Algumas práticas de conservação e recuperação de solos degradados
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Algumas práticas de conservação e recuperação de
solos degradados
Daniel Winter HeckDouglas BertonceliGabriela Denardim
Kelly PazoliniLeticia Reis
Pollyana HammershimidtRafaele Cristina Negri
Matéria Orgânica
• Considerada componente essencial de um solo e a sua perda resulta na degradação deste.
– Atua agregando as partículas do solo.
– Junto com as argilas age como reservatório de nutrientes e
água (reguladora da CTC)
– Alimento dos microorganismos.
– um solo produtivo é composto por menos de 5%.
– É a principal proteção à ação da erosão
Húmus
• Estágio final da transformação da MO
• Responsável por todas as características
desejáveis da MO
• A adição de MO bruta no solo leva até 5 anos
para ser transformada em húmus (relação C/N)
• Compostagem: método de aceleramento de
transformação
Causas da perda da MO
• Clima: os solos com o teor mais elevado de carbono orgânico situam‑se
nos climas mais frios e húmidos.
• Textura: textura fina contêm, em geral, mais MO que os solos grosseiros.
• Hidrologia: quantidade de oxigênio necessário para decomposição
• Mobilização das terras: aumenta a temperatura.
• Erosão: remoção das camadas superficiais do solo e do húmus.
• Vegetação: produzem raízes que se decompõem no solo, em
profundidade. O aporte de MO aos solos agrícolas depende de os resíduos
de culturas serem removidos ou deixados no local.
Adição de Matéria Orgânica
• Tornam-se claros os efeitos deletérios que a diminuição nos teores da
MO podem causar ao solo.
• As formas mais eficientes de se acumular matéria orgânica em um solo
são lentas.
• Etapas após adição da MO:
– Reconstituição dos teores de carbono orgânico
– Reconstituição da atividade microbiana
– Reconstituição da fertilidade
– Reconstituição da estrutura do solo
Métodos de adição de MO ao solo
• Cobertura vegetal
• Adubação verde
• Adubos orgânicos
.
Adição de MO ao solo
• Materiais orgânicos de diferentes naturezas têm
diferentes efeitos e duração sobre a agregação
do solo.
• Materiais de:
– Rápida disponibilidade à ação microbiana confere
de forma rápida, estabilidade aos agregados.
– Lenta disponibilidade, mais resistentes à
decomposição, demoram mais na estabilização de
agregados, no entanto sua ação é mais
duradoura.
Adubos Orgânicos
• Húmus de minhoca
• Esterco de gado, aves e suínos
• Lodo de esgoto
• Restos de curtume
• Lixo sólido e vinhaça.
• Alguns adubos, de outra forma, constituiriam problemas ao
ambiente.
• Tornam-se atraentes estudos que avaliem o uso destes materiais
na melhora da qualidade do solo.
RECUPERAÇÃO DE UM SOLO DEGRADADO COM A
APLICAÇÃO DE ADUBOS VERDES E LODO DE ESGOTO
MO
Gonçaleiro AF + f.-de-porco AF + Rabanete AF + B + Lodo
ADUBAÇÃO ORGANICA
“Na natureza nada se cria , nada
se perde, tudo se transforma”
(Lavoisier)
• O adubo orgânico: resíduos de origem
animal e vegetal: restos vegetais, restos
de alimentos, esterco animal e tudo mais
que se decompõem, virando húmus;
Principais vantagens no uso da MO
• Aumenta CTC
• Melhora agregação do solo
• Diminui plasticidade e coesão
• Diminui oscilações de temperatura
Origem
• Animal– Excrementos sólidos e líquidos dos animais – Bons fornecedores de nutrientes.
• Vegetal– Restos remanescentes após as safras
• Resíduos urbanos– Águas residuais provenientes das residências
ou o lixo coletado separadamente.
Adubação orgânica
• Dejetos de animais podem favorecer a
perda de nutrientes por erosão hídrica,
mais do que a utilização de adubos
minerais
– Maior facilidade de transporte pela
enxurrada (menor densidade)
– Maior concentração em superfície.Barrows & Kilmer (1963)
Adubação orgânica
– Curto prazo: proteção física ao impacto das
gotas da chuva.
– Médio e longo prazo: aumento no teor de
MO, melhorando suas propriedades físicas de
porosidade, estabilidade de agregados e
capacidade de infiltração de água e, assim,
reduzindo as perdas por erosão hídrica
Chorume de suíno
• Usado há muitos anos
– Plantio convencional se tornou um causador de
danos ao solo;• Há registros de erosão, perda da capacidade de
infiltração da água, contaminação de lençóis freáticos
e mananciais
– Gordura é responsável por estes problemas
(repele H2O);
– Plantio Direto – Palhada retém gordura;• Doses = tipo de solo
EROSÃO ENTRESSULCOS DE UM VERTISSOLO SOB CHUVA SIMULADA, E A INFLUÊNCIA DO GESSO AGRÍCOLA, POLIACRILAMIDA E DEJETOS DE SUINOS.
Pellegrini et al
PERDAS DE SOLO E ÁGUA E QUALIDADE DO ESCOAMENTOSUPERFICIAL ASSOCIADAS À EROSÃO ENTRE SULCOS EMÁREA CULTIVADA SOB SEMEADURA DIRETA E SUBMETIDA
ÀS ADUBAÇÕES MINERAL E ORGÂNICA
Bertol et al.2007
Cama de aviário
• Melhorias com adição de matéria
orgânica
– Aumenta capacidade de retenção de H2O
– Melhora aeração
– Cria ambiente para desenvolvimento da
microbiota
PERDAS DE ÁGUA, SOLO, MATÉRIA ORGÂNICA E NUTRIENTE POR EROSÃO HÍDRICA NA CULTURA DO MILHO IMPLANTADA EM ÁREA DE CAMPO NATIVO, INFLUENCIADAS POR MÉTODOS DE PREPARO DO SOLO E TIPOS DE ADUBAÇÃO ( cama de aviário)
Gilles et al, 2009
Adubação Química X Erosão
• Erosão (Silva, 2000)– Importante objeto de pesquisa– Zonas temperadas e tropicais– Perdas de solo– Processos – Técnicas conservacionistas– Pouca atenção à relação entre erosão e
produtividade
Adubação Química X Erosão
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
Objetivos:Caracterizar diferenças quimicas e físicas de um solo, em
classe de erosão conservada e outro degradado;Avaliar através da produção de biomassa, o efeito da erosão
na produtividade do solo nas duas classes de erosão;Avaliar a eficiencia de praticas de adubação nitrogenada associadas a técnicas de plantio direto e adubaçao verde
na recuperação de produtividade do solo
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
• Material e métodos
– Meruoca – Ceará; 1500 mm anuais
– ARGISSOLO VERMELHO AMARELO Eutrófico (EMBRAPA, 1999)
– Área conservada: Declividade 17%, solo coberto com palha de capim irrigado a mais de 10 anos, erosão laminar ligeira
– Área degradada: Declividade 17%, ausência de técnicas conservacionistas, uso predatório em agricultura de subsistência, erosão severa com remoção do horizonte A e exposição do horizonte B
– Coleta de solo para determinação das diferenças químicas e físicas
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
• Primeira etapa– Quatro parcelas de 40 m² em cada tipo de solo– Plantio do feijão de porco (Canavalia ensiformes)– 2 com adubação e 2 sem adubação
• Tratamentos– T1: Feijão de porco, área conservada, com adubação– T2: Feijão de porco, área conservada, sem adubação– T3: Feijão de porco, área degradada, com adubação– T4: Feijão de porco, área degradada, sem adubação
• Adubação de 60 kg de N/ha • Avaliações
– Biomassa úmida e seca– N° de plantas sobreviventes
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
• Segunda etapa
– Plantio Milho, cv. Master
– Seis repetições
• Avaliações
– Coleta de solo
– Altura de plantas
– Matérias seca da parte aérea
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
• Segunda etapa• Tratamentos
– T1: Milho, área conservada, com adubação após feijão de porco, sistema de plantio direto
– T2: Milho, área conservada, sem adubação após feijão de porco, sistema de plantio direto
– T3: Milho, área conservada, com adubação , sistema plantio convencional
– T4: Milho, área conservada, sem adubação, sistema plantio convencional
– T5: Milho, área degradada, com adubação após feijão de porco, sistema de plantio direto
– T6: Milho, área degradada, sem adubação após feijão de porco, sistema de plantio direto
– T7: Milho, área degradada, com adubação , sistema plantio convencional
– T8: Milho, área degradada, sem adubação, sistema plantio convencional
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
• Resultados e discussão– Primeira etapa
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
– Primeira etapa
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
– Primeira etapa
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
– Segunda etapa
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
– Segunda etapa
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
– Segunda etapa
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
– Segunda etapa
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
– Segunda etapa
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
ConclusãoÁrea conservada:
teores de N, K, Ca, MO, PÁrea degradada
10,95 e 9,7% biomassa úmida e seca de feijão de porco
Área conservada58,4% produção de biomassa de milho
Plantio direto8% de acréscimo na produção de biomassa na área conservada
Adubação rendimento de biomassa nos dois sistemas de manejo
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
ConclusãoÁrea conservada
PC: 20,7 vezes produção de biomassa
PD: 2,7 vezes produção de biomassa
Plantio direto + adubação nitrogenadaBenéfico a fertilidade do solo
dos teores de MO, N, P, K de Ca e MG
Plantio convencional + adubação nitrogenadaSistema antagônico a sustentabilidade
MO, N, Ca P e K
Avaliação preliminar dos efeitos da erosão e de sistemas de manejo na produtividade de um argissolo
na Serra da Meruoca – CearáCleire Lima da Costa Falcão, José Ronaldo Coelho Silva
Conclusão
A importância da conservação do solo esta claramente evidenciadaO PD sem adubo na área conservada foi superior ao PC adubado na área degradada, com acréscimo de 708,7%
“Portanto, recomenda-se a urgente necessidade de adoção de práticas de controle da erosão na Serra da Meruoca, visto que o PD foi mais eficiente que o PC na
conservação da água e em sua utilização, proporcionando maior produção e rendimento do milho.”
(Falcão & Silva, 2003)
Adubação Química X Erosão
• Não é responsável pela erosão diretamente
– Excesso de nutrientes
– Excesso de calagem e saturação por bases
– Solos com baixa fertilidade
Adubação química
• Excesso de nutrientes (Melo, 2006)– Falta de assistência técnica especializada– Custo dos adubos– “Medo” de não produzir
• Resultado– Elevado custo de produção– Contaminação do solo– Perda de produtividade– Desequilíbrio do solo e planta– Antagonismo
Excesso de nutrientes
• Salinidade (Dias et al. 2007)– Causas
• Uso intensivo de adubação• Baixa pluviosidade
– Interferência• Redução da absorção de água• Toxicidade de íons específicos• Interferência dos sais nos processo fisiológicos
– Resultado• Baixo desenvolvimento• Baixa cobertura vegetal• Solo com maior suscetibilidade a erosão
Salinidade do solo Maria Harumi Yoshioka, Marcelo Ricardo de Lima
O objetivo deste trabalho foi demonstrar os efeitos tóxicos em plantas na presença de salinidade e demonstrar o efeito do
potencial osmótico da água na absorção desta pelas plantas.Material e métodosCopos plasticos furados com solo comum e tres plantas de feijão por
copo, solução salina (sal de cozinha), água.
Resultados de discussão
Adubação química
• Calagem (Santiago & Rossetto, 2007)
– Objetivos• Eliminar a acidez do solo• Fornecer cálcio e magnésio• disponibilidade de fósforo• disponibilidade de alumínio e manganês• mineralização da matéria orgânica• Favorecer a fixação biológica de nitrogênio• agregação e compactação
Calagem
• Excesso de calagem (Pereira, 2005)
– Deficiência de cinco micronutrientes• Zinco• Boro• Cobre• Ferro• Manganês
– Deficiência de um macroelemento• Potássio
– Cálcio agente dispersante• Dispersão de partículas• Favorece a erosão
A calagem e as propriedades físicas de solos tropicais: revisão de literatura
Renato de Mello Prado
• Introdução– retorno econômico– Acidez limita o crescimento e produção– Rotina Supercalagem– Plantio convencional
• Incorporação 0 – 10 cm– Plantio direto
• Superficial 0 – 20 cm– disponibilidade de micronutrientes– Desequilíbrio nutricional– Alteração nas propriedades eletroquímicas– Dispersão das partículas
A calagem e as propriedades físicas de solos tropicais: revisão de literatura
Renato de Mello Prado
• OBJETIVO:Apresentar os resultados da literatura referente à importância da calagem e as suas implicações nas
características físico-químicas e em processos erosivos e propor manejo adequado dos solos para
condições tropicais.
• REVISAÕ DE LITERATURADENARDIN, 1984Monocultura de soja e milho nos CerradosUso intensivo de maquinas agrícolasSupercalagem na camada superficialFREITAS, 1992Qualidade física causando sua degradaçãoCompactação, erosão, poluição de mananciais hídricos, etc.
A calagem e as propriedades físicas de solos tropicais: revisão de literatura
Renato de Mello Prado
• A calagem e o efeito de agregação do solo
– Presença de sódio nos solos da região do semi-árido e árido – Uma das principais causas da argila dispersa, que restringe as
propriedades físicas destes solos (GOLDBERG; FORSTER, 1990)– Aplicação de sulfato de cálcio melhora suas condições físicas– Devido à substituição do sódio trocável pelo cálcio e, em seguida à
lixiviação dos íons sódio– A medida que o cálcio substitui o Na+1 através da reação de troca
catiônica, tem-se predomínio do Ca+2
– Cátions de maior valência e um aumento da concentração eletrolítica da solução
– Diminui a espessura da dupla camada, e conseqüentemente maior floculação do solo
A calagem e as propriedades físicas de solos tropicais: revisão de literatura
Renato de Mello Prado
• Calagem e o efeito de desagregação do solo
– Gupta, Bhumbla e Abrol (1984) avaliaram a dispersão em solos e as relações com o efeito sódico, matéria orgânica e carbonato de cálcio.
– O aumento da alcalinidade ou da relação de adsorção de sódio (RAS) aumentou também a dispersão de argila.
– O carbonato de cálcio e alta concentração eletrolítica mostraram-se favoráveis à floculação.
– A elevação da alcalinidade na presença de substâncias húmicas aumentou a dispersão de argila.
– Controle• Doses moderadas• Plantas de cobertura• Matéria orgânica
A calagem e as propriedades físicas de solos tropicais: revisão de literatura
Renato de Mello Prado
• A desagregação do solo e a erosão– Alterações na dispersão das argilas (Hallsworth, 1963;
Haridasan & Chibber, 1971)• Taxa de infiltração• Permeabilidade
– Erosão vertical (Hudson, 1977)
– O selamento superficial ou encrostamento no solo (Tavares Filho, 1987)
– A água com colóides em suspensão infiltra no solo– Tem-se a redução da condutividade hidráulica– Maior suscetibilidade à erosão “horizontal” – Perdas de nutrientes e água– Reduzindo a fertilidade do solo– Potencial produtivo da área agrícola
A calagem e as propriedades físicas de solos tropicais: revisão de literatura
Renato de Mello Prado
CONCLUSÃO• As alterações físico-químicas causadas pela calagem
propiciam aos solos tropicais, com cargas variáveis, ambiente favorável à dispersão de argila – Por meio da eluviação, torna possível a obstrução de poros em
camadas inferiores, modificando o movimento de água no solo e até a erosão
• Solos altamente intemperizados– Calagem deve ser moderada – Máximo valor pH (em CaCl2) igual a 6 – Saturação por bases de 80%
• Deve-se manter sistemas de produção com alto aporte de resíduo orgânico– A microbiota pode excretar no solo compostos orgânicos
agregantes
Adubação Química
• Solos com baixa fertilidade– Uso de baixa tecnologia– Assistência técnica deficiente– Solos com baixa fertilidade natural– Solos muito intemperizados
• Resultado– Baixo desenvolvimento da cultura– Baixa cobertura vegetal– Baixa quantidade de resíduo vegetal– Aumento da erosão
Cobertura do solo X Erosão
Práticas de Caráter Vegetativo
• Se valem da vegetação para proteger o solo contra a ação direta da precipitação e, conseqüentemente, para minimizar o processo erosivo;
• A manutenção de cobertura adequada no solo é um dos princípios básicos para a sua conservação. A intensidade da erosão será tanto menor quanto mais densa for a cobertura do solo.
Práticas de Caráter Vegetativo
• Florestamento e reflorestamento da área;
• Cobertura do solo com pastagem;• Cultivo em contorno;• Cultivo em faixas;• Cordões de vegetação permanente;• Faixas de retenção;• Uso de cobertura morta;• Rotação de culturas;• Cultivo mínimo do solo.
COBERTURA MORTA
• Cobertura do solo com resíduos orgânicos vegetais, tais como palhas, capins, serragem, maravalhas, etc.
Objetivos
• Dissipar a energia cinética (Ec) das gotas da chuva
• Evitar a obstrução dos macroporos• Favorecer o aumento da infiltração da água• Aumentar a retenção e armazenamento• Diminuir a amplitude da temperatura• Servir de fonte de energia para a
mesofauna e microorganismos do solo
Efeitos da cobertura morta no solo
• Controle da erosão– A cobertura morta evita o impacto direto da
gota da chuva no solo – Obstáculo a enxurrada
Efeitos da cobertura morta no solo
• Nos entressulcos– A energia cinética das gotas de chuva gera
intensas forças de pressão e cisalhamento, localizadas no ponto de impacto, que podem desagregar grandes quantidades de partículas do solo (Ellison, 1947; Al Durrah & Bradford, 1982).
Efeitos da cobertura morta no solo
– O transporte das partículas é realizado, pelo fluxo superficial raso
– Sob a ação do impacto das gotas da chuva, essa capacidade é aumentada
– O impacto das gotas de chuva produz turbulência no fluxo superficial, suspendendo e mantendo suspensas as partículas de solo desagregado (Ellison, 1947; Kinnel, 1988).
Efeitos da cobertura morta no solo
• A barreira física que os resíduos representam ao livre escoamento da água– Aumenta a rugosidade hidráulica– Aumentando a profundidade do fluxo que,
então, pode dissipar a energia de impacto das gotas da chuva (Mutchler & Young, 1975), reduzindo a taxa de desagregaçã.
Efeitos da cobertura morta no solo
• Nos níveis mais elevados de cobertura ocorre diminuição da turbulência – Há uma menor capacidade de desagregação e
transporte de sedimentos
Efeitos da cobertura morta no solo
• A infiltração no solo é aumentada– Há um menor escorrimento superficial
• A evaporação diminuir– proteção contra os raios solares
Efeitos da cobertura morta no solo
• Aumenta o teor de matéria orgânica do solo – trazendo benefícios às propriedades químicas,
físicas e biológicas
• Reduz a temperatura máxima do solo – Reflete parte da radiação solar, agindo
como um anteparo térmico– reduz a evaporação e mantém o solo
úmido
Efeitos da cobertura morta no solo
• Aumenta a atividade biológica do solo – Com a utilização da cobertura morta, há um
aumento da atividade de bactérias, fungos e de organismos maiores
• Melhora a estrutura do solo – A matéria orgânica decomposta forma
diversos ácidos orgânicos e, entre eles, alguns funcionam como colóides (ácidos poliurônicos) que melhoram a estrutura do solo pela formação de agregados
Efeitos da cobertura morta no solo
• Fatores negativos– Risco do fogo – Problemas de pragas e doenças (fonte de
inóculo) – Geadas – Efeitos alelopáticos na cultura – Imobilização de N
Cobertura Morta
A cobertura morta controla, em média, 53% das perdas de solo e 57% das perdas de água. Na cultura do café, a aplicação de uma cobertura de palha de capim-gordura, correspondente a 25 toneladas por mil pés, controlou 65% e 55% das perdas de solo e água, respectivamente. (RAIJ et al.,1993)
RELAÇÕES DA EROSÃO EM ENTRESSULCOS COM O TIPO E COM A QUANTIDADE DE
RESÍDUO VEGETAL NA SUPERFÍCIE DO SOLOJ. A. BRAIDA & E. A. CASSOL
RELAÇÕES DA EROSÃO EM ENTRESSULCOS COM O TIPO E COM A QUANTIDADE DE
RESÍDUO VEGETAL NA SUPERFÍCIE DO SOLOJ. A. BRAIDA & E. A. CASSOL
PERDAS DE SOLO E NUTRIENTES POR EROSÃO NUM ARGISSOLO COM RESÍDUOS VEGETAIS
DE CANA-DE-AÇÚCAR
MARCÍLIO V. MARTINS FILHO, THIAGO T. LICCIOTI, GENER T. PEREIRA, JOSÉ MARQUES JÚNIOR, RODRIGO B. SANCHEZ
Perdas de solo e agua por erosão em diferentes sistemas de manejo e coberturas
vegetais em solo Laterítico Bruno-Avermelhado distrófico (São Jerônimo) sob
chuva natural
F.L.F.ELTZ, E.A. CASSOL, I. SCOPEL, M. GUERRA
Perdas de solo e agua por erosão em diferentes sistemas de manejo e coberturas vegetais em
solo São Pedro (Podzólico Vermelho-Amarelo) sob chuva natural
F.L.F.ELTZ, E.A. CASSOL, M. GUERRA, P.U.R. ABRÃO
EROSÃO HÍDRICA EM DIFERENTES PREPAROS DO SOLO LOGO APÓS AS COLHEITAS DE MILHO
E TRIGO, NA PRESENÇA E NA AUSÊNCIA DOS RESÍDUOS CULTURAIS
I. BERTOL, N.P. COGO & R. LEVIEN
Rotação de Culturas
Conceito: Consiste em alternar, segundo uma seqüência racionalmente planejada, o plantio de diferentes culturas em uma mesma área.
Rotação de Culturas
Fatores• Culturas com valor econômico, que tenham
mercado e que se adaptem a região;• Sistemas radiculares diferentes (fasciculado,
pivotante e tuberoso);• Exigência em nutrientes diferentes;• Pragas e doenças (famílias diferentes, não
hospedeiras)• Intercalar culturas densas, que protejam
rapidamente o solo contra a erosão.• Uso de leguminosas: FBN
Rotação de Culturas
Deve-se considerar também, • Condições do solo;• Topografia;• Clima;• Mão-de-obra;• Implementos agrícolas disponíveis;• Características morfológicas e fisiológicas
das culturas;• Mercado consumidor disponível
Rotação de Culturas
Objetivo: Manter a produtividade do solo.– Cada cultura extrai do solo maiores
quantidades de determinados elementos minerais do que outras e, por possuírem diferentes sistemas radiculares, exploram diferentes profundidades do solo.
Monocultura: Acarreta a redução da capacidade produtiva do solo.
Rotação de Culturas
Pode-se utilizar:
– Pastagem de inverno (aveia, azevém, ervilhaca);
– Pastagem de verão (milheto, sorgo forrageiro);– Pastagens perenes (pangola, trevos,
brachiarias) ;
• 3 ou 4 anos seguidos de 2 a 3 anos de culturas anuais e retorno ao uso de pastagens.
Rotação de Culturas
Vantagens
• Melhor controle de plantas daninhas, pragas e doenças;
• Aumento do teor de M.O do solo;
• Melhor controle da erosão;
• Melhor aproveitamento das máquinas agrícolas;
Rotação de Culturas
• Melhor aproveitamento dos nutrientes existentes no solo;
• Possibilita a policultura;
• Aumento da produtividade e maior estabilidade de renda;
• Melhor aproveitamento do solo em várias profundidades.
INFLUÊNCIA DE ROTAÇÕES DE CULTURAS NAS PROPRIEDADES FÍSICOHÍDRICAS DE UM LATOSSOLO
VERMELHO EM PLANTIO DIRETOEURÂIMI DE Q. CUNHA, LUIZ C. BALBINO, LUÍS F. STONE,
WILSON M. LEANDRO, GERALDO C. DE OLIVEIRA
Adubação Verde X Erosão
Adubação verde
• Conceito tradicional
“Consiste na prática de se incorporar ao solo massa vegetal não decomposta, de
plantas cultivadas no local ou importadas, com a finalidade de preservar e/ou
restaurar a produtividade das terras agricultáveis”
(Chaves, J.).
Adubação verde
• Conceito Atual“Utilização de plantas em rotação, sucessão ou consorciação
com as culturas econômicas, incorporando-as ao solo ou deixando-as na superfície, visando-se a proteção
superficial, bem como a manutenção e melhoria das características físicas, químicas e biológicas do solo,
inclusive a profundidades significativas. Eventualmente, parte das plantas utilizadas como adubos verdes podem ter
outras destinações como, por exemplo, produção de sementes, fibras, alimentação animal (verde, fenada, ou
ensilada), etc.”
(Calegari et al, 1993).
Finalidade da adubação verde
• Proteger o solo da chuva de alta intensidade.– Dissipar a energia da gota– Reduzir o volume e a velocidade de escoamento das
enxurradas
• Manter elevada a taxa de infiltração de água no solo– Sistema radicular, cobertura vegetal. Decomposição etc.
• Promover grande e contínuo aporte de fitomassa– Manter ou até mesmo elevar, ao longo dos anos, o teor de
matéria orgânica do solo.
• Aumentar a capacidade de retenção de água do solo.
• Reduzir a oscilação térmica do solo – Diminuir a evaporação– Aumentar a disponibilidade de água para as culturas
• Recuperar solos degradados através da produção de raizes – Romper camadas adensadas – Promover melhor estruturação
– Podendo-se entender como um preparo biológico do solo ou a sua reestruturação orgânica.
Finalidade da adubação verde
• Promover mobilização e reciclagem mais eficiente de nutrientes.– Presença de sistema radicular profundo e ramificado (buscam
nutrientes de camadas subsuperficiais)– Alguns adubos verdes como, por exemplo, o tremoço-branco
aumentam a capacidade de solubilizar o fósforo não disponível.
• Diminuir a lixiviação de nutrientes como o nitrogênio na forma de nitrato (NO3).– Afeta o custo de produção das culturas e pode gerar
problemas de contaminação dos aqüíferos
Finalidade da adubação verde
• Promover o aporte de nitrogênio através da fixação biológica pelo uso das leguminosas
• Reduzir a população de ervas invasoras– Crescimento rápido e agressivo dos adubos verde (efeito
supressor e/ou alelopático).• Ex de alelopatia: cobertura morta de aveia-preta inibindo a
germinação do papua, e da mucuna sobre do desenvolvimento da tiririca.
• Ex. de supressão: redução na passagem de luz reduzindo a germinação de espécies fotoblásticas positivas.
Finalidade da adubação verde
• Apresentar potencial de utilização múltipla na propriedade agrícola.– Alimentação animal: Aveia, ervilhaca, trevos e serradela (de
inverno), guandu, caupi (feijão miúdo) e labe-labe (de verão) e alfafa e leucena (perenes).
– Alimentação humana: sementes ricas em proteinas como o tremoço, do caupi e do guandu.
– Produção de madeira e carvão vegetal: porte arbóreo como a leucena, a acácia negra e bracatinga
Finalidade da adubação verde
• Melhorar a eficiência dos fertilizantes minerais.
• Fornecer cobertura vegetal para preparos conservacionistas do solo.– Alem da quantidade, é muito importante a qualidade dos
resíduos vegetais (Velocidade de decomposição)
• Criar condições ambientais favoráveis ao incremento da vida no solo.– Melhorar a microbiota do solo
Finalidade da adubação verde
Sobre a adubação verde
• Técnica milenar
• No Brasil foi deixada em segundo plano devido ao uso crescente de adubos minerais– Apresentam vantagens como um aumento
rápido no rendimento das culturas
Adubação verde X Adubação Química
• Desvantagens da Adubação verde– Não adiciona nutrientes ao solo exceto o
nitrogênio (leguminosas)
– Apenas pode solubilizar alguns nutrientes como o fósforo (tremoço) ↑disponibilidade
Porém: Não se deve pretender a substituição da adubação química pela adubação verde e sim a sua complementação
Adubação Verde
• Retorno do uso da adubação verde– Solução para a degradação física, química e
biológica
– Seus benefícios se tornam mais evidentes quando é utilizada em um sistema racional de rotação de culturas na propriedade agrícola.
Vantagens
• Possibilitou o uso de solos arenosos e pobres em nutrientes.
• Reduz a temperatura do solo (ótimo em trópicos)
• Melhora a biologia do solo• Impede o impacto direto das gotas de chuva
sobre o solo• Aumenta a infiltração de água
CONSEQUENCIA: Diminui a erosão
Desvantagens
• Possível disseminação de pragas e doenças
• Período relativamente grande em que o solo fica sem produzir culturas econômicas
• Problemas advindos de culturas com alta relação C/N.– Imobilização dos nutrientes por muito tempo
Adubação verde no Paraná
• Poucas espécies eram conhecidas para adubação verde no Paraná.
• Após estudos do IAPAR juntamente com as cooperativas da ACARPA chegou-se a 16 plantas consideradas ideais– Inicialmente eram 96 plantas oriundas de
regiões de clima temperado, também de trópicos e sub-trópicos.
Adubação Verde no Paraná
• Por que no Paraná a adubação verde é realizada no inverno?– Apenas pequena parte das terras estão sob
cultivo (trigo, cevada etc)
– No verão o produtor deixaria de produzir grandes culturas (milho, soja)
• Na prática o agricultor não está disposto a deixar culturas rentáveis para se dedicar à culturas que aparentemente só trará despesas
Adubação Verde no Paraná
• No verão– Quando o feijão é colhido na passagem de ano,
ou colheita precoce de milho ou soja• Quando não há a intenção de uma segunda cultura
comercial
– Nas entrelinhas de uma cultura perene• Ex. milho na entrelinha do café
• Uso principalmente de– lab-lab, guandú, feijão de porco, crotalária,
mucuna anã, mucuna cinza, mucuna preta etc.
Características desejáveis à adubos verdes
1. Rápido crescimentoFechamento do solo
2. Grande quantidade de massa verdeMais tempo com cobertura do solo
3. Pouco exigente em fertilidadeRedução de custos
4. Fácil implantação e extinçãoGrande numero de sementesNão deve se tornar invasora
5. Ser capaz de aproveitar nutrientes indisponíveis para outras culturasRaízes profundas e agressivas
*Dinâmica do Nitrogênio
6. Resistência ao ataque de pragas e doenças, não ser hospedeiro, se possível, ser repelente e/ou abrigar predadores destas
Características desejáveis à adubos verdes
Características desejáveis à adubos verdes
8. Sistema radicular agressivo e volumoso
9. Influência positiva sobre as culturas comerciais.
• Fornecimento de N pela fixação simbiótica• Presença de substancias estimulantes ao melhor
desenvolvimento da cultura de valor comercial.
Adubação verde
Principais espécies utilizadas
1. Velocidade de cobertura
• Rápido crescimento– Acarreta uma rápida cobertura do solo– Reduz riscos de erosão quanto mais
rápido o fechamento– Controle de plantas daninhas
1. Velocidade de cobertura
2. Produção de massa
• No Paraná oscila entre 1 e 7t/ha– Devido as diferentes condições climáticas e de solo
• Em média a quantidade de matéria seca produzidos pela parte aéra situa-se ao redor de 3t/ha
• A parte radicular produz entre 0,5 e 3t/ha sendo a média de 1,6t/ha.
• No adubo verde são encontrados componentes facilmente degradaveis.
2. Produção de massa
3. Pouco exigente em fertilidade
• De todas as espécies consideradas para o plantio de inverno a colza é a mais exigente quanto aos nutrientes especialmente quanto ao nitrogenio.– Necessita de pelo menos 30 kg/N/ha durante a
semeadura ou após a mesma, em cobertura
4. Fácil Implantação
Tabela 1. características e condições de cultivo das principais espécies de adubação verde no Paraná
5. Dinâmica do Nitrogênio
• Algumas não leguminosas forneceram uma maior quantidade de nitrogênio total do que as leguminosas.
• Conforme a tabela, o nabo forrageiro e a aveia preta são particularmente adequados para absorver o nitrogênio deslocado para as camadas do subsolo e evitar ou reduzir perdas por lixiviação
9. Influência positiva sobre as culturas comerciais
• Efeito residual da adubação verde sobre a cultura subseqüente
– Para que o adubo verde seja utilizado
eficientemente via rotação de cultura é
necessário conhecer o seu efeito residual sobre
a cultura comercial
• Efeito residual da adubação verde sobre a cultura subseqüente
Conseqüências do uso da adubação verde
• Influencia sobre a temperatura e umidade– Maior sombreamento reflete em melhor
conservação da umidade do solo– Após o corte melhora o desenvolvimento da
cultura comercial• Menores oscilações de temperatura• Diminui o estresse hídrico• Aumenta a atividade dos microorganismos
Conseqüências do uso da adubação verde
• Ação direta contra a erosão
– A presença de resíduos vegetais na superfície
do solo aumenta a rugosidade hidráulica dessa
superfície, reduzindo a velocidade e
aumentando a profundidade do fluxo
superficial (Foster, 1982).
Incorporação da massa verde
• Pode ser realizado o corte, o rolamento ou enterrio
• Deve ser realizado no período de floração– Época de maior absorção de nutrientes e máxima
quantidade de massa verde
• Normalmente nesta fase a relação C/N é a mais estreita– Favorece o processo de mineralização.
•
Incorporação da massa verde
• No caso de enterrio a cultura deverá ser roçada no florescimento e deixada sobre o solo
• Vários conservacionistas recomendam:– Roçada no florescimento, gradagem leve e, posterior
semeadura da cultura em sistema de plantio direto.
• Esta maneira apresenta vantagens como:• Controle da erosão e de inços, que teriam dificuldade de
germinação e desenvolvimento sob a massa verde em decomposição na superfície do solo.
Métodos de formação da cobertura
• Roçadeira:– Constrói uma camada uniforme de massa
verde cortada sobre a superfície do solo
• Rolo Faca:– Decomposição mais lenta (não pica, apenas
esmaga a massa verde). Apresenta bons resultados em caso de plantas de porte baixo
Métodos de formação da cobertura
• Grade de disco– Deve ser regulada da altura em que a grade
apenas role sobre a superfície do solo sem formação de ranhuras.
• Método Químico– Aplicação de herbicidas, que causam a morte
das plantas sem danificar sua estrutura. A vantagem é o alto rendimento por área (de massa seca final)
Adubação verde
Para que os efeitos da adubação verde
sejam mais significativos no solo esta
prática deve ser repetida durante vários
anos.
Efeitos da erosão e de técnica de manejo
sobre a produção do algodoeiro
LACERDA, Nilda B. de and SILVA, José R.C.. Efeitos da erosão e de técnica de manejo sobre a produção do algodoeiro. Rev. bras. eng. agríc. ambient. [online]. 2006, vol.10, n.4, pp. 820-827. ISSN 1807-1929. doi: 10.1590/S1415-43662006000400006.
INTRODUÇÃO
• Solo Luvissolo– Alta fertilidade natural;– Utilizado com pecuária em regime de super-
pastejo e culturas de ciclo curto;– Pedregosidade superficial, mas não chega a
impedir totalmente a mecanização agrícola;,– Mecanização: sem nenhuma preocupação
conservacionista que possa minimizar a alta suscetibilidade à erosão;
– Crescente degradação: horizonte B textural já aflora pela remoção completa do horizonte A pela erosão.
INTRODUÇÃO
• Objetivo
– Caracterizar os efeitos da erosão e da conservação do solo nas propriedades de um Luvissolo e avaliar o comportamento da rotação algodão/adubo verde com e sem inoculação de rizóbio, na melhoria da produtividade do solo e do rendimento do algodoeiro.
MATERIAL E MÉTODOS
• Conduzido em casa de vegetação na Universidade Federal do Ceará (UFC);
• Substratos de um solo proveniente dos 20 cm superficiais do perfil de um Luvissolo de duas áreas encontradas naturalmente sob duas classes de erosão (ligeira e forte);
• Solo franco-arenoso.
MATERIAL E MÉTODOS
• Conservado (C) e degradado (D) – Dois tratamentos referentes à inoculação, ou
seja, com e sem inoculação (CI e DI);
• Delineamento experimental:– Inteiramente casualizado;– Tratamentos distribuídos em esquema fatorial
2 x 2 (classes de erosão x inoculação);– 6 repetições, totalizando 24 cilindros.
MATERIAL E MÉTODOS
• Unidade experimental – Cilindros de PVC com 53 cm de altura e 28,4
cm de diâmetro, contendo 11 kg de terra fina seca ao ar.
• Rotação do algodoeiro herbáceo (Gossypiumhirsutum L.r. latifolium Hutch ), cultivar CNPA 7H, em sucessão ao feijão-de-porco (Canavalia ensiformes).
MATERIAL E MÉTODOS
• 1ª fase:– 1) Feijão-de-porco em solo conservado com inoculação (CI)– 2) Feijão-de-porco em solo conservado sem inoculação (C)– 3) Feijão-de-porco em solo degradado com inoculação (DI)– 4) Feijão-de-porco em solo degradado sem inoculação (D)
• Rizóbio (F2 + B2 + C2);• Plantio: 5 sementes por cilindro;• Colheita determinaram-se:
– biomassa fresca, número de vagens por planta, grãos por vagem e rendimento da cultura caracterizada por produção de grãos (g por planta).
MATERIAL E MÉTODOS
• 2ª fase:– 1) Algodão em solo conservado após feijão-de-porco sem inoculação
(C)– 2) Algodão em solo degradado após feijão-de-porco sem inoculação (D)– 3) Algodão em solo conservado após feijão-de-porco com inoculação
(CI)– 4) Algodão em solo degradado após feijão-de-porco com inoculação
(DI).
• Uma planta por cilindro; • Irrigação com 1L de água destilada, 3x por semana;• Colheita:
– Altura de planta, matéria seca, número de maçãs, massa de capulhos e massa e número de sementes.
MATERIAL E MÉTODOS
• Após a colheita do algodão: solo em pousio;
• Em seguida, ser plantado novamente o feijão- de-porco, desta vez sem inoculação e, portanto, só com o efeito residual do inoculante no feijão anterior;
• O solo não passou por qualquer adubação química, seja corretiva ou de recuperação;
• Realizaram-se análises do solo com a finalidade de observar os benefícios da rotação de cultura com o feijão-de-porco e da adubação verde nas características do solo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Como nesta etapa o feijão-de-porco não foi inoculado e, sim, plantado em seqüência ao algodão, praticamente não ocorreram diferenças do solo conservado com inoculação com rizóbios (CI) em relação ao tratamento C
CONCLUSÕES
• Os efeitos prejudiciais da erosão e benéficas da conservação do solo, foram evidenciados em todas as propriedades físicas e químicas, particularmente no teor de matéria orgânica;
• As melhores condições físicas e químicas encontradas no solo conservado potencializaram os efeitos positivos da inoculação com rizóbios, associada à rotação de feijão-de-porco com o algodão.
CONCLUSÕES
• No solo degradado a inoculação do rizóbio não conseguiu superar a produção do não inoculado na cultura do algodoeiro sendo, porém, notável, a sua superioridade na cultura do feijão-de-porco.
• 4. As condições no solo degradado foram melhoradas pela rotação feijão-de-porco/algodão, principalmente em função da leguminosa ter sido usada como adubo verde