Alterações funcionais decorrentes das

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRAUMATO ORTOPÉDICA E ESPORTIVA ADAIANA BRAVO LOURENÇO ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DECORRENTES DAS FRATURAS DE DIÁFISE DE FÊMUR EM ADULTOS JOVENS CRICIÚMA, DEZEMBRO 2010

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOTERAPIA

TRAUMATO ORTOPÉDICA E ESPORTIVA

ADAIANA BRAVO LOURENÇO

ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DECORRENTES DAS

FRATURAS DE DIÁFISE DE FÊMUR EM ADULTOS JOVENS

CRICIÚMA, DEZEMBRO 2010

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ADAIANA BRAVO LOURENÇO

ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DECORRENTES DAS

FRATURAS DE DIÁFISE DE FÊMUR EM ADULTOS JOVENS

Monografia apresentada à Diretoria de Pós-graduação da Universidade do Extremo Sul Catarinense- UNESC, para a obtenção do título de especialista em fisioterapia traumato ortopédica e esportiva. Orientador: Prof. Msc. Willians Cassiano

Longen

CRICIÚMA, DEZEMBRO 2010

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Dedico esta monografia a minha família, da

qual considero meu porto seguro, meu orgulho

e minha fonte de alegria.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por guiar meus passos sempre pelo

caminho do bem.

Aos meus pais o carinho, compreensão e apoio em todas as

fases da minha vida.

Ao meu orientador professor Willians Cassiano Longen, pelas

cobranças e dicas conduzindo meu trabalho com eficácia.

Agradeço a fisioterapeuta Neide Disner Colombo, por permitir a

coleta de dados dos prontuários de avaliação da Clínica Movimento – Oficina

em Fisioterapia depositando em mim confiança para a realização deste

trabalho.

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RESUMO

Este estudo tem como tema: Alterações Funcionais Decorrentes das Fraturas de Diáfise de Fêmur em Adultos Jovens. O intuito deste trabalho foi de fazer um levantamento em prontuários de avaliação para conhecer as alterações funcionais que prevalecem os pacientes com fratura de diáfise de fêmur.Os objetivos específicos levantados na pesquisa foram: identificar as principais causas que levaram as fraturas de diáfise de fêmur; apontar os sintomas mais comuns destes pacientes; verificar como se encontra a independência funcional dos pacientes; qual prevalência de sexo e idade; levantar os prontuários de avaliação envolvendo os aspectos funcionais dos pacientes em uma Clínica de Fisioterapia em Criciúma. Foi constatado 58 casos de pacientes com fratura de diáfise de fêmur no período de janeiro de 2008 a novembro de 2010. Conclui-se que a maior frequência é do sexo masculino com 38 casos (65,51%); em relação à faixa etária a maior foi de 20 a 30 anos de idade com 21 casos (36,2%); verificou-se um maior aumento segundo o membro inferior afetado do lado esquerdo com 35 casos (60,35%); em relação à etiologia obteve-se a maior causa em acidente de carro com 23 casos (39,60%); e por fim a alteração funcional que mais prevaleceu foi a de hipotrofia ou hipertrofia muscular da coxa com 24,13%. Considera-se, portanto, que a lesão é uma ocorrência lamentável da vida cotidiana. Enquanto alguns indivíduos sofrem lesão de maior gravidade mais frequentemente do que outros, ninguém é poupado da dor, do transtorno e da incapacidade causados por uma lesão. Qualquer lesão é acompanhada por custos físicos, emocionais e econômicos inevitáveis, assim como por perda de tempo e da função normal. Palavras-chave: fratura de diáfise de fêmur; alterações funcionais; etiologia;

prevalência de sexo e idade.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Classificação AO das fraturas diafisárias .......................................25

Figura 2 – Distribuição de frequência e percentual dos pacientes segundo o

sexo................................................................................................................35

Figura 3 – Distribuição de frequência e percentual dos pacientes segundo a

faixa etária .....................................................................................................36

Figura 4 – Distribuição de frequência e percentual dos pacientes segundo o

membro inferior (lado).....................................................................................37

Figura 5 – Distribuição de percentual dos pacientes segundo a etiologia da

fratura.............................................................................................................38

Figura 6 – Alterações Funcionais encontradas nos prontuários.....................39

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AO – Arbeitsgemeinschaft Fur Osteosynthesefragen

ADM – Amplitude de Movimento

PAF – Projétil de Arma de fogo

MMII – Membros Inferiores

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO:::::::::::::::::::::::..::.09

2 REFERENCIAL TEORICO ::::::::::::::::::::13

2.1 Base Anatômica da Região Femoral ....................................................... 13

2.1.2 Divisões Regional da Coxa ................................................................... 13

2.1.3 Região Anterior ..................................................................................... 13

2.1.4 Região Medial........................................................................................15

2.1.5 Região Posterior....................................................................................15

2.2 Vascularização..........................................................................................19

2.3 Osteologia Femoral...................................................................................21

2.4 Fratura da Diáfise Femoral.......................................................................22

2.4.1 Mecanismo de Lesão.............................................................................23

2.4.2 Consolidação Óssea..............................................................................23

2.4.3 Quadro Clínico e Diagnóstico................................................................24

2.4.4 Classificação da Fratura........................................................................25

2.4.5 Complicações........................................................................................26

2.5 Alterações Funcionais nas Fraturas.........................................................27

2.6 Tratamento................................................................................................28

2.6.1 Tratamento Clínico.................................................................................29

2.6.2 Tratamento Fisioterapêutico..................................................................29

3 MATERIAIS E METODOS ......................................................................... 32

3.1 Classificação do Estudo .......................................................................... 32

3.2 Local e Caracterização da Amostra ......................................................... 32

3.3 Instrumento de Pesquisa..........................................................................32

3.4 Procedimento para Coleta dos Dados......................................................33

3.5 Procedimentos para Analise dos Dados...................................................34

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ........................................... 35

5 CONCLUSÃO ........................................................................................... 42

REFERÊNCIAS ............................................................................................. 43

APÊNDICE .................................................................................................... 47

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1 INTRODUÇÃO

Fratura é a perda da capacidade do osso de transmitir

normalmente a carga durante o movimento, por perda da integridade

estrutural. As fraturas da diáfise do fêmur são lesões graves, decorrentes de

forças violentas, muitas vezes associados a comprometimento de outros

órgãos e que podem determinar deformidades e sequelas ao paciente, em

função de complicações imediatas ou tardias (LIVIA, 2007; FERNANDES et

al, 2002).

Muitos são os fatores que contribuem para ocorrência das

fraturas da diáfise femoral, normalmente de trauma de alta energia. A maioria

delas ocorre em adultos jovens durante acidentes de trânsito, quedas de

altura ou ferimentos por arma de fogo. Sua maior resistência deve-se à

presença das forças musculares e de sustentação do peso corporal, sendo

necessária força de 250 newtons/metro para fraturar a diáfise de adultos

jovens. O mecanismo mais comum de lesão é a carga de flexão, resultando

em uma fratura transversa. Lesões de alta energia causam graus variados de

cominuição da fratura prejudicando a qualidade de vida do ser humano

(FREDERICO, 2007; CARMO, 2005).

A lesão é uma ocorrência lamentável da vida cotidiana.

Enquanto alguns indivíduos sofrem lesão de maior gravidade mais

frequentemente do que outros, ninguém é poupado da dor, do transtorno e da

incapacidade causados por uma lesão. Qualquer lesão é acompanhada por

custos físicos, emocionais e econômicos inevitáveis, assim como por perda

de tempo e da função normal (WHITING & ZERNICKE, 2001).

Mesmo com a sobrevida após o trauma, muitos pacientes

sofrem importante comprometimento físico como resultado destas fraturas. A

perda funcional não se origina de qualquer problema relacionado ao processo

de consolidação da fratura, haja vista que o fêmur possui um envoltório

muscular que previsivelmente promove rápida consolidação das fraturas na

maioria dos casos. A incapacidade geralmente é resultado de encurtamento

pela fratura, desalinhamento da fratura ou imobilização prolongada da

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extremidade por tração ou aparelho de gesso, na tentativa de manter o

comprimento e o alinhamento da fratura durante as fases iniciais da

consolidação. Pequenos graus de desalinhamento e encurtamento podem

resultar em claudicação e artrose pós-traumática (BUCHOLZ &

BRUMBACK,1994).

Em vista do contexto teórico apresentado anteriormente aponta-

se o seguinte problema de pesquisa: Quais as alterações funcionais

decorrentes das fraturas de diáfise de fêmur?

Nessa perspectiva, para nortear o estudo, foram elaboradas a partir da

questão problema os seguintes pontos a investigar: Quais as principais

causas das fraturas de diáfises de fêmur ?; Quais as principais sintomas

relatados pelos pacientes com fratura de diáfise de fêmur ?; Que alterações

funcionais serão encontradas nos pacientes com fratura de diáfise de fêmur?

Em relação às repostas das questões norteadoras, as prováveis

hipóteses seriam: De acordo com o que foi encontrado, as principais causas

são os acidentes automobilísticos, atropelamentos, projéteis de arma de fogo,

ou quedas de grandes alturas (MORAES & BELANGERO, 2009).

A fratura da diáfise femoral ocorre em todas as faixas etárias,

mas ela é mais comum em adultos jovens (18 a 40 anos) e cerca de 10 a

15% são de fraturas expostas. Geralmente, o trauma de alta energia que

origina a fratura é um acidente automobilístico, com motocicleta,

atropelamento ou queda de altura significativa. O choque é grave e nas

fraturas fechadas à embolia gordurosa é comum. A perna fica em rotação

externa e pode estar encurtada e deformada e na coxa há presença de

edema e fica contundida. (APLEY 1998; SCHWARTSMANN 2003).

Em relação aos principais sintomas : dor, edema, limitação da

amplitude articular de joelho e quadril (HOPPENFELD & MURTHY,2001).

Imediatamente após a fratura as características variam

dependendo da causa e da natureza do trauma, em geral podemos encontrar

dor intensa, deformidade, edema, sensibilidade local acentuada, espasmo

muscular e na maioria dos casos perda da função (THOMSON, SKINNER &

PIERCY, 1994).

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Após uma fratura da diáfise de fêmur, o paciente quase sempre

apresenta rigidez do joelho. Neste caso a rigidez não é devido a problemas

de joelho em si, mas às aderências periarticulares e intramedulares que

impedem o livre deslizamento de umas fibras musculares sobre outras, e as

aderências entre os músculos e o fêmur (LIVIA, 2007).

Formulou-se o seguinte objetivo geral a investigar: analisar as

alterações funcionais decorrentes das fraturas de diáfise de fêmur. Citamos

como objetivos específicos: identificar as principais causas que levaram as

fraturas de diáfise de fêmur; apontar os sintomas mais comuns nos pacientes

com fratura de diáfise de fêmur; verificar como se encontra a independência

funcional dos pacientes; qual prevalência de sexo e idade; levantar os

registros de avaliação envolvendo os aspectos funcionais dos pacientes em

uma Clínica de Criciúma.

O trauma tem sido considerado, nos últimos anos “a doença do

século”, isso se deve ao fato da tecnologia nos trazer grandes obras e

eventos que nem sempre tem influência positiva na vida do ser humano. As

armas de fogo, os meios de transporte em geral, edificações e outras

intervenções realizadas pelo homem levaram a facilitação do cotidiano de

milhões de pessoas, mas, por outro lado, aumentarem cada vez mais o

número e a gravidade de lesões e mutilações do trauma e seus diversos

mecanismos.

O movimento é crucial para garantir a realização das

necessidades básicas diárias envolvidas na manutenção da qualidade de

vida. A manutenção da mobilidade e o deslocamento do indivíduo pelo

ambiente são essenciais para suas atividades funcionais, e contrariamente, a

restrição do paciente ao leito, além da dependência e suas complicações,

diminui a sua autonomia, o seu convívio social, interferindo na sua auto-

estima sensação e bem estar, podendo, eventualmente, desenvolver

processos depressivos.

O estudo em questão está organizado em cinco blocos

temáticos, que são compostos por capítulo 1,Introdução, no capítulo 2,

encontra-se o Referencial Teórico o qual apresenta como principais temas

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abordados: base anatômica de região femoral, divisões regionais da coxa,

região anterior, região medial, região posterior, vascularização, osteologia

femoral, fratura da diáfise femoral, mecanismo de lesão, consolidação óssea,

quadro clínico e diagnóstico, classificação da fratura, complicações,

alterações funcionais nas fraturas, tratamento clínico e fisioterapêutico.

O capítulo 3 vem traçar sobre o processo metodológico adotado

para realização e organização do estudo, como se apresenta a classificação

e os procedimentos adotados.

O capítulo 4 faz-se a amostra da apresentação, análise e

discussão do estudo.

O capítulo 5 refere-se as considerações finais, que

acompanham as Referências e Apêndice.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Base Anatômica da Região Femoral

Faz-se necessário uma revisão anatômica da região da coxa,

considerando-se que as fraturas da diáfise do fêmur causam danos a estas

estruturas, interferindo nas suas funções especificas e comprometendo todo

o membro inferior, quando relacionados com a vascularização e a inervação.

2.1.2 Divisões Regionais da Coxa

A estrutura da coxa apresenta-se dividida em três regiões

separadas por uma fáscia: região anterior, medial e posterior. Os principais

músculos envolvidos nas fraturas do fêmur são: gastrocnêmio,

semitendinoso, semimembranoso, bíceps femoral, quadríceps, psoas maior,

ilíaco, tensor da fáscia lata, piriforme, quadrado femoral, obturador interno,

obturador externo, gêmeo superior, gêmeo inferior, glúteo mínimo, glúteo

médio, glúteo máximo, sartório, pectíneo, adutor magno, grácil, adutor curto e

adutor longo.

2.1.3 Região Anterior

Os músculos que compõem a região anterior da coxa são:

sartório e o quadríceps femoral, que se divide em reto femoral, vasto lateral,

vasto medial, vasto intermediário e articular do joelho. O músculo sartório é o

mais superficial da região anterior da coxa. Trata-se de um músculo longo em

forma de fita e possui tendões achatados em cada extremidade. (GOSS,

1977).

Origina-se na espinha ilíaca ântero-superior e na área

imediatamente abaixo dessa estrutura. Dirige-se medial e inferiormente para

inserir-se na porção superior da face medial da tíbia, onde recobre os

tendões do grácil e do semitendinoso. O sartório forma o limite lateral do

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trígono femoral age principalmente como flexor de quadril e joelho, sendo

mais ativo durante a flexão do quadril (GARDNER, et al. 2000).

Sua inervação é feita pelo nervo femoral, envolvendo as raízes

L2 e L3. A área da pele que cobre este músculo também é suprida por L2 e

L3. O reto femoral ou reto da coxa origina-se por uma porção anterior da

espinha ilíaca ântero-inferior e por uma porção posterior ou refletida da face

póstero-superior da borda do acetábulo (PALASTANGA, FIELD E SOAMES,

2000).

As duas porções unem-se e continuam para dentro do ventre

muscular, o qual torna-se tendíneo na parte inferior da coxa, inserindo-se

parte na base da patela e o restante na tuberosidade da tíbia. A parte do

tendão de inserção entre a patela e a tuberosidade é conhecida como

ligamento da patela (BUCHOLZ & BRUMBACK,1994).

O músculo vasto lateral é um músculo espesso, localizado na

face ântero-Iateral da coxa, lateral ao reto da coxa. Origina-se na linha

intertrocantérica, trocânter maior, tuberosidade glútea, porção superior do

lábio lateral da linha áspera e septo intermuscular lateral. Suas fibras

musculares continuam em uma larga aponeurose que se une ao contorno

lateral do tendão reto da coxa. O volume muscular está situado

principalmente na metade superior da porção lateral da coxa, a partir da qual

um longo tendão origina-se e estreita-se para baixo à medida que se

aproxima da porção lateral da patela. O vasto lateral insere-se no tendão do

reto da coxa, na base e no bordo lateral da patela, no ligamento da patela e

no côndilo lateral da tíbia (GARDNER, et al. 2000).

O vasto medial é um músculo potente e espesso, que em geral

forma uma saliência característica na região medial inferior da coxa. Recobre

a face medial do fêmur, mas não está ligado a ele. Origina-se na linha

intertrocantérica, linha espiral e septo intermuscular media. Suas fibras

superiores passam principalmente para baixo, enquanto as inferiores tendem

a passar quase horizontalmente para frente. Estes dois conjuntos de fibras

musculares que constituem o vasto medial são considerados anatômica e

funcionalmente distintos, sendo que as fibras oblíquas denominadas vasto

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medial oblíquo inserem-se no tendão do reto da coxa, no bordo medial da

patela e na região anterior do côndilo da tíbia (DUTTON,2007).

O vasto intermédio forma a parte mais profunda do quadríceps

da coxa, localizando-se entre o vasto lateral e o medial, profundo ao reto

femoral. Apresenta uma origem muscular na face anterior e lateral nos dois

terços superiores do corpo do fêmur e na metade distal do septo

intermuscular lateral, onde se funde com o vasto lateral formando uma

origem óssea no lábio lateral da linha áspera e na linha supracondilar lateral.

Suas fibras musculares dão origem a uma aponeurose que se une à face

profunda do tendão do reto femoral e dos outros vastos. Por suas faces

superficiais, o vasto intermédio e o medial parecem ser unidos, mas suas

origens ósseas são separadas por um estreito intervalo (GARDNER,et al.

2000).

Algumas fibras profundas do vasto intermédio são originadas de

uma pequena área no terço inferior da superfície anterior do fêmur, que se

direcionam inferiormente para fixar-se na parte superior da bolsa suprapatelar

do joelho, localizado profundamente ao vasto intermédio, constituindo o

músculo articular do joelho. Sua principal função é impedir que a membrana

sinovial seja aprisionada e interfira nos movimentos normais do joelho

(PALASTANGA, FIELD E SOARES, 2000).

O quadríceps femoral, incluindo o articular do joelho, é suprido

pelo nervo femoral, pelas raízes L2, L3 e L4. A pele que cobre o quadríceps é

inervada pelas raízes de L2 e L3 (GOULD,1993).

2.1.4 Região Medial

Os músculos que compõem a região medial da coxa são: adutor

longo, adutor curto, adutor magno, pectíneo e grácil. O adutor longo é um

músculo longo, delgado, triangular, que se origina na face femoral do corpo

do púbis, abaixo da crista (GARDNER, et al. 2000).

Suas fibras direcionam-se inferior e lateralmente, espalhando-

se à medida que vão fixar-se no lábio médio da linha áspera. Tem ação de

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aduzir a coxa, sendo também capaz de flexionar a coxa estendida e de

estender a coxa flexionada (GARDNER, et al, 2000).

É inervado pela divisão anterior do nervo obturador pelas raízes

de L2, L3 e L4. A pele que cobre a área do adutor longo é inervada por L3. O

adutor curto é também um músculo triangular. Origina-se no corpo e no ramo

inferior do púbis, direcionando-se inferior, lateral e posteriormente para

inserir-se na parte superior da linha áspera, anterior ao adutor magno

(PALASTANGA, FIELD E SOARES, 2000).

Realiza o movimento de adução da coxa. É inervado pela

divisão anterior do nervo obturador através das raízes nervosas de L2, L3 e

L4, sendo que a pele que cobre a área de adutor curto é suprida por L2

(KAPANDJU, 2000).

O adutor magno é o maior e mais posterior do grupo. Localiza-

se posterior ao adutor curto e adutor longo, anterior ao semitendinoso e o

semimembranoso. Este músculo é composto de duas partes, uma parte

adutora que se origina principalmente do ramo isquiopúbico inserindo-se na

linha áspera, e uma porção extensora que se origina na tuberosidade

isquiática e insere-se no tubérculo adutor localizado no topo do côndilo

medial do fêmur. Agindo como um todo, o músculo aduz a articulação do

quadril, embora a região posterior ajude na extensão do quadril

(KENDALL,2007).

Possui duplo suprimento nervoso. A parte adutora é inervada

pela divisão posterior do nervo obturador, suprida pelas raízes nervosas de

L2 e L3, e a parte extensora é inervada pela divisão tibial do nervo ciático,

suprida pela raiz L4. A pele que cobre a região medial da coxa é suprida

principalmente a partir da raiz nervosa de L3 (PALASTANGA, FIELD E

SOARES, 2000).

O pectíneo é um músculo quadrilátero, localizado na região

superior e medial da coxa, profundamente na virilha. Constitui-se de duas

camadas, superficial e profunda, geralmente suprida por nervos diferentes.

Origina-se no ramo superior do púbis, na eminência ílio-púbica e no tubérculo

púbico. As fibras direcionam-se inferior, posterior e lateralmente para fixar-se

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na metade superior da linha pectínea do fêmur. O pectíneo flexiona e aduz a

articulação do quadril (HEBERT, 2009).

O suprimento nervoso ocorre através do nervo femoral a partir

das raízes nervosas de L2 e L3 e ocasionalmente pelo nervo obturador ou

obturador acessório através da raiz L3. A pele que cobre esta área é inervada

a partir da raiz de L1. (PALASTANGA, FIELD E SOARES, 2000).

O músculo grácil é longo e fino, sendo o mais superficial da

região medial da coxa. Apresenta sua origem na margem inferior do corpo e

do ramo inferior do púbis, direcionando-se inferiormente e desenvolvendo um

ventre fusiforme aproximadamente na sua porção média. Torna-se tendinoso

acima do joelho, cruzando a articulação antes de expandir-se para fixar-se na

parte superior da face medial da diáfise da tíbia. Atua principalmente como

um flexor do joelho, mas com o joelho semifIexionado ajudará na rotação

interna da perna sobre a coxa (GARDNER, et al,2000).

O suprimento nervoso ocorre através da divisão anterior do

nervo obturador, pelas raízes de L2 e L3. A pele que cobre esta área é

inervada pelas raízes de L2 e L3, a parte superior pelo nervo obturador e a

parte inferior pelo nervo femoral (PALASTANGA, FIELD E SOARES, 2000).

2.1.5 Região Posterior

A região posterior da coxa é composta por três músculos: bíceps

femoral, semitendinoso e o semimembranoso sendo que o bíceps femoral

apresenta duas porções, a porção curta e a longa. Este grupo muscular

recebe a denominação de isquiotibiais (RÉ, 2003).

O bíceps femoral situa-se na face posterior e lateral da coxa. A

porção longa origina-se na face medial inferior da tuberosidade isquiática

através de um tendão comum com o semitendinoso e da parte inferior do

ligamento sacrotuberal. A porção curta origina-se na metade inferior do lábio

lateral da linha áspera, da porção superior supracondilar lateral e do septo

intermuscular lateral. Na porção inferior da coxa as duas porções musculares

dão lugar aos tendões que se unem formando o limite lateral da fossa

Page 18: Alterações funcionais decorrentes das

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poplítea, inserindo-se na cabeça da fíbula. Parte do tendão é prolongada

para o ligamento colateral fibular, para o côndilo lateral da tíbia e para a

fáscia adjacente (SANTANA, 2003).

O músculo semitendinoso origina-se juntamente com a porção

longa do bíceps. Direciona-se inferiormente junto com o músculo bíceps da

coxa por uma curta distância, a seguir, forma um ventre muscular fusiforme.

Na porção média da coxa, seu ventre dá lugar a um longo tendão que cruza o

músculo semimembranoso e insere-se na fáscia da perna e na parte superior

da face medial da tíbia, profundamente ao sartório e distalmente ao grácil

(GARDNER, et al, 2000).

O semimembranoso situa-se na região póstero-medial da coxa,

na sua parte inferior, profundo ao semitendinoso. Origina-se através de um

tendão achatado da face lateral da tuberosidade isquiática e da porção

contígua do ramo do ísquio.

Apresenta suas fibras musculares na parte superior da coxa e

aproximadamente no meio da coxa começa o tendão de inserção, que

consiste em duas porções: superficial e profunda. Uma expansão da porção

superficial direciona-se para cima e lateralmente, formando o ligamento

poplíteo oblíquo da articulação do joelho.

O restante forma a fáscia do poplíteo e está ligado à borda

medial e à linha solear da tíbia. A parte profunda do tendão forma um cordão

espesso, que se estende para dentro e prende-se a um sulco no côndilo

medial da tíbia, profundamente ao ligamento colateral tibial, e uma curta

lingüeta que está presa a um tubérculo abaixo do sulco (WATKINS, 2001).

Considerando a ação muscular, os isquiotibiais cruzam as

articulações do quadril e joelho. São os principais extensores do quadril e

flexores do joelho, especialmente durante a marcha. Quando a perna e a coxa

estão fixas, eles podem estender o tronco. A habilidade dos isquiotíbiais para

atuar em uma das articulações depende da posição da outra (BROWN, 2004).

Assim, se o joelho estiver totalmente fletido, os isquiotibiais

estão de tal modo encurtados, que não se podem contrair mais e atuar sobre

o quadril. Do mesmo modo, se o quadril estiver totalmente estendido, os

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isquiotibiais estarão de tal modo encurtados que não poderão atuar sobre o

joelho. Os músculos semitendinoso e semimembranoso são inervados pela

divisão tibial do nervo ciático, envolvendo as raízes L5, S1, S2. A pele que

cobre o músculo é suprida principalmente por S2 (FERREIRA,2008).

A porção longa do bíceps femoral é inervada pela porção tibial

do nervo ciático, enquanto a porção curta é inervada pela porção fibular do

nervo ciático. As raízes nervosas de ambos são L5, S1 e S2. A pele que

cobre o músculo é inervada principalmente por S2 (PALASTANGA, FIELD E

SOARES, 2000).

2.2 Vascularização

As artérias da extremidade proximal do fêmur podem ser

descritas em três grupos: um anel arterial extracapsular localizado na base

do colo femoral; ramos cervicais ascendentes do anel arterial extracapsular

na superfície do colo femoral e as artérias do ligamento redondo. O anel

arterial extracapsular é formado posteriormente pela artéria circunflexa

femoral medial e anteriormente pela artéria circunflexa femoral lateral. As

artérias glúteas superior e inferior também dão pequenas contribuições a este

anel (DELEE, 1994).

Os ramos cervicais ascendentes originam-se do anel arterial

extracapsular e passam por cima da cápsula no sentido da cartilagem

articular que demarca a cabeça femoral do seu colo. Estas artérias são

conhecidas como artérias retinaculares. Anteriormente, elas penetram na

cápsula da articulação do quadril na linha intertrocanteriana, e posteriormente

passam por baixo das fibras orbiculares da cápsula. Esta estrita proximidade

das artérias retinaculares ao osso coloca-se em risco de lesão em qualquer

fratura do colo femoral (PALASTANGA, FIELD E SOARES, 2000).

A artéria do ligamento redondo é um ramo da artéria obturatório.

Embora os vasos deste auxiliem na vascularização da cabeça femoral, eles

são inadequados para assumir a nutrição principal da cabeça femoral após

uma fratura com desvio. O fêmur diáfise apresentam um suprimento

sangüíneo por uma única artéria nutridora, que é uma ramificação da artéria

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profunda da coxa e penetra na metade superior da diáfise, perto da linha

áspera. A artéria nutridora forma as artérias medulares no canal medular que

se estende proximal e distalmente (WOLINSKY E JOHNSON, 2000).

A drenagem linfática superficial do membro inferior acompanha

a veia safena longa no lado medial e a veia safena curta na região lateral. Os

vasos da região medial do membro convergem para o grupo vertical dos

gânglios inguinais superficiais em torno da veia safena longa próximo à

abertura safena.

O grupo horizontal de gânglios inguinais superficiais recebe linfa

da pele abaixo do nível do umbigo e da parte inferior do canal anal e da

genitália externa. Os vasos eferentes dos grupos de gânglios superficiais

passam através da fáscia cribriforme da abertura safena e terminam

principalmente nos gânglios ilíacos externos, sendo que alguns passam para

os gânglios inguinais profundos. Os vasos superficiais e a veia safena curta

perfuram o teto fascial profundo da fossa poplítea e drenam para dentro dos

vasos poplíteos (PALASTANGA, FIELD E SOAMES, 2000).

A drenagem profunda dos membros inferiores apresenta

poucos gânglios associados com os vasos profundos, que são geralmente

pequenos. O gânglio tibial anterior está situado sobre a parte superior da

membrana interóssea. Os gânglios poplíteos recebem os vasos tibiais

anteriores e posteriores e a drenagem linfática a partir do joelho, juntamente

com os vasos que acompanham a veia safena curta.

Os eferentes dos gânglios poplíteos passam para os gânglios

inguinais profundos, que se encontram sobre o lado medial da veia femoral.

Os gânglios inguinais profundos recebem alguns vasos dos gânglios

inguinais superficiais, e todos os vasos profundos descem do território da

artéria femoral. A partir dos gânglios inguinais profundos e superficiais, os

linfáticos deixam o membro inferior, passando através do canal femoral para

atingir os gânglios ilíacos externos (PALASTANGA, FIELD E SOAMES,

2000).

Page 21: Alterações funcionais decorrentes das

21

2.3 Osteologia Femoral

O fêmur, ou osso da coxa é o mais longo e pesado osso do

corpo, sendo que seu comprimento oscila entre um quarto e um terço do

comprimento do corpo. Estende-se desde a articulação do quadril, onde sua

cabeça arredondada articula-se com o acetábulo, até a articulação do joelho,

onde seus côndilos articulam-se com a tíbia e a patela. O fêmur é formado

por uma diáfise ou corpo, e duas extremidades, superior e inferior

(FERNANDA, 2009).

A cabeça do fêmur não é uma esfera perfeita, sua articulação é

congruente apenas na posição de sustentação de peso. Contudo, na cabeça

e no colo femoral existe um sistema de suporte formado por osso trabécula.

Esse sistema, no entanto, foi descrito por Ward em 1838, sendo ele comporto

por cinco grupos normais de trabéculas no fêmur proximal (FRÉZ, 2003).

O colo do fêmur conecta a cabeça à diáfise, apresentando

aproximadamente 5 cm de comprimento e formando um ângulo de 125° com

a diáfise. Este ângulo varia um pouco de acordo com a idade e o sexo.

Apresenta-se achatado nas suas superfícies anterior e posterior, formando

um bordo superior e um inferior, ambos arredondados, o superior côncavo no

seu eixo longo e o inferior reto. A superfície anterior junta-se à diáfise na

linha intertrocantérica a posterior, na crista intertrocantérica, a qual é

marcada no seu centro pelo grande tubérculo quadrado (MOORE, 1992).

A diáfise estende desde o nível do trocânter menor até a

dilatação dos côndilos,sendo ligeiramente arqueada e é mais estreita em seu

terço médio. Sua secção transversa é aproximadamente circular, exceto na

linha áspera que corre baixo pela face posterior, é a fixação para vários

músculos, além é claro, de reforçar posteriormente para contrabalancear com

as forças de flexão antero-posterior que ocorrem durante a sustentação de

peso (FERNANDA, 2009).

Percebe-se, no entanto, que o eixo anatômico do fêmur é

diferente do eixo de sustentação do peso, sendo que este último passa

através da cabeça do fêmur e do meio da articulação do joelho, formando 3º

Page 22: Alterações funcionais decorrentes das

22

com a vertical. O eixo femoral anatômico tem uma angulação em valgo de 7º

em relação ao eixo vertical (FRÉZ, 2003).

Os epicôndilos são duas proeminências ásperas situadas

proximalmente aos côndilos, sendo que o epicôndilo media! recebe a

inserção do ligamento colateral medial do joelho, e o epicôndilo lateral a

inserção para o ligamento colateral lateral do joelho. O epicôndilo lateral

apresenta-se menor e menos proeminente em relação ao epicôndilo medial

(FERNANDES, 2002).

Na região proximal do epicôndilo medial está situada uma

pequena proeminência óssea denominada tubérculo adutor. A superfície

articular da extremidade inferior do fêmur ocupa a face anterior, inferior e

posterior dos côndilos. Sua face anterior, a superfície patelar, articula-se com

a patela. A parte inferior e posterior da superfície articular constituem as

faces tibiais e articulam-se com os côndilos correspondentes da tíbia e

meniscos (GOOS, 1977).

2.4 Fratura da Diáfise Femoral

As fraturas da diáfise do fêmur são lesões graves, decorrentes

de forças violentas, muitas vezes associados a comprometimento de outros

órgãos e que podem determinar deformidades e seqüelas ao paciente, em

função de complicações imediatas ou tardias (FERNANDES et al, 2002).

São geralmente resultado de traumatismos violentos, tais como

acidentes de automóveis ou de motocicleta, pedestres atropelados, quedas

de locais altos ou ferimentos por arma de fogo. Porém, quando esta fratura

ocorre como resultado de um trauma leve, pode ser decorrente de uma

patologia existente no fêmur, como um tumor (AGARWAL, 2001).

Em todas as estatísticas se observa um forte predomínio destas

fraturas em pacientes do sexo masculino, em torno de 70%, sendo freqüente

em indivíduos jovens com idade média de aproximadamente 30 anos. A

maioria dos pacientes encontra-se na terceira ou quarta década de vida,

embora a idade possa variar muito (AGARWAL, 2001).

Page 23: Alterações funcionais decorrentes das

23

2.4.1 Mecanismo de Lesão

As fraturas da diáfise femoral são usualmente o resultado de

grande trauma, como os acidentes de automóveis, motocicletas ou

ferimentos a tiro. A direção e a quantidade de força absorvida influenciam nos

padrões da fratura, podendo ser uma força direta aplicada

perpendicularmente ao eixo do osso ou uma força aplicada ao fêmur em

direção axial. No idoso a fratura resulta de trauma de baixa a moderada

energia, como o resultado de uma força rotacional (WOLINSKY E JOHNSON,

2000).

2.4.2 Consolidação Óssea

Os eventos envolvidos na consolidação de uma fratura são

responsáveis pelo desbridamento, estabilização e, em última análise,

remodelagem do local fraturado. A consolidação pode ocorrer primariamente,

na presença de uma fixação rígida, ou secundariamente, na ausência de uma

fixação rígida.

A consolidação óssea primária ocorre com o contato direto e

íntimo entre os seguimentos fraturados. O osso novo cresce diretamente

através das extremidades ósseas comprimidas, a fim de unir a fratura. A

consolidação primária do osso cortical é muito lenta, e não pode unir lacunas

na fratura. Não existe evidência radiográfica de um calo de união com esse

modo de consolidação (AGARWAL, 2001).

Habitualmente a formação de calo ósseo ocorre

aproximadamente duas depois do momento da lesão. Esse é o único método

de consolidação de fratura quando é realizada uma fixação rígida da fratura

por compressão. A fixação rígida exige contato cortical direto e uma

musculatura intramedular intacta. O processo de consolidação depende

basicamente da reabsorção osteoclástica do osso, seguida pela formação

osteoblástica de osso novo (STANLEY E VASANTHA,2001).

Page 24: Alterações funcionais decorrentes das

24

A consolidação secundária denota mineralização e substituição,

por osso, de uma matriz cartilaginosa com um aspecto radiográfico

característico de formação de calo. Quanto maior for a mobilidade no local da

fratura, maior será a quantidade de calo. Esse calo de união externa aumenta

a estabilidade no local da fratura, por aumentar a espessura do osso. Isso

ocorre com a aplicação de um aparelho de gesso e fixação externa, bem

como com a aplicação de hastes intramedulares na fratura. Esse é o tipo

mais comum de consolidação óssea (LIVIA,2007).

Os três principais estágios de consolidação da fratura, conforme

descrição de Cruess e Dumont,são (a) fase inflamatória (10%), (b) fase

reparativa (40%), e (c) fase de remodelagem (70%). Essas fases se

superpõem, e os eventos que ocorrem principalmente numa fase podem ter

começado numa fase anterior (HOPPENFELD & MURTHY,2001).

2.4.3 Quadro Clínico e Diagnóstico

O exame físico inicial deve identificar lesões que representam

risco de vida, segundo os princípios do ATLS (Advanced Trauma Life

Support), e deve ser acompanhado da história do paciente (caso possa

fornece-Ias) ou com os socorristas (SILVA & CORREA, 2009).

A equipe deve proceder com o exame físico completo do

paciente. O exame da extremidade acometida deve iniciar com a palpação da

pelve, quadril e joelho, exame da pele procurando lesões de partes moles e

avaliação do estado neurológico e vascular do membro (SIZÍNIO, 2009).

Para o diagnóstico de uma fratura da diáfise do fêmur bastam

radiografias em incidências AP (antero-posterior) e perfil, não sendo

necessário nenhum exame de imagem complementar. Entretanto, é

importante incluir quadril e joelho, bem como uma incidência em AP (antero-

posterior) da bacia para evitar que fraturas ocultas dessa região passem

despercebidas (SILVA & CORREA, 2009).

Page 25: Alterações funcionais decorrentes das

25

2.4.4 Classificação da Fratura

As fraturas da diáfise do fêmur são classificadas de acordo

com sua morfologia e seu grau de cominuição

A classificação mais usada para a fratura é a AO ela procura

categorizar as fraturas em um crescente de complexidade e piora no

prognóstico. É baseada em radiografias de frente e de perfil e leva em

consideração o aspecto radiográfico da fratura (SIZÍNIO, 2009).

Ela divide as fraturas em tipos, grupos, subgrupos e acréscimos

codificados, permitindo uma detalhada classificação:

Figura 01- Classificação AO das fraturas diafisárias.

As fraturas do grupo A são as simples, cujo traço é único. Os

tipos de traço são: espiróide no subgrupo A1, oblíquo no A2 e transverso no

A3, obedecendo à tendência de piora do prognóstico segundo esses traços.

No grupo B estão as fraturas com cunha. No subgrupo B1 estão as fraturas

com cunha giratória, gerada por mecanismo torsional; no B2 as com cunha

de flexão ou de vergamento; no B3, as com cunha fragmentada. No grupo C

estão as fraturas complexas. No subgrupo C1 estão as cominutivas por

mecanismo torsional; no C2, as segmentares; no C3, as cominutivas não-

espiróides (PACOLA, 2003).

Page 26: Alterações funcionais decorrentes das

26

2.4.5 Complicações

Na maioria das fraturas, a consolidação ocorre favoravelmente,

e pouca ou nenhuma incapacidade permanece. Todavia, nem todas as

fraturas evoluem tão bem, podendo ter complicações inevitáveis de leves a

gravíssimas. As complicações são classificadas em intrínsecas e extrínsecas.

Intrínsecas: corresponde às complicações relacionadas à fratura em si

(ADAMS, 1994).

A infecção é praticamente limitada às fraturas expostas nas

quais a ferida é contaminada por germes trazidos do meio externo. As

fraturas fechadas podem infectar-se, quando convertida em fratura exposta

por uma intervenção cirúrgica. Retardo de consolidação: não há um limite de

tempo preciso no qual possa diagnosticar uma consolidação retardada, este

limite depende do osso afetado. (FREDERICO, 2007).

Geralmente se julga que uma fratura está com retardo de

consolidação se os fragmentos ainda se movem livremente três ou quatro

meses após o traumatismo. Se persistir por muitos meses, passa-se então

para a fase de não consolidação. As causas de retardo são as mesmas de

não consolidação, mas em grau menor. Não consolidação: se a fratura não

consolida em muitos meses, ocorrem alterações radiológicas características

que indicam que a consolidação não se processará. As extremidades ósseas

no local da fratura se tornam densas e arredondadas, enquanto que o traço

de fratura em si toma-se bastante evidente (LIVIA, 2007).

Consolidação viciosa: é a cura de uma fratura com

deformidade, ou seja, união dos fragmentos em posição incorreta. Ocorre em

grande número de fraturas, mas na prática o termo é reservado, para os

casos nos quais as deformidades resultantes têm significado clínico

(FERNANDES et al,2002).

O encurtamento de um osso após uma fratura pode ocorrer por

três causas: consolidação viciosa, com cavalgamento ou angulação dos

fragmentos; esmagamento ou perda de osso, como nas fraturas muito

cominutivas por compressão ou por ferimento de arma de fogo quando um

Page 27: Alterações funcionais decorrentes das

27

fragmento ósseo é atirado fora; e interferência com a cartilagem de

crescimento. As extrínsecas correspondem às complicações relacionadas a

lesões associadas. Lesão de grandes vasos: toda fratura provoca dano as

partes moles adjacentes em grau maior ou menor. Tais danos são na maioria

dos casos reparados espontaneamente com a cura da lesão

(SCHWARTSMANN et al. 2002).

Pode ocorrer lesão de uma artéria ou um vaso pode ser

secionado, contundido, obliterado por trombose, ou apenas temporariamente

ocluído por um espasmo. A conseqüência pode ser: aneurisma traumático,

supressão de suprimento sanguíneo no vaso lesado, com conseqüência gan-

grena, paralisia nervosa ou contratura muscular isquêmica (LIVIA, 2007).

Embolia gordurosa: embora pouco frequente, é uma das mais

graves complicações das fraturas e a despeito dos recentes avanços obtidos

em seu tratamento, geralmente é fatal. O fator essencial é a oclusão de

pequenos vasos sanguíneo por glóbulos de gordura (GUSMAO,2002).

2.5 Alterações Funcionais nas Fraturas

Imediatamente após a fratura as características variam

dependendo da causa e da natureza do trauma, em geral podemos encontrar

dor intensa, deformidade, edema, sensibilidade local acentuada, espasmo

muscular e na maioria dos casos perda da função (THOMSON, SKINNER &

PIERCY, 1994).

Alguns sinais clínicos como a dor, edema e limitação da

amplitude articular ainda permanecem mesmo após a redução e fixação da

fratura, permanecendo na maioria dos pacientes mesmo após a remoção da

fixação, por isso é imprescindível o conhecimento das fraturas de fêmur pelos

fisioterapeutas, com isso os mesmos se tornam aptos a ministrar o

tratamento de forma adequada, visando uma recuperação rápida e eficiente

do paciente. Ressalta-se que independente do tratamento ser cirúrgico ou

conservador, ambos terão seus pontos positivos e negativos. As

desvantagens do tratamento conservador podem ser: atrofia muscular e

Page 28: Alterações funcionais decorrentes das

28

óssea, retração ligamentar e capsular, rigidez articular e as alterações do

retorno circulatório, tudo isto ocasionados pela imobilidade prolongada

necessária no paciente. A imobilidade causa outras alterações como:

fraqueza do tecido conectivo, degeneração da cartilagem articular e formação

de contraturas (GABRIEL et al. 2001).

O processo de consolidação óssea se inicia no momento da

fratura, porém em sua evolução existe uma característica, o tecido reparado

é idêntico ao padrão histológico ao que existia antes da fratura, para melhor

entendimento do processo de consolidação óssea podemos dividi-lo em

fases sendo, formação de hematoma, proliferação celular, formação do calo

ósseo, consolidação e remodelação, sendo este o processo final de

reparação da fratura (LIVIA, 2007).

2.6 Tratamento

O tratamento das fraturas procura obter uma consolidação

adequada restabelecendo a função da extremidade afetada na sua máxima

capacidade. A técnica utilizada nas situações onde é obrigatória a cirurgia

deverá causar o menor número de lesões aos tecidos moles e ósseos, além

dos já sofridos (CRENSHAW, 1996).

O tratamento ideal das fraturas,devem ser reunidos o campos

da fisioterapia e traumatologia, os dois campos lidam com músculos,

ligamentos e ossos, e também com a mobilidade e o funcionamento do ser

humano, e esse intercambio interdisciplinar representa o tratamento ideal dos

problemas de fraturas. A criação de um contínuo que englobe traumatologia e

fisioterapia permite o tratamento mais perfeito e completo dos pacientes,

reduz o tempo de recuperação e proporciona uma sensação de segurança

aos pacientes (SIZÍNIO, 2009).

A reabilitação de uma fratura depende do tipo de fratura e da

fixação utilizada. Não podem ser redigidas prescrições perfeitas, em virtude

da existência de um enorme número de variáveis no âmbito de qualquer

diagnóstico. Em vez disso, fornecemos diretrizes para tratamento com base

Page 29: Alterações funcionais decorrentes das

29

na informação clínica, embora reconhecemos as sutilezas de cada fraturas,

de suas variações(HOPPENFELD & MURTHY,2001).

2.6.1 Tratamento Clínico

Existem varias técnicas para o tratamento das fraturas

diafisárias do fêmur, sendo que o cirurgião ortopédico deve estar ciente das

vantagens, desvantagens e limitações de cada delas, para que a pessoa

possa selecionar o melhor tratamento para cada paciente. Alguns fatores

podem influenciar o método de tratamento, como o tipo e a localização de

fratura, o grau de cominuiçao, a idade do paciente, suas condições sociais e

econômicas, entre outros (TAYLOR, 1996).

2.6.2 Tratamento Fisioterapêutico

O fisioterapeuta deve ter cuidados durante a reabilitação nas

fraturas de diáfise de fêmur, guiando a recuperação individualmente, pois

existem pontos importantes que ditam o tipo, intensidade e o ritmo da

recuperação: Tipo de tratamento realizado, estabilidade da fratura após a

osteossintese, formação do calo ósseo e a capacidade física do paciente

(SIZINIO, 2009).

A reabilitação adequada após uma fratura, é geralmente

determinada pela analise de um conjunto de fatores tais como: edema, dor,

mobilidade articular e força muscular. O exercício é a modalidade terapêutica

mais utilizado no campo da fisioterapia, prescrito no tratamento da maioria

das incapacidades físicas(JUNIOR,1993).

Um organismo ou tecido que não é solicitado descondiciona e

perde a capacidade que antes possuía, cabendo à fisioterapia envolver a

aplicação e o ajuste de treinamento, quanto ao tipo e quantidade, para que se

obtenha como resultado a adaptação desejada, sem lesão (BATTISTELLA E

SHINZATO, 1995).

Page 30: Alterações funcionais decorrentes das

30

A abordagem reabilitativa no tratamento das fraturas deve

iniciar-se, sempre que possível, logo após a conduta ortopédica,

conservadora ou cirúrgica. A partir daí, a integração entre a equipe cirúrgica e

a de reabilitação é de fundamental importância no sucesso do tratamento do

paciente. O encaminhamento para reabilitação deve ser precoce e as

informações referentes as intercorrências ou dificuldades observadas durante

o ato cirúrgico, restrições impostas pela patologia ou pela técnica cirúrgica,

devem estar claras para auxiliar no programa de tratamento (CHAMLIAN,

1999).

O autor explica que na fase precoce do tratamento conservador,

devemos posicionar o paciente adequadamente no leito, elevando a

extremidade acometida,favorecendo o retorno venoso e diminuindo o edema

pós-traumático; a movimentação das articulações não imobilizadas deve ser

incentivada, através de exercícios ativos livres ou ativos assistidos, bem

como exercícios isométricos, ativos, da musculatura acometida.

O exercício isométrico é uma forma de exercício que ocorre

quando um músculo se contrai sem uma mudança apreciável no

comprimento do músculo ou sem movimento articular visível”. Embora não

seja feito trabalho físico, uma grande quantidade de tensão e força resultante

é produzida pelo músculo (KISNER E COLBY, 2004).

Os exercícios isométricos têm a vantagem de ser fácil de se

realizar para a maior parte dos músculos, requerendo pouco tempo e

apresentado pouca sensibilidade muscular. Por serem estáticos, esses

exercícios são úteis quando o movimento articular é doloroso ou contra

indicado. Sobre a transferência de força isométrica para uma situação

dinâmica, e sabe-se que o ganho de força ocorre principalmente no ângulo

no qual o exercício foi realizado (BATTISTELLA E SHINZATO,1995).

Estes exercícios são de grande valor, pois são capazes de

fortalecer um músculo sem a necessidade de movimento articular,

propriedade extremamente útil em patologias articulares. Também sendo

favorável, em condições que exigem imobilização como, por exemplo,

durante o tratamento de fraturas.

Page 31: Alterações funcionais decorrentes das

31

Os exercícios isométricos são usados na fase inicial da

reabilitação sem perigo de aumentar a irritação da articulação, visto que esta

se mantém imóvel. Suas vantagens são: aumentam a força muscular

estática; contribuem para evitar a atrofia; ajudam a diminuir o edema (os

músculos funcionam como bomba que colaboram na remoção do líquido);

previnem a dissociação nervosa graças às contrações musculares, as quais

estimulam o sistema mecanorreceptor de tecido vizinhos; podem ser

realizados em qualquer lugar; dispensam equipamentos especiais; podem ser

realizados durante breves períodos de tempo (MALONE, MCPOIL e NITZ,

2000).

Page 32: Alterações funcionais decorrentes das

32

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Classificações do Estudo

Com referência aos conceitos de Luciano (2001), a pesquisa

classificou-se como básica no que diz respeito à natureza. Em relação ao

problema é qualitativa e quantitativa. No que se refere aos objetivos é

descritiva e exploratória e, por fim, em relação aos procedimentos é

bibliográfica e de levantamento.

3.2 Local e Caracterização da Amostra

O presente estudo foi realizado no período de julho a novembro

de 2010. O mesmo constou do levantamento de dados documentais que se

encontram arquivados por ordem alfabética na Clínica Movimento – Oficina

em Fisioterapia localizado na cidade de Criciúma – SC, onde a mesma é

credenciada pelo Sistema Único de Saúde, atendimento particular e outros

convênios. Como critérios de inclusão: ambos os sexos, idade entre 20 a 60

anos com fratura de diáfise do fêmur no período de janeiro de 2008, a

novembro de 2010. Os critérios de exclusão: abaixo de 20 anos e acima de

60 anos, os pacientes politraumatizados e os pacientes com sequelas

neurológicas. O total de pacientes que apresentaram fratura de diáfise de

fêmur ao longo de três anos, referido acima foi de 58 pessoas.

3.3 Instrumentos de Pesquisa

Os prontuários de avaliação sendo os aspectos funcionais dos

pacientes: anamnese, inspeção, palpação, goniometria de quadril e joelho,

avaliação da ADM ativa, teste de força muscular, testes funcionais

(movimentos ativos e passivos), avaliação do nível da dor.

Page 33: Alterações funcionais decorrentes das

33

3.4 Procedimentos para Coleta dos Dados

Tratando esta pesquisa de um exclusivo levantamento de

dados em prontuário onde não há nenhum tipo de contato com os pacientes,

segundo a resolução CNS 196/96, ficam responsáveis pela pesquisa a autora

e a responsável pelo setor de pesquisa da instituição envolvida na mesma,

neste caso a proprietária da Clínica Movimento - Oficina em Fisioterapia.

Foi feito o contato com a proprietária da Clínica e também

fisioterapeuta para apresentação do projeto de pesquisa e solicitação de

aplicação da mesma nos prontuários arquivados nesta instituição. Mediante

autorização (APÊNDICE A) a autora deste projeto iniciou a coleta de dados

dando início à próxima etapa, selecionando os prontuários as quais constam

com diagnóstico de pacientes com fratura de diáfise de fêmur ao longo de

três anos.

Os prontuários estão armazenados por ordem alfabética

separadas por mês e ano que se localizam em um armário especifico. O

acesso ao armário pode ser feito fora do horário de expediente mediante a

autorização com a proprietária da clínica sendo apenas de segunda a sexta-

feira, sendo este o único período em que a pesquisa pode ser realizada.

Por questão da ordem de arquivamento dos prontuários, a

pesquisa teve suas coletas extraídas semanalmente, onde a cada semana

foram separados e coletados os dados correspondentes a um mês de

atendimentos. Primeiramente foram separados todos os prontuários dos

pacientes com fratura de diáfise de fêmur do mês pesquisado. Em seguida

foram transcritos manualmente os dados relevantes à pesquisa para o

instrumento de pesquisa. Ao final deste procedimento semanal com todos os

instrumentos preenchidos, deu-se início a etapa de análise dos dados.

Page 34: Alterações funcionais decorrentes das

34

3.5 Procedimentos para Análise dos Dados

Após obter-se o material com os dados, foi iniciado o processo

de tabulação através da ferramenta Microsoft Office Excel 2007®/Windows 7

que dispõe de funcionalidades que facilitam a etapa de tabulação dos dados.

A fase da análise é o período em que se examina e se transforma os dados

em elementos fundamentais para que as proposições sejam ou não

comprovadas (BARROS e LEHFELD, 1986).

A apresentação dos mesmos foi, em sua maioria, com tabelas e

gráficos em barras verticais. Os resultados foram discutidos com base na

literatura pesquisada e em sua maioria com representação escrita na qual

“[...] consiste em apresentar os dados coletados em forma de texto”, como

define Oliveira (1999, p. 228).

Page 35: Alterações funcionais decorrentes das

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Apresentam

realização da pesquisa, bem como a análise dos resultados obtidos

Muitos são os fatores q

fraturas da diáfise femoral,

delas ocorre em adultos

altura ou ferimentos por arma de fogo. Sua maior resistência

presença das forças musculares e de sustentação

necessária força de 250

jovens. O mecanismo mais comum de lesão é a carga de flexão,

em uma fratura transversa. Lesões de alt

cominuição da fratura prejudicando a qualidade de vida do ser humano.

O gráfico

nos prontuários, houve predom

dos casos encontrados

fratura de diáfise do fêmur

Figura 02 - Distribuição de

Fonte: Dados da Pesquisa.

34,49%

65,51%

Feminino

Masculino

APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Apresentam-se neste capítulo os dados coletados durante a

pesquisa, bem como a análise dos resultados obtidos

Muitos são os fatores que contribuem para ocorrência d

fraturas da diáfise femoral, normalmente de trauma de alta energia. A maioria

delas ocorre em adultos jovens durante acidentes de trânsito, quedas de

ou ferimentos por arma de fogo. Sua maior resistência

resença das forças musculares e de sustentação do peso corporal, sendo

necessária força de 250 newtons/metro para fraturar a diáfise de adultos

O mecanismo mais comum de lesão é a carga de flexão,

em uma fratura transversa. Lesões de alta energia causam graus va

prejudicando a qualidade de vida do ser humano.

O gráfico 02 abaixo descreve que dos 58 casos encontrados

houve predominância do sexo masculino com 38 (

dos casos encontrados e 20 (34,49%) do sexo feminino, acometido por

de diáfise do fêmur.

Distribuição de frequência e percentual dos pacientes segundo o sexo

esquisa.

20

Frequência Percentual

35

se neste capítulo os dados coletados durante a

pesquisa, bem como a análise dos resultados obtidos.

ue contribuem para ocorrência das

de trauma de alta energia. A maioria

jovens durante acidentes de trânsito, quedas de

ou ferimentos por arma de fogo. Sua maior resistência deve-se à

do peso corporal, sendo

newtons/metro para fraturar a diáfise de adultos

O mecanismo mais comum de lesão é a carga de flexão, resultando

a energia causam graus variados de

prejudicando a qualidade de vida do ser humano.

os 58 casos encontrados

38 (65,51%)

do sexo feminino, acometido por

dos pacientes

38

Page 36: Alterações funcionais decorrentes das

36

Sobre os dados coletados dos pacientes nos prontuários de

janeiro de 2008 a novembro de 2010, o gráfico 03 demonstra a exata

dimensão das fraturas decorrentes em adultos jovens sendo a maior na faixa

etária entre 20 a 30 anos, com 21 casos (36,2%); na faixa etária entre 31 a

40 anos com 15 casos (25,8%); na faixa etária 41 a 50 anos com 12 casos

(20,6%); na faixa etária 51 a 60 anos com 10 casos (17,2%).

Figura 03 - Distribuição de frequência e percentual

dos pacientes segundo a faixa etária

Fonte: Dados da Pesquisa.

A fratura da diáfise femoral ocorre em todas as faixas etárias,

mas ela é mais comum em adultos jovens (18 a 40 anos) e cerca de 10 a

15% são de fraturas expostas (APLEY 1998; SCHWARTSMANN 2003).

Existe uma distribuição bimodal, a fratura da diáfise do fêmur no

adulto é mais frequente ao redor dos 27 anos de idade, decorrente de

acidentes de alta energia, como acidente de carro, acidente de moto,

atropelamento e queda de altura. O segundo pico de frequência ocorre ao

redor dos 60 anos de idade, sendo mais comum em mulheres e decorre de

traumas de baixa energia, especialmente a queda ao solo (FERREIRA,2008).

De acordo com Levai e Boisgard (1998), relatam que em todas

as estatísticas se observa um forte predomínio destas fraturas em pacientes

do sexo masculino, em torno de 70%, sendo frequente em indivíduos jovens

Faixa Etária (ano) Frequência %

20 – 30 21 36,2

31 – 40 15 25,8

41 – 50 12 20,6

51 – 60

10 17,2

Total 58 100

Page 37: Alterações funcionais decorrentes das

com idade média de aproximadamente 30 anos. Já Agarwal (2001), afirma

que a maioria dos pacientes encontra

vida, embora a idade possa variar muito.

Em relação ao gráfico

prontuários, a frequência e porcentagem dos pacientes segundo o membro

inferior afetado obtiveram

casos (60,35%); no lado direito com 23 casos (39,65%)

caso.

Figura 04 – Distribuição de segundo o membro inferior (lado)

Fonte: Dados da Pesquisa.

No gráfico

do fêmur, sendo que a maior causa foi acidente de carro com 23 casos

(39,60%); seguido acidente de moto com 18 casos (31,10%); queda de altura

com 8 casos (13,80%); atropelamento com 7 casos (12%); e

de Fogo (PAF) com 2 casos (3,50%).

39,65%

60,35%

0

0

Frequência

Percentual

com idade média de aproximadamente 30 anos. Já Agarwal (2001), afirma

que a maioria dos pacientes encontra-se na terceira ou quarta década de

vida, embora a idade possa variar muito.

Em relação ao gráfico 04 abaixo, aos 58 casos encontrados nos

ncia e porcentagem dos pacientes segundo o membro

inferior afetado obtiveram-se um maior aumento no lado esquerdo

casos (60,35%); no lado direito com 23 casos (39,65%); bilateral nenhum

Distribuição de frequência e percentual dos pacientes segundo o membro inferior (lado)

Fonte: Dados da Pesquisa.

No gráfico 05 abaixo representa a etiologia da fratura de diáfise

do fêmur, sendo que a maior causa foi acidente de carro com 23 casos

(39,60%); seguido acidente de moto com 18 casos (31,10%); queda de altura

com 8 casos (13,80%); atropelamento com 7 casos (12%); e Projétil de Arma

com 2 casos (3,50%).

23

Bilateral Esquerdo Direito

37

com idade média de aproximadamente 30 anos. Já Agarwal (2001), afirma

uarta década de

aos 58 casos encontrados nos

ncia e porcentagem dos pacientes segundo o membro

no lado esquerdo com 35

; bilateral nenhum

dos pacientes

etiologia da fratura de diáfise

do fêmur, sendo que a maior causa foi acidente de carro com 23 casos

(39,60%); seguido acidente de moto com 18 casos (31,10%); queda de altura

Projétil de Arma

35

Page 38: Alterações funcionais decorrentes das

Figura 05 – Distribuição de percentual

Fonte: Dados da Pesquisa.

Analisa-se que o

certamente o mecanismo de trauma que causa a f

daquele provocado pelo acidente de moto. No acidente de carro, o trauma do

joelho no painel, levando a uma força axial no fêmur, também exerce pressão

axial na região proximal, propiciando a fratura. No acidente de moto, existe

força axial na diáfise do fêmur, mas há também forças de flexão e

cisalhamento associadas, o que talvez explique

associadas aos casos encontrados

Geralmente, o trauma de alta energia que origina a fratura é um

acidente automobilístico, com motocicleta, atropelamento ou queda de altura

significativa. O choque é grave e nas fraturas fechadas à embolia gordurosa

é comum. A perna fica

deformada e na coxa há presença de

1998; SCHWARTSMANN 2003).

Há importantes diferenças entre as fraturas sofridas por

pacientes jovens e as causadas nos idosos. Fraturas ocorrentes em

pacientes jovens exigem maior energia, que causa maior lesão aos tecidos

Acidente de carro

Acidente de moto

Atropelamento

Projétil de Arma

de Fogo

Queda de altura

Distribuição de percentual dos pacientes segundo a

etiologia da fratura

Fonte: Dados da Pesquisa.

se que o acidente de carro foi à causa mais frequente, e

certamente o mecanismo de trauma que causa a fratura do fêmur é diferente

daquele provocado pelo acidente de moto. No acidente de carro, o trauma do

joelho no painel, levando a uma força axial no fêmur, também exerce pressão

axial na região proximal, propiciando a fratura. No acidente de moto, existe

força axial na diáfise do fêmur, mas há também forças de flexão e

cisalhamento associadas, o que talvez explique à frequência de fraturas

casos encontrados (ASTUR et al.,2010).

Geralmente, o trauma de alta energia que origina a fratura é um

automobilístico, com motocicleta, atropelamento ou queda de altura

choque é grave e nas fraturas fechadas à embolia gordurosa

é comum. A perna fica em rotação externa e pode estar encurtada e

deformada e na coxa há presença de edema e fica contundida. (APLEY

1998; SCHWARTSMANN 2003).

Há importantes diferenças entre as fraturas sofridas por

pacientes jovens e as causadas nos idosos. Fraturas ocorrentes em

tes jovens exigem maior energia, que causa maior lesão aos tecidos

39,60%

31,10%

12%

3,50%

13,80%

Percentual

38

dos pacientes segundo a

causa mais frequente, e

ratura do fêmur é diferente

daquele provocado pelo acidente de moto. No acidente de carro, o trauma do

joelho no painel, levando a uma força axial no fêmur, também exerce pressão

axial na região proximal, propiciando a fratura. No acidente de moto, existe

força axial na diáfise do fêmur, mas há também forças de flexão e

frequência de fraturas

Geralmente, o trauma de alta energia que origina a fratura é um

automobilístico, com motocicleta, atropelamento ou queda de altura

choque é grave e nas fraturas fechadas à embolia gordurosa

em rotação externa e pode estar encurtada e

ma e fica contundida. (APLEY

Há importantes diferenças entre as fraturas sofridas por

pacientes jovens e as causadas nos idosos. Fraturas ocorrentes em

tes jovens exigem maior energia, que causa maior lesão aos tecidos

39,60%

Page 39: Alterações funcionais decorrentes das

moles. Frequentemente

vezes podem ter uma extensão intra

envolvem osso osteoporótico, dessa forma a energia necessária para causar

menor dano aos tecidos moles (LIVIA,

Em relação aos 58 casos

apresentaram alterações funcionais no período de janeiro de 2008 a

novembro de 2010, destas o gráfico 0

hipotrofia ou hipertrofia dos músculos da coxa; 18,9

claudicante; 18,97% sendo sinal de Thomas e Trendelenburg; 13,80%

redução de ADM do joelho e quadril; 10,34% sendo hemartrose de joelho;

6,91% sendo de aderências miocutâneas no foco da fratura; 3,44% sendo

escoliose funcional; 3,44% sen

Figura 06 – Alterações Funcionais encontradas nos prontuários

Fonte: Dados da Pesquisa

As alterações funcionais

geralmente óbvios, deformidade, aumento de volume e encurtamento da

coxa, (BUCHOLZ & BRUMBACK,

Hipotrofia ou Hipertrofia dos músculos da coxa

Redução de ADM do joelho e quadril

Discrepância dos MMII

Sinal de Thomas e Trendelenburg

Aderências miocutâneas no foco da fratura

Hemartrose de joelho

. Frequentemente essas fraturas são cominutivas ou expostas, e muitas

vezes podem ter uma extensão intra-articular. As fraturas em pessoas idosas

envolvem osso osteoporótico, dessa forma a energia necessária para causar

menor dano aos tecidos moles (LIVIA, 2007).

Em relação aos 58 casos encontrados nos prontuários

apresentaram alterações funcionais no período de janeiro de 2008 a

novembro de 2010, destas o gráfico 06 demonstram que 24,13% sendo de

hipotrofia ou hipertrofia dos músculos da coxa; 18,97% sendo de marcha

18,97% sendo sinal de Thomas e Trendelenburg; 13,80%

redução de ADM do joelho e quadril; 10,34% sendo hemartrose de joelho;

6,91% sendo de aderências miocutâneas no foco da fratura; 3,44% sendo

escoliose funcional; 3,44% sendo discrepância dos MMII.

Alterações Funcionais encontradas nos prontuários

Fonte: Dados da Pesquisa

alterações funcionais da fratura da diáfise femoral são

geralmente óbvios, deformidade, aumento de volume e encurtamento da

BRUMBACK,1994).

13,80%

3,44%

18,97%

3,44%

6,91%

10,34%

18,97%

Hipotrofia ou Hipertrofia dos músculos da coxa

Redução de ADM do joelho e quadril

Discrepância dos MMII

Sinal de Thomas e Trendelenburg

Escoliose funcional

Aderências miocutâneas no foco da fratura

Hemartrose de joelho

Marcha claudicante

39

essas fraturas são cominutivas ou expostas, e muitas

articular. As fraturas em pessoas idosas

envolvem osso osteoporótico, dessa forma a energia necessária para causar

nos prontuários, os que

apresentaram alterações funcionais no período de janeiro de 2008 a

24,13% sendo de

7% sendo de marcha

18,97% sendo sinal de Thomas e Trendelenburg; 13,80%

redução de ADM do joelho e quadril; 10,34% sendo hemartrose de joelho;

6,91% sendo de aderências miocutâneas no foco da fratura; 3,44% sendo

Alterações Funcionais encontradas nos prontuários

da fratura da diáfise femoral são

geralmente óbvios, deformidade, aumento de volume e encurtamento da

24,13%

18,97%

18,97%

Page 40: Alterações funcionais decorrentes das

40

Imediatamente após a fratura as características variam

dependendo da causa e da natureza do trauma, em geral podemos encontrar

dor intensa, deformidade, edema, sensibilidade local acentuada, espasmo

muscular e na maioria dos casos perda da função (THOMSON, SKINNER &

PIERCY, 1994).

Mesmo com a sobrevida após o trauma, muitos pacientes

sofrem importante comprometimento físico como resultado destas fraturas. A

perda funcional não se origina de qualquer problema relacionado ao processo

de consolidação da fratura, haja vista que o fêmur possui um envoltório

muscular que previsivelmente promove rápida consolidação das fraturas na

maioria dos casos.

A incapacidade geralmente é resultado de encurtamento pela

fratura, desalinhamento da fratura ou imobilização prolongada da

extremidade por tração ou aparelho de gesso, na tentativa de manter o

comprimento e o alinhamento da fratura durante as fases iniciais da

consolidação. Pequenos graus de desalinhamento e encurtamento podem

resultar em claudicação e artrose pós-traumática (BUCHOLZ &

BRUMBACK,1994).

Alguns sinais clínicos como a dor, edema e limitação da

amplitude articular ainda permanecem mesmo após a redução e fixação da

fratura, permanecendo na maioria dos pacientes mesmo após a remoção da

fixação, por isso é imprescindível o conhecimento das fraturas de fêmur pelos

fisioterapeutas, com isso os mesmos se tornam aptos a ministrar o

tratamento de forma adequada, visando uma recuperação rápida e eficiente

do paciente (LIVIA, 2007).

Ressalta-se que independente do tratamento ser cirúrgico ou

conservador, ambos terão seus pontos positivos e negativos. As

desvantagens do tratamento conservador podem ser: atrofia muscular e

óssea, retração ligamentar e capsular, rigidez articular e as alterações do

retorno circulatório, tudo isto ocasionados pela imobilidade prolongada

necessária no paciente. A imobilidade causa outras alterações como:

fraqueza do tecido conectivo, degeneração da cartilagem articular e formação

Page 41: Alterações funcionais decorrentes das

41

de contraturas. O paciente é incapaz de mover o seu quadril, joelho ou o

segmento perna por causa da dor com qualquer movimento que ele tente

(WOLINSKY e JOHNSON, 2000; GABRIEL et al. 2001).

Page 42: Alterações funcionais decorrentes das

42

5 CONCLUSÃO

No presente estudo, observou-se portanto, a partir dos dados

levantados de pacientes com fratura de diáfise de fêmur, que a maior

frequência é do sexo masculino com 38 (65,51%) dos casos encontrados e

20 (34,49%) do sexo feminino.

Através desta investigação, conseguiu-se uma riqueza de

dados e uma amostra satisfatória, constituindo-se de um estudo de alta

prevalência. Os objetivos do estudo foram atingidos e corrobados com a

literatura.

Em relação à faixa etária houve maior índice entre 20 a 30

anos, com 21 casos (36,2%); entre 31 a 40 anos com 15 casos (25,8%);

entre 41 a 50 anos com 12 casos (20,6%); e entre 51 a 60 anos com 10

casos (17,2%).

Na questão do membro inferior afetado houve um maior

aumento no lado esquerdo com 35 casos (60,35%); no lado direito com 23

casos (39,65%); bilateral nenhum caso.

A respeito da etiologia da fratura de diáfise do fêmur, sendo que

a maior causa foi acidente de carro com 23 casos (39,60%); seguido acidente

de moto com 18 casos (31,10%); queda de altura com 8 casos (13,80%);

atropelamento com 7 casos (12%); e Projétil de Arma de Fogo (PAF) com 2

casos (3,50%).

Os que apresentaram alterações funcionais demonstraram que

24,13% sendo de hipotrofia ou hipertrofia dos músculos da coxa; 18,97%

sendo de marcha claudicante; 18,97% sendo sinal de Thomas e

Trendelenburg; 13,80% redução de ADM do joelho e quadril; 10,34% sendo

hemartrose de joelho; 6,91% sendo de aderências miocutâneas no foco da

fratura; 3,44% sendo escoliose funcional; 3,44% sendo discrepância dos

MMII.

Mediante a pesquisa realizada, espera-se que esta trabalho

seja de grande contribuição para aqueles que tem interesse pela temática.

Page 43: Alterações funcionais decorrentes das

43

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