
da região
3.2 Conhecer o perfil epidemiológico de saúde da região para
contemplar as linhas de cuidado do HUJB
de programas aprovados /
nº. programas
encaminhados);
3.3
Elaborar projetos pedagógicos de programas de residências que
respeitem a vocação assistencial, necessidades de saúde regionais
e as linhas de cuidado do HUJB, para desenvolver o perfil de
competências das residências a serem implantadas
3.4 Dimensionar o quantitativo de vagas de cada Programa de
Residência a partir da capacidade instalada
3.5
Encaminhar os projetos pedagógicos dos programas elaborados
para aprovação nas instâncias competentes à medida que forem
concluídos
4 Implantar os Programas de Residências em Saúde
4.1 Compor as coordenações para os Programas de Residências
aprovados Taxa de ocupação das
vagas ofertadas em
residências
70% de ocupação das
vagas de residências 4.2
Elaborar minuta de edital de seleção para os Programas de
Residência aprovados
4.3 Publicar o edital dos programas de residência aprovados
4.4. Realizar a seleção de alunos
4.5 Promover matrícula dos alunos
NC3 -
Insuficiência de
profissionais
Manter e otimizar o
quadro atual de
profissionais até a
substituição completa
do mesmo
5 Desenvolver Plano de Motivação e Transição dos
Profissionais do HUJB
5.1 Constituir Comissão de Motivação e Transição dos Profissionais
% de satisfação dos
trabalhadores; % de
adequação do quadro
profissional
Mínimo de 50% de
satisfação dos
trabalhadores; 70% de
adequação do quadro de
profissionais no segundo
ano
5.2 Identificar a satisfação e a motivação dos atuais trabalhadores
5.3 Elaborar e executar o Plano de Motivação e Transição dos
Profissionais do HUJB
5.4 Estabelecer programa de integração entre os profissionais atuais
e concursados
5.5 Estabelecer prática de monitoramento e avaliação da satisfação e
motivação para melhoria contínua e fixação dos profissionais
NC4 -
Deficiência no
diálogo e
articulação com a
Aumentar a integração
e a participação de
professores e
estudantes com
6 Divulgar a capacidade instalada, as ações e os recursos do
HUJB para ampliação das ações de ensino
6.1 Apresentar o HUJB para a comunidade acadêmica da UFCG, Nº. de docentes em ações Aumentar em 2 x no
95
Nó crítico Resultados esperados
(Por que fazer?) ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer?) Indicadores Metas
UFCG atividades de ensino,
pesquisa e extensão
com vistas a esclarecer perspectivas de melhorias na rede de
saúde da região e as oportunidades de atividades de ensino,
pesquisa e extensão
de ensino; nº. de
estudantes em ações de
ensino; nº. de pesquisas
realizadas; nº. de projetos
de extensão realizados.
primeiro ano e em 3 x no
segundo ano o nº. de
docentes em ações de
ensino, o nº. de estudantes
em ações de ensino, o nº.
de pesquisas realizadas e o
nº. de projetos de
extensão.
6.2 Desenvolver encontros pedagógicos na UFCG, estimulando a
coparticipação e coresponsabilização entre os participantes
6.3 Dimensionar a capacidade instalada para ensino, pesquisa e
extensão e divulgá-la por meio de reuniões acadêmicas
6.4
Apoiar ampliação das ações extensionistas via PROBEX/UFCG
com foco na humanização e promoção de saúde para usuários e
acompanhantes
6.5
Acompanhar e avaliar as atividades de integração HUJB/UFCG
por meio de relatórios gerenciais semestrais, e disponibilizá-los
para consulta entre os envolvidos
7 Articular política e institucionalmente a aproximação entre o
HUJB e a UFCG
7.1 Realizar reuniões para articulação entre o HUJB e as
coordenações de cursos do campus de Cajazeiras Nº. de coordenadores dos
cursos da UFCG
participantes das reuniões
e visitas ao hospital
7.2
Promover visitas dos integrantes da GEP às coordenações de
cursos de outros campi da UFCG
7.4 Acompanhar e avaliar as atividades, programas e iniciativas
implantados por meio de relatórios gerenciais semestrais
96
Quadro 21 - Planilha consolidada de indicadores e metas por ações referentes aos nós críticos do Macroproblema 2 “Insuficiência de
serviços de atenção à saúde ofertados pelo HUJB para efetivar a repactuação com o SUS”.
Nó crítico
Resultados
esperados (Por
que fazer?)
ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer?) Indicadores Metas
NC5 -
Estrutura
física
insuficiente
para
ampliação dos
serviços
Estrutura física
adequada para
atender a
ampliação dos
serviços
assistenciais, as
ações
administrativas
e de ensino
8 Mapear setores com infraestrutura física insuficiente.
8.1 Mapear e dimensionar os setores com infraestrutura insuficientes a
partir do dimensionamento e planejamento dos serviços
% de infraestrutura
dimensionada
100% da infraestrutura física
mapeada e dimensionada para o
funcionamento adequado dos
serviços do HUJB
9 Executar obras de infraestrutura (obras/reforma), na ordem de
prioridade definida em cronograma de execução
9.1
Contratar projetos executivos e complementares do Setor de Ensino,
Administrativo, Serviço de Nutrição e Dietética e outros conforme
mapeamento
Status de execução
das obras;
% de adequação
física dos serviços;
% dos serviços em
funcionamento (nº.
de serviços em
funcionamento/nº.
de serviços
dimensionados)
70% das obras concluídas e
preparadas para o funcionamento
pleno dos setores; mínimo de
70% dos serviços em
funcionamento
9.2 Apresentar projetos de obras e reformas a Diretoria de Administração
de Infraestrutura (DAI)
9.3 Viabilizar recursos financeiros junto aos órgãos competentes
9.4 Realizar processos de contratação e execução de obras.
NC6 -
Infraestrutura
de
equipamentos
insuficiente
Recompor e
equipar áreas
assistenciais
com
equipamentos
para atender a
demanda atual e
a ampliação dos
serviços
10 Adquirir equipamentos médico-hospitalares
10.1 Realizar mapeamento dos equipamentos existentes e dimensionamento
para atender os novos serviços % de adequação dos
equipamentos aos
serviços (nº.de
equipamentos
instalados / nº. de
equipamentos
necessários);
% de ampliação dos
serviços (nº. de
serviços novos
abertos/nº de
serviços
dimensionados)
80% dos equipamentos mapeados
adquiridos e instalados.
Ampliação de no mínimo 50%
dos serviços dimensionados
10.2 Verificar e disponibilizar recursos financeiros para aquisição de
equipamentos dimensionados
10.3 Instaurar processo licitatório junto ao setor de compras hospitalares
para aquisição e instalação de equipamentos
97
Nó crítico
Resultados
esperados (Por
que fazer?)
ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer?) Indicadores Metas
11 Implantar Programa de Manutenção dos Equipamentos
11.1 Catalogar os equipamentos em uso e desuso
Tempo de vida útil
dos equipamentos;
% manutenção
realizada/planejada
Aumento do tempo de vida útil
dos equipamentos em 30%; 70%
das manutenções programadas
executadas
11.2 Categorizar os equipamentos do HUJB
11.3 Definir cronograma de manutenção preventiva e corretiva dos
equipamentos
11.4 Contratar empresa especializada em manutenção periódica dos
equipamentos
11.5 Definir processo de avaliação e monitoramento dos serviços de
manutenção
NC7 -
Infraestrutura
de Tecnologia
da Informação
Insuficiente
Adequada
infraestrutura
de TI para
tornar os
processos mais
efetivos em
termos de
integração das
informações
12 Ampliar a estrutura de cabeamento estruturado
12.1 Adequar a sala de CPD - Central de Processamento de Dados nos
moldes operacionais exigidos
Status de execução
da obra
100% da estrutura de cabeamento
executada. 12.2
Elaborar projeto executivo para expansão de pontos de
telecomunicações
12.3 Realizar processo de contratação para execução dos serviços de
cabeamento estruturado
13 Implantar módulos do Aplicativo de Gestão dos Hospitais
Universitários (AGHU)
13.1 Adquirir e instalar equipamentos de rede necessários para interligar os
Pontos de Telecomunicações à CPD.
% setores
informatizados;
Status de execução
do cronograma de
implantação do
AGHU;
% de implantação
do prontuário
eletrônico;
Percentual de adesão
dos profissionais ao
uso do AGHU
80% dos setores informatizados;
Implantação plena dos módulos
do AGHU farmácia e estoque;
40% de implantação do prontuário
eletrônico;
50% de utilização do AGHU
pelos profissionais
13.2 Adquirir estações de trabalho para a farmácia, estoque e para utilização
do prontuário eletrônico
13.3
Definir um cronograma de implantação dos módulos de acordo com
prioridade e precedência (módulos do AGHU: pacientes, internação,
ambulatório, prescrição médica, prescrição de enfermagem, controles
do paciente, farmácia, estoque, exames, cirurgias e custos)
13.4 Instalar os módulos de farmácia e estoque
13.5 Instalar o prontuário eletrônico, de acordo com um cronograma de
implantação por unidades clínicas.
13.6 Realizar capacitação para os profissionais que utilizarão os módulos
do AGHU a serem implantados
13.7 Instituir Comissão de Avaliação Contínua para implantação dos
sistemas do AGHU
98
Nó crítico
Resultados
esperados (Por
que fazer?)
ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer?) Indicadores Metas
NC8 -
Indefinição do
papel do
Hospital na
RAS
Definição do
papel do
hospital na Rede
de Atenção à
Saúde e
repactuação dos
serviços com o
gestor local
14 Definir ações e serviços do hospital de acordo com a capacidade
instalada e as necessidades de saúde da população
14.1
Participar efetivamente do Grupo de Trabalho (GT) de saúde da
criança e do adolescente criado na Comissão Intergestores Regional
(CIR)
Nº. de ações
reorganizadas para
atuação em linhas de
cuidado
Definir 02 linhas cuidado; 01
linha de cuidado instituída com
protocolos clínicos
implementados
14.2 Analisar informações sobre a RAS, perfil epidemiológico relacionado
a saúde da criança e do adolescente e necessidades da população
14.3 (Re) Definir os serviços de saúde da criança e do adolescente e linha
de cuidado prioritária
14.4 Apresentar relatório do GT de saúde da criança e do adolescente na
Comissão de Intergestores Regionais e Conselho Municipal de Saúde
14.5 Propor a criação do GT de saúde da mulher e saúde materno infantil na
CIR
14.6 Analisar informações sobre a RAS, perfil epidemiológico relacionado
a saúde da mulher e maternoinfantil e necessidades da população
14.7 Definir os serviços de saúde da mulher e maternoinfantil e linha de
cuidado prioritária
14.8 Apresentar relatório do GT de Saúde da Mulher e Maternoinfantil na
Comissão de Intergestores Regionais e Conselho Municipal de Saúde
15 Revisar a contratualização
15.1 Propor a Secretaria Municipal de Saúde a criação da Comissão de
Acompanhamento do Contrato e seu regimento
% de serviços
implantados
contratualizados; %
de aumento no valor
contratualizado; %
de execução das
metas
contratualizadas;
taxa de ocupação
hospitalar; média
paciente-dia
100% dos serviços implantados
contratualizados;
Mínimo de 100% de aumento no
valor do contrato; 90% de
execução das metas
contratualizadas; aumentar em
100% a taxa de ocupação
hospitalar; aumentar a média
paciente-dia atual no mínimo 3x
no primeiro ano e no mínimo 6x
no segundo ano
15.2 Prestar informações para relatório de avaliação do contrato vigente
15.3 Realizar o levantamento da produção efetiva do hospital
15.4 Definir a capacidade de aumento da produção do hospital
15.5 Reformular o Instrumento Formal de Contratualização
15.6 Repactuar a contratualização com o gestor local
NC9 -
Ausência do
modelo de
gestão
Implantação do
modelo de
gestão com foco
na gestão da
clínica
16 Implantar modelo de gestão por processos
16.1 Mapear todos os processos do hospital (atenção à saúde, ensino,
pesquisa e gestão)
Status de
implantação dos
processos definidos;
% de satisfação dos
Mínimo de 50% dos processos
implantados; Aumento de 50% de
satisfação dos usuários a partir da
implantação dos novos processos 16.2
Definir estrutura organizacional compatível com o novo modelo de
gestão (matricial)
99
Nó crítico
Resultados
esperados (Por
que fazer?)
ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer?) Indicadores Metas
16.3 Definir os novos processos e responsáveis usuários com
relação aos
processos
implantados
16.4 Capacitar os colaboradores para os processos que serão implantados
16.5 Divulgar e implantar os novos processos de atenção à saúde, ensino,
pesquisa e gestão
16.6 Definir o plano para acompanhar o desempenho dos processos de
gestão e implantá-lo
17 Redefinir rotinas assistenciais e modelos de trabalho
multiprofissionais
17.1 Definir metodologia de revisão/elaboração de manuais, POPs e rotinas
hospitalares
% de protocolos e
rotinas implantados
(nº.de protocolos e
rotinas definidos/nº
de protocolos/
rotinas implantadas;
% de pacientes
atendidos por equipe
multiprofissional; %
de pacientes com
projeto terapêutico
singular; taxa de
infecção hospitalar,
taxa de mortalidade
institucional, taxa de
reinternação da
Unidade de Pediatria
Implantação de 60% dos
protocolos e rotinas definidos; 17.2
Atualizar e elaborar novas rotinas e protocolos clínicos da Atenção à
Saúde da Criança e Adolescente e elaborar de Saúde da Mulher, de
acordo com as boas práticas e modelos assistenciais multidisciplinares
17.3 Elaborar rotinas e protocolos clínicos da Atenção Maternoinfantil, de
acordo com as boas práticas e modelos assistenciais multidisciplinares
50% de pacientes internados com
PTS em uma unidade piloto
17.4 Elaborar processos assistenciais focados na integralidade do cuidado
Atender 100% da taxa de
infecção hospitalar pactuada com
o gestor
17.5 Capacitar os colaboradores sobre a utilização das novas rotinas e dos
protocolos clínicos
Atender 100% da taxa de
mortalidade institucional pactuada
com o gestor
17.6 Implantar processos assistenciais focados na integralidade do cuidado
Atender 80% da taxa de
reinternação da Unidade de
Pediatria pactuada com o gestor
17.7 Constituir a auditoria clínico-assistencial
17.8 Definir modelo de auditoria clínico-assistencial e implantá-lo
18 Institucionalizar o Planejamento Estratégico Organizacional
18.1 Compor a Comissão de Planejamento Estratégico % de execução do
Planejamento
Estratégico
Organizacional; %
de execução das
metas internas
contratualizadas
70% das ações do Planejamento
Estratégico Organizacional
executadas; 90% de cumprimento
das metas internas
contratualizadas
18.2 Desdobrar as metas pactuadas na contratualização em metas internas
18.3 Traçar objetivos e estratégias a serem executadas por todos as áreas
setoriais
18.4 Instituir modelo de acompanhamento e divulgação dos resultados
internos
100
Nó crítico
Resultados
esperados (Por
que fazer?)
ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer?) Indicadores Metas
19 Instituir ações de comunicação com dados abertos
19.1 Levantar as necessidades de identificação visual da estrutura física do
hospital e implantá-las
% dos setores
identificados; % de
satisfação dos
usuários/cidadãos e
trabalhadores em
relação à
comunicação;
Quantidade de
acesso às
informações via
WEB
100% dos setores identificados;
70% de satisfação do
usuário/cidadão/trabalhador em
relação à comunicação;
5% no primeiro ano e 15% no
segundo ano de
usuários/cidadãos/trabalhadores
acessando o site
19.2 Definir e implantar os padrões de identificação pessoal dos
colaboradores crachás, uniformes)
19.3 Elaborar e divulgar a Carta de Serviços e Direitos dos usuários/cidadão
19.4 Elaborar e implantar projetos de educação em saúde e outras
orientações e informações aos usuários/cidadãos e trabalhadores
19.5 Elaborar o sítio institucional e disponibilizar o acesso a informação
20 Instituir o Plano de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente
20.1 Estruturar o serviço de vigilância em saúde e segurança do paciente Status de
implementação das
iniciativas de
segurança do
paciente (nº ações
implantadas/ ações
previstas no plano
para o período); %
de profissionais
capacitados; taxa de
infecção hospitalar;
taxa de mortalidade
institucional; n. de
notificações de
incidentes críticos;
n. de notificações de
eventos adversos.
70% de implantação das ações
previstas; capacitar no mínimo
50% dos profissionais;
atender 100% da taxa de infecção
hospitalar pactuada com o gestor;
atender 100% da taxa de
mortalidade institucional pactuada
com o gestor
20.2 Implantar e divulgar o Plano de Segurança do Paciente
20.3 Elaborar e implantar o plano de capacitação dos colaboradores quanto
às diretrizes de segurança do paciente
20.4 Implantar sistema de vigilância de incidentes e eventos adversos
20.5 Implantar processos de avaliação de riscos
21 Implantar o Setor de Regulação e Avaliação em Saúde
21.1 Realizar diagnóstico situacional para estruturação do Setor de
Regulação e Avaliação em Saúde % de procedimentos
regulados; % de
atendimentos dentro
do perfil esperado;
taxa de ocupação
Mínimo de 50% dos
procedimentos regulados com a
RAS; aumentar em 100% a taxa
de ocupação hospitalar; reduzir
em 50% o número de
21.2 Mapear os fluxos assistenciais e de registros da produção assistencial
21.3 Adequar o SAME e a Unidade de registro atual (Faturamento) aos
processos regulatórios e de registros da produção assistencial
101
Nó crítico
Resultados
esperados (Por
que fazer?)
ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer?) Indicadores Metas
21.4 Normatizar processos regulatórios e de avaliação hospitalar; n° de
pacientes
transferidos para
outros serviços no
período
transferências para outros serviços
21.5 Definir indicadores de monitoramento dos processos regulatórios
intra-hospitalares
21.6 Implantar e divulgar os processos regulatórios intra e extra-
hospitalares
102
5.3 Planejamento e Análise orçamentária
Considerando a definição das ações e atividades estratégicas deste PDE, estimou-se o
aporte financeiro alusivo aos gastos/despesas com capital e custeio necessários para a
consecução dos objetivos deste PDE. Tais despesas são apresentadas por ação e totalizadas
por nó crítico no Quadro 22.
Assim, este PDE, foi orçado no valor de R$ 3.883.500,00, sendo, R$ 595.000,00
(15,32%) com despesas de custeio e R$ 3.288.500,00 (84,68%) com despesas de
investimento, conforme Quadro 22. Aprofundando a análise nas despesas da planilha de
planejamento orçamentário do Plano Diretor Estratégico, percebe-se que as estimativas de
gastos estão relacionadas segundo os grupos de despesa gerencial: outros (serviço de seleção
e treinamento, e materiais de consumo) R$ 115.700,00 (2,98%); diárias e passagens R$
23.800,00 (0,61%); máquinas, equipamentos e mobiliário R$ 3.288.500,00 (84,68%);
reformas R$ 50.000,00 (1,29%); locação (bens móveis, imóveis e mão de obra) R$
205.500,00 (5,29%); e material e outros serviços finalísticos R$ 200.000,00 (5,15%).
103
Quadro 22 - Planejamento orçamentário, por ação dos nós críticos.
MP Nó crítico ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer) Despesas de Custeio Despesas de Capital
MP
1 -
IN
SU
FIC
IÊN
CIA
DE
PR
OF
ISS
ION
AIS
PA
RA
GA
RA
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IR A
AT
EN
ÇÃ
O,
O
EN
SIN
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A P
ES
QU
ISA
NO
HU
JB
NC1 - Ausência de
Plano de Educação
Permanente e
Continuada
1 Elaborar Plano de Educação Permanente e Continuada R$ 2.000,00 R$ 0,00
2 Executar Plano de Educação Permanente e Continuada R$ 4.500,00 R$ 0,00
NC2 - Ausência de
programa de residência
na região
3 Elaborar os Projetos Pedagógicos de Programas de Residência
para a Região R$ 6.300,00 R$ 0,00
4 Implantar os Programas de Residências em Saúde R$ 8.700,00 R$ 0,00
NC3 - Insuficiência de
profissionais 5
Desenvolver Plano de Motivação e Transição dos Profissionais
do HUJB R$ 5.000,00 R$ 0,00
NC4 - Deficiência no
diálogo e articulação
com a UFCG
6 Divulgar a capacidade instalada, as ações e os recursos do
HUJB para ampliação das ações de ensino R$ 5.000,00 R$ 0,00
7 Articular política e institucionalmente a aproximação entre o
HUJB e a UFCG R$ 2.000,00 R$ 0,00
MP
2 -
IN
SU
FIC
IÊN
CIA
DE
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RV
IÇO
S D
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JB
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R A
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OM
O
SU
S
NC5 - Estrutura física
insuficiente para
ampliação dos serviços
8 Mapear setores com infraestrutura física insuficiente. R$ 0,00 R$ 0,00
9 Executar obras de infraestrutura (obras/reforma), na ordem de
prioridade definida em cronograma de execução R$ 0,00 R$ 1.816.000,00
NC6 - Infraestrutura de
equipamentos
insuficiente
10 Adquirir equipamentos médico-hospitalares R$ 0,00 R$ 1.300.000,00
11 Implantar Programa de Manutenção dos Equipamentos R$ 200.000,00 R$ 0,00
NC7 - Infraestrutura de
Tecnologia da
Informação Insuficiente
12 Ampliar a estrutura de cabeamento estruturado R$ 140.000,00 R$ 0,00
13 Implantar módulos do Aplicativo de Gestão dos Hospitais
Universitários (AGHU) R$ 13.500,00 R$ 107.500,00
NC8 - Indefinição do
papel do Hospital na
RAS
14 Definir ações e serviços do hospital de acordo com a capacidade
instalada e as necessidades de saúde da população R$ 11.000,00 R$ 0,00
15 Revisar a contratualização R$ 2.000,00 R$ 0,00
NC9 - Ausência do
modelo de gestão
16 Implantar modelo de gestão por processos R$ 5.000,00 R$ 0,00
17 Redefinir rotinas assistenciais e modelos de trabalho
multiprofissionais R$ 63.000,00 R$ 45.000,00
18 Institucionalizar o Planejamento Estratégico Organizacional R$ 0,00 R$ 0,00
19 Instituir ações de comunicação com dados abertos R$ 115.000,00 R$ 0,00
20 Instituir o Plano de Vigilância em Saúde e Segurança do
Paciente R$ 12.000,00 R$ 10.000,00
21 Implantar o Setor de Regulação e Avaliação em Saúde R$ 0,00 R$ 10.000,00
TOTAL R$ 595.000,00 R$ 3.288.500,00
104
6 ANÁLISE DE VIABILIDADE
Frente ao exposto, foi indagada a análise de viabilidade deste PDE/HUJB pelo
coletivo dos atores partícipes de sua construção/elaboração. A partir da análise comparativa
das necessidades institucionais e dos recursos disponíveis foram analisadas a viabilidade das
ações estratégicas por cada um dos nós-críticos, pensando nos atores sociais frente às
operações propostas no plano de ação.
Nessa direção, a equipe ampliada do HUJB analisou o interesse e o valor que o (s)
ator (es) atribui (em) a cada uma das operações. Assim, o interesse foi marcado com sinais: a
favor (+); contra (-) e indiferente (0); e o valor classificado como alto (A), médio (M) ou
baixo (B) (MATUS, 1993b). Na maioria das ações propostas para o PDE do HUJB a equipe
entendeu que seus principais atores são internos, por deterem os principais recursos
necessários à sua execução. Entretanto, foram identificadas três ações conflitivas.
Foi importante analisar, nas ações conflitivas, de que recursos dispõem o ator opositor,
e se estes recursos são significativos o suficiente para dificultar ou mesmo inviabilizar a ação.
Neste caso, fez-se necessário construir estratégias que se contrapunham a essa oposição; e
algumas delas nós estamos executando e até vemos mudanças de cenário.
Em três ações importantes para os resultados esperados foram detectados conflitos que
exigiram melhor análise e definição de estratégias (Quadro 23) para se contrapor a estes, pela
sua importância; é o que se denomina de estratégias de viabilidade.
105
6.1 Estratégias de viabilidade
A partir da análise de viabilidade, três ações foram consideradas conflitivas: Divulgar
a capacidade instalada, as ações e os recursos do HUJB para ampliação das ações de ensino;
articular política e institucionalmente a aproximação entre o HUJB e a UFCG; e revisar a
contratualização. Assim, buscou-se a construção da viabilidade para essas ações, levando em
consideração os recursos necessários e quem os controla, conforme exposto no Quadro 23.
Quadro 23 – Matriz de estratégias de viabilidade, segundo ações conflitivas.
ESTRATÉGIAS
DE
VIABILIDADE
AÇÕES CONFLITIVAS
Divulgar a
capacidade
instalada, as ações e
os recursos do HUJB
para ampliação das
ações de ensino
Articular política e
institucionalmente a
aproximação entre o
HUJB e a UFCG
Revisar a
contratualização
Recursos
necessários
Técnicos,
Econômicos,
Políticos,
Organizacionais
Técnicos, Econômicos,
Políticos,
Organizacionais
Técnicos,
Econômicos,
Políticos,
Organizacionais
Recursos que
temos
Técnicos,
Econômicos,
(Políticos,
Organizacionais – em
parte)
Técnicos, Econômicos,
(Políticos,
Organizacionais – em
parte)
Técnicos,
Organizacionais
Recursos que
não temos
Políticos e
Organizacionais (em
parte)
Políticos e
Organizacionais (em
parte)
Econômicos,
Políticos
Viabilidade Média Média Baixa
Estratégia para
aumentar a
viabilidade
Enviar memorando
aos coordenadores
administrativos,
pedagógicos e de
pesquisa e extensão
das Unidades
acadêmicas do
CFP/UFCG para
apresentar a estrutura
do HUJB e a sua
capacidade de oferta
para aulas práticas e
estágios curriculares.
Enviar memorando aos
coordenadores
administrativos,
pedagógicos e de
pesquisa e extensão das
Unidades acadêmicas do
CFP/UFCG para
apresentar a estrutura do
HUJB e a sua capacidade
de oferta para aulas
práticas e estágios
curriculares.
Realizar uma
reunião na CIR,
com a presença da
PMC, para discutir
a proposta de
contratualização do
HUJB.
Realizar reuniões com Realizar reuniões com os Articular uma
106
ESTRATÉGIAS
DE
VIABILIDADE
AÇÕES CONFLITIVAS
Divulgar a
capacidade
instalada, as ações e
os recursos do HUJB
para ampliação das
ações de ensino
Articular política e
institucionalmente a
aproximação entre o
HUJB e a UFCG
Revisar a
contratualização
os professores de
pediatria e
ginecologia e
obstetrícia das
Unidades acadêmicas
do CFP/UFCG para
apresentar a
capacidade de oferta
para aulas práticas e
estágios curriculares.
professores de pediatria e
ginecologia e obstetrícia
das Unidades acadêmicas
do CFP/UFCG para
apresentar a capacidade
de oferta para aulas
práticas e estágios
curriculares.
reunião conjunta
com a PMC,
SES/PB e a
Ebserh/Sede.
- Realizar a primeira
Mostra de Projetos de
Pesquisa do HUJB em
parceria com professores
da UACV e UAETSC.
-
- Enviar memorando aos
coordenadores
administrativos das
Unidades acadêmicas do
CFP, agendando reunião
com os professores para
apresentação e discussão
do Plano Diretor
Estratégico (PDE) do
HUJB para o Biênio
2017-2018.
-
107
7 GESTÃO DO PLANO, METAS E INDICADORES DE MONITORAMENTO
7.1 Monitoramento do cronograma
O monitoramento do cronograma é realizado com os Quadros 24 e 25, indicando os
possíveis desvios no planejamento. Ressalte-se que algumas ações ou suas atividades
posteriormente definidas como estratégicas para intervir nos nós críticos haviam sido
iniciadas durante o período de elaboração deste PDE/HUJB. Por isso, é possível identificar
atividades que foram inicializadas.
Para o efetivo acompanhamento do plano, será formalizada uma Comissão de
Acompanhamento deste PDE, compondo as áreas de atenção à saúde, administrativa e de
ensino e pesquisa, a qual definirá uma rotina sistematizada de monitoramento e avaliação das
ações e atividades propostas, não perdendo de vista os indicadores e metas estabelecidos para
os resultados esperados, de acordo com os Quadros 20 e 21.
108
Quadro 24 - Cronograma de acompanhamento do Plano de Ação (A).
jul-16 out-16 jan-17 abr-17 ago-17 nov-17 fev-18 jun-18 set-18 dez-18
Elaborar Plano de Educação Permanente e Continuada
Executar Plano de Educação Permanente e Continuada
Elaborar os Projetos Pedagógicos de Programas de Residência para a Região
Implantar os Programas de Residências em Saúde
Desenvolver Plano de Motivação e Transição dos Profissionais do HUJB
Divulgar a capacidade instalada, as ações e os recursos do HUJB para ampliação…
Articular política e institucionalmente a aproximação entre o HUJB e a UFCG
Mapear setores com infraestrutura física insuficiente.
Executar obras de infraestrutura (obras/reforma), na ordem de prioridade definida…
Adquirir equipamentos médico-hospitalares
Implantar Programa de Manutenção dos Equipamentos
Ampliar a estrutura de cabeamento estruturado
Implantar módulos do Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários (AGHU)
Definir ações e serviços do hospital de acordo com a capacidade instalada e as…
Revisar a contratualização
Implantar modelo de gestão por processos
Redefinir rotinas assitenciais e modelos de trabalho multiprofisisonais
Institucionalizar o Planejamento Estratégico Organizacional
Instituir ações de comunicação com dados abertos
Instituir o Plano de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente
Implantar o Setor de Regulação e Avaliação em Saúde
109
Quadro 25 - Cronograma de acompanhamento do Plano de Ação (B).
MP Nó crítico ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer) Data Início Data Fim
MP1 -
INSUFICIÊNCIA
DE
PROFISSIONAIS
PARA GARANTIR
A ATENÇÃO, O
ENSINO E A
PESQUISA NO
HUJB
NC1 -
Ausência de
Plano de
Educação
Permanente e
Continuada
1 Elaborar Plano de Educação Permanente e Continuada 10-fev-17 31-dez-18
1.1 Criar comissão responsável pela elaboração e acompanhamento do Plano de
Educação Permanente e Continuada (PEPC) 10-fev-17 10-mar-17
1.2 Realizar o diagnóstico das necessidades de educação permanente e continuada
com o preenchimento do formulário sobre o perfil de competências 10-mar-17 10-jul-18
1.3 Elaborar programas e iniciativas para educação permanente por meio da
utilização de técnicas eficazes de ensino-aprendizagem 2-jun-17 31-dez-18
1.4
Realizar o diagnóstico compartilhado das potencialidades de oferta de educação
permanente e continuada, a partir da cogestão, da coparticipação e da
corresponsabilidade
2-jun-17 31-dez-18
1.5 Compilar todos os projetos educacionais em um único Plano de Educação
Permanente e Continuada e divulgá-lo internamente 1-jul-17 31-dez-18
2 Executar Plano de Educação Permanente e Continuada 1-jul-17 31-dez-18
2.1 Criar cronograma de reuniões para definição de prioridades 1-jul-17 15-jul-17
2.2 Criar grupos de educação permanente, por áreas afins 1-ago-17 31-dez-18
2.3
Apoiar e promover oficinas temáticas, mostras científicas, cursos, palestras,
workshops, com apoio da UFCG e demais parceiros, voltados para
trabalhadores, docentes, discentes e profissionais da RAS, em consonância com
o Humaniza SUS
16-jul-17 31-dez-18
2.4
Elaborar relatórios gerenciais semestrais do PEPC/HUJB e atualizar os projetos
educacionais (up to date), com base nas avaliações; e disponibilizá-lo para
consulta pública.
1-ago-17 31-dez-18
NC2 -
Ausência de
programa de
residência na
região
3 Elaborar os Projetos Pedagógicos de Programas de Residência para a
Região 1-jul-17 15-mar-18
3.1 Criar comissão responsável pela elaboração e acompanhamento dos Projetos
Pedagógicos dos Programas de Residência 1-jul-17 27-jul-17
3.2 Conhecer o perfil epidemiológico de saúde da região para contemplar as linhas
de cuidado do HUJB 1-ago-17 30-set-17
3.3
Elaborar projetos pedagógicos de programas de residências que respeitem a
vocação assistencial, necessidades de saúde regionais e as linhas de cuidado do
HUJB, para desenvolver o perfil de competências das residências a serem
implantadas
1-out-17 2-fev-18
3.4 Dimensionar o quantitativo de vagas de cada Programa de Residência a partir
da capacidade instalada 1-out-17 2-fev-18
3.5 Encaminhar os projetos pedagógicos dos programas elaborados para aprovação 15-fev-18 15-mar-18
110
MP Nó crítico ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer) Data Início Data Fim
nas instâncias competentes à medida que forem concluídos
4 Implantar os Programas de Residências em Saúde 1-mai-18 15-dez-18
4.1 Compor as coordenações para os Programas de Residências aprovados 1-mai-18 30-mai-18
4.2 Elaborar minuta de edital de seleção para os Programas de Residência
aprovados 1-jun-18 30-jun-18
4.3 Publicar o edital dos programas de residência aprovados 15-jul-18 15-ago-18
4.4. Realizar a seleção de alunos 1-nov-18 15-nov-18
4.5 Promover matrícula dos alunos 1-dez-18 15-dez-18
NC3 -
Insuficiência
de
profissionais
5 Desenvolver Plano de Motivação e Transição dos Profissionais do HUJB 15-dez-16 31-dez-18
5.1 Constituir Comissão de Motivação e Transição dos Profissionais 15-dez-16 20-dez-16
5.2 Identificar a satisfação e a motivação dos atuais trabalhadores 20-jan-17 31-mar-17
5.3 Elaborar e executar o Plano de Motivação e Transição dos Profissionais do
HUJB 21-dez-16 31-jan-18
5.4 Estabelecer programa de integração entre os profissionais atuais e concursados 1-mar-17 31-dez-18
5.5 Estabelecer prática de monitoramento e avaliação da satisfação e motivação
para melhoria contínua e fixação dos profissionais 1-fev-17 31-dez-18
NC4 -
Deficiência no
diálogo e
articulação
com a UFCG
6 Divulgar a capacidade instalada, as ações e os recursos do HUJB para
ampliação das ações de ensino 1-jul-16 31-dez-18
6.1
Apresentar o HUJB para a comunidade acadêmica da UFCG, com vistas a
esclarecer perspectivas de melhorias na rede de saúde da região e as
oportunidades de atividades de ensino, pesquisa e extensão
1-fev-17 30-mai-17
6.2 Desenvolver encontros pedagógicos na UFCG, estimulando a coparticipação e
coresponsabilização entre os participantes 1-fev-17 1-dez-18
6.3 Dimensionar a capacidade instalada para ensino, pesquisa e extensão e divulgá-
la por meio de reuniões acadêmicas 15-fev-17 15-jul-18
6.4 Apoiar ampliação das ações extensionistas via PROBEX/UFCG com foco na
humanização e promoção de saúde para usuários e acompanhantes 1-jul-16 31-dez-18
6.5
Acompanhar e avaliar as atividades de integração HUJB/UFCG por meio de
relatórios gerenciais semestrais, e disponibilizá-los para consulta entre os
envolvidos
1-abr-17 31-dez-18
7 Articular política e institucionalmente a aproximação entre o HUJB e a
UFCG 1-jul-16 31-dez-18
7.1 Realizar reuniões para articulação entre o HUJB e as coordenações de cursos do 1-jul-16 31-dez-18
111
MP Nó crítico ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer) Data Início Data Fim
campus de Cajazeiras
7.2 Promover visitas dos integrantes da GEP às coordenações de cursos de outros
campi da UFCG 1-abr-17 31-dez-18
7.4 Acompanhar e avaliar as atividades, programas e iniciativas implantados por
meio de relatórios gerenciais semestrais 1-jan-17 31-dez-18
MP2 -
INSUFICIÊNCIA
DE SERVIÇOS DE
ATENÇÃO A
SAÚDE
OFERTADOS
PELO HUJB PARA
EFETIVAR A
REPACTUAÇÃO
COM O SUS
NC5 -
Estrutura
física
insuficiente
para
ampliação dos
serviços
8 Mapear setores com infraestrutura física insuficiente. 15-jan-17 2-abr-17
8.1 Mapear e dimensionar os setores com infraestrutura insuficientes a partir do
dimensionamento e planejamento dos serviços 15-jan-17 2-abr-17
9 Executar obras de infraestrutura (obras/reforma), na ordem de prioridade
definida em cronograma de execução 10-jan-17 31-dez-18
9.1 Contratar projetos executivos e complementares do Setor de Ensino,
Administrativo, Serviço de Nutrição e Dietética e outros conforme mapeamento 10-jan-17 10-mar-17
9.2 Apresentar projetos de obras e reformas a Diretoria de Administração de
Infraestrutura (DAI) 30-mai-17 30-jul-17
9.3 Viabilizar recursos financeiros junto aos órgãos competentes 30-jan-17 30-nov-17
9.4 Realizar processos de contratação e execução de obras. 10-ago-17 31-dez-18
NC6 -
Infraestrutura
de
equipamentos
insuficiente
10 Adquirir equipamentos médico-hospitalares 2-fev-17 31-dez-18
10.1 Realizar mapeamento dos equipamentos existentes e dimensionamento para
atender os novos serviços 2-fev-17 28-abr-17
10.2 Verificar e disponibilizar recursos financeiros para aquisição de equipamentos
dimensionados 1-mar-17 31-dez-18
10.3 Instaurar processo licitatório junto ao setor de compras hospitalares para
aquisição e instalação de equipamentos 1-jun-17 31-dez-18
11 Implantar Programa de Manutenção dos Equipamentos 15-jan-17 31-dez-18
11.1 Catalogar os equipamentos em uso e desuso 15-jan-17 31-dez-18
11.2 Categorizar os equipamentos do HUJB 2-mar-17 28-abr-17
11.3 Definir cronograma de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos 15-mar-17 30-jun-17
11.4 Contratar empresa especializada em manutenção periódica dos equipamentos 1-jul-17 31-dez-17
11.5 Definir processo de avaliação e monitoramento dos serviços de manutenção 1-jul-17 31-dez-17
NC7 -
Infraestrutura
de Tecnologia
da Informação
Insuficiente
12 Ampliar a estrutura de cabeamento estruturado 2-fev-17 2-mar-18
12.1 Adequar a sala de CPD - Central de Processamento de Dados nos moldes
operacionais exigidos 2-jul-17 2-dez-17
12.2 Elaborar projeto executivo para expansão de pontos de telecomunicações 2-fev-17 2-jul-17
12.3 Realizar processo de contratação para execução dos serviços de cabeamento
estruturado 2-ago-17 2-mar-18
13 Implantar módulos do Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários
(AGHU) 2-jun-17 31-dez-18
112
MP Nó crítico ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer) Data Início Data Fim
13.1 Adquirir e instalar equipamentos de rede necessários para interligar os Pontos
de Telecomunicações à CPD. 2-nov-17 31-dez-18
13.2 Adquirir estações de trabalho para a farmácia, estoque e para utilização do
prontuário eletrônico 2-nov-17 31-dez-18
13.3
Definir um cronograma de implantação dos módulos de acordo com prioridade
e precedência (módulos do AGHU: pacientes, internação, ambulatório,
prescrição médica, prescrição de enfermagem, controles do paciente, farmácia,
estoque, exames, cirurgias e custos)
2-jun-17 12-ago-17
13.4 Instalar os módulos de farmácia e estoque 2-set-17 10-dez-17
13.5 Instalar o prontuário eletrônico, de acordo com um cronograma de implantação
por unidades clínicas. 2-jun-18 20-dez-18
13.6 Realizar capacitação para os profissionais que utilizarão os módulos do AGHU
a serem implantados 10-out-18 20-dez-18
13.7 Instituir Comissão de Avaliação Contínua para implantação dos sistemas do
AGHU 2-jun-18 30-jul-18
NC8 -
Indefinição do
papel do
Hospital na
RAS
14 Definir ações e serviços do hospital de acordo com a capacidade instalada e
as necessidades de saúde da população 12-jan-17 30-dez-17
14.1 Participar efetivamente do Grupo de Trabalho (GT) de saúde da criança e do
adolescente criado na Comissão Intergestores Regional (CIR) 12-jan-17 30-jul-17
14.2 Analisar informações sobre a RAS, perfil epidemiológico relacionado a saúde
da criança e do adolescente e necessidades da população 12-jan-17 31-mar-17
14.3 (Re) Definir os serviços de saúde da criança e do adolescente e linha de cuidado
prioritária 1-mar-17 31-mar-17
14.4 Apresentar relatório do GT de saúde da criança e do adolescente na Comissão
de Intergestores Regionais e Conselho Municipal de Saúde 1-abr-17 30-abr-17
14.5 Propor a criação do GT de saúde da mulher e saúde materno infantil na CIR 1-abr-17 30-abr-17
14.6 Analisar informações sobre a RAS, perfil epidemiológico relacionado a saúde
da mulher e maternoinfantil e necessidades da população 25-mai-17 30-set-17
14.7 Definir os serviços de saúde da mulher e maternoinfantil e linha de cuidado
prioritária 1-out-17 30-nov-17
14.8 Apresentar relatório do GT de Saúde da Mulher e Maternoinfantil na Comissão
de Intergestores Regionais e Conselho Municipal de Saúde 1-dez-17 30-dez-17
15 Revisar a contratualização 12-jan-17 28-fev-18
15.1 Propor a Secretaria Municipal de Saúde a criação da Comissão de
Acompanhamento do Contrato e seu regimento 12-jan-17 28-fev-17
15.2 Prestar informações para relatório de avaliação do contrato vigente 12-jan-17 31-jan-18
15.3 Realizar o levantamento da produção efetiva do hospital 12-jan-17 30-jun-17
113
MP Nó crítico ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer) Data Início Data Fim
15.4 Definir a capacidade de aumento da produção do hospital 12-jan-17 30-jun-17
15.5 Reformular o Instrumento Formal de Contratualização 1-jul-17 31-dez-17
15.6 Repactuar a contratualização com o gestor local 1-jan-18 28-fev-18
NC9 -
Ausência do
modelo de
gestão
16 Implantar modelo de gestão por processos 1-fev-17 31-dez-18
16.1 Mapear todos os processos do hospital (atenção à saúde, ensino, pesquisa e
gestão) 1-fev-17 30-mar-17
16.2 Definir estrutura organizacional compatível com o novo modelo de gestão
(matricial) 1-abr-17 30-jul-17
16.3 Definir os novos processos e responsáveis 1-ago-17 30-ago-17
16.4 Capacitar os colaboradores para os processos que serão implantados 1-set-17 31-dez-18
16.5 Divulgar e implantar os novos processos de atenção à saúde, ensino, pesquisa e
gestão 1-set-17 31-dez-18
16.6 Definir o plano para acompanhar o desempenho dos processos de gestão e
implantá-lo 1-ago-17 31-dez-18
17 Redefinir rotinas assistenciais e modelos de trabalho multiprofissionais 1-mar-17 31-dez-18
17.1 Definir metodologia de revisão/elaboração de manuais, POPs e rotinas
hospitalares 1-mar-17 30-mar-17
17.2
Atualizar e elaborar novas rotinas e protocolos clínicos da Atenção à Saúde da
Criança e Adolescente e elaborar de Saúde da Mulher, de acordo com as boas
práticas e modelos assistenciais multidisciplinares
1-abr-17 30-set-17
17.3 Elaborar rotinas e protocolos clínicos da Atenção Maternoinfantil, de acordo
com as boas práticas e modelos assistenciais multidisciplinares 1-out-17 30-mai-18
17.4 Elaborar processos assistenciais focados na integralidade do cuidado 2-jan-18 1-jun-18
17.5 Capacitar os colaboradores sobre a utilização das novas rotinas e dos protocolos
clínicos 2-nov-18 30-nov-18
17.6 Implantar processos assistenciais focados na integralidade do cuidado 1-jul-18 31-dez-18
17.7 Constituir a auditoria clínico-assistencial 15-nov-17 15-dez-17
17.8 Definir modelo de auditoria clínico-assistencial e implantá-lo 15-nov-17 31-dez-18
18 Institucionalizar o Planejamento Estratégico Organizacional 10-jan-17 31-dez-18
18.1 Compor a Comissão de Planejamento Estratégico 10-jan-17 30-jan-17
18.2 Desdobrar as metas pactuadas na contratualização em metas internas 1-mar-17 31-dez-18
18.3 Traçar objetivos e estratégias a serem executadas por todos as áreas setoriais 1-mar-17 31-dez-18
18.4 Instituir modelo de acompanhamento e divulgação dos resultados internos 1-abr-17 31-dez-18
19 Instituir ações de comunicação com dados abertos 1-set-16 30-dez-18
19.1 Levantar as necessidades de identificação visual da estrutura física do hospital e
implantá-las 1-out-16 30-out-17
19.2 Definir e implantar os padrões de identificação pessoal dos colaboradores 1-set-16 30-jul-17
114
MP Nó crítico ID Ações (O que Fazer?) e Atividades (como fazer) Data Início Data Fim
crachás, uniformes)
19.3 Elaborar e divulgar a Carta de Serviços e Direitos dos usuários/cidadão 1-mai-17 30-dez-18
19.4 Elaborar e implantar projetos de educação em saúde e outras orientações e
informações aos usuários/cidadãos e trabalhadores 2-mai-17 30-dez-18
19.5 Elaborar o sítio institucional e disponibilizar o acesso a informação 1-jul-17 30-dez-18
20 Instituir o Plano de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente 2-jul-16 31-dez-18
20.1 Estruturar o serviço de vigilância em saúde e segurança do paciente 2-jul-16 28-fev-17
20.2 Implantar e divulgar o Plano de Segurança do Paciente 1-dez-16 31-dez-18
20.3 Elaborar e implantar o plano de capacitação dos colaboradores quanto às
diretrizes de segurança do paciente 1-mar-17 31-dez-18
20.4 Implantar sistema de vigilância de incidentes e eventos adversos 1-mar-17 31-jul-17
20.5 Implantar processos de avaliação de riscos 1-dez-16 31-dez-18
21 Implantar o Setor de Regulação e Avaliação em Saúde 2-set-16 30-jun-18
21.1 Realizar diagnóstico situacional para estruturação do Setor de Regulação e
Avaliação em Saúde 24-out-16 30-jan-17
21.2 Mapear os fluxos assistenciais e de registros da produção assistencial 2-set-16 30-abr-17
21.3 Adequar o SAME e a Unidade de registro atual (Faturamento) aos processos
regulatórios e de registros da produção assistencial 2-mai-17 30-ago-17
21.4 Normatizar processos regulatórios e de avaliação 1-jun-17 30-ago-17
21.5 Definir indicadores de monitoramento dos processos regulatórios intra-
hospitalares 2-jun-17 30-out-17
21.6 Implantar e divulgar os processos regulatórios intra e extra-hospitalares 1-nov-17 30-jun-18
115
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Brasília, 2007.
120
APÊNDICE A
Quadro 26 - Equipe ampliada do HUJB que participou na elaboração do PDE
NOMES FUNÇÃO 1 Maria Mônica Paulino do Nascimento Superintendente
2 Edineide Nunes da Silva Gerente de Atenção à Saúde
3 Maria do Carmo Andrade Duarte de Farias Gerente de Ensino e Pesquisa
4 Marcelo José Pinheiro de Sousa Gerente Administrativo Financeiro
5 Kévia Katiúcia Santos Bezerra Chefe da Divisão Médica
6 José Ramon Nunes Ferreira Infraestrutura e Logística
7 Alexandra Vieira Batista Chefe da Divisão de Gestão de Pessoas
8 José Ferreira Lima Júnior Professor ETSC/CFP/UFCG
9 Giliara Carol Diniz de Luna Gurgel Professora ETSC/CFP/UFCG
10 Eliane de Sousa Leite Servidora Técnico Admnistrativo/CFP
11 Kennia Sibelly Marques de Abrantes Professora UAENF/CFP/UFCG
12 Rozane Pereira de Sousa Coordenadora de Ensino Pesquisa e Extensão
13 Eugênia Maria de Lima Carrha Diniz Ouvidora
14 Hérika Ferreira Batista Nunes Coordenadora de Vigilância Epidemiológica
15 Darlene Lopes Ferreira Coordenação da Farmácia
16 Suelene Lopes Ferreira Setor de Regulação
17 Hermênia Ferreira da Silva Coordenadora de Enfermagem
18 Solange Ribeiro Mendes Coordenadora de Hotelaria
19 Reno Alexandre de Sousa Lisboa Setor de Empenho
20 Antônio Robson Alves Ferreira Setor de Licitação
21 Verusa Fernandes Duarte Coordenação de Enfermagem
22 Marina Maria Duarte de Oliveira Comissão de Infecção Hospitalar
23 Andressa Pedroza Pereira Comissão de Infecção Hospitalar
24 Antônio Vicente de Sousa Neto Setor de Patrimônio
25 Maria de Lourdes Teixeira Masukawa Ebserh Sede
26 Maria Dolores Gamarski Ebserh Sede
121
APÊNDICE B
Quadro 27 – Planilha consolidada da Ação 1.
AÇÃO 1 Elaborar Plano de Educação Permanente e Continuada
Responsável Chefe da Divisão de Gestão de Pessoas; Gerente de Ensino e Pesquisa; Chefia do Setor de Gestão do Ensino
Indicador
% de necessidades contempladas nos programas incluídos no PEPC
(nº. de necessidades educativas contempladas / nº. de necessidades
levantadas) Meta:
60% das necessidades levantadas no perfil de
competências contempladas no PEPC por meio
de programas educacionais
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: fev-17 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Criar comissão responsável pela elaboração e acompanhamento do Plano
de Educação Permanente e Continuada (PEPC) 10-fev-17 10-mar-17 28
Realizar o diagnóstico das necessidades de educação permanente e
continuada com o preenchimento do formulário sobre o perfil de
competências
10-mar-17 10-jul-18 487
Elaborar programas e iniciativas para educação permanente por meio da
utilização de técnicas eficazes de ensino-aprendizagem 2-jun-17 31-dez-18 577
Realizar o diagnóstico compartilhado das potencialidades de oferta de
educação permanente e continuada, a partir da cogestão, da coparticipação
e da corresponsabilidade
2-jun-17 31-dez-18 577
Compilar todos os projetos educacionais em um único Plano de Educação
Permanente e Continuada e divulgá-lo internamente 1-jul-17 31-dez-18 548
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas: Desenvolver Plano de Educação Permanente e
Continuada para qualificar os profissionais Despesas de custeio: R$ 2.000,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 2.000,00
Parceiros: Ebserh Sede, UFCG, Conselhos de Classe, Rede Escola, Secretaria Municipal de Saúde
Eventuais opositores: Sem opositores
122
Quadro 28 – Planilha consolidada da Ação 2.
AÇÃO 2 Executar Plano de Educação Permanente e Continuada
Responsável Divisão de Gestão de Pessoas; GEP (Chefia do Setor de Gestão do Ensino; Chefia do Setor de Pesquisa e Inovação Tecnológica)
Indicador
Nº.de grupos de EP por área; % de ações do PEPC executadas; Média de horas de treinamento por profissional; % de satisfação dos
profissionais; % de adesão de docentes na execução do PECP
Meta:
01 grupo de EP com atividades contínuas por
área; 40% das ações do PEPC executadas; média
de 40 horas de treinamento por profissional;
mínimo de 60% dos profissionais participantes da
PEPC entre satisfeito e muito satisfeito; aumentar
em 40% a participação docente nas atividades do
HUJB
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Jul-17 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Criar cronograma de reuniões para definição de prioridades 1-jul-17 15-jul-17 14
Criar grupos de educação permanente, por áreas afins 1-ago-17 31-dez-18 517 Apoiar e promover oficinas temáticas, mostras científicas, cursos, palestras,
workshops, com apoio da UFCG e demais parceiros, voltados para trabalhadores,
docentes, discentes e profissionais da RAS, em consonância com o Humaniza
SUS
16-jul-17 31-dez-18 533
Elaborar relatórios gerenciais semestrais do PEPC/HUJB e atualizar os projetos
educacionais (up to date), com base nas avaliações; e disponibilizá-lo para
consulta pública. 1-ago-17 31-dez-18 517
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Desenvolver Plano de Educação Permanente e
Continuada para qualificar os profissionais Despesas de custeio: R$ 4.500,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 4.500,00
Parceiros: Ebserh Sede, UFCG, Conselhos de Classe, Rede Escola, Secretaria Municipal de Saúde
Eventuais opositores: Parte dos trabalhadores
123
Quadro 29 – Planilha consolidada da Ação 3.
AÇÃO 3 Elaborar os Projetos Pedagógicos de Programas de Residência para a Região
Responsável GEP (Chefia do Setor de Gestão do Ensino; Chefia do Setor de Pesquisa e Inovação Tecnológica)
Indicador % de programas de residência aprovados (nº. de programas aprovados / nº.
programas encaminhados); Meta: Mínimo 01 programa de residência implantado
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Jul-17 Término: Mar-18
Início Término Tempo (dias)
Criar comissão responsável pela elaboração e acompanhamento dos Projetos
Pedagógicos dos Programas de Residência 1-jul-17
27-jul-17 26
Conhecer o perfil epidemiológico de saúde da região para contemplar as linhas
de cuidado do HUJB 1-ago-17 30-set-17 60
Elaborar projetos pedagógicos de programas de residências que respeitem a
vocação assistencial, necessidades de saúde regionais e as linhas de cuidado do
HUJB, para desenvolver o perfil de competências das residências a serem
implantadas
1-out-17 2-fev-18 124
Dimensionar o quantitativo de vagas de cada Programa de Residência a partir da
capacidade instalada 1-out-17 2-fev-18 124
Encaminhar os projetos pedagógicos dos programas elaborados para aprovação
nas instâncias competentes à medida que forem concluídos 15-fev-18 15-mar-18 28
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas: Implantar Programa de Residência no HUJB /
UFCG para fortalecer o vínculo, aumentar a
participação docente, fixar os profissionais,
melhorar a qualidade de ensino e melhorar os
principais indicadores de saúde da região
Despesas de custeio: R$ 6.300,00 Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 6.300,00
Parceiros: Ebserh Sede, UFCG, 9ª Gerência de Saúde, Rede Escola, Secretaria Municipal de Saúde
Eventuais opositores: Sem opositores
124
Quadro 30 – Planilha consolidada da Ação 4.
AÇÃO 4 Implantar os Programas de Residências em Saúde
Responsável GEP (Gerente de Ensino e Pesquisa; Chefia de Ensino e Pós-graduação; Chefia de pesquisa clínica e Inovação Tecnológica)
Indicador Taxa de ocupação das vagas ofertadas em residências
Meta: 70% de ocupação das vagas de residências
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Mai-18 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Compor as coordenações para os Programas de Residências aprovados 1-mai-18 30-mai-18 29
Elaborar minuta de edital de seleção para os Programas de Residência aprovados 1-jun-18 30-jun-18 29
Publicar o edital dos programas de residência aprovados 15-jul-18 15-ago-18 31
Realizar a seleção de alunos 1-nov-18 15-nov-18 14
Promover matrícula dos alunos 1-dez-18 15-dez-18 14
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas: Implantar Programa de Residência no HUJB /
UFCG para fortalecer o vínculo, aumentar a
participação docente, fixar os profissionais,
melhorar a qualidade de ensino e melhorar os
principais indicadores de saúde da região
Despesas de custeio: R$ 8.700,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 8.700,00
Parceiros: Ebserh Sede, UFCG, 9ª Gerência de Saúde, Rede Escola, Secretaria Municipal de Saúde
Eventuais opositores: Sem opositores
125
Quadro 31 – Planilha consolidada da Ação 5.
AÇÃO 5 Desenvolver Plano de Motivação e Transição dos Profissionais do HUJB
Responsável Gerente Administrativo
Indicador % de satisfação dos trabalhadores; % de adequação do quadro profissional Meta: Mínimo de 50% de satisfação dos trabalhadores;
70% de adequação do quadro de profissionais no
segundo ano
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Dez-16 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Constituir Comissão de Motivação e Transição dos Profissionais 15-dez-16 20-dez-16 5
Identificar a satisfação e a motivação dos atuais trabalhadores 20-jan-17 31-mar-17 70
Elaborar e executar o Plano de Motivação e Transição dos Profissionais do
HUJB 21-dez-16 31-jan-18 406
Estabelecer programa de integração entre os profissionais atuais e concursados 1-mar-17 31-dez-18 670
Estabelecer prática de monitoramento e avaliação da satisfação e motivação para
melhoria contínua e fixação dos profissionais 1-fev-17 31-dez-18 698
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Manter e otimizar o quadro atual de profissionais
até a substituição completa do mesmo
Despesas de custeio: R$ 5.000,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 5.000,00
Parceiros: UFCG
Eventuais opositores: Atuais prestadores de serviço e parte dos trabalhadores
126
Quadro 32 – Planilha consolidada da Ação 6.
AÇÃO 6 Divulgar a capacidade instalada, as ações e os recursos do HUJB para ampliação das ações de ensino
Responsável Gerente de Ensino e Pesquisa; Chefia do Setor de Gestão do Ensino; Chefia do Setor de Gestão de Pesquisa e Inovação Tecnológica
Indicador Nº. de docentes em ações de ensino; nº. de estudantes em ações de ensino;
nº. de pesquisas realizadas; nº. de projetos de extensão realizados. Meta:
Aumentar em 2 x no primeiro ano e em 3 x no
segundo ano o nº. de docentes em ações de
ensino, o nº. de estudantes em ações de ensino, o
nº. de pesquisas realizadas e o nº. de projetos de
extensão.
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Jul-16 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Apresentar o HUJB para a comunidade acadêmica da UFCG, com vistas a
esclarecer perspectivas de melhorias na rede de saúde da região e as
oportunidades de atividades de ensino, pesquisa e extensão 1-fev-17 30-mai-17
118
Desenvolver encontros pedagógicos na UFCG, estimulando a coparticipação e
coresponsabilização entre os participantes 1-fev-17 1-dez-18 668
Dimensionar a capacidade instalada para ensino, pesquisa e extensão e divulgá-la
por meio de reuniões acadêmicas 15-fev-17 15-jul-18 515
Apoiar ampliação das ações extensionistas via PROBEX/UFCG com foco na
humanização e promoção de saúde para usuários e acompanhantes 1-jul-16 31-dez-18 913
Acompanhar e avaliar as atividades de integração HUJB/UFCG por meio de
relatórios gerenciais semestrais, e disponibilizá-los para consulta entre os
envolvidos 1-abr-17 31-dez-18 639
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas: Aumentar a integração e a participação de
professores e estudantes com atividades de
ensino, pesquisa e extensão
Despesas de custeio: R$ 5.000,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 5.000,00
Parceiros: Reitoria da UFCG, Diretor do CFP
Eventuais opositores: Parte dos professores
127
Quadro 33 – Planilha consolidada da Ação 7.
AÇÃO 7 Articular política e institucionalmente a aproximação entre o HUJB e a UFCG
Responsável Gerente de Ensino e Pesquisa; Chefia do Setor de Gestão do Ensino; Chefia do Setor de Gestão de Pesquisa e Inovação Tecnológica
Indicador nº. de coordenadores dos cursos da UFCG participantes das reuniões e
visitas ao hospital Meta:
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Jul-16 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Realizar reuniões para articulação entre o HUJB e as coordenações de cursos do
campus de Cajazeiras 1-jul-16 31-dez-18
913
Promover visitas dos integrantes da GEP às coordenações de cursos de outros
campi da UFCG 1-abr-17 31-dez-18 639
Acompanhar e avaliar as atividades, programas e iniciativas implantados por
meio de relatórios gerenciais semestrais 1-jan-17 31-dez-18 729
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Aumentar a integração e a participação de
professores e estudantes com atividades de
ensino, pesquisa e extensão
Despesas de custeio: R$ 2.000,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 2.000,00
Parceiros: Reitoria da UFCG, Diretor do CFP
Eventuais opositores: Parte dos professores
128
Quadro 34 – Planilha consolidada da Ação 8.
AÇÃO 8 Mapear setores com infraestrutura física insuficiente.
Responsável Chefe de Div.DIL
Indicador % de infraestrutura dimensionada Meta: 100% da infraestrutura física mapeada e
dimensionada para o funcionamento adequado
dos serviços do HUJB
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: jan-17 Término: Abr-17
Início Término Tempo (dias)
Contratar empresa especializada em manutenção periódica dos equipamentos 15-jan-17 2-abr-17 77
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Estrutura física adequada para atender a
ampliação dos serviços assistenciais, as ações
administrativas e de ensino
Despesas de custeio: R$ 0,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 0,00
Parceiros: Ebserh Sede
Eventuais opositores: Sem opositores
129
Quadro 35 – Planilha consolidada da Ação 9.
AÇÃO 9 Executar obras de infraestrutura (obras/reforma), na ordem de prioridade definida em cronograma de execução
Responsável Gerente Administrativo, Chefe da Div.AF
Indicador
Status de execução das obras; % de adequação física dos serviços; % dos serviços em funcionamento
(nº. de serviços em funcionamento/nº. de serviços dimensionados)
Meta: 70% das obras concluídas e preparadas para o
funcionamento pleno dos setores; mínimo de
70% dos serviços em funcionamento
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Jan-17 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Contratar projetos executivos e complementares do Setor de Ensino,
Administrativo, Serviço de Nutrição e Dietética e outros conforme mapeamento 10-jan-17
10-mar-2017 59
Apresentar projetos de obras e reformas a Diretoria de Administração de
Infraestrutura (DAI) 30-mai-17 30-jul-17 61
Viabilizar recursos financeiros junto aos órgãos competentes 30-jan-17 30-nov-17 304
Realizar processos de contratação e execução de obras. 10-ago-17 31-dez-18 508
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Estrutura física adequada para atender a
ampliação dos serviços assistenciais, as ações
administrativas e de ensino
Despesas de custeio: R$ 0,00
Despesas de capital: R$ 1.816.000,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 1.816.000,00
Parceiros: Ebserh Sede
Eventuais opositores: Sem opositores
130
Quadro 36 – Planilha consolidada da Ação 10.
AÇÃO 10 Adquirir equipamentos médico-hospitalares
Responsável Chefe de Div.IL
Indicador % de adequação dos equipamentos aos serviços (nº.de equipamentos
instalados / nº. de equipamentos necessários); % de ampliação dos serviços
(nº. de serviços novos abertos/nº. de serviços dimensionados) Meta:
80% dos equipamentos mapeados adquiridos e
instalados. Ampliação de no mínimo 50% dos
serviços dimensionados
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Fev-17 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Realizar mapeamento dos equipamentos existentes e dimensionamento para
atender os novos serviços 2-fev-17
28-abr-17 85
Verificar e disponibilizar recursos financeiros para aquisição de equipamentos
dimensionados 1-mar-17 31-dez-18 670
Instaurar processo licitatório junto ao setor de compras hospitalares para
aquisição e instalação de equipamentos 1-jun-17 31-dez-18 578
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Recompor e equipar áreas assistenciais com
equipamentos para atender a demanda atual e a
ampliação dos serviços
Despesas de custeio: R$ 0,00
Despesas de capital: R$ 1.300.000,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 1.300.000,00
Parceiros: Ebserh Sede
Eventuais opositores: Sem opositores
131
Quadro 37 – Planilha consolidada da Ação 11.
AÇÃO 11 Implantar Programa de Manutenção dos Equipamentos
Responsável Chefe de Div. AF e Chefe da Unidade de Patrimônio
Indicador Tempo de vida útil dos equipamentos; % manutenção realizada/planejada
Meta: Aumento do tempo de vida útil dos equipamentos
em 30%; 70% das manutenções programadas
executadas
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Jan-17 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Catalogar os equipamentos em uso e desuso 15-jan-17 31-dez-18 715
Categorizar os equipamentos do HUJB 2-mar-17 28-abr-17 57
Definir cronograma de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos 15-mar-17 30-jun-17 107
Contratar empresa especializada em manutenção periódica dos equipamentos 1-jul-17 31-dez-17 183
Definir processo de avaliação e monitoramento dos serviços de manutenção 1-jul-17 31-dez-17 183
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Recompor e equipar áreas assistenciais com
equipamentos para atender a demanda atual e a
ampliação dos serviços
Despesas de custeio: R$ 200.000,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 200.000,00
Parceiros: Ebserh Sede/ UFCG
Eventuais opositores: Sem opositores
132
Quadro 38 – Planilha consolidada da Ação 12.
AÇÃO 12 Ampliar a estrutura de cabeamento estruturado
Responsável Chefe do Setor de TI
Indicador Status de execução da obra Meta: 100% da estrutura de cabeamento executada.
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Fev-17 Término: Mar-18
Início Término Tempo (dias)
Adequar a sala de CPD - Central de Processamento de Dados nos moldes
operacionais exigidos 2-jul-17
2-dez-17 153
Elaborar projeto executivo para expansão de pontos de telecomunicações 2-fev-17 2-jul-17 150
Realizar processo de contratação para execução dos serviços de cabeamento
estruturado 2-ago-17 2-mar-18 212
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Adequada infraestrutura de TI para tornar os
processos mais efetivos em termos de integração
das informações
Despesas de custeio: R$ 140.000,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 140.000,00
Parceiros: DGPTI/Ebserh sede
Eventuais opositores: Sem opositores
133
Quadro 39 – Planilha consolidada da Ação 13.
AÇÃO 13 Implantar módulos do Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários (AGHU)
Responsável Divisão Administrativa e Chefe do Setor de TI
Indicador
% setores informatizados; Status de execução do cronograma de implantação do AGHU; % de implantação do prontuário eletrônico; Percentual de adesão dos profissionais ao uso do AGHU
Meta:
80% dos setores informatizados; Implantação
plena dos módulos do AGHU farmácia e estoque;
40% de implantação do prontuário eletrônico;
50% de utilização do AGHU pelos profissionais
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Jun-17 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias) Adquirir e instalar equipamentos de rede necessários para interligar os Pontos de
Telecomunicações à CPD. 2-nov-17 31-dez-18 424
Adquirir estações de trabalho para a farmácia, estoque e para utilização do
prontuário eletrônico 2-nov-17 31-dez-18 424
Definir um cronograma de implantação dos módulos de acordo com prioridade e
precedência (módulos do AGHU: pacientes, internação, ambulatório, prescrição
médica, prescrição de enfermagem, controles do paciente, farmácia, estoque,
exames, cirurgias e custos)
2-jun-17 12-ago-17 71
Instalar os módulos de farmácia e estoque 2-set-17 10-dez-17 99 Instalar o prontuário eletrônico, de acordo com um cronograma de implantação
por unidades clínicas. 2-jun-18 20-dez-18 201
Realizar capacitação para os profissionais que utilizarão os módulos do AGHU a
serem implantados 10-out-18 20-dez-18 71
Instituir Comissão de Avaliação Contínua para implantação dos sistemas do
AGHU 2-jun-18 30-jul-18 58
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS Nº de pessoas envolvidas:
Adequada infraestrutura de TI para tornar os
processos mais efetivos em termos de integração
das informações
Despesas de custeio: R$ 13.500,00
Despesas de capital: R$ 107.500,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 121.000,00
Parceiros: DGPTI/Ebserh Sede
Eventuais opositores: Parte dos trabalhadores
134
Quadro 40 – Planilha consolidada da Ação 14.
AÇÃO 14 Definir ações e serviços do hospital de acordo com a capacidade instalada e as necessidades de saúde da população
Responsável Superintendente e Gerente de Atenção à Saúde
Indicador Nº. de ações reorganizadas para atuação em linhas de cuidado Meta: Definir 02 linhas cuidado; 01 linha de cuidado
instituída com protocolos clínicos implementados
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Jan-17 Término: Dez-17
Início Término Tempo (dias)
Participar efetivamente do Grupo de Trabalho (GT) de saúde da criança e do
adolescente criado na Comissão Intergestores Regional (CIR) 12-jan-17 30-jul-17 199
Analisar informações sobre a RAS, perfil epidemiológico relacionado a saúde da
criança e do adolescente e necessidades da população 12-jan-17 31-mar-17 78
(Re) Definir os serviços de saúde da criança e do adolescente e linha de cuidado
prioritária 1-mar-17 31-mar-17 30
Apresentar relatório do GT de saúde da criança e do adolescente na Comissão de
Intergestores Regionais e Conselho Municipal de Saúde 1-abr-17 30-abr-17 29
Propor a criação do GT de saúde da mulher e saúde materno infantil na CIR 1-abr-17 30-abr-17 29 Analisar informações sobre a RAS, perfil epidemiológico relacionado a saúde da
mulher e maternoinfantil e necessidades da população 25-mai-17 30-set-17 128
Definir os serviços de saúde da mulher e maternoinfantil e linha de cuidado
prioritária 1-out-17 30-nov-17 60
Apresentar relatório do GT de Saúde da Mulher e Maternoinfantil na Comissão
de Intergestores Regionais e Conselho Municipal de Saúde 1-dez-17 30-dez-17 29
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas: Definição do papel do hospital na Rede de
Atenção à Saúde e repactuação dos serviços com
o gestor local
Despesas de custeio: R$ 11.000,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 11.000,00
Parceiros: 9ª Gerência, CIR, Conselho Municipal de Saúde
Eventuais opositores: Secretaria Municipal de Saúde de Cajazeiras
135
Quadro 41 – Planilha consolidada da Ação 15.
AÇÃO 15 Revisar a contratualização
Responsável Superintendente
Indicador % de serviços implantados contratualizados; % de aumento no valor
contratualizado; % de execução das metas contratualizadas; taxa de
ocupação hospitalar; média paciente-dia Meta:
100% dos serviços implantados contratualizados;
mínimo de 100% de aumento no valor do
contrato; 90% de execução das metas
contratualizadas; aumentar em 100% a taxa de
ocupação hospitalar; aumentar a média paciente-
dia atual no mínimo 3x no primeiro ano e no
mínimo 6x no segundo ano
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Jan-17 Término: Fev-18
Início Término Tempo (dias)
Propor a Secretaria Municipal de Saúde a criação da Comissão de
Acompanhamento do Contrato e seu regimento 12-jan-17 28-fev-17
47
Prestar informações para relatório de avaliação do contrato vigente 12-jan-17 31-jan-18 384
Realizar o levantamento da produção efetiva do hospital 12-jan-17 30-jun-17 169
Definir a capacidade de aumento da produção do hospital 12-jan-17 30-jun-17 169
Reformular o Instrumento Formal de Contratualização 1-jul-17 31-dez-17 183
Repactuar a contratualização com o gestor local 1-jan-18 28-fev-18 58
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas: Definição do papel do hospital na Rede de
Atenção à Saúde e repactuação dos serviços com
o gestor local
Despesas de custeio: R$ 2.000,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 2.000,00
Parceiros: 9ª Gerência, CIR, Ebserh Sede
Eventuais opositores: Secretaria Municipal de Saúde de Cajazeiras
136
Quadro 42 – Planilha consolidada da Ação 16.
AÇÃO 16 Implantar modelo de gestão por processos
Responsável Gerentes e chefes imediatos
Indicador Status de implantação dos processos definidos; % de satisfação dos
usuários com relação aos processos implantados Meta:
Mínimo de 50% dos processos implantados;
Aumento de 50% de satisfação dos usuários a
partir da implantação dos novos processos
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Fev-17 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Mapear todos os processos do hospital (atenção à saúde, ensino, pesquisa e
gestão) 1-fev-17 30-mar-17 57
Definir estrutura organizacional compatível com o novo modelo de gestão
(matricial) 1-abr-17 30-jul-17 120
Definir os novos processos e responsáveis 1-ago-17 30-ago-17 29
Capacitar os colaboradores para os processos que serão implantados 1-set-17 31-dez-18 486
Divulgar e implantar os novos processos de atenção à saúde, ensino, pesquisa e
gestão 1-set-17 31-dez-18 486
Definir o plano para acompanhar o desempenho dos processos de gestão e
implantá-lo 1-ago-17 31-dez-18 517
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Implantação do modelo de gestão com foco na
gestão da clínica
Despesas de custeio: R$ 5.000,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 5.000,00
Parceiros: Ebserh Sede
Eventuais opositores: Parte dos trabalhadores
137
Quadro 43 – Planilha consolidada da Ação 17.
AÇÃO 17 Redefinir rotinas assistenciais e modelos de trabalho multiprofissionais
Responsável Gerentes
Indicador
% de protocolos e rotinas implantados (nº.de protocolos e rotinas
definidos/nº de protocolos/ rotinas implantadas;
% de pacientes atendidos por equipe multiprofissional; % de pacientes
com projeto terapêutico singular; taxa de infecção hospitalar, taxa de
mortalidade institucional, taxa de reinternação da Unidade de Pediatria
Meta: Implantação de 60% dos protocolos e rotinas
definidos;
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Mar-17 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Definir metodologia de revisão/elaboração de manuais, POPs e rotinas
hospitalares 1-mar-17 30-mar-17
29
Atualizar e elaborar novas rotinas e protocolos clínicos da Atenção à Saúde da
Criança e Adolescente e elaborar de Saúde da Mulher, de acordo com as boas
práticas e modelos assistenciais multidisciplinares 1-abr-17 30-set-17 182
Elaborar rotinas e protocolos clínicos da Atenção Maternoinfantil, de acordo
com as boas práticas e modelos assistenciais multidisciplinares 1-out-17 30-mai-18 241
Elaborar processos assistenciais focados na integralidade do cuidado 2-jan-18 1-jun-18 150 Capacitar os colaboradores sobre a utilização das novas rotinas e dos protocolos
clínicos 2-nov-18 30-nov-18 28
Implantar processos assistenciais focados na integralidade do cuidado 1-jul-18 31-dez-18 183 Constituir a auditoria clínico-assistencial 15-nov-17 15-dez-17 30 Definir modelo de auditoria clínico-assistencial e implantá-lo 15-nov-17 31-dez-18 411
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Implantação do modelo de gestão com foco na
gestão da clínica Despesas de custeio: R$ 63.000,00
Despesas de capital: R$ 45.000,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 108.000,00
Parceiros: Ebserh Sede, UFCG
Eventuais opositores: Parte dos trabalhadores
138
Quadro 44 – Planilha consolidada da Ação 18.
AÇÃO 18 Institucionalizar o Planejamento Estratégico Organizacional
Responsável Superintendente
Indicador % de execução do Planejamento Estratégico Organizacional; % de
execução das metas internas contratualizadas Meta:
70% das ações do Planejamento Estratégico
Organizacional executadas; 90% de cumprimento
das metas internas contratualizadas
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Jan-17 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Compor a Comissão de Planejamento Estratégico 10-jan-17 30-jan-17 20
Desdobrar as metas pactuadas na contratualização em metas internas 1-mar-17 31-dez-18 670
Traçar objetivos e estratégias a serem executadas por todos as áreas setoriais 1-mar-17 31-dez-18 670
Instituir modelo de acompanhamento e divulgação dos resultados internos 1-abr-17 31-dez-18 639
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Implantação do modelo de gestão com foco na
gestão da clínica
Despesas de custeio: R$ 0,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 0,00
Parceiros: Ebserh Sede, UFCG
Eventuais opositores: Sem opositores
139
Quadro 45 – Planilha consolidada da Ação 19.
AÇÃO 19 Instituir ações de comunicação com dados abertos
Responsável Chefe da Divisão de Logística e Infraestrutura
Indicador % dos setores identificados; % de satisfação dos usuários/cidadãos e
trabalhadores em relação à comunicação; quantidade de acesso às
informações via WEB Meta:
100% dos setores identificados;
70% de satisfação do usuário/cidadão/trabalhador
em relação à comunicação;
5% no primeiro ano e 15% no segundo ano de
usuários/cidadãos/trabalhadores acessando o site
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Set-16 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Levantar as necessidades de identificação visual da estrutura física do hospital e
implantá-las 1-out-16 30-out-17 394
Definir e implantar os padrões de identificação pessoal dos colaboradores
crachás, uniformes) 1-set-16 30-jul-17 332
Elaborar e divulgar a Carta de Serviços e Direitos dos usuários/cidadão 1-mai-17 30-dez-18 608
Elaborar e implantar projetos de educação em saúde e outras orientações e
informações aos usuários/cidadãos e trabalhadores 2-mai-17 30-dez-18 607
Elaborar o sítio institucional e disponibilizar o acesso a informação 1-jul-17 30-dez-18 547
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Implantação do modelo de gestão com foco na
gestão da clínica
Despesas de custeio: R$ 115.000,00
Despesas de capital: R$ 0,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 115.000,00
Parceiros: Ebserh Sede, UFCG
Eventuais opositores: Sem opositores
140
Quadro 46 – Planilha consolidada da Ação 20.
AÇÃO 20 Instituir o Plano de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente
Responsável Chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente
Indicador
Status de implementação das iniciativas de segurança do paciente (nº
ações implantadas/ ações previstas no plano para o período); % de
profissionais capacitados; taxa de infecção hospitalar; taxa de mortalidade
institucional; n. de notificações de incidentes críticos; n. de notificações de
eventos adversos.
Meta:
70% de implantação das ações previstas;
capacitar no mínimo 50% dos profissionais;
atender 100% da taxa de infecção hospitalar
pactuada com o gestor; atender 100% da taxa de
mortalidade institucional pactuada com o gestor
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Jul-16 Término: Dez-18
Início Término Tempo (dias)
Estruturar o serviço de vigilância em saúde e segurança do paciente 2-jul-16 28-fev-17 241
Implantar e divulgar o Plano de Segurança do Paciente 1-dez-16 31-dez-18 760
Elaborar e implantar o plano de capacitação dos colaboradores quanto às
diretrizes de segurança do paciente 1-mar-17 31-dez-18 670
Implantar sistema de vigilância de incidentes e eventos adversos 1-mar-17 31-jul-17 152
Implantar processos de avaliação de riscos 1-dez-16 31-dez-18 760
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Implantação do modelo de gestão com foco na
gestão da clínica
Despesas de custeio: R$ 12.000,00
Despesas de capital: R$ 10.000,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 22.000,00
Parceiros: Ebserh Sede
Eventuais opositores: Parte dos trabalhadores
141
Quadro 47 – Planilha consolidada da Ação 21.
AÇÃO 21 Implantar o Setor de Regulação e Avaliação em Saúde
Responsável Gerente de Atenção à Saúde
Indicador % de procedimentos regulados; % de atendimentos dentro do perfil
esperado; taxa de ocupação hospitalar; n° de pacientes transferidos para
outros serviços no período Meta:
Mínimo de 50% dos procedimentos regulados
com a RAS; aumentar em 100% a taxa de
ocupação hospitalar; reduzir em 50% o número de
transferências para outros serviços
ATIVIDADES CRONOGRAMA Início: Set-16 Término: Jun-18
Início Término Tempo (dias)
Realizar diagnóstico situacional para estruturação do Setor de Regulação e
Avaliação em Saúde 24-out-16 30-jan-17 98
Mapear os fluxos assistenciais e de registros da produção assistencial 2-set-16 30-abr-17 240
Adequar o SAME e a Unidade de registro atual (Faturamento) aos processos
regulatórios e de registros da produção assistencial 2-mai-17 30-ago-17 120
Normatizar processos regulatórios e de avaliação 1-jun-17 30-ago-17 90
Definir indicadores de monitoramento dos processos regulatórios intra-
hospitalares 2-jun-17 30-out-17 150
Implantar e divulgar os processos regulatórios intra e extra-hospitalares 1-nov-17 30-jun-18 241
RECURSOS RESULTADO ESPERADO
HUMANOS FINANCEIROS
Nº de pessoas envolvidas:
Implantação do modelo de gestão com foco na
gestão da clínica
Despesas de custeio: R$ 0,00
Despesas de capital: R$ 10.000,00
TOTAL DOS RECURSOS FINANCEIROS R$ 10.000,00
Parceiros: Ebserh Sede
Eventuais opositores: Sem opositores