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ALZHEIMER ENFERMAGEM NA SAÚDE DO IDOSO PROF° SILVIA HELENA FIRMIANO MARINO

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ALZHEIMERENFERMAGEM NA SAÚDE DO IDOSOPROF° SILVIA HELENA FIRMIANO MARINO

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ALUNOS

Andreia Portela Silva

Carla Viviane Freitas de Jesus

Christian Alexandra de Carvalho Costa

Emmily Ferreira Cardoso

Henrique Silva Alves

Ingridy Brunelly Matos de Andrade

Michele Ribeiro Santana Ferreira Santos

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CONCEITO DE DEMÊNCIA

É uma síndrome clínica caracterizada por declínio cognitivo, com caráter permanente e progressivo ou transitório causado por múltiplas etiologias, acarretando repercussões sócias e ocupacionais ao paciente.

A demência geralmente se manifesta por déficit de memória e de outras funções cognitivas, como linguagem, orientação parcial ou temporal, julgamento e pensamento abstrato.

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Conceito da Doença de Alzheimer

É uma doença neurodegenerativa progressiva, heterogênea nos seus aspectos etiológicos, clínico e neuropatológico.

A DA, é um processo que se evidencia a partir da deterioração das funções cognitivas do comprometimento para desempenhar atividades de vida diária e da ocorrência de uma variedade de distúrbios de comportamento e de sintomas neuropsiquiátricos.

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Epidemiologia da doença no Brasil

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Fisiopatologia• Os principais achados neuropatológicos encontrados na DA são a

perda neuronal e a degeneração sináptica intensa, com acúmulo e deposição no córtex cerebral de duas lesões principais: placas senis ou neuríticas (PS) e emaranhados neurofibrilares (ENF).

• Encolhimento do córtex cerebral, danificando as regiões envolvidas com os pensamentos, planos e lembranças.

• Os ventrículos (espaços preenchidos por fluido dentro do cérebro) ficam maiores.

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Fisiopatologia As células nervosas mortas e prestes a morrer contém emaranhados

neurofibrilares, que são formados por filamentos torcidos de outra proteína. As placas são formadas quando pedaços da proteína chamada beta-amilóide se agrupam.

Em regiões saudáveis o sistema de transporte é organizado em filamentos paralelos ordenados como os trilhos dos trens.

Uma proteína chamada tau ajuda os trilhos a permanecerem retos. Em regiões com formação de emaranhados, a tau se converte em filamentos torcidos chamados de emaranhados

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Etiologia

Diminuição na acetilcolina, a proteína beta-amilóide, fatores genéticos e infecção viral. A acetilcolina é um neurotransmissor distribuído amplamente nos tecidos do corpo, principalmente o cérebro.

O depósito de proteína beta-amilóide, conhecidos como placas, são encontrados nos cérebros daqueles que receberam o diagnóstico de DA.

Em relação aos fatores genéticos as pessoas que carregam um dos genes para crise precoce mais provavelmente terão DA.

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Estágios da Doença de Alzheimer A primeira fase tem uma duração de 2 a 3 anos. Caracteriza-se por

deterioração progressiva, revelada através do declínio insidioso da memória, que é o primeiro sintoma.

Acompanhado de outros seguintes sintomas: Alterações de Personalidade; Apatia; Diminuição de funções corticais como a linguagem; Julgamento; Habilidades visuais e espaciais; Aprendizado raciocínio e concentração;

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Estágios da Doença de Alzheimer

Lapsos na memória recente; Mudanças de Comportamento; Senso de direção comprometido; Atitude mais agressiva que o normal; Dificuldade de fixar novas informações;

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Estágios da Doença de AlzheimerA segunda fase que tem duração de três a cinco anos ocorre perda cada vez mais acentuada da memória, das alterações visuais e espaciais e dos demais sintomas mencionados, além do aparecimento de sintomas focais, como apraxia, afasia, agnosia e anomia. Capacidade de efetuar cálculos, de fazer julgamento e planejar; Repetição infinita de informações, estranhamento constante da

própria casa e dos pertences; Alternância de momentos de lucidez e confusão mental; Estresse psicológico e depressão; Agressividade quando é contrariado;

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Estágios da Doença de AlzheimerTerceira fase, há evolução lenta e progressiva deste quadro, na qual todas as funções mentais estão comprometidas. Há mudanças progressivamente mais acentuadas da personalidade, apatia mais intensa, prejuízo importante da capacidade crítica e de julgamento. Perda das funções cognitivas; Diminuição significativa da capacidade de realização das atividades básicas de vida

diária; Não anda e quase não fala; Não reconhece ninguém nem a si mesmo; Aparecimento frequente de infecções; Deglutição fica prejudicada; Surgem escaras e problemas de circulação por passar longos períodos em uma única

posição;

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Diagnóstico

Para o diagnóstico da DA existem critérios internacionais que devem ser observados pelo médico. Mas o diagnóstico definitivo é obtido somente pelo exame necroscópico.

Para um bom diagnóstico: Avaliação clínica; Avaliação cognitiva; Exames laboratoriais; Exames de neuroimagens;

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Diagnóstico

AVALIAÇÃO CLÍNICA:Deve haver o levantamento da história clínica junto ao paciente e seu familiar e os exames clínicos que incluem a avaliação física, neurológica e mental.

AVALIAÇÃO COGNITIVA:É feita com aplicação de vários testes como, mini exame do estado mental (MEEN), TDR

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Diagnóstico

MINI EXAME DE ESTADO MENTAL

Fornece informações sobre diferentes parâmetros cognitivos, contendo questões agrupadas em sete categorias, cada uma delas planejada com o objetivo de avaliar funções cognitivas específicas como a orientação temporal, orientação espacial, registro de três palavras, atenção e cálculo, recordação das três palavras, linguagem e capacidade construtiva visual.

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Diagnóstico

TESTE DO DESENHO DO RELÓGIO (TDR)

É entregue ao paciente uma folha em branco e um lápis, pede–se para ele desenhar um relógio com todos os números dentro, logo após, pede para desenhar ponteiros marcando um determinado horário, posteriormente utiliza-se uma escala de pontuação de zero a dez pontos, avalia o comprometimento cognitivo de algumas habilidades cognitivas.

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Diagnóstico

O diagnóstico definitivo somente pode ser confirmado por meio de estudo histopatológico de tecido encefálico. Foram propostos três grupos diferentes com critérios para o diagnóstico anatomopatológico da DA, fundamentados na gravidade e disseminação dos ENF e/ou PS.

O Instituto Nacional de Saúde dos EUA determinou critérios quantitativos para a densidade de PS e mais recentemente, de placas neuríticas. O consórcio para o estabelecimento de registro da doença de Alzheimer (CERAD) determinou critérios qualitativos para os diagnósticos neuropatológicos da DA ausente, possível, provável e definido baseados da análise semiquantitativa de PS por mm² classificadas como esparsas, moderadas ou frequentes em pelo menos cinco regiões cerebrais incluindo áreas neocorticais e o hipocampo.

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Tratamento Farmacológico

Várias drogas medicamentosas são atualmente usadas para tratar demência leve a moderar associada a DA. Entre essas drogas estão o Cloridrato de Tacrina (Cognex), Donepezil (Aricept) e Tartarato de Rivastigmina (Exelon).

Cloridrato de TacrinaMais bem administrado com estomago vazio, mas pode ser administrado as refeições, se ocorrer problema gástrico.

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Tratamento Farmacológico

Cloridrato de TacrinaMais bem administrado com estomago vazio, mas pode ser administrado as refeições, se ocorrer problema gástrico.

Efeitos Colaterais: Naúseas; Vômito; Diarreia; Dispepsia; Anorexia Ataxia

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Tratamento Farmacológico

DonepezilÉ administrado uma vez ao dia, de preferência à noite, antes de recolher-se. Pode ser feito com ou sem alimento. Eficaz para melhorar a cognição e a capacidade funcional na DA branda a moderada. Efeitos Colaterais: Náusea; Vômito; Insônia; Fadiga; Confusão; Alterações no funcionamento neurológico;

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Tratamento Farmacológico

RivastigminaÉ administrada com alimento em doses fracionadas (manhã e tarde). As dosagens da droga podem ser aumentadas em intervalos para obter efeito máximo.

Efeitos Colaterais: Náusea; Vômito; Dor Abdominal; Perda de Apetite;

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Tratamento Farmacológico OUTROS MEDICAMENTOS:Galantamina:Deve ser usada uma vez ao dia, iniciando-se com doses de 8 gramas e aumentando a dose a cada quatro semanas. Apresenta os mesmos efeitos colaterais que as demais.

Memantina:Deve ser utilizada duas vezes ao dia iniciando o tratamento com a dose de 5 mg por quatro semanas e após alcançando a dose definitiva de 10 mg em duas vezes.

Outras drogas, como antidepressivos, anti – histamínicos e antipsicóticos, devem ser evitadas ou prescritas com cautela, porque sua atuação anticolinérgica pode piorar os sintomas de DA.

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Tratamento não farmacológico Vários tipos de tratamento podem ser indicados de acordo com o estágio

da doença, motivação, aptidões e personalidade prévia do paciente, circunstâncias sociais e ambientais, recursos financeiros, além da disponibilidade de serviços.

Sempre considerar as expectativas versos possibilidades reais e potenciais do paciente e reavaliar constantemente os resultados obtidos por meio da intervenção proposta.

Técnicas de reabilitação, cognitiva inclui ‘’ orientação para a realidade’’, ‘’ treinamento da memória’’, ‘’ reminiscência’’, técnicas de estimulação por meio da arte e de outras terapias ocupacionais, sociais e de recreação, dessa, exercícios e musicoterapia.

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Tratamento não farmacológico

A abordagem terapêutica múltipla incluindo intervenções farmacológicas e não farmacológicas é definida por muitos autores, os quais argumentam que a conjugação desses recursos promovem a otimização das funções cognitivas remanescentes, minimiza os problemas de comportamento e melhora o funcionamento global, o humor e a auto estima dos pacientes com DA, além de possibilitar a redução do estresse dos cuidadores.

Ainda que consideradas medidas paliativas, outras intervenções não farmacológicas, em muitas circunstâncias, deve ser instituídas.

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Tratamento não farmacológico

Acompanhamento nutricional será útil sempre que marcantes alterações de peso, dos hábitos dietéticos e do estado nutricional forem observadas.

Tratamento fisioterápico está indicado, sobretudo, nos pacientes com alterações de equilíbrio e marcha e de perda significativa de força muscular.

Intervenção fonaudiológica é sugerida principalmente dos estágios iniciais da doença, quando as desordens de linguagens são relevantes

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Síndrome de Sundowner

Indivíduos com prejuízos cognitivos podem ter confusão noturna, conhecida como síndrome do pôr do sol, porque costuma ocorrer após o sol se pôr. Alguns fatores que aumentam o risco dessa condição incluem ambiente desconhecido, padrão de sono perturbado, uso de elementos de contenção, excesso de estímulos sensórias, privação sensorial, privação ou mudança nos ritmos circadianos.

Os enfermeiro podem prevenir e controlar a síndrome do pôr do sol por meio de: colocação de objetos familiares no quarto do paciente, oferecimento de atividade física a tarde para ajudá-lo a gastar energia, ajuste da iluminação ambiental para evitar que o quarto escureça ao entardecer, manutenção de luz noturna por toda a noite, entre outros.

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Redes de apoio para Doentes de Alzheimer

Os grupos e associações de apoio são uma opção muito válida para promover o bem-estar dos familiares e dos cuidadores, para informar e orientar sobre o manejo dos pacientes.

Alguns desses grupos, propõe, inclusive, o atendimento do próprio paciente para prestar esclarecimentos e da suporte, principalmente nas fases iniciais da doença.

A ABRAz oferece vários locais onde os familiares e cuidadores podem compartilhar suas ansiedades e experiências, olhar seus problemas em outras dimensões, trocar soluções e formas de lidar com o cotidiano.

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Intervenções de Enfermagem para cada estágio da Doença de AlzheimerFase inicial: Auxiliar nas tarefas de aprendizagem associadas, como aprendizagem pela

prática e recordação de informações verbais e pictóricas apresentadas, conforme apropriado.

Discutir com a família todos os problemas práticos vividos em relação a memória, linguagem.

Consultar a família para estabelecer o nível cognitivo do paciente. Desenvolver as expectativas e consequências apropriadas do comportamento,

considerando-se o nível de funcionamento cognitivo e capacidade de autocontrole do paciente.

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Intervenções de Enfermagem para cada estágio da Doença de AlzheimerFase intermediária: Introdução de comunicação não verbal. Realizar exercícios de associação de objetos, linguagens, figuras. Orientar a família a respeito da progressão da doença, a fim de

conscientizá-los. Orientar os familiares quanto a riscos potenciais a segurança e

adotar recomendações adequadas.

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Intervenções de Enfermagem para cada estágio da Doença de AlzheimerFase Avançada: Avaliar o padrão de eliminação urinária e tentar determinar se a incontinência é

resultante de cognição ou outro problema, encaminhar para avaliação quando houver indicação.

Aconselhar a família a obedecer uma rotina estimulando exercícios ao longo do dia.

Mudança de decúbito em 2/2h. Manter o paciente em Fowler durante as refeições. Encaminhar a família a serviços de aconselhamento e a outros serviços de apoio. Avaliar as reações da família à condição do paciente, o impacto nos papéis e nas

funções, identificando os riscos e as necessidades dos membros da família.

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Referências Bibliográficas

www.abrazsp.org.br www.alz.org/brain_portuguese ELIOPOULOS,Charlote. Enfermagem Gerontológica. 7ª ed. Porto Alegre: Ed.

Artmed, 2011. FREITAS, E.V. et al. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 3ª ed. Rio de Janeiro:

Ed. Guanabara Koogan, 2011. PAPALÉO NETO, Matheus. Tratado de Gerontologia. 2ª ed. São Paulo: Atheneu,

2007. ROACH, Sally S. Introdução à enfermagem gerontológica. 3ª ed. Rio de Janeiro:

Guanabara, 2002. SMELTZER, Suzane C; BARE, Brenda G. Tratado de Enfermagem Médico –

Cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2011.

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OBRIGADO