AMAZONAS #34 FAZ CIÊNCIA Manaus, novembro de 2015...Jesua Maia Diagramação Suellen Sousa Efeitos...

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Manaus, novembro de 2015 Como a Fapeam tem trabalhado para fortalecer o ecossistema de inovação no Estado a partir de investimentos na ordem de R$ 30 milhões e ações para impulsionar microempreendedores BEM-ESTAR Antioxidante extraído de frutos regionais e resíduos de mandioca pode auxiliar no combate ao envelhecimento CLIMA Temperatura no oceano Atlântico influencia chuvas na Amazônia, aponta estudo #34 ECONOMIA Pesquisador transforma microorganismo em ração animal para peixes no Amazonas RAIO X DA INOVAÇÃO AMAZONAS FAZ CIÊNCIA

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Manaus, novembro de 2015

Como a Fapeam tem trabalhado para fortalecer o ecossistema de

inovação no Estado a partir de investimentos na ordem de R$ 30 milhões e ações para impulsionar

microempreendedores

BEM-ESTARAntioxidante extraído de

frutos regionais e resíduos de mandioca pode auxiliar no combate ao envelhecimento

CLIMATemperatura no oceano

Atlântico influencia chuvas na Amazônia,

aponta estudo

#34

ECONOMIAPesquisador transforma

microorganismo em ração animal para peixes no

Amazonas

RAIO X DA INOVAÇÃO

AMAZONASFAZ CIÊNCIA

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Apoio para quem tem o sonho de

transformar o Amazonas

A Fapeam acredita que o desenvolvimento do

Estado está atrelado às pessoas e acreditar nelas é a chave para o

sucesso. Por isso, da-mos o apoio necessário

para que microem-preendedores apostem

em seus projetos e inovem gerando novos

negócios, além de emprego e renda

no Amazonas

SECRETARIA DE estado de PLANEJAMENTO,

desenvolvimento, ciência, tecnologia e inovação

FAPEAMFUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISADO ESTADO DO AMAZONAS

CERTIFICADA PELA ISO 9001:2008

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SUMÁRIO SEÇÕESEspaço do Leitor

Ciência Responde

Resenha

Biografia

REPORTAGENS

CAPA

RAIO X DA INOVAÇÃO NO AMAZONASFique à par de como a Fapeam tem trabalhado para fortalecer o ecossistema de inovação no Estado a partir de investimentos da ordem de R$ 30 milhões e ações para impulsionar microempreendedores

BEM-ESTAR

ANTIOXIDANTE EXTRAÍDO DE FRUTOS REGIONAIS E RESÍDUOS DE MANDIOCA PODE AUXILIAR NO COMBATE AO ENVELHECIMENTO PRECOCE Pesquisa realizada com iguarias amazônicas isolou leveduras com ação antioxidante que serão aplicadas em fórmulas de fármacos e cosméticos

CLIMA

TEMPERATURA NO OCEANO ATLÂNTICO INFLUENCIA NAS CHUVAS NA AMAZÔNIAEstudo determina as áreas da Região Amazônica que têm maior relação e que funcionarão como auxílio para a previsão climática

ECONOMIA

PESQUISADOR TRANSFORMA MICRO-ORGANISMO EM RAÇÃO ANIMAL PARA PEIXES NO AMAZONASProduto pioneiro no mercado nacional reduzirá custos com a aquisição de ração animal, além de gerar emprego e renda para a população do Amazonas

SAÚDE

INDÍGENAS DE 135 ETNIAS EM TODO BRASIL TÊM PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, APONTA ESTUDOCom apoio da Fapeam, pesquisa foi apresentada no 67º Congresso Brasileiro de Enfermagem (CBEn), em São Paulo

SAÚDE

PARCERIA NO COMBATE AO GERMYCIRCULARVIRUSPesquisadores da Fiocruz Amazônia e da Universidade da Califórnia estudam desenvolvimento de kit de diagnóstico rápido para um novo tipo de vírus que causa diarreia e paralisia temporária nos membros inferiores de crianças

# 34

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NOVOS DESAFIOS!Uma nova edição com novos desafios. A AMAZONAS FAZ CIÊNCIA (AFC) chega à sua 34ª edição e mostra que o futuro já começou. Dessa vez, nos inovamos para trazer o melhor conteúdo interativo em ciência, tecno-logia e inovação ao nosso leitor. Não foi um desafio pequeno, mas ele foi aceito por uma equipe audaciosa que se dedicou para que cada detalhe refletisse a importância desse novo momento para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e para o público que nos acompanha.

A AFC tem uma grande história na divulgação científica no Amazonas, fomos pioneiros em divulgação cientí-fica no âmbito de uma Fundação de Amparo na Região Norte e queremos ir além. Nosso desafio, agora, é dar formas ao que era estático, levando a magia da ciência às mãos de nossos leitores, por meio de um conteúdo totalmente interativo.

Esse trabalho é resultado de uma parceria de nosso corpo de designers e colaboradores de Tecnologia da Infor-mação com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Este é o caminho natural e cheio de possibilidades para uma revista de ciência, tecnologia e inovação, como a Amazonas Faz Ciência. Muito mais do que no pa-pel, o conteúdo digital permite que se tenha interação, compartilhamento de informações, acesso direto aos vídeos e galeria de imagens e atualização de notícias em tempo real. Esta edição da Amazonas Faz Ciência traz essas possibilidades. Ela foi pensada com a lógica do mundo conectado, com conteúdo adaptado para levar o leitor a um universo de conhecimento.

As matérias ganharam vídeos, áudios e galerias de imagens, tudo visando a uma maior dinamicidade de con-teúdo. A orientação dos textos pode ser tanto na vertical quanto na horizontal, facilitando a leitura. As fontes também mudaram para ajudar na leitura do conteúdo, seja utilizando smartphones ou tablets. E, para começar com pé direito, nossa reportagem de capa traz um raio x dos investimentos em inovação nos últimos anos. Para fortalecer microempreendedores, o governo do Estado já investiu mais de R$ 30 milhões em ações que re-sultaram, sobretudo, na geração de emprego e renda à população do Amazonas. Para não nos atermos apenas aos números, abordaremos, em outra reportagem, um estudo que transforma microrganismos encontrados na água em ração animal para peixes no Amazonas. O produto pode substituir a ração atualmente comerciali-zada e auxiliar pequenos produtores de pescado no interior do Estado.

Há, ainda, reportagens que abordam os resultados de projetos de pesquisa que beneficiam, diretamente, a saúde como os antioxidantes extraídos de frutos regionais e resíduos de mandioca que podem auxiliar no combate ao envelhecimento precoce e o combate ao Germycircularvirus, que acomete crianças e foi registra-do, pela primeira vez, no Amazonas.

Fechamos esta edição celebrando com você mais essa conquista da Amazonas Faz Ciência. É o governo do Estado, via Fapeam, reafirmando o compromisso de fomentar, apoiar e divulgar ações de ciência, tecnologia e inovação que tragam benefícios social e econômico a nosso Estado.

Que venham os novos desafios!

EDITORIAL

Equipe do Departamento de Comunicação e Difusão do Conhecimento (Decon)

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FAPEAMFUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISADO ESTADO DO AMAZONAS

CERTIFICADA PELA ISO 9001:2008

José Melo de OliveiraGovernador do Estado do Amazonas

Henrique OliveiraVice-Governador

Thomaz NogueiraSecretário de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência,

Tecnologia e Inovação - SEPLAN-CTI

René Levy AguiarDiretor-Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado

do Amazonas – FAPEAM

Andrea Viviana WaichmanDiretora Técnico-Científica – FAPEAM

André de Santa Maria BindáDiretor Administrativo-Financeiro – FAPEAM

Editora-chefe Camila Carvalho

SRT-555 AM

RepórteresAda Lima, Esterfanny Martins, Francisco Santos

FotosÉrico Xavier, Lana Santos

ColaboradoresCarlos Fábio Guimarães, Denison Silvan e

Mirinéia Nascimento

RevisãoJesua Maia

Diagramação Suellen Sousa

Efeitos multimidiáticosGerência de Informática da Fapeam e

UEA / Ocean Manaus

Designers Said Mendonça, Suellen Sousa e Lícia Gonçalves

AMAZONASFAZ CIÊNCIA

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Os 5 conteúdos mais acessados desse mês*

248mensagens

de nov

FALE CONOSCOREDAÇÃOEnvie sugestões, co-mentários, críticas e dúvidas para o e-mail: [email protected],6%

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8%

4,5%

FAPEAM LANÇA EDITAIS ‘CIDA-DES SAUDÁVEIS’ E ‘CIÊNCIAS SOCIAIS / NEXO ALIMENTOS: ÁGUA-ENERGIA’

COM O APOIO DA FAPEAM, ALUNOS DA ZONA RURAL

CRIAM APLICATIVO PARA O TRANSPORTE FLUVIAL EM

MANAUS

MANAUS SEDIA 1ª EDI-ÇÃO DA ESCOLA AVAN-ÇADA DE PESQUISA E TECNOLOGIA WEB (WERT)

DIETA INFLUENCIA NO AUMENTO DE PESO DE

PEIXES-BOI E REDUZ TEMPO DE

REABILITAÇÃOSABONETES ‘MADE IN AMAZÔNIA’ À BASE DE TUCUMÃ, BURITI E CUPUAÇU JÁ ESTÃO NA LINHA DE PRODUÇÃO

COMENTÁRIOSDOS LEITORES

“Muito bacana ver um pro-duto confeccionado com o que temos de melhor e pela nossa gente. Prova de que com estudo, oportunidade e investimento, é possível sair na frente das grandes empresas e mostrar a força e competência do pequeno empreendedor. Sucesso!”

Nathalia SilveiraEm 03/11/15, na matéria “Sa-bonetes ‘Made in Amazônia’ à base de tucumã, buriti e cupuaçu já estão na linha de produção”, publicada no site da Fapeam em 01/11/15.

“Parabéns ao Instituto Mami-rauá que tem cuidado desta espécie com muito carinho.”

Paulo Sérgio LimaEm 03/11/15, na matéria “Dieta influencia no aumento de peso de peixes-boi e reduz tempo de reabilitação”, publi-cada no site da Fapeam em 05/05/15.

“Parabéns aos organizadores. Eventos assim nosso país deve agradecer. É realmente um ato relevante e edificante.”

José Carlos Santos Em 26/10/15, na matéria “Manaus sedia 1ª edição da Escola Avançada de Pesquisa e Tecnologia Web (WeRT)”, publicada no site da Fapeam em 23/10/15.

clique nos títulos para acessar as matérias

SEÇÃO ESPAÇO DO LEITOR

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CLIMATEMPERATURA NO OCEANO

ATLÂNTICO INFLUENCIA NAS CHUVAS NA AMAZÔNIA

TEXTO ESTERFFANY MARTINS / AGÊNCIA FAPEAM

FOTOS ÉRICO XAVIER / AGÊNCIA FAPEAM

ESTUDO DETERMINA AS ÁREAS DA REGIÃO AMAZÔNICA QUE TÊM MAIOR CORRELAÇÃO

COM O FENÔMENO E QUE FUNCIONARÃO COMO AUXÍLIO PARA A PREVISÃO CLIMÁTICA

MATÉRIA CLIMA

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ESTUDO DESENVOLVIDO PELA UNI-VERSIDADE DO ESTADO DO AMAZO-NAS (UEA), em parceria com o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), identificou que a variação na temperatura do Oceano Atlântico Sul interfere no regime de chuvas na Amazônia, podendo causar chuva em excesso ou também escassez das precipita-ções.

A pesquisa foi realizada pelo graduando em Meteorologia da UEA Luan Carvalho e os re-sultados foram apresentados com apoio do Governo do Estado, via Fundação de Ampa-ro à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fape-am), no VI Simpósio de Climatologia (SIC), que ocorreu no período de 13 e 16 de outu-bro deste ano.

De acordo com o estudante, o aquecimento do Atlântico Tropical Sul influencia no posi-cionamento da zona de convergência inter-tropical, que é uma banda de nebulosidade (cobertura do céu por nuvens) que envolve o globo formada pelos ventos alísios oriundos do sudeste do Hemisfério Sul e do Nordeste do Hemisfério Norte. Esses ventos ao conver-girem em baixos níveis trazem umidade que causam elevação para níveis mais altos da at-mosfera devido ao aquecimento da superfí-cie da terra, gerando assim nebulosidade e, posteriormente, as chuvas.

MATÉRIA CLIMA

E

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MATÉRIA CLIMA

“Nós fizemos esse estudo para uma escala decadal, ou seja, uma variabilidade de baixa frequência. Então, baseados no resultado encontrado no trabalho, podemos observar chuva significativa em regiões mais setorizadas como o centro-oeste, nordeste e sul do Amazonas”, disse o pesquisador.

Doutora em Meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a professora e pesquisadora da UEA, Rita An-dreoli enfatiza que os resultados da pesquisa demonstram uma aplicabilidade prática para atividades de monitoramento e pre-visão climática, principalmente na geração de informações que podem ser aplicados em planejamento e tomada de decisões. “Nas mais diversas atividades econômicas, em particular no se-tor de agricultura, agropecuária e geração de energia hidroelétri-ca, que são imprescindíveis para o desenvolvimento das cidades urbanas e rurais situadas na Amazônia”.

Para o meteorologista do Sipam Renato Senna, o estudo esta-belece as áreas que têm maiores correlações e que funcionarão como auxílio na previsão climática. As condições do oceano vão definir uma alteração no padrão de chuvas que vai ocorrer nos meses seguintes.

“Com essa pesquisa, a gente consegue realizar um prognóstico climático que auxilia em todas outras atividades diárias das pes-soas, por exemplo, se vai chover mais ou menos, pois isso altera também as condições do ambiente de trabalho e também tem importância para o transporte fluvial e aéreo. Isso tem um im-pacto muito grande na vida da população”, finalizou.

PESQUISA É APRESENTADA EM SIMPÓSIO INTERNACIONAL

O estudo foi apresentado no VI Simpósio de Climatologia (SIC), que aconteceu entre os dias 13 e 16 do mês de outubro deste ano, em Natal, no Rio Grande do Norte. A passagem do pesqui-sador para apresentação do trabalho foi custeada pelo Governo do Amazonas, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), no âmbito do Programa de Apoio à Partici-pação em Eventos Científicos e Tecnológicos (Pape).

No evento, Luan Carvalho também foi coautor do trabalho ‘Efeito da Temperatura Superficial do Oceano Atlântico Tropical Norte na Variabilidade da Precipitação Sobre a Amazônia’, apresentado pela estudante de Meteorologia da UEA, Itamara Souza, premia-do como melhor estudo apresentado no Simpósio e indicado para publicação em uma edição especial da Revista Brasileira de Meteorologia (RBMET).

“Com essa pesquisa conseguimos melho-rar o prognóstico climático que auxiliará em todas as outras atividades diárias como, por exemplo, no trabalho e transporte das pessoas. Isso tem um impacto grande na vida da população”, disse Renato Sena,

meteorologista do Sipam.

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EDUA LANÇA DEZ OBRAS SOBRE A AMAZÔNIA

SEÇÃO RESENHA

OBRAS FORAM PUBLICADAS COM APORTE FINANCEIRO DO GOVERNO DO ESTADO, VIA FAPEAM, NO ÂMBITO DO

PROGRAMA DE APOIO A PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS (BIBLOS)

TEXTO DENISON SILVAN

COM RECURSOS FINANCEIROS DO GOVERNO DO ESTADO, VIA FA-PEAM, no âmbito do Programa de Apoio a Publicações Científicas (Biblos), a Ed-itora da Universidade Federal do Amazonas (Edua/Ufam) publicou, no primeiro semestre de 2015, dez livros sobre a Amazônia.

Seis dos dez títulos lançados são resultados de pesquisas acadêmicas em nível de Mestrado e Doutorado; dois de autores consagrados, Alfred Russel Wallace e Nunes Pereira; um de autor teatral, Pedro Amorim; e um título de um contador de histórias, José Lino Marinho.

As obras estão disponíveis para aquisição na Edua, localizada no campus sede da Ufam, em Manaus. Os títulos lançados foram: “Trabalho e relações de trabalho na Mineração Taboca” de Denison Silvan; “O corpo na ritualísti-ca do povo Tikuna”, de Artemis de Araújo Soares; “Avaliação da atividade de reciclagem implementada pela Associação de Reciclagem e Preser-vação Ambiental (Arpa) como instrumento para geração de renda – Es-tudo de caso”, de Otamires Barbosa Maia; “Carpinteiros dos rios: o saber da construção naval do município de Novo Airão, Amazonas”, de Luciane Maria Legeman Salorte; “Como surgiu a noite: peça infantil em três atos”, de Pedro Amorim; “Curt Nimuendaju: síntese de uma vida e de uma obra”, de Nunes Pereira; “Doenças de plantas: controles convencionais e alter-nativos”, de Solange de Mello Véras; “Palmeiras da Amazônia e seus usos”, de Alfred Russel Wallace; “Um localismo universalizado - a formação de professores, mestres e doutores na Faced/Ufam”, de Rosa Mendonça de Brito; e “Contar história, hábito e tradição”, escrito por José Lino Nascimen-to Marinho.

“O Biblos temnos ajudado no sentido de am-pliar nosso leque de publicações. Esperamos que essas políticas do governo do Estado de apoiar a produção cien-tífica sejam reite-radas e que novas políticas surjam para o benefício da comunidade acadêmica”, disse a reitora da Ufam, Márcia Perales.

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MATÉRIA DE CAPA

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RAIO X DA INOVAÇÃO NO AMAZONAS -

COMO A FAPEAM TEM TRABALHADO PARA

FORTALECER O ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO NO ESTADO

OS VALORES FORAM EMPREGADOS NO FORTALECIMENTO DE NEGÓCIOS DE MICRO E PEQUENAS EMPRE-SAS, NO APOIO A JOVENS IN-VENTORES E NA FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA A GESTÃO DA INOVAÇÃO

TEXTO CAMILA CARVALHO

os últimos dez anos, o gover-no do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), inves-tiu cerca de R$ 33 milhões no fortalecimento do ecossiste-ma de inovação do Amazonas.

Esses valores foram emprega-dos no fortalecimento de ne-gócios de micro e pequenas empresas, no apoio a jovens inventores, às incubadoras, núcleos de inovação tecnoló-gica e na formação de recur-sos humanos para a gestão da inovação, que, na maioria dos casos, se dá nas instituições de pesquisa e a partir da aproxi-mação com as indústrias com fortes investimentos na inova-ção.

Os valores são referentes aos in-vestimentos feitos desde 2004, entre outros, nos Programas de Apoio às Incubadoras (Pró--Incubadoras) e de Subvenção Econômica à Inovação Tecno-lógica em Micro e Empresas de Pequeno Porte (Tecnova/AM), a parceria entre a Fapeam e a Natura e os recursos desti-nados ao Sinapse da Inovação.

Clique no ícone e saiba mais sobre os programas da Fapeam

N

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MATÉRIA DE CAPA

O apoio ao fortalecimento do sistema de inovação iniciou em 2004, com o lançamen-to do Programa Amazonas de Apoio à Pes-quisa (Pappe), em parceria com a Agência Brasileira de Inovação (Finep), com recursos na ordem de R$ 4 milhões para apoiar pro-jetos de empresas e microempresas sedia-das no Amazonas.

Na época, foram contempladas 25 propos-tas desenvolvidas em parceria com pesqui-sadores de várias instituições do Estado.

A iniciativa deu tão certo que, em 2008, o governo do Estado, via Fapeam, lan-çou o Programa de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Micro-empresas e Empresas de Pequeno Por-te (Pappe Subvenção). À época, o go-verno do Estado destinou, em parceria com a Finep, R$ 6 milhões para apoiar, por meio de subvenção econômica, 42 projetos de pesquisa de microempreen-dedores para que eles desenvolvessem processos ou produtos inovadores no Amazonas.

Posteriormente, em 2011, foi lançado o Pappe Integração, com investimentos de R$ 6,3 milhões e 24 empresas benefi-ciadas.

Entre as propostas exitosas fruto dos in-vestimentos no Pappe Subvenção está a da empresa Oiram Indústria de Produtos Alimentícios, que desenvolveu o projeto ‘Bebida alcoólica fermentada de cupua-çu’, o vinho de cupuaçu. O gestor Mário Fogaça disse que o projeto é uma manei-ra de transformar um sonho em realida-de. “Jamais conseguiria realizar um pro-

jeto dessa natureza sem o apoio da Finep e da Fapeam”, disse, em 2013, durante a apresentação do produto à Fapeam.

Para o diretor-presidente da Fapeam, René Levy Aguiar, os investimentos em inovação foram se consolidando ao longo dos anos e permitiram que as micro e pequenas em-presas sediadas no Amazonas inovassem no desenvolvimento de produtos a partir de matéria-prima regional.

“Essas micro e pequenas empresas estão gerando processos e produtos inovadores a partir de recursos naturais e outras maté-rias-primas regionais. O apoio a essas em-presas gera importantes benefícios à so-ciedade, além de permitir que os produtos originários da região sejam competitivos não apenas no mercado local ou regional, mas também no mercado nacional e inter-nacional”, disse.

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INVESTIMENTOS EM INOVAÇÃO

TECNOVA – R$ 8.380.455,5PAPPE INTEGRAÇÃO R$ 6.380.455,35PAPPE SUBVENÇÃO R$ 6.144.151,89PRÓ-INOVAR R$ 1.400.000,00SINAPSE DA INOVAÇÃO R$ 2.000.000,00

FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

AGINTEC – R$ 778.400,00NATURA – R$ 550.000,00

PRÊMIO DE NEGÓCIOS – R$ 156.000,00

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MATÉRIA DE CAPA

INOVAÇÃO PARA O MERCADO GLO-BAL: TECNOVA E SINAPSE DA INO-VAÇÃO Com o objetivo de criar condições fi-nanceiras favoráveis aos micro e peque-nos empreendedores e apoiar a inova-ção, o governo do Estado, via Fapeam, em parceria com a Agência Brasileira de Inovação (Finep), lançou o Programa de Subvenção Econômica à Inovação Tec-nológica em Micro e Pequenas Empresas de Pequeno Porte (Tecnova). Ao todo, foram destinados R$ 8,3 milhões para projetos de inovação que envolvam significativo risco tecnológico, associados a oportunidades de mercado, sempre buscando o desenvolvimento de novos produtos, bens, serviços e/ou processos inovadores para os setores econômicos considerados estratégicos para o Ama-zonas. Dentre os projetos aprovados está o do pesquisador Paulo Amaral Júnior que pretende desenvolver uma ração animal para peixes a partir da biomassa do zoo-plâncton. O estudo está sendo desenvol-vido no município de Rio Preto da Eva e será uma alternativa aos piscicultores da região.

Outro fruto dos investimentos do Tecno-va é a aguardente de cupuaçu, produto pioneiro produzido pela empresa Soher-vas da Amazônia. O produto inovador já está sendo comercializado no Brasil.

APOIO AOS INVENTORES

O governo do Estado, via Fapeam, está investindo R$ 2 milhões para estimular a criatividade e o empreendedorismo no Amazonas. Trata-se do programa Si-napse da Inovação, uma iniciativa de vanguarda no Amazonas implementa-da pelo governo estadual, via Fapeam, em parceria com a Fundação Centro de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) de Santa Catarina (SC).

No Sinapse da Inovação, 40 ideias, em um universo de 1.188 inscritos, forão se-lecionadas e receberão R$ 50 mil para o desenvolvimento de produtos (bens e/ou serviços) ou de processos inovadores que incorporem novas tecnologias aos setores econômicos de relevância para o Amazonas.

O programa Sinapse da Inovação - Ope-ração Amazonas tem por objeto esti-mular a criatividade e o empreendedo-rismo da população local, por meio da submissão de ideias inovadoras visando à seleção de projetos para a concessão de recursos financeiros não reembolsá-veis, na forma de subvenção econômica.A iniciativa obteve um número recorde de inscrições de ideias inovadoras na primeira fase do programa no Amazo-nas. Em Santa Catarina, Estado onde o programa foi criado, já foram realiza-das cinco operações, as quais resulta-ram em quase 300 startups inovado-ras, mais de 1,2 mil empregos diretos gerados e 94 patentes depositadas.

INCUBADORAS E NIT’S

PRÓ-INCUBADORAS

R$ 3.146.743,60

NIT’S – R$ 600.000,00

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RESPONDEU: Nutricionista e pesqui-sadora do Instituto Nacional de

Pesquisas da Amazônia (Inpa), Dionísia Nagahama

O CONSUMO DE ALGUNS

ALIMENTOS PODE CONTRIBUIR

PARA A FORMAÇÃO DE

CÉLULAS CANCERÍGENAS?

POR HOANESON GONÇALVES, 21 ANOS

Há compostos presentes em alguns alimentos, principal-mente adicionados ou produz-idos durante o processamento, que podem ter efeitos mutagêni-cos e/ou carcinogênicos; isto é, podem alteram o material genético das células humanas, como: alimentos ultra proces-sados (lasanha congelada, em-panados, macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote, carne e peixe salgados, pizza pronta); excesso de sal, açucares e/ou gorduras; embutidos (linguiça, presunto, mortadela, salame, bacon, peito de peru); conser-vas, picles e carnes processadas, enlatados, que contenham ni-trito; temperos prontos e caldos de carnes em tabletes, utilizado para aumentar o gosto dos ali-mentos; bebidas gaseificadas etc.

O consumo em excesso e por longos períodos de alguns al-imentos, como até mesmo o modo de prepará-los, pode co-laborar para que a doença surja. Um exemplo disto são as gor-duras e frituras, alimentos alta-mente calóricos, que podem levar a obesidade, fator de risco a certos tipos de cânceres, pois a gordura libera substâncias in-flamatórias que levam a alter-ações do DNA.

SEÇÃO CIÊNCIA RESPONDE

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PESQUISADOR TRANSFORMA MICRORGANISMO

ENCONTRADO NA ÁGUA EM RAÇÃO ANIMAL PARA PEIXES

NO AMAZONAS

MATÉRIA ECONOMIA

PRODUTO PIONEIRO NO MERCADO NACIONAL REDUZIRÁ CUSTOS COM A AQUISIÇÃO DE RAÇÃO ANIMAL, ALÉM DE GERAR EMPREGO E RENDA PARA A POPULAÇÃO DO AMAZONAS

TEXTO: ESTERFFANY MARTINS /AGÊNCIA FAPEAM

FOTOS: ÉRICO XAVIER/AGÊNCIA FAPEAM

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um estudo desenvolvido no Amazonas pretende produzir alimentação animal a partir do cultivo intensivo de microor-ganismos presentes na água, o zooplâncton. Eles são con-siderados importantes para a vida dos peixes por serem o primeiro alimento a ser consu-mido pelas espécies.

A pesquisa faz parte do estudo intitulado ‘Projeto Zooplânc-ton: produção biotecnológica intensiva de organismos aquá-ticos para a indústria de ali-mentação animal’ que conta com recursos do governo do Estado, por meio do Progra-ma de Subvenção Econômica à Inovação (Tecnova/AM), da Fundação de Amparo à Pes-quisa do Estado do Amazonas (Fapeam) em parceria com a Finep.

De acordo com o coordena-dor do projeto, Paulo Amaral Júnior, como o zooplâncton já é consumido pelos peixes no ambiente natural, a ideia é utilizá-lo como ingrediente para agregar valor nutricional à ração. “Para que a gente consiga subsidiar a produção

de uma ração com esse tipo de organismo é preciso pro-duzir uma biomassa de zoo-plâncton para, assim, poder fornecer às indústrias de pro-dução de ração animal”, disse o pesquisador.

Engenheiro de Pesca, pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Amaral in-formou que o estudo atende a uma necessidade da indús-tria de alimentação animal re-gional e brasileira: a produção intensiva de proteína bruta de origem animal. Ele garantiu que, atualmente, o produto não possui concorrentes na indústria brasileira.

“Esse é um projeto pioneiro que idealizamos e é o único comercialmente no Brasil. A ração deve ter um custo me-nor para o produtor por não necessitar de uma tecnologia de produção tão complexa. Para fazer uma farinha de pei-xe, por exemplo, é necessária uma estrutura muito grande, enquanto a biomassa de zoo-plâncton pode vir a baratear o valor da ração”, disse Amaral.

O projeto está sendo realiza-do na empresa Ecology Bio-tecnologia, localizada no Km 127 ramal do Banco, com en-

MATÉRIA ECONOMIA

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trada via Km 10 da Rodovia AM-010, no município de Rio Preto da Eva.

Além de oferecer uma nova alter-nativa no segmento alimentício animal, o projeto não prejudica o meio ambiente e deixa o Ama-zonas independente em relação à importação de insumos de ou-tros Estados. “É uma nova forma de abastecer a indústria de ração. Nós ainda sofremos com a distân-cia entre os Estados. Por isso, uma ração produzida aqui diminuirá esse custo de logística no valor fi-nal do produto”, disse Amaral.

A perspectiva é que o projeto possibilite a geração de emprego

e renda para a população. “Com o bom andamento do projeto, vamos precisar de mais recursos humanos seja para produzir a bio-massa de zooplâncton ou para a comercialização do produto. En-tão, isso fortalecerá economica-mente o Amazonas”, disse.

O pesquisador destaca que o apoio da FAPEAM é fundamental para tornar o trabalho realidade. “A FAPEAM é importante para o andamento dessa pesquisa. Esse é um projeto que vai beneficiar a sociedade com a melhoria na qualidade da produção de pesca-do, geração de emprego e renda e transferência de tecnologia”, fi-nalizou Júnior.

MATÉRIA ECONOMIA

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ECONOMICIDADE

Atualmente, os produtos vendidos feitos com a mesma matéria-prima são comercia-lizados por R$ 1,00 a grama. Isso significa que a produção e a comercialização de extrato bruto de biomassa rico em zooplâncton auxiliarão no crescimento econômico, além de potencializar a diversificação da aquicul-tura no Amazonas. “Com essa produção de ração com micro-organismos colocamos mais um produto com a marca Amazônia no mercado nacional”, disse Amaral.

O zooplâncton é presente em maior quan-tidade em rios e tanques de piscicultura. A projeção de produção do micro-organismo equivale a 30 quilos por dia em um tanque com uma dimensão de 60 metros cúbicos de água.

A ideia é comercializar uma parte da bio-massa como insumo para a indústria de alimentação animal (farinha de plâncton) e a outra será vendida como alimento à base de zooplâncton, produto premium, como alimento de peixes ornamentais.

“A FAPEAM é importan-te para andamento des-sa pesquisa. Esse é um projeto que vai benefi-ciar a sociedade com a melhoria na qualidade da produção de pesca-do, geração de empre-go e renda e transferên-cia de tecnologia”.disse Paulo Amaral Júnior, coorde-nador do projeto zooplâncton

SOBRE O TECNOVA/AM

O Programa apoia projetos de inovação

tecnológica, associados às

oportunidades de mercado, buscando o desenvolvimento de produtos (bens ou

serviços) e/ou processos inovadores que sejam novos ou significativamente aprimorados (pelo

menos para o mercado nacional) para o

desenvolvimento dos setores econômicos

considerados estratégicos nas políticas

públicas federais e aderentes à política

pública de inovação do estado do Amazonas,

promovendo um signifi-cativo aumento das

atividades de inovação e o incremento da

competitividade das empresas.

MATÉRIA ECONOMIA

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Resultado de estudo foi apresenta-do, com apoio da Fapeam, no 67º Congresso Brasileiro de Enferma-

gem (CBEn), em São Paulo

TEXTO FRANCISCO SANTOS – AGÊNCIA FAPEAMFOTOS ÉRICO XAVIER/AGÊNCIA FAPEAM

MATÉRIA SAÚDE

INDÍGENAS DE 135 ETNIAS NO

BRASIL TEM PREVALÊNCIA DE

HIPERTENSÃO ARTERIAL

Indígenas de 135 etnias em todo o País e de 24 et-nias no Amazonas demons-traram ter prevalência de hipertensão arterial, a tão temida ‘pressão alta’. Os re-sultados fazem parte do projeto de pesquisa “Pre-valência da hipertensão em populações indígenas” desenvolvido na Universi-dade Federal do Amazonas (Ufam) pelo doutorando Zilmar Augusto de Souza Filho. Os dados foram apresenta-dos pelo pesquisador com apoio do governo do Esta-do via Fundação de Ampa-ro à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) duran-te o 67º Congresso Brasilei-ro de Enfermagem (CBEn), realizado em outubro de 2015, em São Paulo.

De acordo com o pesquisa-dor foi possível comprovar, por meio dos estudos rea-lizados entre agosto e ou-tubro de 2014, o prevalên-cia da pressão alta em mais de 135 povos indígenas no território nacional. No Ama-zonas, o número de etnias analisadas chega a 24.

“Não fizemos um estudo de uma etnia específica. Nossa pesquisa mostra a prevalência de hiperten-são arterial dos indígenas

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Ianomâmi, Suruí, Tembé, Amondaua, Parkatêjê, Suruí, Terena, Zoró, Suyá, Kalapalo, Kuikuro, Matipu, Nahukwá, Mehináku, Waurá, Yawalapití, Guaraní, Tupinikin, Suruí, Xa-vantes, Khisêdjê, Guaraní-Mbyá, Kaingangs, Aldeia Jaguapiru e de um estudo de abrangência nacional, in-terétnico, que incluiu 113 et-nias indígenas do País”, disse Zilmar Filho.

A proposta do trabalho, es-timada para ser concluído em 2016, é avaliar os fatores de risco cardiovascular, com ênfase para a hipertensão ar-terial em uma etnia especí-fica no Amazonas. Segundo ele, os resultados parciais do projeto de pesquisa indicam

uma prevalência alta e vari-ada da hipertensão arterial em indígenas no período de 1970 a 2014.

“Neste estudo foram incluí-dos 23 artigos. A prevalência na etnia foi variada, ating-indo níveis de até 29,7%. A prevalência combinada de hipertensão nos indígenas no período de 1970 a 2014 foi de 6,2%. Na regressão, o valor da razão de chances foi de 1,12, indicando au-mento de 12% a cada ano, na chance de um indígena apresentar hipertensão ar-terial”, disse o pesquisador.

Segundo Zilmar Filho, após comprovar a prevalência da hipertensão arterial em povos indígenas brasileiros o objetivo do projeto de pesquisa é contribuir para a elaboração de políticas públicas.

MATÉRIA SAÚDE

“A prevalência de hipertensão nos indígenas no pe-ríodo de 1970 a 2014 foi de 6,2%. A cada ano, a chance de um in-dígena apresentar hipertensão arte-rial aumenta 12%.”disse Zilmar Filho, douto-rando da Universidade Fe-deral do Amazonas (Ufam)

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SOBRE A HIPERTENSÃO ARTERIAL

De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), a hiper-tensão, usualmente chamada de pressão alta, é quando a pressão arterial atinge valores igual ou maiores que 14 por 9.

A hipertensão acomete uma em cada quatro pessoas adultas. Assim, es-tima-se que atinja em torno de 25% da população brasileira adulta, che-gando a mais de 50% após os 60 anos e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil. Atualmente, é a responsável por 40% dos infar-tos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

MATÉRIA SAÚDE

info

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AS RELAÇÕES DE TRABALHO NA MINA

DO PITINGA

SEÇÃO RESENHA

O LIVRO ABORDA AS RELAÇÕES DE TRABALHO, EM 1980, DURANTE A IMPLANTAÇÃO E A EXPLORAÇÃO

DA MINA DO PITINGA, LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE FIGUEIREDO, NO AMAZONAS.

TEXTO DENISON SILVAN

LANÇADO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015, pela Editora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam/Edua), o livro Trabalho e relações de trabalho na Mineração Taboca (2014, 197p.), do jornalista Denison Silvan, trata sobre a experiência dos trabalhadores extrativistas industriais que atuaram na mina do Pitinga, localizada no município de Presidente Figueiredo (localizado a 117 quilômetros de Manaus), per-tencente à Mineração Taboca, empresa que, à época, estava vinculada ao Grupo Paranapanema.

Resultado de sua dissertação de mestrado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia da Ufam (PPGS-CA), a obra retrata a história dos trabalhadores pioneiros do Pitinga fa-zendo uma análise crítica das relações de poder vivenciadas durante a execução dos trabalhos e a organização política dos operários.

“O que o estudo ressaltou foi a emergência de um grupo de tra-balhadores extrativistas industriais que se posicionaram em defesa de seus direitos civis e contra as relações de poder autoritárias vivenciadas no âmbito empresarial”, disse Silvan.

Silvan disse que o livro é fruto da própria experiência de vida, da épo-ca em que foi funcionário da Mineração Taboca, em meados de 1980. Exercendo atividades como chefe do setor de Contas a Pagar, ele disse ter, na época, uma posição privilegiada que lhe permitiu ter uma visão geral do processo de implantação de um grande projeto minerador na Amazônia.

A obra foi elaborada com recursos do governo do Estado, via FAPEAM, e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Autor: Denison Silvan

Editora: EDUA

Ano: 2014

Idioma: Português

Formato: 14x21cm

Páginas: 197p.

ISBN: 978-85-7401-730-3

Valor: R$ 30

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PARCERIA NO COMBATE AO GERMYCIRCULARVIRUSPesquisadores da Fiocruz Amazônia e da Universidade da Cal-ifórnia estudam desenvolvimento de kit de diagnóstico rápido para um novo tipo de vírus que causa diarreia e paralisia tem-

porária nos membros inferiores de crianças

TEXTO FIOCRUZ/AMAZÔNIAFOTOS DIVULGAÇÃO/

ÉRICO XAVIER/AGÊNCIA FAPEAM

esquisadores do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), em parceria com pesquisadores do Laboratório de Medicina da Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA), iniciaram um estudo para o desenvolvimento de um kit de diag-nóstico rápido do vírus Gemycircularvirus.

O Gemycircularvirus é um novo tipo de vírus que causa diar-reia e paralisia temporária nos membros inferiores de crianças. O vírus foi descoberto, pela primeira vez no Amazonas e no Brasil, pela doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP)

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e pesquisadora do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Patrícia Puccinelli Orlandi Nogueira, e o pesquisador do Laboratório de Medicina da Universidade da Califórnia, em São Francisco (EUA), Tung Gia Phan

A pesquisa recebeu aporte financeiro do Governo do Esta-do, via FAPEAM, em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no âmbi-to do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS).

A partir da análise molecular das fezes de crianças com diar-reia, atendidas em prontos-socorros de Manaus, os pesqui-sadores encontraram, pela primeira vez no Brasil, o vírus do gênero Gemycircularvirus que causa, além da diarreia, paral-isia temporária nos membros inferiores. A descoberta foi publicada em um artigo, em abril deste ano, na ‘Virology’, di-sponível para acesso público.

“A paralisia nos membros inferiores, ou seja, nas pernas, não é simplesmente a fraqueza que dá após longos períodos di-arreicos. É uma paralisia total, com impossibilidade de andar por até duas semanas”, disse a pesquisadora.

“Com o desenvol-vimento de um kit para diagnóstico, auxiliaremos na vigilância epide-miológica de um vírus que é tão agressivo e que, até então, era desconhecido”.disse Patrícia Puccinelli, pesquisadora do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia)

MATÉRIA SAÚDE

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PESQUISA

Segundo Orlandi, de 2007 a 2009, pesquisadores da Fiocruz Amazônia coletaram 1,5 mil amostras de fezes de crianças, de 0 a 10 anos, com diarreia atendidas no Hospital e Pronto Socorro João Lú-cio e na Policlínica da Codajás (PAM Codajás), em Manaus, para analisar quais tipos de vírus mais acometem as crianças.

“O pesquisador Tung Gia Phan viu nosso estudo e entrou em contato conosco solicitando 600 amos-tras para analisar novos tipos de vírus. Em cinco das 600 amostras ele encontrou o Gemycircular-virus. Parece pouco, mas significa dizer que o vírus está circulando e que temos de melhorar o diag-nóstico para que haja tratamento adequado e o quadro não se agrave”, esclareceu a pesquisadora.

Ela explicou que a transmissão do novo tipo de vírus é feita de forma focal/oral, ou seja, a partir do consumo de água contaminada pelas fezes. Atualmente, o diagnóstico só pode ser feito após a análise molecular das fezes do paciente. “Com o desenvolvimento de um kit para diagnóstico, auxiliaremos na vigilância epidemiológica de um vírus que é tão agressivo e que, até então, era des-conhecido”, disse a pesquisadora da Fiocruz Ama-zônia.

1,5 mil amostras de fez-es de crianças com diarreia

atendidas no Hospital e Pron-to Socorro João Lúcio e na Policlínica da Codajás (PAM Codajás) foram analisadas

pelos pesquisadores

EM NÚMEROS

MATÉRIA SAÚDE

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ANTIOXIDANTE EXTRAÍDO DE FRUTOS REGIONAIS E RESÍDUOS DE MANDIOCA

PODE AUXILIAR NO COMBATE AO ENVELHECIMENTO PRECOCE

Pesquisa realizada com iguarias amazônicas levou ao isolamento de leveduras com ação antioxidante que serão

aplicados em fórmulas de fármacos e cosméticos

TEXTO ADA LIMA – AGÊNCIA FAPEAMFOTOS DIVULGAÇÃO

rutas que fazem parte do dia a dia dos amazonenses, como o buriti, tucumã e pu-punha, além de raízes como a mandioca, são matérias primas naturais para a ma-nutenção de uma pele jovem e saudável. Pesquisa realizada com iguarias amazônicas levou ao isolamento de leveduras de onde se obtém carotenoides com ação antioxi-dante, que serão aplicados em fórmulas de fármacos e cosméticos com este fim. Um dos compostos mais usados como base das fórmulas - os carotenoides fazem parte de pigmentos de plantas e microrganismos muito utilizados pela indústria far-macêutica devido a sua atividade pró-vitamínica A e propriedades que resultam em possíveis funções benéficas à saúde, como o fortalecimento do sistema imunológico e a diminuição do risco de doenças degenerativas, tais como o câncer, doenças car-diovasculares e a catarata.

A pesquisadora do programa RH Doutorado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Am-azonas (Fapeam), mestre em Biotec-nologia pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e doutoranda em Biotecnologia Industrial pela Universidade de São Paulo (USP), Daiana Torres, é a responsável pelo projeto de pesquisa.

“O projeto visa selecionar leveduras capazes de produzir carotenoides que possam ser utilizados como colorantes e que possuam, ainda, ação antioxidante e/ou atividade provitamina A e, portanto, com vasta aplicação nos setores ali-

mentícios e farmacêuticos”, disse Daiana Torres.

MATÉRIA SAÚDE

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O resultado final é a fabricação desse produto e a sua comer-cialização. “Sempre que se trabalha em um processo biotec-nológico pensa-se em patentear o produto obtido. Assim, se ao final do projeto forem obtidos carotenoides com alto ren-dimento e atividade antioxidante, e a produção dos mesmos se mostrar viável como se imagina, é provável que tenhamos um produto a ser comercializado”, disse Torres. O PROJETO As leveduras são fungos formados por apenas uma célula. Isolar as leveduras significa cultivá-las fora do seu ambiente natural, ou seja, em meio de crescimento sintético que sim-ula o ambiente natural. Assim, as leveduras utilizadas nessa pesquisa serão cultivadas em placas de Petri (vidraria de lab-oratórios) e depois de cultivadas, serão identificadas por es-pécie e então armazenadas para produção dos carotenoides. O projeto é desenvolvido em parceria com o Laboratório

de Micologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), com colaboração do pesquisador João de Souza, um dos orientadores do Mestra-do em Biotecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

MATÉRIA SAÚDE

SOBRE O RH – DOUTORADO

O programa, que atual-mente se chama Progra-ma de Bolsas de Pós-Gra-duação em Instituições fora do Estado do Ama-zonas (PROPG-AM), tem como objetivo conceder bolsas de Doutorado a

profissionais graduados, residentes no Amazonas

há, no mínimo, quatro anos, interessados em

realizar curso de Pós-Gra-duação stricto sensu, em Programa de Pós-Gradu-ação recomendado pela Coordenação de Aperfei-çoamento de Pessoal de

Nível Superior (Capes) em outros Estados da Federa-

ção.

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Alfredo Augusto da Matta foi um médico baiano. Es-pecialista em Medicina Profilática e Dermatologia, ele veio para o Amazonas aos 24 anos a serviço do

Loyd Brasileiro. Em Manaus, se casou e fixou residência. Tra-balhou em vários órgãos de saúde do Amazonas. Em 1908, participou, ativamente, do combate ao impaludismo e peste bubônica, que assolavam a capital e outros municípios do Amazonas, como Itacoatiara, Barreirinha, Parintins e Maués.

O médico teve importante atuação política. Foi deputado estadual, deputado constituinte e senador da república. No campo científico, se destacou na área da saúde pública e da botânica. Entre os trabalhos científicos que publicou, por “Flora Brasiliensis” recebeu a medalha de ouro da Academia de Geografia e Botânica de Le Mans, na França e “Tricocefalo-sis” o levou para a Academia Nacional de Medicina.

Alfredo da Matta também foi diretor do Serviço de Higiene de Manaus, da Santa Casa de Misericórdia, do Hospital Be-neficente Portuguesa, do Serviço de Profilaxia da Lepra e Doenças Venéreas e médico do Asilo de Mendicidade, atual Fundação Dr. Thomas. O médico faleceu no Rio de Janeiro em 3 de março de 1954. Pelo que fez em favor da saúde pública no Amazonas, em 1955, foi inaugurado o Dispensário “Alfredo da Matta”, hoje conhecido como Fundação de Dermatologia Tropical e Venereologia “Alfredo da Matta” (Fuam). Em 2015, a instituição comemora 60 anos de existência.

*Extraído do livro Atlas dos Cientistas do Estado do Amazonas. Adaptações feitas por Carlos Fábio Guimarães

ALFREDO DA MATTA*1870-1954

Senador da República

SEÇÃO BIOGRAFIA

1916 a 1922 Deputado

Estadual

1917 a 1920Deputado

Estadual Presidente da Assembléia Legislativa

1933Deputado Nacional Constituinte pelo Amazonas

1935 a 1937

LINHA DO TEMPO

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Suplemento de Divulgação Científica para Crianças Digital - Nº 01 / novembro de 2015 é parte integrante da Revista Amazonas Faz Ciência Digital nº.34

SECRETARIA DE estado de PLANEJAMENTO,

desenvolvimento, ciência, tecnologia e inovação

FAPEAMFUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISADO ESTADO DO AMAZONAS

CERTIFICADA PELA ISO 9001:2008

Quando crescer, vou ser... Agricultor!

Magia: Conheça a lenda do

Mapinguari e descubra os seus

segredos

AMAZONAS FAZ

ciênc a

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Nada melhor do que ter a sua revista preferida sempre por perto não é mesmo? E se for possível, além de

ler, interagir com ela através de jogos fan-tásticos? Foi pensando em aliar ciência à interatividade, que a Amazonas Faz Ciên-cia – Criança lança, nesta edição, o Mun-do Quiz Saga, jogo voltado ao estimulo à aprendizagem e à memória. No jogo, você precisa ajudar o “Pedrinho” a encon-trar a sua irmã, a “Aninha”, em um labirinto cheio de perguntas e desafios.

A cada nível do Quiz, você precisará res-ponder a perguntas sobre ciência, tec-nologia, esporte, lazer, entretenimento e variedades. Em cada etapa, as perguntas ficam um pouco mais difíceis, mas você poderá contar com a ajuda de persona-gens que vão surgindo para dar pistas so-bre o caminho correto a seguir em busca da “Aninha”. Topa o desafio?

Nesta edição, também mostraremos um pouco da profissão de agricultor e sua im-portância para o meio ambiente e para a economia. Para ficar mais fácil, a matéria vem acompanhada de um jogo de me-mória digital, para você entender o que faz um agricultor e ainda se divertir.

Fechamos esta edição da Amazonas Faz Ciência – Criança com a lenda do Ma-pinguari, o urso gigante que protege a floresta amazônica. Você já o conhece? Tudo isso e muito mais foi disponibilizado para você se divertir conosco! Aproveite e Divirta-se!

13 • novembro de 2014

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03Magia: Conheça a lenda do Mapinguari e descu-bra os seus segredos

04Quando crescer, vou ser... Agricultor!

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ExpedienteJosé Melo de OliveiraGovernador do Estado do Amazonas

Henrique OliveiraVice-Governador

Thomaz NogueiraSecretário de Estado de Planejamento, Desen-volvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação - SEPLAN-CTI

René Levy AguiarDiretor-Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAM

Andrea Viviana WaichmanDiretora Técnico-Científica – FAPEAM

André de Santa Maria BindáDiretor Administrativo-Financeiro – FAPEAM

Publicação: Edição nº 13, Ano 1, novembro de 2015, desenvolvida pelo Departamento de Difusão do Conhecimento - DECON

Editora-chefe Camila CarvalhoSRT-555 AM

Said Mendonça, Suellen Sousa, Lícia GonçalvesNúcleo de Design - Decon

Suellen SousaDiagramação e Projeto Gráfico

Jesua MaiaRevisão de conteúdo

Suellen SousaCriação de Jogos

Equipe de Criação de Jogos - InteratividadeMônica LimaJorge LindosoEvandro SátiroWaldir AzevedoLucas Begnini (UEA / Ocean Manaus)

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – FAPEAMTravessa do Dera, s/n - Flores - CEP: 69058-793 - Manaus-AM - BrasilTel: (92) 3878-4000www.fapeam.am.gov.br

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06 Mundo Quiz SagaConheça um jogo cheio de conhecimento e muitas aventuras!

05 Jogo da memóriaA fazenda feliz desafia você a encontrar os ele-mentos de forma rápida

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LENDA DO MAPINGUARI: O PROTETOR DA

AMAZÔNIA

Alguns moradores da Amazônia contam que, den-

tro da floresta, vive um gigante peludo, com um olho na testa e a boca no umbigo.

Ele é chamado de Mapinguari. Para algumas pessoas, o Mapinguari usa uma armadura

feita do casco da tartaruga, para outras, a sua pele é igual ao couro de jacaré. Segundo a lenda, alguns índios,

ao ficarem mais velhos, se transformam em Mapinguari, para continuar morando perto das florestas, protegendo a natureza.

Há também quem diga que seus pés têm o formato de uma mão de pilão. Para proteger a floresta, o Mapinguari

emite gritos iguais aos gritos dos caçadores. Se alguém responder, ele logo vai ao encon-

tro do desavisado, que acaba ficando per-dido na floresta.

Fonte: Só história. . . . . . . . . . . . . . . . .

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AgricultorO agricultor é a pessoa que cuida da terra,

trata dos campos e se dedica a cuidar dos animais, como ove-lhas, vacas e galinhas. Quando necessário, ele busca o leite das vacas, os ovos das galinhas para o seu próprio consumo ou para comercialização. O agricultor vai para o campo cuidar das plantas, regando as plan-tações, cavando, cortando as folhas e flores, zelando pelo meio ambiente. Ele faz tudo isso com a ajuda de alguns equipamentos, como o trator, mas muita coisa tem de ser feita apenas com sua força e saber. Para ser agricultor, é preciso conhecer bem os animais, as plantações e a terra, além de gos-tar de andar ao ar livre e da tranquilidade do campo.

Fonte: Infojobs

O que vou ser quando crescer?

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Encontre pares de alimentos e animais com os quais o agricultor trabalha diariamente! Esse jogo da memória te desafia a localizar cada par idêntico, com o mínimo de movi-mentos. Você pode procurar pela vaca, porco, cachorro, trator, banana e outros obje-

tos e muito mais na Fazenda Feliz!

Divirta-se com o nosso jogo. Em breve, ele estará disponível nas lojas:

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Responda as perguntas para viajar por um mundo divertido, cheio de conhecimento e muitas aventuras, Pedrinho terá que encon-trar sua irmã Aninha que desapareceu. No

caminho, você conhecerá vários personagens e enfrentará níveis difíceis. Será que você vai

conseguir ajudar Pedrinho a encontrá-la?

Divirta-se com o nosso jogo. Em breve, ele estará disponí-vel nas lojas:

Responda às perguntas para viajar por um mundo di-vertido, cheio de conhecimento e muitas aventuras. Pedrinho terá que encontrar sua irmã Aninha, que desapareceu, e você vai ajudá-lo! No caminho, você conhecerá vários personagens e enfrentará níveis

difíceis, mas contará com a ajuda de outros persona-gens bem especiais! E aí, vamos embarcar

nessa aventura?