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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE ELIELMA ALVES DE SÁ AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM: FERRAMENTA DE ENSINO PARA O PROCESSO DE ENFERMAGEM ARACAJU-SE 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA

SAÚDE

ELIELMA ALVES DE SÁ

AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM: FERRAMENTA

DE ENSINO PARA O PROCESSO DE ENFERMAGEM

ARACAJU-SE

2015

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ELIELMA ALVES DE SÁ

AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM:

FERRAMENTA DE ENSINO PARA O PROCESSO DE

ENFERMAGEM

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde da Universidade

Federal de Sergipe como requisito parcial à obtenção

do grau de Mestre em Ciências da Saúde.

Orientadora: Profª Drª Edilene Curvelo Hora Mota

Coorientadora: Profª Drª Leila M. de A. e Silva

ARACAJU

2015

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

S111a

Sá, Elielma Alves de Ambiente virtual de aprendizagem : ferramenta de ensino para

o processo de enfermagem / Elielma Alves de Sá ; orientadora Edilene Curvelo Hora Mota. – São Cristóvão, 2015.

91 f. : il.

Dissertação (mestrado em Ciências da Saúde) – Universidade Federal de Sergipe, 2015.

1. Enfermagem – Estudo e ensino. 2. Informática na enfermagem. 3. Aquisição de software. I. Mota, Edilene Curvelo Hora, orient. II. Título.

CDU 616-083:37

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ELIELMA ALVES DE SÁ

AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM:

FERRAMENTA DE ENSINO PARA O PROCESSO DE

ENFERMAGEM

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde da Universidade

Federal de Sergipe como requisito parcial à obtenção

do grau de Mestre em Ciências da Saúde.

Aprovada em: ____/____/____

___________________________________________________________

Profª Drª Edilene Curvelo Hora Mota

(Presidente)

___________________________________________________________

Prof. Dr. Divaldo Pereira de Lyra Junior

(1º Examinador)

___________________________________________________________

Prof. Dr. Wellington Barros da Silva

(2º Examinador)

PARECER

____________________________________________________________________

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____________________________________________________________________

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Dedicatória

Dedico este trabalho ao meu esposo Marcos Pelo amor, incentivo, apoio, e por ter sido meu

Porto Seguro em meio às tribulações.

À minha filha Larissa por colorir e encher de alegria a minha vida.

Ao meu sobrinho Vinícius, cuja partida precoce deixou um vazio imenso no meu coração. Um dia

a saudade deixará de ser dor e se transformará em história eternizada dentro da gente...

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AGRADECIMENTOS

A Deus que me sustenta quando vou cair, e nos momentos difíceis me dá forças para resistir.

A minha mãe Terezinha pelas orações e a minha família pelo apoio e carinho. A minha amiga

(irmã) Amenildes por estar sempre ao meu lado nos momentos de felicidades e de dor.

A minha orientadora Professora Doutora Edilene Curvelo por ter confiado na minha

capacidade e ter me dado a oportunidade de realizar esse sonho.

A coorientadora Professora Doutora Leila Maciel pelas contribuições.

Aos alunos Andrés Menéndez e Clevérton dos Santos, que fizeram parte da equipe de

desenvolvimento do software, pelo profissionalismo, competência e responsabilidade

demonstrados. A vocês sou extremamente grata!!!

A Professora Doutora Joseilze Santos pelas consultorias e contribuições dadas durante todas

as fases de desenvolvimento desse estudo. E ao Departamento de Enfermagem da

Universidade Federal de Sergipe pela convocação dos alunos para participar do estudo.

Ao Professor Doutor Divaldo Lyra pelas correções que foram de suma importância para

melhoria da qualidade desse trabalho.

A Professora Doutora Adicineia Aparecida pela ajuda na fase de avaliação do software

Ao Professor Doutor Wellington Barros pelas orientações científicas.

As colegas de trabalho Lusivânia e Ademilde pelo apoio e carinho. E a querida amiga Maria

José de Freitas – Coordenadora do Centro de Educação Permanente da Saúde de Aracaju -

pela compreensão, ajuda e incentivo.

A todos os colegas de classe, amigos e professores do Programa de Pós-Graduação em Ciências

da Saúde pelos momentos de aprendizado e descontração. Em especial à amiga Shirley Lima pelo

carinho e ajuda.

Aos amigos de perto e os de longe por sempre ter uma palavra ou atitudes de incentivo.

Muito Obrigada!

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“Acho que sentimentos se perdem nas

palavras. Todos deveriam ser transformados

em ações, em ações que tragam resultados”.

(Florence Nightingale)

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SÁ; E. A. Ambiente Virtual de Aprendizagem: Ferramenta de Ensino para o Processo de

Enfermagem. Universidade Federal de Sergipe, Programa de Pós Graduação em Ciências da

Saúde, 2015.

RESUMO

O processo de Enfermagem é considerado um instrumento metodológico que possibilita ao

enfermeiro priorizar a individualidade do cuidado e melhorar a qualidade do seu atendimento.

Porém, a ausência da sua efetiva realização em vários serviços de saúde, especialmente nos

campos de prática dos estudantes, pode comprometer o aprendizado. Nesse sentido, a

incorporação de estratégias de ensino utilizando ferramentas computacionais e o

desenvolvimento de ambientes virtuais de aprendizagem vêm sendo propostas como forma de

ajudar a superar essa dificuldade. Este estudo teve como objetivo desenvolver uma ferramenta

de ensino do processo de Enfermagem por meio de ambiente virtual de aprendizagem web.

Trata-se de uma pesquisa metodológica realizada em duas etapas distintas. Na primeira etapa

foi definido o modelo de funcionamento e desenvolvimento do ambiente virtual de

aprendizagem, contendo as fases do processo de Enfermagem organizadas em conformidade

com a Resolução 358/2009 do COFEN. Ainda nessa etapa, foram construídos casos clínicos

para operacionalização do software. Na segunda etapa foi realizada a validação da qualidade

interna e externa do ambiente virtual de aprendizagem por especialistas em Computação, e a

avaliação do conteúdo e da usabilidade, por docentes e estudantes do curso de Enfermagem.

Na etapa de validação da qualidade interna e externa verificou-se que o ambiente virtual

desenvolvido possui a estrutura necessária para realizar as funções propostas. Todas as

características avaliadas pelos especialistas em Computação receberam percentuais de

aprovação acima de 70%, e alcançaram os valores propostos para validação. Quanto à

avaliação do conteúdo do software, foi considerado pela maioria dos docentes e estudantes

muito apropriado ou completamente apropriado. Em relação à usabilidade, 100% dos

docentes e 66,7% dos estudantes consideraram o ambiente virtual fácil de utilizar. Considera-

se que os objetivos do presente estudo foram alcançados e espera-se que o software

desenvolvido possa ser utilizado, tornando-se ferramenta educativa de apoio ao ensino

presencial do processo de Enfermagem, e contribuindo, assim, para o ensino-aprendizagem

dos futuros enfermeiros.

Descritores: Educação em Enfermagem; Simulação por Computador; Validação de Software.

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SÁ; E. A. Virtual Learning Environment: Teaching Tool for Nursing Process. [Dissertation].

Sergipe. Federal University of Sergipe, Center for Graduate Health Sciences, 2015.

ABSTRACT

The nursing process is considered a methodological tool that allows nurses to prioritize the

individuality of care and improve the quality of your care. However, the absence of their

effective realization in various health services, especially in the fields of practice of students,

can compromise learning. In this sense, the incorporation of teaching strategies using

computational tools and the development of virtual learning environments has been proposed

as a way to help overcome this difficulty. This study aimed to develop an educational tool of

nursing process through the virtual web learning environment. It is a methodological research

carried out in two stages. In the first stage was defined the operational model and was

developed the virtual learning environment, containing phases of the nursing process

organized in accordance with Resolution 358/2009 of COFEN. Even at this stage, they were

built clinical cases for operation of the software. In the second stage it was carried out the

internal and external quality validation of the virtual learning environment by experts in

computer science and the content and usability evaluation by teachers and students of the

nursing course. In the internal and external quality validation phase it was found that the

virtual environment has the necessary infrastructure to carry out the duties involved. All

features evaluated by computing science experts received approval percentages above 70%,

and achieved their values for validation. As for the evaluation of software content, it was

considered by most very suitable or completely appropriate teachers and students. Regarding

usability, 100% of teachers and 66.7% of students considered the virtual environment easy to

use. It is considered that the objectives of this study were achieved and the developed

software can be used, making it an educational tool to support the classroom teaching of

nursing process, and thus contributing to the teaching and learning of future nurses.

Descriptors: Education, Nursing; Computer Simulation; Software Validation.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Domínios e classes da Taxonomia II da NANDA–I (2012-2014) 22

Figura 2 Domínios e classes da Taxonomia II da NANDA–I (2012-2014) 23

Figura 3 Valores esperados para subcaracterísticas e características, adaptados por

Sperandio (2008)

39

Figura 4 Algoritmo de funcionamento do software 42

Figura 5 Tela inicial do AVA 43

Figura 6 Tela com manual de utilização do AVA 43

Figura 7 Tela inicial do AVA para login.

44

Figura 8 Tela do AVA para iniciar o PE 44

Figura 9 Tela com a primeira etapa do PE – Investigação 45

Figura 10 Tela com a segunda etapa do PE – diagnóstico de Enfermagem 46

Figura 11 Tela com a terceira e quarta etapa do PE – planejamento e implementação 47

Figura 12 Tela com a quarta etapa do PE – implementação 47

Figura 13 Tela final do AVA com a quinta etapa do PE – Avaliação.

48

Figura 14 Tela do AVA de correção do tutor 48

Figura 15 Tela do AVA com a comparação do gabarito cadastrado para correção do

tutor

49

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Definições atribuídas para cada característica de qualidade e suas

respectivas subcaracterísticas, de acordo com NBR ISO/IEC 9126-1

35

Quadro 2 Definições atribuídas para cada subcaracterísticas, de acordo com NBR

ISO/IEC 9126-1

35

Quadro 3 Definições atribuídas para cada um dos pontos da escala tipo Likert, de

acordo com Tannure (2012)

37

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Avaliação da usabilidade do AVA por Docentes. Aracaju/SE, 2014-

2015

50

Tabela 2 Avaliação de conteúdo teórico do AVA por Docentes. Aracaju/SE,

2014- 2015

51

Tabela 3 Avaliação da usabilidade do AVA por graduandos em Enfermagem da

UFS. Aracaju/SE, 2014-2015

53

Tabela 4 Avaliação de conteúdo téorio do AVA por graduandos em Enfermagem

da UFS. Aracaju/SE, 2014-2015

53

Tabela 5 Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica

funcionalidade por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju (SE),

2014-2015

55

Tabela 6 Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica

confiabilidade por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju (SE),

2014- 2015

56

Tabela 7 Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica

usabilidade por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju/SE, 2014-

2015

56

Tabela 8 Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica

eficiência por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju (SE), 2014-

2015

57

Tabela 9 Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica

manutenibilidade por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju (SE),

2014-2015

57

Tabela 10 Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica

portabilidade, por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju (SE),

2014-2015

58

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LISTA DE ABREVIAÇÕES

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

CEP Comitê de Ética e Pesquisa

COFEN Conselho Federal de Enfermagem

CONEP Conselho Nacional de Ética e Pesquisa

DCOMP Departamento de Computação

DE Diagnóstico de Enfermagem

DF Distrito Federal

EJB Enterprise Java Beans

DSI Departamento de Sistemas de Informação

EUA Estados Unidos da América

IEC International Eletrotechnical Commission

ISO International Organization for Standardization

JSF Java Server Faces

N(n) Número Amostral

NANDA-I American Nursing Diagnosis- International

NBR Norma Brasileira

NHB Necessidades Humanas Básicas

NIC Nursing Interventions Classification

NLM National Library of Medicine

NOC Nursing Outcomes Classification

PE Processo de Enfermagem

PV Paciente Virtual

RUP Rational Unified Process

SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UFS Universidade Federal de Sergipe

UTI Unidade de Tratamento Intensivo

WWW World Wide Web

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15

2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 19

2.1 Processo de Enfermagem ................................................................................................. 19

2.2 AVA como Ferramenta de Ensino ................................................................................. 25

3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 28

3.1 Geral .................................................................................................................................. 29

3.2 Específicos ......................................................................................................................... 29

4 CASUÍSTICA E MÉTODOS ............................................................................................. 31

4.1 Tipo de Estudo .................................................................................................................. 31

4.2 Desenvolvimento do AVA ................................................................................................ 31

4.2 Local de Estudo ................................................................................................................. 33

4.3 Casuística ........................................................................................................................... 34

4.4 Instrumento de Estudo ..................................................................................................... 34

4.4.1 Formulário de Coleta de Dados .................................................................................... 34

4.5 Aspectos Éticos .................................................................................................................. 37

4.5.1 Análise dos Riscos e Benefícios ..................................................................................... 38

4.6 Procedimento da Coleta de Dados .................................................................................. 38

4.7 Tratamento e Análise dos Dados ..................................................................................... 39

5 RESULTADOS .................................................................................................................... 41

5.1 Funcionalidades do AVA ................................................................................................. 41

5.2 Avaliação da Usabilidade e do Conteúdo do Software com Docentes do Curso de

Enfermagem ............................................................................................................................ 49

5.3 Avaliação da Usabilidade e do Conteúdo do Software por Graduandos em

Enfermagem da UFS. ............................................................................................................. 52

5.4 Avaliação do AVA por Especialistas em Computação. ................................................. 54

6 DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 60

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 65

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 67

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ........................................ 75

ANEXO A – Formulário de Coleta de Dados ...................................................................... 77

ANEXO B – Parecer Consubstanciado do CEP .................................................................. 79

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ANEXO C– Autorização para uso de Formulário de Coleta de Dados ............................. 80

ANEXO D - Autorização para uso do NANDA – I, versão 2012-2014 .............................. 81

ANEXO E – Questionário de avaliação dos docentes ......................................................... 83

ANEXO F - Questionário de avaliação dos estudantes ....................................................... 85

ANEXO G – Questionário de avaliação dos especialistas em Computação ...................... 87

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1 INTRODUÇÃO

A ciência da Enfermagem está baseada em uma estrutura teórica ampla, enquanto sua

arte depende da habilidade do cuidar. Na busca por métodos que pudessem controlar sua

prática, os profissionais enfermeiros desenvolveram um processo de identificação e solução

de problemas conhecido como Processo de Enfermagem (PE) (DOENGES, 2009).

Apesar de o PE ter sido introduzido internacionalmente na década de 1950, foi a partir

da década de 70 que países como os Estados Unidos da América (EUA) e Reino Unido

passaram a utilizá-lo como marco teórico para a prática da Enfermagem. No Brasil, também

no final daquela década, esse método de cuidar passou a ser discutido nas escolas de

Enfermagem, impulsionado pela Teoria das Necessidades Humanas Básicas que foi

desenvolvida por Wanda Horta (FURUYA et al., 2012).

Para Horta (1979, p. 35), o PE caracteriza-se pela “[...] dinâmica de ações

sistematizadas e inter-relacionadas, visando à assistência ao ser humano”. Alguns autores

defendem que a utilização deliberada e sistemática do PE permite ao enfermeiro planejar,

organizar e avaliar a assistência, focalizada nas necessidades do paciente, o que pode elevar a

qualidade das ações desenvolvidas pela Enfermagem, e melhorar a visibilidade e o

reconhecimento profissional (CONCEIÇÃO et al., 2012; GARCIA; NÓBREGA, 2009;

VENTURINI; MATSUDA; WAIDMAN, 2009).

Embora, desde 2002, a implementação do PE, em ambientes públicos ou privados em

que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, tenha se tornado uma exigência legal do

Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), em muitos serviços de saúde no Brasil o

referido Processo ainda não foi operacionalizado (CONCEIÇÃO et al., 2012).

Na prática, os enfermeiros se deparam com adversidades para a implantação do PE, e,

dentre os principais fatores que interferem na aplicação do processo, destacam-se os do

âmbito institucional como as políticas e os objetivos dos serviços de saúde, e os que são

inerentes aos próprios profissionais como atitudes, habilidades técnicas e intelectuais

(FURUYA et al., 2012; LUIZ et al., 2010).

No que concerne à deficiência das competências (atitudes, conhecimentos e

habilidades) para o desenvolvimento do PE, busca-se explicação nas falhas do ensino

(FURUYA et al., 2012). Por outro lado, a não realização ou a aplicabilidade parcial das fases

do PE nos serviços de saúde, especialmente nos campos de prática dos estudantes, é um dos

fatores que prejudica o aprendizado (ANDRADE, 2013).

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As dificuldades de ensino na área de Ciências da Saúde não são restritas ao curso de

Enfermagem. O ensino tradicional tem enfrentado muitas barreiras, dentre elas as restrições

éticas relacionadas às disponibilidades de pacientes reais, reduzindo as oportunidades dos

estudantes de praticarem a integração do conhecimento (ZARY et al., 2006). Novas

estratégias de ensino, utilizando ferramentas computacionais e o desenvolvimento de

ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) vêm sendo propostas como forma de superar

essas dificuldades (COOK et al., 2010; ZARY et al., 2006).

No Brasil, as experiências com o uso de simulações, por meio de ambientes virtuais,

têm demonstrado contribuições para prática de estudantes de Enfermagem, fato que reforça a

aplicação dessa estratégia educacional como apoio ao ensino presencial (TEIXEIRA; FÉLIX,

2011). Pesquisas realizadas em outros países também têm apresentado resultados satisfatórios

em relação à aprendizagem baseada na web, que pode incluir vários métodos de ensino como:

estudos de casos, grupos de discussões on-line, simulações com modelos interativos,

pacientes virtuais, dentre outros (CANT; COOPER, 2014; COOK et al., 2010).

Ao fornecer um contexto que demonstra como o conhecimento e as habilidades serão

usadas na vida real, o AVA estimula os estudantes a desenvolver competências clínicas, e

melhora a eficiência e a eficácia da intervenção educativa face aos desafios pedagógicos

atuais (LIAW et al., 2015). Segundo Moule et al. (2015), os estudos de casos com utilização

de pacientes virtuais proporcionam a oportunidade de desenvolver a confiança e o

conhecimento dos estudantes de Enfermagem.

Em relação ao ensino do PE, na ausência de instituições de saúde - campo de prática

dos estudantes - que possam ser modelos na aplicação dessa metodologia, o uso de estratégias

de ensino-aprendizagem, como simulação, estudos de casos e situações-problema torna-se

cada vez mais necessários, por permitir a visualização da capacidade de percepção do

estudante e da tomada de decisão fundamentada (CARVALHO et al., 2007).

Ao inserir a tecnologia na educação em Enfermagem pode-se aprimorar a prática do

ensino e da assistência, uma vez que, usada de forma intencionalmente educativa, a tecnologia

favorece o processo ensino-aprendizagem, o processo de trabalho, e melhora o desempenho

do enfermeiro, por proporcionar mais segurança (TOBASE et al., 2013).

Ante o exposto, emergiu a motivação para construir e validar um AVA web, que seja

utilizado como estratégia de ensino para o PE, a fim de possibilitar ao estudante a vivência de

casos clínicos que simulam a realidade prática, e que desenvolvam a capacidade de percepção

mais apurada e a tomada de decisão fundamentada. A escolha pela tecnologia web deveu-se

ao fato da habilidade de atualizar, e manter aplicações sem distribuir e instalar o software

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potencial em vários computadores, além de o acesso ao ambiente virtual ser possível em

qualquer computador, e de locais que tenham conexões com internet.

Dentre os recursos disponibilizados no AVA desenvolvido estão: o compartilhamento

dos relatos clínicos entre instituições de ensino que vierem a utilizar o software, o

armazenamento de dados que permitirão o comparativo entre estudantes da mesma turma,

entre turmas diferentes e entre instituições de ensino. Além disso, o sistema permite a

correção on-line das questões pelo tutor/professor, e a realização de correções automáticas das

questões objetivas, comparando as respostas dos estudantes com as informadas pelo

professor.

Uma ferramenta similar já foi desenvolvida e aplicada no ensino de competências para

prática da disciplina Atenção Farmacêutica dos estudantes de Farmácia da Universidade

Federal de Sergipe (UFS) e, segundo Mesquita et al. (2015), o uso dessa tecnologia foi

observado como um dos pontos fortes do curso, na opinião dos estudantes, os quais

demonstraram melhorias significativas em suas competências e satisfação com o software de

ensino.

Diante disso, o AVA desenvolvido poderá ser utilizado como uma estratégia de ensino

do PE, e contribuir para o fortalecimento didático, por meio da incorporação de novas

abordagens educacionais. O uso de recursos de tecnologia será um caminho que possibilitará

aos estudantes o desenvolvimento do pensamento crítico-reflexivo e a aplicação do PE

durante a formação acadêmica.

.

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RReevviissããoo ddee LLiitteerraattuurraa

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19

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Processo de Enfermagem

O PE é o fundamento para o raciocínio clínico, e um modelo de pensamento crítico

essencial para nortear a tomada de decisões do enfermeiro, uma vez que ele permite

estruturar de forma científica o conhecimento de Enfermagem, subsidiando a definição de seu

papel na área da saúde e na sociedade, como uma profissão (ALFARO-LEFEVRE, 2014;

CARPENITO-MOYET, 2012). A operacionalização do PE requer a adoção de um referencial

teórico que instrumentalize o planejamento científico e organize as ações desenvolvidas pelos

integrantes da equipe de Enfermagem, dando suporte para direcionar o desempenho das

atividades, uma vez que as teorias possuem conceitos que servem de guia para o processo de

raciocínio crítico (VENTURINI; MATSUDA; WAIDMAN, 2009).

Nesta perspectiva, Horta (1979) propôs e divulgou uma teoria denominada Teoria das

Necessidades Humanas Básicas (NHB), a qual se fundamenta em uma abordagem

humanística e empírica, a partir da teoria da motivação desenvolvida por Maslow, e pela

determinação dos níveis da vida psíquica utilizados por João Mohana, conhecidos como

necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais (ALMEIDA, et al. 2011). O

modelo do PE apresentado por este referencial teórico possui seis fases ou passos: histórico de

Enfermagem, diagnóstico de Enfermagem, plano assistencial, plano de cuidados ou prescrição

de Enfermagem, evolução e prognóstico (HORTA, 1979).

Na atualidade, as fases ou etapas do PE variam no que diz respeito ao número e à

terminologia utilizada (TANNURE; PINHEIRO, 2011). Para uniformizar os modelos de PE

propostos pela literatura, o COFEN publicou a Resolução 358/2009 que define e organiza em

cinco as etapas do PE: coleta de dados de Enfermagem (ou histórico de Enfermagem),

diagnóstico de Enfermagem, planejamento de Enfermagem, implementação e avaliação de

Enfermagem (COFEN, 2009).

De acordo com o COFEN (2009), nessas etapas realiza-se:

a) Coleta de dados de Enfermagem - obtenção de informações sobre a pessoa,

família ou coletividade, e das suas respostas ao processo saúde e doença.

b) Diagnóstico de Enfermagem - análise e julgamento clínico dos dados coletados

na primeira etapa, para a tomada de decisão e a formulação dos conceitos

diagnósticos de Enfermagem.

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c) Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados esperados e das

intervenções de Enfermagem face aos diagnósticos identificados.

d) Implementação - execução das ações ou intervenções de Enfermagem

determinadas na etapa anterior.

e) Avaliação de Enfermagem - avaliação da resposta do paciente aos cuidados

prescritos, para determinar se as ações de Enfermagem alcançaram o resultado

esperado; e verificação da necessidade de mudanças.

Nos EUA o PE também tem passado por diferentes períodos evolutivos, desde a sua

introdução na década de 1950, na qual eram propostas quatro fases, passando, até os anos 70 a

apresentar cinco fases (assessment, diagnosis, planning, implementing e evaluating)

(CARVALHO et al., 2007; FURUYA, et al. 2012). As modificações sofridas no decorrer do

tempo, em relação à forma de operacionalização do PE, estão intrinsecamente ligadas ao

significado atribuído a ele, de modo que podem ser identificadas gerações distintas

influenciadas pelo estágio de conhecimento contemporâneo (CARVALHO et al. 2007;

GARCIA; NÓBREGA, 2009).

Segundo Pesut (2006), a primeira geração do PE compreendeu o período de 1950-

1970 e tinha como foco a identificação e resolução de problemas, relacionados

predominantemente às condições fisiopatológicas médicas. A segunda geração (1970-1990)

foi marcada pelo processo de raciocínio diagnóstico.

A entrada do diagnóstico de Enfermagem nesse cenário ocasionou uma mudança nas

fases do PE, passando de quatro para cinco. Além disso, houve também o surgimento, no

período, dos sistemas de classificação dos elementos da prática profissional (diagnóstico,

intervenção e resultados), a exemplo do sistema proposto pela North American Nursing

Diagnosis Association (NANDA), pela Nursing Interventions Classification (NIC) e o

Nursing Outcomes Classification (NOC). Ainda de acordo com o mesmo autor, a partir de

1990 surgiu a terceira geração do PE, cujo foco se volta para a avaliação da eficácia das

intervenções realizadas, tendo como base o estabelecimento de um resultado esperado, o qual

situa o paciente num contexto significativo e favorece a prática baseada em evidências

(JOHNSON et al., 2012).

Nesse contexto, é preciso conceber que o cuidado profissional de Enfermagem não é

um fenômeno natural, mas sim resultante de um empreendimento humano, ou seja, é um

instrumental tecnológico desenvolvido ao longo da formação profissional, que resulta em uma

prática reflexiva e crítica dos profissionais de Enfermagem (NASCIMENTO et al., 2008). Um

dos elementos que pode auxiliar o enfermeiro na tomada de decisão é a capacidade de pensar

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21

criticamente. O pensamento crítico é definido como algo cuidadoso, deliberado e focalizado

em resultados que requer um pensar com propósito; dessa forma, vinculá-lo à base de

conhecimentos que orienta as ações do enfermeiro proporciona melhoria dos cuidados

prestados (CROSSETTI et al., 2014).

As habilidades para esse pensamento crítico e de raciocínio clínico com o objetivo de

diagnosticar necessidades são passíveis de aprendizagem e aprimoramento. Desenvolver e

aperfeiçoar a competência para a aplicação, de modo planejado e dinâmico, de um processo

assistencial, possibilita identificar, compreender, descrever, explicar e predizer quais as

necessidades da pessoa, família ou coletividade humana, em determinado momento do

processo saúde e doença (MALUCELLI et al., 2010). Com a finalidade de auxiliar a

execução do PE e fornecer subsídios para a utilização de uma linguagem padronizada que

reflete os significados dos fenômenos da prática clinica existem, atualmente, vários sistemas

de classificação de termos de Enfermagem (ALMEIDA, et al. 2011).

Entre os sistemas mais utilizados, e o primeiro sistema de classificação disponível em

português foi o desenvolvido pela NANDA-International, o qual possui uma estrutura

multiaxial para classificação diagnóstica que utiliza, atualmente, uma taxonomia constituída

de três níveis denominados domínios, classes e diagnósticos de Enfermagem (ALMEIDA, et

al. 2011; OLIVEIRA; PAULA; FREITAS, 2007). Na estrutura denominada Taxonomia II,

um domínio significa uma esfera de conhecimentos; uma classe um grupo que partilha

atributos comuns; e cada diagnóstico de Enfermagem (DE) está organizado em uma das

classes e domínios. Essa organização de codificação atende às recomendações da Nacional

Library of Medicine (NLM), e possui 13 domínios e 47 classes, conforme mostra Figura 1 e 2

(NANDA-I, 2012-2014):

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Figura 1: Domínios e classes da Taxonomia II da NANDA–I (2012-2014)

A Figura 1 mostra a organização dos domínios de um a seis e suas respectivas classes.

Observa-se, ainda, que os domínios: dois (Nutrição), quatro (Atividade/repouso) e cinco

(Percepção/cognição) possuem as cinco classes, enquanto que os domínios: um (Promoção da

saúde), três (Eliminação e troca), e seis (Autopercepção) possuem respectivamente duas,

quatro e seis classes.

A Figura 2 apresenta a organização dos domínios de sete a 13 e as respectivas classes.

Verifica-se que os domínios sete (Papéis/relacionamentos), oito (Sexualidade), nove

(Enfrentamento/tolerância ao estresse), dez (Princípios de vida) e 12 (Conforto) possuem cada

um três classes, enquanto que o domínio 11 (Segurança/proteção) possui seis classes e o

domínio 13 possui duas classes.

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Figura 2: Domínios e classes da Taxonomia II da NANDA–I (2012-2014)

De acordo com essa estrutura taxonômica, os DEs devem possuir como componentes

o título, a definição com descrição clara, fatores relacionados que contribuem para mostrar

relação padronizada com o DE, fatores de risco que aumentam a vulnerabilidade de um

indivíduo a um DE, e características definidoras que são os sinais e sintomas observáveis em

um DE. Além disso, a formulação de um conceito diagnóstico possui nessa organização

multiaxial sete eixos (ALMEIDA et al., 2011):

a) Eixo 1 – foco do diagnóstico;

b) Eixo 2 – sujeito do diagnóstico (indivíduo, família ou comunidade);

c) Eixo 3 – julgamento (ex.: prejudicado, ineficaz, etc.);

d) Eixo 4 – localização (ex. cerebral, vesical, etc.);

e) Eixo 5- idade (ex.: criança, adulto, etc.);

f) Eixo 6 – tempo (ex.: crônico, agudo);

g) Eixo 7 – situação do diagnóstico (ex.: real, de risco, de promoção da saúde).

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No que concerne à situação do diagnóstico, a NANDA-I na sua versão 2012-2014 traz

as seguintes definições para os diferentes tipos de DE:

a) real – é a descrição das respostas humanas a condições de saúde/processos

vitais que existem e apresentam manifestações;

b) de promoção da saúde – é o julgamento clínico da motivação de um individuo,

família ou comunidade para aumentar o bem-estar e tornar real o potencial de

saúde;

c) de risco – é a elevada probabilidade do desenvolvimento de uma resposta

humana a condições de saúde/processos vitais;

d) síndrome – é o julgamento clínico que descreve um conjunto de diagnóstico

que ocorre simultaneamente.

A construção de um DE é realizado, essencialmente, pela combinação de valores do

eixo um (foco do diagnóstico), do eixo dois (sujeito do diagnóstico) e do eixo três

(julgamento), como pode ser observado no exemplo: Comportamento desorganizado do

lactente, no qual: comportamento refere-se ao eixo um; desorganizado ao eixo três; e lactente

ao eixo dois. Caso seja necessário para clareza relevante, acrescentam-se os valores dos

demais eixos (NANDA-I, 2012-2014).

Dentre as etapas que compõem o PE, a ação de formulação correta do diagnóstico de

Enfermagem tem importância ímpar, pois, será a partir daí que haverá o planejamento, a

implementação e a evolução do cuidado (ALMEIDA et al., 2011) . A American Nursing

Diagnosis Association – international define DE como “[...] julgamento clínico das

respostas/experiências do indivíduo, da família ou da comunidade a problemas de

saúde/processos vitais reais ou potenciais” (NANDA-I, 2012- 2014, p.587).

Neste sentido, torna-se cada vez mais incisivo o desejo de compreender o PE, e

procurar desenvolver no ensino de Enfermagem estratégias que compreendam os domínios de

competência cognitiva, psicomotora e afetiva, e que possam subsidiar a prática no

desenvolvimento do pensamento crítico no processo diagnóstico e na tomada de decisão

(CROSSETTI et al., 2014). O aumento da competência profissional tem uma estreita relação

com o pensamento crítico, por isso, recomenda-se a utilização de métodos de ensino que

favoreçam a sua construção (GHAZIVARILI et al., 2014).

Um desafio na educação em Enfermagem é encontrar maneiras de preparar os

estudantes para interpretar os dados, fazer o diagnóstico e avaliar as intervenções, a partir da

ligação entre a teoria e a prática clínica baseada em evidências (GEORG; ZARY, 2014). O

desenvolvimento de competências (conhecimento e habilidades), aliado ao raciocínio lógico,

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tem sido citado como uma das dificuldades encontradas para implementação sistemática e

efetiva do PE na prática profissional (AMANTE et al., 2010; GÁRCIA;. NÓBREGA, 2009).

Um estudo apontou três categorias de dificuldades para utilização do PE no Brasil, são

elas: complexidade inerente às fases do PE, cenários de prática assistencial e cenários de

ensino-aprendizagem (CARVALHO et al., 2007). Frente aos desafios postos na sua

implementação na prática profissional e no ensino do PE, urge a necessidade do

fortalecimento de estratégias pedagógicas, e métodos ativos de ensino, que possam trazer

soluções inovadoras para reforçar a construção do pensamento crítico e da competência

profissional (AZIZI-FINI; HAJIBAGHERI; ADIB-HAJBAGHERY, 2015; FONTES;

LEADEBAL; FERREIRA, 2010; GHAZIVAKILI et al., 2014).

Estratégias de ensino inovadoras, tais como a simulação em ambientes virtuais, têm

surgido para apoiar as práticas pedagógicas em Enfermagem (JENSON; FORSYTH, 2012). A

simulação oferece um ambiente seguro e realista, que permite repetidas sessões de prática,

requer a tomada de decisão, além de expor diversas condições clínicas do paciente (GEORG;

ZARY, 2014; JENSON; FORSYTH, 2012). Em outras áreas da saúde o uso de recursos

computacionais, dentre eles a utilização de pacientes virtuais como ferramentas de

aprendizagem, estão associadas a melhores resultados entre estudantes de Medicina,

Odontologia, Farmácia e vários outros cursos, em comparação ao método tradicional que não

utiliza esse recurso, fato que justifica o uso dessa tecnologia para melhorar as habilidades

cognitivas de estudantes e até de profissionais em seus campos de prática (COOK et al.,

2010).

Um AVA pode proporcionar uma prática pedagógica ativa, que contribui para a

construção da autonomia no processo de aprendizagem dos estudantes, e torna-se possível e

pertinente ao ensino de Enfermagem (COGO, 2009). Nesse sentido, as novas tecnologias

deverão ser utilizadas como instrumentos potencializadores na construção das competências

do futuro enfermeiro e contribuir para a transformação da realidade (CALIL et al., 2012).

2.2 AVA como Ferramenta de Ensino

A necessidade de o ensino superior mudar a ênfase do processo educacional, centrado

no professor que dirige o ensino de forma passiva, para uma aprendizagem interativa pode ter

como aliada a utilização de programas de ensino mediado por tecnologias, destinados ao

auxílio da formação dos graduandos em Enfermagem, as quais constituem uma tendência

crescente na atualidade por oferecerem a experiência de trabalho real e manuseio prático que

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pode ser obtido por meio de ambientes simulados no computador (OLIVEIRA; BARROS;

OLIVEIRA, 2010).

Neste contexto, é possível um AVA dispor de ferramentas que podem ser utilizadas

em diferentes situações do processo de aprendizado, e oportunizar ao estudante o exercício da

autonomia, favorecendo o desenvolvimento cognitivo (COGO, 2009).

Acredita-se que é de fundamental importância o desenvolvimento de estratégias

inovadoras de ensino, para auxiliar os estudantes de Enfermagem a desenvolver as habilidades

do pensamento crítico-reflexivo e a buscar evidências presentes na prática do cuidar

(CROSSETTI et al., 2014). Além disso, outra possibilidade que se vislumbra com a

utilização de novas tecnologias de ensino-aprendizagem é a avaliação mais aprofundada dos

estudantes na complementação do ensino prático e melhor avaliação cognitiva (BARBOSA;

MARIN, 2009).

Na área de informática na saúde, as tecnologias da informação e comunicação

ocupam uma evidência de aplicabilidade que precisa ser adequadamente explorada pelo

ensino e pela abordagem pedagógica na formação de profissionais, por possibilitar ao

estudante conhecer, compreender e refletir sobre a complexidade de funcionamento dos

sistemas e serviços de saúde (CARDOSO et al., 2008; COGO, 2009).

Nessa perspectiva, o professor pode explorar o uso do computador em situações de

simulação, que permitam ao estudante praticar ou vivenciar situações abstratas ou reais. A

técnica de simulação com paciente virtual tem sido utilizada de forma eficiente e eficaz para

treinar os estudantes da área da saúde, em casos clínicos padronizados e resolução de

situações do cotidiano, configurando-se como ferramenta educacional inovadora para

otimização do ensino (JABBUR-LOPES et al., 2012; MELO; DAMASCENO, 2006).

A incorporação de novas tecnologias educacionais pode contribuir para enriquecer e

complementar o ensino presencial, por permitir ao estudante aprender sem correr os riscos

que podem surgir como conseqüências de condutas errôneas nos processos de tomada de

decisão. Além disso, cria a possibilidade de agregar valor ao processo de aprendizagem, por

estimular práticas de estudos independentes que visam à autonomia intelectual do estudante e

se mostram mais consonantes com as necessidades educacionais da sociedade (BARBOSA;

MARIN, 2009).

Essas novas abordagens de ensino já fazem parte do currículo de graduação em

Enfermagem de muitos países. Nos EUA, por exemplo, uma pesquisa evidenciou que o uso

de cenários simulados pode contribuir para melhorar o pensamento e o julgamento crítico do

estudante sobre o atendimento ao cliente, e com isso fortalecer a sua capacidade para tomar

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decisões apropriadas (POWELL-LANEY; KEEN; HALL, 2012). Pacientes virtuais adaptados

aos paradigmas da Enfermagem podem servir de apoio para o desenvolvimento de habilidade

e do raciocínio clínico dos estudantes de Enfermagem. A utilização dessa estratégia de ensino

pode ajudar no alinhamento construtivo dos objetivos de aprendizagem (GEORG; ZARY,

2014).

Um estudo realizado por Liaw et al. (2014) mostrou que a utilização de pacientes

virtuais é uma estratégia eficaz para melhorar o desempenho clínico dos estudantes de

Enfermagem. Sendo assim, utilizar um AVA como dispositivo educacional eficiente para

agregar novas experiências poderá contribuir para a inovação do ensino em Enfermagem, o

que torna relevante compreender e incorporar essa tecnologia como estratégia de ensino e

aprendizagem (GOYATÁ, 2012).

Outro estudo realizado por Penjvini e Shahsawai (2013) concluiu que o uso de novas

metodologias de ensino, incluindo a utilização do aprendizado baseado em problemas,

contribuiu para motivar o estudante, além de provocar mudanças satisfatórias de atitudes em

relação ao cuidado de Enfermagem. Considera-se, dessa forma, que o desenvolvimento de

software educacional pode contribuir para um ensino mais participativo, por meio da

disponibilização para os estudantes de conteúdos e ambientes simulados que poderão ser

utilizados de acordo com as necessidades e ritmo de aprendizagem de cada estudante

(FONSECA et al., 2009).

No contexto da UFS, um AVA, como estratégia de ensino, vem sendo utilizado pelo

curso de Farmácia, no ensino da disciplina Atenção Farmacêutica. Um estudo mostrou que,

após melhorias de usabilidade e funcionalidade na primeira versão do AVA utilizado, foi

possível melhorar o aprendizado dos alunos (MENENDEZ et al. 2015). A primeira versão

do AVA e a experiência da equipe envolvida foram fundamentais para a criação do novo

AVA proposto neste trabalho. Houve a necessidade de recriar o AVA em virtude de a

primeira versão não ter sido projetada para suportar várias áreas das Ciências da Saúde.

A incorporação de um novo módulo para Enfermagem possibilitou a simulação das

fases do PE, ordenadas de acordo com a Resolução 358/2009 do COFEN. Foram recriadas

todas as funcionalidades existentes na primeira versão do software; além da realização de

significativas melhorias na usabilidade e funcionalidade da ferramenta.

Diante do exposto, espera-se que a utilização de um software aplicado ao PE na

prática acadêmica estimule o estudante a ter um raciocínio crítico, clínico, organizado e

preciso, com planejamento sistemático, dinâmico e interativo do plano de cuidados de

Enfermagem, a fim de melhorar seu desempenho frente ao cuidado do paciente.

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OObbjjeettiivvooss

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3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Desenvolver uma ferramenta de ensino do processo de Enfermagem por meio de

ambiente virtual de aprendizagem.

3.2 Específicos

a) Desenvolver um ambiente virtual de aprendizagem Web para o auxílio do

ensino do processo de Enfermagem em curso de graduação.

b) Validar, com especialistas em Computação, o ambiente virtual de

aprendizagem quanto a sua qualidade interna e externa.

c) Avaliar a usabilidade e o conteúdo do software com docentes e graduandos do

curso de Enfermagem.

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CCaassuuííssttiiccaa ee MMééttooddooss

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4 CASUÍSTICA E MÉTODOS

4.1 Tipo de Estudo

Trata-se de uma pesquisa metodológica, realizada em duas etapas distintas. Neste tipo

de estudo, de acordo com Polit e Beck (2011), há o desenvolvimento, a validação e a

avaliação de ferramentas.

4.2 Desenvolvimento do AVA

A primeira etapa da pesquisa compreendeu a definição do modelo de funcionamento e

desenvolvimento do AVA, contendo as fases do PE, e a construção de casos clínicos para

operacionalização do software. Para subsidiar a primeira fase do PE, foram realizadas

adaptações em um instrumento de coleta de dados (Anexo A), validado por Andrade (2005), e

disponibilizado no software. Para auxiliar a execução da segunda fase do PE foram

cadastrados e disponibilizados no software os domínios, as classes e as definições dos títulos

diagnósticos da NANDA-I versão 2012-2014, bem como as características definidoras, os

fatores relacionados e os fatores de risco dos DEs em questão.

Para a construção dos casos clínicos utilizados no AVA, inicialmente, foi solicitada

autorização da diretoria de ensino e pesquisa do Hospital Universitário da UFS para coletar

informações nos prontuários dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Entretanto, pela escassez de casos relacionados à especialidade de neurologia durante a coleta

de informações, optou-se pela construção de casos clínicos, baseados na experiência clínica

da pesquisadora e da orientadora, os quais simulam situações reais do cotidiano hospitalar.

A segunda etapa compreendeu: a validação da qualidade interna e externa, baseado no

modelo de avaliação proposto pela NBR ISO/IEC 9126-1; e a avaliação de usabilidade e do

conteúdo do software desenvolvido. Segundo Koscianski e Soares (2007, p. 203), a série de

normas ISO/IEC 9126 “[...] estabelece um modelo de qualidade para produto, bem como

apresenta uma ampla descrição de como aferir, qualitativa e quantitativamente, a ‘presença’

de qualidade.”

Analisar um produto de software utilizando critérios propostos pela International

Organization for Standardization (ISO) e a International Electrotechnical Commission (IEC)

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significa garantir que os processos estejam adequados para o uso, além de aumentar a

possibilidade de sua aceitação (PEREIRA JÚNIOR, 2009; SPERANDIO, 2008).

Esse tipo de análise, de acordo com Sperandio (2008), permite a identificação de

possíveis falhas técnicas e/ou limitações do produto que possam comprometer seu uso, além

de possibilitar a melhoria de componentes que precisem ser modificados antes da

disponibilização da forma final.

Para construção do AVA foi realizada uma parceria com os departamentos de

Computação (DCOMP) e o de Sistemas de Informação (DSI), ambos pertencentes à UFS.

Participaram da construção do AVA dois professores e dois alunos dos departamentos

supracitados. Utilizou-se uma metodologia de desenvolvimento baseada no Rational Unified

Process (RUP), que possui como característica base o desenvolvimento cíclico e incremental,

adicionando novas funcionalidades a cada ciclo de desenvolvimento. Cada um desses ciclos

de desenvolvimento engloba seis disciplinas de Engenharia de software: modelagem de

negócio, requisitos, análise e projeto, implementação, testes e implantação. Essas disciplinas

possuem um fluxo definido de atividades a serem realizadas, com produção de um conjunto

de artefatos como resultado (KRUCHTEN, 2004).

Seguindo a metodologia de desenvolvimento, os primeiros ciclos se concentraram na

definição do modelo de negócio do sistema. Foram também construídos protótipos para

validar, com enfermeiros especialistas, o fluxo de funcionamento proposto para o sistema e os

componentes propostos para interface. Em seguida, foi realizada a especificação detalhada

dos requisitos do sistema. Esses artefatos são essenciais para definição da arquitetura,

componentes e tecnologias a serem utilizados na construção do sistema.

O sistema adota uma arquitetura de três camadas: web, serviço e persistência. A

camada de web foi implementada utilizando a tecnologia ASP.NET MVC (ASP.NET MVC,

2015) que possibilita o acesso via web das funcionalidades desenvolvidas. A camada de

serviço e persistência de dados utiliza a tecnologia Entity Framework (ENTITY

FRAMEWORK, 2015) e o banco de dados adotado é o MySQL (MYSQL, 2012).

O AVA desenvolvido foi projetado para que um mesmo paciente e seus respectivos

casos clínicos pudessem ser avaliados por profissionais de diferentes áreas das Ciências da

Saúde. A primeira área desenvolvida foi para estudantes do curso de Farmácia. Essa decisão

foi tomada por existir uma primeira versão do software, denominada PharmaVP (COSTA et

al., 2012) que facilitou o processo de construção do novo ambiente. A primeira versão do

software foi descontinuada pela dificuldade em reutilizar a arquitetura existente para

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compartilhar os pacientes e casos clínicos com novas áreas, além da dificuldade em adicionar

os novos requisitos que foram surgindo após a implantação dessa primeira versão.

A segunda área desenvolvida no AVA, objeto deste estudo, foi a área de Enfermagem.

Apesar de compartilhar algumas funcionalidades com o módulo da Farmácia, foi necessário

desenvolver várias funcionalidades que permitissem a avaliação do paciente, do ponto de vista

do enfermeiro, e a aplicação do PE. Ainda durante a fase de implementação, foram criados e

disponibilizados os manuais de utilização das funcionalidades do software, elaborados pela

pesquisadora com o apoio da equipe de desenvolvimento.

Após a implementação do software, foi executado um conjunto de técnicas de testes de

acordo com os objetivos definidos. Os testes têm como objetivo verificar a interação e

integração dos componentes desenvolvidos, avaliar se todos os requisitos propostos foram

implementados e garantir a correção dos defeitos antes da implantação do software.

Foi definida a técnica de testes de aceitação, cujo propósito foi verificar se o

comportamento do sistema estava de acordo com as necessidades expressas pelo usuário do

sistema. Para realizar essa atividade, o usuário especifica tarefas típicas e resultados esperados

para as mesmas, verificando se o software produzido consegue executá-las adequadamente

(PERRY, 1995). Os testes de aceitação foram produzidos neste estudo pela pesquisadora

durante o tempo necessário para a equipe de desenvolvimento realizar a implementação das

funcionalidades previstas. A execução dos testes de aceitação foi realizada imediatamente

após a entrega das funcionalidades pela equipe de desenvolvimento, reportando para a mesma

os erros encontrados.

Após a conclusão do processo de engenharia do software, iniciou-se a segunda etapa

do estudo com a validação da qualidade interna e externa do AVA por especialistas em

Computação, e a avaliação da usabilidade e do conteúdo do software por docentes de

Enfermagem e graduandos do curso de Bacharelado em Enfermagem da UFS.

4.2 Local de Estudo

O estudo foi realizado em dois campi da UFS. O desenvolvimento do software foi

realizado no Laboratório de Informática do Departamento de Sistemas de Informação do

Campus Universitário Prof. “Alberto de Carvalho” localizado na Cidade de Itabaiana (SE).

Em seguida, foi realizada a avaliação do AVA com especialistas em Computação, docentes e

graduandos do curso de Enfermagem no Campus da Saúde Prof. “João Cardoso Nascimento

Júnior”, situado em Aracaju (SE).

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4.3 Casuística

A amostra deste estudo foi do tipo não probabilística de conveniência. Baseado na

norma NBR ISO/IEC 14598-6 que recomenda o mínimo de oito avaliadores por categoria de

usuários, participaram oito especialistas em Computação, que atenderam aos seguintes

critérios de inclusão: ter formação em Análise de Sistemas ou graduação correspondente, ter

experiência em desenvolvimento de software, aceitar voluntariamente participar do estudo

com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; oito docentes de

Enfermagem, que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ministrar disciplinas que

envolvam o PE, ter no mínimo o grau de mestre, aceitar voluntariamente participar do estudo

com a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; e 14 estudantes do curso

de Bacharelado em Enfermagem que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ser

graduando de Enfermagem da UFS, por já ter cursado todas as disciplinas, e possuir o

conhecimento sobre o PE, e aceitar voluntariamente participar do estudo com a assinatura do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

4.4 Instrumento de Estudo

4.4.1 Formulário de Coleta de Dados

Para avaliação dos aspectos de qualidade interna e externa foi utilizado um

instrumento desenvolvido e validado por Sperandio (2008), baseado na NBR ISO/IEC 9126-1

que avalia as características de funcionalidade, confiabilidade, usabilidade, eficiência,

manutenibilidade e portabilidade do software. Essas características de qualidade possuem

subcaracterísticas cujos itens foram julgados pelos especialistas em Computação.

O modelo de avaliação de qualidade externa e interna estabelecido pela NBR ISO/IEC

9126-1 categoriza os atributos de qualidade de software em seis características que são

detalhadas em níveis de subcaracterísticas (ABNT, 2003). Nesse modelo, a avaliação de

qualidade externa acontece a partir da utilização do sistema do qual o software faz parte, e

privilegia o efeito externo percebido pelo usuário; no entanto, essa análise pode ser

influenciada por atributos internos; desta forma, as características de qualidade interna e

externa mantêm correlações (SCALET et al., 1999).

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No Quadro 1 são descritas as definições das características e suas respectivas

subcaracterísticas, e no Quadro 2 são descritas as definições das subcaracterísticas ambas de

acordo com a NBR ISO/IEC 9126-1.

Quadro 1- Definições atribuídas para cada característica de qualidade e suas respectivas

subcaracterísticas, de acordo com NBR ISO/IEC 9126-1

CARACTERÍSTICA DEFINIÇÃO SUBCARACTERÍSTICAS

Funcionalidade Capacidade do software de

prover funções que atendem

as necessidades explícitas e

implícitas, sob condições

especificadas.

Adequação

Acurácia

Interoperabilidade

Segurança de acesso

Conformidade

Confiabilidade Capacidade do software de

manter um nível de

desempenho especificado.

Maturidade

Tolerância a falhas

Recuperabilidade

Usabilidade Capacidade do software de

ser compreendido, aprendido,

operado e atraente ao

usuário.

Inteligibilidade

Apreensibilidade

Operacionalidade

Eficiência Capacidade do software de

apresentar desempenho

apropriado, relativo à

quantidade de recursos

usados.

Tempo

Recurso

Manutenibilidade Capacidade do software de

ser modificado, podendo

incluir correções.

Analisabilidade

Modificabilidade

Estabilidade

Testabilidade

Portabilidade Capacidade do software de

ser transferido de um

ambiente para outro. Esse

ambiente pode ser

organizacional, de hardware

ou de software

Adaptabilidade

Capacidade de ser

instalado

Capacidade para substituir

Conformidade

Fonte: NBR ISO/IEC 9126-1.

Quadro 2- Definições atribuídas para cada subcaracterísticas, de acordo com NBR ISO/IEC

9126-1

(continua)

SUBCARACTERÍSTICA DEFINIÇÃO

Adequação

Capacidade do software de prover funções corretamente

adaptadas às necessidades do usuário.

Interoperabilidade Capacidade do software de interação com um ou mais

sistemas.

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Quadro 2- Definições atribuídas para cada subcaracterísticas, de acordo com NBR ISO/IEC

9126-1

(conclusão)

SUBCARACTERÍSTICA DEFINIÇÃO

Acurácia

Capacidade do produto de software de prover com precisão

necessária, resultados ou efeitos corretos.

Segurança de acesso

Capacidade do produto de software de proteger informações

e dados.

Conformidade

Capacidade do software de estar de acordo com normas, leis

e convenções.

Maturidade

Capacidade de evitar a ocorrência de falhas decorrentes de

defeitos no software.

Tolerância a falhas

Capacidade do software de manter um nível de desempenho

de forma a proteger os dados armazenados na ocorrência de

falhas.

Recuperabilidade Capacidade do software de recuperar os dados diretamente

afetados no caso de falhas.

Inteligibilidade

Capacidade do produto de software de possibilitar ao usuário

compreender se o software é apropriado na realização de

tarefas para as quais ele foi desenvolvido.

Apreensibilidade

Capacidade do produto de software de possibilitar ao usuário

aprender a usá-lo.

Operacionalidade Capacidade do produto de software de possibilitar ao usuário

utilizá-lo e controlá-lo.

Tempo

Capacidade do produto de software de ser adequado quanto

ao tempo de resposta e de processamento das funções do

software.

Recurso Capacidade do produto de software de utilizar tipos e

quantidades apropriadas de recursos quando o software

executa suas funções.

Analisabilidade

Capacidade do produto de software de permitir a detecção de

deficiências ou os defeitos que as causam.

Modificabilidade

Capacidade do produto de software de permitir a

implantação de uma modificação especificada.

Estabilidade

Capacidade do produto de software de evitar que

modificações levem a efeitos inesperados.

Testabilidade Capacidade do produto de software de permitir que o

software, quando modificado, seja validado.

Adaptabilidade

Capacidade do produto de software de ser adaptado para

diferentes ambientes especificados.

Capacidade de ser

instalado

Capacidade do produto de software de ser instalado em um

ambiente especificado.

Capacidade para substituir Capacidade do produto de software de ser utilizado em

substituição a outro software com o mesmo propósito.

Fonte: NBR ISO/IEC 9126-1

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37

Para avaliação de conteúdo e usabilidade do software adaptou-se um questionário

desenvolvido por Jensen et al. (2012), esse instrumento foi utilizado por dois residentes de

Enfermagem do programa de residência multiprofissional em saúde do adulto e do idoso, e

avaliado quanto à compreensão e clareza do mesmo, e não houve necessidade de

modificações. Uma vez testado, esse instrumento foi aplicado a 14 graduandos em

Enfermagem da UFS que utilizaram o software e oito docentes de Enfermagem que também

utilizaram a ferramenta.

Ambos os questionários contém itens com afirmações que foram avaliadas utilizando-

se uma escala do tipo Likert de cinco pontos. Para cada item apresentado, o avaliador realizou

um julgamento que variou de “nem um pouco apropriado” a “completamente apropriado”,

conforme Quadro 3.

Quadro 3- Definições atribuídas para cada um dos pontos da escala tipo Likert, de acordo

com Tannure (2012)

ITEM DA ESCALA DEFINIÇÃO PONTUAÇÃO

Nem um pouco apropriado Não corresponde em nada ao

objetivo proposto

1

Um pouco apropriado Até 30% apropriado,

corresponde muito pouco ao

objetivo proposto

2

Moderadamente De 40 a 60% apropriado,

corresponde moderadamente ao

objetivo proposto

3

Muito apropriado De 70 a 90% apropriado,

correspondendo intensamente

ao objetivo proposto

4

Completamente apropriado 100% apropriado, corresponde

perfeitamente ao objetivo

proposto.

5

Fonte: Tannure (2012)

4.5 Aspectos Éticos

A identidade e os direitos dos participantes deste estudo foram preservados, em

atendimento à Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde

do Ministério da Saúde - Brasília – DF. O Comitê de Ética e Pesquisa autorizou a realização

do estudo por meio de parecer consubstanciado de nº 306.321 no dia 07/06/2013 com CAAE:

15403613.0.0000.5546 (Anexo B).

Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

(Apêndice A), que é um instrumento pré-coleta de dados, construído em duas vias, uma para

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38

ser entregue a cada um dos participantes da pesquisa e a outra mantida em poder da

pesquisadora. O instrumento contém os dados da pesquisa, da pesquisadora e da orientadora,

e assegura o direito a esclarecimento e anonimato dos pesquisados, com garantia de recusa a

qualquer momento, sem sofrer qualquer dano. Os dados coletados foram arquivados em local

seguro sob a guarda da pesquisadora, durante cinco anos.

A utilização e adaptação no software do instrumento de coleta de dados (Anexo A)

foram autorizadas pela autora, conforme Anexo C. Como também foi autorizada a utilização

no software da Taxonomia II da NANDA – I versão 2012-2014 (Anexo D).

4.5.1 Análise dos Riscos e Benefícios

A pesquisa foi considerada sem riscos para os envolvidos no estudo, entretanto, foi

resguardado o direito de recusa em qualquer etapa. Os resultados do estudo podem contribuir

para a incorporação de novas abordagens educacionais com uso de recursos de tecnologia e,

dessa forma, possibilitar aos estudantes o desenvolvimento do pensamento crítico-reflexivo

com melhoria da qualidade do ensino.

4.6 Procedimento da Coleta de Dados

Após autorização do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) de Seres Humanos da UFS, e

do término do desenvolvimento do AVA, a coleta de dados foi iniciada em dezembro de 2014

e teve sua finalização em fevereiro de 2015.

A coleta ocorreu em três etapas concomitantes. A primeira etapa aconteceu com a

utilização do AVA por docentes do curso de Enfermagem de cinco estados do Brasil e do

Distrito Federal, que, após utilizarem a ferramenta, preencheram um questionário (Anexo E).

Essas avaliações ocorreram quase todas na presença da pesquisadora, com exceção de uma

que aconteceu a distância e houve o fornecimento de instruções de uso do AVA via e-mail.

A segunda etapa ocorreu com a utilização da ferramenta por graduandos de

Enfermagem da UFS. Para essa etapa foram disponibilizados computadores para os

estudantes no laboratório de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde,

e, após as instruções de uso (manual de utilização do AVA, disponível na primeira tela), os

estudantes utilizaram o AVA e preencheram um questionário (Anexo F).

A terceira etapa foi realizada com especialistas em Computação, que avaliaram a

qualidade interna e externa do AVA. Para essa validação técnica, foi fornecido aos

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39

avaliadores o modelo de negócio (fluxograma de funcionamento do sistema), documentação

de arquitetura do sistema, código fonte e especificação de teste. Após testarem o AVA, os

especialistas também preencheram um questionário (Anexo G).

4.7 Tratamento e Análise dos Dados

Neste estudo foi utilizada uma escala adaptada por Sperandio (2008), a qual considera

que os valores esperados para conformidade do requisito (subcaracteríticas e características

analisadas) sejam acima de 70% das respostas positivas dos avaliadores, conforme demonstra

a Figura 3.

Figura 3 – Valores esperados para subcaracterísticas e características, adaptados por

Sperandio (2008)

Assim, foram adaptados os valores pontuados na escala tipo Likert deste estudo e

considerados como resposta positiva os valores 4 e 5 do instrumento de avaliação (Anexos E,

F e G). Foram utilizadas frequência simples, média e desvio padrão para descrição dos dados;

os cálculos foram realizados com o auxílio do programa Bioestatic versão 5.3 e apresentados

sob forma estatística de Tabelas e Figuras.

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40

RReessuullttaaddooss

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41

5 RESULTADOS

5.1 Funcionalidades do AVA

Foi construído um AVA que simula as etapas do PE, organizadas conforme a

Resolução 358/2009 do COFEN. No AVA foram disponibilizados: instrumento de coleta de

dados; a Taxonomia II dos DEs da NANDA-I, versão 2012-2014; e casos clínicos

neurológicos que simulam a realidade.

A arquitetura do software foi desenvolvida de modo que os casos clínicos dos

“pacientes virtuais” que compõem a base de dados do AVA possam ser compartilhados com

outros cursos da saúde por meio da criação de novos módulos específicos para cada área.

O software foi implementado e disponibilizado na língua portuguesa e tem

perspectivas de ser disponibilizado, em breve, também na língua inglesa. Por possuir

tecnologia web, é possível acessar o AVA de qualquer computador conectado à internet por

meio do endereço eletrônico <www.pv.sistemasitatechjr.com.br>, no entanto, o software

possui segurança de acesso e requer uso de login e senhas individuais (Figura 7).

O software possui três perfis de usuários com permissões de acesso às funcionalidades

diferenciadas, a saber: o administrador, o tutor e o estudante. Utilizando o perfil de

administrador, é possível fazer cadastro e/ou alteração de casos clínicos disponibilizados na

base de dados, e cadastrar ou alterar o gabarito que será comparado às respostas dos

estudantes. Esse gabarito serve também para correção automática das questões objetivas

disponibilizadas.

Para o perfil de tutor, são permitidas as seguintes funções: ativar a matrícula do

estudante a uma turma específica, atribuir um relato clínico ao estudante, visualizar as

respostas dos estudantes após término do preenchimento das etapas do PE, fazer a correção

das questões comparando-as ao gabarito cadastrado previamente, além de poder enviar

comentários on-line para o estudante.

Por fim, tem-se o perfil de estudante, no qual é permitida a solicitação da matrícula em

uma turma, a visualização dos relatos clínicos atribuídos pelo tutor e o preenchimento das

etapas do PE disponibilizadas no software.

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42

Figura 4 – Algoritmo de funcionamento do software

A Figura 4 mostra o modelo de funcionamento do AVA, no qual o usuário (estudante)

realiza o cadastro no sistema, e solicita matrícula em uma turma. A solicitação chega até o

tutor, que ativa o estudante em uma turma específica e atribui um relato clínico da base de

dados. A partir daí, o estudante tem acesso ao caso clínico do “paciente virtual” e poderá dar

início ao preenchimento das etapas do PE (Figura 8).

Após o preenchimento de todas as etapas do PE, o estudante clica na opção encerra

consulta (Figura 13), e as respostas são encaminhadas automaticamente para o tutor, que fará

as devidas correções e considerações. Caso as respostas do estudante não estejam de acordo

com o gabarito previamente cadastrado, e possuam erros graves, o tutor poderá fazer suas

considerações e reenviar o mesmo caso clínico para o estudante fazer as correções sugeridas.

Se não houver erros graves, ficará a critério do tutor o encaminhamento de alterações no

relato clínico do mesmo paciente, ou atribuir um novo paciente virtual para o estudante.

Ao acessar o endereço eletrônico do AVA, aparecerá a tela inicial, conforme Figura 5,

e nela é disponibilizado um manual, destacado na cor azul com todas as instruções necessárias

para utilização do AVA (Figura 6).

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43

Figura 5 – Tela inicial do AVA.

Figura 6 – Tela com manual de utilização do AVA

Ao clicar na palavra login, no canto superior direito da página inicial, aparecerá a

segunda tela, ilustrada na Figura 7, que exigirá nome e senha do usuário para acesso ao AVA,

descrito na tela como “Paciente Virtual”. Para o primeiro acesso é necessário que o usuário

registre-se no sistema para criação de um novo usuário uma “conta” e a partir daí possa

adentrar ao AVA.

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44

Figura 7 – Tela inicial do AVA para login.

Após registrar-se no sistema, o usuário solicitará matrícula em uma turma, depois da

sua aprovação pelo tutor, ele estará apto a adentrar ao AVA e iniciar o PE, conforme ilustra a

Figura 8.

Figura 8 – Tela do AVA para iniciar o PE.

Para realização da primeira etapa do PE, demonstrada na Figura 9, o estudante

preenche o instrumento de coleta de dados que foi adaptado ao software, e, baseado no relato

clínico disponibilizado, faz a análise dos dados obtidos que servirão de guia para a definição

dos DEs (TANNURE; PINHEIRO, 2011).

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45

Figura 9 – Tela com a primeira etapa do PE - Investigação

Para a segunda etapa do PE, formulação do DE, foi considerado o processo de

raciocínio diagnóstico referido pela NANDA-I. De acordo com esse processo, para

diagnósticos reais, há, por meio da coleta de dados de Enfermagem, o reconhecimento de

diagnósticos possíveis, que serão confirmados por inferências/pistas observáveis

representadas pelas características definidoras, e, em seguida listados fatores que mostram

relações padronizadas com o DE. Já no caso de diagnósticos de riscos, após a escolha do

enunciado diagnóstico, há a necessidade de indicar os fatores de risco que contribuem para o

aumento da vulnerabilidade do indivíduo, família ou comunidade a um evento insalubre

(NANDA-I, 2012-2014).

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46

Figura 10 – Tela com a segunda etapa do PE – diagnóstico de Enfermagem

A Figura 10 mostra a tela com a segunda etapa do PE. Nela é possível fazer a escolha

do enunciado diagnóstico, em seguida adicionar características definidoras que ratificam o

DE, e listar fatores relacionados quando se trata de diagnósticos reais, ou listar fatores de risco

quando o DE for de risco.

A tela com a terceira etapa do PE está representada na Figura 11. Foram

disponibilizados campos, nos quais os estudantes deverão descrever os resultados que

desejam alcançar, e estabelecer as prescrições de Enfermagem face aos DEs realizados.

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47

Figura 11 – Tela com a terceira e quarta etapa do PE – planejamento e implementação

Para simular a quarta etapa do PE (implementação), foi adicionada a opção “checar

cuidado”, uma vez que a concretização dessa etapa acontece mediante a realização das ações

estabelecidas no planejamento. Quando a prescrição de Enfermagem for adicionada aparecerá

em vermelho (Figura 11) um alerta que indica que o cuidado ainda não foi realizado. Ao

clicar na opção “checar cuidado”, o alerta mudará para cor verde, e indicará que o cuidado foi

realizado e concluído a quarta etapa, ilustrado na Figura 12.

Figura 12 – Tela com a quarta etapa do PE – implementação

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48

A tela final do AVA mostra a quinta etapa do PE. Nela foi disponibilizado um campo

para registro da avaliação de Enfermagem. Ao finalizar todo o PE, o estudante deverá clicar

na opção “encerrar consulta” demonstrado na Figura 13, a partir daí ele ficará impossibilitado

de fazer qualquer alteração nas respostas cadastradas.

Figura 13 – Tela final do AVA com a quinta etapa do PE – Avaliação.

Encerrado o PE pelo estudante, as respostas serão enviadas automaticamente para

correção do tutor, que fará os devidos comentários e poderá reenviar o relato para o estudante,

permitindo que o mesmo faça alterações nos cadastros preenchidos.

Figura 14 – Tela do AVA de correção do tutor

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49

A Figura 14 mostra a tela na qual o tutor visualiza o status do preenchimento do

estudante, e a opção de realizar correção, quando o PE for finalizado e enviado pelo

estudante.

Figura 15 – Tela do AVA com a comparação do gabarito cadastrado para correção

do tutor

Na Figura 15, observa-se a tela do AVA disponibilizada para o tutor, com a

comparação automática das respostas cadastradas, com as registradas pelo estudante. As

marcações em vermelho sinalizam que as respostas informadas pelo estudante diferem do

gabarito previamente cadastrado.

5.2 Avaliação da Usabilidade e do Conteúdo do Software com Docentes do Curso de

Enfermagem

Para proceder à avaliação do conteúdo e da usabilidade definida na NBR ISO/IEC

9126-1 como a capacidade do software de ser compreendido, operado e atraente ao usuário,

cada docente utilizou o AVA e depois respondeu a um questionário (Anexo E) com

afirmações que foram pontuadas, utilizando-se uma escala tipo Likert, de cinco pontos e uma

questão aberta para o registro de críticas e sugestões. Foi realizada uma análise descritiva dos

dados obtidos.

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50

Com relação ao perfil dos docentes participantes da amostra, observou-se que 37,5%

(03) exercem a docência no Estado de Sergipe e 62,5% em outras localidades (Bahia (01),

Brasília (01), Ceará (01), Santa Catarina (01) e Paraná (01)). Os dados referentes à variável

idade (anos) corresponderam à média (33) e desvio padrão (4,3). Quanto à distribuição por

sexo, evidenciou-se que 87,5% (07) dos docentes eram do sexo feminino e 12,5% (01) do

sexo masculino.

Quanto à variável tempo de graduação (anos) verificou-se a média (8,3) com desvio

padrão (3,4). Em relação à titulação dos docentes, percebeu-se que 50% possuíam mestrado e

50% doutorado. Para a variável tempo de docência (anos) os dados demonstraram a média

(5,25), e desvio padrão (3,9). Os docentes foram questionados quanto ao grau de

conhecimento em informática. Dos registros, 62,5% (05) relataram conhecimento bom e

37,5% (03) referiram conhecimento ótimo. O resultado da avaliação da usabilidade e do

conteúdo do software pelos docentes está apresentado nas Tabelas 1 e 2.

Tabela 1 – Avaliação da usabilidade do AVA por Docentes. Aracaju/SE, 2014- 2015

(continua)

Avaliação de interface e adequação do software (usabilidade)

Afirmações chaves Item da escala tipo Likert (n) (%)

1- É fácil executar as funções do software. 1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

-

05

03

-

-

-

62,5

37,5

2- É fácil aprender a usar o software

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

-

04

04

-

-

-

50

50

3- As informações dispostas nas telas são

apresentadas de forma clara e agradável.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

02

04

02

-

-

25

50

25

4- Os significados das telas foram logo

percebidos por você.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

01

05

02

-

-

12,5

62,5

25

5- Os significados dos botões e regiões

clicáveis foram logo percebidos por você

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

-

03

05

-

-

-

37,5

62,5

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51

Tabela 1 – Avaliação da usabilidade do AVA por Docentes. Aracaju/SE, 2014- 2015

(conclusão) Avaliação de interface e adequação do software (usabilidade)

6- A partir de uma tela qualquer você sabia

como passar para as demais.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

-

07

01

-

-

-

87,5

12,5

Total 08 100

Fonte: Coleta de dados da pesquisa (2015)

Tabela 2 – Avaliação de conteúdo teórico do AVA por Docentes. Aracaju/SE, 2014- 2015

Avaliação de conteúdo teórico do software

Afirmações chaves Item da escala tipo Likert (n) (%)

7- O software ajuda na compreensão das

etapas do processo de Enfermagem.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

-

04

04

-

-

-

50

50

8- Há aprendizado pelo uso do software, no

aspecto de relação entre características

definidoras ou fatores de risco e

diagnóstico de Enfermagem.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

-

03

05

-

-

-

37,5

62,5

9- Há aprendizado pelo uso do software no

aspecto de processo de raciocínio utilizado

ao se identificar um diagnóstico de

Enfermagem nos casos clínicos.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

- 01

03

04

-

- 12,5

37,5

50

10- Os casos clínicos utilizados no

software são realistas

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

-

01

07

-

-

-

12,5

87,5

Total 08 100

Fonte: Coleta de dados da pesquisa (2015)

Conforme pode ser observado na Tabela 1, todas as afirmações chave, que neste

estudo representam a avaliação da usabilidade do AVA, obtiveram percentual igual ou

superior a 75% das respostas positivas dos docentes. Com relação à avaliação do conteúdo do

software as respostas “muito apropriado” e “completamente apropriado” tiveram percentual

de concordância igual ou superior a 87,5%, mostrado na Tabela 2.

Considerando que o valor esperado para validação deveria ser maior que 70% de

concordância para as respostas positivas, os dados demonstram que a usabilidade e o

conteúdo do software foram validados pelos docentes.

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52

Quanto ao registro de críticas e sugestões, os docentes fizeram referências a ajustes na

interface do AVA, como colocação de ícones que melhorem o direcionamento para as etapas

do PE, e mudanças nas cores de algumas telas ou ícones para torná-los mais atrativos. Além

das melhorias sugeridas, alguns docentes também pontuaram a contribuição do AVA para o

ensino do PE, como evidencia a fala a seguir:

Como professora achei muito interessante a proposta, bem organizada,

relativamente de fácil manuseio e vai ao encontro das tecnologias utilizadas

pelos estudantes, possibilitando aprendizado rápido e de forma

moderadamente criativa e prazerosa, já que são tão adaptados ao uso das

tecnologias (DOCENTE1).

5.3 Avaliação da Usabilidade e do Conteúdo do Software por Graduandos em

Enfermagem da UFS.

A avaliação do conteúdo e da usabilidade do software, realizada pelos graduandos em

Enfermagem da UFS, ocorreu em um único momento, no qual os estudantes que atenderam à

solicitação do Departamento de Enfermagem para participarem da pesquisa, compareceram

para utilização do AVA. Do total de 16 estudantes matriculados na disciplina Estágio

Supervisionado (último período do curso), dois não compareceram, resultando numa amostra

final de 14 estudantes. Após a utilização do AVA, os estudantes responderam ao questionário

(Anexo F), com afirmações iguais às disponibilizadas para os docentes e que também foram

pontuadas, utilizando-se uma escala tipo Likert, de cinco pontos e uma questão aberta para o

registro de críticas e sugestões.

O perfil dos estudantes participantes da pesquisa mostrou que, em relação à

distribuição por sexo, 78,57% eram do sexo feminino e 21,43% do sexo masculino. Quanto à

variável idade (anos) verificou-se a média (23,5), com desvio padrão (1,5). Todos os

estudantes (100%) da amostra referiram possuir computador e acessar diariamente a internet

em casa. Quando questionados em relação ao grau de conhecimento em informática, os dados

revelaram que 57,14% dos estudantes afirmaram ter conhecimento bom, 28,57% referiram ter

conhecimento regular e 14,29% relataram conhecimento ótimo.

Nas Tabelas 3 e 4 observam-se os resultados das avaliações dos estudantes referentes à

usabilidade e ao conteúdo do AVA.

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53

Tabela 3 – Avaliação da usabilidade do AVA por graduandos em Enfermagem da UFS.

Aracaju/SE, 2014-2015

Avaliação de interface e adequação do software (usabilidade)

Afirmações chaves Item da escala tipo Likert (n) (%)

1 - É fácil executar as funções do software. 1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

01

06

07

-

-

7, 2

42,8

50,0

2- É fácil aprender a usar o software

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

01

06

07

-

-

7, 2

42,8

50,0

3- As informações dispostas nas telas são

apresentadas de forma clara e agradável.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

02

05

07

-

-

14,3

35,7

50,0

4- Os significados das telas foram logo

percebidos por você.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

02

05

07

-

-

14,3

35,7

50,0

5- Os significados dos botões e regiões

clicáveis foram logo percebidos por você

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

01

06

04

03

-

7, 1

42,9

28,6

21,4

6- A partir de uma tela qualquer você sabia

como passar para as demais.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

02

05

04

02

-

14,2

42,9

28,6

14,2

Total 14 100

Fonte: Coleta de dados da pesquisa (2015)

Tabela 4 – Avaliação de conteúdo teórico do AVA por graduandos em Enfermagem da UFS.

Aracaju/SE, 2014-2015

(continua)

Avaliação de conteúdo teórico do software

Afirmações chaves Item da escala tipo Likert (n) (%)

7- O software ajuda na compreensão das

etapas do processo de Enfermagem.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

01

05

08

-

-

7, 1

35,7

57,2

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54

Tabela 4 – Avaliação de conteúdo teórico do AVA por graduandos em Enfermagem da UFS.

Aracaju/SE, 2014-2015

(conclusão) 8- Há aprendizado pelo uso do software, no

aspecto de relação entre características

definidoras ou fatores de risco e

diagnóstico de Enfermagem.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

01

03

03

07

-

7, 1

21.4

21,4

50,0

9- Há aprendizado pelo uso do software no

aspecto de processo de raciocínio utilizado

ao se identificar um diagnóstico de

Enfermagem nos casos clínicos.

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

- 01

05

08

-

- 7, 1

35,7

57,2

10- Os casos clínicos utilizados no

software são realistas

1- Nem um pouco apropriado

2- Um pouco apropriado

3- Moderadamente

4- Muito apropriado

5- Completamente apropriado

-

-

01

02

11

-

-

7, 1

14,3

78,6

Total 14 100

Fonte: Coleta de dados da pesquisa (2015)

A análise da Tabela 4 mostra que, na avaliação dos estudantes todas as afirmações

chave referentes ao conteúdo do AVA obtiveram percentual superior a 70% de concordância,

para as respostas positivas. A concordância dos estudantes para afirmações referentes à ajuda

do software para aprendizagem e compreensão do PE obteve percentual de 92,9% das

respostas positivas.

Quanto à usabilidade do software, mostrada na Tabela 3, as afirmações 5 e 6,

referentes à disposição de botões nas telas, obtiveram respectivamente percentual de

concordância de 50% e 42,9% para as respostas positivas; desta forma, não alcançaram o

nível de conformidade de 70% proposto para validação.

Os estudantes pontuaram sugestões de alterações na interface como: colocação de

ícones que sinalizem a mudança de uma etapa do PE para outra; retirada da opção “encerrar

consulta” da primeira tela; e títulos com a identificação de cada etapa do PE. As sugestões

foram analisadas pela pesquisadora e pela equipe de desenvolvimento do software e já foram

implementadas para melhoria dos itens em questão.

5.4 Avaliação do AVA por Especialistas em Computação.

A avaliação dos aspectos de qualidade interna e externa foi realizada por oito

especialistas em Computação, que, após utilizarem o AVA, preencheram um questionário

(Anexo G) e pontuaram as afirmações utilizando uma escala tipo Likert de cinco pontos, e

fizeram críticas e sugestões na questão aberta disponibilizada.

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55

Quanto ao perfil dos especialistas participantes da pesquisa, observou-se que 75%

eram do sexo masculino e 25% do sexo feminino. Em relação à variável idade (anos),

verificou-se a média (36,1), com desvio padrão (7,8). Para a variável titulação percebeu-se

que 87,5% dos analistas de sistemas possuíam mestrado e 12,5% doutorado. Quando

questionados a respeito do tempo (anos) de experiência em desenvolvimento de software os

dados revelaram à média (12,42), com desvio padrão (6,55).

Os percentuais das respostas dos especialistas, pontuadas na escala tipo Likert, para

todas as subcaracterísticas que compõem cada característica, serão apresentados nas Tabelas a

seguir. A soma dos percentuais de concordância das respostas positivas para cada

subcaracterística analisada, representados pela pontuação 4 e 5 da referida escala, também

está demonstrada nas Tabelas 5 a 10.

Tabela 5 – Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica

funcionalidade por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju (SE), 2014-2015

Característica Subcaracterísticas Pontuação

da escala

tipo Likert

(n) (%) % 4 e 5

FU

NC

ION

AL

IDA

DE

Adequação 1

2

3

4

5

_

_

_

01

07

_

_

_

12,5

87,5

100

Acurácia 1

2

3

4

5

_

_

_

01

07

_

_

_

12,5

87,5

100

Conformidade 1

2

3

4

5

_

_

_

04

04

_

_

_

50,0

50,0

100

Interoperabilidade 1

2

3

4

5

_

_

01

02

05

_

_

12,5

25,0

62,5

87,5

Segurança de acesso 1

2

3

4

5

_

_

03

01

04

_

_

37,5

12,5

50,0

62,5

Total 08 100

Fonte: Coleta de dados da pesquisa (2015)

Observa-se na Tabela 5 que quatro das cinco subcaracterísticas que compõem a

característica funcionalidade, obtiveram percentual de concordância das respostas positivas

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56

dos especialistas, acima do nível esperado para validação, tendo as subcaraterísticas

adequação, acurácia e conformidade alcançado nível de 100% e interoperabilidade de 87,5%.

No entanto, a subcaracterística segurança de acesso teve percentual de concordância de 62,5%

das respostas positivas, nível que fica abaixo do valor esperado de 70% para validação.

Este resultado deve-se ao fato de que as rotinas internas de backup e restore estavam

sendo realizadas apenas no servidor web, no qual o software está hospedado, e ainda não

estavam automatizadas e disponibilizadas na interface do software; dessa forma, foram

percebidas como inexistentes por alguns especialistas.

Tabela 6 – Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica

confiabilidade por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju (SE), 2014- 2015

Característica Subcaracterísticas Pontuação

da escala

tipo Likert

(n) (%) % 4 e 5

CO

NF

IAB

ILID

AD

E

Maturidade 1

2

3

4

5

_

_

_

03

05

_

_

_

37,5

62,5

100

Tolerância às falhas 1

2

3

4

5

_

_

_

02

06

_

_

_

25,0

75,0

100

Recuperabilidade 1

2

3

4

5

_

_

02

02

04

_

_

25,0

25,0

50,0

75

Total 08 100

Fonte: Coleta de dados da pesquisa (2015)

Tabela 7 – Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica

usabilidade por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju/SE, 2014-2015

(continua)

Característica Subcaracterísticas Pontuação

da escala

tipo Likert

(n) (%) % 4 e 5

US

AB

ILID

DA

E

Inteligibilidade 1

2

3

4

5

_

_

01

01

06

_

_

12,5

12,5

75,0

87,5

Apreensibilidade 1

2

3

4

5

_

_

01

01

06

_

_

12,5

12,5

75,0

87,5

Page 59: AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM: FERRAMENTA DE … · de ensino do processo de Enfermagem por meio de ambiente virtual de aprendizagem web. Trata-se de uma pesquisa metodológica

57

Operacionalidade 1

2

3

4

5

_

_

01

02

05

_

_

12,5

25,0

62,5

87,5

Total 08 100

Fonte: Coleta de dados da pesquisa (2015)

Tabela 8 – Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica eficiência

por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju (SE), 2014-2015

Característica Subcaracterísticas Pontuação

da escala

tipo Likert

(n) (%) % 4 e 5

EF

ICIÊ

NC

IA

Tempo 1

2

3

4

5

_

_

01

02

05

_

_

12,5

25,0

62,5

87,5

Recursos 1

2

3

4

5

_

_

_

02

06

_

_

_

25,0

75,0

100

Total 08 100

Fonte: Coleta de dados da pesquisa (2015)

Tabela 9 – Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica

manutenibilidade por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju (SE), 2014-2015

Característica Subcaracterísticas Pontuação

da escala

tipo Likert

(n) (%) % 4 e 5

MA

NU

TE

NIB

ILID

AD

E

Analisabilidade 1

2

3

4

5

_

_

_

04

04

_

_

_

50,0

50,0

100

Modificabilidade 1

2

3

4

5

_

_

01

02

05

_

_

12,5

25,0

62,5

87,5

Estabilidade 1

2

3

4

5

_

01

01

03

03

_

12,5

12,5

37,5

37,5

75,0

Testabilidade 1

2

3

4

5

_

_

01

01

06

_

_

12,5

12,5

75,0

87,5

Total 08 100

Fonte: Coleta de dados da pesquisa (2015)

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58

Tabela 10 – Avaliação dos especialistas em Computação em relação à característica

portabilidade, por meio das suas subcaracterísticas. Aracaju (SE), 2014-2015

Característica Subcaracterísticas Pontuação

da escala

tipo Likert

(n) (%) % 4 e 5

PO

RT

AB

ILID

AD

E

Adaptabilidade 1

2

3

4

5

01

_

01

04

02

12,5

_

12,5

50,0

25,0

75,0

Capacidade para ser

instalado 1

2

3

4

5

_

_

_

04

04

_

_

_

50,0

50,0

100

Capacidade para substituir 1

2

3

4

5

_

01

01

03

03

_

12,5

12,5

37,5

37,5

75,0

Conformidade 1

2

3

4

5

01

_

01

04

01

12,5

_

12,5

50,0

12,5

62,5

Total 08 100

Fonte: Coleta de dados da pesquisa (2015)

A análise das Tabelas 6 a 9 mostra que nas avaliações dos especialistas em

Computação as características confiabilidade, usabilidade, eficiência e manutenibilidade

obtiveram nível de concordância igual ou superior a 75% das respostas positivas, para todas

as subcaracterísticas analisadas. Os percentuais de concordâncias obtidos para essas

características ultrapassaram o valor esperado de 70% para validação.

Com relação à característica portabilidade apresentada na Tabela 10, a

subcaracterística conformidade obteve nível de concordância de 62,5%, ficando abaixo do

esperado para validação. No entanto, as demais subcaracterísticas: adaptabilidade, capacidade

para ser instalado e capacidade para substituir alcançaram percentuais iguais ou superiores a

75%.

Quanto às sugestões apontadas pelos especialistas em Computação destacam-se: a

melhoria na interface gráfica do software, por meio da criação de ícones e funcionalidades

que permitam a análise gráfica das respostas dos estudantes; e a utilização de todas as

respostas dos estudantes, gravadas no banco de dados, para posterior análise e tomada de

decisão em relação à abordagem dos conteúdos da disciplina antes da utilização do AVA.

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59

DDiissccuussssããoo

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60

6 DISCUSSÃO

O desenvolvimento e a validação de um ambiente virtual que auxilie na aprendizagem

do PE vêm ao encontro da necessidade de adoção de estratégias de ensino-aprendizagem que

estimulem o raciocínio clínico do estudante (ANDRADE, 2013). A simulação baseada em

computador tem sido proposta como um método de ensino para desenvolver nos estudantes de

Enfermagem a capacidade para transpor e aplicar os conhecimentos teóricos num contexto

clínico (GEORG; ZARY, 2014).

No estudo realizado por Sena et al. (2013), observou-se que os estudantes que

utilizaram um AVA apresentaram desempenho significativamente melhor ao serem avaliados

de forma objetiva e subjetiva, quando comparados a estudantes que utilizaram o método

tradicional de ensino. Fato que reforça a importância de investir nesses tipos de estratégias de

ensino nos cursos de graduação.

Os ambientes simulados proporcionam: a oportunidade de resolução de casos sem

risco para o paciente ou estudante; a possibilidade de exploração de situações com

complexidades variadas, às quais os estudantes poderiam não ter acesso no seu período de

formação; e permitem um ritmo de aprendizagem individual, com repetições que asseguram a

obtenção de nível de conhecimento semelhante para todos os estudantes (BERGIN; FORS,

2003; KLEINERT, et al., 2015; MILLER; JENSEN, 2014; ZARY et al, 2006).

Neste estudo, ao avaliar o conteúdo do software, a maioria dos docentes e dos

estudantes concordaram com a afirmação de que os casos clínicos utilizados no AVA são

realistas, o que corrobora com Rhodes e Curran (2005), ao alegarem que o uso de exemplos

realistas em ambientes simulados pode aumentar o conhecimento dos estudantes, facilitar a

aquisição de habilidades e ajudar na promoção do julgamento clínico.

Em consonância com este tema, Rodrigues e Peres (2008) relatam que a utilização de

estudos de casos e simulações nos espaços virtuais permite a criação de situações idênticas às

enfrentadas no cotidiano do trabalho real, dando ao estudante a possibilidade de treinar a

tomada de decisões, por meio da análise do contexto e da busca por soluções.

Ainda em relação à avaliação do conteúdo do software, os dados da pesquisa

mostraram que 100% dos docentes e 92,9% dos estudantes concordaram com a afirmação de

que o AVA desenvolvido ajuda na compreensão do PE. Esse alto índice de concordância

evidencia que a proposta do software, como estratégia de ensino do PE, pode trazer benefícios

para o aprendizado do estudante.

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61

Nessa perspectiva, um estudo realizado por Yanping et al. (2014) mostrou que o uso

de um ambiente simulado no computador ajudou estudantes a adquirir e aperfeiçoar

habilidades técnicas, as quais foram transferidas para o cotidiano real. A utilização de

ambientes virtuais centrados no ensino pode facilitar o aprendizado dos estudantes por

permitir variadas formas de comunicação entre discentes e docentes, e a aquisição de novos

conteúdos (GOYATÁ et al., 2012).

No que concerne à ajuda do software para o aprendizado no aspecto de relação entre

características definidoras, fatores de risco e DE, os índices de concordância dos avaliadores

(docentes e estudantes) apresentados neste estudo, apesar de ter obtido valores superiores ao

proposto para validação, tiveram percentuais de concordância bem diferentes se comparados

os dois grupos, visto que 100% dos docentes concordaram com essa afirmação, enquanto

apenas 71,4% dos estudantes estavam de acordo com essa assertiva.

Essa variação de resultado pode ser explicada nas colocações trazidas por Lopes e

Araújo (2004), ao referirem que para ter uma visão relacional de problemas e encontrar

soluções que transcendam a racionalidade técnica, é necessário utilizar soluções opcionais que

necessitem de um conhecimento global do problema. Neste contexto, vale ressaltar que os

docentes participantes da amostra ministram disciplinas que envolvem o PE e, portanto,

possuem um conhecimento mais ampliado da questão.

A última afirmativa desta pesquisa referente à avaliação do conteúdo do software traz

aspectos relacionados à ajuda do AVA no desenvolvimento do processo de raciocínio para

identificação de DE nos casos clínicos disponibilizados. Para esta questão o percentual de

concordância dos docentes foi de 87,5% e dos estudantes 92,9%. De acordo com resultados de

algumas pesquisas, a percepção entre corpo docente e estudantes da área da saúde que

utilizam pacientes virtuais como estratégia de ensino tem sido positiva, no sentido da

promoção do raciocínio clínico e na aquisição de habilidades (BOTEZATU; HULT; FORS,

2010; SMITH; BENEDICT, 2015). Os mesmos autores sugerem que estratégias educacionais

envolvendo tecnologias computacionais sirvam de apoio para o ensino presencial.

A avaliação positiva dos docentes e estudantes obtida neste estudo, quanto ao

conteúdo do AVA desenvolvido, sugere a relação entre o teor simulado e o real. Esse

resultado de avaliação em um software educacional é importante para assegurar que o

objetivo de contribuir para o processo de ensino-aprendizagem seja alcançado. Além disso, a

adequação do conteúdo do software educativo é uma das características que pode despertar o

interesse do usuário e favorecer sua aplicabilidade prática (KLEINERT et al., 2015; LOPES;

ARAÚJO, 2004; ZEM-MASCARENHAS; CASSIANI, 2001).

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62

Outra característica considerada importante para que o software tenha boa aceitação, e

que deve estar contemplada no processo de desenvolvimento de ambientes virtuais, é a

usabilidade (ABREU, 2010). De acordo com Koscianski e Soares (2007, p. 213) “[...] a

usabilidade representa basicamente o quão fácil é usar o produto”.

A avaliação da interação do usuário com a ferramenta desenvolvida fornece

informações a respeito de problemas vivenciados ao ser utilizado o sistema, e torna-se cada

vez mais necessária ao considerar que grande parte dos que vão utilizar os ambientes virtuais

aprende a lidar com eles por meio de sua exploração (OLIVEIRA; BARROS; OLIVEIRA,

2010).

Quanto à avaliação da usabilidade do software os percentuais de concordância, nesta

pesquisa, mostraram-se diferentes nos dois grupos de avaliadores (docentes e estudantes). Na

avaliação dos docentes, todas as afirmações chave obtiveram percentuais de conformidade

esperado para validação. Já na opinião dos estudantes, as afirmações referentes à facilidade na

percepção de botões e de regiões clicáveis não alcançaram o nível de conformidade esperado

para validação.

Resultados semelhantes foram encontrados no estudo realizado por Andrade et al.

(2009), que, ao avaliar a aplicabilidade de um software desenvolvido para o ensino da

sistematização da assistência de Enfermagem, constatou que 45% dos estudantes que

participaram da pesquisa consideraram o software de difícil manuseio.

Autores como Koscianski e Soares (2007) defendem que a usabilidade é a

característica que sofre mais influência da subjetividade na sua avaliação, por depender da

interface com o usuário, e até de fatores como nível de atenção, habilidades cognitivas e nível

de conhecimento em informática. No entanto, estudos relatam que a avaliação de usabilidade

permite a melhoria gradual da interface do software, por meio da eliminação de problemas

que interfiram no design, e contribui para o aumento na aceitação do software por parte dos

usuários (OLIVEIRA et al. 2010; ROCHA; BARANAUSKAS, 2003).

Numa ferramenta educacional, fatores como interatividade e utilidade podem

contribuir para o uso futuro do software pelos estudantes (CHEN; HWANG; WANG, 2012).

Portanto, o processo de melhoria da usabilidade deverá tornar a ferramenta mais atraente do

ponto de vista estético, de forma a facilitar a visualização e a interpretação correta da

informação pelo estudante (XELEGATI; ÉVORA, 2011). Considerando a importância dessa

característica para a aplicabilidade prática do AVA desenvolvido, as críticas e sugestões dos

avaliadores deste estudo foram analisadas pela pesquisadora e a equipe de desenvolvimento

do software e os ajustes propostos já foram implementados.

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63

Quanto à avaliação da qualidade interna e externa do AVA, realizada neste estudo

pelos especialistas em Computação, esta é considerada por alguns autores como um item

imprescindível para determinar se o produto do software atenderá às necessidades do usuário.

Entretanto, para que a avaliação de um software seja efetiva, é de fundamental importância

utilizar um modelo de qualidade padronizado (PEREIRA JÚNIOR, 2009; SCALET et al.,

1999).

Nesta perspectiva, as seis características descritas no modelo de avaliação da NBR

ISO/IEC 9126-1, bem como cada uma das subcaracterísticas que delas fazem parte, foram

avaliadas no presente estudo. A análise dos dados revela que todas as características que

compõem o referido modelo de avaliação atingiram percentual de concordância acima de 70%

das respostas positivas, e portanto foram validadas pelos especialistas em Computação.

O objetivo da validação é atestar que um produto de software atende ao propósito para

o qual ele foi desenvolvido, e se corresponde às expectativas iniciais. E, a partir daí identificar

se o produto está pronto para uso ou se é necessário fazer modificações (KOSCIANSKI;

SOARES, 2007).

Desta forma, foi constatado na presente pesquisa que o software desenvolvido para o

ensino do PE atendeu aos critérios estabelecidos para validação, visto que, ao ser testado por

potenciais usuários (docentes, estudantes, e especialistas em Computação), os percentuais de

aprovação foram satisfatórios.

Assim, considera-se que o AVA desenvolvido está pronto para uso, e espera-se que, ao

ser utilizado, possa trazer benefícios para o aprendizado do estudante, e tornar-se uma

estratégia para auxiliar os docentes no ensino das competências necessárias para a aplicação

do PE.

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CCoonnssiiddeerraaççõõeess FFiinnaaiiss

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65

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considera-se que os objetivos do presente trabalho foram alcançados, uma vez que, foi

desenvolvido e validado um AVA que simula as fases do PE. O modelo de design proposto

reflete a terceira geração do PE baseado na classificação de Pesut (2006), e sua organização

está em conformidade com a Resolução 358/2009 do COFEN, que é reconhecida como guia

para os enfermeiros em sua prática clínica.

No contexto do ensino de Enfermagem, não foram encontrados na literatura nacional e

internacional consultada softwares que: implementem as cinco fases do PE; possibilite o

cadastro de casos clínicos pelo administrador/professor e o compartilhamento dos mesmos

entre diferentes cursos das Ciências da Saúde; auxilie a correção das respostas dos estudantes

pelo tutor, sendo estes os principais diferenciais do AVA desenvolvido.

Nas etapas de avaliação do ambiente virtual, verificou-se que o conteúdo do software

foi considerado muito apropriado ou completamente apropriado pela maioria dos docentes e

dos estudantes. Esse resultado corrobora para sua validação enquanto software educativo.

No que concerne à facilidade em utilizar o ambiente virtual, os resultados

discordantes entre os grupos (docentes e estudantes) tiveram grande importância na

identificação de possíveis entraves na interface, e, por consequência, na sua interação com o

usuário, os quais poderiam ocasionar a diminuição de sua aceitação.

Na avaliação da qualidade externa e interna realizada por especialistas em

Computação, depreendeu-se que o AVA possui a estrutura necessária para realizar as funções

que foram propostas, por estar dentro das conformidades de especificações de uso.

Espera-se que o software desenvolvido seja utilizado e torne-se uma estratégia

educativa de apoio ao ensino presencial do PE, e contribua para o ensino-aprendizagem dos

futuros enfermeiros. Ressalta-se, porém, que a utilização de novas tecnologias educacionais,

como o AVA desenvolvido, poderá potencializar o aprendizado, mas não substitui à avaliação

clínica à beira leito. Por este motivo o desenvolvimento desta ferramenta tem a pretensão de

ser uma estratégia auxiliar no ensino do PE.

Como trabalhos futuros, pretendemos continuar a validação do AVA, considerando

sua utilização como estratégia de ensino do PE no curso de Enfermagem da UFS e de demais

instituições de ensino (nacionais e internacionais). Iremos melhorar a validação utilizando os

atributos de qualidade em uso categorizados, pela NBR ISO/IEC 9126-1, em: eficácia,

produtividade, segurança e satisfação. E definir métricas para avaliar o impacto do AVA no

ensino-aprendizagem do PE.

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66

RReeffeerrêênncciiaass

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67

REFERÊNCIAS

ABREU, A. C. B. Avaliação de usabilidade em softwares educativos, 2010. 108f.

Dissertação (Mestrado Integrado Profissional em Computação Aplicada) – Universidade

Estadual do Ceará, Fortaleza, 2010. Disponível em <

http://www.uece.br/mpcomp/index.php/arquivos/doc_download/231-dissertacao-72> Acesso

em 15 de jan.2015

ALMEIDA, M. A. et al. Processo de Enfermagem na Prática Clínica: estudos clínicos

realizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Porto Alegre: Artmed, 2011.

ALFARO-LEFERVE, R. Aplicação do Processo de Enfermagem: Fundamentos para o

raciocínio clínico. Tradução Regina Garcez. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

AMANTE, L. N. et al. A interface entre o ensino do processo de Enfermagem e sua aplicação

na prática assistencial. Rev. Eletr. Enf. (Internet). v. 12. n. 1, p. 201-207, 2010. Disponível

em < http://www.fen.ufg.br/revista/v12/n1/v12n1a24.htm> Acesso em 28 abr.2015.

ANDRADE, J. S. Construção do Modelo Assistencial de Enfermagem do Hospital

Universitário/UFS: proposta e ação. 2005. 117f. Dissertação (Mestrado em Ciências da

Saúde) – Universidade Federal de Sergipe, Pró-Reitoria de Pós-Graduacão e Pesquisa, Núcleo

de Pós-Graduacão em Medicina, Aracaju, 2005.

ANDRADE, J. S. Ensino do processo de enfermagem: produção do conhecimento da pós-

graduação no Brasil de 2004 a 2009. 2013. 143f. Tese (Doutorado em Enfermagem) – Escola

de Enfermagem de Ribeirão Preto/ Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2013.

Disponível em <www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-220/2014-150211/pt-

br.php> Acesso em: 07 de jun. 2014.

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AAppêênnddiicceess

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APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

I – Dados sobre a pesquisa científica

Título: Ambiente Virtual para o Aprendizado do Processo de Enfermagem: Construção e

Validação.

Pesquisadora: Elielma Alves de Sá

Orientadora: Profª. Dra. Edilene Curvelo Hora Mota

II – Termo de Consentimento

Estamos realizando uma pesquisa que tem como objetivo construir um ambiente virtual de

aprendizagem web que auxilie no ensino do processo de enfermagem em curso de graduação.

O estudo será realizado com a utilização do ambiente virtual de aprendizado por docentes do

curso de Enfermagem, por alunos do Estágio Supervisionado em Enfermagem, e por

especialistas em informática. Após a utilização do software, docentes e estudantes de

enfermagem responderão a um questionário para avaliar a usabilidade e o conteúdo desse

software e os especialistas em informática responderão a um questionário que avaliará a

qualidade técnica.

As informações obtidas serão confidenciais e utilizadas apenas com propósito científico,

conforme recomenda a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Os

resultados serão publicados com garantia de anonimato dos sujeitos da pesquisa. Você poderá

ter acesso, a qualquer tempo, aos dados da pesquisa, eliminando possíveis dúvidas, além de

ter a liberdade de desistir a qualquer momento, deixando de participar da pesquisa, sem

qualquer prejuízo.

III – Informações dos nomes, endereços e telefones dos responsáveis pelo

acompanhamento da pesquisa.

1. Elielma Alves de Sá. Enfermeira e Mestranda em Ciências da Saúde da Universidade

Federal de Sergipe. Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde- PPGCS. Rua Cláudio

Batista, SN – Bairro: Sanatório. Aracaju/Se. Telefones (79)2105-1783(comercial) / (79)9900-

2398.

2. Edilene Curvelo Hora Mota. Profª Drª. Do Departamento de Enfermagem da Universidade

Federal de Sergipe. Rua Cláudio Batista, SN – Bairro: Sanatório. Aracaju/Se. Telefones

(79)2105-1813 (comercial).

IV – Consentimento pós-esclarecido

Declaro que, após convenientemente esclarecido (a) pela pesquisadora, e, tendo entendido o

que me foi explicado, consinto a referida pesquisa.

Aracaju / SE, ______de _____________________ de 2015.

_______________________________ _________________________________

Assinatura do Pesquisado Assinatura da Pesquisadora

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76

AAnneexxooss

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77

ANEXO A

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ANEXO B – Parecer Consubstanciado do CEP

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ANEXO C

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ANEXO D

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ANEXO E

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAUDE Título da dissertação:”Ambiente Virtual para o Aprendizado do Processo de

Enfermagem.”

Pesquisadora: Elielma Alves de Sá

Orientadora: Profª. Dra. Edilene Curvelo Hora Mota

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA

USABILIDADE E DO CONTEÚDO DO

SOFTWARE

Parte I-Caracterização do sujeito da pesquisa

Nome:

Idade: Gênero: Masc ( ) Fem ( )

Tempo de graduação:

Nível de formação:

Tempo de docência:

Conhecimento em informática: ( ) ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Parte II- Avaliação de Usabilidade Nem um

pouco

1

Um

pouco

2

Modera

mente

3

Muito

4

Completa

mente

5

É fácil executar as funções do software.

É fácil aprender a usar o software.

As informações dispostas nas telas são apresentadas de forma

clara e agradável.

Os significados das telas foram logo percebidos por você.

Os significados dos botões e regiões clicáveis foram logo

percebidos por você.

A partir de uma tela qualquer você sabia como passar para as

demais.

Parte III- Avaliação de Conteúdo Teórico

O Software ajuda na compreensão das etapas do processo de

Enfermagem.

Há aprendizado pelo uso do software, no aspecto de relação entre

características definidoras ou fatores de risco e diagnóstico de

enfermagem.

e enfer

Há aprendizado pelo uso do software no aspecto de processo de

raciocínio utilizado ao se identificar um diagnóstico de

enfermagem nos casos clínicos.

Os casos clínicos utilizados no software são realistas.

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Grau de concordância com a afirmativa:

1-Nem um pouco apropriado = Não corresponde em nada ao objetivo proposto

2- Um pouco apropriado = Até 30% apropriado, corresponde muito pouco ao objetivo proposto; 3- Moderadamente = De 40 a 60% apropriado, corresponde moderadamente ao objetivo proposto; 4- Muito apropriado = De 70 a 90% apropriado, correspondendo intensamente ao objetivo proposto;

5 – Completamente apropriado = 100% apropriado, corresponde perfeitamente ao objetivo proposto.

Criticas e Sugestões (se houver)

Adaptado de JENSEN et al, 2012 e TANNURE, 2012.

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ANEXO F

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAUDE Título da Dissertação:”Ambiente Virtual para o Aprendizado do Processo de

Enfermagem.”

Pesquisadora: Elielma Alves de Sá

Orientadora: Profª. Dra. Edilene Curvelo Hora Mota

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA USABILIDADE E DO

CONTEÚDO DO SOFTWARE

Parte I-Caracterização do sujeito da pesquisa

Nome:

Idade: Gênero: Masc ( ) Fem ( )

Ano de inicio do Curso:

Já reprovou em alguma disciplina ( ) Sim ( ) Não , se Sim Qual? __________

Já trancou alguma disciplina ( ) Sim ( ) Não , se Sim Qual? __________

Qual a freqüência de acesso a internet: ( ) diária ( ) semanal ( ) mensal ( ) outros_______

Em que local você acessa a internet ( ) Em casa ( ) no trabalho ( ) na escola ( ) outro ____

Possui Computador? ( ) sim ( ) não

Conhecimento em informática: ( ) ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim

Parte II- Avaliação de Usabilidade Nem um

pouco

1

Um

pouco

2

Modera

mente

3

Muito

4

Completa

mente

5

É fácil executar as funções do software.

É fácil aprender a usar o software.

As informações dispostas nas telas são apresentadas de forma

clara e agradável.

Os significados das telas foram logo percebidos por você.

Os significados dos botões e regiões clicáveis foram logo

percebidos por você.

A partir de uma tela qualquer você sabia como passar para as

demais.

Parte III- Avaliação de Conteúdo Teórico

O Software ajuda na compreensão das etapas do processo de

Enfermagem.

Há aprendizado pelo uso do software, no aspecto de relação entre

características definidoras ou fatores de risco e diagnóstico de

enfermagem.

e enfer

Há aprendizado pelo uso do software no aspecto de processo de

raciocínio utilizado ao se identificar um diagnóstico de

enfermagem nos casos clínicos.

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86

Os casos clínicos utilizados no software são realistas.

Grau de concordância com a afirmativa:

1- Nem um pouco apropriado = Não corresponde em nada ao objetivo propost 2- Um pouco apropriado = Até 30% apropriado, corresponde muito pouco ao objetivo proposto; 3- Moderadamente = De 40 a 60% apropriado, corresponde moderadamente ao objetivo proposto;

4- Muito apropriado = De 70 a 90% apropriado, correspondendo intensamente ao objetivo proposto; 5 – Completamente apropriado = 100% apropriado, corresponde perfeitamente ao objetivo proposto.

Criticas e Sugestões (se houver)

Adaptado de JENSEN et al, 2012 e TANNURE, 2012.

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ANEXO G

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA

MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAUDE Título da dissertação:”Ambiente Virtual para o Aprendizado do Processo de

Enfermagem.”

Pesquisadora: Elielma Alves de Sá

Orientadora: Profª. Dra. Edilene Curvelo Hora Mota

QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DA

QUALIDADE EXTERNA E INTERNA DO

SOFTWARE

Parte I-Caracterização do sujeito da pesquisa

Nome:

Idade: Gênero: Masc ( ) Fem ( )

Tempo de graduação:

Nível de formação:

Área de atuação:

Tem experiência em desenvolvimento de software? Não ( ) Sim ( ) . Se sim quanto tempo?

FUNCIONALIDADE Nem um

pouco

1

Um

pouco

2

Modera

mente

3

Muito

4

Comple

tamente

5

O software propõe-se a fazer o que é apropriado (Adequação).

O software dispõe de todas as funções necessárias para sua

execução (Adequação).

O software faz o que foi proposto de forma correta (Acurácia)

O software é preciso na execução de suas funções (Acurácia).

O software é preciso nos resultados (Acurácia)

O software está conciso com as normas, leis, etc.

(Conformidade)

O software interage com os módulos especificados

(Interoperabilidade).

O software tem capacidade para processamento multiusuário

(Interoperabilidade)

O software tem capacidade para operação com redes

(Interoperabilidade)

O software dispõe de segurança de acesso através de senhas

(Segurança de acesso)

O software dispõe de rotina interna de backup (Segurança de

acesso)

O software dispõe de rotina interna de restore (Segurança de

acesso)

CONFIABILIDADE

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O software NÃO apresenta falhas com frequência (Maturidade)

O software reage adequadamente quando ocorrem falhas

(Tolerância a falhas)

O software informa ao usuário a entrada de dados inválida

(Tolerância a falhas).

O software é capaz de recuperar dados em caso de falha

(Recuperabilidade).

USABILIDADE

É fácil entender o conceito e a aplicação (Inteligibilidade)

É fácil executar suas funções (Inteligibilidade)

É fácil aprender a usar (Apreensibilidade)

O software facilita a entrada de dados pelo usuário

(Apreensibilidade)

O software facilita a saída de dados para o usuário

(Apreensibilidade)

É fácil de operar e controlar (Operacionalidade)

O software fornece ajuda de forma clara (Operacionalidade)

EFICIÊNCIA

O tempo de resposta do software é adequado (Tempo)

O tempo de execução do software é adequado (Tempo)

Os recursos utilizados são adequados (Recursos)

MANUTENIBILIDADE

É fácil de encontrar uma falha, quando ocorre (Analisabilidade)

É fácil modificar e adaptar (Modificabilidade)

NÃO há grande risco quando se faz alterações (Estabilidade)

É fácil testar quando se faz alterações (Testabilidade)

PORTABILIDADE

É fácil adaptar a outros ambientes (Adaptabilidade)

É fácil instalar em outros ambientes (Capacidade para ser

instalado)

Está de acordo com padrões de portabilidade (Conformidade)

É fácil usar para substituir outro (Capacidade para substituir)

Grau de concordância com a afirmativa:

1-Nem um pouco apropriado = Não corresponde em nada ao objetivo proposto 2- Um pouco apropriado = Até 30% apropriado, corresponde muito pouco ao objetivo proposto;

3- Moderadamente = De 40 a 60% apropriado, corresponde moderadamente ao objetivo proposto; 4- Muito apropriado = De 70 a 90% apropriado, correspondendo intensamente ao objetivo proposto; 5 – Completamente apropriado = 100% apropriado, corresponde perfeitamente ao objetivo proposto.

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Criticas e Sugestões (se houver)

Adaptado de SPERANDIO, 2008.