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Alimentação por sucção e suspensão Água alimento acima

do substrato Engolir não precisa de

saliva Movimentos do

predador ondas que afastam a presa

Sucção geração de pressão negativa na cavidade bucal Expansão do volume

Fluxo unidirecional plesiomórfico

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Alimentação por sucção e suspensão Salamandras

Larvas e adultos pedomórficos Brânquias externas e fendas

branquiais Fase expansiva abertura das

maxilas e abaixamento do aparelho hióide: expansão da frente para trás

Fase compressiva mandíbulas e aparelho hióide são elevados; água passa pelas fendas branquiais

Lobos labiais evitam a fuga da presa

Sucção assimétrica Cryptobranchidae; sínfise mandibular flexível

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Alimentação por sucção e suspensão Cecílias

Depressão hiobranquial rápida Fendas faringeanas

Anuros adultos Pipidae Hiobranquial totalmente deprimido antes da depressão

mandibular sucção máxima ao abrir a boca Água ejetada pela boca após a captura da presa

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Alimentação por sucção e suspensão Girinos

Condição derivada Suspensão fluxo de água contínuo

• Exceto Hymenochirus Partículas capturadas por filtro ou muco Partículas em suspensão pressão bucal negativa Água entra pela boca e narinas filtração na cavidade

faringeana sai pelo espiráculo: fluxo unidirecional Papilas na cavidade bucal direcionam partículas maiores Dentículos córneos raspagem e fixação no substrato Maxilas se abrem em até 180º Formas corporais correlação entre morfologia e história

natural

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Alimentação por sucção e suspensão Girinos

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Alimentação por sucção e suspensão Girinos

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Alimentação por sucção e suspensão Girinos

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Alimentação por sucção e suspensão Tartarugas

Sucção com pressão bucofaringeal negativa depressão da base do hiobranquial

Ausência de fendas branquiais Cabeça se move para a frente

presa se mantém imóvel

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Mecanismos de alimentação terrestre

Alimentação acinética e sem projeção da língua Cecílias

Crânio secundariamente rígido Dentes grandes, afiados e curvados Duas fileiras na maxila superior e uma na mandíbula Mecanismo duplo de adução da mandíbula adutor e

interhióide

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Mecanismos de alimentação terrestre

Alimentação acinética e sem projeção da língua Tartarugas

Adutores massivos e mandíbula curta mordida forte Mecanismo de retração da cabeça limita seu tamanho Abertura de um entalhe temporal (emarginação posterior) Ouvido médio expandido músculo passa sobre o

processo troclear• Pleurodira pterigóide• Cryptodira quadrado e/ou proótico

Bico córneo• Superfície ampla para trituração de presas com partes duras

(moluscos, artrópodes)• Ranfoteca com superfície cortante

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Mecanismos de alimentação terrestre

Alimentação acinética e sem projeção da língua Tartarugas

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Mecanismos de alimentação terrestre

Alimentação acinética e sem projeção da língua Crocodilianos

Abrem a boca erguendo a cabeça contração do depressor da mandíbula

Fechar a boca adutor da mandíbula pequeno, mas complexo; dois pares de pterigóideos massivos

Fechamento rápido focinho mais estreito Força focinhos mais largos Alimentação rotacional despedaçar a carcaça Região posterior do estômago

muito muscularizada; litofagia

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Mecanismos de alimentação terrestre

Alimentação acinética e sem projeção da língua Tuatara

Crânio mais leve Um par de dentes incisiformes na maxila e dois pares de

caniniformes na mandíbula; dentes no palato e fileiras de dentes marginais em ambos

Anfisbenas Crânio reforçado medialmente aos adutores espaço para

grandes músculos mandibulares Algumas espécies mandíbula se estende dorsalmente

• Elevação do ponto de inserção da mandíbula Arrancam pedaços de suas presas

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Mecanismos de alimentação terrestre

Alimentação com projeção da língua Salamandras

Grande maioria utiliza apenas a apreensão lingual na captura de presas

Golpeiam a presa com uma língua grande e úmida Contração dos depressores erguem a cabeça 60º Esqueleto hiobranquial amplo e

em V apóia a língua Língua músculos, cartilagens

e sinus cheios de fluido• Parte grudenta

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Mecanismos de alimentação terrestreAlimentação com projeção da língua Salamandras

Mais derivados Salamandridae e Plethodontidae Evolução facilitada por mudança na respiração

• Ambiente de correntezas rápidas Hiobranquial em Y Bolitoglossini desenvolvimento direto

• Larvas aquáticas utilizam o hiobranquial• Proporções dos certaobranquiais

Língua lançada Músculos protratores e retratores são disparados

simultaneamente Nervos enrolados Processamento visual visão estereoscópica

• Cada olho ambos os hemisférios cerebrais

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Alimentação com projeção da língua Salamandras

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Alimentação com projeção da língua Anuros

Puxão mecânico• Basais e maioria dos Hylidae• Contração de músculos mandibulares• Pouca projeção• Velocidade relativamente lenta• Presas relativamente grandes

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Mecanismos de alimentação terrestre

Alimentação com projeção da língua Anuros

Elongação por inércia• 7 clados distintos• Mecanismo de catapulta• Contração de músculos na mandíbula ponta da língua

endurece• Contração de músculo transversal propulsão• Até 180% do comprimento da mandíbula• Áreas grudentas adesão da presa• Presas artrópodes menores• Dependem quase exclusivamente da língua para a

alimentação

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Mecanismos de alimentação terrestre

Alimentação com projeção da língua Anuros

Elongação hidrostática• Hemisotidae, Microhylidae• Alimentação mirmecófaga• Língua possui volume fixo músculos a tornam mais

alongada e estreita ou curta e larga• Mais lento mais acurado

Ceratophrys• Cabeça grande, crânio bem ossificado, boca larga e dentes

afiados• Presas variadas vertebrados• Engolem inteiros

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Mecanismos de alimentação terrestre

Alimentação com projeção da língua Camaleões

Projeção em até 2 vezes seu comprimento (focinho-cloaca) Ponta da língua grudenta músculo acelerador em torno

de uma extensão do aparato hiobranquial Parte posterior com músculos longitudinais Depressão da mandíbula aparato hióide trazido para a

frente Presas menores apenas se prendem à extremidade Presas maiores forma um bolso que as agarra Supercontração 16% do comprimento

• Modificação ultraestrutural dos sarcômeros

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Mecanismos de alimentação terrestre

Alimentação com projeção da língua Camaleões

Precisão contração versus distância Olhos móveis e independentes Calculam a distância com apenas um olho Cristalino aumenta a imagem Retina larga e com alta densidade de cones

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Mecanismos de alimentação terrestre

Alimentação com projeção da língua Camaleões

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Cinese craniana Lagartos

Hábitos alimentares diversificados Maioria artrópodes Perda do arco temporal inferior estreptostilia

• Aumento na força da mordida Dois outros pontos de flexibilidade em potencial

• Entre o frontal e o parietal mesocinese• Entre o parietal e o supraoccipital metacinese• Flexibilidade do focinho; força da mordida

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Cinese craniana Lagartos

Iguania geralmente usam a língua para capturar presas• Condição plesiomórfica em Squamata• Adesão úmida• Superfície dobrada• Esmagamento palatal (língua e palato)

Scleroglossa geralmente usam as maxilas• Região anterior da língua especializada para a

quimiossensorialidade• Esmagamento puntuado (dentes)

Teiidae e Varanidae alimentação inercial• Alimento nas maxilas cabeça jogada para trás

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Cinese craniana Serpentes

Maior grau de cinese em tetrápodes Corpo robusto versus boca estreita Alimentação unilateral ossos dos lados direito e esquerdo

se movem alternadamente• Perda da sínfise mandibular, estreptostilia

Tamanho da presa massa e dimensões lineares Basais presas alongadas; constrição Colubroidea glândulas de Duvernoy Caixa craniana bem ossificada frontais e parietais

circundam o cérebro lateralmente• Perda da mesocinese e metacinese• Novo ponto de flexão procinese

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Cinese craniana Serpentes

Dentes maxilares se tornaramespecializados para a captura,e os palatinos, para otransporte medial

Flexão da coluna vertebral Mecanismos de captura de

presas Poucas espécies durofágicas Várias linhagens com dentes espatulados ligados às

maxilas por tecido conjuntivo• Se dobram quando a presa entra na boca, mas travam na

vertical se ela tenta fugir• Presas lagartos ápodes ou artrópodes

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Cinese craniana Serpentes

Ovífagos poucos gêneros especializados• Dentes vestigiais, pele do pescoço bastante elástica• Ovo só é quebrado no esôfago, por hipapófises• Casca é regurgitada• Ovos de casca mole dentes especializados para rasgar

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Cinese craniana Serpentes

Moluscívoros extração dos animais da concha Alterações morfológicas e fisiológicas para presas grandes

• Intestinos inativos até que a presa seja capturada• Massa do intestino delgado dobra em um dia• Grande aumento da taxa metabólica

Mirmecófagos maxilas curtas, poucos dentes e pouca abertura da boca

• Movimento para frente e para trás das maxilas

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Cinese craniana Serpentes

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Cinese craniana Serpentes

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Envenenamento Venenos potentes e complexos evoluíram várias

vezes mecanismos para sua injeção hipodérmica Primariamente captura de presas Secundariamente defesa Monstro de Gila (Heloderma)

Desertos na Am do Norte e Central Veneno conduzido nos cortes Presas animais pequenos Causa queda na pressão sangüínea e dificuldade em

respirar

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Envenenamento Monstro de Gila (Heloderma)

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Envenenamento Serpentes

Morfologia craniana cinética diversas estratégias de injeção de veneno

Glândulas de Duvernoy ligada, no desenvolvimento, a um par de presas

Opistóglifas• Presas sulcadas• Poucas quantidades de veneno, lentamente• Diminuição da coagulação, hemorragia interna extensa, perda

de pressão sangüínea e colapso circulatório

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Envenenamento Serpentes

Proteróglifas• Presas canaliculadas• Elapidae• Maioria presas alongadas• Interferência na transmissão

neuromuscular• Imobilização rápida

Solenóglifas• Presas rotação de 120º• Viperidae• Presas com grandes massas• Boca se abre mais, pele muito

elástica• Veneno com toxinas e enzimas• Rastreiam e engolem a presa

após sua imobilização

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Envenenamento Serpentes

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Envenenamento Serpentes

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Fossetas loreais Par de estruturas sensoriais Viperidae Série de estruturas pareadas Boidae Excelentes receptores de radiação infravermelha Informação superimposta à visão

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Herbivoria Baixo conteúdo de energia, compostos tóxicos,

paredes celulares indigeríveis Poucas linhagens Iguaninae Frugívoros e folívoros Microrganismos simbióticos fermentação no cólon Evolução grandes tamanhos corporais menor

agilidade e baixa taxa metabólica