Alfabetização Na Perspectiva do Letramento Caren Cristina Brichi Formadora PNAIC 2013/2014.
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Alfabetização Na Perspectiva do Letramento
Caren Cristina BrichiFormadora PNAIC 2013/2014
AS ações do PNAIC apoiam-se em quatro eixos de atuação:
1.Formação Continuada de Professores Alfabetizadores;2. Materiais Didáticos e Pedagógicos; 3. Avaliações;4. Gestão, Controle Social e Mobilização;
OBJETIVOS DA FORMAÇÃO
Formar professores alfabetizadores, para que possam:
• Entender a concepção de alfabetização na perspectiva do letramento,
• Aprofundar a compreensão sobre o currículo e direitos de aprendizagem ;
• Compreender a importância da avaliação , analisando e construindo instrumentos de avaliação e de registro de aprendizagem;
• Compreender e desenvolver estratégias de inclusão de crianças com deficiência visual, auditiva, motora e intelectual, bem como crianças com distúrbios de aprendizagem no cotidiano da sala de aula;
• Conhecer os recursos didáticos distribuídos pelo Ministério da Educação (livros didáticos e obras complementares aprovados no PNLD; livros do PNBE e PNBE Especial; jogos pedagógicos) e planejar situações didáticas em que tais materiais sejam usados;
• planejar o ensino na alfabetização, analisando e criando propostas de organização de rotinas da alfabetização na perspectiva do letramento;
• Compreender a importância de organizar diferentes agrupamentos em sala de aula, adequando os modos de organização da turma aos objetivos pretendidos;
• criar um ambiente alfabetizador, que favoreça a aprendizagem das crianças;
• Entender as relações entre consciência fonológica e alfabetização, analisando e planejando atividades de reflexão fonológica e gráfica de palavras, utilizando materiais distribuídos pelo MEC;
• Compreender a importância da literatura nos anos iniciais do Ensino Fundamental e planejar situações de uso de obras literárias em sala de aula;
• Conhecer a importância do uso de jogos e brincadeiras no processo de apropriação do sistema alfabético de escrita, analisando jogos e planejando aulas em que os jogos sejam incluídos como recursos didáticos;
• analisar e planejar projetos didáticos e sequências didáticas para turmas de alfabetização, integrando diferentes componentes curriculares, sobretudo a matemática, e atividades voltadas para o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita.
Direito à Educação Básica
Dominar: Leitura, Escrita e Cálculo Fortalecer:
Solidariedade Humana
Compreender: Ambiente Natural e Social
Aprender:Atitudes e Valores
Formação cidadã
LDB 9394/96 – Artigo 32: incisos I ao IV
Direitos de Aprendizagem :Ciências Naturais
Compreensão conceitual e
procedimental da ciência
Compreensão sóciocultural, política e
econômica dos processos e produtos
da ciência
Compreensão das relações entre
ciência, sociedade, tecnologia e meio
ambiente
Direitos de Aprendizagem : Geografia
Mundo físico
Mundo Natural
Realidade social
Realidade política
Direitos de Aprendizagem : História
Sujeitos históricos
Tempo históricoFatos históricos
Direitos de Aprendizagem :Língua Portuguesa
Leitura
Produção de textos escritos
Oralidade
Análise Linguística
Direitos de Aprendizagem : Matemática
Números e operações
Geometria
Grandezas e Medidas
Tratamento da
informação
ALFABETIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO LETRAMENTO
Estar alfabetizado significa ser capaz de interagir por meio de textos escritos em diferentes
situações; significa ler e produzir textos para atender a
diferentes propósitos, dominando e compreendendo
o sistema alfabético de escrita.
Unidade 1, ano 1, 2012
“Alfabetizar e letrar são duas ações distintas,
mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal
seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que
o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e
letrado” (SOARES, 1998, p. 47).
O ciclo de alfabetização deve garantir a inserção da criança na cultura escolar, bem como a aprendizagem da leitura e da escrita e a ampliação de seu universo de referências culturais, nas diferentes áreas do conhecimento.
A aprendizagem da leitura e da escrita deve ocorrer em situações em que as crianças se apropriem de conhecimentos que compõem a base nacional comum para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ensino Religioso).
É fundamental que o trabalho desenvolvido em sala de aula acerca da aprendizagem do sistema de escrita
alfabética parta da realidade da criança, daquilo que ela conhece, da escrita que a rodeia, e a partir desse
conhecimento prévio promover situações de aprendizagens desafiadoras, que despertem o interesse
desta em aprender a ler e escrever.
O aprendizado da leitura e da escrita não ocorre de forma espontânea, é preciso um trabalho de reflexão sobre as características do sistema de escrita alfabética. As crianças precisam entender como esse sistema funciona. A escrita é um sistema notacional. A escrita nota (grafa) ou representa algo e como a escrita faz essas notações é o que as crianças precisam entender. Compreender que o que a escrita alfabética nota são os sons das partes das palavras(fonemas) e que estes são representados por letras (grafemas), para então poder dominar suas convenções letra-som.
O trabalhar com gêneros textuais. O modo como as crianças se apropriam da linguagem escrita depende da intervenção do professor. Luria (1988) e Vygotsky (1989a) acreditam que a criança, por nascer imersa
num meio em que a linguagem escrita é parte integrante do contexto social, elabora certos conhecimentos acerca dos seus usos e das suas funções, antes de ingressar na escola.
Assim, o professor poderá ampliar as possibilidades de a criança vir a utilizar a escrita como instrumento que lhe permite alargar determinadas potencialidades humanas, como
as de registro, de transmissão e de recuperação de idéias, informações, conceitos etc.Nesse sentido, a produção e a leitura de textos se tornam
atividades que precisam ser privilegiadas durante a alfabetização.É por meio das relações interlocutivas que os sentidos são construídos e
reconstruídos e que os sujeitos se constituem.
O diálogo é essencial para que ocorra a aprendizagem. O diálogo que a criança estabelece com os colegas, com o professor, considerado um interlocutor
privilegiado, pois possui informações e conhecimentos que ajudarão a criança a aprender, e, também, o diálogo que a criança desenvolve com ela mesma, na
tentativa de elaborar individualmente as relações que se desenvolveram no plano interindividual. Como mostramos, as relações entre sons e letras são elaboradas no
plano verbal, ou seja, as crianças falam ao escrever ou pensam por meio das palavras. Por isso, é um equívoco considerar que o silêncio ajudará no processo de apropriação. A criança elabora o seu conhecimento a partir das "inter-ações" que estabelece com as outras pessoas, e esse é um mecanismo básico para qualquer
aprendizagem.
• Em relação a criança que inicia seu processo de alfabetização escolar o professor precisa pensar e conhecer:
- Quem é a criança que está com ele?- O que ela sabe sobre a linguagem escrita? - Como ele vai planejar, organizar suas aulas e suas
mediações?- Como saber se a criança aprendeu (avaliação)? (ZDP)
Quem está comigo?
qual a história dessas criança? (singularidade, heterogeneidade)
são crianças que vivem em áreas de vulnerabilidade social?
são crianças que convivem em grupos sociais de maior ou menor letramento?
o que elas sabem sobre a linguagem oral?
o que elas sabem sobre a linguagem escrita?
Falam dialetos diferentes?
Como planejar, organizar as aulas e as mediações?
- Direitos de Aprendizagem ou currículo: o que a criança precisa aprender
- Objetivo: o que eu quero que ela aprenda com a atividade proposta
- Diagnóstico: Partir daquilo que a criança sabe – Zona de desenvolvimento real - Vigotsky
- Imersão na cultura escrita: vivenciar experiências com a leitura e a escrita (Zona de desenvolvimento proximal)
- Alfabetizar: Sistema de escrita Alfabético – Sistema notacional, consciência Fonológica, relações entre fonemas e grafemas
Escolher as práticas que serão usadas
Estabelecer relações entre a escrita que está na sociedade e a escrita da escola.
Gêneros textuais, objeto central de estudo. ( forma natural pela qual usamos a língua para nos comunicar)
Propor atividades com os eixos da língua: oralidade, leitura, escrita (produção textual) e análise linguística
metodologia de projetos ou sequências didáticas, propondo um trabalho interdisciplinar com as demais áreas do saber.
organização do tempo, do espaço e dos materiais, rotina escolar
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
• Observação e registro;
• Auto-avaliação;
• Avaliação em grupo;
• Portifólio;
• Reflexão sobre erros e acertos do aluno e do professor;
• Dever de casa;
• Provas operatórias.
Trecho de livro
"O aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer."
Lev Vygotsky no livro A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores