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Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia de Construção Civil ISSN 0103-9830 BT/PCC/460 Alexandre Perri de Moraes Racine Tadeu Araújo Prado São Paulo – 2007 Qualidade do ar interno com ênfase na concentração de aerodispersóides nos edifícios

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Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP

Departamento de Engenharia de Construção Civil

ISSN 0103-9830

BT/PCC/460

Alexandre Perri de Moraes Racine Tadeu Araújo Prado

São Paulo – 2007

Qualidade do ar interno com ênfase na concentração de aerodispersóides nos

edifícios

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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia de Construção Civil Boletim Técnico – Série BT/PCC Diretor: Prof. Dr. Vahan Agopyan Vice-Diretor: Prof. Dr. Ivan Gilberto Sandoval Falleiros Chefe do Departamento: Prof. Dr. Alex Kenya Abiko Suplente do Chefe do Departamento: Prof. Dr. Orestes Marraccini Gonçalves Conselho Editorial Prof. Dr. Alex Abiko Prof. Dr. Francisco Ferreira Cardoso Prof. Dr. João da Rocha Lima Jr. Prof. Dr. Orestes Marraccini Gonçalves Prof. Dr. Paulo Helene Prof. Dr. Cheng Liang Yee Coordenador Técnico Prof. Dr. João Petreche O Boletim Técnico é uma publicação da Escola Politécnica da USP/ Departamento de Engenharia de Construção Civil, fruto de pesquisas realizadas por docentes e pesquisadores desta Universidade. O presente trabalho é parte da dissertação de mestrado apresentada por Alexandre Perri de Moraes, sob orientação do Prof. Dr. Racine Tadeu Araújo Prado: “Qualidade do Ar Interno com Ênfase na Concentração de Aerodispersóides nos Edifícios”, defendida em 28/06/2006, na EPUSP.

A íntegra da dissertação encontra-se à disposição com o autor e na biblioteca de Engenharia Civil da Escola Politécnica/USP.

FICHA CATALOGRÁFICA

Moraes, Alexandre Perri de

Qualidade do ar interno com ênfase na concentração de aerodis- persóides nos edifícios / Alexandre Perri de Moraes, Racine Tadeu Araújo Prado. -- São Paulo : EPUSP, 2007.

16 p. – (Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP, Departa- mento de Engenharia de Construção Civil ; BT/PCC/460)

1. Conforto ambiental 2. edifícios I. Prado, Racine Tadeu Araújo II. Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento de Engenharia de Construção Civil III.Título IV. Série ISSN 0103-9830

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SUMÁRIO

RESUMO .............................................................................................................................. 2

ABSTRACT.......................................................................................................................... 2

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 1

2. CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................. 1

3. METODOLOGIA DA PESQUISA .............................................................................. 5

4. RESULTADOS............................................................................................................... 6

4.1. Programa experimental de campo (primeira fase) ...................................................... 6

4.2. Programa experimental de campo (segunda fase)..................................................... 9

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................................................... 13

6. CONCLUSÕES ............................................................................................................ 14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................. 15

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RESUMO No presente trabalho, avaliou-se a qualidade do ar interno com ênfase na concentração de aerodispersóides em edifícios localizados na Região Metropolitana de São Paulo. Para tanto, foram empregados medidores de aerodispersóides em massa (Dust Trak Aerosol Monitor) e em número (P-Trak Ultrafine Particle Counter) e foi feita a análise das interações dos poluentes medidos com o sistema de ventilação natural ou de condicionamento de ar. Os resultados da concentração média em massa de aerodispersóides menores que 10 µm e em número de aerodispersóides menores que 1 µm foram acima dos valores referenciados. Nos ambientes com sistema de ventilação natural, a concentração média de aerodispersóides foi em geral maior do que nos ambientes com sistema de condicionamento de ar, influenciada pela localização.

ABSTRACT In this work, the Indoor Air Quality in the buildings of the São Paulo Metropolitan Region is evaluated with an emphasis on the concentration of particulates matters. This was done using a Dust Trak Aerosol Monitor for mass and a P-Trak Ultrafine Particle Counter for number. Analysis of the interaction of the pollutents took place using air conditioned or natural ventilation systems. The results of the average concentrated mass of Particulates Matters less than 10 µm (PM10) and in number of Particulates Matters less than 1µm (PM1.0) were higher than the referred values. Influenced by localization, the average concentration of particulates matters was generally higher in natural ventilation system environments than in those with air conditioned systems.

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1. INTRODUÇÃO

A preocupação com a Qualidade do Ar Interno (IAQ) tem levado ao desenvolvimento de pesquisas em diversos países, inclusive o Brasil. Estas pesquisas envolvem diferentes áreas da ciência e tecnologia, as quais apresentaram várias publicações a partir dos anos 70, tendo como referência para este tema a posição da American Society of Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers (ASHRAE), que reconhece a existência do problema de Qualidade do Ar em Ambientes Internos e publica a norma ASHRAE Standard 62 de 1 973, identificada originalmente por “Standard for Natural and Mechanical Ventilation”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar interno é hoje reconhecida como uma das maiores ameaças à saúde pública. As doenças relacionadas com a qualidade do ar interno são classificadas pela OMS como Síndrome dos Edifícios Doentes (SED). O termo SED é usado para descrever situações, nas quais, 20% dos usuários de um determinado edifício experimentam efeitos adversos à saúde e ao conforto, que normalmente desaparecem quando as pessoas afetadas deixam o mesmo, como por exemplo: irritação da mucosa, efeitos neurotóxicos, alteração dos sistemas respiratório, cutâneo e nervoso (OMS,1999).

O domínio das fontes de poluição do ar, neste contexto, adquire importância fundamental, pois através de sua análise são verificadas as concentrações, em um primeiro instante, e os prejuízos à saúde dos usuários nas etapas subseqüentes. A importância de medir a concentração de poluentes, como elemento que permite a avaliação da qualidade do ar em ambientes internos, reside no fato de que a cada atividade humana realizada, é possível verificar os resultados alcançados em termos absolutos (concentração) e relativos (porcentagem), e criar indicadores de conforto apropriados, como por exemplo: taxas de renovação de ar, índices de eficiência de filtragem e classes de materiais poluentes.

O objetivo do presente trabalho foi medir a concentração em massa e em número de aerodispersóides, que se apresentam como partículas sólidas e líquidas em suspensão no ar. Propõe-se também que constitua uma base de informações e sirva de subsídio para decisões em casos semelhantes de controle de aerodispersóides, para avaliar a qualidade do ar interno em ambientes climatizados ou não, maximizando seus benefícios.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO

Pode-se definir os aerodispersóides, como sendo um conjunto formado por meio de dispersão gasosa, onde se encontram materiais particulados sólidos ou líquidos (ANVISA, 2003). Os aerodispersóides podem ser formados por condensação ou por dispersão, distinguindo-se os sistemas de acordo com a fase dispersa: sólida ou líquida. A Fig. 1 mostra graficamente as indicações quanto ao tamanho, à impureza, às partículas típicas, aos métodos de eliminação e aos tipos de radiação nos comprimentos de onda para os aerodispersóides, vapores e gases.

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Fig. 1 – Impurezas em suspensão no ar, partículas típicas, método de controle, tipo de radiação nesse

comprimento de onda. Fonte: Mesquita et al., 1988.

Os aerodispersóides formados por condensação são resultantes da condensação de vapores supersaturados, ou da reação entre gases, que leva a um produto não-volátil. Os aerodispersóides formados por dispersão são aqueles resultantes da desintegração mecânica da matéria (pulverização ou atomização de sólidos ou líquidos, ou transferência de poeiras, pólens e bactérias, para o estado de suspensão em virtude da ação de correntes de ar ou vibração).

A velocidade de deposição (m/s) das partículas sobre superfícies internas é um importante parâmetro para determinar o grau de exposição humana aos aerodispersóides em um ambiente. Esta velocidade é função de muitos fatores, incluindo o diâmetro das partículas, características das superfícies, volume do ambiente e velocidade do ar. A operação do sistema de ar-condicionado pode influenciar a deposição das partículas sobre as superfícies internas devido ao movimento de ar. Também, em lugares que usam filtros, portáteis ou montados nos dutos de ventilação, aumentam ainda mais a velocidade de deposição (WALLACE et al., 2004).

O coeficiente de penetração das partículas é outro importante parâmetro para determinar o grau de exposição humana aos aerodispersóides em um ambiente. Este coeficiente está relacionado com o diâmetro das partículas, a concentração interna e externa dos poluentes, a renovação do ar interno e a taxa de deposição.

Na Tabela 1, apresentam-se os diâmetros dos principais aerodispersóides do ar interno. Observa-se que quanto menor o diâmetro dos aerodispersóides, menor a velocidade de deposição e maior o coeficiente de penetração (CHAO et al., 2003).

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Tabela. 1

Diâmetro dos principais aerodispersóides do ar interno. Fonte: Macintyre, 1990.

Aerodispersóides Diâmetro Médio(µm) Cabelo humano 50-200 Cimento 0.5-10-50 Ferro-manganês ou sílica 0.1-1 Fumaça de central térmica 0.1-3 Ferro (ferro gusa) 0.1-10 Óxido de ferro 0.5-2 Cal 1-50 Pigmentos 0.2-2 Sílica 1-10 Talco 10 Fumaça de tabaco 0.2-0.01 Fog atmosférico 1-15 Pólen 5-10 Bactérias 0.8-10 Fungos 1-10

Os poluentes do ar interno são classificados em (PRADO, 2003):

• Fontes biológicas: ácaros, animais domésticos, insetos, fungos, bactérias e vírus. • Fontes químicas: gases e vapores. • Fontes físicas: material particulado (asbesto e metais pesados) e campos

eletromagnéticos.

As fontes biológicas, químicas e físicas, por sua vez, emitem aerodispersóides por processos naturais ou antropogênicos, em forma de matéria ou de energia. Entre as fontes naturais, as mais freqüentes são: ressuspensão da poeira pelo vento, formação de gases em tubulação de esgoto, liberação de excrementos de animais, pólens de plantas, deterioração dos materiais de construção civil, entre outros. Entre as fontes antropogênicas, as mais freqüentes são: atividades de cozimento, limpeza, construção, fumaça de cigarro, formação de gases de produtos químicos, reações biológicas do metabolismo humano, entre outros.

Na Fig. 2 apresentam-se as principais fontes de poluentes do ar interno que emitem aerodispersóides por processos naturais ou antropogênicos em uma residência.

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Fig. 2 – Principais fontes de poluentes do ar interno em uma residência.

Os materiais de construção civil, exceto os vidros e os metais, geram poluentes no ar interno (NIU e BURNETT, 2001). A concentração dos poluentes pode variar em função do tempo, sendo esta variação chamada de taxa de declínio. As tintas e os adesivos têm alta taxa de declínio, enquanto os compensados (formaldeído) e os minerais (radônio) têm baixa taxa de declínio. As fontes de poluentes, internas e externas, afetam a concentração e composição dos poluentes. Porém, existem mais informações sobre as fontes externas do que as fontes internas, embora as fontes internas sejam também importantes para avaliar a exposição total dos poluentes que afetam a saúde dos usuários (HE et al., 2004).

A poluição do ar interno está relacionada à poluição atmosférica, às atividades ocupacionais, à velocidade do ar, à umidade relativa, à temperatura, à taxa de emissão ou de ressuspensão dos poluentes, entre outros. A taxa de emissão de alguns poluentes não depende somente dos materiais de construção civil, mas também das condições ambientais (VIRTA et al., 2005). As principais fontes internas de emissão de poluentes são as atividades humanas, poluição externa, envelhecimento natural dos materiais, produtos químicos e reações fotoquímicas (ALLARD, 1989).

As pessoas e as atividades de limpeza geram ressuspensão de partículas maiores que 2,5 µm de diâmetro (JONES et al., 2000). A elevação de partículas menores que 2,5 µm de diâmetro ocorre devido às atividades de cozimento, pintura, fumaça de cigarro, poluentes externos, bactérias, fungos, pólens, entre outras. As principais fontes de emissão de poluentes externos em áreas urbanas são os veículos e as indústrias (MATSON, 2005 e MORAWSKA et al., 1999). A maior contribuição destas fontes são as partículas ultrafinas (partículas menores que 0,1 µm de diâmetro), sendo poucas partículas (menos que 10%) com diâmetro maior que 0,1 µm.

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3. METODOLOGIA DA PESQUISA

O plano de desenvolvimento foi dividido em duas fases. Na primeira fase, foram avaliadas as concentrações de aerodispersóides e as características dos ambientes internos, de edifícios localizados na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), entre julho e dezembro de 2005, durante vinte e quatro horas para a concentração em massa e oito horas para concentração em número. Na segunda fase, fizeram-se as medições das concentrações de aerodispersóides, temperatura e umidade relativa nos ambientes internos de um apartamento modelo, localizado no Município de São Caetano do Sul, em janeiro de 2006, durante vinte e quatro horas. Os ambientes selecionados foram separados em edifícios com sistema de ventilação natural e condicionamento de ar, conforme a Tabela 2.

Tabela 2

Características e localização dos edifícios analisados.

Municípios/ Categorias

Residencial (Ventilação Natural)

Comercial (Condicionamento de Ar)

Santo André - Loja de Supermercado São Bernardo do Campo

Residência 1 Residência 2

Clínica Médica 1* Clínica Médica 2*

São Caetano do Sul Apartamento 1 Apartamento 2

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São Paulo Residência 3 Residência 4 Apartamento 3 Apartamento 4 Apartamento 5 Apartamento 6

Escritório 1 Escritório 2 Escritório 3 Escritório 4 Escritório 5 Sala de Aula 1 Sala de Aula 2 Sala de Laboratório 1 Sala de Laboratório 2

*Ventilação natural

Um dos equipamentos utilizados foi o Dust Trak Aerosol Monitor. O equipamento mede a concentração em massa (µg/m³) de aerodispersóides finos e grossos, entre 0,1 e 10 µm de diâmetro. O método utilizado pelo monitor é a amostragem por nefelometria ou espalhamento de luz. Neste caso, o equipamento mede a concentração por amostragem de ar e análise do feixe de luz espalhado, em função do número e do tamanho das partículas, para um volume de ar medido.

O outro equipamento utilizado foi o P-Trak Ultrafine Particle Counter. O equipamento mede a concentração em número (partículas/cm³) de aerodispersóides finos e ultrafinos, entre 0,02 e 1 µm de diâmetro. O método utilizado pelo contador é a amostragem por núcleo de condensação. Neste caso, o equipamento emprega a condensação dos aerodispersóides, por meio do vapor de álcool. A condensação tem a função de aumentar o tamanho dos aerodispersóides, para serem contados pela câmara de detecção.

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4. RESULTADOS

A seguir apresentam-se os resultados quantitativos dos programas experimentais de campo (primeira e segunda fase), bem como as análises e discussões dos mesmos:

4.1. Programa experimental de campo (primeira fase)

As medições nos ambientes internos localizados na RMSP apontaram as concentrações mínimas, médias e máximas apresentadas na Fig. 3, durante vinte e quatro horas para a concentração em massa e oito horas para concentração em número. Observou-se que as concentrações máximas em massa de aerodispersóides para os ambientes internos, como residência 2 e escritório 2, foram devidas ao cozimento e reforma nos ambientes. As concentrações mínimas observadas, no laboratório 2 e escritório 3, foram devidas à pouca ocupação e janelas fechadas; porém houve envelhecimento natural dos materiais, que ocorre devido à degradação dos mesmos, provocando poluição.

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Fig. 3 – Gráfico de distribuição da concentração em massa de aerodispersóides dos ambientes internos

em edifícios diversos localizados na RMSP.

A Resolução n° 9 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece que o valor máximo de concentração em massa de aerodispersóides é de 80 µg/m³ (ANVISA, 2003). Sabe-se que as pessoas permanecem 90% do tempo em ambientes internos e os outros 10% em ambientes externos (JUNKER et al., 2000). Na Fig. 4, são apresentadas as porcentagens acumuladas do tempo em que a concentração média em massa de

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aerodispersóides, nos edifícios analisados, ficou entre 0 e 80 µg/m³, 81 e 100 µg/m³, 101 e 120 µg/m³, e maior que 121 µg/m³. Os valores da concentração média em massa foram analisados estatisticamente pelas medidas de posição, obtendo o desvio padrão de 33 µg/m³, o valor médio de 95 µg/m³ e o coeficiente de variação de 34%.

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Fig. 4 – Gráfico das porcentagens acumuladas do tempo em função da concentração média em massa de aerodispersóides em edifícios diversos.

Como mostrado na Fig. 4, a concentração média em massa de aerodispersóides, em edifícios diversos, ficou 25% do tempo de medição entre 81 e 100 µg/m³. Esta porcentagem representa mais do que um quarto do tempo em que as pessoas ficam nos ambientes internos.

Em estudos realizados na Austrália, em ambientes externos, a concentração média em número, de partículas finas menores que 2,5 µm de diâmetro, foi de 7400 part./cm³ (MORAWSKA et al., 1999). Dentre as partículas finas, as mais comuns são: fungos, bactérias, pólens, fumaça e pigmentos. Sabe-se que a concentração de partículas finas está relacionada com as atividades humanas doméstica em ambientes internos (ADGATE et al., 2002). Portanto, a concentração nesses ambientes é maior do que em ambientes com atividades humanas profissionais ou em apartamentos com menor ocupação durante o dia, além de outros poluentes como: fungos, bactérias e pólens.

Na Fig. 5, são apresentados os resultados das concentrações mínimas, médias e máximas em número de aerodispersóides nos ambientes monitorados, utilizando o equipamento P-Trak Ultrafine Particle Counter. Observou-se que as concentrações máximas em número de aerodispersóides na residência 3, apartamento 2 e 5, e clínica médica 2 foram devidas ao cozimento, pintura e janelas abertas. As concentrações mínimas observadas nos escritórios 1, 3, 4 e 5, sala de aula 2, apartamentos 1 e 6 foram devidas ao ar-condicionado e janelas

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fechadas, além de não apresentar cozimento e pintura; porém houve envelhecimento natural dos materiais, que ocorre devido à degradação dos mesmos, provocando poluição.

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Fig. 5 – Gráfico de distribuição da concentração em número de aerodispersóides dos ambientes

monitorados em edifícios diversos.

Na Fig. 6 apresentam-se as porcentagens acumuladas do tempo em que a concentração média em número de aerodispersóides, nos edifícios analisados, ficou entre 0 e 7,4*10³ part./cm³, 7,5 e 10*10³ part./cm³, 10,1 e 12,6*10³ part./cm³, e maior que 12,7*10³ part./cm³. Os valores da concentração média em número foram analisados estatisticamente pelas medidas de posição, obtendo o desvio padrão de 2923 part./cm³, o valor médio de 10675 part./cm³ e o coeficiente de variação de 27%.

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Fig. 6 – Gráfico das porcentagens acumuladas do tempo em função da concentração em número de aerodispersóides em edifícios diversos.

4.2. Programa experimental de campo (segunda fase)

Nas medições da cozinha do apartamento modelo, localizado no Município de São Caetano do Sul, durante vinte e quatro horas, foram coletados os dados de concentração em massa e em número de aerodispersóides, temperatura e umidade relativa apresentados na Fig. 7. Os valores mostrados indicam que as máximas concentrações de aerodispersóides foram devidas ao fato de assar e fritar carne.

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Fig. 7 – Gráfico de distribuição das concentrações de aerodispersóides, temperatura e umidade relativa.

No processo de cozimento, a combustão em um dos queimadores do fogão ocorre pela queima do gás natural, composto essencialmente por metano (CH4) e etano (C2H6), ou pela queima do Gás Liquefeito de Petróleo – GLP, composto essencialmente por butano (C4H10) e propano (C3H8). Em porcentagens menores, os gases da combustão podem apresentar ácido sulfídrico (H2S), gás carbônico (CO2) e nitrogênio (N2), entre outras substâncias químicas. Durante a combustão, ambos liberam odores devidos aos compostos orgânicos de mercaptanos utilizados para aromatização. Quando ocorrem falhas na combustão, devidas à insuficiência de ar ou a problemas com os queimadores, podem ser liberados, respectivamente, monóxidos de carbono (CO) ou óxidos de nitrogênio (NOx), entre outros aerodispersóides.

Ainda com relação ao cozimento, o fato de assar e fritar carne produz algumas substâncias voláteis (moléculas) que são liberadas pelos alimentos. A principal substância é a água (H2O) que se volatiliza a altas temperaturas gerando vapor d’água. Uma outra substância gerada é o vapor de óleo (lipídeos e glicerídeos) que se desprende dos alimentos e do próprio óleo utilizado na fritura. Nestes casos, quando o aquecimento é muito intenso (acima de 250°C), os poluentes resultantes são principalmente os fumos, fuligens e cinzas.

Na Fig. 8, são apresentadas as porcentagens do tempo em que a concentração média em massa de aerodispersóides ficou acima de 80 µg/m³, para as atividades realizadas no apartamento modelo. A alta porcentagem do tempo da concentração acima de 80 µg/m³, no item tomar banho, foi devida ao vapor gerado, que se transformou em névoa.

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Fig. 8 – Gráfico das porcentagens do tempo em que a concentração média em massa de

aerodispersóides ficou acima de 80 µµµµg/m³ para as atividades realizadas no apartamento modelo.

Observa-se que, durante algumas atividades realizadas no apartamento modelo, o aumento da concentração de aerodispersóides é geralmente evidente por atividades dos ocupantes, como por exemplo: varrer, lixar parede, tirar pó dos móveis, assar e fritar carne, serrar madeira e furar parede. Porém, durante outras atividades, o aumento da concentração é menos evidente, como por exemplo: ver televisão e limpar piso.

Na Fig. 9, são apresentadas as porcentagens acumuladas do tempo em que a concentração média em massa de aerodispersóides, durante as atividades humanas realizadas no apartamento modelo, ficou entre 0 e 80 µg/m³, 81 e 600 µg/m³, 601 e 1120 µg/m³, e maior que 1121 µg/m³. Os valores da concentração média em massa foram analisados estatisticamente pelas medidas de posição, obtendo o desvio padrão de 460 µg/m³, o valor médio de 842 µg/m³ e o coeficiente de variação de 55%.

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Fig. 9 – Gráfico das porcentagens acumuladas do tempo em função da concentração média em massa de aerodispersóides dos ambientes internos em um apartamento modelo.

As porcentagens do tempo em que a concentração média em número de aerodispersóides ficou acima de 7400 part./cm³ foram de 100%, para todas as atividades realizadas no apartamento modelo.

Na Fig. 10, são apresentadas as porcentagens acumuladas do tempo em que a concentração média em número de aerodispersóides, durante as atividades realizada no apartamento modelo, ficou entre 0 e 7,4*10³ part./cm³, 7,5 e 60*10³ part./cm³, 60,1 e 112,6*10³ part./cm³, e maior que 112,7*10³ part./cm³. Os valores da concentração média em número foram analisados estatisticamente pelas medidas de posição, obtendo o desvio padrão de 43313 part./cm³, o valor médio de 88213 part./cm³ e o coeficiente de variação de 49%.

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Fig. 10 – Gráfico das porcentagens acumuladas do tempo em função da concentração média em número de aerodispersóides dos ambientes internos em um apartamento modelo.

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Em primeiro lugar, as concentrações de aerodispersóides estão relacionadas não apenas aos fatores do ambiente externo, ambiente interno e projeto do edifício, mas também com relação às condições de conforto requeridas pelos usuários.

Na interface com o ambiente externo, a concentração de aerodispersóides foi maior em ambientes internos próximos às vias expressas com tráfego intenso, como Via Anchieta (Residência 2 e Clínica Médica 1 e 2) e Marginal Pinheiros (Apartamento 3) do que ambientes internos distantes dessas vias. Os dados obtidos pela CETESB mostraram que a concentração média de aerodispersóides externa (42 µg/m³) foi menor do que a concentração interna (95 µg/m³), durante a primeira fase (CETESB, 2004). Nas atividades humanas durante a segunda fase, distantes das vias expressas, a concentração interna (842 µg/m³) foi vinte vezes maior do que a externa (42 µg/m³). Com relação à infiltração de ar nos ambientes, as aberturas e suas disposições influíram na concentração em massa e em número de aerodispersóides, sendo atribuída essa relação ao fato de haver ventilação natural ou condicionamento de ar.

Na interface com o ambiente interno, observou-se na primeira fase da pesquisa que a concentração média em massa foi de 95 µg/m³ e a concentração média em número foi de 10675 part./cm³. Na segunda fase da pesquisa, a concentração média em massa foi de 842 µg/m³ e a concentração média em número foi de 88213 part./cm³. Da primeira fase da pesquisa (edifícios diversos), para a segunda fase (apartamento modelo), as concentrações indicaram que as atividades humanas domésticas foram responsáveis pela maior emissão e ressuspensão dos aerodispersóides do que o envelhecimento natural dos materiais, reação

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fotoquímica, umidade, produtos químicos e interação entre eles; pois as concentrações foram maiores na segunda fase da pesquisa.

Na interface de projetos dos edifícios, observou-se que as quantidades e as dimensões das portas e das janelas permitiram maior ou menor ventilação, diminuindo ou aumentando as concentrações de aerodispersóides nos ambientes. Observou-se também que nos ambientes com sistema de ventilação natural, a concentração média de aerodispersóides foi em geral maior do que nos ambientes com sistema de condicionamento de ar. Em nenhum edifício houve barreiras contra os poluentes do ar, como por exemplo, vegetação, brise-soleil e muro, entre outros.

Na interface com o usuário, verificou-se que todos estavam na idade adulta, com exceção das clínicas médicas. Observou-se que as concentrações médias em massa e em número de aerodispersóides, durante as atividades humanas domésticas (cozimento, reforma, limpeza, entre outras), foram aproximadamente várias vezes maior do que as concentrações com atividades humanas profissionais ou em ambientes com menor ocupação durante o dia. Quanto às doenças e aos sintomas, sabe-se que os principais problemas são as respiratórias e circulatórias (TSE et al., 2004).

6. CONCLUSÕES

Com o trabalho desenvolvido foi possível avaliar a qualidade do ar interno com ênfase na concentração de aerodispersóides nos edifícios localizados na RMSP, concluindo-se que:

• Nos ambientes com sistema de ventilação natural, a concentração média de aerodispersóides foi em geral maior do que nos ambientes com sistema de condicionamento de ar, além da influência da localização.

• As atividades humanas domésticas foram responsáveis pela maior emissão e ressuspensão dos aerodispersóides do que a degradação dos materiais, as reações fotoquímicas, a umidade, os produtos químicos e a interação entre eles.

• As concentrações médias em massa e em número de aerodispersóides, durante as atividades humanas domésticas (cozimento, reforma, limpeza, entre outras), foram aproximadamente oito vezes maior do que as concentrações com atividades humanas profissionais ou em ambientes com menor ocupação durante o dia.

Neste sentido, há necessidade de repetir as medições mais vezes, para correlacionar a concentração de aerodispersóides com a prevalência de doenças ocupacionais nos diversos ambientes internos; a fim de evitar ou amenizar os sintomas relacionados com a Síndrome dos Edifícios Doentes (SED). Como se verificou na literatura internacional e em itens anteriores, existem problemas causados à saúde dos usuários que podem ter correlação com várias substâncias encontradas no ar de interiores, as quais estão acima dos valores referenciados.

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