ANAIS DO ïº ENCONTRO NACIONAL DA ABRI

48
ANAIS DO 3º ENCONTRO NACIONAL DA ABRI Governança Global e Novos Atores 20 a 22 de Julho de 2011 USP | São Paulo ISSN: 2236-7381 ANNALS OF ABRI 3 rd NATIONAL CONGRESS Global Governance and New Actors July 20 th - 22 nd , 2011 USP | São Paulo ISSN: 2236-7381

Transcript of ANAIS DO ïº ENCONTRO NACIONAL DA ABRI

ANAIS DO 3º ENCONTRO NACIONAL DA ABRI

Governança Global e Novos Atores

20 a 22 de Julho de 2011

USP | São Paulo

ISSN: 2236-7381

ANNALS OF ABRI 3rd NATIONAL CONGRESS

Global Governance and New Actors

July 20th - 22nd, 2011

USP | São Paulo

ISSN: 2236-7381

EXPEDIENTE | STAFF

Conselho Diretor da Associação Brasileira de Relações Internacionais | ABRI Board of Directors

Presidente | José Flávio Sombra Saraiva (UnB)

Secretária Executiva | Rafael Duarte Vila(USP)

Secretária Adjunta | Nissar Messari (PUC Rio)

Tesoureira | Matilde de Souza (PUC Minas)

Diretores | Eduardo Viola (UnB), Monica Herz (PUC Rio), Gunther Rudzit (FAAP), Ernani Carvalho (UFPE)

Conselho Fiscal | André Cunha (UFRGS), Raquel Melo (UEPB)

Comissão Organizadora do 3º Encontro da ABRI | Organizing Committee

Janina Onuki (USP)

Matilde de Souza (PUC Minas)

Paulo Luiz Esteves (PUC Rio)

Rafael Villa (USP)

Coordenadores de Áreas Temáticas | Thematic Areas Coordinators

Teoria das Relações Internacionais | João Pontes (PUC Rio)

Instituições e Organizações Internacionais | Amancio de Oliveira (USP)

Integração Regional | Marcelo Medeiros (UFPE)

Economia Política Internacional | Javier Vadell (PUC Minas)

História das Relações Internacionais | Antonio Carlos Lessa (UnB)

Política Externa | Norma Breda (UnB)

Segurança Internacional | Reginaldo Nasser (PUC SP)

Organização | Organization

Airá Eventos Técnico-Científicos

ISSN: 2236-7381

ÍNDICE | INDEX

EXPEDIENTE | STAFF 02

APRESENTAÇÃO | PRESENTATION 04

RESUMO DA PROGRAMAÇÃO | PROGRAM SUMMARY 05

PAINÉIS ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL 06

PAINÉISHISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 08

PAINÉISINSTITUIÇÕES E ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS 10

PAINÉISINTEGRAÇÃO REGIONAL 13

PAINÉIS POLÍTICA EXTERNA 16

PAINÉIS SEGURANÇA INTERNACIONAL 20

PAINÉIS TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 23

WORKSHOP DOUTORAL 25

PÔSTERES | INICIAÇÃO CIENTÍFICA 26

APRESENTAÇÃO | PRESENTATION

A Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI) tem o prazer de apresentar os trabalhos apresentados em

seu 3º Encontro Nacional, realizado na cidade de São Paulo, de 20 a 22 de julho de 2011. O Encontro procurou refle-

tir sobre as mudanças e a redefinição da ordem internacional contemporânea no que se refere à sua governabilidade

e ao papel dos atores sociais na construção desta ordem.

Governança global é tema essencial dos estudos das relações internacionais. Nos últimos vinte anos, com o fim da bi-

polaridade, os arranjos para definir um novo ordenamento variaram, e a atuação de atores não-estatais passou a ser

elemento marcante nos debates acerca da ordem internacional, assim como na redefinição do papel dos regimes e

organizações multilaterais.

Os debates acerca da ordem internacional, propostos, particularmente, com o conceito de “Governança Global”,

redirecionaram o foco analítico do estudo das Relações Internacionais para questões que vão da implementação de

regras garantidoras da ordem e da estabilidade internacionais, até o estabelecimento de uma ordem mais democrá-

tica e mais justa para o papel de atores sociais na sua construção. Ao mesmo tempo, o conceito de “Governança Glo-

bal”, mobiliza também o debate acerca da natureza da ordem internacional contemporânea, lançando luz sobre no-

vos processos de inclusão e exclusão implicados nas práticas políticas nos mais diversos campos: da segurança ao

comércio internacional, do desenvolvimento à mobilidade humana.

O 3º Encontro Nacional da ABRI pretendeu refletir sobre as transformações em curso no sistema internacional pro-

pondo algumas questões para o debate:

1) Como compreender a relação entre ordem internacional e governança global?

2) Quais as características determinantes da governança global?

3) Qual o novo papel dos regimes e organizações internacionais na garantia da ordem no sistema internacional?

4) Qual o papel dos atores sociais na construção da governança global?

5) Considerando as dinâmicas multilateral e regional, como é possível compatibilizar uma ordem mais justa e de-

mocrática?

6) Qual a contribuição que países emergentes, como Brasil, podem oferecer para a constituição de uma nova

ordem internacional?

O 3º Encontro Nacional consistiu de mesas redondas e painéis. Os trabalhos compuseram painéis, que se estrutura-

ram em torno de sete áreas temáticas:

Economia Política Internacional

História das Relações Internacionais

Instituições e Organizações Internacionais

Integração Regional

Teoria das Relações Internacionais

Segurança Internacional

Política Externa

RESUMO DA PROGRAMAÇÃO | PROGRAM SUMMARY

19/07/2011

09:00 às 18:00 | Workshop Doutoral

20/07/2011

08:00 às 18:00 | Credenciamento

08:00 às 10:00 | Minicursos

10:00 às 12:00 | Mesa Redonda

12:00 às 13:00 | Intervalo

13:00 às 14:45 | Painéis

15:00 às 16:45 | Painéis

17:00 às 18:45 | Painéis

19:00 às 20:30 | Conferência de Abertura

21/07/2011

08:00 às 10:00 | Fórum de Editores

08:00 às 18:00 | Credenciamento

08:00 às 10:00 | Minicursos

10:00 às 12:00 | Mesa Redonda

12:00 às 13:00 | Fórum de Coordenadores de Graduação

12:00 às 13:00 | Fórum de coordenadores de Pós–graduação

12:00 às 13:00 | Intervalo

13:00 às 14:45 | Painéis

15:00 às 16:45 | Painéis

17:00 às 18:45 | Painéis

19:00 às 20:30 | Assembleia ABRI

22/07/2011

08:00 às 18:00 | Credenciamento

08:00 às 10:00 | Minicursos

10:00 às 12:00 | Mesa Redonda

12:00 às 13:00 | Intervalo

13:00 às 14:45 | Painéis

15:00 às 16:45 | Painéis

17:00 às 18:45 | Painéis

EP1 | INSTITUIÇÕES ECONÔMICAS E GOVERNANÇA GLOBAL

Sistema Tributário Brasileiro e Governança Global

Lauriana Magalhães (Universidade Católica de Brasília)

Trabalho Completo

EP2 | HEGEMONIA E IMPERIALISMO NO SISTEMA INTERNACIO-

NAL

Notas sobre o Ordenamento Hegemônico do Sistema Internacio-

nal na virada do século XX para o XXI

Luiz Eduardo Simões e Júlio Gomes da Silva Neto (UNESP /

UFAL)

Trabalho Completo

EP3 | O PAPEL DO ESTADO BRASILEIRO NA INTERNACIONALIZA-

ÇÃO DE EMPRESA

Políticas públicas e interesses privados: a internacionalização de

empresas brasileiras e a atuação internacional do governo Lula

Ana S. Garcia (PUC-Rio)

Trabalho Completo

Um estudo de caso - A EMBRAER e seu processo

Frederico Bonatto (IBMEC-BH)

Trabalho Completo

Estratégias do desenvolvimento brasileiro na última década

Samuel Parreira Pires (PUC MINAS)

Trabalho Completo

EP4 | REFORMA FINANCEIRA: ATORES DOMÉSTICOS E GLOBAIS

Congresso, partidos políticos e grupos de interesse na reforma

financeira dos EUA

Celso Roma (INCT-Ineu)

Trabalho Completo

Além da abordagem de “melhores práticas” para a atividade de

regulação internacional do mercado de capitais

Nora Rachman (IRI/USP)

Trabalho Completo

EP5 | SEGURANÇA ENERGÉTICA NO SÉCULO XXI

A iniciativa para a integração da infra-estrutura regional da

América do Sul (IIRSA)

Angélica Matos souza (Unesp Marília)

Trabalho Completo

WIRED POLITICS The international political regulation of electri-

city in the southern cone

Jessica Crivelli (University of Zurich)

Trabalho Completo

A teoria da maldição dos recursos naturais e a nova agenda de

pesquisa

Marcelo Lima (UFPE)

Trabalho Completo

Notas sobre a inflexão no processo de integração energética da

América do Sul

Olegário Franco (IFCH/Unicamp)

Trabalho Completo

EP6 | BRASIL E OS PAÍSES EMERGENTES: VISÕES COMPARADAS

As relações econômicas entre Índia e Brasil

Jacqueline Haffner (UFRGS) e Larissa de Oliveira Vanzellotti

Monteiro (UFRGS)

Trabalho Completo

EP7 | NOVOS DILEMAS DAS POTÊNCIAS EMERGENTES NO SÉCU-

LO XXI

A assistência oficial para o desenvolvimento na política externa

japonesa

Juliano Akira (UNICAMP)

Trabalho Completo

Politicas economicas dos paises emergentes na crise de 2008

Rafael Pons Reis (UNICURITIBA) e Cintia Rubim de Souza Netto

(UNICURITIBA)

Trabalho Completo

EP8 | DESENVOLVIMENTO E POLÍTICA EXTERNA ECONÔMICA

NA AMÉRICA LATINA

Política externa da Venezuela Chavista: origens e implicações da

ascensão de um bloco histórico

Júlio César Nogueira Soares (PUC MINAS)

Trabalho Completo

Jogos ocultos e potências médias: um estudo da atuação brasi-

leira na OMC

Pascoal Gonçalves (UNICAMP)

Trabalho Completo

Instituições, capital social e desenvolvimento econômico na

América Latina

Paula Pavarina (UNESP)

Trabalho Completo

EP9 | ATORES NÃO-ESTATAIS LOCAIS E TRANSNACIONAIS

A sustentabilidade de cadeias produtivas - Processos e atores

transnacionais envolvidos

Ana Malavazi (USP)

PAINÉIS

ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

Trabalho Completo

A Importância da voz dos atores locais nas discussões globais

sobre o Meio ambiente

Andréa Cardoso (UFBA) e Luana Queiroz (UFBA)

Trabalho Completo

Atores Não Estatais e Institucionalização ‘Privada’ Novos Con-

ceitos e Implicações Teóricas

João Paulo Candia (DCP-USP)

Trabalho Completo

Regulação transnacional privada – Análise institucional da go-

vernança da soja – Análise

Pietro Carlos de Sousa Rodrigues (DCP/USP)

Trabalho Completo

EP10 | COMÉRCIO INTERNACIONAL E COMÉRCIO EXTERIOR

Direitos Humanos no comércio internacional: o que muda com a

nova geração de acordos regionais de comércio da UE?

Lucas Tasquetto (DCP/USP)

Trabalho Completo

Comércio Exterior e inovação industrial: o caso do agreste de

Pernambuco

Marcone Aurélio e Silva (Faculdade Asces)

Trabalho Completo

EP11 | COOPERAÇÃO INTERNACIONAL PARA O DESENVOLVI-

MENTO E GOVERNANÇA GLOBAL: LANÇANDO NOVOS OLHARES

E QUESTÕES SOBRE UMA RELAÇÃO COMPLEXA

Governança no combate à corrupção

Amanda Faria (UNB)

Trabalho Completo

Fluxos de práticas e modelos de governo em escala global

Kelly Silva (UNB)

Trabalho Completo

EP12 | ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA GLOBAL NO SÉCULO XXI:

ESTRATÉGIAS DE INSERÇÃO NOVOS ATORES

Ordem econômica global e as potências emergentes: Brasil e

China em um contexto de reforma do sistema G7/8

Leonardo Ramos (PUC MINAS)e Javier Vadell (PUC MINAS)

Trabalho Completo

Lidando com a crise internacional: a política e a economia do

crescimento de Brasil e China e a ordem global

Diego Santos Vieira de Jesus

Trabalho Completo

Governança Global e Novos Atores

HRIS1 | A POLÍTICA EXTERNA DO NACIONALISMO PRAGMÁTI-

CO: O BRASIL SOB O REGIME MILITAR

O Brasil no terceiro mundo. uma abordagem sobre a diplomacia

econômica no regime militar

Bernardo Kocher (UFF)

Trabalho Completo

Uma questão de confiança

Carlos Eduardo Vidigal (UNB)

Trabalho Completo

A Política Externa do Regime Militar entre o ranço ideológico e a

atuação pragmática

Juliana Luiz (UERJ)

Trabalho Completo

HRIS2 | ÁFRICA E ORIENTE MÉDIO NAS RELAÇÕES INTERNACIO-

NAIS CONTEMPORÂNEA

A invenção da África: as fronteiras do Magreb no contexto geo-

político mediterrâneo e do Oriente Médio

Rodrigo Corrêa Teixeira (PUC MINAS)

Trabalho Completo

HRIS3 | ANTIAMERICANISMO NO BRASIL

Antiamericanismo e política externa o caso do Brasil sob o para-

digma desenvolvimentista

Seme Taleb Fares (UNB)

Trabalho Completo

Nacionalismo e antiamericanismo no Brasil na década de 1950

Túlio Sérgio Henriques Ferreira (UNIBH)

Trabalho Completo

A Tradição Liberal e as origens do excepcionalismo norte-

americano

Ulysses Tavares Teixeira (IREL / UnB)

Trabalho Completo

HRIS4 | CULTURA E COOPERAÇÃO NA AÇÃO INTERNACIONAL

DO BRASIL

A “virada ao norte” do Brasil na América do Sul: reflexos e lições

Thiago Gehre Galvão (UNB)

Trabalho Completo

HRIS5 | MEMÓRIA E IDENTIDADES NAS RELAÇÕES INTERNACIO-

NAIS DO BRASIL

Barão do Rio Branco: construtor de paradigmas da diplomacia

brasileira

Guilherme Mello Graça (UERJ)

Trabalho Completo

De Caliban a Próspero – a identidade nacional e a política exter-

na republicana: primeiras aproximações

Ludimila Stival Cardoso (Universidade Federal de Goiás) e Elias

Nazareno (CAEI)

Trabalho Completo

HRIS6 | O BRASIL E O MUNDO: VISÕES SOBRE OS VÍNCULOS

ESTRATÉGICOS

A América do Sul na percepção da política externa do Brasil:

aproximações e afastamentos

Gabriela Gonçalves Barbosa (UEPB)

Trabalho Completo

Uma análise construtivista da política externa do Brasil: o im-

pacto da identidade internacional na gestão das relações exteri-

ores

Ivani Vassoler (State University of New York at Fredonia)

Trabalho Completo

HRIS7 | PODER E CULTURA NA HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTER-

NACIONAIS CONTEMPORÂNEAS

Tráfico de Mulheres, Feminismo e Relações Internacionais Uma

abordagem histórica

Alexandre de Oliveira Kappaun (UERJ)

Trabalho Completo

HRIS8 | POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NO INÍCIO DO SÉCULO

XXI: VISÕES DO PASSADO E LIÇOES PARA O FUTURO

Autonômia pela diversificação: continuidade e mudança na polí-

tica externa do governo Lula

André Eiras (Universidade do Sagrado Coração)

Trabalho Completo

Política externa brasileira e a Ásia: as relações Brasil-leste

Leticia Simões

Trabalho Completo

A política externa independente brasileira de Lula-Celso

Raphael Tsavkko Garcia (PUC SP)

Trabalho Completo

HRIS9 | RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA AMÉRICA LATINA

Rumo a Punta del Este (1962): um estudo da VIII Reunião de

Consultas de Ministros das Relações Exteriores das Américas

Carlos Federico Domínguez Avila (Centro Universitário de Bra-

sília e Centro Universitário Unieuro)

Trabalho Completo

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

PAINÉIS

HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

As possibilidades e os limites do “realismo periférico”: a política

externa do Paraguai de 1954 a 1989

Tomaz Espósito Neto (UFGD)

Trabalho Completo

HRIS10 | RELAÇÕES INTERNACIONAIS DA ÁSIA: CHINA E JAPÃO

A reinserção internacional do Japão no pós-segunda Guerra

Mundial

Paulo Daniel Wantanbe (Santiago Dantas / UNESP / UNICAMP /

PUC SP)

Trabalho Completo

HRIS11 | POLÍTICA E HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS:

APROXIMAÇÕES

A formação recente de um Estado nas relações internacionais

Carolina Ferreira Galdino (UNESP)

Trabalho Completo

Direitos Humanos e Direito Internacional dos refugiados: uma

relação de complementaridade

Thais Silva Menezes (UNESP)

Trabalho Completo

Governança Global e Novos Atores

IOIS1 | GOVERNANÇA GLOBAL E MEIO AMBIENTE

Governança ambiental, poder e instituições internacionais

Acácio Alvarenga (UNB)

Trabalho Completo

A eficácia do regime internacional de mudanças climáticas

Cristina Catunda (IRI / USP)

Trabalho Completo

IOIS2 | GOVERNOS SUBNACIONAIS E GOVERNANÇA

Paradiplomacia nos Estados Unidos

Debora Prado (UNICAMP/INCT-INEU)

Trabalho Completo

O Papel dos Governos Subnacionais na Mitigação

Adalberto Felício Maluf Filho (USP)

Trabalho Completo

Governança Global no Pós-Guerra Fria a emergência dos gover-

nos locais no âmbito das Nações Unidas

Ana Mauad(UNB)

Trabalho Completo

IOIS3 | GOVERNANÇA E MOBILIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL

Entre a Segurança e a Sobarania: a questão alimentar e o papel

da via campesia como novo ator nas Relaçoes Internacionais

Adriane de Souza Camargo (USP)

Trabalho Completo

Povos indígenas como atores da governança global

João Urt (UFRR)

Trabalho Completo

IOIS4 | DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E INSTITUIÇÕES IN-

TERNACIONAIS

A Autonomia Burocrática das Organizações Financeiras Interna-

cionais IOIS4 (UnB)

Feliciano Guimarães (FGV-RJ)

Trabalho Completo

IOIS5 | NOVOS TEMAS E MUDANÇAS INTERNACIONAIS

Transformações religiosas e a integração europeia

Bruno Gonçalves Rosi (PUC Rio)

Trabalho Completo

A Transição Hegemônica na Estrutura Institucional do Sistema

Monetário Internacional do Século XX

Júlio Gomes da Silva Neto (UNESP)

Trabalho Completo

IOIS6 | COOPERAÇÃO E REGIMES INTERNACIONAIS

A Conservação da Biodiversidade Marinha como Problema Políti-

co Internacional e suas Implicações para as Políticas Públicas no

Brasil

Andrea Steiner (UFPE), Marcelo de Almeida Medeiros (UFPE) e

Fernanda Amaral (UFPE)

Trabalho Completo

Governança Global dos Recursos Hídricos Transfronteiriços: o

papel da cooperação internacional e da cooperação transfron-

teiriça

Fernando Mello Sant'Anna (USP)

Trabalho Completo

Brasil e México no regime internacional de mudanças climáticas:

adoção de metas de redução de emissões de gases de efeito

estufa para os países em desenvolvimento

Leticia Britto (PUC MINAS)

Trabalho Completo

Governança Global na Área da Saúde e a Influência do Medo:

estudo sobre a OMS e a AIDS

Janiffer Tammy Gusso Zarpelon (UFSC)

Trabalho Completo

A Regulação dos Ensaios Clínicos Multicêntricos Internacionais

no Brasil: impasses entre setor público nacional e privado inter-

nacional a partir do fortalecimento do sistema CEP-CONEP

Rui Harayama (UFMG)

Trabalho Completo

IOIS7 | CULTURA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

O Ator Santa Sé na Política Internacional Moderna

Ana Claúdia Portilho (PUC Minas)

Trabalho Completo

Uso de visualização de informações para o estudo de Relações

Internacionais

Arthur Welle (UNICAMP)

Trabalho Completo

Análise da Convençao sobre a proteção e promoção da Diversi-

dade das Expressões Culturais

Natali Catarina (UEPB)

Trabalho Completo

IOIS8 | A INFLUÊNCIA DE QUESTÕES INTERNACIONAIS NO PLA-

NO DOMÉSTICO

Políticas do Mercosul e legislativos nacionais uma visão compa-

rada sobre o Brasil e a Argentina

Bruno Ricardo viana Sadeck dos Santos (UFRGS / UFPEL)

Trabalho Completo

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

PAINÉIS | INSTITUIÇÕES E

ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS

Prado A Rodada Doha e a ineficiência do Multilateralismo Co-

mercial impactos domésticos no MERCOSUL

Henrique Sartori (FADIR - UFGD) e Carlos Henrique Canesin

(SRI - EMBRAPA)

Trabalho Completo

IOIS9 | DIREITOS HUMANOS E GOVERNANÇA GLOBAL

A poliarquização da política internacional pela via institucional

Dawisson Lopes (PUC MINAS)

Trabalho Completo

IOIS10 | EMPRESAS E GOVERNANÇA GLOBAL

A importância da organização internacional dos trabalhadores

em empresas multinacionais (EMNS)

Eduardo Magalhães Rodrigues (Programa San Tiago Dantas

Unicamp, PUC-SP e Unesp)

Trabalho Completo

As regulamentações privadas no contexto da governança global

Flávia Donadelli (USP)

Trabalho Completo

Governing the commons and common

Magnus Franzen (Universidade de Estocolmo)

Trabalho Completo

IOIS11 | A ONU E SEU PROCESSO DE REFORMA

Meio Ambiente e Relações Internacionais: Uma discussão sobre

a crise ambiental e a ausência de uma Organização Internacio-

nal para Meio Ambiente dentro das Nações Unidas

Paola Gonçalves Rangel do Prado Juliano (UNESP UNICAMP e

PUC-SP)

Trabalho Completo

A reforma do conselho de segurança uma questão de legitimida-

de e autoridade

Mariana Baccarini (UFMG)

IOIS12 | PERSPECTIVAS DA OMC

A adesão da Rússia à organização mundial do comércio sob a

lógica das relações bilaterais Rússia-EUA

Ciro Eduardo Ferreira (UNB)

Trabalho Completo

O Poder Institucional e a Criação da Organização Mundial do

Comércio

Igor Abdalla (Instituto Universitário Europeu)

Trabalho Completo

IOIS13 | MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS

Deslocamentos Ambientais O Caso dos Pequenos Países Insula-

res

Marina Rocchi (IRI / USP)

Trabalho Completo

Deslocados ambientais: uma nova categoria no regime interna-

cional de migração forçada

Renata de Lima Mendonça (UEPB)e João Ricardo Pessoa Xavier

(UEPB)

Trabalho Completo

IOIS14 | CONFLITOS INTERNACIONAIS E PADRÕES DE GOVER-

NANÇA

Efeitos perversos da centralização da ajuda em países do sul: o

caso de cabo verde

Rosinha Machado Carrion (UFRGS)

Trabalho Completo

IOIS15 | GESTÃO E PADRÕES INTERNACIONAIS PARA MEIO AM-

BIENTE

Conflito internacional sobre recursos hídricos – uma análise

quantitativa

Leticia Tatemoto (PUC MINAS)

Trabalho Completo

IOIS16 | GOVERNANÇA E PODER

Há um papel para a justiça internacional em processos de paz

Claúdia Marconi (PUC SP)

Trabalho Completo

Multipolaridade e Multilateralismo o G-20 e a relação entre

poder e governança no século XXI

Fernanda Magnotta (FAAP)

Trabalho Completo

Movimentos internacionais e atores sociais moldando uma nova

atuação no cenário internacional

Paula Ditzel Facci (Universidade de Innsbruck)

Trabalho Completo

IOIS17 | REGULAÇÃO DO COMÉRCIO GLOBAL

Relatório parcial – pesquisa pnpd/ipea 105/2010 - Tendências

nos acordos regionais e bilaterais de comércio face ao sistema

multilateral de regras de comércio: elementos para um debate

sobre direito e desenvolvimento no Brasil

Michelle Badin (FGV SP)

Trabalho Completo

Perfil da política e instrumentos de comércio internacional dos

BICs China, Índia e Brasil

Vera Thorstensen, Daniel Ramos e Carolina Muller

Trabalho Completo

Governança Global e Novos Atores

IOIS18 | OS DESAFIOS DO MULTILATERALISMO COMERCIAL: O

CASO DA OMC

A estratégia da inserção brasileira no comércio internacional na

era Lula: dasafios sistêmicos

Susan Elizabeth Martins(UNB)

Trabalho Completo

IOIS19 | DIREITOS HUMANOS E TERRORISMO: UMA DÉCADA

DEPOIS DO 11 DE SETEMBRO

Impactos do 11-09 nas políticas de segurança humana e contra-

terroristas o caso Japão

Ariana Bazzano de Oliveira (UNICAMP)

Trabalho Completo

As tensões entre segurança e direitos civis nos EUA pós 11 de

setembro

Cleber da Silva Lopes (USP)

Trabalho Completo

Excepcionalismo americano, direitos humanos e política externa

dos Estados Unidos no pós-11 de setembro

Matheus Carvalho (UNESP) e William Torres (UNESP)

Trabalho Completo

IOIS20 | COOPERAÇÃO SUL-SUL E INTERNACIONALIZAÇÃO DAS

POLÍTICAS DE SAÚDE DO BRASIL

A reforma sanitária brasileira em perspectiva internacional: coo-

peração técnica e internacionalização do sistema de saúde bra-

sileiro

Carlos Paiva e Fernando Pires (FIOCRUZ)

Trabalho Completo

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

IR1 | OS DESAFIOS PODER, INSTITUIÇÕES E LIDERANÇADA INTE-

GRAÇÃO NA AMÉRICA DO SUL

Vinte anos de Mercosul: as partes e o todo

Hoyêdo Nunes Linsor Leis (UFSC)

Trabalho Completo

Parlamento do Mercosul e a democratização da integração

Karina L. Pasquariello Mariano (FCL / UNESP)

Trabalho Completo

IR2 | NOVOS TEMAS EM INTEGRAÇÃO REGIONAL

Saúde e Integração Regional na América Latina

Alejandra Carrillo Roa (Universidad Central de Venezuela) e

José Paranaguá de Santana (Organização Pan-Americana da

Saúde)

Trabalho Completo

O papel da cultura nos processos de integração regional o caso

da Unila

Beatriz Thomaz Carvalho (PPGRI UFRJ) e José Elísio (Uni La Sal-

le)

Trabalho Completo

Notas sobre o silêncio cultura no Mercosul

Janira Trípodi Borja (Universidade Federal da Bahia)

Trabalho Completo

IR3 | CIDADANIA E DEMOCRACIA NO MERCOSUL

Dilemas do transnacionalismo: o caso da agricultura familiar no

Mercosul

Priscila D Carvalho (UNB) e Marisa von Bulow (UNB)

Trabalho Completo

O desafio democrático para a integração latino-mericana

Regiane Nitsch Bressan (Faculdades Integradas Rio Branco)

Trabalho Completo

IR4 | AS CIDADES NOS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL

Mercocidades e Governança Multinivel no processo de integra-

ção regional sulamericano

Armando Gallo Yahn Filho (Universidade Federal de Uberlân-

dia)

Trabalho Completo

La inserción de las ciudades en el aparato institucional del MER-

COSUR

Bruno Maciel Santos (PUC MINAS)

Trabalho Completo

As cidades no cenário global: do neoliberalismo à crise de 2008

Eber Pires Marzulo (UFRGS) e Vanessa Marx (UFRGS)

Trabalho Completo

Paradiplomacia, desenvolvimento e integração regional de cida-

des amazônicas: desafios e especificidades do estado do Pará

William Rocha (NAEA / UFPA)

Trabalho Completo

IR5 | FRONTEIRAS E INTEGRAÇÃO REGIONAL DE INFRAESTRU-

TURA

O Princípio do Interesse Nacional aplicado à Integração regional

de infra-estrutura na América do Sul

Debora Rossi (UNESP)

Trabalho Completo

O contencioso Brasil-Bolívia em torno dos hidrocarbonetos des-

fazendo mitos

Igor Fuser (USP)

Trabalho Completo

IR6 | A VENEZUELA E OS ARRANJOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL

ALBA: exemplo de regionalismo pós-liberal na América Latina?

Adriana Suzart de Pádua (UNESP FRANCA)

Trabalho Completo

O social em foco: influências da política externa brasileira e ve-

nezuelana sobre a coesão social nacional e regional

Ana Paula Becker (UERJ) e Erika Medina Barrantes (UERJ)

Trabalho Completo

Aliança bolivariana para os povos de nossa América (ALBA)

William Daldegan de Freitas (PUC MINAS)

Trabalho Completo

IR7 | POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NO CONTEXTO DA INTE-

GRAÇÃO

Models of South American integration and Brazil´s international

Cristina Pecequilo (UNIFESP) e Corival Alves (IPEA)

Trabalho Completo

As relações entre o Brasil e a União Europeia: vantagens e desa-

fios da parceria estratégica

Karine de Souza Silva (UFSC)

Trabalho Completo

Integração, imaginação e política externa: o espaço sul-

americano na política externa de Lula da Silva

Roberto Goulart Menezes (UNB)

Trabalho Completo

A America do Sul do governo Lula

Rogério Santos da Costa (UNISUL)

Trabalho Completo

IR8 | A UNASUL

Governança Global e Novos Atores

PAINÉIS

INTEGRAÇÃO REGIONAL

Modelos de integração na América do Sul do Mercosul à Unasul

Ana Carolina Vieira de Oliveira (UERJ) e Rodrigo Souza Salgado

(UERJ)

Trabalho Completo

A Unasul como bloco de integração regional

Jeancezar Ditzz de Souza Ribeiro (Unilasalle/RJ)

Trabalho Completo

Unasul: mais do mesmo? Desafios do novo processo de integra-

ção regional sul americano na construção de um regionalismo

democrático

Kelly da Rocha Gomes (UNESP / UNICAMP / PUC-SP)

Trabalho Completo

IR9 | NOVOS ATORES NA FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS INTE-

GRACIONISTAS

O Mercosul, a paradiplomacia e as políticas nacionais para atu-

ação dos governos subnacionais no processo de integração regi-

onal

Felipe Cordeiro de Almeida (UNB)

Trabalho Completo

A paradiplomacia no processo de integração regional - O caso

do Mercosul

Henrique Sartori de Almeida Prado (UFGD)

Trabalho Completo

A inserção de pequenos Estados sub-naconais nas relações in-

ternacionais através da paradiplomacia: Rondônia, Acre – Perú

Hewerton William Avelino Alves Pereira

Trabalho Completo

Democratizando o “global”: um estudo sobre a participação dos

governos não centrais no cenário internacional

João Ricardo Pessoa Xavier de Siqueira (UEPB) e Renata de

Lima Mendonça (UEPB)

Trabalho Completo

IR10 | SEGURANÇA E CONFLITO EM ZONAS DE INTEGRAÇÃO

Governança Securitária Europeia e Novos Atores Transnacionais

Carlos Aturi (UFRGS)

Trabalho Completo

Conflitos Políticos e Integração Regional na América do Sul

Marcelo Coutinho (UFRJ e IUPERJ)

Trabalho Completo

A integração regional como bem público: uma análise da agen-

da de segurança pública do MERCOSUL

Taiane Las Casa Campos (PUC MINAS)

Trabalho Completo

IR11 | FLUXOS DE BENS, PESSOAS E CAPITAL EM EXPERIÊNCIAS

INTEGRACIONISTAS

Política Migratória dos Países do Mercosul e a conformidade

com a Política

Cintiene Sandes (UFRJ)

Trabalho Completo

A integração regional para o desenvolvimento

Luis Alejandro Araque Botero

Trabalho Completo

IR12 | ASPECTOS DA ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL DA

INTEGRAÇÃO

Ativismo partidário internacional como forma de intervir nas

relações inter-estatais: algumas influências na construção da

união de nações Sul-americanas (Unasul)

Guilherme Nafalski

Trabalho Completo

Mercosul custos e benefícios de diferentes acordos comerciais

Rosana Curzel (UFRRJ)

Trabalho Completo

IR13 | AS RELAÇÕES REGIONAIS SUL-AMERICANAS APÓS 20

ANOS DE MERCOSUL: BALANÇO, DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Democracia e Politica externa

Ariane Cristine Roder Figueira (UFRJ)

Trabalho Completo

Democratização supranacional? O caso do Mercosul

Fabricio Pereira da Silva (UNILA)

Trabalho Completo

A terceira margem do Prata: hierarquias e travessias no proces-

so de integração do Cone Sul

Diego Santos Vieira de Jesus

Trabalho Completo

IR14 | ESTUDOS LEGISLATIVOS E INTEGRAÇÃO REGIONAL: COM-

PETÊNCIAS E REPRESENTAÇÃO NO PARLASUL

A dimensão dos parlamentos regionais no organograma institu-

cionais: lições do parlamento europeu, resultados do Parlasul e

comparações possíveis

Marcelo de Almeida Medeiros (UFPE), Maria Eduarda Paiva

(UFPE) e Marion Lamenha (UFPE)

Trabalho Completo

O “neoinstitucionalismo crítico” como ferramenta de análise

para os parlamentos regionais

Cícero Krupp (USP)

Trabalho Completo

A Comissão Parlamentar Conjunta desempenho e atuação

Keren Hapuque (UFPE)

Trabalho Completo

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011 Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

IR15 | UNASUL: ABORDAGENS SOBRE A INTEGRAÇÃO SUL-

AMERICANA

Venezuela e Argentina na Unasul: divergências e convergências

no processo de integração

Ana Carolina Martins (UFS)e Miguel Brunoo Soares Silva (UFS)

Trabalho Completo

Bolívia e Peru perspectivas compartilhadas com relação à UNA-

SUL

Andréia Teixeira dos Santos (UFS) e Karine Ribeiro (UFS)

Trabalho Completo

IR16 | PARA ONDE CAMINHA A AMÉRICA DO SUL? NOVAS

AGENDAS DA INTEGRAÇÃO REGIONAL

Conselho Sul-americano de defesa: gênese, desenvolvimento

inicial e desafios (2008-2010)

Kleber Antonio Galerani (UFRGS)

Trabalho Completo

Possibilidades e desafios para um projeto Sul-americano de coo-

peração em temas relacionados à propriedade intelectual no

âmbito da Unasul

Marc Antoni Deitos (Centro Universitário Ritter dos Reis)

Trabalho Completo

IR17 | INTEGRAÇÃO REGIONAL NA AMÉRICA DO SUL: NOVOS E

VELHOS PROCESSOS

Integração regional na América do Sul: processos em aberto

Miriam Gomes Saraiva (UERJ)

Trabalho Completo

La agenda sociopolítica del mercosur desde 2003: un acercami-

ento desde lo ideacional

Sergio Caballero (UAM)

Trabalho Completo

IR18 | INTEGRAÇÃO DA INFRAESTRUTURA REGIONAL SUL-

AMERICANA

Os projetos de integração regional do governo Hugo Chávez

Luiz Fernando Sanná Pinto (UFRJ)

Trabalho Completo

A integração de infraestrutura entre Brasil e Venezuela: a IIRSA

e o eixo Amazônia-Orinoco

Pedro Silva Barros (IPEA ) e Raphael Padula (UFRJ)

Trabalho Completo

Governança Global e Novos Atores

PE1 | BRASIL E OS EQUILÍBRIOS REGIONAIS: ÁSIA

A influência das mudanças geopolíticas Internacionais sobre a

Política Externa brasileira nos governos FHC e Lula

Diogo Villela Garcia Moura (UFPE)

Trabalho Completo

Governo Lula e a Ásia: primeiras impressões das relações Brasil –

Ásia de 2003-2010

Kelly Ferreira (UNESP/UNICAMP/ PUC SP)

Trabalho Completo

O sistema internacional em processo e o papel dos poderes regi-

onais: o papel da África nas políticas externas de Brasil e Índia

Sandra Cardozo (UFU)

Trabalho Completo

PE2 | AS RELAÇÕES BRASIL-ÁFRICA EM PROCESSO DE TRANS-

FORMAÇÃO

Mapeamento dos projetos de cooperação horizontal Brasil-

África em países de língua oficial portuguesa na área da saúde

entre 2000 -2010

Livia de Oliveira Pasqualin (UNAERP) e Tatiana de Souza Leite

Garcia (UNAERP)

Trabalho Completo

Brasil e África: um novo olhar? Notas para uma pesquisa

Shiguenoli Miyamoto (Universidade de Campinas)

Trabalho Completo

PE3 | RELAÇÕES SUL-SUL: coalizões e projeção de poder

Uma agenda internacional im“bric”ada: Os novos caminhos e

desafios da política externa brasileira no século XXI

Marcus Maurer de Salles (USP)

Trabalho Completo

O Brasil dos brics: mecanismos de compreensão acerca da con-

dição de potência emergente no atual sistema internacional

Verônica Moreira dos Santos Pires (UFRJ)

Trabalho Completo

PE4 | TRANSFORMACOES POLITICAS INTERNAS E EXTERNAS DE

POTENCIAS REGIONAIS

Reavaliando as transições: apontamentos sobre a política exter-

na da África do Sul pós-apartheid

Bernardo Ramos Bahia (PUC MINAS)

Trabalho Completo

As relações russo-japonesas no início do século XXI

Gabriel Pessin Adam (UFRGS)

Trabalho Completo

Análise da diplomacia chinesa: a “ascensão pacífica” e seus

questionamentos

Gabriela Amaral (UNESP / UNICAMP / PUCSP)

Trabalho Completo

PE5 | AMÉRICA DO SUL E DESENVOLVIMENTO: ENTRE SIMETRI-

AS E ASSIMETRIAS

Política externa de Lula e a dinâmica Sul-americana: o caso da

IIRSA

Julio Cesar Pinguelli Jacomo (PUC-Rio) e Ana Carolina Vieira de

Oliveira (UERJ)

Trabalho Completo

A Atuação do BNDES como Agente Indutor da Inserção Comerci-

al do Brasil no Governo Lula

Robson Coelho Cardoch Valdez (UFRGS)

Trabalho Completo

A integração regional para o desenvolvimento na América do

Sul: a provisão de um bem público regional

Luis Alejandro Araque Botero (PUC MINAS)

Trabalho Completo

PE6 | DESENVOLVIMENTO E DEMOCRACIA NAS RELACOES IN-

TERNACIONAIS DO BRASIL

A convenção do milênio e sua efetividade como fonte de uma

ordem mais justa e democrática no Brasil

Ariadne Celinne de Souza Silva (UFMS) e Celeida Maria C. S.

Silva (Universidade Católica Dom Bosco)

Trabalho Completo

A energia como variável estratégica da política externa brasilei-

ra

Daniela Marques Medeiros (Programa San Tiago Dantas)

Trabalho Completo

Política externa brasileira e os rumos do desenvolvimento: alter-

nâncias históricas e proposição conceitual (1990-2010)

Creomar Lima Carvalho de Souza (IBMEC-DF) e Leandro Freitas

Couto (IBMEC-DF)

Trabalho Completo

PE7 | ESPAÇO ÍBER0-AMERICANO: transformações sociais, polí-

ticas e econômicas

A política externa cubana em tempos de incerteza: isolamento

ou reinserção?

Marcos Antonio da Silva (UFRN) e Guillermo Alfredo Johnson

(UFGD)

Trabalho Completo

La relación Argentina-Venezuela 2003-2010: ¿Un vínculo de

ritmos oscilantes?

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

PAINÉIS

POLÍTICA EXTERNA

Maria Elena Lorenzini (Universidad Nacional de Rosario)

Trabalho Completo

PE8 | IDENTIDADE E CULTURA NAS RELACOES INTERNACIONAIS

Futebol e política externa: um olhar sobre as relações Brasil-

Argentina

Beatriz Thomaz Carvalho (UERJ)

Trabalho Completo

Identidade, política externa e os discursos sobre história na

Ucrânia

Daniel Edler (PUC-Rio)

Trabalho Completo

O Estado e a Emigração: as novas politicas para os emigrantes

brasileiros e os seus descendentes

Fernanda Rais Ushijima (Universidade Estadual Paulista Júlio

de Mesquita Filho)

Trabalho Completo

PE9 | ESTUDOS DE POLÍTICA EXTERNA – ATORES/IDÉIAS

O Brasil e o G-20: Pressões Domésticas e a Construção da Posi-

ção Negociadora na Rodada Doha da OMC

Haroldo Ramanzini Júnior (UFU) e Marcelo Passini Mariano

(UNESP)

Trabalho Completo

Análise comparativa da política externa comercial do Brasil e

dos estados unidos no contencioso do suco de laranja

Marcelo Fernandes de Oliveira (Unesp Marília) e Camilla Silva

Geraldello (Unesp Marília)

Trabalho Completo

Diplomacia comercial brasileira: a defesa dos interesses do setor

agrícola na rodada Doha (2001-2010)

Silvana Aline Soares Simon (UFRGS)

Trabalho Completo

A política externa Argentina (PEA) durante os governos justicia-

listas (Menem, Duhalde e Kirchner) e as relações com o Brasil

Vera Lucia (UFRGS)

Trabalho Completo

PE10 | POLÍTICA EXTERNA: TEORIA E TEMAS

O ensino e a pesquisa sobre política externa no campo das Rela-

ções Internacionais do Brasil

Carlos Aurélio Pimenta de Faria (PUC MINAS)

Trabalho Completo

PE11 | INSERÇÃO INTERNACIONAL E DESENVOLVIMENTISMO

NA POLITICA EXTERNA BRASILEIRA

O Brasil na reunião ministerial de agricultura da OCDE, fevereiro

de 2010

Leandro Simões (PUC SP), George Samir Abdul-Hak (PUC SP) e

Carlos Eduardo Ferreira de Carvalho (PUC SP)

Trabalho Completo

Segurança alimentar, solidariedade internacional e a política

externa no governo Lula (2003-2010)

Pilar Figueiredo Brasil (IREL – UnB) e Thiago Gehre Galvão

(Universidade Federal de Roraima)

Trabalho Completo

PE12 | A POLITICA EXTERNA BRASILEIRA E AS QUESTOES RELA-

TIVAS AO MEIO AMBIENTE

Atuação diplomática brasileira nas negociações internacionais

do meio ambiente

Ariane C. Roder Figueira (UFRJ)

Trabalho Completo

Política externa brasileira para mudanças

Jefferson Estevo (PUC-SP / UNESP / UNICAMP)

Trabalho Completo

A Evolução da posição oficial brasileira sobre as mudanças cli-

máticas

Lucas José Galvão Garcia de Freitas (UNB)

Trabalho Completo

Caminhos bifurcados: o Brasil e a Argentina na dinâmica global

de clima

Matías Franchini (UNB)

Trabalho Completo

PE13 | POLITICA EXTERNA BRASILEIRA, DIREITOS HUMANOS E

QUESTOES HUMANITARIAS

Direitos humanos: o posicionamento internacional brasileiro

durante o governo do partido dos trabalhadores (2003-2010)

Fábio Koifman (UFRRJ)

Trabalho Completo

PE14 | A PARADIPLOMACIA EM ACAO: NOVAS PRATICAS E NO-

VOS NIVEIS DA ACAO ESTATAL

Diplomacia federativa: o estado brasileiro e a atuação internaci-

onal de suas unidades constituintes

Manoela Salem Miklos (PPGRI San Tiago Dantas)

Trabalho Completo

As cidades como atores políticos nas relações internacionais

Vanessa Marx (UFRGS)

Trabalho Completo

PE15 | MUDANCAS E CONTINUIDADES NA POLITICA EXTERNA

NORTE-AMERICANA

Governança Global e Novos Atores

Acomodação estratégica? As relações entre o Brasil e os estados

unidos durante o governo Lula (2003-2010)

André Luiz Reis da Silva (UFRGS)

Trabalho Completo

Dos Neocons ao Tea Party: conservadorismo norte-americano

comparado

Lucas Amaral Batista Leite (UNESP / UNICAMP / PUCSP)

Trabalho Completo

A direita cristã e a política externa norte-americana durante a

administração W. Bush

Luiza Mateo (UNESP)

Trabalho Completo

A (des)governança norte-americana e seu impacto na governan-

ça global

Diego Santos (PUC-RJ) e Tatiana Teixeira (UERJ)

Trabalho Completo

PE16 | POLITICA EXTERNA BRASILEIRA E SEGURANÇA INTERNA-

CIONAL

Operações de paz à brasileira – Uma reflexão teórica, contextual

e historiográfica

Daniele Dionisio da Silva (UFRJ)

Trabalho Completo

Política externa, segurança e defesa: um estudo do governo Lula

Giovanni Hideki Chinaglia Okado (UNB)

Trabalho Completo

Entre a defesa e a diplomacia: o caminho para uma política de

defesa brasileira

Priscila Rodrigues Pereira (PPGRI San Tiago Dantas / Unesp /

Unicamp / USP)

Trabalho Completo

PE17 | O BRASIL COMO ATOR PROTAGONICO NAS RELACOES

INTERNACIONAIS

Smart Power: os pilares deste poder na política externa brasilei-

ra

Danielle Jacon Ayres Pinto (UNICAMP)

Trabalho Completo

O Smart Power do Brasil: as lições advindas do engajamento

brasileiro no Haiti

Leonardo Miguel Alles (UFRGS)

Trabalho Completo

Em busca do papel protagonista uma análise da participação

brasileira em fóruns internacionais

Clarice Menezes (IBMEC-BH / CPDOC-FGV)

Trabalho Completo

PE18 | A POLITICA EXTERNA BRASILEIRA E AS NOVAS DIMEN-

SOES DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

A cooperação sul-sul na agenda diplomática brasileira : explo-

rando suas dimensões técnica e cientifíca e tecnológica

Fernanda C. N. Izidro Gonçalves (PUC Rio) e Lana Bauab Brito

(UERJ)

Trabalho Completo

O Brasil no regime da Cooperação Internacional para o Desen-

volvimento: quoi de neuf?

Luara Landulpho Alves Lopes (PUC SP)

Trabalho Completo

PE19 | POLÍTICA EXTERNA, BUROCRACIA E PARTICIPACAO DE-

MOCRATICA

Poder Legislativo e Política Externa Brasileira: estado da arte e

agenda de pesquisa

Ernani Carvalho (UFPE) e Deywisson Souza (UFPE)

Trabalho Completo

Participação social na política externa brasileira- O caso da

construção do mercosul participativo

Giorgio Romano Schutte (Universiade de Amsterdam / USP)

Trabalho Completo

A inserção internacional do poder executivo federal brasileiro:

mapeamento quantitativo

Michelle Badin e Cassio Luiz de França

Trabalho Completo

O plano doméstico e a importância das novas unidades de deci-

são na formulação de política externa para a Amazônia

Paula Moreira (UERJ)

Trabalho Completo

PE20 | DIREITO INTERNACIONAL

Política externa e direitos de propriedade intelectual: a adesão

do Brasil ao regime internacional da UPOV

Camila Bassi (UNESP MARILIA) e Cristina Soreanu Pecequilo

(UNIFESP)

Trabalho Completo

Modelos de reputação internacional e paradigmas de política

externa

Sabrina Evangelista Medeiros (EGN/MB - PPGHC/UFRJ)

Trabalho Completo

PE22 | POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA E SOCIEDADE CIVIL

O papel da mídia no processo decisório em política externa. O

caso de reconhecimento de Angola no governo Ernest Geise

Jacqueline Ventapane (UFRGS)

Trabalho Completo

Partidarização da Política Externa Brasileira - Uma proposta

para a participação partidária na Política Externa

Lucas Mesquita (UNICAMP)

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

Trabalho Completo

PE23 | POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA E PENSAMENTO ESTRA-

TEGICO

A Política Externa Brasileira e o Etanol: Um Exercício de Planeja-

mento Estratégico

José Alexandre Altahyde Hage (Unicamp)

Trabalho Completo

Em busca de espaços para a inserção internacional: o pragma-

tismo da política externa brasileira na primeira década do século

XXI

Julio Cesar Borges dos Santos (USP)

Trabalho Completo

O CEBRI e o Governo FHC: Uma Abordagem da Influência dos

Think Tanks na Política Externa Brasileira

Ricardo Oliveira dos Santos (PUC Rio)

Trabalho Completo

PE25 | REGIME DEMOCRÁTICO E PRODUÇÃO DA POLÍTICA EX-

TERNA BRASILEIRA

Diplomacia rima com democracia? A hipótese do

“republicanismo mitigado”

Dawisson Lopes (PUC MINAS)

Trabalho Completo

A política externa de Collor de Mello: bases societárias, mudan-

ças institucionais e conjunturas globais

Guilherme Casarões (FAAP)

Trabalho Completo

PE26 | EXPORTAÇÃO DE DEMOCRACIA NA POLÍTICA EXTERNA

AMERICANA NO PÓS-GUERRA FRIA

Democracia e segurança na política externa americana no pós-

guerra fria

Maria Helena de Castro Santos (UNB) e Ulysses Teixeira (UNB)

Trabalho Completo

Estratégias de promoção de democracia na política externa

americana: o caso da Doutrina Bush

Ulysses Tavares Teixeira

Trabalho Completo

PE28 | A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA: PROTAGONISMO, ME-

DIAÇÃO E INSERÇÃO INTERNACIONAL

As relações bilaterais Brasil-Índia: um estudo das perspectivas

de aproximação e de distanciamento (2003-2010)

Ana Regina Falkembach Simão (ESPM-SUL)

Trabalho Completo

O discurso autonomista vs o discurso institucionalista pragmáti-

co da política externa brasileira sobre o Mercosul

Erica Simone Almeida Resende (UFRRJ)

Trabalho Completo

Discurso e política externa brasileira

Maria Izabel Mallmann (PUC RS)

Trabalho Completo

PE29 | PODER E POLÍTICA EXTERNA NAS AMÉRICAS: O BRASIL

PODE LIDERAR?

La evaluación de las nuevas dinámicas de la política exterior en

las américas: continuidades y cambios. el caso Brasil

Juan Battaleme (UADE / USAL, FLACSO)

Trabalho Completo

Ajuda ou estorvo? Respostas americanas à postura mais asserti-

va do Brasil nas politicas externas

Kai Lehmann (PUC-Rio)

Trabalho Completo

A Política Externa Brasileira e seus matizes históricos

Marcial A. G. Suarez (UFF)

Trabalho Completo

Governança Global e Novos Atores

SI1 | AÇÃO HUMANITÁRIA E SEGURANÇA HUMANA

Segurança humana, ajuda externa e política externa japonesa

Juliano Akira (UNESP / UNICAMP / PUC-SP)

Trabalho Completo

Transformações nas Operações de Paz e Proteção Humanitária

no Pós Guerra Fria

Marcos Vinicius Mesquita A. Figueiredo (PUC Rio)

Trabalho Completo

A ação humanitária e a contrução de Estados Liberal-

Democráticos: o caso do Timor Leste de 1999 a 2008

Ricardo Oliveira (PUC Rio)

Trabalho Completo

SI2 | AMEAÇAS ASSIMÉTRICAS NO NOVO CENÁRIO DE SEGU-

RANÇA INTERNACIONAL

O narcotráfico como uma questão de segurança internacional.

Andrea Rangel Ribeiro (ESPM-RJ)

Trabalho Completo

Entre Urnas e Armas: A Competitividade do Poder Executivo e as

Guerras Civis

Danilo Freire (USP)

Trabalho Completo

As novas guerras e as cidades: a urbanização da guerra e as

forças armadas norte-americanas

Manoela Miklos (PPGRI San Tiago Dantas)

Trabalho Completo

Intervenções para a Paz em Conflitos Assimétricos: desafios na

formulação de estratégias de estabilização no século XXI em

relação a novos atores beligerantes

Rafael Assumpção Rocha (UFSC)

Trabalho Completo

SI3 | CONFLITOS E REVOLUÇÕES DA ÁFRICA AO ORIENTE MÉ-

DIO

Secessão, Estatalidade e Novos Estados Africanos

Daniel Carvalho (UVV)

Trabalho Completo

Os círculos concêntricos da política libanesa e suas repercussões

para o Oriente Médio

Danny Zahreddine (PUC Minas)

Trabalho Completo

A primavera árabe na perspectiva de neoconservadores e libe-

rais

David Almstadter de Magalhães (Universidade Anhembi-

Morumbi)

Trabalho Completo

As identidades nacionais e o conflito geopolítico entre Israel e

Palestina

Geovana Zoccal Gomes (PUC MINAS)

Trabalho Completo

SI5 | DILEMAS RECENTES DA SEGURANÇA SUL-AMERICANA

Política de defesa nacional, estratégia nacional de defesa e dou-

trina militar de defesa: América do Sul e segurança regional

Andréa Benetti Carvalho de Oliveira (UFPR ) e Caroline Cordei-

ro Viana e Silva (UFPR)

Trabalho Completo

Tear Down this Wall: The Tri-Border Discussion

Pedro Erik Carneiro (UNB)

Trabalho Completo

Operações de paz como incentivo ao profissionalismo das Forças

Armadas: o caso uruguaio

Tiago Pedro Vales (UNESP)

Trabalho Completo

SI6 | ESTADOS FALIDOS: AMEAÇA REAL OU CONSTRUÍDA?

Estados falidos: uma ameaça a segurança internacional

Cintia Ribeiro (San Tiago Dantas – UNESP, Unicamp, PUC/SP)

Trabalho Completo

SI7 | GÊNERO E SEGURANÇA INTERNACIONAL

Notas sobre a implementação da Resolução 1325 do Conselho

de Segurança relativa à mulher, paz e segurança

Camila Soares Lippi (UFRJ)

Trabalho Completo

O impacto da transversalização de gênero em operações de paz

da ONU

Fabiana Pierre (Universidad de Chile)

Trabalho Completo

SI8 | GEOPOLÍTICA, PODER E SOBERANIA

Soberania e Diferença nas Nações Unidas

Felipe Bernardo Estre (PUC Rio)

Trabalho Completo

Diáspora e conflitos: uma reflexão sobre o papel da diáspora no

conflito da terra-natal

Geraldine Rosas (UNI BH e PUC Minas)

Trabalho Completo

O custo de projeção de poder

Henrique Furtado (PUC Minas) e Saymon Sanderson (PUC Mi-

nas)

Trabalho Completo

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

PAINÉIS

SEGURANÇA INTERNACIONAL

Uma Nova Abordagem para o Estudo do Engajamento do Brasil

em Operações de Paz da ONU

Lucas Rezende (UFGRS)

Trabalho Completo

SI9 | GOVERNANÇA GLOBAL E AMEAÇAS COMPLEXAS: ABORDA-

GENS CRÍTICAS PARA O ESTUDO DE SEGURANÇA

As políticas de segurança humana e a análise do conflito colom-

biano durante o governo Uribe: o papel de discursos de capaci-

tação e vitimização

Diogo Dario (University of St Andrews)

Trabalho Completo

SI10 | GRANDES POTÊNCIAS E EMERGENTES: DILEMAS DA SE-

GURANÇA INTERNACIONAL

O wilsonismo e a segurança internacional: valores como pressu-

posto para a segurança coletiva?

Ana Carolina Camargo (UNESP)

Trabalho Completo

SI11 | HUMANITARISMO E NOVOS ATORES INTERNACIONAIS

A “estatização” do trabalho humanitário no pós-Guerra Fria: o

“novo humanitarismo” e o dilema da cooperação entre humani-

tários e Estados

Bruno Heilton Toledo Hisamoto (USP)

Trabalho Completo

Segurança Internacional e os Atores Sociais

Carolina Dantas Nogueira (PUC MINAS)

Trabalho Completo

Os campos de refugiados: um exemplo de “espaços de exceção”

na política contemporânea

Jorge Braga (UERJ-FFP)

Trabalho Completo

SI12 | IMPACTOS DA ATUAÇÃO CHINESA NA SEGURANÇA DAS

NAÇÕES

Segurança e soberania no contexto chinês

Alexandre César Cunha Leite (PUC SP)e e Jéssica Máximo (UNI

BH)

Trabalho Completo

A China como hegemon em potencial e as implicações para a

segurança nacional americana

Kelly Cristiane da Silva (Programa San Tiago Dantas (Unesp,

Unicamp , PUC-SP)

Trabalho Completo

China na América Latina: suas estratégias, interesses e as impli-

cações dessa proximação sino-latioamericana no relacionamen-

to triangular China – América Latina - EUA

Maria Rita Vital Paganini Cintra (PEPI)

Trabalho Completo

SI13 | OPERAÇÕES DE PAZ: PRÁTICAS E REPERCUSSÕES PARA A

SEGURANÇA INTERNACIONAL

A interoperacionalidade nas operações de paz: as doutrinas de

peacekeeping do Brasil, França e Canadá

Marco Freitas (Universidade Federal Fluminense)

Trabalho Completo

SI14 | POLÍTICA DE SEGURANÇA E DEFESA BRASILEIRA: DISCUR-

SO E AÇÃO

A lógica de segurança no projeto de América do Sul: Componen-

tes do regionalismo brasileiro

Artur Andrade da Silva Machado (UNB)

Trabalho Completo

Análise semiótico-pragmática comparada das Políticas de Defe-

sa Nacional brasileiras (1996 e 2005)

Martino Gabriel Musumeci (DCP / FFLCH-USP)

Trabalho Completo

A atuação brasileira na agenda de segurança internacional:

pacifismo ou política de inserção?

Priscila Pereira (PPGRI San Tiago Dantas - Unesp / Unicamp /

Usp)

Trabalho Completo

SI15 | PRIVATIZAÇÃO DA SEGURANÇA NAS RELAÇÕES INTERNA-

CIONAIS

A privatização da força e os novos desafios para a segurança

internacional: Empresas Militares Privadas no Afeganistão e no

Iraque

Cauê Pimentel (UNESP Franca)

Trabalho Completo

A Governança da Segurança dos EUA pós 11 de setembro: O

papel da segurança privada na promoção da segurança nacio-

nal

Cléber da Silva Lopes (USP)

Trabalho Completo

A utilização de Empresas Militares Privadas em Missões de Paz

Cristiano Garcia Mendes (PUC MINAS) e Christopher Bahia

Mendonça (PUC MINAS)

Trabalho Completo

Atores não-estatais como agentes de Securitização em conflitos:

o papel das Companhias Militares Privadas na Guerra do Afega-

nistão

Fernando Brancoli (UFF)

Trabalho Completo

Governança Global e Novos Atores

O padrão de atuação das empresas de segurança privada: o

caso de Angola

Tomaz Paoliello (PUC SP)

Trabalho Completo

SI16 | SEGURANÇA REGIONAL NA AMÉRICA LATINA

A influência dos conflitos intermésticos socioambientais no pro-

cesso de integração política sul-americana: Da Guerra do Pacífi-

co à atualidade

Vitor Stuart Gabriel de Pieri (UNICAMP)

Trabalho Completo

SI17 | TECNOLOGIA MILITAR E INDÚSTRIA BÉLICA: EXPERIÊN-

CIAS INTERNACIONAIS E O CASO BRASILEIRO

A factibilidade da transferência de tecnologia e o spin-off no

programa fx-2 da FAB

Alcides Eduardo Dos Reis Pero (UNICAMP)

Trabalho Completo

Impacto de novas tecnologias nas políticas de defesa das gran-

des potências

Érico Esteves Duarte (UFRGS)

Trabalho Completo

SI18 | TERRORISMO E SEGURANÇA NO SÉCULO XXI

Guerra ao terror: uma guerra na sociedade de controle

João Paulo Gusmão P. Duarte

Trabalho Completo

Os esforços da sociedade internacional no combate ao terroris-

mo

Sérgio Aguilar (UNESP)

Trabalho Completo

Conflitos assimétricos e o estado: o neoterrorismo e os novos

paradigmas para formulação de políticas de defesa nacional

Wando Dias Miranda (UFPA) e Durbens MartinsNascimento

(UFPA)

Trabalho Completo

SI19 | USO E CONTROLE INTERNACIONAL DE ARMAS NUCLEA-

RES E CONVENCIONAIS

A nova doutrina nuclear dos EUA e a materialização do Hemisfé-

rio Sul Livre de Armas Nucleares

Elias David Morales Martinez (UEPB)

Trabalho Completo

A relação entre os Estados Unidos e a Índia e o regime de não

proliferação nuclear: as mudanças no pós guerra-fria

Tainá Dias Vicente (UNESP/PUC-SP/UNICAMP)

Trabalho Completo

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

TRI1 | As implicações políticas das práticas de sentir, sofrer,

esquecer e memorizar em contextos de crise, ruptura, trauma e

transição política

Trauma e crise de significados na articulação de identidades

coletivas na política internacional

Erica Simone Almeida Resende (UFRRJ)

Trabalho Completo

O papel da memória histórica imperial na política externa: Fran-

ça, Inglaterra, Rússia e Japão em perspectiva comparada

Juliana Ramos Luiz (UERJ)

Trabalho Completo

A prática da medicalização como forma de tratamento do

‘trauma’: implicações para os processos de reconciliação social

em cenários de pós- conflito

Renata Barbosa Ferreira (IBMEC-BH)

Trabalho Completo

TRI2 | Potências emergentes e hegemonia em crise no sistema-

mundo moderno: rumo ao caos sistêmico ou oportunidade para

uma nova governança global?

A China diante dos desafios internacionais pós-hegemônicos no

século XXI: alternativas de poder num período de caos sistêmico

Fernando Marcelino Pereira (UFPR e Unicuritiba)

Trabalho Completo

TRI4 | Migrações, Cidadania e Soberania: tensões e dilemas

para as relações internacionais contemporâneas

Cidadania, migrações e integração regional - Notas sobre o Bra-

sil, o Mercosul e a União Européia

Camila Baraldi (IRI / USP)

Trabalho Completo

TRI5 | A Contribuição do Pensamento Francês para as Relações

Internacionais

Une approche sociologique des dynamiques multilatérales. Les

cas du Brésil et du Mexique dans le multilatéralisme onusien

depuis 1945

Mélanie Albaret (Instituto de Estudos Políticos de Poitiers e

Université de Lille)

Trabalho Completo

TRI6 | Cultura e Teoria da Relações Internacionais

Governança mundial: a África entre o relativismo e o universalis-

mo

Alfa Diallo (UFGD)

Trabalho Completo

TRI7 | Teorias Criticas

A transnacionalização sindical como instrumento de governan-

ça: contextualização histórica e alguns debates teóricos sob a

luz da literatura das relações internacionais da década de 1970

Katiuscia Moreno Galhera Espósito (San Tiago Dantas)

Trabalho Completo

Teoria Crítica e Governança Global: como compreender o papel

das Organizações Internacionais?

Mariana Yante B. Pereira (Unicamp)

Trabalho Completo

Governança global em questão: uma crítica poulantziana a Ro-

bert Cox

Tatiana Berringer (UFPE)

Trabalho Completo

Os movimentos sociais transnacionais

Renata Guimarães Reynaldo e Ana Cecilia da Costa (Centro de

Ciências Jurídicas)

Trabalho Completo

TRI8 | Construtivismos e governança global

Em busca de um modelo analítico para o estudo da política in-

ternacional contemporânea

Bernardo Silva Martins Ribeiro (PUC MINAS)

Trabalho Completo

Os atores sociais e a teoria das relações internacionais

Carolina Dantas Nogueira (PUC MINAS)

Trabalho Completo

TRI9 | Virada lingüística e análise de discurso

Análise do discurso e relações internacionais: potencialidades e

limitações

Aureo de Toledo Gomes (USP)

Trabalho Completo

Análise de discurso e relações internacionais: considerações

teórico-metodológicas

Julia Faria Camargo (UFRR) e Elizabete Sanches Rocha (UNESP)

Trabalho Completo

Contribuições linguísticas na construção e desconstrução das

Relações Internacionais

Martino Gabriel Musumeci (DCP / FFLCH-USP)

Trabalho Completo

Robert Mugabe, um herói com o poder do discurso

Xaman Minillo Robert (UNB)

Trabalho Completo

Governança Global e Novos Atores

PAINÉIS

TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

TRI10 | Meio Ambiente, Direitos Humanos e Governança Global

Justiça ambiental global: uma metateoria de justiça para a aná-

lise da crise mundial de alimentos

Anahi Castro (UEPB)

Trabalho Completo

Avanços e Empecilhos na Governança Global uma análise de

três níveis

Italo Beltrão Sposito (IRI / USP)

Trabalho Completo

A dimensão e o espaço do meio ambiente frente às teorias de

relações internacionais

Vinicius Wolf (FECAP)

Trabalho Completo

TRI11 | Segurança e Teoria das Relações Internacionais

Reputação e Política Internacional Entendendo a Atitude dos

EUA quanto às Atividades Nucleares do Brasil

Eugenio Diniz (PUC MINAS)

Trabalho Completo

Interpretações sobre regimes internacionais e a disputa entre

Eua e o secretariado-geral da ONU pela formação de consensos

sobre o combate ao terrorismo

William Torres Laureano da Rosa (San Tiago Dantas - UNESP,

UNICAMP, PUC-SP)

Trabalho Completo

TRI12 | Hegemonia, interdependência e ordem nas Relações

Internacionais

Teoria das alianças e os Bric (Brasil, Rússia, Índia e China): uma

análise de sua formação e dinâmica

Antonio Henrique Lucena Silva (UFF)

Trabalho Completo

Um olhar crítico da nova ordem mundial de Slaughter

Fabiano L de Menezes (USP)

Trabalho Completo

Poder, interdependência e desigualdade

Felipe Bernardo Estre (PUC Rio)

Trabalho Completo

TRI13 | Epistemologia e Historicidade

A paz no conflito entre teorias das relações internacionais

Diego Trindade d'Ávila Magalhães (UNB)

Trabalho Completo

Lakatos e a teoria das relações internacionais: o programa de

pesquisa científico neo-realista

Flávio Pedroso Mendes (Universidade Federal de Uberlândia)

Trabalho Completo

TRI14 | Pós-modernismo e governamentalidade

Pós-Modernismo e as Relações Internacionais: uma análise sob

a ótica da Complexidade

Heron Sergio M Begnis (UNISC), Gabriella Azevedo (UNISC),

Maurício Stein (UNISC) e Rafael Kirst (UNISC)

Trabalho Completo

TRI16 | Democracia, Justiça e a Teoria das Relações Internacio-

nais

Qual o lugar da democracia nas Relações Internacionais: uma

apreciação teórica

Guilherme Casarões (FAAP)

Trabalho Completo

Justiça e negociações internacionais. Um quadro teórico norma-

tivo

Osmany Porto de Oliveira (USP)

Trabalho Completo

A “globalização da democracia”: aspectos teóricos dos modelos

em questão

Regina Laisner (UNESP)

Trabalho Completo

TRI17 | Democracia, Direitos Humanos e a Teoria das Relações

Internacionais

A mídia e a percepção da sociedade civil nas relações internacio-

nais

Paula de Campos Elias (San Tiago Dantas)

Trabalho Completo

TRI18 | Filosofia Política e Teoria das Relações Internacionais

Guerra e Paz na Teoria Politica de Thomas Hobbes

Ligia Pavan Baptista (UNB)

Trabalho Completo

Quando o Particular Desloca o Universal: Notas de Teoria Políti-

ca Internacional sobre a Crítica da Razão Pura

Victor Coutinho Lage (PUC RIO)

Trabalho Completo

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

GOVERNANÇA GLOBAL, INSTITUIÇÕES MULTILATERAIS E IMPAC-

TO DOMESTICO

A reforma do conselho de segurança e a “democracia global”

Alexsandro Eugenio Pereira

Trabalho Completo

Governança global em matéria de direitos humanos e seu im-

pacto no Brasil: o caso Maria da Penha na Comissão Interameri-

cana de Direitos Humanos

Camila Soares Lippi

Trabalho Completo

O G-20 e a nova configuração do poder mundial

Giorgio Romano Schutte

Trabalho Completo

Diplomacia e representação empresarial: a política externa bra-

sileira nos anos 90

Meire Mathias

Trabalho Completo

OS BRICS E A ORDEM INTERNACIONAL

Emergindo de onde e para onde? Países "emergentes" e a possi-

bilidade de configuração de uma nova ordem mundial

Ana S. Garcia (Freie Universitat Berlin)

Trabalho Completo

BRIC: de estratégia do mercado financeiro à construção de uma

estratégia de política internacional

Corival Alves do Carmo (UNICAMP)

Trabalho Completo

O novo norte do sul: países emergentes como vetores da globali-

zação no mundo em desenvolvimento

Diego Trindade Magalhães (UNB)

Trabalho Completo

Governança Global e Novos Atores

WORKSHOP DOUTORAL

Economia Política Internacional

EPI P36 | Análise comparada de mercados de capitais: Crise

Global e Arquitetura Financeira Internacional

Autor(a): Caroline Yukari Miagut (IEUFU)

Orientador(a): José Rubens Damas Garlipp (IEUFU)

Resumo: O grau de desenvolvimento dos mercados de capitais

é determinado pela legislação básica, juntamente com as es-

truturas corporate governance e corporate finance de seus

mercados de origem e dos mercados em que atuam. Estas

estruturas, por sua vez, dependem da forma como se proces-

sou o Padrão de Industrialização do país. A legislação básica

destes mercados está relacionada com os fatores estruturais,

os quais, por sinal, encontram-se também sob impacto das

transformações, ainda em curso, advindas da atual crise finan-

ceira internacional e dos desdobramentos que possam ter as

propostas de reordenamento da arquitetura financeira inter-

nacional. Dessa forma, este trabalho tem o objetivo duplo de

desenvolver uma análise crítica acerca das propostas de reor-

denamento da arquitetura financeira internacional, buscando

compreender os seus alcances e limites, mormente no que

tange as suas implicações junto aos mercados de capitais obje-

tos de análise comparada desta pesquisa; além de desenvolver

uma análise comparada do mercado de capitais brasileiro com

os de economias em desenvolvimento ou emergentes, a partir

de estudos de casos de economias selecionadas, com o intuito

de mostrar que esta conformação tem a ver com as caracterís-

ticas estruturais definidas pelo padrão de industrialização des-

tas economias. O método aqui utilizado consiste na revisão

bibliográfica, e consulta a documentos oficiais das instituições

e centros de estudo protagonistas das propostas de reordena-

mento da arquitetura financeira internacional. Assim, serão

estudadas e analisadas condições que prevaleceram no siste-

ma financeiro internacional quando do advento da crise inter-

nacional de 2007 e as principais propostas de reordenamento

da arquitetura financeira internacional e suas implicações jun-

to aos mercados de capitais objetos de análise comparada

desta Pesquisa.

EPI P37 | Dois gigantes em ascensão: Inserção Internacional do

Brasil e da China – um recorte comparativo do período 1990 a

2010

Autor(a): Jéssica Máximo (UNIBH)

Orientador(a): Leandro Rangel (UNIBH)

Resumo: Para Samuel Huntington, após um breve período de

unipolaridade norte-americana pós-Guerra Fria, alguns novos

players teriam ganho um papel de relevância na manutenção

da ordem mundial e na definição da agenda internacional. Os

críticos a este argumento são céticos quanto à real capacidade

destes novos players de moldar a ordem mundial. Contudo, ao

observar o despontar destas novas potências e seu desenvolvi-

mento econômico e social, alguns estudiosos defendem que

estes novos players possam desafiar a hegemonia norte-

americana, especialmente em seus contextos regionais. Se-

guindo a pretensão de se manter em curva ascendente econô-

mica e politicamente no cenário internacional, estes Estados

procuram estratégias de inserção internacional que garantam

a continuidade de seu desenvolvimento e o aumento de sua

influência política e, em alguns casos, militar. Todavia, estas

estratégias variam para cada caso de acordo com as caracterís-

ticas estruturais de cada Estado, com as percepções que cada

um possui desta nova ordem político-econômica internacional,

suas capacidades e recursos e o papel almejado dentro deste

cenário em construção. Dessa forma, este trabalho pretende

analisar como estas estratégias são formuladas e implementa-

das por Brasil e China, dois Estados que têm ganhado grande

destaque no cenário internacional e em seu entorno regional,

dentro do recorte temporal de 1990 a 2010, que abrange perí-

odos de abertura econômica, flexibilização política e de uma

maior tentativa de integração ao sistema regional e internacio-

nal em vários campos praticadas por ambos os Estados. A me-

todologia deste projeto consiste, então, em uma pesquisa des-

critiva-explicativa, de métodos quantitativos e qualitativos,

que busca identificar os aspectos e características da formula-

ção e implementação da estratégia de inserção internacional

do Brasil e da China através de estudo crítico bibliográfico,

análise de documentos oficiais – de governos e OIs – e exame

de dados estatísticos – de governos, OIs e empresas privadas

de pesquisa e estatística.

EPI P38 | A presença de Investimentos Chineses na África: prós e

contras para o desenvolvimento do continente

Autor(a): Jonathan Yuji Kimura (Faculdades Integradas Rio Bran

co)

Orientador(a): Martha Mercado(Faculdades Integradas Rio

Branco)

Resumo: Os investimentos chineses na África se iniciaram no

período da Guerra Fria, quando a relação diplomática entre a

China e a URSS sofreu revezes no final da década de 1950,

gerando um desgaste diplomático por conta principalmente

do conflito armado fronteiriço sino-soviético. A partir deste

quadro, os chineses buscaram novos parceiros estratégicos e

econômicos, com a aproximação dos EUA e de alguns países

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

PÔSTERES | INICIAÇÃO CIENTÍFICA

do continente africano. Em meados da década de 1980, com

as reformas política e econômica de Deng Xiaoping, que busca-

va fontes de recursos e a expansão comercial da China, o con-

tinente africano revelou-se propício para os investimentos

chineses. Assim, a partir dos anos 90 a China passou a investir

de forma contínua no continente, beneficiando-se de acordos

favoráveis, principalmente nas áreas de extração mineral, pe-

trolífera e de commodities, entre outras. Os cinco países que

mais receberam investimentos nas duas últimas décadas fo-

ram: Argélia, Nigéria, África do Sul, Sudão e Zâmbia. Desses,

principalmente o Sudão, destaca-se pela abundância de recur-

sos energéticos e naturais. Esse trabalho busca investigar co-

mo os investimentos chineses na África criam ou não uma con-

juntura propícia ao desenvolvimento do continente. Para tal,

busca-se analisar os acordos econômico-comerciais firmados

nas últimas décadas, bem como investigar as relações diplo-

máticas entre a África e a China, no que concerne a política

chinesa de não ingerência nos assuntos internos dos países

africanos; e no que diz respeito aos investimentos chineses,

examinar suas possíveis conseqüências, como: incremento do

mercado de trabalho para os africanos, transferência de tec-

nologia, ações nas áreas de transporte, saúde, educação e

infra-estrutura social.

EPI P39 | A Evolução da Interdependência Econômica entre Chi-

na e EUA

Autor(a): Julia Callegari (PUC-SP)

Orientador(a): Carlos Eduardo Ferreira de Carvalho (PUC-SP)

Resumo: Nessa pesquisa, analisa-se o relacionamento entre a

República Popular da China e os Estados Unidos da América,

sob o enfoque da interdependência econômica. O objetivo

central é compreender de que modo as rivalidades de nature-

za política e econômica se inserem na evolução dessa interde-

pendência e até que ponto as tensões decorrem da forma

como a ela se formou e tem evoluído, desde 1970 até agora.

Para tanto, a pesquisa foi divida em três partes: primeiramen-

te, é uma feita uma caracterização das relações econômicas

entre China e EUA, com uma introdução sobre o contexto de

aproximação inicial entre as nações, mas com foco nas tensões

que as envolvem. Nessa seção, são examinadas questões co-

mo a perda de parcelas de mercado externo e interno norte-

americano para os exportadores chineses e seu impacto no

crescimento econômico e na taxa de emprego dos EUA, bem

como os problemas decorrentes da política cambial chinesa.

Destaque especial é dado às disputas no âmbito da Organiza-

ção Mundial do Comércio (OMC), com análise da natureza

geral das controvérsias entre os dois países, da representativi-

dade destas dentro do número total de embates que a China e

os EUA travam com o resto do mundo e do grau de sucesso da

OMC em regular as relações comerciais entre as duas econo-

mias. Na segunda seção, descreve-se a evolução das relações

comerciais entre os dois países, a partir do estudo das varia-

ções nas importações, exportações e balança comercial entre

eles. Utiliza-se das conclusões da primeira parte para a identi-

ficação de fatores que condicionam a evolução da interdepen-

dência. Finalmente, na terceira seção, relaciona-se os resulta-

dos até então obtidos com o conceito desenvolvido por Robert

Keohane e Joseph Nye de interdependência complexa, por

meio do qual se pensa o processo internacional que impacta a

referida relação de interdependência econômica.

EPI P40 | A formulação da política externa brasileira: Compre-

endendo sua articulação com a exportação de expertise em

políticas públicas sociais para a África

Autor(a): Laiz Soares (PUC MINAS)

Orientador(a): Taiane Las Casas Campos (PUC MINAS)

Resumo: Na elaboração e execução da política externa brasilei-

ra, a África tem tido posição de destaque. Além da adoção de

políticas na área comercial, de investimentos e até mesmo

cultural, o governo brasileiro tem executado um expressivo

conjunto de acordos de cooperação nas questões referentes

ao combate à pobreza. O objetivo dessa pesquisa é analisar

esses acordos de cooperação, em especial no que se refere ao

programa Bolsa Família. Nosso foco é o processo de

“exportação” de expertise em políticas sociais na política ex-

terna brasileira (PEB) para o continente africano.

Para tanto, o método da análise de discurso será utilizado a

fim de avaliar como ocorre a articulação entre as diretrizes, os

temas e os formuladores de política externa no Brasil aplica-

dos ao estudo de caso do Bolsa Família. A parir de documen-

tos oficiais avaliamos as propostas de adequação desse pro-

grama para a realidade dos países africanos. A opção pelo te-

ma está no interesse por compreender como se estrutura a

política externa brasileira, em especial em temas até recente-

mente pouco importantes. Também temos interesse especial

nos estudos relativos à África e nas possibilidades de

“exportação” de políticas sociais.

EPI P41 | Uma virada de século, uma virada de influências: A

Busca por poder e legitimidade pelo G8 a partir do continente

africano

Autor(a): Marina Scotelaro de Castro (PUC MINAS)

Orientador(a): Leonardo César Souza Ramos (PUC MINAS)

Resumo: Ainda que desde a década de 1980 o seleto grupo

composto pelos auto-intitulados “gestores” da ordem econô-

mica mundial demonstrasse interesse em assuntos ligados aos

Governança Global e Novos Atores

países subdesenvolvidos, foi apenas nos últimos anos do sécu-

lo XX que o então G7/8 começa efetivamente a dar respaldo

por meio de resoluções de suas reuniões sobre a temática que

permeia a África: o desafio do desenvolvimento. Apontam

também para este novo direcionamento à África a rápida pro-

jeção dos Estados asiáticos para a parte Sul do globo, em volu-

me e impacto, com destaque para a atuação da China, que por

sua vez, não dissemina o modelo liberal capitalista das grandes

economias que compõem o G7/8. O objetivo deste artigo é

analisar de que maneira o G7/8 passa a incorporar os países da

África dentro de suas reuniões (como tema ou participantes)

neste período de crise de representatividade e legitimidade no

sistema internacional, e se a crescente presença chinesa no

continente africano acelera esse processo de recuperação da

influência do modelo capitalista difundido pelo G7/8. É possí-

vel avaliar esta redefinição de agenda como uma tomada de

consciência política pelos países do G7/8 com a importância de

uma coordenação das relações internacionais mais descentra-

lizada e proporcional. Ou então, como na hipótese deste arti-

go, esta mudança seja resultante da busca por uma solução à

crise de legitimidade que este grupo tem vivenciado desde a

onda de crises financeiras que marcaram a segunda metade da

década de 1990, em decorrência da sua incapacidade de lidar

com os contratempos da nova ordem econômica pós-Guerra

Fria. Ademais, a ascensão da China no cenário internacional e

a ameaça de seu modelo econômico alternativo aos parâme-

tros definidos anteriormente pelo G7/8 incentivam formas

originais de lidar com a emergência de novos atores no siste-

ma internacional preservando a posição dominante que o blo-

co ocupa.

EPI P42 | Expansão Chinesa na América Latina: Iniciativas na

área monetária e Financeira

Autor(a): Natália Caroline Souza (PUC SP)

Orientador(a): Carlos Eduardo Ferreira de Carvalho (PUC SP)

Resumo: A pesquisa analisa as iniciativas de natureza monetária

e financeira da China em relação a países da América Latina:

financiamento a empresas e governos, acordos monetários,

abertura de sucursais de bancos e agências, e outras. O pro-

cesso é relativamente novo e há poucas informações organiza-

das a respeito. Pretende-se identificar os objetivos dessas inici-

ativas, a partir do exame de sua natureza e de seu alcance, de

forma a avaliar se há uma estratégia geral para a região e qual

o alcance potencial e os possíveis desdobramentos. O interes-

se da China pelo continente cresceu muito nos últimos anos.

Além dos interesses comerciais, as novas iniciativas podem ser

atribuídas a preocupações com o suprimento de recursos na-

turais. Na área comercial, a China conta com uma forte estru-

tura de apoio ao comércio externo, por parte de instituições

financeiras e agências públicas. As novas iniciativas podem ser

avaliadas como desdobramentos dessa rede de apoio, agora

mais concentrada em segurança alimentar e energética. O

foco seria a busca de contratos estáveis e longos, com susten-

tação da oferta dos produtos Contudo algumas iniciativas re-

centes parecem vinculadas a objetivos mais ambiciosos, como

a expansão do uso do yuan e a defesa contra os riscos de des-

valorização do dólar. A forma discreta com que essas medidas

têm sido anunciadas e implementadas não destoa da estraté-

gia low profile da China no Continente, explicável pelas óbvias

suscetibilidades políticas com os EUA e com as pretensões de

liderança regional do Brasil e do México. Ainda assim, pela

magnitude e diversidade, permitem supor que se trata de uma

nova etapa de protagonismo externo.

EPI P43 | Contribuição para o estudo da crise da virada do milê-

nio: um balanço bibliográfico

Autor(a): Rodrigo Fagundes Cézar (UNESP-FFC, Marília)

Orientador(a): Francisco Luiz Corsi (UNESP-FFC, Marília)

Resumo: O desenrolar da bolha no mercado de ações norte-

americano nos anos 90 trouxe uma série de características

peculiares que se apresentaram no bojo de um período de

relativo lento crescimento após o boom pós-guerra. Os anos

que se seguem de 1973 são caracterizados por uma baixa pro-

dutividade, cortes salariais e baixas taxas de lucros na econo-

mia dos Estados Unidos – com uma interrupção de aproxima-

damente dez anos, de 1985 à 1995, quando os lucros aumen-

taram por conta, principalmente, um dólar desvalorizado. Tais

fatores favoreceram o aumento da intensidade e ocorrência

das crises. A partir de 1995, principalmente, as questões liga-

das ao “efeito riqueza” promovido por uma bolsa de valores

em alta mostraram de que forma as ações das empresas ma-

nufatureiras – especialmente o setor de alta tecnologia – fo-

ram importantes para o crescimento norte-americano durante

a última década do século passado. Além disso, a recessão de

2001 trouxe mudanças estruturais com relação à dinâmica das

crises do decorrer da década de 90 tanto quanto colocou fim

às “ilusões” alimentadas pelo excesso de confiança em uma

“nova economia”. Dito isso, o projeto foi desenvolvido susten-

tando-se na análise de uma bibliografia baseada em autores e

obras de destaque, bem como em dados documentais que

servem de suporte para a argumentação, tendo sido retirados

de fonte oficial; trata-se de um balanço bibliográfico prelimi-

nar, dada a diversidade de obras que tratam do assunto. Tra-

çando paralelos entre o material averiguado, perseguimos o

fim de retratar os pontos mais importantes para uma exposi-

ção satisfatória de nosso objeto. Buscamos comprovar a hipó-

tese de que o crescimento econômico dos EUA nos anos 90 foi

interrompido pelo fim da tendência de sobrevalorização das

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

ações, insustentável num contexto de lucros progressivamente

menores.

EPI P44 | A crise de 2008, o G20 e a inserção internacional do

Brasil

Autor(a): Vinícius Tavares de Oliveira (PUC MINAS)

Orientador(a): Leonardo César Souza Ramos (PUC MINAS)

Resumo: A política externa brasileira sofreu algumas mudanças

desde a eleição de Lula. É possível verificar algumas iniciativas

de política externa que lidam com questões econômicas e co-

merciais, sempre se articulando entre países desenvolvidos,

mas também, e principalmente, com países emergentes, como

Índia, China, África do Sul e outras. A realidade social é cons-

truída através da imposição de significados e funções em obje-

tos que antes não possuíam tais significados. Criar regras do

jogo, definir o que seria um jogo aceitável e ser capaz de con-

duzir demais atores a sua auto-compreensão é uma das for-

mas mais sutis e efetivas de se conquistar poder. Assim, este

trabalho tem por objetivo analisar como o Brasil se insere no

processo de recriação das estruturas de poder internacionais

no âmbito do G-20 financeiro depois da crise de 2008. A esco-

lha deste fórum se dá por alguns motivos: (i) o G-20 é um fó-

rum relativamente novo , que nos últimos anos vem sendo o

palco das grandes negociações internacionais e (ii) grandes

decisões, como a recente reforma do FMI, foram tomadas no

fórum. A delimitação do tempo se dá pelo fato de que, após a

crise, o Brasil tem intensificado seu discurso de que países

emergentes devem ter um peso maior nas decisões acerca da

economia política internacional. Ao mesmo tempo, o país vem

incentivando iniciativas de cooperação Sul-Sul. Uma das possí-

veis motivações para que tais iniciativas sejam empreendidas

seria exatamente obter uma legitimação de atuação no fórum

G-20 e convencer os demais países de que o Brasil pode con-

quistar mais poder.

EPI P45 | O ressurgimento do liberalismo nos anos 1980

Autor(a): Wellington Souza Silva (Faculdades Integradas Rio

Branco)

Orientador(a): Regiane Nitsch Bressan (Faculdades Integradas

Rio Branco)

Resumo: Este trabalho busca demonstrar a maneira na qual as

práticas econômico liberais ressurgiram de modo assaz pre-

sente em diversos países nos idos dos anos 1980, sendo deno-

minadas pela alcunha de “neoliberalismo econômico”, tendo

principal representação nos Estados Unidos da América, com

as “Reaganomics”, e no Reino Unido, com o “Thatcherismo”.

Para tal, este trabalho apresenta as principais características

destas práticas liberais adotadas nos Estados Unidos da Améri-

ca e na Grã-Bretanha, que primavam pela diminuição da ação

do Estado sobre as finanças e ao apoio às iniciativas privadas.

Tais práticas estavam totalmente baseadas numa releitura do

liberalismo econômico, sendo caracterizada primordialmente

pela diminuição da ação do Estado no âmbito econômico e ao

grande estímulo à livre iniciativa. Além disso, esse estudo de-

monstra como essas políticas reavivaram a economia e estabi-

lizaram o âmbito interno de ambos os países à época, o que

levou a uma grande aproximação entre os dois governos, ain-

da mais impulsionados por esta concomitância de interesses

econômicos. Ver-se-á, ainda, como estas práticas neoliberais

contribuíram para uma maior fortificação na abordagem dos

países capitalistas contra o socialismo, principalmente repre-

sentado pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas

(URSS), no período final da Guerra Fria. Tal pesquisa mostra-se

de grande pertinência uma vez que após a adoção de tal pos-

tura econômica, o mundo ocidental, de modo melhor repre-

sentado pelos EUA, ganhou impulso no embate contra a União

Soviética, o que culminou na quebra deste país e na derrota

do socialismo na Guerra Fria. Além disso, demonstrar-se-á

que, a partir disto, o mundo de maneira geral aderiu à tendên-

cia da abertura econômica e da utilização das práticas neolibe-

rais

História das Relações Internacionais

HRIS P60 | Os filhos da revolução e o uso de novas tecnologias:

resistência e democracia no Irã

Autor(a): Rafaela Martins Buonomo (Faculdades Integradas Rio

Branco)

Orientador(a): Martha Mercado (Faculdades Integradas Rio

Branco)

Resumo: Essa pesquisa busca investigar qual o papel desempe-

nhado pelos jovens e mulheres no movimento democrático

iraniano, que ganhou força após as eleições de 12 de junho de

2009. As manifestações durante e após a reeleição de Mah-

moud Ahmadinejad foram marcadas pela participação ativa

desses dois grupos e também pelo grande uso de novas tecno-

logias de comunicação. Essas novas ferramentas auxiliaram na

organização e deram visibilidade aos protestos, dando aos

cidadãos iranianos um poder de mídia difícil de ser contido

pelo governo. Muitas dessas ferramentas foram utilizadas por

essas duas parcelas da população, em especial pelos jovens,

como plataforma de discussão e resistência. A população total

do Irã é de quase 70 milhões habitantes, sendo que 45% desse

total estão abaixo dos 18 anos e mais de 36 milhões são mu-

lheres. As mulheres representam 60% dos estudantes universi-

tários, muitas contribuem com a renda familiar e compõem,

Governança Global e Novos Atores

hoje, metade do eleitorado iraniano. Já os jovens integram a

maior parte dos 11% de desempregados do país e não possu-

em identificação com os ideais da Revolução Islâmica (1979),

pois não eram nem nascidos, daí uma das razões de sua insa-

tisfação crescente com o regime. Após um ano de repressão, o

governo iraniano parece ter conseguido enfraquecer ou pelo

menos desorganizar a oposição. Muitas das mídias que antes

foram usadas como armas contra o governo passaram a ser

utilizadas como fontes de informação contra os integrantes da

oposição. Apesar disso, novas ondas de protesto ocorreram

recentemente, muito provavelmente inspiradas pelos aconte-

cimentos que sacodem o Oriente Médio e o entorno, compro-

vando que o movimento pró-democracia continua ativo e de-

safiando o regime. Para se entender a atual crise de legitimida-

de que o regime iraniano enfrenta é preciso entender o papel

que as mulheres e os jovens desempenham dentro do movi-

mento democrático, e qual o impacto do uso de novas tecno-

logias no decorrer desse processo.

Instituições e Organizações Internacionais

IOIS P22 | O papel do ACNUR na proteção, assistência e inclusão

aos refugiados na cidade de São Paulo

Autor(a): Aline Renata Caffaro (Faculdades Integradas Rio Bran-

co)

Orientador(a): Martha Mercado (Faculdades Integradas Rio

Branco)

Resumo: Esse trabalho trata de investigar o papel e desempe-

nho do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para

Refugiados) na proteção e inclusão dos refugiados na cidade

de São Paulo. O ACNUR foi criado em 1950 por resolução da

Assembléia Geral das Nações Unidas, a fim de reassentar refu-

giados europeus que em conseqüência da Segunda Guerra

mundial, ainda estavam sem lar. Atualmente, mais de 36 mi-

lhões de pessoas estão sob o mandato do ACNUR em diversas

partes do mundo. No Brasil a agência trabalha em cooperação

com o Comitê Nacional para Refugiados (CONARE) ligado ao

Ministério da Justiça, prestando assistência e proteção a apro-

ximadamente 4,5 mil (dos quais dois mil são atendidos somen-

te na cidade de São Paulo). Em São Paulo o ACNUR atua desde

1989 em parceria com a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo,

uma organização da sociedade civil que atua em prol dos refu-

giados desde 1977, por intermédio da Comissão de Justiça e

Paz. Quando chegam a São Paulo em busca de uma nova vida,

os refugiados são atendidos pela organização, que os orienta

para que possam receber auxílio legal e pessoal assegurado

pela lei 9474/97, de proteção, assistência e integração. A Cári-

tas estabelece ainda parcerias com inúmeras organizações não

-governamentais (ONGs) que realizam projetos de inclusão dos

refugiados ao mercado de trabalho, bem como classes de por-

tuguês, auxílio psicológico e material, entre outros, criando as

bases à reestruturação de suas vidas. Em seu estatuto o AC-

NUR afirma que sua principal tarefa é possibilitar que os refu-

giados se integrem à sociedade que os acolhe, colaborar com

as instituições governamentais e buscar garantir que os países

que os recebam, estejam cientes de suas obrigações, possibili-

tando aos refugiados exercerem seus direitos humanos bási-

cos, vivendo com segurança e dignidade. O presente trabalho

visa avaliar a capacidade de cumprimento do estatuto do AC-

NUR.

IOIS P23 | Índia, Brasil E África do Sul: Agendas multilaterais e

Eficácia do regime

Autor(a): Amanda de Carvalho Siqueira (PUC Minas)

Orientador(a): Taiane Las Casas (PUC Minas)

Resumo: A poluição dos recursos hídricos causada pela ação

antrópica, principalmente aqueles fronteiriços e transfronteiri-

ços, é uma forma grave de ataque ao meio-ambiente tendo

em vista a extensão dos danos que pode causar. Desde 1972,

os Estados Partes das Nações Unidas atentavam para esta

questão declarando que “os Estados têm, de acordo com a

Carta das Nações Unidas e os princípios do direito internacio-

nal, o direito soberano de explorar seus próprios recursos,

conforme suas próprias políticas relativas ao meio-ambiente, e

a responsabilidade de assegurar que tais atividades exercidas

dentro de sua jurisdição, não causem danos ao meio ambiente

de outros Estados ou a áreas fora dos limites da jurisdição

nacional”. Tendo em vista o contorno e a complexidade que o

tema adquire ao ser transposto ao plano internacional, faz-se

necessário uma análise minuciosa de como os Estados lidam

frente à questão e como ocorre a cooperação internacional

nessa esfera. Nesse sentido, sob a luz da perspectiva teórica

construtivista, cabe identificar, em um primeiro momento, as

discussões e iniciativas existentes no combate ao problema,

tanto no âmbito local interno a jurisdição estatal quanto no

âmbito regional ultrapassando as fronteiras do Estado, com o

intuito de estudar, analisar, avaliar e propor alternativas possí-

veis para a sua redução. Em um segundo momento, este tra-

balho buscará estudar e avaliar os passos que estão sendo

dados rumo a uma maior institucionalização desse tema, pro-

por caminhos para acelerar esse processo, além de discutir a

relevância do papel das instituições no combate a poluição dos

recursos hídricos compartilhados. Este estudo será restringido

a Bacia do Prata, compartilhada entre Argentina, Brasil, Para-

guai e Uruguai, devido a importância estratégica e ambiental

que possui essa região.

IOIS P24 | Análise da Cooperação Internacional no Combate à

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

Poluição dos Recursos Hídricos Compartilhados. Estudo de caso:

Bacia do Prata

Autor(a): Carla Roberta Ferreira Valle (PUC MINAS)

Orientador(a): Matilde Souza (OUC MINAS)

Resumo: A poluição dos recursos hídricos causada pela ação

antrópica, principalmente aqueles fronteiriços e transfronteiri-

ços, é uma forma grave de ataque ao meio-ambiente tendo

em vista a extensão dos danos que pode causar. Desde 1972,

os Estados Partes das Nações Unidas atentavam para esta

questão declarando que “os Estados têm, de acordo com a

Carta das Nações Unidas e os princípios do direito internacio-

nal, o direito soberano de explorar seus próprios recursos,

conforme suas próprias políticas relativas ao meio-ambiente, e

a responsabilidade de assegurar que tais atividades exercidas

dentro de sua jurisdição, não causem danos ao meio ambiente

de outros Estados ou a áreas fora dos limites da jurisdição na-

cional”. Tendo em vista o contorno e a complexidade que o

tema adquire ao ser transposto ao plano internacional, faz-se

necessário uma análise minuciosa de como os Estados lidam

frente à questão e como ocorre a cooperação internacional

nessa esfera. Nesse sentido, sob a luz da perspectiva teórica

construtivista, cabe identificar, em um primeiro momento, as

discussões e iniciativas existentes no combate ao problema,

tanto no âmbito local interno a jurisdição estatal quanto no

âmbito regional ultrapassando as fronteiras do Estado, com o

intuito de estudar, analisar, avaliar e propor alternativas possí-

veis para a sua redução. Em um segundo momento, este tra-

balho buscará estudar e avaliar os passos que estão sendo

dados rumo a uma maior institucionalização desse tema, pro-

por caminhos para acelerar esse processo, além de discutir a

relevância do papel das instituições no combate a poluição dos

recursos hídricos compartilhados. Este estudo será restringido

a Bacia do Prata, compartilhada entre Argentina, Brasil, Para-

guai e Uruguai, devido a importância estratégica e ambiental

que possui essa região.

IOIS P25 | MERCOSUL: o papel da assimetria entre seus mem-

bros

Autor(a): Diogo Dias Romero (PUC MINAS)

Orientador(a): Matilde de Souza (PUC MINAS)

Resumo: Como é intrínseca ao sistema internacional, a desigual-

dade entre estados também se faz presente na instituição aqui

analisada, o MERCOSUL. Sabendo dessa desigualdade, o Trata-

do de Assunção e o Protocolo de Ouro Preto já assumem e se

comprometem com a superação das assimetrias, que se apre-

sentam principalmente entre os estados menores (Paraguai e

Uruguai) e os estados maiores (Brasil e Argentina). O Brasil é

responsável pela maior discrepância em relação aos demais

membros do bloco, correspondendo a quase 70% de todos os

indicadores referentes às capacidades econômicas, territoriais

e populacionais dos Estados pertencentes ao bloco.

O objetivo desse projeto é analisar a efetiva contribuição da

instituição na busca da redução dessas assimetrias entre seus

membros. Ao levantarmos os interesses de cada membro e as

resoluções promovidas pelo MERCOSUL, buscamos identificar

se a assimetria entre os Estados destacados se faz ou não pre-

sente na agenda institucionalizada do bloco. Para tanto, anali-

saremos os dados relevantes dos Estados-membros do MER-

COSUL referentes às suas capacidades anteriormente destaca-

das e políticas demandas. De posse destas informações, esta-

belecemos uma análise histórico-comparativa sobre a confor-

mação da estrutura institucional relativa às assimetrias entre

seus membros. A analise se concentra em alguns sub grupos

do Grupo de Mercado Comum; GMC.

IOIS P26 | União Africana e a Integração Continental na África:

Estrutura institucional e liderança

Autor(a): Diogo Lopes Nunes Galvão (USP)

Orientador(a): Janaina Onuki (USP)

Resumo: Está intrínseca na história do continente africano a

tensão entre a sua unidade e fragmentação. A União Africana

(UA) representa o novo debate sobre o continente, recuperan-

do sua história através do Renascimento Africano, e assume

papel fundamental para ditar o seu desenvolvimento. A pro-

posta do presente foi identificar a importância dessa institui-

ção na atual integração do continente, na solução de seus

problemas internos e na inserção da África no sistema interna-

cional contemporâneo. O presente trabalho foi concluído em

Setembro de 2010, como pesquisa de Iniciação Científica, e

propôs-se a analisar a estrutura e o papel da UA, enfatizando o

seu desenho institucional, as lideranças internas, e a capacida-

de de inserção do continente no sistema internacional.

A conclusão dessa análise levou a compreender que a UA iso-

ladamente, não é suficientemente capaz de lidar com todos os

problemas africanos. Contudo, ao mesmo tempo, trata-se de

um elemento e de uma ferramenta indispensável para o de-

senvolvimento do continente. A UA deve trabalhar juntamente

com esforços individuais dos Estados, simultaneamente com a

sociedade civil e organismos não-governamentais. A UA exer-

ce pressão e exige dos Estados membros certos comprometi-

mentos democráticos que viabilizam seu funcionamento.

Compreende-se, por fim, que com a renovação da União Afri-

cana o continente ingressou em novo período histórico, do

mesmo modo que observamos com a Europa através da UE,

ou com a América Latina por meio da UNASUL. A UA, portan-

to, define um novo momento do processo de integração do

Governança Global e Novos Atores

continente africano e o do entendimento dos africanos sobre

o próprio continente e sobre sua condição.

IOIS P27 | Análise dos desdobramentos da temática ambiental

na esfera do MERCOSUL

Autor(a): Erika Heyden (PUC MINAS)

Orientador(a): Matilde de Souza (PUC MINAS)

Resumo: O objetivo deste trabalho é discutir qual a relevância

da temática ambiental no âmbito do MERCOSUL, a partir da

análise de documentos que tratem desta questão desde o

Tratado de Assunção (1992) até os dias atuais.

O MERCOSUL iniciou-se como uma união aduaneira entre Bra-

sil, Argentina, Paraguai e Uruguai, e o que se percebe atual-

mente é que este busca uma integração que ultrapasse as

questões econômicas. Para tanto, além das relações comerci-

ais deveriam compor a agenda do Bloco outras questões como

as sociais e ambientais, assumam maior destaque na agenda

da instituição. A respeito das questões ambientais, constata-se

inicialmente que estas são tratadas de forma externa à institui-

ção; assim, busca-se compreender porque isso acontece e se

há uma preferência pelo trato bilateral das questões relativas

ao compartilhamento destes recursos. Para isto será feito um

levantamento dos principais recursos ambientais comuns aos

membros do MERCOSUL, possuindo como foco principal a

gestão do Aqüífero Guarani (águas subterrâneas compartilha-

das, situadas na Bacia do Prata), que partirá de uma contextu-

alização dos documentos e das ações relativas ao compartilha-

mento do aqüífero desde 1992. Desta forma, com este traba-

lho, procura-se avaliar o envolvimento do MERCOSUL com o

meio ambiente, e como este é tratado, ou ainda se é pouco

abordado, buscando assim as razões para este comportamen-

to, ao realizar um levantamento dos desdobramentos históri-

cos que o expliquem e ainda buscando alternativas que pos-

sam modificar esta situação.

IOIS P28 | Teoria dos Jogos e a Geopolítica Comercial da Rodada

Doha

Autor(a): Felipe Nogueira (Centro Universitário Anhanguera de

Campo Grande)

Orientador(a): Alexandre Honig Gonçalves (Centro Universitário

Anhanguera de Campo Grande)

Resumo: Em novembro de 2001, em Doha, no Catar, foi lançada

a primeira rodada de negociações multilaterais no âmbito da

OMC e a nona desde a criação do GATT. Sua meta principal é a

liberalização comercial para o desenvolvimento dos Estados,

principalmente daqueles que não pertencem ao grupo dos

países desenvolvidos. Corresponde, portanto, a um diálogo

multilateral de fundamental importância para a política exter-

na brasileira, já que tem enfoque específico nos países em

desenvolvimento. As negociações geraram uma geopolítica

comercial caracterizada pela bipolaridade em torno dos temas

agrícolas: de um lado, países ricos, que defendem maior aces-

so aos mercados de bens e serviços dos países em desenvolvi-

mento; de outro, estes últimos, que em troca exigem mais

espaço para seus produtos agrícolas nos mercados das nações

industrializadas. Isto nos fornece uma visão do processo nego-

ciador semelhante a um jogo. Trata-se de uma situação em

que a decisão de um ator influencia a posição e as decisões

dos demais, obrigando-os a algum tipo de interação. A geopo-

lítica comercial da Rodada Doha constitui, portanto, um caso

passível de análise pelo prisma da teoria dos jogos. Neste sen-

tido, a presente pesquisa elegeu como escopo o estudo da

Rodada a partir do instrumental analítico da teoria dos jogos.

Buscando especificamente: identificar os elementos do jogo,

seus atores, os trunfos que possuem para negociar, e quais os

interesses e estratégias de cada um deles. Para alcançar seus

objetivos, a pesquisa utilizou basicamente dados secundários.

Ademais, analisamos os relatórios da OMC, do Ministério de

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da

Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) e do Ministério das

Relações Exteriores (MRE). Assim, indicamos que a pesquisa

fornece um modelo para reflexão acerca da possibilidade de

avanços na negociação e obtenção de um equilíbrio entre os

interesses divergentes, bem como levanta e avalia a postura

brasileira.

IOIS P29 | O Banco Mundial na Era dos Três Quintos: a estraté-

gia política dos projetos desenvolvidos pela agência no Brasil

durante o governo Fernando Henrique (1995-2002)

Autor(a): João Antônio dos Santos Lima (UEPB)

Orientador(a): Cristina Carvalho Pacheco (UEPB)

Resumo: O objetivo desse estudo é avaliar a influência do Ban-

co Mundial, um dos principais organismos internacionais nas

temáticas de desenvolvimento econômico e combate à pobre-

za, nas políticas governamentais do Brasil, durante o primeiro

governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-1998). Para

avaliar o impacto das políticas adotadas pelo Banco Mundial

dentro do Brasil, utiliza-se uma literatura bibliográfica e docu-

mental sobre o Banco e um banco de dados disponível no site

da organização, com a finalidade de discutir a convergência

das políticas do Banco e as políticas do governo brasileiro. A

literatura do Banco Mundial se concentra na divulgação de

projetos, relatórios institucionais e sobre o Brasil, além de

trabalhos acadêmicos que envolvam discussões sobre a atua-

ção do organismo. A literatura acerca do governo Fernando

Henrique refere-se aos trabalhos acadêmicos voltados às reali-

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

zações do governo nas temáticas sociais. Utiliza-se o banco de

dados com a proposta de avaliar a aplicação direta das políti-

cas do Banco no país, juntamente com os resultados obtidos

através das análises bibliográficas e documentais. Assim, per-

cebe-se a influência do Banco Mundial na consolidação dos

compromissos do Brasil, perante os fundamentos técnicos e

na equação de responsabilidades do governo com o órgão.

Após um forte período de liberalização comercial, desregula-

mentação dos mercados e enfraquecimento do Estado, o Ban-

co se renova e atua na busca de maiores eficiências, nesse

caso, com principal destaque para as temáticas sociais, de Edu-

cação e Saúde. A revitalização do Estado, na reconfiguração de

seu papel aparece em vários projetos desenvolvidos pelo Ban-

co no país, ao buscar o aperfeiçoamento de tarefas do Estado

e o seu compromisso na área sócio-política.

IOIS P30 | O papel dos THINK TANKS no primeiro Governo de

George W. Bush

Autor(a): Lucas Pereira Dantas (UEPB)

Orientador(a): Cristina Carvalho Pacheco (UEPB)

Resumo: O presente trabalho tem como fim discutir o papel das

instituições na construção das políticas internas e externas de

um país. Para tanto, focará seus estudos na atuação do Project

for the New American Century (PNAC) ao longo do primeiro

Governo de George W. Bush, elucidando, para tal, como e em

quais circunstâncias esse think tank influenciou no processo

político de tomada de decisões do governo. Para alcançar tal

objetivo, esse trabalho se encontra estruturado em três par-

tes: primeiramente, na explanação do conceito de think tanks

como “fabricas de idéias”, em que seus especialistas atuam

para construir, legitimar e justificar as políticas públicas, de seu

interesse, nos Estados Unidos; subsequentemente, apresentar

o objeto da pesquisa, Project for the New American Century

(PNAC), considerando a sua origem, princípios, constituição,

composição e a sua funcionalidade na sociedade americana; e,

por último, discutir a relação entre o PNAC e o governo de

George W. Bush, através de uma análise comparativa do rela-

tório sobre a defesa norte-americana, Rebuilding America’s

Defenses’, proposto em 2000 por esse think tank e o National

Security Strategy do ano de 2002 entregue ao congresso, que

tinha como base as preocupações e os planos do governo no

que concernia às questões de segurança dos norte-

americanos. Este trabalho encontra-se sob orientação da Profa

Cristina Carvalho Pacheco, e compõem, ao lado de outros tra-

balhos de Iniciação Científica, parte de uma pesquisa maior

desenvolvida pela Profa juntamente ao Curso de Relações In-

ternacionais da UEPB.

IOIS P31 | Organização das Nações Unidas: uma análise dos

mandatos do Conselho de Segurança para as operações de paz

Autor(a): Mariana Bergamo (UNESP)

Orientador(a): Sergio Aguilar (UNESP)

Resumo: A Organização das Nações Unidas é uma instituição

internacional, fundada por 51 países, após a Segunda Guerra

Mundial com o propósito de fomentar relações cordiais entre

as nações, promover progresso social, melhores padrões de

vida, direitos humanos e principalmente, manter a paz e a

segurança internacionais. Nesse âmbito, as operações de ma-

nutenção da paz representam o principal instrumento a dispo-

sição da comunidade internacional para atingir tal fim. As ba-

ses das Missões das Nações Unidas estão nos seus mandatos,

que podem ser encontrados nas resoluções do Conselho de

Segurança da ONU. O mandato deve conter informações rele-

vantes acerca da operação, como nomeação de um coman-

dante, recomendações sobre o tamanho da força necessária e

do financiamento necessário, nomeação dos países prepara-

dos para fornecer efetivo imediatamente e os que ainda estão

em negociações, propostas para o movimento e manutenção

das tropas, estabelecimento de um prazo final para a opera-

ção, entre outras particularidades. Os diversos mandatos já

instituídos pelo Conselho diferem-se de acordo com a situação

e natureza dos conflitos existentes, além dos desafios específi-

cos que eles representam. A pesquisa parte dos tipos e carac-

terísticas das missões de paz para analisar algumas operações

de manutenção da paz da ONU traçando um paralelo entre

cada conflito e sua evolução com as atitudes tomadas pelo

Conselho de Segurança por meio da adoção de mandatos es-

pecíficos. As operações selecionadas foram UNAVEM I, II e III

(Angola), UNAMIC (Camboja), UNOMIG (Geórgia), ONUMOZ

(Moçambique), UNOMUR (Uganda-Ruanda) e UNOSOM I e II

(Somália) por permitiram a observação de tipos diferentes de

operações de paz e, em alguns casos como de Angola, modifi-

cações nos objetivos das missões estabelecidas em decorrên-

cia das evoluções do conflito.

IOIS P32 | O papel e desempenho da CÁRITAS Brasileira na pro-

teção e integração dos refugiados africanos no Brasil

Autor(a): Marlon Marcelo dos Santos (Faculdades Integradas

Rio Branco)

Orientador(a): Martha Mercado (Faculdades Integradas Rio

Branco)

Resumo: Este trabalho trata de investigar e avaliar as atividades

e ações desenvolvidas pela Cáritas Brasileira, em cooperação

com o governo brasileiro e com os organismos internacionais,

visando à proteção e integração dos refugiados africanos. Por

meio de um estudo de caso – a Cáritas -, buscamos demons-

Governança Global e Novos Atores

trar a importância do papel desempenhado pelas organizações

não-governamentais (ONGs), no que concerne às políticas de

cooperação e parcerias com as diversas instâncias governa-

mentais, as organizações regionais e intergovernamentais, no

que tange ao bem estar e a integração dos refugiados, especi-

ficamente dos africanos no Brasil. Organismo da CNBB – Con-

ferência Nacional dos Bispos do Brasil, a Cáritas Brasileira foi

fundada em 12 de novembro de 1956 e faz parte da Rede Cári-

tas Internationalis, rede da Igreja Católica de atuação social

composta por 162 organizações presentes em 200 países e

territórios, com sede em Roma. Atualmente é reconhecida

como de utilidade pública federal. A Instituição tem 170 enti-

dades-membros em todo o Brasil, tendo como presidente

Dom Demétrio Valentini. Desde o final da década de 1980 a

Cáritas São Paulo (instituição-membro da Cáritas Brasileira)

exerce o papel de principal organismo de proteção e auxílio

aos refugiados que buscam asilo no país, atuando em conjunto

com o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Re-

fugiados), em observância à Convenção das Nações Unidas de

1951 para os refugiados. Segundo o CONARE (Comitê Nacional

para os Refugiados), dos aproximadamente 4,5 mil refugiados

sob tutela do Governo Brasileiro e do Alto Comissariado das

Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), 65% (2,9 mil) são de

origem africana. A Cáritas Brasileira é a organização mais im-

portante na busca de proteção e integração, pois orienta sua

ação no trato direto com os refugiados, uma vez que as orga-

nizações internacionais ocupam-se primordialmente com trâ-

mites legais e realocação. Cabe a ela providenciar o suporte

necessário, por meio de parcerias, projetos e ações, possibili-

tando o acesso aos direitos básicos como assistência médica,

direito ao trabalho e a escolaridade, bem como, a liberdade de

expressão e circulação, ressaltando também a garantia da se-

gurança física e reinserção social dos refugiados.

IOIS P33 | Cooperação Internacional, Regimes Internacionais e

Relações Internacionais: Perspectivas Sobre o Meio Ambiente

Autor(a): Murilo Alves Zacareli (UNAERP)

Orientador(a): Tatiana de Souza Leite Garcia (UNAERP)

Resumo: Os problemas ambientais globais, juntamente com a

revolução da informação e a globalização econômica têm in-

fluenciado nas mudanças das relações entre os atores interna-

cionais – Estados, Empresas, Organizações Internacionais, Or-

ganizações Não-Governamentais e indivíduos. A partir desta

afirmação, acredita-se que a Cooperação Internacional e os

Regimes Internacionais são implicações necessárias ao sistema

internacional no que se refere às questões ambientais, consi-

derando-as fundamentais para a sobrevivência e prosperidade

das Instituições públicas e privadas, sociedades e indivíduos.

Para tanto, a promoção da Cooperação Internacional é um dos

instrumentos necessários para a construção de Regimes Inter-

nacionais Ambientais, pois possibilita a disseminação das

idéias e práticas de sustentabilidade e gestão racional dos re-

cursos ambientais. O sistema anárquico internacional necessi-

ta da criação de meios não conflituosos para a resolução de

assuntos complexos, como as questões ambientais, seja por

meio da cooperação internacional, e também com a formula-

ção de padrões de comportamento para os atores internacio-

nais, notadamente a construção de regimes internacionais

ambientais. A Cooperação Internacional é definida como uma

situação em que as partes envolvidas concordam em trabalhar

conjuntamente objetivando novos ganhos para os participan-

tes, que possivelmente não seriam atingidos se os autores

envolvidos utilizassem meios unilaterais. O processo de coope-

ração entre os atores internacionais é muito mais comum do

que a guerra; no entanto, há muito mais estudos sobre assun-

tos envolvendo conflitos do que cooperação. Desta forma, a

construção de regimes internacionais para as questões ambi-

entais se apresenta com fundamental nas relações internacio-

nais, foco deste trabalho que almeja demonstrar como a ges-

tão dos recursos naturais pode ser mais eficiente quando reali-

zada de forma cooperativa e conjunta.

IOIS P34 | Cooperação Internacional e Meio Ambiente na Rede

Mercocidades: a atuação da Unidade Temática Ambiente e De-

senvolvimento Sustentável

Autor(a): Noemi Galvão (CUFSA)

Orientador(a): Marco Antonio C. Teixeira (CUFSA)

Resumo: O objetivo desta pesquisa é investigar a atuação da

Unidade Temática de Ambiente e Desenvolvimento Sustentá-

vel (UTADS) da Rede Mercocidades, relacionando-a com a

discussão teórica tangente às questões ambientais e à coope-

ração internacional. Para tanto, foi feita uma análise bibliográ-

fica e documental dos temas desenvolvimento sustentável e

cooperação internacional. No concernente ao desenvolvimen-

to sustentável, apresenta-se uma discussão das diferentes

correntes que emergiram do tema, e como o mesmo foi abor-

dado nas conferências internacionais, como a de Estocolmo, a

Rio-92 e a II Cúpula da Terra. Na sequência, faz-se uma análise

e sistematização das atas e planos de trabalho da UTADS, e

uma descrição da cooperação no âmbito da Rede Mercocida-

des, que representa um conceito novo na dinâmica de coope-

ração internacional para o desenvolvimento. Posteriormente,

relacionam-se as discussões que envolvem as questões ambi-

entais com as práticas desenvolvidas pela Unidade Temática.

Ao longo da pesquisa, as discussões sobre globalização, inter-

dependência complexa e cooperação descentralizada foram

retomadas como subsídios para uma melhor compreensão do

funcionamento das redes, mais precisamente da Rede Merco-

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

cidades. Com a análise das atas das reuniões da Unidade Te-

mática de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável observa-

se que um dos objetivos da Unidade é a promoção de estraté-

gias que permitirão às cidades membros da Rede um avanço

no desenvolvimento sustentável local, priorizando a inclusão

social. As atividades desenvolvidas pela UTADS estimulam a

promoção de ações, programas e projetos de desenvolvimen-

to local sustentável nas cidades mediante a integração regio-

nal, a inclusão social e uma crescente interação com a socieda-

de civil, permitindo a implementação de programas e projetos

de desenvolvimento sustentável local a partir da capacitação

de técnicos municipais e relevantes atores sociais, que priori-

zam as necessidades de suas respectivas cidades.

IOIS P35 | Poder de Guerra nos Estados Unidos da América pós

11 de Setembro: Uma análise preliminar da literatura

Autor(a): Gustavo Carlos Macedo

Orientador(a):

Resumo: Esta proposta tem por objetivo apresentar os resulta-

dos obtidos pela pesquisa de iniciação científica em andamen-

to - “Poder de guerra e política externa: o caso da

‘Authorization for Use of Military Force Against Iraq Resolution

of 2002’ e a relação de poderes entre Legislativo e Executivo

nos EUA pós-11 de Setembro”. Pretende-se comparar e con-

trastar os autores utilizados na pesquisa com o objetivo de

apresentar de forma sintética e sistematizada as principais

explicações teóricas oferecidas pela bibliografia especializada

trabalhada até o momento na pesquisa de IC. A partir de uma

leitura centrada nas interpretações da literatura atual sobre os

possíveis sentidos da aprovação pelo Congresso de uma auto-

rização para uso da força militar contra o Iraque em 2002; a

pesquisa tem por idéia geral mapear e situar o debate domés-

tico norte-americano sobre separação de poder de guerra en-

tre Congresso e Presidente e sua relação com a política exter-

na dos EUA. O objeto de pesquisa será apresentado na forma

como foi situado pela bibliografia, tendo em vista explicitar sua

relevância de estudo. No mesmo sentido, serão apresentadas

as fontes de dados utilizadas, e metodologia de análise aplica-

da; e assim, as possíveis reflexões que permitam chegar a con-

clusões acerca da questão de pesquisa proposta.

IOIS P61 | Direitos Humanos e a Mutilação Genital Feminina

(MGF) na Somália: os fatores que contribuem para a permanên-

cia de tal prática e as políticas adotadas para sua eliminação

Autor(a): Heloisa Nunes (Faculdades Integradas Rio Branco)

Orientador(a): Martha Mercado (Faculdades Integradas Rio

Branco)

Resumo: Essa pesquisa trata de investigar a permanência da

prática da Mutilação Genital Feminina (MGF) e as políticas

adotadas para sua contenção e eliminação tendo por base os

tratados internacionais de proteção e defesa dos Direitos Hu-

manos. Apesar dos inúmeros tratados que proíbem tal prática,

como a carta dos Direitos Humanos da ONU, muitos países

ainda possuem um alto índice de Mutilação Genital Feminina

(MGF). Essa prática ocorre em vários estados africanos, no

Oriente Médio e na Europa, entre as comunidades de imigran-

tes. A Somália foi o país escolhido devido ao alto índice de

Mutilação Genital Feminina, 97,9% de mulheres mutiladas.

(UNICEF, 2008) A prática da Mutilação Genital Feminina (MGF)

está baseada em tradições tribais e ritualísticas; não podendo

ser creditada às religiões, já que é praticada em diferentes

comunidades. Foi identificada em grupos cristãos

(protestantes, católicos e coptas), muçulmanos, judeus, ani-

mistas e ateístas. De acordo com as comunidades investigadas

são várias as razões que induzem a tal prática como: preserva-

ção da virgindade; proteção a honra da família garantindo a

legitimidade das descendências; redução do desejo sexual;

maior prazer do homem durante o ato sexual; aumento da

higiene e estética, entre outras. (ONU, 2007)

Situada na África Oriental, a Somália possui 9,8 milhões habi-

tantes, sendo 4,9 milhões de mulheres. A maior parte da po-

pulação vive em comunidades rurais, onde a tradição prevale-

ce e faz aumentar o índice de MGF (a população urbana é de

apenas 37% do total). A idade em que a MGF é realizada, varia

de uma região para outra, podendo ocorrer entre o zero e os

14 anos, poucos dias após o nascimento ou pouco antes da

jovem se casar ou ainda após a primeira gravidez. (UNICEF,

2008)

Integração Regional

IR P55 | O Sistema de Solução de Controvérsias do Mercosul

Autor(a): Alexandre Toshio Matsui (Faculdades Integradas Rio

ranco )

Orientador(a): Regiane Nitsch Bressan (Faculdades Integradas

Rio Branco)

Resumo: O trabalho consiste analisar a arbitragem praticada

dentro do processo de integração regional Mercado Comum

do Sul (MERCOSUL). Para isso, serão estudados tanto o Siste-

ma de Solução de Controvérsias do Mercosul, regido atual-

mente pelo Protocolo de Olivos, quanto as soluções dadas aos

conflitos que emergiram no bloco e foram julgados por esse

mecanismo. Dentro desse panorama, propõe-se analisar pri-

meiramente o próprio Mercosul. Através do Tratado de Assun-

ção, assinado em março de 1991, foi oficializada criação do

Mercosul, entre os quatro países: Argentina, Brasil, Paraguai e

Governança Global e Novos Atores

Uruguai. O bloco foi construído visando, a longo prazo, a cons-

tituição de um mercado comum, a curto prazo, em apenas

cinco anos, a criação de uma união alfandegária plena entre os

países participantes, e imediatamente, a instituição de uma

zona de livre comércio entre os países integrantes. A integra-

ção que emergia era impulsionada por três fatores principais:

a superação das divergências geopolíticas, o retorno ao regime

democrático nos países envolvidos, e a crise do sistema econô-

mico multilateral que induzia à busca por outras oportunida-

des. Em seguida ao estudo do histórico do bloco, o estudo foca

o procedimento arbitral estipulado pelo Mercosul. Portanto,

será analisado o Protocolo de Brasília, quando as controvérsias

eram dirimidas somente pelo tribunal Ad Hoc. Em seguida,

será estudado o Tribunal Permanente de Revisão, situado em

Assunção no Paraguai, criado no marco do Protocolo de Oli-

vos. Para essa analise, é fundamental a descrição e análise do

Sistema de Solução de Controvérsias, que apresentou mudan-

ças com a assinatura do Protocolo de Olivos. Com isso, esse

estudo pretende revelar essas principais alterações e, a partir

delas, evidenciar as possibilidades, facilidades e dificuldades

impostas para a solução de conflitos.

IR P56 | A integração latino-americana sob o ponto de vista

cultural

Autor(a): Andressa Roberta Siqueira dos Santos (UNESP/Marília)

Orientador(a): Heloisa Pait (UNESP/Marília)

Resumo: É longo o histórico de tentativas integracionistas latino

-americanas e pode-se dizer que o Mercosul é a mais bem

sucedida. Decorridos 20 anos de sua existência, o bloco ainda

enfrenta dificuldades que podem comprometer seus avanços:

tratar singularidades nacionais como obstáculos e não como

trunfos, confundir integração com homogeneização e priorizar

sobremaneira a área econômica em detrimento de outras

áreas, são alguns dos problemas. Tendo em vista a preocupa-

ção latente da projeção da América Latina no cenário interna-

cional - evidenciada pela primeira visita internacional oficial da

presidenta Dilma Roussef ter sido a vizinha Argentina - e en-

tendendo que os avanços do Mercosul incidem diretamente

sobre os rumos que o continente tomará, faz-se importante

uma análise desse processo, que se dá em meio ao intenso

processo de globalização que impõe uma redefinição dos es-

paços globais, onde as fronteiras tornam-se cada vez mais po-

rosas. O presente trabalho pretende então refletir sobre a

importância da cultura como instrumento cuja função é auxili-

ar e facilitar o processo da integração regional ‘Mercosulina’,

para tanto, faremos um levantamento bibliográfico de obras

de estudiosos da área da cultura – principalmente na sociolo-

gia, antropologia e história – além de obras na área da ciência

política e relações internacionais sobre regionalismos.

Dessa forma, entendemos que o fortalecimento do bloco per-

passa a mudança do papel da cultura nos debates: deve deixar

o lugar marginal que hoje ocupa e ser vista como suporte para

mitigar obstáculos. Pensaremos uma política cultural para

além do aparato do Estado, cujas iniciativas muitas vezes se

quedam na linha tênue entre o discurso e a ação, assim, inves-

tigaremos o papel de outros agentes formuladores dessas polí-

ticas, destacaremos principalmente as iniciativas da sociedade

civil, os avanços da agenda cultural no Mercosul desde sua

criação até hoje e também a pauta das reuniões anuais entre

ministros da cultura.

IR P57 | Parlasul: o que é, para que serve?

Autor(a): Maria Eduarda Paiva (UFPE)

Orientador(a): Marcelo de Almeida Medeiros (UFPE)

Resumo: A existência de uma instância parlamentar em Organi-

zações Regionais de Integração se pauta no argumento de

conceder voz às populações afetadas por um processo integra-

cionista. A primeira iniciativa nesse sentido foi a criação do

Parlamento Europeu (PE), modelo que acabou por ser impor-

tado pelo Mercosul, com as devidas alterações impostas pelos

distintos graus de integração. Apesar de possuir competências

mais modestas que as do PE, o Parlamento do Mercosul

(Parlasul) também objetiva representar os povos de uma de-

terminada região. Suas competências principais, elencadas no

Protocolo Constitutivo, são: (i) auxiliar na harmonização de

normas entre Estados membros e; (ii) propor projetos de nor-

ma ao órgão superior do Mercosul, o Conselho Mercado Co-

mum (CMC). Como se pode observar, ao órgão não compete

legislar nem controlar o Executivo. É, em suma, uma esfera

consultiva. Considerando as limitações do Parlasul e do pró-

prio processo de integração no Cone Sul, é de se questionar

para que serve uma estrutura parlamentar. Este trabalho bus-

ca, inicialmente, escrutinar a função do órgão e analisar sua

consolidação. Num segundo momento, a discussão foca-se nas

razões de sua criação: se ele é de fato uma tentativa de inserir

o cidadão na esfera regional, ou se sua existência responde a

outras demandas. Para tanto, analisam-se – quantitativa e

qualitativamente- os atos produzidos pelo Parlamento em

seus quatro anos de existência. Conhecer a produção dos atos

no seio do Parlasul pode auxiliar a determinar que papel ele

cumpre no organismo mercosulino, para além das teorias

acerca da representação democrática.

IR P58 | A inserção da Venezuela no MERCOSUL: análise dos

aspectos políticos e econômicos

Autor(a): Rafael Schmuziger Goldzweig (USP)

Orientador(a): Janaina Onuki (USP)

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

Resumo: O artigo tem por objetivo estudar a percepção dos

agentes políticos do legislativo brasileiro, através da análise de

seus votos na questão da entrada da Venezuela no MERCO-

SUL, relacionando ela aos potenciais ganhos provindos de seu

ingresso. A importância do tema justifica-se pela importância

que o bloco adquiriria com a adesão desse novo país, tendo

em vista a ampliação dos mercados consumidores e das reser-

vas petrolíferas do bloco. Nesse intuito, ele visa esclarecer a

situação política favorável à integração e, a partir da percep-

ção brasileira, estabelecer uma relação entre os ganhos

econômicos provindos da aceitação de fato da Venezuela co-

mo Estado-membro do bloco e o discurso político sobre esse

tema na no Congresso Nacional, através dos votos de deputa-

dos e senadores.

IR P59 | Os Biocombustíveis na Agenda do Mercosul

Autor(a): Weriky Victor de Oliveira Araújo (UFGD)

Orientador(a): Henrique Sartori de Almeida Prado (UFGD)

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar a

evolução do biocombustível, como uma matriz energética

renovável de grande importância econômica e ambiental e a

discussão dessa matriz no âmbito do MERCOSUL. A extração

de petróleo (combustível fóssil) como fonte de energia primá-

ria é o principal meio de produção de combustíveis na atuali-

dade, mas, de acordo com relatórios e levantamentos científi-

cos, não será capaz de suprir a demanda crescente nos futuros

40 a 50 anos. A procura por uma nova matriz energética e a

proteção ambiental, atenta para a preocupação econômica da

dependência dos combustíveis derivados de petróleo, tornan-

do a economia vulnerável aos altos e baixos da disponibilidade

dessa fonte. Neste cenário, é onde apresenta a necessidade

de uma fonte alternativa e competitiva frente à fonte de ener-

gia de origem fóssil. Surge daí, uma nova alternativa que são

os biocombustiveis. Dentre os biocombustíveis existentes, o

presente trabalho irá focar no Etanol e o Biodiesel, uma vez

que, possuem uma escala de produção mundial significativa.

Apesar de existirem outras fontes de energias renováveis, os

biocombustíves líquidos possibilitam uma evolução considerá-

vel no processo de integração regional, decorrente da evolu-

ção da produção, integrando a economia e políticas comuns

promovidas nos blocos econômicos. No MERCOSUL, ainda há

uma necessidade de superação das assimetrias entre os Esta-

dos-membros para que haja uma integração produtiva viável e

a construção de uma política comum entre seus membros. O

MERCOSUL tem capacidade para se tornar um pólo da produ-

ção dos biocombustíveis, pois possui vantagens comparativas

de clima, solo e tecnologia para isso, sendo portanto, liderado

pelo Brasil que está entre os três maiores produtores de bi-

combustíveis do mundo.

Política Externa

PE P46 | O impacto das políticas sociais sobre a inserção inter-

nacional do Brasil: um estudo do governo Lula da Silva

Autor(a): Augusto Leal Rinaldi (UNESP)

Orientador(a): Marcos Tadel Del Roio (UNESP)

Resumo: A pesquisa pretende analisar em que medida as políti-

cas sociais adotadas pelo governo Lula da Silva durante seus

dois mandatos impactaram na projeção internacional do Bra-

sil, considerando que o discurso do presidente de combate à

pobreza e sua busca por maior justiça e igualdade social no

cenário doméstico implicou numa tentativa de impulsionar a

inserção internacional do país. Nossa hipótese é a de que o

sucesso em diversas iniciativas empregadas por Lula da Silva

dentro do quadro de exclusão social, pobreza e distribuição

desigual de renda que pinta o cenário interno brasileiro deu

maior destaque para o país no cenário externo. Isso acontece

devido à relevância que o tema social adquire nos Fóruns Mul-

tilaterais de discussão e na busca do Brasil por atuar, cada vez

mais assertivamente, nos diversos meios diplomáticos para

defender sua iniciativa. Esta proposição, por conseguinte, está

associada à nova configuração que a diplomacia brasileira ga-

nhou durante o governo, canalizada na ideia de maior prota-

gonismo externo e expansão do alcance dos interesses nacio-

nais no palco internacional, sempre acompanhados da pers-

pectiva de mudança social. Assim, é deveras importante anali-

sarmos todo o período no qual o ex-presidente esteve a cargo

da nação tendo como objetivo compreender de que forma a

percepção sobre o cenário doméstico implicou na reorganiza-

ção de nossa política externa e como esta se pautou nas políti-

cas sociais para atingir seus fins de inserção internacional.

PE P47 | A participação do Ministério da Educação nos acordos

de integração educativa do Mercosul: um exemplo de horizonta-

lização da PEB?

Autor(a): Fernando Santana Felipe (PUC MINAS)

Orientador(a): Carlos Aurélio Pimenta de Faria (PUC MINAS)

Resumo: O estudo proposto tem como objeto a coordenação

intragovernamental entre Ministério das Relações Exteriores e

Ministério da Educação para o desenho e a negociação das

políticas de educação do Mercosul no âmbito doméstico brasi-

leiro. Objetiva-se avaliar o papel do Ministério da Educação na

formulação e negociação das políticas de integração educativa

do Mercosul e a relação desse Ministério com o Ministério das

Relações Exteriores. A hipótese que orienta esse trabalho é

que a coordenação intragovernamental para promoção de

objetivos de política externa (da qual a interação entre os dois

Governança Global e Novos Atores

Ministérios seria um exemplo) é tanto causa quanto conse-

qüência da maior integração brasileira ao bloco. Utiliza-se a

formulação teórica proposta pelo neofuncionalismo de Haas,

segundo a qual a integração em um setor gera efeitos e de-

mandas por integração em outros setores dentro de um Esta-

do (o que o autor chama de spillover; transbordamento, em

uma tradução livre). A teoria neofuncionalista de integração

regional proposta por Haas trata da maneira pela qual integra-

ção em setores específicos transborda para outros setores,

fazendo com que os grupos de interesse domésticos terminem

por deslocar suas lealdades da comunidade política doméstica

para a regional. Para realizar os objetivos propostos, analisam-

se os mecanismos de coordenação adotados pelo MEC e pelo

MRE no caso supracitado. Ademais, na tentativa de verificar

em que medida a coordenação entre os dois órgãos represen-

ta um exemplo de horizontalização da política externa brasilei-

ra no plano governamental, busca-se compreender se a coor-

denação entre os dois Ministérios pode ser considerada como

um exemplo da ampliação da participação de agentes gover-

namentais na formulação e implementação da PEB, processos

tradicionalmente monopolizados pelo Itamaraty.

PE P48 | A revisão peródica universal dos Estados Unidos de

2010: Uma análise da Política Externa americana para os Direi-

tos Humanos

Autor(a): Hevellyn Menezes Albres (UNESP)

Orientador(a): Tullo Vigevani (UNESP)

Resumo: Em 2010, os Estados Unidos passaram pela Revisão

Periódica Universal (RPU), a qual forneceu um significante ins-

trumento de análise da política externa americana para os

direitos humanos. A RPU é um mecanismo de exame da situa-

ção dos direitos humanos no mundo, considerada um dos

principais avanços obtidos com a criação, em 2006, do Conse-

lho de Direitos Humanos da ONU (CDHNU). Através desse me-

canismo é possível examinar a situação dos direitos humanos

em todos os 191 Estados da ONU a cada cinco anos, identifi-

cando pontos precários e fazendo recomendações. Tomando

como objeto a RPU realizada nos Estados Unidos em 2010,

procuraremos discutir as principais iniciativas americanas na

área dos direitos humanos internacionais, bem como as viola-

ções identificadas e as recomendações propostas pela ONU.

Para tanto, focaremo-nos principalmente na análise do relató-

rio inicial apresentado pelos Estados Unidos ao Conselho, dos

discursos proferidos na sessão do CDHNU em que foi discutida

a RPU americana e da compilação final preparada pelo Alto

Comissariado das Nações Unidas. A partir dessas análises, bus-

caremos captar elementos para uma pesquisa mais ampla, já

em curso, sobre a formulação da política externa americana

para o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

PE P49 | A inserção internacional de Cuba pós-Fidel

Autor(a): Iris Rabelo Nunes (UNESP - Marilia)

Orientador(a): Marcos Tadeu Del Roio (UNESP - Marilia)

Resumo: O pôster a ser apresentado faz parte de uma pesquisa

ainda em andamento com o objetivo de ser apresentada como

Trabalho de Conclusão de Curso. A intenção é mostrar as no-

vas tomadas de rumo que o governo comunista cubano se vê

obrigado a seguir durante o processo revolucionário que per-

corre desde 1959, considerando este como ainda não concluí-

do. A pesquisa envolve a análise histórica deste, esmiuçando

as contradições e dificuldades dele provenientes e por fim, as

reformas políticas e econômicas que vêm sendo planejadas

desde o último congresso do Partido Comunista Cubano, em

1997, e postas em prática desde a passagem do cargo de Che-

fe de Estado de Fidel Castro para seu irmão Raul, em 2006.

As reformas que se fazem notadas nos últimos anos, intitula-

das oficialmente como “atualização do modelo socialista”, são

marcadas pela abertura econômica e pela descentralização

Estatal. Elas suscitam questionamentos quanto a continuidade

do regime imperante na Ilha, e com o VI Congresso do Partido

que se inicia em abril de 2011 mais mudanças são prometidas.

A ressonância que esse processo tem no âmbito internacional,

especialmente nos projetos imperialistas estadunidenses e

anti-imperialistas da América Latina é o foco da pesquisa, as-

sim como as relações internacionais entre Cuba e os outros

governos e instituições intergovernamentais, além das diretri-

zes seguidas pela política externa deste país.

PE P50 | Idealismo e Pragmatismo na retórica da política exter-

na americana: o caso de Barack Obama e o Iraque

Autor(a): Juliana Cintra Lauriano Silva (Anhanguera Educacional

de Campo Grande/MS)

Orientador(a): Alexandre Hoing Gonçalves (Anhanguera Educa-

cional de Campo Grande/MS)

Resumo: O principal objetivo deste trabalho é analisar os dis-

cursos do atual Presidente dos Estados Unidos Barack Obama

relacionados à Guerra do Iraque, com o intuito de sistematizar

a balança existente entre argumentos idealistas e pragmáti-

cos, tão tradicionais na retórica da Política Externa Americana.

Os discursos analisados são aqueles que mencionam o referi-

do conflito desde a posse deste presidente, até o anúncio do

fim do combate, portanto de 20 de Janeiro de 2009 até 31 de

Agosto de 2010. A vertente de análise da pesquisa é a Análise

do Discurso, que consiste em considerar o momento histórico

e a ligação dos discursos do presidente Barack Obama com

argumentos idealistas e pragmáticos, além de auxiliar na análi-

se crítica de como os discursos políticos podem contribuir para

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

a reprodução ou mudança de relação de poder. A Análise Críti-

ca do Discurso Político envolve investigação, linguagem, dis-

curso e poder. A pesquisa utiliza basicamente fontes bibliográ-

ficas e os discursos do atual Presidente norte-americano Ba-

rack Obama que mencionam a Guerra do Iraque, como os dis-

cursos de posse, da Universidade do Cairo, da ONU, do prêmio

Nobel da Paz e do anúncio do fim da Guerra no Iraque. Espera-

se que esse estudo auxilie os estudantes de Relações Interna-

cionais e os pesquisadores de Política Externa Americana a

compreender e a analisar qual o real comprometimento da

retórica do atual Presidente norte-americano. Nesse sentido,

desde já podemos indicar que o discurso do Presidente Obama

expõe o conflito do Iraque em termos idealistas ao buscar a

persuasão a partir do reconhecimento da situação dos seus

interlocutores, às vezes colocando-se em uma condição pare-

cida com as deles, situando sua existência naquele determina-

do grupo a fim de referenciar/legitimar seu pragmatismo. Dan-

do continuidade a tradição persuasiva da retórica norte-

americana, por isso é mister a reflexão e análise dos atuais

discursos presidenciais norte-americanos.

PE P51 | Política Externa Brasileira e o Legislativo: o papel da

comissão de Relações Exteriores e defesa Nacional

Autor(a): Marcela Tullii (USP)

Orientador(a): Janina Onuki (USP)

Resumo: O papel do Legislativo no processo decisório da políti-

ca externa tem sido tradicionalmente classificado como não

significativo. Grande parte da literatura existente sobre o tema

aponta para uma indiferença do Legislativo quanto aos assun-

tos internacionais, supondo-os sob responsabilidade do Execu-

tivo. No final dos anos 80, no entanto, surgiram novas pers-

pectivas analíticas que questionavam essa visão. Os primeiros

estudos que procuravam avaliar a influência do Poder Legisla-

tivo na política externa tinham por base o caso norte-

americano. Recentemente, estudos com o mesmo foco de

análise voltado para o caso brasileiro surgiram, procurando

entender como se dá a atuação do Congresso em temas de

política externa. Este trabalho, derivado de pesquisa de Inicia-

ção Científica, explora o papel do Legislativo brasileiro no pro-

cesso decisório de política externa. O foco principal foi analisar

a tramitação de todos os acordos comerciais e temáticas que

se relacionem com o ambiente externo no âmbito da Comis-

são de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) através

do estudo de sua composição e atividades no processo delibe-

rativo. Para acompanhar essa evolução, tomamos como base

empírica de análise o período de 1990 (início do processo de

abertura comercial no País) até 2002 (final do primeiro gover-

no de Luis Inácio Lula da Silva). Para tanto, foi organizado um

quadro qualitativo que pretende descrever os eventos e classi-

ficá-los do ponto de vista da discussão substantiva, o que per-

mite uma análise institucional mais detalhada.

PE P52 | A Atuação do Brasil em Agrupamentos Internacionais:

O G-20 Comercial e o G-20 Financeiro

Autor(a): Rodolfo de Camargo Lima (PUC-SP)

Orientador(a): Flavia de Campos Mello (PUC-SP)

Resumo: O paradigma autonomista da política externa de Lula

está tanto ligado ao condicionamento tradicional de redução

das vulnerabilidades externas e aquisição de mais abertura

para políticas de desenvolvimento quanto na ambição por

mais protagonismo político nos foros internacionais objetivan-

do status e interesses nos âmbitos econômicos e políticos.

Essa realidade pode ser evidenciada por um lado, na consoli-

dação do “agrobusiness” que garantiu e refletiu a instrumen-

talização desses interesses na criação do G-20 Comercial na

OMC. Com maior aproximação e liderança para com os países

emergentes, viu-se no G-20 Comercial, durante as negocia-

ções agrícolas, a complacência brasileira com as posturas pro-

tecionistas dos países do “Sul”, enquanto maximizava as de-

mandas de liberalização direcionada para os países do “Norte”

e resistia a assumir temas e compromissos destes (atenuação

dessa clivagem). Por outro lado, demonstrou diante esse con-

texto uma política externa de visão multipolar do mundo em

que objetivava consolidar tal realidade na busca por mais

igualdade de condições no âmbito internacional (reforma da

ordem econômica e de poder global). Com os impasses nas

negociações comerciais, surge no pós-crise de 2008 uma ver-

são expandida do G-7, o G-20 Financeiro. O Brasil prosseguiu

com uma postura política ativa também nesse arranjo, sendo

o primeiro alertar na reunião de Seul para uma possível

“guerra cambial” nos movimentos cambiais desordenados –

de desvalorização da moeda – de China e EUA. O arranjo tem

caráter informal, envolve as potências e países intermediários,

tendo assumido o papel de principal foro para as questões

econômicas globais. Sua pauta inclui o financial stability board,

a reforma das instituições financeiras e a crescente represen-

tação dos países emergentes nessas instituições. O Brasil tem

se destacado na ânsia por mais voz e espaço nas questões

globais. O estudo da atuação nesses foros traz questões rele-

vantes que auxiliarão a identificar e compreender os desafios

recentes da inserção internacional do Brasil.

PE P53 | A política estadunidense para Cuba no Pós-guerra Fria

Autor(a): Sílvia Maria Dias Medeiros (PUC MINAS)

Orientador(a): Onofre dos Santos Filho e Wolney Lobat (PUC

MINAS)

Governança Global e Novos Atores

Resumo: Este trabalho tem como objetivo examinar os motivos

que levam os EUA a manter a política externa diferenciada em

relação a Cuba após a Guerra Fria e os novos argumentos que

irão sustentá-la, bem como as variáveis que interferem na sua

formulação. Após décadas de ingerência estadunidense nos

assuntos internos da ilha eclode em 1959 a Revolução Cubana.

O contexto no qual ela ocorre, a Guerra Fria, é marcado pela

disputa ideológica entre as duas superpotências da época, os

EUA e a URSS, por áreas de influência ao redor do globo. As-

sim, a emergência de Fidel Castro como uma liderança incon-

testável na América Latina e o temor norte-americano de que

a ideologia comunista se difundisse pela região levaram os

EUA a adotarem medidas com o objetivo de solapar o governo

revolucionário. O bloqueio econômico imposto à ilha no início

da década de 60, e que dura até os dias atuais, tem sido o

principal instrumento de política externa estadunidense. O

fato é que o triunfo revolucionário levou um grande número

de imigrantes para os EUA, que foram observados como a ba-

se social da contra revolução e tratados como refugiados polí-

ticos através da Lei de Ajuste Cubano. Esses imigrantes organi-

zaram-se sob a FNCA que desde a sua fundação busca a manu-

tenção de uma política diferenciada para a ilha objetivando a

queda de Castro e o estabelecimento de uma democracia libe-

ral no país.Durante o período da Guerra Fria a política externa

estadunidense para a Cuba foi definida nos termos da estraté-

gia de contenção, ou seja, pela necessidade de frear a ideolo-

gia comunista no mundo e principalmente na América Latina.

Com o final do conflito e o desmoronamento da URSS, os EUA

optam por manter suas estratégias de “hard power” traçadas

nos tempos da política de contenção.

PE P54 | O neoconservadorismo e a construção de uma pax

americana

Autor(a): Valmir Herbert Barbosa Gomes (UEPB)

Orientador(a): Cristina Pacheco (UEPB)

Resumo: Este trabalho acadêmico é parte de um projeto de

iniciação científica financiado pelo CNPq e pelo INCT-INEU. O

pensamento político neoconservador ganhou notabilidade

recente graças ao atentado de 11/09 e às ações de política

externa estadunidense que se seguiram, como as invasões ao

Afeganistão e ao Iraque e seus reflexos nos organismos inter-

nacionais. O pensamento político que orientou a política exter-

na beligerante da superpotência da atualidade, nos anos 2001-

2008, originou-se de um think tank chamado Project for the

New American Century, ou PNAC, um manifesto que tem co-

mo objetivo magno defender a hegemonia estadunidense,

transformando este país em um “império benevolente”, com

reflexos sobre a maneira como lida com outras nações. Ideia

corroborada por Robert Kagan, em seu artigo “The Benevolent

Empire”, onde ele afirma que os EUA são a única nação com

capacidade para arbitrar crises internacionais e que a ordem

criada sob sua égide é a melhor solução para a construção da

paz, justiça e prosperidade no sistema internacional. Assim

exposto, os Estados Unidos seriam a única nação com supre-

macia econômica, militar, cultural, ideológica e política para

concretizar seus fins. O objetivo deste trabalho é analisar os

reflexos do neoconservadorismo no sistema internacional,

entendendo que ele tem raízes nos manifestos que defende-

ram uma atitude política estadunidense mais firme durante a

Guerra Fria, expostos por Irving Kristol e, no pós Guerra Fria,

por Francis Fukuyama e Charles Krauthammer, entre outros.

Reflexos estes devidos à adoção de objetivos do PNAC no Nati-

onal Strategy for Homeland Security, surgido no pós 11/09 e a

presença de vários neoconservadores célebres ou signatários

do PNAC no alto escalão do governo G. W. Bush, como Paul

Wolfowitz, Donald Rumsfeld, Richard Armitage e do antigo

vice-presidente Dick Cheney. Alguns elementos do neoconser-

vadorismo ainda se encontram presentes na política externa

estadunidense, sobretudo em sua relação com Israel.

Segurança Internacional

SI P6 | Um outro olhar sobre os estudos de segurança: a contri-

buição do paradigma da Segurança Humana

Autor(a): Ana Carina Rodrigues de Oliveira (Universidade Esta-

dual da Paraíba)

Orientador(a): Paulo Kuhlmann (Universidade Estadual da Paraí-

ba)

Resumo: Desde meados dos anos 1990, diante da diminuição

da preocupação com a guerra ideológica proporcionada pelo

fim da Guerra Fria, novas formas de pensar a segurança inter-

nacional ganharam espaço nas discussões acadêmicas. O obje-

tivo desta exposição está na análise do campo de estudos de-

nominado ‘segurança humana’, uma das abordagens críticas

surgidas nesse contexto, cujo foco inovador, que está na rela-

ção entre conflito e desenvolvimento e nas suas consequên-

cias humanas, introduz uma crítica ao paradigma dominante -

de fundações em termos militares e estatocêntricos – trazen-

do, dessa forma, novas possibilidades em termos acadêmicos

e empíricos. O instrumental teórico utilizado nesse trabalho

deriva das considerações de Pauline Kerr, Roland Paris, Sabina

Alkire e Bernardo Sorj, buscando analisar as características

normativas e epistemológicas dos estudos de ‘segurança hu-

mana’, bem como de seu potencial e suas falhas na constru-

ção de um pensamento analítico e de uma estrutura teórica

capaz de explicar e auxiliar na resolução das questões de segu-

rança internacional, inerentes ao contexto contemporâneo.

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

SI P7 | Colômbia e Venezuela: fronteiras comerciais frente às

geopolíticas

Autor(a): Arthur Felipe Murta Rocha Soares (UEPB)

Orientador(a): Paulo Roberto Loyolla Kuhlmann (UEPB)

Resumo: As aparentes descontinuidades entre as políticas ex-

ternas e de segurança colombianas foram motivadoras para a

percepção e estudo de outro problema que ocorre na região: a

frágil segurança fronteiriça. O trabalho objetiva verificar que as

decisões políticas responsáveis pelo rompimento diplomático

parecem esquecidas diante da fragilidade comercial que os

dois países adquiriram pós-rompimento. Trata-se de um levan-

tamento bibliográfico munido da leitura de periódicos colom-

bianos e venezuelanos. Um dos últimos eventos do governo de

Álvaro Uribe (2002-2010) foi o rompimento das relações diplo-

máticas entre Colômbia e Venezuela. Em agosto de 2010, Juan

Manuel Santos sobe ao poder e rapidamente confere novos

rumos à política externa colombiana, reatando as relações

diplomáticas com os fronteiriços Equador e Venezuela. O hiato

observado trouxe sérias conseqüências para ambos os países,

que perderam muito no comércio bilateral. Em março de

2011, os dois países firmaram 13 acordos comerciais, que es-

tão sendo postos em prática. Se no âmbito comercial as rela-

ções têm sido retomadas vertiginosamente, o mesmo não

pode ser dito dentro da segurança fronteiriça. Esses novos

rumos das relações internacionais no arco andino, região de

maior tensão no subcontinente, esboçam o que seria uma

estratégia bilateral de cooperação militar. A questão fronteiri-

ça é delicada e não se observam esforços condizentes com a

necessidade da região.

SI P8 | Impacto do conflito entre Estado e narcotráfico no deslo-

camento interno colombiano

Autor(a): Áurea Helena Leite Cariri (UEPB)

Orientador(a): Elias David Morales Martinez (UEPB)

Resumo: Aborda-se neste trabalho como o conflito armado na

Colômbia atrai o interesse da comunidade internacional no

que diz respeito ao transbordamento das relações entre tráfi-

co de drogas e repressão política. Para melhor compreender a

evolução do conflito, é feito uma análise histórica da formação

política do país, tendo como ponto de partida a década de 40,

com a morte do líder liberal Jorge Gaitán, até o governo do ex-

presidente Álvaro Uribe ( 2002- 2010). O entrave na Colômbia

é o retrato de uma polarização entre classes sociais e um siste-

ma político bipartidário: Liberal e Conservador. Mediante su-

cessivas tensões travadas entre grupos oposicionistas, abriu

espaço para a insurgência de guerrilhas,as quais posteriormen-

te associadas ao narcotráfico, contribuíram para que o Estado

mergulhasse em uma verdadeira guerra civil. O ponto central

deste estudo busca abordar como a relação entre o conflito

armado - narcoguerrilhas e Estado - está intimamente envolvi-

da no processo de deslocamento interno no país. Tem-se co-

mo deslocados internos, pessoas forçadas ou impelidas a fugir

ou abandonar suas residência habituais, particularmente em

consequência de evitar os efeitos dos conflitos armados ou

situações de violência generalizada. Sabe-se que a propagação

do medo não é o único causador do deslocamento. O confron-

to resulta no deslocamento de milhares de camponeses das

zonas rurais à urbana. Mais recentemente, tem-se visto tam-

bém, a emergência de um novo padrão de deslocamento intra

-urbano, com a chamada “ Urbanização" do conflito sobretudo

em Medellín e Bogotá. Estas ações têm desempenhado um

papel fundamental em transformar a Colômbia num país vio-

lento, onde as práticas de corrupção crescem e a administra-

ção da justiça funciona precária. Como base metodológica,

esta pesquisa foi baseada na análise de artigos científicos, dis-

sertações, livros, jornais, e sites oficiais da CODHES-

Consultoria para los Derechos Humanos y el Desplazamiento e

ACNUR-Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugia-

dos.

SI P9 | O Reposicionamento Internacional do Japão no séc. XXI

Autor(a): Bárbara Dantas Mendes da Silva (Faculdades Integra-

das Rio Branco)

Orientador(a): Alexandre Ratsuo Uehara (Faculdades Integradas

Rio Branco)

Resumo: O fim da bipolaridade da Guerra Fria impôs ao Japão

uma reavaliação do seu posicionamento frente as novas confi-

gurações de poder global e regional. A ascensão chinesa e a

nova postura de outros atores, tais como Coréia do Norte, na

conjuntura atual são fatores que influenciam para um reposici-

onamento do Japão no sistema internacional do século XXI. O

século XXI trás à tona novas perspectivas, tais como a saída da

Coréia do Norte do TNP, a projeção econômica chinesa, e o

reposicionamento norte-americano após o atentado de 11 de

setembro. E, nesse contexto, o Japão se vê impelido a discutir

domesticamente uma alteração da sua constituição para po-

der readquirir autonomia militar. A partir do mandato do pri-

meiro ministro Junichiro Koizumi o Japão tem buscado promo-

ver alterações em sua imagem no cenário internacional. O

fortalecimento das relações com os EUA – apoio a guerra con-

tra o terror e a invasão do Iraque - e a inabilidade, segundo

Chang (2008), em lidar com as questões regionais foi o grande

divisor de águas da política japonesa. No momento, parte da

população não vivenciou a segunda Guerra Mundial, há uma

crescente onda nacionalista e a grande parte pela nucleariza-

ção da Coréia do Norte, indica que a revisão da constituição

Governança Global e Novos Atores

torna-se cada vez mais provável. Assim, buscar-se analisar e

compreender como as mudanças na configuração de poder do

século XXI - com ênfase no leste asiático- impactaram na pro-

jeção internacional e no status global do Japão, reascendendo

o debate acerca da necessidade do país de reavaliar e, se ne-

cessário, alterar sua constituição a fim de revitalizar suas for-

ças armadas e consequentemente retomar o caráter de sobe-

rania plena.

SI P10 | A Responsabilidade de Proteger e a Questão do Kosovo

Autor(a): Bárbara Lobo Feijó (UNESP Marília)

Orientador(a): Sergio Aguiar (UNESP Marília)

Resumo: A questão dos direitos fundamentais do homem ga-

nhou espaço nas últimas décadas nas discussões sobre paz e

segurança internacional. A questão da responsabilidade de

proteger insere-se nesta temática na medida em que pretende

minimizar os efeitos negativos dos conflitos nas populações

por eles afetadas. No entanto, discussão ainda em curso diz

respeito a questões importantes acerca desse conceito como:

quando e como a intervenção humanitária deve ocorrer e sob

que autoridade; qual o limiar entre uma “operação de ajuda

humanitária” e uma “intervenção humanitária”; e como lidar

com a dicotomia entre o princípio da imparcialidade e a neces-

sidade de ajudar determinados grupos envolvidos num conflito

armado. O presente trabalho utiliza a intervenção da Organiza-

ção do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na província sérvia

do Kosovo, em 1999, para discutir as questões abordadas aci-

ma. O caso do Kosovo se apresenta apropriado uma vez que

envolveu, inicialmente, a ação soberana do Estado para resol-

ver um problema de segurança interna, evoluindo para um

cenário de limpeza étnica e de crise de refugiados, para uma

intervenção de uma organização internacional e posterior-

mente, uma operação de paz das Nações Unidas. Estão sendo

utilizados na pesquisa documentos da ONU, o relatório da Co-

missão Internacional para a Intervenção e Soberania os Esta-

dos de 2001, além de livros e artigos de revistas especializadas

que tratam do conflito e da intervenção humanitária no Koso-

vo.

SI P11 | Regulamentação das armas de destruição em massa:

manutenção do status quo ou segurança internacional?

Autor(a): Bruna Strufaldi (FAAP)

Orientador(a): Raquel Maria de Almeida Rocha (FAAP)

Resumo: Com o final da Segunda Guerra Mundial e o decorrer

da Guerra Fria, as bombas atômicas deixaram de ser apenas

armas de destruição em massa e tornaram-se um modo de

exercer poder entre os Estados e assim manter o status quo.

Prova disso é o fato de os assentos permanentes do Conselho

de Segurança das Nações Unidas pertencerem àqueles que os

possuíam na época de sua fundação. O constante medo de um

eventual ataque e destruição por parte de inimigos faz com

que um país mais fraco sempre busque balancear o poder no

sistema internacional, com a finalidade de obter um equilíbrio

de poder. Tal equilíbrio é baseado em um contexto anárquico,

no qual as unidades almejam a sobrevivência. Sendo assim, a

principal inquietação das partes não é elevar ao máximo sua

força, mas sim, re-afirmar sua posição no sistema internacio-

nal. O panorama do equilíbrio do terror, instaurado por mais

de duas décadas, é justificado pela Destruição Mutua Assegu-

rada (MAD, Mutual Assured Destruction), formulação doutri-

nária do pentágono. Com base em tais fatos, este estudo pos-

sui o intuito de corroborar com a afirmação de Kenneth N.

Waltz, no que diz respeito às bombas atômicas, “more may be

better”, a partir de uma análise histórica, para então salientar

argumentos acadêmicos da teoria neorealista que justifiquem

tal afirmativa.

SI P12 | Fronteira: construção social e material

Autor(a): Camila Viana Ciancalio (PUC MINAS)

Orientador(a): Rodrigo Correa Teixeira (PUC MINAS)

Resumo: Tendo como base as reflexões trazidas por FOUCHER

(2009), DÖPCKE (1999) e Mkandawire (2005) sugere-se três

eixos preliminares acerca da problemática da fronteira na Áfri-

ca: 1- a perda do conteúdo exclusivamente geográfico do con-

ceito, e sua transição para uma categoria que mescle elemen-

tos da geopolítica e da teoria da cultura. Assim, a fronteira

deixa de ser entendida simplesmente enquanto demarcação

jurídica do território, para ser compreendida como um com-

plexo de relações culturais estabelecidas num espaço dinâmi-

co; 2- a substituição da abordagem da fronteira enquanto con-

quista e controle hegemônico de territórios e populações por

um tratamento da fronteira como lugar de trocas materiais e

simbólicas, de intercâmbios culturais. A fronteira perde a rigi-

dez de um limite quase militar entre territórios e culturas e

passa a ser compreendida como porosidade e permeabilidade

cultural e simbólica; 3- o destaque da fronteira como laborató-

rio de experiências históricas, sociais e econômicas nas rela-

ções internacionais. Tanto a discussão sobre o Estado quanto

sobre o desenvolvimento na África, frequentemente, são asso-

ciados a uma suposta artificialidade das fronteiras. No entan-

to, atribuir as fronteiras um papel de catalisador das conten-

das africanas é simplificar em demasia o problema, mitificando

o assunto. Num continente tão diversificado natural, cultural,

linguística, religiosa e politicamente, pode-se pensar nas fron-

teiras enquanto um dos muitos fatores que têm implicância na

questão.

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

SI P13 | Segurança Ambiental na Amazônia segundo a Escola de

Copenhague

Autor(a): Elze Camila Ferreira Rodrigues (UEPB)

Orientador(a): Elias David Morales Martinez (UEPB)

Resumo: Uma agenda abrangente é o que os estudiosos de

segurança internacional encontram desde o fim da Guerra

Fria. A partir do limiar entre as décadas de 1980 e 1990, outros

temas que não apenas estratégicos-militares passaram a alar-

gar a temática do pensamento sobre segurança. A visão esta-

tocêntrica foi revisitada, embora continue com o mesmo vigor

acadêmico. O que aconteceu foi o fortalecimento do debate

sobre o paradoxo entre a soberania estatal e a onda globali-

zante. A segurança militar não é mais a única relevante. Outras

ameaças à segurança internacional surgiram e emergiram de

maneira que demonstra que a nova ordem mundial pós-

Guerra Fria – caracterizada pela interdependência econômica,

comunicação de alta velocidade e desequilíbrios ecológicos – é

o novo enfoque das Relações Internacionais. A Amazônia é a

grande fonte de recursos naturais do Brasil e, por isso, seu

grande desafio. O Estado Brasileiro precisa lidar com suas di-

mensões energética, alimentar, hídrica, climática e ambiental.

Além disso, a Amazônia é a temática em diversos debates de

cunho regional e internacional e não poderia ser diferente já

que, como defendido pelos retóricos da Escola de Copenha-

gue, a segurança do setor ambiental interessa, uma vez que

também os afeta, diversos outros atores que não o Estado.

Entretanto, é válido ressaltar que, apesar de ser uma preocu-

pação global, a relevância política de segurança ambiental é

decidida em nível local. A segurança do setor ambiental, se-

gundo a Escola de Copenhague, é a mais complexa entre os

demais segmentos. O meio-ambiente é fundamental para o

bem-estar e manutenção da civilização como conhecemos,

uma vez que aí se estabeleceu uma relação de dependência.

Este trabalho, apesar de não ignorar a agenda científica de

securitização do meio-ambiente, segue o foco da agenda polí-

tica e considera como epicentro do debate a discussão sobre a

urgência causada por uma ameaça. Assim, a proposta deste

trabalho é aplicar o conceito de segurança ambiental defendi-

do pela Escola de Copenhague à Amazônia. Como se dá a se-

curitização? Quais são suas ameaças? Quem são os principais

atores?

SI P14 | A construção regional da segurança na América do Sul:

o Conselho de Defesa Sul-americano

Autor(a): Flora Evangelista (UEPB)

Orientador(a): Paulo Kuhlmann (UEPB)

Resumo: O presente trabalho pretende analisar o processo de

criação, a agenda propositiva e as demandas do Conselho de

Defesa Sul-americano (CDS) estabelecido no âmbito da União

de Nações Sul-americanas (UNASUL). Para tal, será utilizada

bibliografia acadêmica, documentos oficiais e conteúdo divul-

gado em jornais sobre a temática. O cenário de surgimento do

CDS é o do pós Guerra Fria que extinguiu a ordem bipolar e

deflagrou uma nova conformação no que tange as questões

de segurança, estas perderam o caráter ideológico e assumi-

ram características de cunho regionalizado. A partir de então

os Estados viram aumentar suas responsabilidades vinculadas

à segurança regional. Concomitantemente, aprofundaram-se

os processos de integração regional na ordem internacional

dos anos 90 em diante, com a consolidação de antigos e a

criação de novos blocos regionais. A primeira década do sécu-

lo XXI é marcada por uma estrutura internacional multipolar

que facilita e permite à América do Sul empreender esforços

conjuntos de integração e concerto político, a fim de inserir-se

e ter uma só voz no debate mundial sobre o novo século que

se deseja construir. A UNASUL, que teve seu Tratado Constitu-

tivo firmado em 23 de maio de 2008, nasceu com o desafio de

ir além da retórica para a concretização célere e duradoura de

uma ação integracionista na região – que é marcada por longo

histórico de iniciativas fracassadas. Um dos campos em que se

almeja avançar com a criação da organização é o da defesa

regional, uma vez que existe amplo espaço de desenvolvimen-

to para a cooperação sul-americana em segurança. A relevân-

cia do tema decorre do fato da América do Sul ser uma das

últimas regiões a instituir um fórum permanente para discus-

são de assuntos de segurança e defesa regional. O CDS, pro-

posta do governo

SI P15 | Consequências do tráfico internacional de resíduos peri-

gosos e a busca de soluções para a consolidação da segurança

ambiental na ordem internacional

Autor(a): Igor Moreira Moraes (Faculdade Stella Maris)

Orientador(a): João Bosco Monte (Faculdade Stella Maris)

Resumo: O presente trabalho, através de uma abordagem mul-

tifacetada, busca analisar de forma detalhada o problema dos

movimentos transfronteiriços ilegais de resíduos perigosos,

forma de tráfico que, nos últimos tempos, tem causado sérios

prejuízos ao meio-ambiente, em escala internacional, bem

como vem causando sérios danos à ordem econômica interna-

cional, haja vista as crescentes somas de capitais movimenta-

das através dessa forma de criminalidade, ligada inexoravel-

mente a outras modalidades de crime, mormente a lavagem

de dinheiro. Primeiramente, através de um método analítico-

descritivo, focado principalmente na analise pratica de como o

fenômeno ocorre na comunidade internacional, busca-se

identificar as causas do tráfico ilegal de resíduos perigosos, os

Governança Global e Novos Atores

agentes envolvidos no processo (particulares, Estados, Orga-

nismos Internacionais) e os "países-destino" e "países-origem"

dos resíduos perigosos, para se fazer uma análise crítica à in-

fluência desses países no Sistema Internacional. E feita a con-

ceituação de resíduos sólidos, bem como especificamente o

conceito de resíduos perigosos, devido a importância para a

definição das políticas de tratamento desses resíduos. Após o

estudo primariamente focado na apreensão de um panorama

geral do fenômeno, passa-se à constatação dos prejuízos gera-

dos por esse tráfico, principalmente com relação aos danos

ambientais, econômicos e sociais. Analisam-se as alternativas

de combate a essa modalidade criminosa internacional e o

papel dos diversos atores internacionais envolvidos na regula-

mentação das movimentações transfronteiriças de resíduos,

com foco especial para a avaliação da efetividade dos instru-

mentos legais internacionais já existentes relacionados ao te-

ma. Setores da criminalidade organizada possuidores de gran-

de poderio econômico, que comumente participam no trafico,

são abordados em tópico especifico. É dada especial atenção

às relações entre a produção de resíduos, sua destinação e a

preservação da segurança ambiental internacional e os inte-

resses econômicos dos diversos atores internacionais envolvi-

dos. Ao longo do trabalho são apresentados também casos

práticos ocorridos recentemente que atestam a relevância da

temática para a segurança global internacional.

SI P16 | A complexidade da política libanesa e seus desdobra-

mentos regionais

Autor(a): Laura Antonini Itabaiana (PUC MINAS)

Orientador(a): Danny Zahreddine (PUC MINAS)

Resumo: Desde o processo de descolonização da República

Libanesa, suas características populacionais e geográficas tor-

naram este Estado peça fundamental para o equilíbrio de po-

der na região. Este Estado multiétnico/religioso, com uma ex-

tensão que equivale à metade do Estado do Sergipe, e herdei-

ro de uma história milenar, tem enfrentado dezenas de confli-

tos devido ao seu papel balanceador no Oriente Médio. A sua

política doméstica é fortemente influenciada pelas condições

da política regional e global. O objetivo deste pôster é de-

monstrar como esses três níveis de análise são responsáveis

pela diversidade e complexidade das alianças praticadas no

país, e explicitar que o fator religioso não é a variável predomi-

nante de explicação dos conflitos envolvendo o Líbano. A abor-

dagem por meio da Escola Inglesa permitirá um entendimento

melhor dos impactos dos níveis de análise e suas repercussões

nos setores societal, político e militar do Oriente Médio. Para

isto, este Pôster irá apresentar as intrincadas relações existen-

tes entre as três escalas geográficas mencionadas acima e as

alianças resultantes das mesmas, bem como os focos de ten-

são advindos dessas alianças.

SI P17 | O Caso da Tríplice Fronteira: Um estudo acerca das

supostas conexões terroristas presentes na América do Sul

Autor(a): Maylle Alves Benício (UEPB)

Orientador(a): Paulo Roberto Loyolla Kuhlmann (UEPB)

Resumo: A conformação mundial do pós Guerra-Fria indica

uma nova ordem internacional, caracterizada pelo prenúncio

da limitação da soberania estatal mediante aos crescentes

processos de integração regional. Nesse cenário globalizado,

nota-se maior ocorrência do efeito spill-over, trazendo à tona

problemáticas como o Terrorismo Global. Nesse ínterim, com-

posta por uma vasta diversidade étnica e comercial, a Tríplice

Fronteira (TF) que se estrutura na confluência das cidades de

Foz do Iguaçu no Brasil, Ciudad Del Est no Paraguai e Puerto

Iguaçu na Argentina, se faz desígnio de inúmeros estudos refe-

rentes à segurança e crimes transnacionais. Em virtude de ser

uma região que possui intenso fluxo humano e econômico,

essa se torna exposta a ação do contrabando e do tráfico ilegal

de drogas e armas. O quadro de instabilidade apresentado

pela TF passou a fomentar, por parte de alguns países, proe-

minentemente após o 11 de setembro, intrigantes suspeitas

de conexões terroristas no cone sul da América. A exemplo

disso, os Estados Unidos advogam a presença de células do

terrorismo islâmico inseridas na abrangente comunidade ára-

be local, supondo que os atos delitivos observados na região

estão intrinsecamente relacionados ao apoio logístico e finan-

ceiro de grupos considerados terroristas. Todavia, faz-se de

extrema importância ressaltar que inexistem elementos com-

probatórios de atos correlacionados ao terrorismo internacio-

nal na TF, ao passo que diversos líderes de Estado da referida

região repudiam tal idéia. Esses alegam que as acusações esta-

riam, por vezes, fundamentadas em preconceitos étnicos ou

religiosos . Destarte, objetiva-se confrontar as distintas per-

cepções acerca do suposto terrorismo na América do Sul, en-

globando a visão estadunidense, bem como as diametralmen-

te opostas. Ademais, o estudo busca analisar as políticas públi-

cas de segurança multilateral que visam a sanar as práticas

ilícitas observadas na Tríplice Fronteira.

SI P18 | O combate ao terrorismo e as imigrações: a generaliza-

ção da ameaça transnacional

Autor(a): Paula Barreto Haddad (PUC MINAS)

Orientador(a): Onofre Santos Filho (PUC MINAS)

Resumo: O final da Guerra Fria é tido como um momento de

inclusão de novos e revisão de antigos temas da agenda inter-

nacional. Uma das revisões ocorreu no campo da segurança.

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

Encerradas as tensões entre os estados – EUA e URSS – novos

atores, ditos transnacionais, se projetaram no sistema interna-

cional. Alguns destes atores expuseram os estados a novos

perigos e demonstraram que, mesmo dispondo de outro sta-

tus, são capazes de comprometer a segurança estatal. É nesse

contexto que devemos entender o errorismo transnacional e,

mais especificamente, os ataques de 11 de setembro. O fenô-

meno alia problemas de segurança a uma característica do pós

-Guerra Fria: o incremento e a generalização dos fluxos trans-

nacionais. A resposta estadunidense aos ataques de 11 de

setembro teve, portanto, que levar em conta essas caracterís-

ticas contextuais. O que é intrigante é como o governo dos

EUA elaborou uma nova estratégia de segurança que não se

restringe ao combate terrorismo, mas se encarrega de outros

temas como imigração, segurança cibernética, controle de

fronteiras etc. O objetivo deste trabalho é, especificamente,

entender como foi possível a inclusão da imigração nessa es-

tratégia. Para tanto, parte-se do pressuposto de que tanto

terrorismo quanto imigração foram tomados como ameaças

ao Estado-nação. E, durante a reorganização estatal para com-

bater o terrorismo, a imigração entrou e se firmou na agenda

de segurança como uma ameaça à nação. Para entender de

que maneira a construção da imigração como problema de

segurança foi possível, faremos uma breve discussão sobre as

imigrações na história dos EUA e as tendências nacionalistas à

discriminação racial que influenciaram o pensamento xenófo-

bo contemporâneo, para em seguida descobrir como esse

discurso se inseriu na elaboração da nova estratégia de segu-

rança – especificamente, na criação do Department of Home-

land Security.

SI P19 | A Baía de Guantánamo: o papel da relação doméstica

entre os poderes americanos na criação e consolidação do siste-

ma carcerário em uma perspectiva internacional

Autor(a): Pedro Henrique Oliveira Frazão (UEPB)

Orientador(a): Cristina Carvalho Pacheco (UEPB)

Resumo: A Baía de Guantánamo tornou-se a principal prisão

durante a “guerra ao terror” no Afeganistão. Seu gerencia-

mento, entretanto, gerou grandes controvérsias no mundo e

internamente nos EUA. O desrespeito às leis internacionais de

guerra e às próprias leis americanas incitaram críticas às quais

o governo não pôde esquivar-se. Neste contexto, o trabalho –

parte constitutiva de um projeto de pesquisa mais amplo ori-

entado pela professora Dra. Cristina Carvalho Pacheco – tem

por objetivo compreender a relação entre as instituições do-

mésticas americanas no tocante às decisões proferidas pela

Suprema Corte sobre Guantánamo. Para tanto, serão analisa-

dos as decisões proferidas pela Suprema Corte, os principais

atos produzidos pelo Congresso e o posicionamento do gover-

no Bush quanto ao funcionamento e o futuro da prisão.

Apesar dos discursos liberais sobre a libertação do mundo do

terrorismo, as políticas de guerra da administração Bush tive-

ram um forte teor realista tendo em vista o objetivo central de

segurança do Estado frente à ameaça externa. Desta forma, as

ações realizadas em Guantánamo refletiram tal posicionamen-

to ao utilizá-la como fonte de informações cruciais para a con-

tinuação da guerra através de depoimentos obtidos, por ve-

zes, de forma desumana e cruel. A Suprema Corte, neste caso,

agiu de acordo com os Direitos Internacionais quanto ao trata-

mento dos detentos e ao funcionamento de Guantánamo,

seguindo, assim, uma vertente liberal de disseminação de va-

lores internacionais com o foco em uma melhor relação exter-

na. Já o Congresso buscou um equilíbrio entre o fim do trata-

mento desumano e a manutenção da importante fonte de

depoimentos. Sendo assim, o trabalho busca demonstrar que

a relação doméstica entre os poderes americanos no caso de

Guantánamo está intrinsecamente ligada ao seu comporta-

mento quanto a questões externas que refletem no posiciona-

mento referente à prisão. Desta forma, as teorias de Relações

Internacionais ganham relevância na análise deste caso.

SI P20 | O Conflito na Colômbia e suas implicações regionais:

uma análise sob a ótica da interdependência complexa

Autor(a): Renata Inocencio (UNESP)

Orientador(a): Sérgio Aguilar (UNESP)

Resumo: A dinâmica dos acontecimentos globais, cada vez mais

de alguma forma interconectados permite que sejam discuti-

dos sob diferentes pontos de vista entre as mais diversas na-

ções, sobretudo quando o assunto envolve a questão de con-

flitos que interferem na vida cotidiana. Na sociedade contem-

porânea, cada vez mais globalizada, um problema causado em

uma parte do mundo é sentido e discutido no mundo inteiro.

Isso ocorre com mais rapidez e profundidade quando um de-

terminado conflito deixa de ser uma questão interna e passa a

envolver diferentes atores externos, modificando a agenda

internacional. Partindo deste pressuposto, este projeto estuda

e analisa o conflito interno colombiano provocado, principal-

mente, pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia

(FARC), a partir de uma perspectiva neoliberal, tendo como

pilar a teoria da Interdependência Complexa, na medida em

que essa teoria analisa o fato de que nas relações internacio-

nais contemporâneas existem atores distintos e relevantes

que não somente o Estado com capacidade de influenciar nes-

sas relações. A pesquisa, a partir da perspectiva de multidisci-

plinaridade, sobretudo nos aspectos políticos e econômicos,

apresenta a influências dos atores internos, especialmente as

FARC, nas relações da Colômbia com seus vizinhos sul-

americanos. Analisa, também, as mudanças nas posturas rela-

Governança Global e Novos Atores

cionadas com a segurança e defesa dos países vizinhos, decor-

rentes da evolução do conflito, das atividades das FARC e das

próprias forças armadas colombianas além da sua fronteira

física. A aplicação da teoria da interdependência complexa de

Joseph Nye e Robert Keohane nesse caso nos indica a necessi-

dade de cooperação sub-regional e maior coordenação de

esforços, de caráter multidisciplinar, entre a Colômbia e seus

vizinhos para a resolução permanente do conflito.

SI P21 | Processo de Securitização e Meio Ambiente: A Russia

diante das mudanças climáticas

Autor(a): Vinícius Alves Marques (UEPB)

Orientador(a): Elias David Morales (UEPB)

Resumo: O objetivo do presente trabalho é apresentar e traba-

lhar o processo de securitização definido pela Escola de Cope-

nhague, dentro da temática ambiental. Para contemplar o

objetivo da pesquisa será realizada uma revisão bibliográfica

em fontes primárias, ou seja, documentos oficias de Estado

que comprovem o processo de securitização, além de fontes

secundárias pertinentes às matizes teóricas da temática de

segurança e meio ambiente. Dessa forma a divisão do trabalho

consistirá: Primeiramente, um breve histórico sobre a Escola

de Copenhague e a abordagem do meio ambiente dentro das

questões de segurança; em seguida uma análise sobre o pro-

cesso de securitização e os atos de discurso (speech acts); e

por último interpretar tal processo a partir da concepção de

segurança do governo russo, publicado no Arms Control Asso-

ciation, especificando o tratamento para as mudanças climáti-

cas e o consequente derretimento do permafrost. Este traba-

lho segue continuação a uma pesquisa de iniciação científica,

propondo a cumprir com os seus objetivos no levantamento

de dados qualitativos e quantitativos.

Teoria das Relações internacionais

TRI P01 | Imagens e Identidades nas Relações Internacionais: a

visão do outro na fronteira Pacaraima – Santa Elena de Uairén

(Brasil – Venezuela)

Autor(a): Débora Silva Brito da Luz (Universidade Federal de

Roraima)

Orientador(a): Júlia Camargo (Universidade Federal de Roraima)

Resumo: Com o fim da Guerra Fria, novos temas surgiram nos

debates acadêmicos da disciplina de Relações Internacionais

tais como, a temática da identidade, e assuntos como fronteira

vêm adquirindo novos significados. A presente pesquisa objeti-

va analisar a relação fronteiriça estabelecida entre Brasil e

Venezuela a partir de uma visão identitária e imagética. Há a

necessidade de pesquisar sobre essas novas questões, em

especial, inserindo-as em contextos possíveis de aplicar con-

ceitos e teorias. Pensando nisso, um estudo que compreenda

a região fronteiriça entre Brasil e Venezuela, países geografica-

mente próximos e com frequente contato, sobretudo popula-

cional, conforme ocorre entre Pacaraima (Roraima) e Santa

Elena de Uairén (Bolívar), se mostra condizente com essa reali-

dade internacional emergente. Identidade é um conceito com-

plexo e ainda pouco estudado nas Relações Internacionais,

assim como, o papel das imagens na sociedade local, regional

e global. Para suprir essa carência, o trabalho se apoia em fon-

tes secundárias de outras áreas, em especial das Ciências Soci-

ais, com o intuito de tentar trazer as discussões e teorizações

ao campo das Relações Internacionais, fato que torna a pes-

quisa um estudo interdisciplinar. O objetivo da apresentação é

expor as reflexões teóricas a respeito do tema de imagens e

identidade realizadas mediante um estudo bibliográfico, bem

como os resultados obtidos com a aplicação de questionários

com os universitários de Pacaraima (Universidade Estadual de

Roraima) e de Santa Elena de Uairén (Universidad Nacional

Experimental de Guayana). Assim, o trabalho tem uma aborda-

gem qualitativa e também quantitativa, uma vez que há a cole-

ta e a quantificação de dados e opiniões. Para a realização do

processo de análise dos dados utiliza-se o método dedutivo

que parte de verdades consideradas universais, como os con-

ceitos de imagens e identidades, para que seja possível obter

conclusões particulares, neste caso, a formação de imagens e

identidades na fronteira Brasil - Venezuela.

TRI P02 | A Intifada de Al-Aqsa e sua veiculação no Ocidente:

Um estudo das representações do árabe nas Relações Internaci-

onais

Autor(a): Jane Angélica da Silva Gulielmitti (UNESP Marília )

Orientador(a): Lidia M. V. Possas (UNESP Marília )

Resumo: O presente trabalho estuda o que foi veiculado na

imprensa sobre a Intifada de Al-Aqsa, levante palestino inicia-

do em setembro de 2000 contra a ocupação israelense, para

observar as representações do árabe difundidas na cultura

ocidental e as conseqüências desta prática no estudo das Rela-

ções Internacionais. Tomando por método as contribuições da

História Comparada, faremos uma investigação comparativa

entre o que foi difundido nas mídias online CNN, para repre-

sentar a repercussão do levante árabe no ocidente, e Al Jazee-

ra, a fim de adentrar a abordagem da Intifada nos países ára-

bes, trabalhando dentro do período de seis meses após seu

início. Apoiando-se nas teorias do Pós-colonialismo e nos Estu-

dos Culturais, o trabalho recupera o tema do “terceiro mun-

do” nas Relações Internacionais ao atentar-se às práticas pós-

coloniais geradas por uma cultura do “Ocidente” e às suas

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011

permanências, dentro do contexto do conflito árabe-

israelense. A fim de iluminar novas narrativas, tomaremos por

base a obra “Orientalismo” de Edward Said (1978) para funda-

mentar nossa hipótese de que os árabes são alvos de uma

guerra de representações que visa, em seu extremo maior,

conflitá-los com o mundo e com os valores do Ocidente, sob a

lógica “Oriente” versus “Ocidente”, que desqualifica, ao fim,

tanto a cultura como a etnia árabe. O trabalho analisa ainda o

papel da mídia jornalística como atual difusora dessa cultura

“orientalista” e instrumento de soft power ou poder brando,

permanentemente a conformar o imaginário ocidental a res-

peito dos árabes. Nesse sentido, seus objetivos concentram-se

na investigação das representações do árabe como forma de

poder brando/soft power, na compreensão da prática orienta-

lista por parte do Ocidente e de sua permanência, e no papel

da cultura e sua importância aos estudos das Relações Interna-

cionais, utilizando como recorte a Intifada de Al-Aqsa.

TRI P03 | A Intencionalidade do Indivíduo por meio da entidade

Estado

Autor(a): Leandro Guiraldeli (Faculdades Integradas Rio Branco)

Orientador(a): Alexandre Uehara (Faculdades Integradas Rio

Branco)

Resumo: O presente trabalho busca discutir os estudos de

Edward H. Carr para entender a real intencionalidade dos líde-

res mundiais e o que realmente almejam quando sob a égide

das Nações Unidas. Para o pensamento que sintetiza o sistema

internacional anárquico – onde os Estados buscam seus inte-

resses, devido à sua necessidade de sobrevivência no sistema

– é possível conceber alguma evolução no que tange ao bem-

estar político e social dos Estados, extrapolando fronteiras e

culturas - o velho embate entre ideal versus real. Edward H.

Carr exemplifica com clareza ao interpretar o período entre-

guerras com base a cientificar o processo da Política Internaci-

onal, o que leva primeiramente ao “objetivo”, como “a paz

entre as nações”, que alimenta o pensamento para o desen-

volvimento de tentativas de resolução do problema analisado;

e da “utopia”, sendo como “soluções imaginativas”, o “novo”,

ao que o texto, no contexto abordado do entre-guerras, faz

referência à criação de um “Estado Mundial” e de uma

“segurança coletiva” centrado em um foro qual seja, a Liga das

Nações. Assim, com relação ao fato do interesse de um siste-

ma mundial mais cooperativo ocorrendo em maior segurança

coletiva, tendo a ONU como centro de debates e possíveis

soluções para maior cooperação entre os Estados, para a solu-

ção de problemas que assolam todos, será discutido nesse

trabalho o comportamento dos líderes mundiais: suas reais

intenções o que é desejado (a utopia) e o executado (o agir

para tal, tornar realidade). Face aos desafios das várias agen-

das dos Estados, dá-se a entender que o objetivo real dos indi-

víduos, representados por seus líderes, não correspondem a

real intenção de cooperação, devido, primeiramente, aos inte-

resses dos governantes e grupos políticos do breve “poder”

que detém por meio das entidades “Estados”, atores do siste-

ma internacional.

TRI P04 | As Novas Tecnologias de Comunicação e as Relações

Internacionais: O Papel do Facebook

Autor(a): Paulo Eduardo Venovichi Dias (Faculdades Integradas

Rio Branco)

Orientador(a): Denilde Oliveira Holzhacker (Faculdades Integra-

das Rio Branco)

Resumo: Este trabalho visa examinar o grau de mobilização

gerado pelas novas tecnologias da informação nas relações

internacionais atuais, especificamente o Facebook, que é a

maior rede social online, com seus mais de 500 milhões de

usuários ativos em todo mundo, integrando pessoas de dife-

rentes condições sociais, origens nacionais e posições ideológi-

cas, tornando-se palco de diversas mobilizações sociais e polí-

ticas. As novas tecnologias ultrapassam as fronteiras territori-

ais, criando uma maneira fácil e rápida de difundir conheci-

mentos e causas. Reynolds (2000), por exemplo, argumenta

que, a revolução das comunicações, com transmissão ao vivo

via satélite e a ampliação do acesso aos computadores, permi-

tiu aos indivíduos maior acesso aos temas da agenda internaci-

onal, consequentemente, ampliando a capacidade de mobili-

zação além das fronteiras nacionais. De acordo com Keohane e

Nye (1998), a era da informação além de baratear e facilitar o

acesso às fontes de comunicação diminui as distâncias e, con-

sequentemente, permite que se tenha maior capacidade de

mobilização dos indivíduos no plano global. Este contexto po-

de ser analisado a partir da teoria neoliberal, em que a

“interdependência complexa” torna os países e indivíduos

conectados por múltiplas relações sociais e políticas. Além

disso, este processo permite a construção de agendas e prefe-

rências políticas que, muitas vezes, não são submetidas aos

processos tradicionais da participação política. Dessa forma, o

objetivo central deste trabalho é compreender, através de

fontes secundárias, como livros, artigos, relatórios do próprio

Facebook, e também informações contidas nos respectivos

sítios localizados na rede social, o impacto destas novas ferra-

mentas nas relações internacionais e suas implicações para a

atuação dos indivíduos nos processos globais, sendo analisa-

das as redes sociais no âmbito do Facebook que tenham como

foco temas da agenda internacional.

TRI P05 | Estados Falidos: uma análise discursiva sobre as cau-

sas e impactos no sistema intenacional

Governança Global e Novos Atores

Autor(a): Tainah Espíndola Ferreira (IEUFU)

Orientador(a): Áureo de Toledo Gomes (IEUFU)

Resumo: O estudo dos Estados Falidos teve proeminência a

partir da década de 1980. As discussões e estudos dos fracas-

sos estatais são baseados principalmente nas obras de Jackson

e Rosberg (1982) em “Why Africa’s Weak States Persist: the

Empirical e Juridical in Statehood” e “Quasi States: Sovergnity,

International Relations and Third World” (1990) . No entanto,

o tema ganha mais destaque após os atentados de 11 de se-

tembro, principalmente após a constatação de que um Estado

até então considerado irrelevante como o Afeganistão poderia

trazer grandes problemas para a principal potência mundial.

Existe consenso na definição de o que é um Estado Falido.

Grosso modo, um Estado é considerado falido quando o gover-

no perde a sua autoridade e reconhecimento político. Além

disso, esse Estado apresenta dificuldades para manter uma

infra-estrutura adequada e prover bens políticos aos seus cida-

dãos. Em um Estado Falido a economia também entra em co-

lapso sendo vitima de intermináveis crises. Logo após o fim da

Guerra Fria, os debates sobre soberania e direitos humanos

serviram como base para a primeira corrente de ideias que

debateram os impactos dos Estados Fracassados no cenário

internacional. Para essa primeira corrente, os riscos eram basi-

camente conseqüências diretas, como os refugiados políticos e

a instabilidade econômica que afetaria os países vizinhos.

Dez anos depois, o fracasso estatal passa a ser um problema

refletido em todo cenário internacional. Nesse novo contexto,

os principais países no cenário internacional passam a associar

a fracasso das nações a grupos terroristas e ao crime organiza-

do. Assim, mediante o uso do que se convencionou chamar de

Critical Discourse Analysis, o objetivo dessa iniciação científica

é realizar uma análise discursiva de obras selecionadas sobre o

fracasso estatal e procurar entender como elas trabalham com

questões envolvendo a causa e as conseqüências desse fenô-

meno. A escolha por essa metodologia se justifica na medida

em que ela nos habilitará a entender como uma definição e

caracterização excluem outras possibilidades de interpretação

do mesmo fenômeno, além de também de nos permitir avaliar

como o ambiente institucional aonde foram produzidas as

obras impactaram no resultado.

Anais do 3º Encontro Nacional da ABRI São Paulo | 20 a 22 de julho de 2011