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Matéria de Contabilidade de Gestão 25 de Fevereiro de 2013 Docente: Sergio Alfredo Macore "Fizemos a busca do saber, um bem precioso no processo de mudança intelectual". [Por Helldriver] CAPÍTULO I E II 1. ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO Como foi referenciado em manuais de Contabilidade Analítica a contabilidade divide-se em duas grandes áreas: Contabilidade Geral - regista as operações externas da empresa, isto é, aquelas que respeitam à empresa no seu todo (regista factos patrimoniais que fazem prova perante terceiros; permite conhecer em qualquer altura a situação patrimonial na empresa; dá a conhecer o resultado obtido com a exploração da empresa; possibilita a elaboração de análises económicas e financeiras); Contabilidade Interna, Analítica ou de Gestão - regista as operações internas e visa o apuramento de resultado não globais, isto é, por produto, por departamento, etc. (fornece o custo de cada produtos ou serviço produzido pela empresa; permite a criação de centros de custos dentro da própria empresa; possibilita estudos de rentabilidade interna; auxilia a gestão no controlo e tomada de decisões). A Contabilidade de Gestão pode ser um desenvolvimento da Contabilidade de Custos numa óptica mais globalizante, ou seja de proporcionar informação para a gestão das unidades empresariais, não incidindo apenas nos custos, mas também nos proveitos, e nas massas patrimoniais. Os recentes objectivos da Contabilidade de Gestão são: Auxílio a outros instrumentos técnicos e de gestão, em particular o apuramento de custo dos produtos para efeitos de gestão de stocks e de elaboração das demonstrações financeiras; Verificação retrospectivo dos resultados e, em particular, com vista a ajudar ao planeamento da organização comercio; A CONTABILIDADE DE GESTÃO

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25 de Fevereiro de 2013

Docente: Sergio Alfredo Macore

"Fizemos a busca do saber, um bem precioso no processo de mudança intelectual". [Por Helldriver]

CAPÍTULO I E II

1. ÂMBITO DA CONTABILIDADE DE GESTÃO

Como foi referenciado em manuais de Contabilidade Analítica a contabilidade divide-se em duas

grandes áreas:

Contabilidade Geral - regista as operações externas da empresa, isto é, aquelas que

respeitam à empresa no seu todo (regista factos patrimoniais que fazem prova perante

terceiros; permite conhecer em qualquer altura a situação patrimonial na empresa; dá a

conhecer o resultado obtido com a exploração da empresa; possibilita a elaboração de

análises económicas e financeiras);

Contabilidade Interna, Analítica ou de Gestão - regista as operações internas e visa o

apuramento de resultado não globais, isto é, por produto, por departamento, etc. (fornece

o custo de cada produtos ou serviço produzido pela empresa; permite a criação de centros

de custos dentro da própria empresa; possibilita estudos de rentabilidade interna; auxilia a

gestão no controlo e tomada de decisões).

A Contabilidade de Gestão pode ser um desenvolvimento da Contabilidade de Custos numa

óptica mais globalizante, ou seja de proporcionar informação para a gestão das unidades

empresariais, não incidindo apenas nos custos, mas também nos proveitos, e nas massas

patrimoniais.

Os recentes objectivos da Contabilidade de Gestão são:

Auxílio a outros instrumentos técnicos e de gestão, em particular o apuramento de custo

dos produtos para efeitos de gestão de stocks e de elaboração das demonstrações

financeiras;

Verificação retrospectivo dos resultados e, em particular, com vista a ajudar ao

planeamento da organização comercio;

A CONTABILIDADE DE GESTÃO

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Apoio á tomada de decisão, ou seja, produzir informação adequada para modelos de

apoio á decisão, nomeadamente, modelos de optimização e simulação;

Avaliar o desempenho económico-financeiro de um ou múltiplos segmentos da empresa,

nomeadamente, produtos, tipos de clientes, projectos, regiões geográficas, etc..

2. INSUFICIÊNCIA DA CONTABILIDADE DE FINANCEIRA NA GESTÃO

EMPRESARIAL

Ao longo de vários anos, os objectivos da contabilidade limitaram-se determinação da situação

patrimonial da empresa e dos resultados globais, apenas se exigia que informasse sobre o valor e

composição do activo, montar do passivo e por diferença do activo e passivo se encontrava a

situação liquida.

As informações possibilitadas pela contabilidade geral são insuficientes para gerir as

organizações, sobretudo pela sua fraca operacionalidade no controlo, gestão corrente e

planeamento das actividades que têm a ver com os custos e proveitos da empresa, uma vez que a

contabilidade geral faz o apuramento de custos, proveitos e resultados globais no fim do

exercício, normalmente no final do ano.

Os gestores sentem a necessidade de informações fornecidas por períodos mais curtos, mais

detalhadas e acima de tudo mais organizadas.

Para um gestor, pouco lhe adianta saber o lucro anual e global da empresa se não tiverem, ao

longo do ano, periodicamente, uma visão tão exacta quanto possível da forma como os seus

serviços e actividades vem contribuindo para esses resultados globais.

A titulo de exemplo, imaginemos uma empresa que produz três produtos, dos quais apenas um é

rentável na empresa. O quadro de demonstrações de resultados globais por natureza utilizada

pela contabilidade geral não nos fornece elementos que permitem responder a questões do

seguinte tipo:

a) Como se contribuíram os custos por cada um dos produtos fabricados pela empresa?

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b) Quais os resultados com que cada produto contribuiu para o resultado do exercício?

Em síntese, as insuficiências da contabilidade geral na gestão empresarial resumem-se em:

a) Não evidenciar a origem dos resultados, ou seja, decompões o resultado global nas suas

componentes funcionais;

b) Não fornece a direcção da empresa os dados necessários para um eficiente controlo de

gestão de decisões nos momentos oportunos;

c) Não evidenciar o custo unitário dos produtos fabricados pela empresa, impossibilitando

conhecer os resultados parciais referentes a cada um dos produtos;

d) Não releva as operações internas de exploração referentes a transformação das

matérias-primas em produtos acabados;

e) Não fornece elementos que permitem analisar os gastos comerciais na óptica do

departamento.

Avalie o teu gnose!

1. Indique e diferencie as principais divisões da Contabilidade.

2. Quais as principais objectivos da Contabilidade de Gestão?

3. Qual a diferencia entre a Contabilidade Analítica e de Gestão?

4. "Tem se argumentado que a Contabilidade analítica é extremamente importante apenas para

empresas industriais, dado que fornece elementos essenciais para a demonstração do preço dos

produtos acabados, custos de exploração da empresa, etc". Concorda com a afirmação. Comente

exaustivamente.

A principal diferença entre Contabilidade Analítica e a de Gestão reside no âmbito mais

globalizante desta última, ou seja, apesar de ambas terem como objectivo tratar a informação

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para o apoio à gestão, a Contabilidade Analítica surge mais focalizada para a analise de Custos

enquanto que a Contabilidade de Gestão o Foco na criação de valor através do uso efectivo dos

recursos.

A asserção anterior é falsa porque a contabilidade analítica constitui um sub-sistema de

informação que tem em vista a medida e análise dos custos, proveitos e resultados relacionados

com os diversos objectivos prosseguidos pelas organizações. A necessidade da contabilidade

analítica faz se sentir quer nas empresas quer noutras organizações. E quanto as empresas,

embora tenha sido nas industriais que a contabilidade analítica mais se desenvolveu, devido a

necessidades particulares que importa satisfazer, nomeadamente o apuramento do custo dos

produtos que fabricam; a informação que possibilita é igualmente necessária à gestão de todas as

empresas sejam comerciais, de prestação de serviços, extrativas, financeiras ou de qualquer outro

ramo de actividade.

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CAPÍTULO III

3. CONCEITOS FUNDAMENTAIS

3.1. Noções fundamentais sobre custos

Um custo corresponde ao valor monetário associado à utilização ou consumo de um recurso,

seja um bem ou um serviço, o que significa que a actividade da empresa implica custos que

importa determinar o mais objectivamente possível, de modo a obter os elementos necessários

não só para a análise dos dados históricos, mas também para o planeamento comparados com os

benefícios deles decorrentes.

Dada a importância de que se revestem na delimitação dos âmbitos económico e financeiro,

interessa, antes demais, precisar os conceitos de gasto, custo, de despesa e de pagamento, bem

como, por outro lado, de rendimento/rédito, de receita e de recebimento.

É possível, então, identificar:

Gasto - Diminuição nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma

de exfluxos ou deperecimentos de activos ou na incorrência de passivos que resultem em

diminuições do capital próprio, que não sejam as relacionadas com distribuições aos

participantes no capital próprio;

Custo - Conceito de caracter económico que corresponde ao valor dos recursos utilizados

numa organização, incluindo no conceito de gasto;

Despesa - Conceito de caracter jurídico e monetário que corresponde à assunção da

obrigação de pagar os custos;

Pagamento - Conceito de caracter financeiro em sentido restrito que corresponde ao

fluxo de saída de meios líquidos das organizações, constituindo a contraprestação dos

recursos adquiridos;

Rendimento - Aumento de benefícios económicos durante o período contabilístico na

forma de influxos ou aumentos de activos ou diminuições de passivos que resultam em

aumentos no capital próprio, que sejam relacionados com as contribuições dos

participantes no capital próprio;

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Rédito - Conceito de caracter económico que consiste num rendimento proveniente da

actividade correntes;

Receita - Conceito de caracter jurídico e monetário que corresponde ao direito de receber

os réditos/rendimentos;

Recebimento - Conceito de caracter financeiro em sentido restrito que corresponde ao

fluxo de entrada de meios líquidos nas organizações, constituindo a contraprestação dos

bens ou serviços cedidos a terceiros.

Investimento é um gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis

a futuro (s) período (s). Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços

(gastos) que são estocados no activo da empresa para baixa ou amortização quando de

sua venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são

especialmente chamados de investimentos

O resultado de um determinado exercício económico resulta da diferença entre os rendimentos

verificados nesse exercício e os Gastos em que foi necessário incorrer para gerar esses

rendimentos.

De acordo com os procedimentos adoptados pela Contabilidade Financeira os Rendimentos e os

Gastos relativos a determinado período são geralmente classificados por natureza,

independentemente da função a que respeitam.

Gastos por funções/ Actividades

No âmbito da contabilidade de gestão interessa determinar os gastos de acordo com a sua origem

em termos de estrutura organizacional, ou seja, identificar com que função estão relacionados e,

dentro de cada função, quais as diferentes actividades que a integram.

Eis as seguintes funções e respectivos gastos:

Gastos de Aprovisionamento - respeitam ao funcionamento dos armazéns de matérias e

de produtos acabados e semi-acabados;

Gastos de Produção ou Industrial - identificam-se com a valorização dos recursos

utilizados na fabricação dos produtos ou prestação de serviços;

Gastos de Distribuição - estão relacionados com o funcionamento da estrutura

Comercial;

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Gastos Administrativos - resultam do funcionamento da estrutura Administrativa;

Gastos de Investigação e Desenvolvimento - respeitam as actividades relacionadas com a

pesquisa de novos produtos, serviços, tecnologias e métodos;

Gastos Financeiros - não correspondem ao funcionamento de qualquer estrutura da

empresa, identificando-se com o custo associado à utilização de capitais alheios.

Custos Directos/Custos Indirectos

A identificação dos custos por ojecto de custeio permite a sua classificação em dois grandes

grupos:

Custos Directos - correspondem as grandezas de custos que são exclusiva e

especificamente de determinado objecto de custeio e que, portanto, não ocorreriam se o

objecto de custeio não existisse. A sua determinação não se reveste de particular

dificuldade.

Custos Indirectos - identificam-se com os custos que permitam simultaneamente a

vários objectos de custeio. A sua repartição pelos diferentes objectos de custeio

pressupõe que se definam critérios de imputação que, pela subjectividade que têm

implícita, são sempre questionáveis.

É importante referir que o que permite classificar os custos directos e indirectos é a sua relação

com o objecto de custeio e não a natureza do custo em si.

3.2. Componentes do custo industrial

Apuramento do Custo de Produção

Pode definir-se como custo do produto o montante que lhe é atribuído para efeitos da

valorização dos respectivos inventários enquanto que os custos do período são, aqueles que

afectam resultado de um determinado intervalo de tempo, incorporando o custo industrial dos

produtos vendidos e os gastos das restantes funções que ocorram nesse período.

Relativamente aos custos industriais, podem considerar-se três conceitos:

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1. Custo Industrial da Produção (CIP)

Identifica-se com o somatório de todos os custos inerentes à função Industrial (Produção) que

ocorrem durante o período, os quais podem ser classificados em três categorias:

a) Consumo de Matéria-Prima (MP);

b) Mão-de-Obra Directa (MOD);

c) Gastos Gerais de Fabrico (GGF).

- Consumo de Matéria-Prima

O consumo de matéria-prima constitui um custo directo do produto, cujo montante dependera da

quantidade consumida e do respectivo custo unitário, e este pode ser adicionado aos eventuais

custos que devem ser imputados às matérias antes de se registar a sua entrada em armazém.

Para o cálculo de consumo e respectivo valor de matéria-prima aplica-se a seguinte forma:

Consumo (Cons.M) = Existências Iniciais (Ei) + Compras (C) – Existências Finais (Fi)

O valor a atribuir às matérias consumidas será em função do custo a que se encontram registadas

em inventário e do critério valorimétrico utilizado – FIFO (FirstIn, FirstOut), LIFO (LastIn,

FirstOut), CMP (Custo Médio Ponderado), ou outro que a empresa adopte.

Por exemplo:

A empresa SAGA registou em Junho de 2011 o seguinte movimento quanto à sua matéria X:

Inventário inicial 2500kg a 250 Mts/kg

Compras 6500kg a 315 Mts/kg

Consumos 7000kg

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Se a empresa utilizar o critério FIFO, LIFO, CMP1, determine a valorização dos consumos e

respectivo inventário final.

- Mão-de-Obra Directa

A mão-de-obra directa identifica-se com os custos associados à remuneração dos trabalhadores

cuja actividade é específica da produção de determinado produto ou serviço.

Para o cálculo desta componente terá de considerar-se o número de horas registado por objecto

de custeio e o respectivo custo horário. O custo horário devera ponderar não só a remuneração do

trabalhador, mas também os encargos com remunerações que lhe estão associados. Para um

adequado calculo destes encargos a considerar mensalmente, atendendo a que o seu pagamento

pode ocorrer de forma irregular ao longo do ano, torna-se necessário proceder à sua

especialização mensal. Esta especialização consegue-se a partir de uma taxa teórica que vai

permitir a distribuição dos mesmos de forma regular ao longo do período da elaboração.

O custo horário a considerar no cálculo da MOD vai ser acrescido a taxa teórica (pode ser 60% o

mais usual, ou ao critério institucional de acordo com a lei laboral)para encargos sociais, pelo

que o valor desta componente resultará de:

MOD = N.º de Horas x Custo horário x 1.60 (ou 1+taxa teórica)

- Gastos Gerais de Fabrico

A componente de custos gastos gerais de fabrico vai incluir todas as restantes naturezas de custos

industriais:

Mão-de-obra indirecta (MOI);

Consumo de água, electricidade e combustíveis;

1 Na hipótese de o critério ser o CMP determina-se em primeiro lugar o custo médio associado aos dois

lotes em armazém – Inventário inicial e as compras.

Resolução: …

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Consumo de matérias subsidiárias;

Amortização de edifícios e de equipamentos;

Seguros (excepto os que respeitam a pessoal);

Rendas, etc.

Calculados as três componentes do CIP estas podem ser agrupadas de modo a identificar os

custos directos do objecto de custeio - MP e MOD – e os custos indirectos – GGF.

É habitual fazerem-se agregações destas componentes de custo industrial:

Custo Primo (CP) = MP + MOD

Custo de Transformação (CT) = MOD + GGF

O Custo Primo normalmente identifica-se com os custos directos do produto e o Custo de

Transformação corresponde ao custo industrial em que é necessário incorrer para transformar as

matérias em produto acabado.

2. Custo Industrial da Produção Acabada (CIPA)

Custo Industrial da Produção Acabada (CIPA) corresponde ao valor a atribuir os produtos

acabados durante o período, independentemente do momento em que são iniciados, o que

significa que terá de incorporar, para além dos custos industriais que ocorreram no período

(CIP), o valor de eventual produção não acabada (Produtos em vias de fabrico)2 existente no

inicio e no fim do período.

2Produtos em vias de fabrico corresponde ao valor de um produto iniciado em determinado período e que

no final deste não se encontra ainda concluído, distinguindo-se do conceito do produto intermediário ou semiacabado, que corresponde a um produto que pode ser comercializado nesse estádio ou ser sujeito a operações de transformação adicionais.

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A valorização dos produtos em vias de fabrico e sempre bastante subjectiva pois, de uma forma

geral, implica a determinação, nem sempre fácil do mês, bem como a definição, quase sempre

arbitrária, do nível de acabamento que se situam.

Custo Industrial da Produção Acabada total e unitário permite proceder à valorização da

produção entrada em armazém, sendo determinado da seguinte maneira:

CIPA = CIP + EiPvf – EfPvf

e

CIPA (unitário) = CIPA

Quantidade Produzida

3. Custo Industrial da Produção Vendida (CIPV)

O Custo industrial da produção vendida ou custo das vendas corresponde ao montante de custos

industriais incorporados nos produtos/serviços vendidos durante determinado período,

independentemente do montante em que foram produzidos.

Trata-se de um custo de período, cujo cálculo será feito a partir da quantidade vendida e do custo

de produção unitário, tendo em atenção o critério valorimétrico adoptado pela empresa.

A sua determinação poderá ser feita, conhecido que seja o valor das existências finais de

produtos acabados, do seguinte modo:

CIPV = CIPA + EiPA - EfPA

Este custo será repercutido na demonstração de resultados por funções.

Relativamente aos gastos não industriais pode falar-se em:

Custos de Distribuição (CD);

Custos Administrativos (CA);

Custos Financeiros (CF) (Custos e perdas financeiras);

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Rendimentos Financeiros (RF) (Proveitos e ganhos financeiros) e

Outros Custos (OC).

A somo algébrica destas naturezas de custos correspondem ao Custo Comercial em sentido lato.

Por último, pode referir-se a um outro conceito de custos de período que se designa por Custo

Complexivo e que corresponde a todos os custos que afectam o resultado de um determinado

período:

C. Complexivo = CIPV + C. Comerciais

Conhecidos os custos pelas diferentes funções da empresa, o Resultado pode ser evidenciado de

acordo com a contribuição de cada função para a sua formação, originando vários conceitos de

resultados parcelares, tais como:

Resultado Bruto (RB) = Vendas Liquidas – CIPV

Resultado Operacional (RO) = RB – CD – CA – OC

Resultado antes de impostos (RAI) = RO + RF – CF

Resultado Liquido (RL) = RAI - Impostos

3.3. Custos Fixos e Custos Variáveis

Prosseguindo na análise dos principais conceitos de custos, pode agora atentar-se na forma como

estes se comportam face a variações do nível de actividade.

Basicamente podem constituir-se dois grupos de custos:

Custo Variáveis - cujo o valor global vai depender do nível de actividade;

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Custos Fixos - em que, numa perspectiva de curto prazo, o montante se mantém constante

independentemente da actividade desenvolvida.

A definição de actividade depende da natureza de custo que se está a analisar; tratando-se de

custos industriais, a variabilidade será em função da quantidade produzida, enquanto que,

tratando-se de custos não industriais, a variabilidade será em função das quantidades vendidas.

Normalmente os custos fixos identificam-se com os custos de estrutura considerando uma

determinada capacidade instalada. Assim, o seu valor tende a manter-se constante

independentemente do nível de utilização da mesma.

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1. A empresa Good Five, Lda, fabrica um único produto.

Da Contabilidade analítica e de Gestão, relativamente a um mês, obtiveram-se os seguintes

elementos:

Vendas 100 unidades @ 1.000 contos cada

Existências Iniciais 50 unidades @ 400 contos cada

Quantidade produzida 100 unidades @ 600 contos cada

O gerente da empresa verificou que os Resultados Mensais eram diferentes dos que se pensava

obter para o volume de vendas realizado.

O responsável pela Contabilidade lembrou-lhe que tinham alterado o Critério valorimétrico e

ficou de lhe apresentar uma simulação utilizando diferentes critérios valorimétricos.

Pretende-se:

Resultado Industrial, utilizando sucessivamente os critérios FIFO, LIFO e Custo médio

Ponderado (CMP).

2. A empresa Saga, Lda obteve os seguintes elementos referentes às suas contas em Dezembro

de 2004:

1- Existências iniciais (Em contos)

1.1- Matérias- primas 27.000

1.2- Matérias subsidiaries 1.200

1.3- Produtos em vias de fabrico 12.000

1.4- Produtos acabados(3000 tons @12 contos/ton) 36.000

2- Compras

2.1- Matérias- primas 70.000

2.2- Matérias subsidiaries 3.000

3- Existências finais

3.1- Matérias- primas 16.000

Exercícios de consolidação

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3.2- Matérias subsidiaries 2.500

3.3- Produtos em vias de fabrico 18.000

3.4- Produtos acabados(1500 tons ao custo medio) 26,513.25

Custos

4- Consumo de água na fábrica 1.100

5- Consumo de água nas secções administrativas 400

6- Consumo de água nas delegações comerciais 150

7- Combustível para o gerador da fábrica 1.200

8- Folhetos de propaganda commercial 90

9- Aluguer de equipamento (Contabilidade) 2.000

10-Reparação de uma máquina 70

11-Consumo de energia na fábrica 9.000

12-Consumo de energia nas secções administrativas 1.500

13-Consumo de energia nas delegações comerciais 900

14-Despesas de conservação do equipamento fabril 400

15-Seguro de incêndio

15.1-Fábrica 750

15.2-Secções administrativas 150

15.3- Delegações comerciais 90

16-Honorários do advogado 150

17-Campanha anual de publicidade 180

18-Rendas de casa das delegações comerciais 3.500

19-Royalties de assistência técnica à fabricação 4.000

20-Trabalhos executados pela empresa Gama e

referentes à fabricação do produto 2.500

21-Impostos 420

22-Remunerações do conselho de Administração 2.300

23-Despesas de representação dos orgãos sociais 150

24-Salários de mão-de-obra directa 50.000

25-Subsídios de Natal e de ferias da MOD 8.000

26-Encargos sociais com MOD 17.000

27-Seguros de acidentes de trabalho da MOD 900

28-Ordenados do pessoal fabril 13.000

29-Subsídio de Natal e de ferias do pessoal fabril 2.200

30-Encargos sociais com o pessoal fabril 3.800

31-Ordenados do pessoal Administrativo 6.000

32-Subsídios de Natal e de ferias do pessoal administ. 800

33-Encargos sociais com o pessoal administrativo 1.600

34-Ordenados dos vendedores 1.300

35-Subsídio de Natal e de ferias dos vendedores 300

36-Encargos sociais dos vendedores 4.700

37-Comissões do vendedores 8.000

38-Indemnizações por despedimento 300

39-Despesas bancárias 40

40-Juros de financiamento 4.000

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41-Quotizações - Sindicatos 80

42-Amortizações do exercício

42.1- Fábrica 12.000

42.2- Secções administrativas 1.800

42.3- Delegações comerciais 400

43-Provisões para cobrança duvidosa 700

44-Provisão para depreciação de existências 300

45-Crédito incobrável 40

Proveitos

46-Vendas anuais (12.000 ton @ 30 cts/ton) 360.000

47-Abatimentos concedidos a clientes 1.300

48-Venda de uma máquina 1.300

Mais valia 300

49-Rendas de 2004 1.000

50-Renda de Janeiro de 2005 recebida em Dez/2004 120

51-Juros de obrigações 60

Pretende-se:

1- Enquadramento dos elementos nos factores do Custo Industrial

2- Determinação do Custo Primo

3- Determinação do Custo de Transformação

4- Determinação do Custo Industrial

5- Elaboração da Demonstração de Resultados por funções.

3. Das contas das classes 6 e 7 da Empresa Alimentar, Lda, que fabrica um único produto,

apresentava os seguintes saldos em 31/12/1999 (em unidades monetárias):

SALDO

Descrição Devedores Credores

Custos das matérias consumidas

Fornecimentos e serviços externos

Impostos

Custos com (1) Outros custos operacionais

Amortizações do exercício

Provisões do exercício Custos e perdas financeiras

Custos e perdas extraordinárias

Vendas

Proveitos e ganhos financeiros

65.000.000,00

57.500.000,00

1.300.000,00

60.289.125,00 650.000,00

25.000.000,00

1.500.000,00 11.500.000,00

700.000,00

241.150.000,00

2.800.000,00

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Proveitos e ganhos extraordinários 3.100.000,00

A repartição dos custos de 1999 pelas diversas funções da empresa é a seguinte:

Descrição Custos

Industriais

Custos de

Distribuição

Custos

Administrativos

Custos

Financeiros

Custos das matérias

consumidas

Fornecimentos e serviços externos

Impostos

Custos com o pessoal

Outros custos operacionais Amortizações do exercício

Provisões do exercício

Custos e perdas financeiras

63.000.000,00

50.500.000,00

- 50.578.125,00

-

22.500.000,00

- -

_____________

186.578.125,00

1.500.000,00

6.000.000,00

750.000,00 4.980.000,00

-

2.100.000,00

- -

_____________

15.330.000,00

500.000,00

1.000.000,00

550.000,00 4.731.000,00

650.000,00

400.000,00

1.500.000,00 -

____________

9.331.000,00

-

-

- -

-

-

- 11.500.000,00

____________

11.500.000,00

Os movimentos verificados em 1999 na conta de existências de produtos acabados foram os

seguintes (em unidades monetárias):

Unidades físicas Unidades monetárias

Existências em 01/01/1999

Produção de 1999

Vendas de 1999

191.250,00

500.000,00

530.000,00

57.375.000,00

-

-

Tendo em conta que as saídas de existências são valorizadas pelo critério FIFO e que a taxa de

Imposto de Contribuição Industrial é de 36,5%, pretende-se:

a) Determine o custo industrial do produto acabado.

b) Determine a variação de existências do produto acabado.

c) Elabore a demonstração dos resultados determinando os vários resultados parciais.

d) Elabore a demonstração dos resultados por funções.

_______________

(1) Inclui 24,5% de encargos sociais reais. Os encargos sociais imputados são de 60%

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"Fizemos a busca do saber, um bem precioso no processo de mudança intelectual". [Por Helldriver]

CAPÍTULO IV

4. APURAMENTO DO CUSTO INDUSTRIAL

4.1. Produção conjunta

Considera-se que uma empresa labora em produção conjunta quando a fabricação de um

produto obriga necessariamente à fabricação de dois ou mais produtos, a partir da

transformação de uma matéria-prima .

Exemplos:

- Obtenção do petróleo, gasóleo e fuel a partir da destilação do petróleo bruto;

- Produção de leite, manteiga, queijo e soro a partir do leite;

- Produção de farinhas de 1ª e 2ª qualidade, sêmeas e alimpaduras a partir da moagem do

trigo.

Custos conjuntos- são aqueles que respeitam a um processo produtivo de que resultam dois

ou mais produtos e que até determinada fase de fabricação ( o chamado ponto de separação)

não se podem identificar como produtos distintos.

Podem ocorrer em diferentes fases da produção da empresa, isto é, numa fase intermédia ou

numa fase final.

Os critérios de repartição dos custos conjuntos, dependem do facto de os produtos terem ou

não valor económico igual o que à partida, sugere uma classificação dos produtos de acordo

com o seu valor económico.

Num processo de produção conjunta, distinguem-se três categorias de produtos, dependendo

do seu significado e importância, ou seja, valor económico:

- Co-produtos ou produtos principais, aqueles cujo valor económico não apresenta

diferenças significativas. Exemplo: a farinha de 1ª e a farinha de 2ª;

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- Subprodutos ou produtos auxiliares, aqueles que embora vendáveis, o seu valor

económico é bem inferior ao dos co-produtos. Exemplo: Sêmea e alimpaduras.

- Resíduos. Nem sempre existem. Regra geral, não são vendáveis mas se existir um

mercado certo para a sua aquisição, poderão ter um tratamento semelhante ao dos

subprodutos.

4.1.1. Critérios de repartição dos custos conjuntos

Co-produtos

Quando se trata de co-produtos, recorre-se regra geral a um dos três critérios, alternativamente:

1- Base quantitativa, isto é, o custo conjunto será repartido em função das quantidades

produzidas;

2- Base do valor relativo de venda. Neste critério assume-se que o grau da contribuição da

venda de cada produto no valor da venda total, será o mesmo com que o produto deve

contribuir para absorver parte do custo conjunto.

3- Montante das vendas deduzido do custo específico.

Segundo este critério deduz-se ao valor de venda os custos específicos (industriais e não

industriais).

Subprodutos

Quando podem ser vendidos a preços que competem com os dos co-produtos, então, os critérios

a adoptar são os mesmos que foram referidos em relação aos co-produtos.

Caso contrário, adoptar-se-á um dos dois critérios seguintes:

-Lucro nulo ( o mais utilizado)- atribui-se aos subprodutos, um custo igual ao valor da

sua venda no mercado. O valor da venda ( deduzido das despesas de venda), é subtraído

aos custos conjuntos.

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-Custo nulo – Os produtos principais suportam todos os custos conjuntos e assume-se

que os subprodutos não possuem qualquer custo. O seu valor de venda representa na sua

totalidade, um lucro.

Resíduos

Quanto aos resíduos, adoptar-se-á o método de lucro nulo quando possuam algum valor no

mercado. Se o não tiverem, seguir-se-á o critério do custo nulo.

Exemplo 1:

A empresa Sambroera, Lda que se dedica à produção dos bens P1, P2 e P3 segue as seguintes

fases de fabrico:

- Fabricação

- Pintura

- Embalagem

Os custos suportados na Fabricação e Pintura são custos conjuntos. Todos os outros, ou seja, os

verificados na fase de embalagem, são custos específicos.

Foram apurados seguintes dados (valores em Meticais):

Custos conjuntos

Matéria-prima 15.000.000

Custos de transformação 6.200.000

21.200.000

Custos específicos

P1 900.000

P2 2.200.000

P3 700.000

Produção

P1 170

P2 250

P3 80

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Custos específicos não Industriais

Unitário Total

P1 2.000 340.000

P2 1.000 250.000

P3 900 72.000

Preços de venda

P1 70.000

P2 90.000

P3 52.000

P1 e P2 são co-produtos, isto é, têm a mesma importância.

Pede-se:

Apuramento do custo industrial utilizando as seguintes Bases de repartição:

- Custos conjuntos repartidos proporcionalmente às quantidades produzidas;

- Custos conjuntos repartidos com base no montante das Vendas

- Montante das vendas deduzido dos custos específicos

1) Quantidade produzidas

Custo conjunto: 21.200.000

Produtos Quantidades(Unid) %

Contrib.

Repartição

P1 170 34 7.208.000

P2 250 50 10.600.000

P3 80 16 3.393.000

500 100 21.200.000

Apuramento do custo industrial

Custos P1 P2 P3

Conjunto 7.208.000 10.600.000 3.392.000

Especifico 900.000 2.200.000 700.000

Total 8.108.000 12.800.000 4.092.000

Resolução exercício 1

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Produção 170 250 80

C.Unitário 47.694,12 51.200 51.150

O valor a repartir por unidade é 21.200.000 / 500 unidades = 42.400,00MT.

Não é um critério seguro, principalmente no caso em que há grandes diferenças no preço de

venda.

2) Montante das vendas

Custo conjunto: 21.200.000

Produtos

Quant.

Preço Unit.

Valor

%

Repartição

custo

conjunto

P1 170 70.000 11.900.000 30,86 6.542.320

P2 250 90.000 22.500.000 58,35 12.370.200

P3 80 52.000 4.160.000 10.79 2.287.480

Total 500 38.500.000 100 21.200.000

Apuramento do custo industrial

Custos P1 P2 P3

Conjunto 6.542.320 12.370.200 2.287.480

Especifico 900.000 2.200.000 700.000

Total 7.442.320 14.570.200 2.987.480

Produção 170 250 80

C.Unitário 43.778,35 58.280,80 37.343,50

3) Montante das vendas deduzido dos custos específicos.

Custos P1 P2 P3

Vendas 11.900000 22.500.000 4.160.000

C. Especifico

Industriais 900.000 2.200.000 700.000

Não Industriais 340.000 250.000 72.000

Vendas deduzidas

dos C.Específicos

10.660.000

20.050.000

3.388.000

Repartição dos custos conjuntos : 21.200.000

Produtos

Vendas deduzidas

do custo específico

%

Contrib.

Repartição do

custo conjunto

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"Fizemos a busca do saber, um bem precioso no processo de mudança intelectual". [Por Helldriver]

P1 10.660.000 31,26 6.627.120

P2 20.050.000 58,80 12.465.600

P3 3.338.000 9.94 2.106.280

34.098.000 100 21.200.000

Apuramento do custo industrial

Custos P1 P2 P3

Conjunto 6.627.120 12.465.600 2.107.280

Especifico 900.000 2.200.000 700.000

Total 7.527.120 14.665.600 2.807.280

Produção 170 250 80

C.Unitário 44.277,18 58.662,4 35.091

Exemplo 2:

A empresa Artenegra, Lda que se dedica à produção do produto A, obtêm dois subprodutos B e

C.

Elementos referentes a Março de 2011 (Meticais):

Consumo de matérias primas 7.500.000

Custos de transformação (conjunto)

Fixos 3.200.000

Variáveis 16.000.000

Custos específicos

Industriais (M. Primas) 2.400.000

Não industriais

Distribuição 1.500.000

Administração 2.400.000

Financeiros 5.100.000

9.000.000

Produção

A 100.000 unidades

B 30.000 unidades

C 10.000 unidades

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"Fizemos a busca do saber, um bem precioso no processo de mudança intelectual". [Por Helldriver]

Pretende-se:

a) o apuramento do custo de produção de A em:

- Custeio total

- Custeio variável

b) contabilização dos movimentos no Diário.

NB: Os subprodutos são valorizados segundo o critério do lucro nulo. Os seu preços de

venda são: 150,00MT para B e 60,00MT para C.

a) Custo de produção

Descrição Custeio Total Custeio Variável

Matérias-primas 7.500.000 7.500.000

Custos transformação

Fixos 3.200.000

Variáveis 16.000.000 16.000.000

Custo industrial conjunto 26.700.000 23.500.000

Subprodutos

B (4.500.000) (4.500.000)

C ( 600.000) ( 600.000)

Custo conjunto industrial 21.600.000 18.400.000

Custos específicos industriais 2.400.000 2.400.000

Custo industrial total 24.000.000 20.800.000

Produção (unidades) 100.000 100.000

Custo industrial unitário 240,00 208,00

Resolução exercício 2

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b) Lançamentos no Diário (custeio total)

Nº Contas a Debitar Contas a Creditar Valor

(contos)

1 Produção Conjunta Matérias-Primas 7.500

2 Produção Conjunta Custos de Transformação 19.200

3 Fabricação-Produto B Produção Conjunta 4.500

4 Fabricação- Produto C Produção Conjunta 600

5 Fabricação- Produto A Produção Conjunta 21.600

6 Fabricação- Produto A Matérias primas 2.400

7 Produtos acabados Fabricação- Produto A 24.000

8 Subprodutos B Fabricação-Produto B 4.500

9 Subprodutos C Fabricação- Produto C 600

10 Custo das Vendas Subproduto B 4.500

11 Custo das Vendas Subproduto C 600

4.2. Produção Defeituosa

Nas empresas industriais é bastante usual o aparecimento de defeitos de fabrico, os quais podem

ser detectados ao longo do processo produtivo ou à saída da fábrica pelos Serviços de Controlo

de Qualidade.

Contabilisticamente, os defeitos de fabrico são sujeitos a um dos seguintes tratamentos:

- Considerados dentro dos padrões normais de fabricação e o seu custo repartido pela

produção sem defeito;

- Considerados acidentais e o seu custo deduzido ao custo de produção para ser imputado

à Conta de Resultados Acidentais.

Em alguns casos, o defeito pode ser recuperável mediante determinadas operações adicionais, as

quais podem melhorar o respectivo valor de venda. Apenas se procede deste modo quando o

valor de venda compensa os custos totais.

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Na Fundição X, no fabrico das peças modelo 102345 é normal obter-se uma quebra de 5% do

número de peças boas.

Com vista a satisfazer a encomenda nº 453 de Abril, da Sociedade Industrial de Montagens de

Máquinas, SARL, os Serviços Técnicos lançaram em fabrico 1.050 peças que originaram os

seguintes custos ( contos):

- Matérias incorporadas 235.581

- Custos de transformação ( moldagem, fusão,

Vasamento e rebarbagem) 147.860

383.441

À saida da fundição foram contadas 1.026 peças boas (24 tinham defeito, cujo valor para sucata é

de 470 contos).

No caso de a referida peça constituir um produto de gama normal de fabrico, o custo unitário é

de:

- Custo das matérias primas

e custos de transformação 383.441

- Sucatas 470

- Custo Industrial 382.971

Custo unitário 373,2

O lançamento a fazer, será:

Diversos

a Fabricação

Fabricação-Peças mod. 102345

Produtos acabados

1.026 peças 382.971,9

Resíduos

Valor das sucatas 470,0 383.441,9

Exercício e Resolução 3

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1. A empresa Gás Puro, Lda, fabrica em regime de produção contínua, os produtos X e Y,

cuja produção se processa nas secções A, B e C.

Na secção A as matérias M e N são primeiramente transformadas, obtendo-se o semiproduto

a que é tratado na secção B, juntamente com as matérias O e P, obtendo-se o produto X e o

semiproduto Y, um subproduto T que é vendido no mercado a 500,00mts/ton. e resíduo

sem qualquer valor de venda. o produto X dá entrada no armazém de produtos acabados.

O semiproduto Y é ainda acabado na secção C com a matéria Q, dando entrada no armazém.

Relativamente ao mês Outubro, obtiveram-se os seguintes elementos (em mil meticais):

Gastos de transformação:

Descrição MOD GGF

Secção A 68.000,00 48.000,00

Secção B 78.500,00 70.000,00

Secção C 62.000,00 43.000,00

Existências:

Descrição 01/10/2000 31/10/2000

Matéria M 50 ton @ 2.000,00 70 ton

Matéria N 40 ton @ 3.000,00 10 ton

Matéria O 20 ton @ 4.000,00 15 ton

Matéria P 10 ton @ 5.000,00 20 ton

Produção X 30 ton @ 6.500,00 20 ton

Produção Y 20 ton @ 6.300,00 30 ton

Compras:

Descrição -

Exercícios de consolidação 4

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"Fizemos a busca do saber, um bem precioso no processo de mudança intelectual". [Por Helldriver]

Matéria M 100 ton @ 2.500,00

Matéria N 50 ton @ 4.500,00

Matéria O 20 ton @ 2.500,00

Matéria Q 20 ton @ 2.500,00

Produção:

Descrição -

Semiproduto a 100 ton

Semiproduto Y 60 ton

Produção X 80 ton

Produção Y 60 ton (Deterioraram-se 5 ton por avaria

de uma máquina que não é possivel

recuperar)

Subproduto T 10 ton

Resíduos 5 ton (Foram pagos 500.00mts de

transporte para um local fora da

f'abrica).

Vendas:

O preço de venda médio do mês foi de 9.375,00mts/ton e 8.000,00mts/ton., para os produtos X e

Y, respectivamente. As comissões em vigor são de 4% e incidem sobre o valor da facturação dos

produtos principais.

Sabendo que a empresa segue o critério LIFO na valorização das saídas de armazéns, reparte os

custos conjuntos proporcionalmente ao valor de venda no ponto de separação e valoriza os

subprodutos pelo critério do lucro nulo, pede-se:

a) Determinação dos custos de produção acabada (total e unitário) à saída das secções A, B e C.

b) Elabore a demonstração de resultados do mês.

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2. A empresa SAGA,SA

A empresa SAGA.SA, produz em regime de produção conjunta dois tipos de produtos, X e Y,

um subproduto S e um resíduo R, e em regime de produção disjunta o produto W, sendo

necessário para a sua produção o resíduo R.

Processo produtivo:

SECÇÃO A - São consumidas as matérias primas M1 e M2. A M1 é transformada dando origem

ao semiproduto X/Y, o qual é imediatamente transferido para a Secção B. A transformação da

M2 permite a produção de W, sendo este transferido para a secção D.

SECÇÃO B - Nesta secção, ao semiproduto X/Y é adicionado a matéria prima M3 e através de

um processo de centrifugação, com o auxilio de um produto liquido, é separado o produto X do

produto Y.

SECÇÃO C - O produto X é concluído, embalado e enviado para o armazém. Na sequencia da

produção do produto X, nesta secção surge o subproduto S e o resíduo R.

O subproduto S é embalado e enviado para o armazém, sendo adquirido por um cliente

estrangeiro, suportando a empresa um custo de transporte de 0.25mts por unidade.

O resíduo R, após a sua extracção é enviado para a secção D, contribuindo assim para a produção

de W. A extracção do resíduo implica um custo global, nesta secção, de 2392mts, sendo

1794mts de MOD e o remanescente GGF.

SECÇÃO D - Nesta secção são concluídas os produtos Y e W, embalados e enviados para o

armazém.

Em consequência ao processo fabrico, o produto Y sofre uma quebra de peso de 2,5%. Ao

semiproduto W é adicionado o resíduo R, sendo necessários, para a sua produção 0,5 litros de R

por cada unidade produzida. Caso as quantidades extraídas do resíduo R, não sejam suficientes à

produção de W, a empresa tem de recorrer ao exterior e adquirir o produto por preço superior em

0,275mts por unidade ao custo de produção.

A empresa tem garantida a venda dos produtos principais, tendo de suportar um custo de

transporte de 5,5mts por unidade.

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"Fizemos a busca do saber, um bem precioso no processo de mudança intelectual". [Por Helldriver]

Informações relativas ao mês de maio de 2010

Existências Iniciais:

Materiais Quantidades em Kgs Preço unitário meticais

M1 2 200 0,235

M2 1 789 0,120

M3 3 100 0,175

P. liquido 2 500 0,077

Produto principal Quantidades Preço unitário meticais

X 760 9,35

Y 980 14,89

Semiproduto Quantidades Grau de acabamento

X/Y 2000 MP -

45%

MOD -

50%

GGF-

30%

valor em meticais 370 1554 2716

Existências Ficiais:

Materiais Quantidades em Kgs

M1 1 990

M2 1 680

M3 3 250

Semiproduto Quantidades Grau de acabamento

X/Y 3500 MP -

50%

MOD -

60%

GGF-

40%

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"Fizemos a busca do saber, um bem precioso no processo de mudança intelectual". [Por Helldriver]

Compras:

Materiais Quantidades em Kgs Preço unitário meticais

M1 21 190 0,249

M2 17 200 0,125

M3 28 000 0,180

P. liquido 25 000 0,080

Os gastos de transporte é de 289,3mts repartido em função do valor das compras.

Produção terminada:

Produção Quantidades em Kgs

X/Y 15 000

X ?

Y ?

W 11 350

S 2 500

R 4 350

Vendas:

Produto Quantidades em Kgs Preço unitário meticais

X 10 550 11,44

Y 4 000 17,82

W 11 350 7,45

S 2 500 0,075

Gastos das Secções em meticais:

Secção MOD GGF

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"Fizemos a busca do saber, um bem precioso no processo de mudança intelectual". [Por Helldriver]

A 29 500 86 200

B 21 100 18 000

C 10 000 16 200

D 21 000 18 180

Os gastos de secção A são repartidos pelo semiproduto X/Y e pelo semiproduto W

proporcionalmente ao peso da produção efectiva, nessa secção durante o mês.

os gastos de secção A são repartidos pelos produto Y e W sendo 10 000mts do total da MOD

custos do produto Y e o remanescente custo de W. Os GGF, são repartidos pelos produtos,

proporcionalmente ao valor da MOD.

Critérios Valorimétricos:

Matéria prima CMP

Produção V. Fabrico LIFO

Produtos principais FIFO

A empresa adopta como critérios de valorização, para o subproduto o critério do lucro nulo e

para os produtos principais o critério do valor de venda no ponto de separação.

Pretende-se:

1) Calculo da produção Efectiva de X/Y no mês de Maio;

2) Calculo do custo dos semiprodutos X/Y e W no mês de Maio;

3) Calculo do custo dos produtos X, Y, W e S;

4) Calculo do custo das existências finais de X/Y

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"Fizemos a busca do saber, um bem precioso no processo de mudança intelectual". [Por Helldriver]

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Nome: Sérgio Alfredo Macore ou Helldriver Rapper

Nascido: 22 de Fevereiro de 1992

Natural: Cabo Delgado – Pemba

Contacto: +258 826677547 ou +258 846458829

Email: [email protected]

Facebook: Helldriver Rapper Rapper ou Sergio Alfredo Macore

Formação: Gestão de Empresas e Finanças

NB: Se precisar de algo, não tenha vergonha de pedir, estou a sua disposicao para te ajudar,me

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