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Seminário Teológico Batista do Sudeste em Guarulhos Aliança no Antigo Testamento Carla Geanfrancisco e Marta Teresa Garbim

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Seminário Teológico Batista do Sudeste em Guarulhos

Aliança no Antigo

Testamento

Carla Geanfrancisco e Marta Teresa Garbim

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2 Carla Geanfrancisco e Marta Teresa Garbim

Seminário Teológico Batista do Sudeste em Guarulhos

Aliança no Antigo

Testamento

Guarulhos, Junho 2008

Monografia sobre o assunto:

Aliança no Antigo Testamento

para a disciplina Teologia do

Antigo Testamento ministrada

pelo Pr. Sergio Moreira no Curso

de Bacharel em Teologia – 6º

Semestre

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Aliança no Antigo Testamento Teologia do Antigo Testamento

3 Carla Geanfrancisco e Marta Teresa Garbim

Conteúdo O que é uma Aliança ........................................................................................................ 4

Cerimônia de Aliança no Antigo Testamento .................................................................... 5

Obrigatoriedade do sacrifício de animais ....................................................................... 5

Compromissos assumidos em uma aliança ...................................................................... 6

Alianças no Antigo Testamento ........................................................................................ 6

1. A Aliança de Deus com Noé - Gênesis 9:10: ....................................................... 6

2. A Aliança de Deus com Adão - Gênesis 1.28 -2,4 - 3:15: ................................... 7

3. A Aliança de Deus com Abraão - Gênesis 12:2: .................................................. 7

4. A Aliança de Deus com Moises - Êxodo 19:5: ..................................................... 8

5. A Aliança de Deus com Davi - II Samuel 7:16 ..................................................... 8

Quais os ensinamentos contidos na aliança ..................................................................... 9

1. Grande Amor de Deus ........................................................................................... 9

2. A base na qual estão firmadas ............................................................................... 9

3. Benefícios e compromissos .................................................................................... 9

Estrutura Formal das Alianças ou Pactos ......................................................................... 9

1. Transcendência (especificando a soberania do Deus que faz o pacto): ................10

2. Hierarquia (especificando a mediação da autoridade soberana daquele que criou o

pacto): ..........................................................................................................................10

3. Ética (especificando as estipulações do pacto): ....................................................11

4. Juramento (especificando as sanções solenes do pacto): .....................................11

5. Sucessão (especificando a transferência dos arranjos pactuais para o futuro): ....11

Conclusão Pessoal ..........................................................................................................12

Bibliografia .......................................................................................................................12

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4 Carla Geanfrancisco e Marta Teresa Garbim

O que é uma Aliança

Biblicamente aliança é um contrato, um pacto, acordo ou sociedade entre duas

pessoas ou duas partes em que se estabelecem compromissos de deveres,

obrigações e privilégios, objectivando um bem comum das partes.

O substantivo pacto significa: segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua

Portuguesa, (31) "ajuste", "convenção" ou "contrato". Estes três substantivos são

também usados para definir o significado do substantivo aliança. Diferentes

versões da Bíblia em português usam os substantivos pacto, aliança, acordo e

concerto para traduzir o substantivo hebraico berith que aparece cerca de 275

vezes no Antigo Testamento. Para todos esses sinônimos a idéia básica que

encontramos é a de união entre duas partes, um pacto ou acordo bilateral. No

entanto, até mesmo a etimologia do substantivo é grandemente discutida. Basta

passar os olhos por alguns dicionários de teologia ou livros que tratem

especificamente do assunto para verificar que há; entre os estudiosos grande

discordância. As posições mais defendidas são: (1) a de que berith é derivada do

assírio birtu, que significa "laço", "vínculo"; (2) a de que o substantivo tem origem

na raiz de barah, "comer," que aparece poucas vezes no Antigo Testamento (2

SM 3.35; 12.17; 13.5; 13.6; 13.10; Lm 4.10), e está relacionado com a cerimônia

que selava um acordo ou relacionamento entre partes; (3) a de que o substantivo

está ligado à preposição bein "entre.". De todas estas a primeira posição é a mais

aceita entre os estudiosos do Antigo Testamento. (34)

Da própria dificuldade em se estabelecer a origem e significado do termo berith

surgem às primeiras divisões no seio daqueles que defendem a teologia pactual.

Por exemplo, exatamente o que se quer dizer quando se fala em acordo? Isto

implica em que as alianças bíblicas sejam "bilaterais"? Não se pode negar que a

idéia de pacto traga consigo, no seu sentido mais natural, a bilateralidade, ou

seja, duas partes são envolvidas em um pacto. Vários pactos acontecem entre

duas pessoas, nações ou grupos na narrativa bíblica (Js 9.15; 1 SM 20.16; 2 SM

3.12-21; 5.1-3; 1 RS 5.12); em certos casos um pacto é feito para resolver uma

disputa entre partes (Gn 21.22-32; 26.26-33; 31.43-54).

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A palavra Hebraica (berîth) traduzida por Aliança geralmente significa

reciprocidade, enfatizando o relacionamento subjacente a todas as alianças. No

Antigo Testamento verifica-se dois tipos de aliança: aliança de respeito mútuo e

aliança de amor; entre iguais ou entre um superior e um súdito. As aliancas

divinas, porem, sao sempre deste ultimo tipo, e o conceito entre aliança entre

Deus e seu povo é uma das verdades teológicas mais importantes da Bíblia. A

aliança de respeito mútuo era feita no sentido exclusivo de não haver guerras

entre as partes aliadas, como a de Isaque e Abimeleque ( Génesis 26:28-29).

A aliança de amor (resed) envolve sacrifício, a oferta da vida por inteiro. Esse é o

principio da aliança de Deus com o ser humano retratado na Bíblia. Na verdade a

palavra em si passou a denotar as principais divisoes das Escrituras cristas: a

antiga e a nova aliança. (Antigo e Novo Testamento, respectivamente). O Antigo

Testamento trata da mesma aliança com aqueles que se rendem ao Filho de

Deus de todo coração, alma e entendimento (Mateus 10:37-39 ; 22:37).

Cerimônia de Aliança no Antigo Testamento

A cerimónia de aliança era marcada pelo sacrifício e o sangue derramado era o

selo da aliança. As partes envolvidas na aliança tomavam um ou mais animais e

os sacrificavam. Em seguida os partiam ao meio; cada metade representava um

dos envolvidos na aliança. E então as partes passavam entre as metades

significando que se uma delas falhasse naquele pacto a outra parte teria o direito

de fazer com ela o mesmo feito ao animal, ou seja: sacrificá-lo!

Deus fez esse tipo de aliança com Abraão (Génesis 15: 9-10,17,18).

Obrigatoriedade do sacrifício de animais

A palavra empenhada das partes envolvidas numa aliança não era suficiente para

firmar um pacto, pois é próprio do ser humano faltar com sua palavra,

especialmente se as circunstâncias lhe são desfavoráveis. O sacrifício do animal

lembrada o empenho do juramento que não poderia ser quebrado. Pois assim

como a vida do animal não poderia ser retornada, também a palavra não poderia.

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Ainda assim devemos lembrar que as alianças são divinas e soberanamente

estabelecidas, sendo decididamente desiguais: Deus infinito com o homem finito;

porém não são arranjos informais, casuais e inconsequentes. Porem sao

estabelecidos de uma maneira muito solene por meio de ações simbolicas

designadas. A maneira na qual eles são estabelecidos é muito significante.

A diferença fundamental entre as alianças humanas e as alianças pacto divino-

humano encontra-se na motivação do soberano Criador, que se propôs a criar e

sustentar a sua criação, estabelecendo assim um vínculo que, segundo a própria

Escritura, só pode ser um vínculo de amor.

Compromissos assumidos em uma aliança

Basicamente os compromissos assumidos numa aliança envolvia amor, confiança

e fidelidade. A aliança é compromisso de parte a parte, e cada uma tem suas

próprias responsabilidades que, unidas pelos laços do verdadeiro amor,

conduzem a unidade indivisível de pensamentos e atitudes. Os compromissos de

cada um sempre tem um objectivo comum com o outro. E ainda que os sacrifícios

de cada um sejam demasiadamente grande a força da aliança os leva a pensar

nos objectivos comuns que são ainda muito mais importantes.

Alianças no Antigo Testamento

A iniciativa em fazer Alianças foi sempre do Senhor Deus. Agindo livre e

soberanamente, movido por grande amor, Deus concede ao homem promessas

de vida, de paz e de bênçãos. Espera, porém, que o homem se mova a obedecê-

lo. Funcionando como um meio administrativo, pelo qual os relacionamentos entre

Deus e o ser humano, entre os seres humanos, e entre o homem e o restante da

criação deveriam se desenvolver. Os mandados são a expressão da aliança

(pacto) nessas três áreas (promessas de vida, de paz e de bênçãos).

São seis as Alianças feitas entre Deus e o homem no Antigo Testamento:

1. A Aliança de Deus com Noé - Gênesis 9:10:

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A aliança entre Deus e Noé é a primeira a ser mencionada no Velho

Testamento. As partes envolvidas nesta aliança são o doador e o receptor.

Deus foi o doador; Noé e toda a criação, seus receptores. E a aliança fora

feita para durar por todas as gerações, não apenas para a época de Noé. É

interessante notar que essa é a única das presentes no Velho Testamento

que não apenas inclui os seres humanos, como também todas as criaturas

viventes. Portanto, ela abarca toda a criação. Seu conteúdo era muito

simples - trata-se da promessa de Deus de que nunca mais destruiria a

Terra e seus habitantes com um dilúvio. O Senhor também incluiu um sinal:

o arco – Iris . Ele disse a Noé que, enquanto visse, o arco-íris relembraria a

promessa divina de não mais destruir a Terra com um dilúvio.

2. A Aliança de Deus com Adão - Gênesis 1.28 -2,4 - 3:15:

A Escritura mostra claramente que o pacto com Abraão é o mesmo que o

pacto com Israel. Quando Deus fez seu pacto com Abraão, ele o fez

também com a sua semente (Gn. 17:7), e quando Deus estabeleceu seu

pacto com Israel, ele deixou claro que ele estava apenas mantendo o pacto

que ele já tinha feito com Abraão, Isaque e Jacó (Ex. 3:15,16).

3. A Aliança de Deus com Abraão - Gênesis 12:2:

A aliança consiste em uma série de promessas da parte de Deus, sem

qualquer obrigação, em contrapartida, de Abrão: Deus conhecia o coração

de Abrão e a sua fé era suficiente para que fosse abençoado dessa

maneira.

Há várias características notáveis sobre o pacto com Abraão. A primeira e

mais importante é que esse pacto com Abraão, e dessa forma, também

com Israel, era absolutamente um pacto de graça. A grande revelação do

pacto em Gênesis 15 mostra isso.

O pacto de Deus é diferente, pois Deus e o homem nunca agem como

iguais no pacto. O pacto entre Deus e Abraão, de acordo com Gênesis 15,

foi um pacto completamente unilateral, estabelecido por Deus somente.

Quando Deus pactuou com Abraão ao andar entre os pedaços dos animais,

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Abraão estava dormindo profundamente. Abraão não teve nada a ver com o

estabelecimento daquele pacto. Em nenhum sentido o pacto dependeu

dele. Ele foi verdadeiramente um pacto de graça.

4. A Aliança de Deus com Moises - Êxodo 19:5:

As leis que Moisés recebeu de Deus eram a aliança entre Deus e o Seu

povo. O registro destas leis é transmitido em mais de três capítulos da

Bíblia (Ex 20:22-24:4). Eles trazem leis referentes ao altar, escravos,

assassinatos, ofensas civis, direito de propriedade, deveres sociais, éticos,

e muitos outros.

Quando Moisés deu ao povo a lei foi o mais importante dia na história do

povo peregrino, porque eles iriam estabelecer uma aliança com Deus. Isto

foi contado como o dia no qual "estes escravos hebreus se tornaram uma

nação". Eles tinham recebido uma revelação divina, e eles responderam a

isto entrando na aliança que Deus lhes ofereceu.

5. A Aliança de Deus com Davi - II Samuel 7:16

O resultado mais imediato da aliança davídica foi o estabelecimento do

reino do filho de Davi, Salomão, que deveria edificar um templo para o

Senhor (2 Samuel 7.11-13); o reinado de Davi passaria aos seus

descendentes: "Fiz aliança com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi:

a tua descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de

geração em geração" (Salmos 89.3-4). A condição para o cumprimento

dessas bênçãos seria a fiel obediência de Davi e de seus descendentes.

A vinda de um Rei messiânico e eterno, da linhagem de Davi, estava

implícito nesse concerto (Isaías 9.6-7). "Do trono de Jessé brotará um

rebento, e das suas raízes um renovo frutificará (Isaías 11.1; Miquéias 5.2-

4). Esse novo Rei seria chamado "O SENHOR, Justiça Nossa" (Jeremias

23.5-6).

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Cabe lembrar, que o próprio Antigo Testamento é chamado de Antiga Aliança

(Gálatas 4:24 - Hebreus 8:8,13). Sendo que a principal característica deste Antigo

Pacto foi a quem se destinava; ou seja, a Israel. O enfoque das Alianças Vétero

Testamentárias está sobre o povo de Israel (Romanos 9:4).

Quais os ensinamentos contidos na aliança

Há profundos ensinamentos contidos nas Alianças. Aquele que ama a Palavra de

Deus e possui interesse sempre renovado no que Nela está, encontrará

fundamento em seus ensinos:

1. Grande Amor de Deus

Em todas as alianças, desde a Adâmica até a Nova Aliança, firmada em Cristo, o

que se vê é o amor de Deus. É o Senhor Deus e não o homem quem propõe a

Aliança. A iniciativa é sempre Divina (Salmos 8:4).

2. A base na qual estão firmadas

A Antiga Aliança firma-se sobre a base da lei e das obras e todas suas promessas

se cumpririam após ser concretizada a obediência (Deuteronômio 28:1-14).

3. Benefícios e compromissos

Na Aliança está o Senhor Deus de um lado e do outro o homem. Ambos estão

pactuados na base de benefícios e Compromissos mútuos.

Estrutura Formal das Alianças ou Pactos

Os pactos antigos soberanamente estabelecidos entre reis imperiais

(“suseranos”) e reis menores, nações conquistadas e pessoas (“vassalos”)

frequentemente tinham uma estrutura quíntupla, geralmente encontrada na

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ordem abaixo. Uma breve introdução a essa estrutura nos ajudará a entender o

pacto de Deus, que também segue esse padrão pactual.

1. Transcendência (especificando a soberania do Deus que faz o pacto):

Usualmente um preâmbulo oferecendo uma declaração introdutória

identificando a soberania do rei que faz o pacto. Deuteronômio 1:1-3 serve

como o Preâmbulo para o pacto detalhado em Deuteronômio. No versículo

3 é dito que Moisés falou a Israel “tudo o que o SENHOR lhe mandara a

respeito deles”. O português “SENHOR” é uma tradução do hebraico

“Jeová”, que ocorre aproximadamente 6.000 vezes no Antigo Testamento.

Ele era o nome especial, redentor e pactual de Deus. Por esse nome ele se

fez conhecido a Israel um pouco antes da gloriosa libertação que tiveram

do Egito (Êx. 6:2-7). O nome Jeová fala imediatamente da majestade

exaltada de Deus e do seu glorioso poder.

2. Hierarquia (especificando a mediação da autoridade soberana daquele que

criou o pacto):

Um prólogo histórico resumindo a autoridade do rei e a mediação do seu

governo, ao lembrar das circunstâncias histórias delas. Em Deuteronômio

1:6-4:49 há uma breve repetição da história pactual de Israel, que tinha a

intenção de lembrar Israel do governo ativo e histórico de Deus sobre os

assuntos do mundo. Observemos três aspectos da hierarquia envolvida:

a) O SENHOR era o governador último de Israel. Ele graciosamente

conduziu e protegeu Israel no deserto e prometeu destruir seus inimigos

na Terra Prometida (Dt. 1:19-25, 29-31);

b) Debaixo do governo último de Deus foi estabelecido o governo imediato

de Israel por anciãos eleitos (Dt. 1:12-16). Esses deviam governar para

Deus (Dt. 1:17);

c) Sob a direção do governo de Israel, a nação deveria ser um exemplo

influente para as nações da bondade de Deus e do seu governo último

(Dt. 4:4-8). Em essência, eles seriam uma luz para o mundo,

ministrando pela autoridade hierárquica o governo de Deus no

mundo.12 Israel, como um corpo, era o representante de Deus na terra.

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3. Ética (especificando as estipulações do pacto):

Um detalhamento das estipulações legais definindo as éticas do viver fiel

debaixo do vínculo pactual. Em Deuteronômio as estipulações são

encontradas nos capítulos 5:1 até 26:19. No começo dessa seção estão os

Dez Mandamentos (Dt. 5:1-21), que são os princípios ou leis básicas e

fundamentais de Deus. As outras leis contidas em Êxodo, Deuteronômio e

outros livros são “leis da causa”, que ilustram como a “lei base” deve ser

aplicada a certas circunstâncias ilustrativas;

4. Juramento (especificando as sanções solenes do pacto):

A apresentação das sanções do pacto, especificando as promessas e as

advertências do pacto tomando-se um juramento formal. Em Deuteronômio

27:1-30:20 as sanções do pacto estão registradas. Essas sanções

encorajam a conduta ética prometendo recompensa e desencoraja a

rebelião ética ameaçando com maldições;

5. Sucessão (especificando a transferência dos arranjos pactuais para o

futuro):

Uma explicação dos arranjos transferindo o pacto às gerações futuras. Em

Deuteronômio 31-33 Moises está se aproximando da morte (31:2). Ele

encoraja a força e envolvimento futuro (31:6-8) de todas as pessoas,

incluindo as crianças (31:9-13). A obediência asseguraria a continuidade

futura das bênçãos sobre todas as suas tribos (33:1-29).

Claramente, a idéia pactual é um conceito fundamental na Escritura. A aliança é

claramente estruturada em termos concretos para evitar qualquer confusão

quanto às obrigações e responsabilidades.

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Conclusão Pessoal

Ao passar entre os pedaços dos animais, Deus declarou simbolicamente que ele

somente sofreria as conseqüências de qualquer quebra do pacto, como de fato ele

o fez na morte de seu Filho (Is. 53:8; Gl. 3:13). Por nossos pecados no pacto,

Deus, em Cristo, sofreu a penalidade sendo rejeitado e despedaçado.

Cristo expressou isso quando clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me

desamparaste?”. Assim, o pacto de graça revelado a Abraão foi cumprido em

Cristo.

O que me chama mais a atenção é justamente isso, a promessa a aliança do

Senhor já demonstrando a Graça. Em meu primeiro semestre no curso de teologia

tive a disciplina introdução ao antigo testamento I, e o professor Oduvaldo Carlos

de Medeiros ao descrever esta passagem me deixou perplexa, pois ele falava que

somente Deus era capaz de fazer um pacto com o homem sua criação, já sabendo

que ele não seria capaz de cumprir, como também sabia no Jardim do Éden, mas

mesmo assim, tem tanto amor que sempre o faz, demonstrando é um Deus

infinito, com conhecimento da finitude do homem.

Sua misericórdia é totalmente demonstrada em um dos livros mais importantes da

Bíblia em Deuteronômio por estar sendo sempre um Deus renovador das alianças.

Bibliografia

A. B. de Holanda Ferreira, Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 2ª

edição revista e aumentada (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986).

Dicionário Ilustrado da Bíblia / Editor geral Ronald F. Youngblood; co-editores F.

Bruce & R, K, Harrison; Tradução Lucília Marques Pereira da Silva ... [ET AL.]. ~~

São Paulo : Vida Nova, 2004.

House, Paul R., Teologia do Antigo Testamento; tradução Sueli Silva Saraiva). – São Paulo: Editora Vida, 2005.

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Aliança no Antigo Testamento Teologia do Antigo Testamento

13 Carla Geanfrancisco e Marta Teresa Garbim

Kenneth L. Gentry, Jr., Greatness of the Great Commission; Tradução Felipe

Sabino de Araújo Neto, www.monergismo.com.

Laird Harris, Gleason Archer e Bruce Waltke, Dicionário Internacional de Teologia

do Antigo Testamento (São Paulo: Vida Nova, 1998), verbete 282a;

Mauro Meister. “Uma breve introdução ao estudo dos Pactos II”, “Fides Reformata

4/1”, 1999.

Smith, Ralph L. (Ralph Lee), Teologia do Antigo Testamento; tradução: Hans Udo Fuchs, Lucy Yamakami – São Paulo: Vida Nova, 2001.