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Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará Belém, 2016 II SIMPÓSIO DE HUMANIZAÇÃO DA SANTA CASA DO PARÁ

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Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa

Casa de Misericórdia do Pará

Belém, 2016

II SIMPÓSIO DE HUMANIZAÇÃO DA SANTA CASA DO PARÁ

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

Anais do II Simpósio de Humanização da

Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

Belém, 2016

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

II SIMPÓSIO DE HUMANIZAÇÃO DA SANTA CASA DO PARÁ

2016© FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ

Presidente da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

ROSÂNGELA BRANDÃO MONTEIRO

Diretora Assistencial:

NORMA SUELY C. F. ASSUNÇÃO

Diretora Técnica:

CINTHYA FRANCINETE PEREIRA PIRES

Diretora Administrativo e Financeiro:

ROSANE MARQUES ROSADO GOMES

Diretora de Ensino e Pesquisa:

LIZOMAR DE JESUS MAUÉS PEREIRA MÓIA

Organização dos Anais: Rosilene Ferreira Gonçalves Silva

Clévia Dantas Luz de Matos

Comissão Organizadora:

Clévia Dantas Luz de Matos

Tais Pinheiro de Souza

Thaís Gomes Cabral

Comissão Científica:

Rosilene Ferreira Gonçalves Silva

Clévia Dantas Luz de Matos

Tais Pinheiro de Souza

Thaís Gomes Cabral

As opiniões e os conceitos emitidos, bem como a exatidão, adequação e procedência das citações e referências, são de exclusiva responsabilidade dos autores.

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II SIMPÓSIO DE HUMANIZAÇÃO DA SANTA CASA DO PARÁ

A evolução da humanização vem cultivando a amorosidade, o respeito aos saberes culturais de cada um, pois todos ganhamos com essa experiência riquíssima. Cada paciente possui uma diversidade social e uma experiência de vida, precisamos nos adaptar a cada mundo que se apresenta para nós, não julgar os valores e motivos, a nossa é missão e escolha é lidar com os pacientes no momento de maior dor, seja física ou psíquica, por isso precisamos estar preparados para o acompanhamento com essas pessoas.

Rosangela Brandão Monteiro Presidente da FSCMP

O II Simpósio de Humanização teve como o objetivo de transversalizar a

Política Nacional de Humanização no contexto da academia e fomentar as discussões

sobre Humanização na assistência hospitalar, visando incrementar a formação dos

novos profissionais do âmbito social e da saúde, bem como discutir estratégias de

fomento a Humanização no contexto da educação e da saúde no estado do Pará.

O evento ocorreu na Fundação Santa Casa do Pará, nos dias 28, 29 e 30 de

setembro de 2016, com o tema “Política, encontros, memórias, vivências e inovações

tecnológicas para o SUS”. O Simpósio buscou reconhecer os atores envolvidos na

humanização da Santa Casa e discutir política do SUS e humanização, uma política

transversal não só no Hospital, mas em toda a rede do SUS.

O Simpósio surgiu da intenção de expandir, socializar e compartilhar as

experiências exitosas da humanização no estado do Pará, na perspectiva de incluir

novos protagonistas no processo de reordenamento das propostas de cuidado,

direcionando e orientando os atores sociais para a corresponsabilização e co-gestão

nas práticas de saúde do SUS, empoderando os com bases nos princípios e diretrizes

propostos pela Política Nacional de Humanização - PNH, e assim multipliquem e

disseminem novas práticas resolutivas de atenção e gestão em saúde.

O Simpósio contou com palestras, conferências, mesas redondas,

apresentações de trabalhos acadêmicos, oficinas, rodas de conversa, dança e

música, além das apresentações culturais com representantes de Hospitais, doutores,

mestres e especialistas em assuntos ligados à Humanização. Foram apresentados 32

trabalhos científicos, sendo 22(vinte e dois) na modalidade de pôster e 10 (dez) na

modalidade de apresentação oral.

Modalidade Pôster

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TRABALHOS CIENTÍFICOS DO II SIMPÓSIO DE HUMANIZAÇÃO DA SANTA CASA DO PARÁ

COMUNICAÇÃO ORAL

ASSISTÊNCIA HUMANIZADA NO ALOJAMENTO CONJUNTO DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ: 6 MESES DE EXPERIÊNCIA

CAPACITAÇÃO DE ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM DOS MUNICÍPIOS DE ABRANGÊNCIA DO HOSPITAL REGIONAL PÚBLICO DO LESTE EM PARAGOMINAS

CUIDADO HUMANIZADO EM TERAPIA INTENSIVA: REFLEXÕES PARA A SAÚDE

EFEITOS DAS PRÁTICAS TERAPÊUTICAS OCUPACIONAIS SOBRE A ROTINA E AMBIÊNCIA HUMANIZADORA NO BANCO DE LEITE HUMANO (BLH) DA FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ (FSCMP)

IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DA SISTEMATIZAÇÃO DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA - SAEP NO CENTRO CIRÚRGICO DO HOSPITAL REGIONAL PÚBLICO DO LESTE EM PARAGOMINAS - PA : UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA REDE SUS

MANUAL PARA ORIENTAÇÃO DOS DIREITOS DA PESSOA COM ESTOMIAS:

Estudo de Validação

MEDIDA DE SEGURANÇA: A IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS SOCIAIS NA REINSERÇÃO DOS EGRESSOS DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO (HCTP) EM BELÉM- PA

NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO REDÁRIO DO HOSPITAL REGIONAL PÚBLICO DO MARAJÓ

POSTER

A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA EM ENFERMARIA PEDIATRICA DE HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ.

A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO PRÉ-NATAL DE GESTANTES DE ALTO RISCO EM UM HOSPITAL NO INTERIOR DA AMAZÔNIA.

A EFETIVAÇÃO DA POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO AOS PAIS DOS RECÉM NASCIDOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA NEONATAL: Entre o Texto e o Contexto.

A HUMANIZAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

A TENDA DO CONTO COMO PRÁTICA DE HUMANIZAÇÃO NO SUS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

AVALIAÇÃO E MANEJO DA DOR NO RECÉM-NASCIDO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL.

DISCUTINDO A ATUAÇÃO DOS RESIDENTES DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO HUMANIZADA À PUERPERA COM HIV/AIDS

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EDUCAR PARA CUIDAR

HUMANIZAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA: PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

MÉTODO CANGURU: UMA ESTRATÉGIA DE HUMANIZAÇÃO EM NEONATOLOGIA PARA PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO

O ACOLHIMENTO EM UM HOSPITAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: UMA EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO SOCIAL

O LÚDICO COMO PRÁTICA EDUCATIVA EM ESPAÇO AMBULATORIAL

O LÚDICO: UM ESTUDO DAS AÇÕES COLETIVAS DO BRINCAR E BRINCADEIRAS EM HOSPITAL

O NÍVEL DE SATISFAÇÃO DA PUÉRPERA FRENTE AO ATENDIMENTO DO ENFERMEIRO NA MATERNIDADE DO HOSPITAL MUNICIPAL DE TUCURUÍ-PA.

O PROTAGONISMO DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: CRIAÇÃO DE TECNOLOGIA EDUCATIVA PARA A UNIDADE NEONATAL DE UMA MATERNIDADE DE REFERÊNCIA EM BELÉM DO PARÁ.

O SERVIÇO DE ATENÇÃO À PESSOA COM ESTOMIA DA UNIDADE DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA PRESIDENTE VARGAS E O ACESSO AO SUS HUMANIZADO.

PARTICIPAÇÃO DO ACOMPANHANTE NA HUMANIZAÇÃO DO PARTO: VIVENCIAS FRENTE A SUA IMPLEMENTAÇÃO.

PEDAGOGIA HOSPITALAR: AÇOES PEDAGÓGICAS-EDUCACIONAIS COM EDUCANDOS EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE

PERCEPÇÃO DA PESSOA COM ESTOMIA NA IMPLANTAÇÃO DE BANHEIRO ADAPTADO EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DE BELÉM-PA: Relato de experiência

PROGRAMA VIVA APRENDENDO: PLANEJANDO A APOSENTADORIA NA FUNDAÇAO SANTA CASA DO PARÁ

PROJETO ESCOLARIZAÇÃO E LUDICIDADE NA PEDIATRIA: DESENVOLVENDO AÇÕES LÚDICO-PEDAGÓGICAS NA FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM PARA GESTANTES COM ZIKA VÍRUS E RECÉM-NASCIDOS COM MICROCEFALIA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA MATERNO INFANTIL

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ACERCA DA ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE JUNTO AO PACIENTE DIAGNOSTICADO COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: UMA PROPOSTA PARA A EFETIVAÇÃO DA HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR

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MODALIDADE: COMUNICAÇÃO ORAL

ASSISTÊNCIA HUMANIZADA NO ALOJAMENTO CONJUNTO DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ: 6 MESES DE EXPERIÊNCIA

Nathalia Oliveira Batista Jamille Rodrigues do Carmo de Araújo

Aurimery Gomes Chermont

EIXO III – Humanização na assistência ao paciente do SUS

Resumo: Introdução: Conforme preconiza a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil deveria diminuir em 75% as mortes maternas do ano de 1990 a 2013, porém o Brasil reduziu apenas em 43%. Os dados refletem a atual situação do pré-natal no Brasil que, apesar de ter aumentado a cobertura nos últimos anos, a qualidade do atendimento piorou nos últimos 10 anos, relacionado a uma má qualidade de resolução de problemas da saúde da gestante pelos profissionais da saúde, sejam por médicos ou enfermeiros das instituições3. Objetivo: Avaliar a assistência humanizada prestada em uma maternidade de referência e ensinar cuidados básicos de cuidados ao Recém-nascido de forma humanizada. Metodologia: Realizou-se, no período de abril à setembro de 2016, no alojamento conjunto da enfermaria Sant'Ana, a execução do projeto de extensão " Assistência Humanizada À Mulher E À Criança Da Gravidez Ao Primeiro Mês De Idade". O projeto apresenta dois momentos: primeiramente são realizadas entrevistas para cada mãe, avaliando o nível socioeconômico, assistência pré-natal, e assistência na sala de parto e enfermaria. Após a entrevista, as mães assistiram uma demonstração sobre cuidados com o neonato como limpeza do cordão umbilical, banho, troca de fraldas, amamentação e finalizando com sessões de perguntas. Resultados: No período participaram cerca de 100 mulheres, com a média de idade de 22,17 anos. A média do tempo de vida dos recém-nascidos eram 40.44 horas de vida, 47,69% das mães são de Belém, 60% das entrevistadas se declaram dona de casa, 40% baixa escolaridade, 78,46% pardas. Em relação aos antecedentes mórbidos familiares, a maioria das mulheres 80,07% declarou-se não fumantes e 69,23% não etilista. Os antecedentes ginéco-obstétricos, segundo a amostra 55,38% eram mães pela primeira vez e 21,3% das pacientes tiveram pelo menos 1 aborto. 12,30% tiveram algum problema na gravidez anterior. Na ação, 29 mães relaram que amamentaram exclusivamente seus outros filhos, sendo que 85,71% amamentaram de forma incorreta (ou menos de 6 meses ou mais que o tempo preconizado – 71,42%). A maioria, 98,46% das pacientes do projeto fez o pré-natal na gravidez atual, sendo que 68,23% foram >- 6 consultas e 30,76% foram consideradas gravidez de risco. 92,30% tiveram parto normal. Na palestra sobre a amamentação, muitas mães tiveram dúvidas sobre a pega correta, relataram que o bebê tem dificuldades para pegar a mama corretamente, ou quando a mama feria, deixavam de amamentar por esta e davam apenas na mama íntegra. Orientou-se sobre o tempo de amamentação, pois a maioria das mães amamentavam exclusivamente por mais de seis meses, chegando o tempo de 2 anos sem introduzir qualquer tipo de alimento. Conclusão: Os resultados parciais do projeto evidenciam a que mesmo em um serviço de referência de assistência humanizada, muitas mães ainda praticam atos que colocam em risco a vida da criança, mostrando a necessidade da equipe de cuidados do hospital pensar em outras abordagens para

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assistirem de maneira mais completa essas mães. Implicações para a área da saúde: A ausência ou precariedade de assistência humanizada está intimamente relacionada com a morbimortalidade materno-infantil.

Palavras-chave: Assistência Humanizada, Neonatal.

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CAPACITAÇÃO DE ENFERMEIROS E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM DOS MUNICÍPIOS DE ABRANGÊNCIA DO HOSPITAL REGIONAL PÚBLICO DO LESTE EM PARAGOMINAS

Clovis Guse

Eduardo Rocha

Nataliel Pinheiro

Julyeth Nascimento

Carla Gomes de Araújo Gisele Falcão Costa

Alexandra dos Santos do Carmo

Introdução: O Hospital Regional Público do Leste do Pará (HRPL), SUS, oferece assistência de média e alta complexidade nas especialidades de clínica médica, cirurgia geral, traumato-ortopedia, neurologia/neurocirurgia e cirurgia geral beneficiando 22 municípios compreendidos pela Região de Saúde Metropolitana III que é regulado pelos municípios pactuados do 3º e 5º Centros Regionais de Saúde. Objetivo: Capacitar os enfermeiros e técnicos de enfermagem dos municípios de abrangência do HRPL na prestação de cuidados básicos e especializados aos usuários que retornam após a alta hospitalar. Metodologia: O hospital fez contato com as Secretarias de Saúde dos municípios e divulgou o projeto. Por meio de inscrição prévia, gratuita, cada município poderia inscrever para o curso 5 profissionais entre enfermeiros e técnicos de enfermagem. As turmas foram compostas no máximo com 25 inscritos e o treinamento mensal no próprio hospital. O curso foi dividido em módulos com duração de 3 meses para cada um. Foram elaborados conteúdos básicos e especializados de enfermagem com abordagem teórico-prática ministrada pela equipe multiprofissional do hospital. Os módulos tinham duração de 8h, das 8h ás 17h com uma hora de almoço. As datas dos treinamentos foram escolhidas pelo hospital e divulgadas aos municípios. Aplicada avaliação teórica antes e no final do treinamento do conteúdo ministrado para avaliação do nível de conhecimento do participante. Fornecido material de apoio do conteúdo. Ao final do curso os profissionais preencheram o formulário de avaliação do treinamento. Para os profissionais que concluíram integralmente o módulo foi entregue um certificado de participação. Resultados: Análise realizada com 47 participantes sendo 15 (31,91%) do gênero masculino e 32 (68,09%) do gênero feminino. No comparativo entre o pré e pós-teste, foi observado que na avaliação inicial 48,94% dos participantes obtiveram uma nota inferior a 6 pontos e, na avaliação final, esse número diminuiu significativamente, para 25,53% dos participantes obtendo nota inferior a 6 pontos, sendo que 74,47% obtiveram nota superior a 6 no pós-teste. A menor nota constatada no pré-teste foi de 1,75 e a maior 9,00 pontos; no pós-teste, a menor nota foi de 3,75 e a maior 10,00 pontos. Foi verificado que a média global no pré-teste foi de 5,72 pontos com desvio padrão de ± 2,20 e, no pós-teste, 7,26 pontos com desvio padrão de ± 1,68. Apenas 10 (dez) dos participantes apresentaram uma involução da nota no pós-teste, 01(uma) avaliação foi excluída, pois o participante não realizou o pós-teste. Destaca-se que a capacitação foi extremamente válida e produtiva ao comparar o conhecimento dos profissionais após aplicação dos testes. No questionário de reação 4,35% dos participantes considerou a aplicabilidade prática da capacitação boa, 50,00% considerou ótima e 45,65% excelente. Conclusão: A proposta de trabalho do HRPL de capacitar profissionais de enfermagem traduz uma realidade do trabalho dos municípios que pode ser

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melhorada. Contribui na qualidade da assistência na abordagem e transporte dos usuários de maior gravidade referenciada ao HRPL e também a continuidade dos cuidados básicos e especializados no retorno dos usuários aos municípios de origem.

Palavras-chave:profissionais de enfermagem, educação em saúde.

BIBLIOGRAFIA

1. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) [Internet]. Brasília; 2011. [citado 2016 mar. 06]. Disponível em: http://www.saude.mt.gov.br/upload/legislacao/2488-%5B5046-041111-SES-MT%5D.pdf

2. Carvalho, Gilson. A Saúde Pública no Brasil. Estudos Avançados, vol.27,n.78. [citado 2016 mar. 04]. Disponível em: São Paulo, 2013. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142013000200002

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CUIDADO HUMANIZADO EM TERAPIA INTENSIVA: REFLEXÕES PARA A SAÚDE

Marcelo Williams Oliveira de Souza Fabio Conceição dos Santos

EIXO III – Humanização na assistência ao paciente do SUS

Introdução: Atualmente estamos vivenciando no cotidiano hospitalar vertiginoso desenvolvimento tecnológico de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Esses avanços tecnológicos vêm contribuindo para a melhoria da assistência, com ênfase nas unidades críticas, particularmente nos serviços de terapia intensiva. As ações desenvolvidas pelos profissionais de saúde apresentam enfoque mais técnico do fazer, e eles esquecem o cuidar como uma característica humana, baseada na afetividade, no conhecimento de valores, habilidades e atitudes empreendidas no sentido de favorecer as potencialidades dos pacientes para manter ou melhorar a condição humana no processo de viver e morrer. Objetivo: Conhecer o significado da assistência humanizada prestada a pacientes em tratamento intensivo sob a ótica de dezessete profissionais de saúde que trabalhavam na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital público situado na região metropolitana de Belém - PA, Brasil. Método: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado na Unidade de Terapia Intensiva de uma instituição Pública de saúde. Os participantes deste estudo foram dezessete profissionais de saúde que trabalhavam na UTI durante o segundo semestre de 2014, assim especificados: oito médicos, seis enfermeiros, três fisioterapeutas. Para a coleta de dados, utilizou-se um instrumento contendo a seguinte pergunta: Qual o significado da humanização da assistência para você? Resultados: Dos seguimentos emergiram três categorias de análise: conforto emocional; conforto físico e compromisso profissional, cuja análise revela a melhoria da assistência não configurada nos avanços da tecnologia, mas, em valores pessoais, na compreensão do verdadeiro significado do cuidado, o direcionamento da assistência ao conforto físico e emocional associado ao cuidado que visa amenizar a dor; cuidar com compromisso aplicando a prática humanística. Conclusão: O processo de cuidar humanístico leva os profissionais a refletir acerca das suas posturas pessoais e acadêmicas, fortalecendo sempre o trabalho em equipe. Contribuições/implicações para área da saúde: Para os profissionais de saúde, especificamente os que convivem e trabalham em unidade de terapia intensiva, ressaltamos a importância de visualizar a assistência em limite mais amplo do que o descrito por eles. É preciso estar sempre em busca de novos conhecimentos, com vistas a qualificar a assistência e partilhar seus conhecimentos com a equipe de trabalho, numa visão voltada para o ser humano. Palavras-chave: Humanização da Assistência. Unidades de Terapia Intensiva. Exercício Profissional.

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EFEITOS DAS PRÁTICAS TERAPÊUTICAS OCUPACIONAIS SOBRE A ROTINA E AMBIÊNCIA HUMANIZADORA NO BANCO DE LEITE HUMANO (BLH) DA FUNDAÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ (FSCMP)

Aline Valéria Progene de Almeida Ayrton Siqueira Castilho

Luana Oliveira Lisboa Clévia Dantas Luz de Matos

Nonato Márcio Custódio Maia Sá

EIXO III – Humanização na assistência ao paciente do SUS

Introdução: Na busca por um sistema mais organizado e por uma assistência mais humanizada, foi criada a Política Nacional de Humanização (PNH). Dentre as suas diretrizes destaca-se a ambiência, que consiste em favorecer um ambiente acolhedor. Em relação ao contexto hospitalar, esta visa desmistificar a característica de que o local é normalmente um ambiente frio e hostil, assim contribuindo para a promoção do bem-estar do usuário. Assim, a Terapia Ocupacional através do uso de atividades busca produzir um ambiente em que possibilite a aproximação do contexto desse usuário que se encontra afastado de suas ocupações. Objetivo: Descrever os efeitos das práticas terapêuticas ocupacionais sobre a rotina e a ambiência humanizadora no BLH, onde às mães são assistidas. Metodologia: Recorte dos resultados de TCC de abordagem qualitativa realizado com seis mães, usuárias da maternidade da FSCMP e que frequentam o BLH. As intervenções terapêuticas ocupacionais ocorreram no período de novembro de 2015. Dentre as atividades propostas eram: bolsa porta kit ordenha, venda para os olhos, relacionadas a atividades de criação/transformação; relaxamento de visualização, identificação do armário da Sala de Ordenha e cuidados pessoais à atividade expressiva. Resultados: Em relação às atividades de criação/transformação objetivaram-se em promover a ambiência por meio da decoração da bolsa kit ordenha e favorecer uma melhor qualidade de vida na área de desempenho do descanso e sono através da venda para os olhos, dessa forma, estas atividades auxiliaram as mães a criarem estratégias para garantir uma qualidade do sono durante a hospitalização e que o produto as mesmas poderiam confeccionar para utilizar como alternativa de renda após a alta hospitalar. As atividades expressivas consistiram em favorecer a conscientização e reorganização corporal das mães para sua rotina no hospital, possibilitando a ruptura de momentos de angústias e tensões, permitindo um equilíbrio emocional; promover a apropriação da sala de ordenha o que proporcionou a ressignificação do ambiente ao se expressar conteúdos subjetivos das mães sobre o local e estímulo à atividade de autocuidado, contribuindo na mudança da autoestima das mesmas. Conclusão: Durante a pesquisa, observou-se o processo da construção de uma ambiência acolhedora, através das intervenções terapêuticas proporcionaram o resgate dos papéis ocupacionais como mãe e como mulher. Portanto, as atividades, se apresentaram eficazes na ressignificação da rotina e da ambiência das mães, atendendo suas reais demandas, tornando um caminho destinado para a busca de saúde e qualidade de vida. Contribuições/implicações para área da Saúde: O BLH da FSCMP atua de forma diferenciada, a equipe busca incentivar a valorização das mães, atuando de forma humanizada. Destaca-se que já existe o trabalho desenvolvido pela Terapia Ocupacional na FSCMP, porém faz-se necessário a inclusão direta do Terapeuta Ocupacional no BLH, pois se constatou

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diversos fatores que influenciaram na construção de uma ambiência mais acolhedora através das práticas terapêuticas ocupacionais como: as transformações na rotina das mães que participaram da pesquisa, possibilitando vivenciarem de forma mais saudável a internação de seu filho, visto que lhe foi oportunizado expressar seus sentimentos, troca de experiências, assim, amenizando a tensão e o estresse da hospitalização. Palavras-chave: Ambiência; Humanização; Terapia Ocupacional.

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IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DA SISTEMATIZAÇÃO DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA - SAEP NO CENTRO CIRÚRGICO DO HOSPITAL REGIONAL PÚBLICO DO LESTE EM PARAGOMINAS - PA : UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA REDE SUS

Mônica Louza Cruz

Alexandra dos Santos do Carmo Introdução: Diante da importância da assistência humanizada e coesa ao usuário cirúrgico, faz-se necessária a sistematização da assistência de enfermagem a fim de desenvolver ações uniformes da equipe frente ao gerenciamento do cuidado perioperatório ao usuário que será submetido à intervenção anestésico-cirúrgico. Após identificar, através de indicadores de qualidade, alguns pontos críticos a serem melhorados, houve a implantação da SAEP no Hospital Regional Público do Leste – HRPL com foco nas inovações, na qualidade e humanização. Objetivo: Relatar vivência e resultados na implantação da SAEP em um Hospital de média e alta complexidade da rede SUS. Metodologia: A princípio realizou-se alinhamento da Consultoria de Enfermagem do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano – INDSH junto a Diretoria, por se tratar da estrutura organizacional do Plano Diretor de Enfermagem. Posteriormente, com participação de todos os hospitais do INDSH, definiu-se, durante dois meses, o referencial teórico, a elaboração dos instrumentos do processo, o preparo prático para implantação e a sensibilização da equipe sobre a importância da SAEP, colocando o enfermeiro frente à qualidade, poder científico e humanização na sistematização. Realizou-se treinamento a equipe em parceria com o Núcleo de Educação Permanente e, durante 10 dias, capacitamos 28 enfermeiros com apresentação e estudo do protocolo nas etapas: 1) Investigação, Diagnóstico, Planejamento, Prescrição e Evolução; 2) Pensamento crítico na Enfermagem; 3) Pensamento crítico baseado em evidências; 4) Preenchimento do formulário da SAEP. Treinamos 16 técnicos em enfermagem, sendo importante e necessário o conhecimento da equipe com capacitação e investimento no desempenho dessa prática. Ao final, totalizamos 44 colaboradores treinados.Resultados: Após implantação, acompanhou-se a equipe de perto, sendo notória a organização e melhor avaliação na atividade assistencial, a uniformização da linguagem, melhoria da interrelação dos profissionais, clareza nas informações, a busca dos enfermeiros a estudos e pesquisas atualizando conhecimento, visualizamos melhoria na organização de registro de informações e a gradual segurança do enfermeiro no desenvolvimento da SAEP. Houve o favorecimento a coleta de dados para análise de indicadores de qualidade assistencial para a gestão dos processos e benefícios na continuidade do cuidado e no resgate de informações indispensáveis além de outros aspectos relacionados à visão integrada e individualizada do usuário, através de formulário dinâmico, ajudando o profissional a linear os problemas do usuário e prestar uma assistência de forma integral e satisfatória, com o serviço mais organizado e de qualidade. Conclusão:A implantação da SAEP no HRPL representa o início de um processo dinâmico e gradual na melhoria da prática assistencial e humanizado aos usuários cirúrgicos. A busca pelo desenvolvimento e aprimoramento da assistência de qualidade segue contínua e necessária, para o alcance de melhores resultados é fundamental a participação de toda equipe multiprofissional envolvida se comprometendo com melhorias do processo, para a sustentação da prática humanizada da assistência perioperatória. Contribuição para área da saúde: A implantação da SAEP colabora

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na melhoria da qualidade da assistência prestada ao usuário cirúrgico, pois resulta em um processo planejado, individualizado, avaliado e continuado, unindo o pré, trans e pós-operatório, tornando a assistência coesa, humanizada e de qualidade.

Palavras-chave:SAEP, Humanização, Enfermagem em Centro Cirúrgico.

BIBLIOGRAFIA

1. Práticas Recomendadas SOBECC – Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Central de Material e Esterilização. Saõ Paulo; Manole; 6 ed. ver 2013.

2. Castellanos BEP, Jouglas VMG. Assistência de Enfermagem Perioperatória: um Modelo Conceitual. Rev Esc Enferm USP. 1990;24(3):359-70.

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MANUAL PARA ORIENTAÇÃO DOS DIREITOS DA PESSOA COM ESTOMIAS: Estudo de Validação

Arthur Henrique A. de Lima Shirley Santos Martins

Sheyla Cecília Martins Lima Introdução: Estudo de validação de uma Tecnologia Educacional produzida com base nos direitos da pessoa com estomia. A experiência vivenciada no Serviço de Atenção à Pessoa com Estomia no Estágio do Curso em Estomaterapia da Faculdade Gianna Beretta observou-se que geralmente a pessoa com estomias não conhece seus direito nas instituições Públicas e Privadas. Ainda é elevado número de pessoas com estomias que não conhecem seus próprios direitos e não sabem que são amparados por leis governamentais. Objetivo: Validar uma tecnologia educacional para orientação dos direitos da pessoa com estomias. Metodologia: Pesquisa de desenvolvimento metodológico, com abordagem quantitativa.Os participantes foram 3 juízes especialistas estomaterapeuta. A coleta dos dados aconteceu no período de março a setembro de 2015 ocorreu em três momentos. Aplicaram-se um instrumento, organizados em escalas Likert com itens distribuídos em 3 blocos. Os dados foram analisados pela estatística descritiva. Resultados: Os resultado da avaliação dos juízes, constatou-se um valor de 80% de aceitação com a análise quantitativa que obteve concordância entre os juízes-especialistas. A validação dos juízes nos três blocos, expressam satisfação pela iniciativa e apontam que o manual tem grande possibilidade de orientar a pessoa com estomias sobre seus direitos. Conclusão: Conclui-se que houve comprovação do instrumento como estatisticamente válido para ser usado com o público-alvo. A expectativa, nesse sentido, é que o manual para “pessoa com estomias” desperte também a equipe de enfermagem, a equipe multiprofissional, a família e o gestor de saúde para a importância da inclusão da pessoa com estomias através da orientação dos seus direitos. Palavras-chave: Tecnologia Educacional, Estomia, Qualidade de vida.

Referências 1 - Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde. Portaria Nº 400 de 16/11/2009. Diretrizes nacionais para a atenção à saúde das pessoas ostomizadas no âmbito do SUS,09. 2 - Disponível em :http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm>. Acesso em 15/05/15. 3 - NIETSCHE, E.A.; BACKES, V.M.S.; COLOMÉ, C.L.M.; CERATTI, R.N.; FERRAZ, F. Tecnologias educacionais, assistenciais e gerenciais: uma reflexão a partir da concepção dos docentes de enfermagem. Revista Latino-americana de Enfermagem 2005. 4 - POLIT D.F.; BECK C.T. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para as práticas da enfermagem. Ta Ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2011. 5 - TEIXEIRA, E. Tecnologias em Enfermagem: produções e tendências para a educação em saúde com a comunidade. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2010.out/dez; 12(4): 598. Acesso em 20 jul 2011. MEDIDA DE SEGURANÇA: A IMPORTÂNCIA DOS BENEFÍCIOS SOCIAIS NA REINSERÇÃO DOS EGRESSOS DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO (HCTP) EM BELÉM- PA

Luana Célia de Miranda Cordeiro Pinheiro

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Solange Souza Universidade da Amazônia – Unama

Este artigo tem a intencionalidade de analisar a importância dos benefícios sociais no processo de reinserção social dos usuários com transtorno mental em conflito com a Lei, desinternados do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP), em Belém-PA. Para a constituição deste estudo, foram realizadas pesquisas bibliográficas e pesquisas de campo, baseadas na aplicação de entrevistas semiestruturadas, junto aos técnicos da Equipe de Avaliação e Acompanhamento de Medidas Terapêuticas Aplicáveis à Pessoa com Transtorno Mental Em Conflito Com a Lei (EAP), sendo 01 (uma) Defensora Pública, 03 (três) usuários desinternados do Hospital de Estado do Pará (HCTP) e 01 (um) familiar. Os resultados da pesquisa apontam que os benefícios sociais são importantes porque promovem a emancipação dos usuários com transtorno mental; fortalece e restaura vínculos familiares, bem como construção de novas relações sociais; consolida direitos, viabiliza sonhos, promove o empoderamento do usuário e propicia novas expectativas para o futuro.

Palavras – chave: transtorno mental, medida de segurança, benefícios sociais.

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NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Alexandra dos Santos do Carmo

Mônica Louza Cruz

Cristiane de Sena Assis

Introdução: Segurança do paciente e humanização são temas indissociáveis, uma vez que, estão diretamente ligadas a um atendimento de qualidade, voltadas para a satisfação dos usuários, para a busca de motivação e envolvimento dos colaboradores e inter-relação dos processos de trabalho. Visando ao alcance da qualidade na assistência, o Ministério da Saúde publicou a RDC nº 36 de 25 de julho de 2013 que torna obrigatório a implantação de Núcleos de Segurança do Paciente em todos os estabelecimentos de saúde do país, com o objetivo principal de adotar ações voltadas para segurança do paciente. Objetivos: Demonstrar a importância do Núcleo de Segurança do Paciente na instituição de saúde, na perspectiva de melhoria dos processos assistenciais; Divulgar as melhorias ocorridas com a sensibilização da equipe a respeito da segurança do paciente. Metodologia: Este estudo constitui-se um relato de experiência da atuação do Núcleo de Segurança do Paciente no Hospital Regional Público do Leste, instituído em abril de 2016. O hospital possui 70 leitos, sendo 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva, localizado em Paragominas e realiza atendimento de média e alta complexidade. Foram observadas e vivenciadas as atividades do núcleo dentro do hospital, onde evidenciou-se algumas situações de risco. Resultados: As principais ações já realizadas desde o momento da implantação do Núcleo de Segurança do Paciente no hospital foram: realização do cadastro junto a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), no sistema nacional de notificação; levantamento de protocolos implantados no hospital referenteàsboas práticas de funcionamento do serviço de saúde; elaboração do regimento interno edo plano de segurança do paciente; divulgação da cultura de segurança para a comunidade hospitalar; implantação e divulgação da ficha de notificação passiva; formação de grupos de trabalho para elaboração de protocolos ainda não instituídos, a saber: Protocolo de Identificação do Usuário e Protocolo de Prescrição, Uso e Administração de medicamentos. Conclusão: É necessário um direcionamento para que todos estejam integrados quanto à implantação de protocolos e recomendações baseadas em evidências científicas no sentido de melhorar as práticas para a segurança do paciente, introduzindo no processo uma escuta qualificada, levando assim a uma assistência que visa atender a demanda do usuário na sua integralidade, fazendo-o participar ativamente do processo do cuidar. De acordo com as observações vivenciadas no Núcleo de Segurança do Paciente, cabe ao mesmo implantar, monitorar e avaliar continuamente os processos que levam direta ou indiretamente algum dano a usuário. Contribuições para a área de saúde: As principais contribuições para o hospital com um Núcleo de Segurança do Paciente implantado e atuante são muitas, a saber: Gerenciamento dos riscos inerentes à assistência a saúde para prevenção de eventos adversos; Estabelecimento de fluxos de atendimento que oriente a atuação da equipe de saúde caso o dano ocorra com o usuário; Qualificação dos profissionais de saúde atendendo aos requisitos de melhor prestação de serviço; Formação de grupos de discussão e análise de eventos ocorridos no hospital, com elaboração de plano de ação especifico para cada caso; Melhor organização e gestão do serviço de saúde baseado no gerenciamento de risco.

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Palavras-chave: Segurança; Paciente; Qualidade.

REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde. RESOLUÇÃO - RDC Nº 36, DE 25 DE JULHO

DE 2013: Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0036_25_07_2013.html> Acesso em: 12 de setembro de 2016.

FELDMAN, Liliane Bauer (org.). Gestão de Risco e Segurança Hospitalar. São Paulo: Martinari, 2008. 376p.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO REDÁRIO DO HOSPITAL REGIONAL PÚBLICO DO MARAJÓ

Lucas Bernardes Cabral Marly Oliveira do Nascimento

Leila Soares Fernando Oliveira

Joaquim Fonseca Junior

Eixo Temático: Humanização e Gestão em Saúde

Humanização é a ação ou o efeito de humanizar, de tornar afável, agradável. Implica na evolução do homem, pois ele tenta aperfeiçoar as suas aptidões através da interação com meio no qual está inserido. Para um hospital se tornar um local humanizado, necessita não somente do conhecimento científico de seus profissionais, mas também de uma visão holística de todo o quadro funcional. Para cumprir a tarefa de humanizar, os indivíduos utilizam recursos e instrumentos como forma de auxílio, desta forma, tornando ambientes pouco agradáveis em locais com sensação de bem-estar e segurança. É um desafio para as instituições, desmistificar a ideia de que hospitais são locais frios, de medo, e dor. Para tanto, é necessário torná-los mais agradáveis tanto para a estadia dos usuários quanto dos acompanhantes. O desafio é ainda maior quando queremos transformar o meio e respeitar a cultura local. Humanizar na área da saúde implica uma mudança na gestão dos sistemas e de seus serviços. Com o objetivo de proporcionar um ambiente tranquilo e confortável aos acompanhantes, foi sugerido à gestão a implantação na ala pediátrica do redário. A visão do gestor, além de ser humanizada, deve avaliar o impacto financeiro da implantação de melhorias. Analisando financeiramente, as redes tornaram – se a melhor opção, pois o custo seria da instalação dos atadores de redes e da mão de obra. O Hospital Regional Público do Marajó, no município de Breves, dispõe de atendimento de média e alta complexidade, prestando assistência a oito municípios da região do Marajó, é administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano. A metodologia utilizada foi a intervenção com a instalação do redário para uso dos acompanhantes, as redes são trazidas de casa, entregues a recepção e encaminhadas a lavanderia, sendo garantido a higienização na admissão, alta e quando necessário. Após esse procedimento, as redes são devolvidas para o uso. Os acompanhantes devem respeitar os horários estabelecidos e sempre que as equipes de assistência ou de apoio adentrarem as enfermarias, as redes devem ser recolhidas, garantindo assim a manutenção de um ambiente limpo e seguro. O resultado dessa implantação foi muito positivo, pois os acompanhantes passaram a ter mais conforto e tranquilidade, pois o uso das redes remete-os ao ambiente do lar, minimizando o impacto da internação. O respeito ao hábito amazônico fez grande diferença no atendimento. Nesse projeto-piloto, percebe-se a importância em olhar o usuário como um todo e entendemos que os acompanhantes fazem parte deste todo. Proporcionamos além de uma assistência de excelência um atendimento humanizado e integral. Esse projeto é de suma importância, minimiza impactos financeiros, evita gasto com a aquisição de poltronas, proporciona conforto, respeita a cultura regional e oferece um olhar diferenciado a usuários e acompanhantes. Com isso cumprimos a nossa missão de prestar assistência hospitalar de excelência aos usuários do SUS, acolhendo com respeito, tratando com qualidade e gerindo com sustentabilidade.

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Palavras-chave: Projeto Redário, Humanização, Custos, Qualidade.

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MODALIDADE: PÔSTER

A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA FIBROSE CÍSTICA EM ENFERMARIA PEDIATRICA DE HOSPITAL DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO PARÁ.

Iasmin Pereira Cabral Allan Oliveira de Lira

Bruna D’Paula Souza da Costa Samara Suellen da Costa Brito

Ynary Loranny Cordovil Mota

Introdução: A Fibrose Cística (FC) trata-se de uma doença genética autossômica recessiva que acomete principalmente crianças e indivíduos de raça branca devido a mutações no gene localizado no braço longo do cromossomo 7, responsável pelo transporte de cloro intracelular. Esta alteração gera uma sintomatologia que envolve comumente o pulmão, intestino e glândulas sudoríparas, apresentando secreções espessas, dificultando a sua eliminação e aumentando a susceptibilidade às infecções e respostas inflamatórias persistentes, o que induze a longos períodos de internação hospitalar. Objetivo:Descrever a atuação da Fisioterapia na FC em uma enfermaria pediátrica de um hospital de referência do estado do Pará. Metodologia:Trata-se de um relato de experiência vivenciado na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, no primeiro semestre do ano de 2016. Pacientes com FC, em idade pediátrica, comumente são submetidos a longos períodos de internação apresentando comprometimento do sistema respiratório com diminuição no clearance mucociliar, sinusite, bronquite, pneumonia, bronquiectasia e fibrose, além de apresentar má absorção de gorduras, proteínas e carboidratos, causando alterações no trato digestivo, diarréia crônica, desnutrição calórica protéica, baixo peso e tamanho reduzido, o que gera ainda perda de força muscular, cansaço ao tossir e deformidades. Neste sentido o tratamento fisioterapêutico valeu-se de recursos como a vibração torácica, drenagem postural, Bag squeezing, posicionamento, aspiração das vias aéreas, estimulação da musculatura respiratória, estimulação sensório-motora, orientações ao cuidador e esclarecimento sobre a FC e suas implicações clínicas. Resultados: Neste sentido, a atuação da Fisioterapia visou promover a qualidade de vida desses pacientes, permitindo auxilio na educação respiratória, com a manutenção e melhora da força muscular respiratória e diminuição do trabalho respiratório, assim como melhorando e mantendo a expansibilidade pulmonar, e contribuindo para melhora da função motora, atuando na prevenção de possíveis deformidades torácicas e posturais além de empoderar o cuidador, lhe oferecendo maior autonomia e segurança diante das necessidade diárias da criança portadora de FC. Conclusão: Ao final da experiência pudemos perceber que a Fisioterapia atuou de forma positiva na vida dessas crianças e seus familiares, uma vez que além de ajudá-las fisicamente também trouxe qualidade de vida e maior segurança ao cuidador, tornando-se uma oportunidade ímpar no desenvolvimento e capacitação de novas práticas e aprendizados com um olhar humanizado sobre os pacientes pediátricos e a participação do cuidador em suas necessidades. Contribuições para a área da saúde: Mostrar a importância da intervenção fisioterapêutica dentro da assistência ao paciente com FC uma vez que pode favorecer a qualidade de vida desses pacientes através de diferentes mecanismos incluindo o estímulo a participação do cuidador em seu desenvolvimento. Palavras-chave: Fisioterapia, Pediatria,Fibrose Cística.

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A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO PRÉ-NATAL DE GESTANTES DE ALTO RISCO EM UM HOSPITAL NO INTERIOR DA AMAZÔNIA.

Samara Suellen da Costa Brito Iasmin Pereira Cabral.

Ynary Loranny Cordovil Mota

Introdução: A gestação é um período excepcional e um fenômeno fisiológico exclusivo do corpo da mulher, compreendendo alterações físicas, psicológicas e sociais específicas, cuja evolução se dá, na maioria dos casos, sem intercorrências. Apesar disso, há uma pequena parcela de gestantes que podem desenvolver problemas ou sofrer agravos durante o período gestacional, aumentando as chances de uma evolução desfavorável tanto para o feto quanto para mãe, o que identifica uma gestação de alto risco. Garantir que a gestante e o bebê mantenham-se saudáveis durante os nove meses é a principal missão do pré-natal; sua realização representa um papel fundamental em termos de prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.Objetivo: Descrever a atuação da Fisioterapia no pré-natal de gestantes de alto risco em um hospital no interior da Amazônia. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência vivenciado no Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria, no interior do Pará, município de Bragança no primeiro semestre do ano de 2016. Mulheres em período gestacional, com idades entre 18 e 45 anos, com diferentes idades gestacionais, apresentando pelo menos um fator que as classificassem como gestação de alto risco, foram submetidas à sessões semanais de Fisioterapia em grupo onde foram realizados exercícios para o alívio de dores e desconfortos musculoesqueléticos; bem como o preparo físico para as adaptações das alterações biomecânicas e fisiológicas da gestação; orientações de exercícios respiratórios e de relaxamento para alívio da dor durante o parto; prevenção de disfunções no assoalho pélvico decorrentes da gestação e parto através de orientações e exercícios para fortalecimento dessa musculatura; preparo das mamas para o aleitamento materno; orientações de posicionamentos e posturas adequadas nas atividades diárias prevenindo sobrecargas indevidas na coluna e na pelve; e estimulação da circulação linfática e sanguínea prevenindo a instalação de edemas. Quando necessário, por alguma demanda específica era realizado atendimento individualizado. Foi entregue um folder informativo sobre as questões que estavam sendo trabalhadas durante esse período. Resultados: Ao final da experiência pudemos perceber que a Fisioterapia atuou e interviu de forma positiva na vida dessas mulheres, uma vez que além de ajudá-las fisicamente na manutenção de uma gravidez saudável também trouxe qualidade de vida e tranquilidade psicológica para a hora mais esperada durante a gestação, o parto. Conclusão: Participar do programa de atendimento fisioterapêutico tornou-se uma oportunidade ímpar para o desenvolvimento e capacitação de novas práticas e aprondizados. Esse é sem dúvida um dos passos iniciais para a construção de um novo ensinar e prevenir em Fisioterapia, com um olhar humanizado sobre todas as fases pelas quais as gestantes passam. Contribuições para a área da saúde: Mostrar a importância que o Fisioterapeuta tem dentro da equipe multidisciplinar do pré-natal de alto risco, mostrando que exercícios praticados regularmente, bem orientados, trazem efeitos benéficos para o corpo da gestante e também aumentam a auto-estima, promovendo um bem-estar emocional. Assim, a Fisioterapia vem ganhando seu espaço e participando mais ativamente de todas as fases da vida da mulher.

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Palavras-chave: Fisioterapia, pré natal, Amazônia.

A EFETIVAÇÃO DA POLÍTICA DE HUMANIZAÇÃO AOS PAIS DOS RECÉM NASCIDOS INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA NEONATAL: Entre o Texto e o Contexto.

Camila Judith Biá Nunes Viana EIXO III – Humanização na assistência ao paciente do SUS

Durante o cenário de prática da residência multiprofissional na área da saúde da mulher e da criança foi observado algumas situações de pais que possuíam seus recém nascidos internados no setor da Neonatologia da FSCMP e estes reclamavam do atendimento despendido a eles, assim como queixavam-se do acolhimento oferecido a eles durante a internação dos seus filhos e outras situações que eles vivenciavam e reclamavam, como as vezes por exemplo; não entenderem o real quadro clínico que seu RN encontrava-se, diante disso surge o interesse de estudar e pesquisar esse atendimento oferecido aos pais dos neonatos internados, pois percebemos por meio da observação que eles encontram-se em um momento de medo e sofrimento devido esse processo de permanência de seu filho em um hospital, algo que muitas vezes nem imaginavam passar, distanciando-se de sua família, amigos e de seu lar. Por isso buscamos identificar se de fato a Política de Humanização está sendo efetivada no atendimento despendido aos pais dos recém nascidos internados, conhecendo deste modo como está sendo desenvolvido o trabalho da equipe multiprofissional no atendimento realizado aos pais e também identificando possíveis limitações e dificuldades que os pais possam vim a ter. Para elaboração desse trabalho será realizada pesquisa qualitativa de caráter investigativo por meio de entrevistas sociais elaboradas com os pais e com alguns profissionais de saúde que atendem nas UCI’s e UTI’s, de tal maneira que possamos analisar os dados dessa pesquisa de forma qualitativa, será selecionado quinze leitos dentre as Unidades Neonatais para os pais participarem, posteriormente o trabalho aprovado pelo comitê de ética da FSCMP, os pais serão orientados sobre o intuito da pesquisa e se aceitarem participar, assinaram o termo de compromisso livre e esclarecido, sendo preservado o sigilo e obedecendo a mais atual Resolução 466 de 2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), considerando e respeitando as normas de Pesquisa Envolvendo Seres humanos, a presente pesquisa seguira o método materialista-dialético de forma a analisar a realidade social que os pais estão inseridos e as mudanças de costume que interferem durante a experiência deles na Neonatologia. Portanto com a analise dos dados por meio da coleta de dados da pesquisa, pretendemos analisar, se de fato, os pais se sentem atendidos, acolhidos e orientados de forma que seja efetivada o atendimento humanizado a eles, ou então, não está se desenvolvendo um atendimento humanizado, logo após analisarmos se esse resultado contribui ou não para o atendimento humanizado, concluiremos o que dificulta garantir esse atendimento e caso esteja sendo garantido o que pode ser feito para melhorar a qualidade ainda mais do mesmo e dos serviços de saúde oferecidos pelos profissionais e pela FSCMP, de forma que possamos contribuir para um acolhimento com mais qualidade na escuta, no apoio e nas orientações necessárias para conhecimento dos pais sobre o tratamento do seu RN e da própria rotina do hospital, garantindo assim maior qualidade dos serviços de saúde no referida fundação.

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A HUMANIZAÇÃO NO AMBIENTE HOSPITALAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Breno Brito Meireles

Bruna Feitosa Pinto

Paula Viana

Clévia Dantas Luz de Matos

Introdução:“A Política Nacional de Humanização (PNH) busca transformar as relações de trabalho a partir da ampliação do grau de contato e da comunicação entre as pessoas e grupos, tirando-os do isolamento e das relações de poder hierarquizadas”(PNH,2013).Objetivo:Levar humanização ao ambiente hospitalar através de ações lúdicas promovendo um declínio na rotina do hospitalizado. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado no dia 22 julho de 2016, durante uma ação do grupo de voluntários da humanização do comitê de humanização da Santa Casa, utilizou-se de técnicas lúdicas preconizadas pela PNH desenvolvidas na brinquedoteca da ala pediátrica do hospital oncológico infantil Octávio Lobo, sendo realizados jogos de entretenimento e música ao vivo. Resultado:a ação teve participação em média de 11 crianças com idade entre 4 a 16 anos, internadas no hospital acompanhadas de seus responsáveis, direcionados para a brinquedoteca a partir do convite dos voluntários, a sala estava antecipadamente preparada para a realização das atividades, sendo elas, individuais e coletivas, entre elas futebol de pano e música ao vivo, promovendo interação entre voluntários, pacientes e acompanhantes. Conclusão: O ambiente hospitalar promove mudanças na rotina de seus pacientes, lidando-se com angustias,dor e medo, promover a humanização em tal espaço é de grande relevância para o bem-estar dos mesmos,implicando positivamente em seu tratamento. Para a psicologia a humanização age como facilitadora no processo de saúde psicológica,contribuindo assim para o resgate do ser humano,onde o mesmo é assistido de forma integral,em contrapartida a humanização proporciona à enfermagem uma assistência diferenciada, humana e efetiva utilizando-se de tecnologias levassem do primordial para uma assistência de qualidade. Palavras-chave: Humanização, Psicologia e Enfermagem. Referências: 1-Brasil.Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Humanização/ Ministério da Saúde.Secretaria de Atenção à Saúde.Departamento de Atenção Básica.–Brasília:Ministério da Saúde, 2013.

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A TENDA DO CONTO COMO PRÁTICA DE HUMANIZAÇÃO NO SUS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Lorena Taynan Vasconcelos Queiroz Karla Andreza Pereira Moreira

Kátia Cristina de Souza Santos Rita do Socorro Ribeiro Quaresma

Introdução: A Tenda do Conto surge a partir de narrativas de histórias de vida contadas por meio de objetos afetivos dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em Unidades de Saúde da Família. Haja vista que se estabelece uma escuta entre profissional e paciente, reconhecendo-os enquanto sujeitos de direito e o exercício da cidadania. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura e disseminar a tenda do conto como prática investigativa e interventiva de forma humanizada e assistência integral na promoção em saúde. Metodologia: O levantamento de dados foi desenvolvido a partir da utilização do livro “A tenda do conto como prática integrativa do cuidado na atenção básica” juntamente com a base de dados da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS). Os critérios de inclusão definidos para a seleção de artigos foram: artigos publicados em português e inglês, artigos na íntegra que retratem a temática referente a humanização com pacientes do SUS e que estejam indexados nos referidos bancos de dados nos últimos 5 anos. Resultados: A partir do levantamento feito na base de dados juntamente com o livro “A Tenda do Conto” nos permitiu a elaboração de três eixos temáticos: A tenda do conto como experiência na humanizaçãoa construção da humanização e a assistência humanizada aos pacientes do SUS.Conclusão: A Tenda do Conto como prática de humanização impõe a participação de todos os profissionais da área da saúde que compõe o SUS. Contribuições/implicações para a área da saúde: O estudo evidencia que a prática da tenda do conto tem contribuído para a melhoria da assistência na saúde compreendendo o processo, seja biológico, seja psicossocial no contexto humanizado. Contudo, é necessário investir em ações, campanhas, programas e políticas eficazes e permanentes, tendo como base a ética, o respeito, o reconhecimento mútuo, solidariedade e responsabilidade com o outro. Palavras-chave: humanização; assistência humanizada; SUS.

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AVALIAÇÃO E MANEJO DA DOR NO RECÉM-NASCIDO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL.

Suziane de Souza Giroux Júlia Cláudia Silva de Oliveira

Vanessa Pompeu Baia Naiane Fernandes Feitosa

Benedito do Carmo Gomes Cantão

EIXO III- HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE DO SUS. INTRODUÇÃO: Durante o período de hospitalização na Unidade de terapia intensiva neonatal os neonatos são expostos a numerosos estímulos dolorosos que incluem deste a separação materna até a manipulação frequente associada aos procedimentos realizados.A identificação, avaliação e intervenção do processo doloroso precisam ser uma constante e um desafio a ser superado pela equipe de profissionais envolvidos no cuidado ao recém-nascido. OBJETIVO: Este estudo objetivou analisar os diferentes instrumentos de avaliação e controle da dor do recém-nascido na unidade de terapia intensiva neonatal disponível na literatura brasileira no período de 2010 a 2015. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada por meio do Portal de Pesquisa da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). A amostra foi constituída por 10 artigos publicados em periódicos nacionais nos últimos 05 anos, no período de 2010 – 2015. Os dados foram organizados utilizando como instrumento um formulário de autoria própria chamado quadro sinóptico, e posteriormente, os dados foram analisados e subdivididos em eixos temáticos. RESULTADOS: Através dos resultados constatou-se que a avaliação da dor ocorre de forma não sistematizada, já que a maioria dos artigos evidenciou a utilização de parâmetros fisiológicos e comportamentais de forma isolada, não considerando a aplicabilidade das escalas de dor no RN propostas. Em relação ao manejo da dor no RN pela equipe de profissionais, percebeu-se que as condutas citadas na maioria dos artigos abordados são consideravelmente condizentes com a literatura. CONCLUSÃO :Pouco é o conhecimento dos profissionais a respeito da avaliação a ser realizada para a detecção da dor no RN , evidenciadas através da não aplicabilidade das escalas de dor nos neonatos, assim, sendo ,é de suma importância que a equipe multiprofissional que atuem com esses pacientes saibam identificar, avaliar e intervir diante do processo doloroso no RN, proporcionando assim, uma assistência mais humanizada. CONTRIBUIÇÕES: Os estudos dessa natureza contribuem para a disseminação do conhecimento e aprimoramento profissional da equipe que atua na UTI neonatal. Palavras-chave: Recém-nascido, dor, neonato. Referências: 1-GUINSBURG, R.& CUENCA, M.C. A Linguagem da dor no Recém -Nascido. Sociedade Brasileira de Pediatria. Documento Científico do Departamento de Neonatologia. São Paulo ,2010. ]2- CHRISTOFFEL, M.M., SANTOS R.S. A dor no Recém-Nascido e na Criança, Revista Brasileira de enfermagem, 2013-jan-mar, 54(1):27-33

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DISCUTINDO A ATUAÇÃO DOS RESIDENTES DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO HUMANIZADA À PUERPERA COM HIV/AIDS

Jéssica Lais Monteiro dos Santos Alessandra Cordeiro Sousa

Raissa Moreira Camarão Anna Paula Alves de Almeida

INTRODUÇÃO: O HIV/AIDS sofreu transformações epidemiológicas significativas. Inicialmente a doença acometia principalmente homens de grupos vulneráveis como usuários de drogas e homossexuais. Hoje a epidemia é movida pelo processo de heterossexualização, o que gerou a crescente transmissão e incidência de mulheres infectadas com o vírus incluindo mulheres gravidas e puérperas. Diante desta realidade, fica evidente a necessidade da qualificação da equipe de enfermagem para atuar junto a esta clientela, desempenhando de forma satisfatória os cuidados a puérpera soropositiva.OBJETIVO: Debater a importância do atendimento humanizado à puérpera soropositiva, prestado por residentes de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa de aspecto exploratório. Ocorreu no mês de agosto, realizado através de duas rodas de conversa com residentes de enfermagem que ocorreu após a vivência em prática no alojamento conjunto de um hospital de referência materno-infantil em Belém do Pará, através das respectivas questões direcionadas: Qual a importância da humanização no cuidado à puérpera soropositiva no alojamento conjunto? E como é a abordagem do residente de enfermagem à puérpera com HIV?RESULTADOS:Verificou-se que a visão humanizada das residentes à puérpera se foca na atenção ao acolhimento, o qual assume a função de escuta qualificada e dar respostas positiva capaz de minimizar os problemas de saúde da puérpera. Foi possível identificar que a equipe ainda não tem uma abordagem adequada à puérpera, pois referiu que trata todas de forma igualitária sem considerar as peculiaridades necessárias à mulher portadora do HIV. CONCLUSÃO: Trabalhar o cuidado humanizado com puérperas soropositivas, não é algo fácil, tão somente por tudo que envolve esta condição, entre elas as questões emocionais, sociais e éticas. Com isso, podemos perceber que cada mulher que se encontra nesta situação, deve ser tratada de forma integral e individualizada para que suas necessidades possam ser atendidas adequadamente. Nesse sentido, a importância da capacitação, e a discussão sobre o tema entre os residentes de enfermagem são de suma importância, com o objetivo de buscar aprimoramento dos conhecimentos sobre o cuidado humanizado, considerando as individualidades no tratamento das puérperas soropositivas no alojamento conjunto.

Palavras-chave: Humanização, Saúde da mulher, HIV/AIDS.

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EDUCAR PARA CUIDAR Gisele Silva

Nathiele Macêdo INTRODUÇÃO: Para um sistema único de saúde humanizado, é necessário que a Educação em Saúde articule ações e fomente a interação entre os profissionais com os acompanhantes e familiares dos recém-nascidos (RNs) internados, com a perspectiva de apoiar e instruí-los a serem protagonistas na construção de sua saúde e de seus bebês. OBJETIVOS: Possibilitar que os acompanhantes e familiares agreguem novos conhecimentos que os habilitarão a participar ativamente nos cuidados dos filhos e a lidar com bom êxito no período de internação e alta. METODOLOGIA: Método crítico-reflexivo, aplicado por meio de rodas de conversa, a grupos de 30 participantes, com os seguintes recursos pedagógicos: álbum seriado, vídeos, jogos e distribuição de folders educativos. RESULTADOS: O projeto ‘Educar para Cuidar’ acolheu 250 pessoas entre, pais, mães e familiares dos (RNs) no período de abril a setembro de 2016, com proposições temáticas diversas, envolvendo cuidados da saúde física e emocional, o gerou ótimos resultados no que tange ao fortalecimento dos usuários nos cuidado de sua saúde, do bebê e contribuiu para estreitar o relacionamento entre profissionais e familiares. CONCLUSÃO: A saúde é direito de todos e buscá-la sobre uma ótica humanizada é o nosso dever, em virtude desta proposta a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, se responsabiliza eticamente em disponibilizar a melhor assistência para seus usuários, por isto, os encontros realizados mediante o projeto, eram fomentados e idealizados para a construção de uma postura autônoma dos usuários e a máxima interação possível entre eles e os servidores envolvidos. O que produziu resultados positivos para efetividade do projeto. CONTRIBUIÇÕES/ IMPLICAÇÕES PARA A ÁREA DA SAÙDE: A Portaria nº 930 de 10 de março de 2012 no capítulo I, artigo 3, parágrafo VI, reza sobre a importância do ‘estímulo à participação e ao protagonismo da mãe e do pai nos cuidados do recém-nascido’. Em consonância com essa premissa, o projeto oportunizou aos acompanhantes e familiares a participação ativa no processo de desenvolvimento da sua saúde e do bebê, alicerçou conhecimentos relacionados aleitamento materno, troca de fraldas e banho, alimentação saudável, método canguru, exercícios de relaxamento entre outros. Esta multiplicação de conhecimentos propiciou o estreitamento da relação entre profissionais e familiares e desenvolveu um ambiente acolhedor para os acompanhantes. Palavras-Chave: Educação em saúde, Humanização, Protagonismo da família.

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HUMANIZAÇÃO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA: PERCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM

Marcelo Williams Oliveira de Souza Fabio Conceição dos Santos

EIXO III – Humanização na assistência ao paciente do SUS

Introdução: No setor da saúde, a preocupação com as questões relacionadas ao atendimento à população nos serviços de saúde contribuiu para o lançamento da Política Nacional de Humanização (PNH), em 2004. Tal política no momento de seu lançamento representou um avanço e grande desafio para os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), pois em virtude desta necessidade e como forma de sua viabilização exigiu a valorização dos usuários, dos trabalhadores e gestores implicados no processo de produção de saúde. Esta valorização está imbricada no incentivo à autonomia desses sujeitos, além do aumento do grau de corresponsabilidade na produção de saúde. A humanização em saúde é uma das prioridades nas políticas de saúde no Brasil, implicando as atitudes dos usuários, trabalhadores e gestores dos serviços. Objetivo: Identificar a percepção da equipe de enfermagem sobre a humanização no cuidado em uma unidade de terapia intensiva pediátrica. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa. Participaram desta pesquisa 11 integrantes da equipe de enfermagem (três enfermeiras e oito técnicas em enfermagem) da unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital do Norte do Brasil. Resultados: A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas, analisadas conforme referencial da análise de conteúdo temática. Emergiram três categorias temáticas: humanizar é ver o outro como um todo-acolher; o vínculo e a comunicação como práticas humanizadoras; e falta de ambiência como prática desumanizadora. Identificou-se que a compreensão da equipe de enfermagem sobre humanização pauta-se na própria ciência do cuidado de enfermagem, e não especificamente na Política Nacional de Humanização. Conclusão: Os resultados apresentados demonstram que a percepção da equipe de enfermagem sobre humanização pauta-se na própria ciência do cuidado de enfermagem e não especificamente na PNH ou em mudanças realizadas no serviço para a sua implantação. O cuidar de forma humanizada envolve o olhar holístico, o acolhimento, a relação de vínculo e a comunicação. Contribuições/implicações para área da saúde: Este estudo contribui para uma reflexão contínua sobre a implementação e consolidação da PNH, principalmente, pelo estímulo à participação e valorização da enfermagem a qual já possui em sua essência de trabalho o cuidado. Palavras-chave: Humanização da assistência. Cuidados de enfermagem. Enfermagem neonatal. Enfermagem pediátrica.

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MÉTODO CANGURU: UMA ESTRATÉGIA DE HUMANIZAÇÃO EM NEONATOLOGIA PARA PROMOÇÃO DO ALEITAMENTO

Andressa Tavares Parente Suane do Socorro Fiel da Costa Souza

Marley Olinda de Lima Cardoso

Universidade Federal do Pará Introdução: Considerado como método de humanização de assistência neonatal, voltado para o atendimento do Recém-Nascido de Baixo Peso (RNBP), caracteriza-se pela técnica de colocar o bebê em contato pele a pele. Este contato evoluiu até a colocação do Recém-Nascido (RN) em decúbito ventral no peito da mãe, do pai ou outro familiar (posição canguru), ligeiramente vestido e com o corpo seco. Baseado em evidências na literatura, este método apresenta várias vantagens para o RNBP, destacando, o Aleitamento Materno (AM) como um dos mais evidentes, pois o contato pele- a- pele facilita o reconhecimento de ambos no momento em que o RN procura a mama, aumentando consequentemente a frequência da amamentação. Desde o primeiro momento de vida, o bebê por instinto procura a mama da mãe para saciar-se; nesse momento encontra, além de alimento, afeto e carinho. Objetivo: Avaliar, através da Revisão Integrativa, a prática do Método Canguru como uma estratégia humanizada de cuidado ao Recém-nascido de baixo peso para promoção do aleitamento. Metodologia: Para alcançar o objetivo proposto, optou-se por uma revisão integrativa da literatura, para a elaboração do referido estudo, buscou-se publicações científicas brasileiras, disponíveis através da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) indexada nas bases de dados. Para busca eletrônica foram utilizados os indexadores controlados contidos no DeCs (Descritores em Ciência da Saúde), através dos seguintes termos ou descritores: Método Canguru; Recém-nascido de baixo peso. Foram utilizados artigos publicados entre o ano de 2004 a 2014. Resultados: A partir da análise minuciosa dos artigos, emergiram 7 (sete) categorias: Benefícios associados ao AM em RNBP no MC; O MC como mediador do binômio mãe-filho; Impacto do MC em mães de RNBP participantes do método; Dificuldades encontradas no contexto do MC; Atuação da equipe de enfermagem como facilitadores do MC; O tempo de internação associado à prática do MC e O método canguru como instrumento de humanização ao RNBP. Ressaltando que os eixos temáticos foram organizados de acordo com sua relevância, da maior para menor frequência dos resultados. Conclusão: As evidências sobre as características do programa MC e os seus efeitos sobre o aleitamento materno apontaram o MC como um programa beneficiador para o binômio por ser um instrumento que favorece a amamentação, traz benefícios à saúde do RNBP, reduz o tempo de internação hospitalar, humaniza a assistência, melhora o vínculo mãe-filho, ao dar à mãe função essencial no cuidado do recém-nascido, e aumenta a adesão ao aleitamento materno exclusivo. Contribuições: o método canguru é uma estratégia de cuidado assistencial humanizado e diferenciado em neonatologia, focando em objetivos compartilhados entre equipe e binômio, permitindo o alcance desses objetivos em menor tempo, com mais eficiência e estabelecendo vínculo entre mãe e filho, sendo o programa um aliado importante aos prestadores de assistência neonatal. Palavras-chave: Método Canguru; Recém-nascido de baixo peso.

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

O ACOLHIMENTO EM UM HOSPITAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: UMA

EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO SOCIAL

Andra de Nazareth Navarro dos Santos Lanna Karime Leal de Castro

EIXO III – HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE DO SUS

INTRODUÇÃO:O acolhimento como uma das diretrizes da Política Nacional de Humanização do SUS conceitua-se como ação de acolher, como uma atividade de aproximação, um “estar com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão.O assistente social, portanto, utiliza o acolhimento para alcançar a qualidade da atenção na assistência agregando valores éticos, além do respeito e da solidariedade ao ser humano. Sendo assim, este profissional atuando em um hospital de urgência e emergência, de alta e média complexidade, deve lembrar que humanizar é preocupar-se também com a singularidade e particularidade de cada paciente poli traumatizado. Logo, a questão da humanização, neste espaço ocupacional de saúde, faz-se primordial no enfrentamento do trauma, o qual mostra-se cruel, afetando não só a vida do paciente, como dos seus familiares. OBJETIVOS: Relatar como o acolhimento está sendo desenvolvido pelos assistentes sociais em um Hospital de Urgência e Emergência. METODOLOGIA: Neste estudo, utilizou-se a pesquisa bibliográfica e um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa. Participaram do presente estudo: assistentes sociais de um Hospital de Urgência e Emergência do município de Ananindeua. A coleta de dados foi feita no período de janeiro à agosto de 2016. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Através da observação das autoras, no lócus do estudo, afirma-se que os assistentes sociais ao utilizar o acolhimento nas suas ações de saúde favorecem a construção de uma relação de confiança e compromisso com os usuários, contribuindo para novas práticas e legitimação do Sistema Único de Saúde. Desta forma, a intervenção profissional pauta-se pela democratização do acesso do usuário aos serviços de saúde, dando destaque para a mediação da garantia de direitos e sensibilização nas relações entre profissionais e usuários. Logo, o acolhimento faz-se importante para efetivação da integralidade do cuidado. Observou-se durante o estudo que a intervenção do assistente social, mediante parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade, estimula a construção do protagonismo social, autonomia e inclusão do paciente e familiar, tornando-os sujeitos de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde. CONCLUSÃO: Conclui-se que o acolhimento favorece a qualidade da atenção do SUS. E o lidar com pessoas hospitalizadas e seus familiares torna visível a vulnerabilidade que acomete todos os que passam por essa situação, mostrando a importância da humanização no atendimento. Isso fica ainda mais evidenciado quando se considera que, além de estarem vivendo um momento de fragilidade e ansiedade devido o trauma, muitas pessoas têm seu sofrimento agravado por desconhecerem seus direitos de cidadania. O atendimento humanizado é um meio de amenizar a ansiedade e o sofrimento do paciente/acompanhante, mediante isto humanizar é preciso para que se possa dar melhores condições para este paciente, como sujeito de direitos em condições dignas de atendimento. CONTRIBUIÇÕES PARA AREA DA SAÚDE: Evidenciar a importância do acolhimento no contexto hospitalar.

Palavras-chave: Acolhimento, Serviço Social, Urgência e Emergência.

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O LÚDICO COMO PRÁTICA EDUCATIVA EM ESPAÇO AMBULATORIAL

Rosilene Ferreira Gonçalves Silva

Ceila Ribeiro de Moraes

Thaiza de Sá Barros

Auriane Cristine Gomes Souza

Jessica Veloso Nahum

Rita de Cássia Batista dos Santos

Rita de Kássia da Silva Santos

Izabela Pantoja do Espírito Santo

EIXO II – Humanização na formação em saúde

Introdução: O trabalho apresenta a experiência do projeto de extensão em Pedagogia Hospitalar da Universidade do Estado do Pará (UEPA), por meio do subprojeto “Educação e Ludicidade no Ambulatório: Linguagens, Movimento e Saúde” realizado no Ambulatório de Especialidades Pediátricas da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP). Objetivo: Tem como objetivo contribuir com a educação das crianças que frequentam o ambulatório, exercitando seu raciocínio lógico, criatividade, interação, espontaneidade, sociabilidade e construção de conhecimento, bem como, o fortalecimento da formação do pedagogo. Metodologia: Os participantes desse projeto são crianças e os seus acompanhantes atendidos no ambulatório pediátrico desse hospital, advindos da capital e interiores paraenses. As atividades de extensão realizadas levam em conta a patologia clínica da criança, as necessidades físicas, emocionais, afetivas e sociais, cooperando, assim, com os serviços de saúde oferecidos no ambulatório, tornando-o um espaço alegre, amoroso e educativo. Resultados: Os resultados do Projeto demostram como a pedagogia e suas atividades práticas, em espaço ambulatorial, repercutem nas relações que a criança cria no hospital, favorecendo o fortalecimento das relações sociais e o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo, demonstrando a relevância do trabalho do pedagogo em ambiente hospitalar, pois a prática pedagógica em espaço ambulatorial é um trabalho humanista que oferece um ambiente acolhedor para as crianças e suas famílias, expandindo os olhares sobre uma educação que vai além do contexto escolar. Conclusão: Assim, as contribuições são sentidas tanto no processo pedagógico-educacional das crianças em tratamento especializado de saúde, quanto na formação do pedagogo, em que percebemos um forte envolvimento e comprometimento com as atividades desenvolvidas, que favorecem a preparação dos futuros profissionais para situações que envolvem o atendimento pedagógico na área da saúde, deixando-os aptos a atuarem em meios escolares e não escolares, expandindo os olhares sobre uma educação, que vai além da sala de aula. Palavras-chave: Pedagogia Hospitalar, Extensão Universitária, Ambulatório

Pediátrico.

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O LÚDICO: UM ESTUDO DAS AÇÕES COLETIVAS DO BRINCAR E BRINCADEIRAS EM HOSPITAL.

Alessandra de Cassia Lobato Dias Eliza Paixão da Silva

Leilane Almeida de Morais Nicole Pinheiro Lobato. Geovana Brito Nascimento

Márcia Cristina dos Santos Bandeira

EIXO II – Humanização na formação em saúde.

INTRODUÇÃO: Esse resumo visa o estudo da ludicidade das ações coletivas do brincar e brincadeiras em hospital, fala da importância do lúdico como fator que auxilia na recuperação dos pacientes, tratando não somente a recuperação física como também psicológica e social e toda sua corporeidade, da criatividade do profissional e da utilização de brinquedos, histórias, peças teatrais, músicas e danças no ambiente hospitalar. OBJETIVOS: Mostrar a importância do lúdico na recuperação do paciente. METODOLOGIA: Análise documental sobre o tema, usando artigos e sites. RESULTADOS: Atividades lúdicas no processo de tratamento e recuperação do paciente ajudam a diminuir os efeitos estressantes, preocupantes da hospitalização e ainda irá tornar o tratamento mais humanizado, não só tratar a patologia que o paciente possui, mas também estimular o lado sensível e lúdico no sentido de trazer maior tranquilidade ao mesmo, buscando um equilíbrio corporal e mental.CONCLUSÃO: Diante disso, nota-se a importância do lazer, quando é desenvolvido no ambiente hospitalar contribui para trazer de volta a autoestima e, consequentemente, ajuda na recuperação do paciente. CONTRIBUIÇÕES/ IMPLICAÇÕES PARA A ÁREA DA SAÚDE: É muito importante o profissional da saúde saber as vantagens do brincar no ambiente hospitalar, uma vez que ameniza a drástica mudança de rotina que o paciente enfrenta com a hospitalização e que pode gerar estresses, preocupações e diversas coisas que podem atrapalhar na sua recuperação. A ludicidade é uma forma de tratamento humanizado para os pacientes se recuperarem de uma maneira mais rápida, buscando a saúde do paciente como um todo: física, mental e social.

Palavras-chave: Ludicidade. Brincadeiras. Lúdico. Corporeidade. Recuperação. Tratamento. Humanização.

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O NÍVEL DE SATISFAÇÃO DA PUÉRPERA FRENTE AO ATENDIMENTO DO ENFERMEIRO NA MATERNIDADE DO HOSPITAL MUNICIPAL DE TUCURUÍ-PA.

Júlia Cláudia Silva de Oliveira Suziane de Souza Giroux

Danille Leão Correa Priscila Louzada Viégas.

Eixo Iii- Humanização na Assistência ao Paciente do Sus.

INTRODUÇÃO: Avaliar a qualidade da assistência prestada em uma instituição de saúde é importante para determinar o nível de satisfação do paciente com os cuidados recebidos. A satisfação das puérperas com o cuidado do enfermeiro na maternidade demonstra como deve ser um atendimento qualificado. OBJETIVO: Avaliar o nível de satisfação da puérpera na assistência prestada pelo enfermeiro durante o período de internação na maternidade do Hospital Municipal de Tucuruí-Pa. METODOLOGIA: O estudo é uma pesquisa de campo, de caráter quantitativo do tipo descritivo que contou com uma amostra de 53 puérperas de parto normal internadas na maternidade do Hospital Municipal de Tucuruí. A coleta dos dados ocorreu entre os meses de setembro a outubro de 2015. Os dados foram coletados por meio de um questionário composto por 21 perguntas fechadas que abordam características, sócio demográficas, obstétricas, e questões voltadas para o atendimento do enfermeiro junto à puérpera. RESULTADOS: Na categoria sobre humanização no atendimento, no que se refere a gentileza, observou que 96,2% afirmaram terem sido examinadas gentilmente pelo profissional. Ao observarmos o critério satisfação da cliente, identificamos que 96,2% estavam satisfeitas com à humanização do atendimento. Na categoria relacionada ao manejo técnico do enfermeiro, quando questionadas se o enfermeiro apalpava seu útero, 71,7% das respostas foram positivas. Cerca de 86,8% ficaram satisfeitas com o manejo técnico do enfermeiro. A categoria voltada às informações repassadas pelo enfermeiro, quando questionadas se o enfermeiro orientou sobre o retorno à atividade sexual e como prevenir uma gestação precoce, 56,6% negaram receber tais informações. Observou-se, então que 54,7% estavam satisfeitas com as orientações que foram repassadas pelo enfermeiro. CONCLUSÃO: Através deste estudo foi possível conhecer as características sócio- demográficas e obstétricas de puérperas internadas na Maternidade do Hospital Municipal de Tucuruí-PA, avaliar o serviço prestado a esse grupo pelo enfermeiro, bem como identificar situações que denotaram fragilidades nos cuidados e orientações a essa mulher, refletindo diretamente na qualidade dessa assistência. CONTRIBUIÇÕES: Este estudo visa contribuir para o incentivo de melhoria das orientações e cuidados prestados pelo enfermeiro, concentra-se na criação de um protocolo de assistência humanizada às puérperas da maternidade do HMT, onde só assim, todas terão um atendimento padronizado e de qualidade, qualquer que seja o profissional que lhe assistir.

Palavras–chaves: Satisfação do cliente, Puerpério imediato, Cuidados de Enfermagem.

REFERÊNCIAS:

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

1-Secretaria de Políticas de Saúde. Área técnica de Saúde da Mulher. Parto, Aborto e Puerpério: Assistência humanizada à mulher. Brasília: Ministério da Saúde; 2001.

2-ADAMCHESKI, J.K.; WIECZORKIEVICZ, A.M. Conhecimentos das mulheres relacionados ao período do puerpério. Saúde Meio Ambiente. v. 2, n. 1, p. 69-83, Jan./Jun. 2013. 3-AMESTOY, S.C.; SCHWARTZ, E.; THOFEHRN, M.B. A humanização do trabalho para os profissionais de enfermagem. Acta Paul Enferm. 2006;19(4):444-9. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ape/v19n4/v19n4a13. Acesso em 25/12/15.

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O PROTAGONISMO DA ENFERMAGEM NO PROCESSO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: CRIAÇÃO DE TECNOLOGIA EDUCATIVA PARA A UNIDADE NEONATAL DE UMA MATERNIDADE DE REFERÊNCIA EM BELÉM DO PARÁ.

Rafaelly da Conceição Barra Portilho Auxiliadora Pantoja Ferreira

Introdução: A educação em saúde é uma prática social, devendo ser centrada na problematização do cotidiano, na valorização da experiência de indivíduos e grupos sociais e na leitura das diferentes realidades. O profissional de enfermagem desenvolve tarefas que favorecem o aprendizado contínuo do usuário, que constitui o principal foco deste processo. As tecnologias estão presentes em todos os lugares e em todas as atividades que realizamos. Isso significa que para executar qualquer atividade necessitamos de produtos e equipamentos, que são resultados de estudos, planejamentos e construções específicas. Para que os instrumentos possam ser construídos, o enfermeiro necessita pesquisar, planejar e criar tecnologias. Objetivo: Criar e implantar uma tecnologia educativa em uma unidade neonatal de uma maternidade de referência em Belém do Pará. Metodologia: Estudo de natureza exploratória, do tipo longitudinal e prospectivo. Durante as atividades assistenciais desenvolvidas na Unidade Canguru de uma maternidade de referência, observou- se a dificuldade das genitoras em realizar cuidados primários com seus conceptos, bem como a dificuldade de adaptação às normas e rotinas exigidas pelo setor. Em virtude desta evidência, identificou-se a necessidade de desenvolver iniciativas direcionadas à este contexto. O documento obedeceu ao rigor de tramitação na instituição, para o seu processo de validação. Foi primeiramente encaminhado à profissional de enfermagem responsável pela unidade, posteriormente para a Gerência de Enfermagem da Neonatologia e, finalmente, à Gerência Geral de Enfermagem, tendo sido avaliada e aprovada em todas as instâncias. Prosseguiu-se, então, com o encaminhamento do material, via documento oficial, para a Assessoria da Gestão de Qualidade, para o processo de apreciação e validação institucional. Resultados: Foi desenvolvida uma cartilha ilustrada, composta de quatro laudas, cujo conteúdo foi baseado nos cuidados pertinentes ao recém-nascido prematuro de baixo peso, bem como nas exigências preconizadas pelo regimento interno da instituição. Abordou-se no material, aspectos relacionados aos cuidados com o neonato, informações institucionais, instruções e recomendações internas do setor. Conclusão: Essa iniciativa, liderada por uma profissional de enfermagem, representa um esforço institucional considerado estratégico para o fortalecimento de melhores práticas assistenciais. Pode ser considerado uma ferramenta importante para a qualificação do cuidado e instrumento fomentador de novas estratégias direcionadas à esse contexto. Contribuições para a área da saúde: O desenvolvimento de tecnologias educativas contribui significativamente para o processo de educação em saúde pelo profissional de enfermagem, repercutindo positivamente na qualidade da assistência e principalmente como fator contribuinte para o empoderamento e autonomia das genitoras no cuidado com os recém-nascidos. Espera-se, através da implantação desta ferramenta, apresentar para a instituição um instrumento útil e eficaz, como um indicador de qualidade da assistência de enfermagem. Palavras-chave: Educação em Saúde. Enfermagem. Tecnologia.

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

O SERVIÇO DE ATENÇÃO À PESSOA COM ESTOMIA DA UNIDADE DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA PRESIDENTE VARGAS E O ACESSO AO SUS HUMANIZADO.

Edilcinha Cavalcante Magalhães Ana Cristina Ferreira de Sena

Luiz Carlos Baia O Serviço de Atenção à Pessoa com Estomia da URE Presidente Vargas atua com uma equipe multiprofissional voltada diretamente para atender esta demanda que antes era limitado somente à entrega das bolsas. O Serviço Social atua no acolhimento e encaminhamento destes usuários, considerando suas necessidades sociais, psicológicas, nutricionais e de saúde, promovendo através da articulação em rede um atendimento com respeito ao direito à saúde e à assistência, ampliando desta forma o acesso com atenção às prioridades de cada usuário de forma singular, dentre elas a cirurgia de Reconstrução do Trânsito Intestinal. A pessoa com estomia necessita utilizar uma bolsa coletora permanente ou temporária. A Humanização do SUS proporciona a atenção integral à saúde que não se restringe a cura de doenças, mas a um atendimento que vise uma atenção ao usuário de forma totalizante perpassando pelo acolhimento e pela escuta, se traduzindo num processo de inclusão ao se envolver e responder com eficácia a necessidade de serviço apresentada, se configurando num compromisso dos profissionais através de um processo contínuo. A abordagem deste estudo foi estabelecida nos pressupostos teóricos da pesquisa qualitativa do tipo pesquisa bibliográfica, porém trás elementos do cotidiano da intervenção do assistente social. Foram realizadas pesquisas no banco de dados do Serviço e contemplou 3.307 usuários cadastrados desde sua implantação em 10/2009 até 04/2016. Buscou-se conhecer sua realidade social, condições de vida, educação e renda. Levantou dados referentes ao ano em que o usuário foi submetido à estomia: (62%) têm estomia temporária, (5%) ocorre por doenças congênitas e 95% são adquiridas, provocadas por doenças do intestino, armas brancas e de fogo. O nível educacional demonstra que a maior incidência está nos usuários com baixa escolaridade, (65%) têm apenas o nível fundamental, sendo maior entre os homens (69%) têm o nível fundamental. A renda está relacionada aos maiores índices de estomias, pessoas sem renda fixa ou com renda de até 03 salários mínimos (83%), são mais acometidas. No Gênero há maior incidência nos homens (57%). A faixa etária mostra que a maioria das pessoas ficam estomizadas durante sua fase produtiva, comprometendo seu acesso à educação, ao trabalho, à sociedade e ao lazer. Para que esta tenha acesso à educação é imprescindível a acessibilidade aos locais públicos, e uma destas formas de acessibilidade é o banheiro adaptado para sua necessidade de esvaziar a bolsa, o que já é uma realidade no Serviço de Estomia da Ures, através de uma iniciativa do Enfermeiro Estomaterapeuta Arthur Lima.A maioria (58%) estão na região metropolitana e (42%) necessitam deslocar-se de outros municípios. Constatou-se a necessidade da implantação de um sistema visando sua alimentação a fim de se constituir em indicadores sociais que favoreçam a criação de políticas sociais voltadas para esta demanda e propiciar futuras pesquisas sociais. Há a necessidade da equipe acompanhar de perto este usuário através da visita domiciliar, desvelando suas reais necessidades que não se restringem ao equipamento coletor e trabalhar os impactos sociais consequentes desta estomia, possibilitando sua reinserção na sociedade e lutando pela garantia dos seus direitos.

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

Palavras-chave: Sistema único de Saúde; Serviço Social; Humanização; Direito de acesso à Saúde.

PARTICIPAÇÃO DO ACOMPANHANTE NA HUMANIZAÇÃO DO PARTO: VIVENCIAS FRENTE A SUA IMPLEMENTAÇÃO.

Ananda do Socorro Espíndola Palheta Dângela Marques Araújo

EIXO III – Humanização na assistência ao paciente do SUS

Introdução: O Ministério da Saúde orienta medidas que devem ser seguidas pelas instituições de saúde, dentre elas, está a presença de uma pessoa que acompanhe o usuário durante a sua permanência nos serviços de saúde. Esta medida está respaldada pela Lei nº 11.108 de sete de abril de 2005 , que garante às parturientes a presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: relatar a experiência vivenciada durante partos normais diante a presença de acompanhantes e suas implicações. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência das atividades vivenciadas por acadêmicos de enfermagem durante o estágio curricular da disciplina de obstetrícia, no período de agosto a dezembro de 2015, em hospital da rede privada em Castanhal-PA. Foram assistidos 6 (seis) partos normais.Resultado: Durante a experiência de prática de obstetrícia, do total de 6 partos assistenciados, apenas 1 parto normal houve a presença de acompanhante, considerando que todas chegaram a instituição de saúde durante o período de triagem acompanhadas principalmente por familiares, cônjuges/pai das crianças. No entanto, durante período de acolhimento observamos que em nenhum momento foi repassado informações sobre o direito legal de acompanhante durante o parto, tendenciado ao não cumprimento da lei. Se consideramos que este momento para mulher é cercado de insegurança e medo, principalmente por conta da dor do parto, sendo assim, a presença de um acompanhante pode repassar encorajamento, acolhimento e conforto, em se tratando do pai, pode fortalecer os laços com a criança. Conclusão: A inserção e participação do acompanhante na humanização do parto, é vista como uma questão complexa pela equipe de saúde devido à falta de uma delimitação clara e objetiva do seu espaço no contexto do parto. Trata-se, portanto de um processo em construção, que envolve aspectos relacionados às condições físicas ambientais das instituições de saúde, à qualificação dos profissionais de saúde para o acolhimento dos acompanhantes e à própria cultura das usuárias arraigada à atitude submissa diante de seus direitos como gestantes. Contribuições para a saúde: É importante as instituições formadoras podem trazer para essa mudança de paradigma na atenção ao parto, se de fato nortearem a formação dos profissionais de saúde alinhadas aos pressupostos do SUS e das novas diretrizes curriculares. Destaque-se ainda a importante missão da educação permanente dos profissionais que atuam na assistência obstétrica.

DESCRITORES: parto normal; humanização; enfermagem.

Referência bibliográfica:

Brasil. Lei nº 11.108, de 7 de abril de 2005. Dispõe sobre a garantia às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós parto

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. Diário Oficial da União; Brasília, 2005 abr 8. Seção 1.

PEDAGOGIA HOSPITALAR: AÇOES PEDAGÓGICAS-EDUCACIONAIS COM

EDUCANDOS EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE

Marilene Pantoja Carvalho

Anna Carolina de Castro Pereira

Diellem Maria Sena Correa

Rayane Suzane Almeida

Rosilene Ferreira Gonçalves Silva

Jacirene Vasconcelos de Albuquerque

O trabalho reflete sobre as ações pedagógico-educacionais desenvolvidas com

alunos em tratamento de Hemodiálise na Fundação Santa Casa de Misericórdia do

Pará (FSCMP), por meio do Projeto de Extensão em Pedagogia Hospitalar, subprojeto

“Escolarização Hospitalar na Hemodiálise: Saberes, Linguagens e Saúde”,

desenvolvido por alunas e professores da Extensão Universitária da Universidade do

Estado do Pará (UEPA), em parceria com as professoras da Classe Hospitalar

(SEDUC-PA). Tem como objetivo garantir a continuidade da estudos de crianças e

adolescentes em tratamento de hemodiálise, a partir do apoio as ações de

escolarização, que são desenvolvidas a partir de atividades pedagógicas e lúdicas de

acordo com os componentes curriculares das áreas de conhecimento. O projeto é

estruturado a partir do desenvolvimento das ações pedagógicas, em um contexto

interdisciplinar, tendo como base temas geradores que são planejados e aplicados de

acordo com as necessidades dos educandos enfermos e as especificidades no

contexto escolar e hospitalar. Os temas são desenvolvidos em forma de oficinas e

articulados aos componentes curriculares, sendo que a cada bimestre é realizado a

culminância das atividades. Os alunos são avaliados ao final de cada bimestre, com o

intuito de identificar os avanços e dificuldades no processo de aprendizagem.

Notou-se que a participação das crianças e adolescentes nas atividades relacionadas

aos eixos temáticos, colabora para o desenvolvimento deste aluno, bem como,

favorece a expressão de suas vivências fora do lócus hospitalar. A ação no setor de

Hemodiálise fornece subsídios para a formação do pedagogo que atua em um

contexto específico e diferenciado da educação. Este projeto tem contribuído, ainda,

para desenvolvimento social, afetivo, cognitivo das crianças que estão em tratamento

na hemodiálise, visto que, os saberes que as mesmas possuem são ampliados e

fortalecidos, bem como, corroboram com as ações pedagógico-educacionais que vêm

sendo desenvolvidas no ambiente hospitalar .

Palavras-chave: Escolarização Hospitalar, Extensão Universitária, Educandos em

tratamento de hemodiálise.

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

PERCEPÇÃO DA PESSOA COM ESTOMIA NA IMPLANTAÇÃO DE BANHEIRO ADAPTADO EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DE BELÉM-PA: Relato de experiência

Arthur Henrique A. de Lima Francyhelton de Assis B. Nery

Maicon de A. Nogueira

Introdução: A técnica da estomia consiste na abertura de um órgão por meio de um ato cirúrgico, formando uma boca que passa a ter contato com o meio externo para eliminações de secreções, fezes e/ou urina1. A perda do controle esfincteriano, com eliminação involuntária das fezes e urina leva a necessidade de conviver com um equipamento coletor aderido ao abdome, o que os expõe a vivência de diversos constrangimentos sociais. Dentre eles, destaca-se o barulho, os ruídos emitidos pela saída de gases. Além disso, se o equipamento coletor apresentar qualquer falha na qualidade e segurança ocorre o extravasamento de fezes ou urina2 . Quando uma pessoa fica com estomia, passa por algumas transformações em sua vida, e uma delas é a necessidade de um banheiro adaptado, que é o principal ambiente que sofre alterações para atender às suas necessidades. Porém esse tipo de adaptação é raríssimo de se encontrar3. Muitas pessoas com estomias hesitam em sair de suas casas e em ter uma vida social ativa, pois se preocupam em como esvaziar seu equipamento coletor fora de suas residências. A disponibilização de banheiros públicos para o atendimento adequado as pessoas com estomias pode contribuir na qualidade de vida e no convívio social. Objetivo: Relatar a experiência sobre percepção da pessoa com estomia na implantação de banheiro adaptado em um serviço de referência. Metodologia: Estudo descritivo de abordagem qualitativa na modalidade de relato de experiência sobre percepção da pessoa com estomia na implantação de banheiro adaptado em um período de dois anos, julho de 2013 a julho de 2015; em um serviço de Atenção a Pessoa com Estomias, Belém-Pa. Resultados: Durante o período de dois anos, desde a implantação do banheiro adaptado a pessoa com estomias observou-se que houve uma aceitação do usuário em ter uma ambiência adequada a sua necessidade atual, e ainda teve muitas sugestões quanto à melhora na estrutura, ocorrendo assim, a sua revitalização e também foi observado que alguns usuários construíram o banheiro em suas próprias residências. Através de esforços e de algumas dificuldades que envolveram a adaptação e implantação do banheiro para a nova realidade da condição da pessoa com estomia, pode-se dizer que foi uma conquista para o Serviço, onde o grande beneficiado foi o usuário. Conclusão: Pois a implantação e adaptação do banheiro vieram com o objetivo de contribuir buscando resgatar o convívio social. Ainda é possível através da dedicação e compromisso profissional, respeito e responsabilidade prestar uma assistência humanizada, visando à qualidade de vida das pessoas com estomias. Descritores: Atendimento de enfermagem, Estomia, Qualidade de vida.

1- Gemelli, L. M. G; Zago, M. M. F. A interpretação do Cuidado com o Ostomizado na Visão do Enfermeiro: Um estudo de caso. Rev. Latino-am. Enfermagem. São Paulo, 2002; 10 (1): 34-40. 2- Furlani, R.; Ceolim, M.F. Conviver com um ostoma definitivo: modificações relatadas pelo ostomizados. Rev. Bras. Enferm.,2002; 55 (5): 586-91. 3- Yamada, C.; Yamada, C. A importância da existência de banheiros adaptados para uma pessoa ostomizada. Disponível em:. Acessado em 19/04/13.

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

PROGRAMA VIVA APRENDENDO: PLANEJANDO A APOSENTADORIA NA FUNDAÇAO SANTA CASA DO PARÁ

Edna dos Santos Raiol Rosilene Ferreira Gonçalves Silva

Maria Edilena Ribeiro de Paula Silvia Leticia de Souza Rodrigues

Auriane Cristine Gomes Souza.

Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará- FSCMP

O trabalho reflete sobre as ações desenvolvidas pelo Programa Viva Aprendendo, de preparação para a aposentadoria da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. O Projeto teve início em 2005 e é uma iniciativa da Gerência de Gestão de Pessoas (GESP/FSCMP). Seu objetivo é atender os servidores em tempo de aposentadoria ou faltando até cinco anos para se aposentar por meio de atividades educativas, artísticas e culturais que visam à preparação para a passagem do estágio de trabalho para o pós-carreira (aposentadoria), a partir da conscientização de seu papel na sociedade e da compreensão da importância de seu envolvimento em atividades que garantam a idealização e implementação de um “projeto” para a nova etapa da vida. O projeto é estruturado a partir do desenvolvimento de ações mensais, abrangendo atividades de diagnóstico e sensibilização do público-alvo; encontros de troca de experiências; oficinas de artes manuais e atividades culturais e de lazer, além de orientação para a inserção em atividades esportivas, culturais e pedagógicas em instituições voltadas ao público idoso. Os resultados demonstram que o Projeto tem contribuído para a preparação para o pós-carreira, pois os encontros mensais abordam temas de extrema relevância para os participantes, oferecendo subsídios para reflexões sobre os aspectos sociais e legais da aposentadoria, a questão da saúde para o idoso, as formas de o aposentado se adaptar a nova vida, a administração financeira na aposentadoria, a importância das atividades físicas e das posturas adequadas para a qualidade de vida, a sexualidade do idoso, a alimentação saudável, entre outros. Os encontros têm permitido a interação dos participantes com profissionais convidados, tais como, médicos, psicólogos, assistentes sociais, advogados, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, profissionais de educação física, entre outros. Além disso, as atividades externas, como passeios, têm favorecido o acesso a cultura e a integração da equipe. O processo de preparação para o pós-carreira e o acompanhamento do processo de afastamento do servidor fortalece as políticas de Gestão de Pessoas da Santa Casa que se preocupa com toda a vida funcional do servidor, desde seu ingresso até o pós-aposentadoria, consolidando estratégias de valorização do servidor. Palavras-chave: Preparação para aposentadoria, idoso, gestão de pessoas.

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

PROJETO ESCOLARIZAÇÃO E LUDICIDADE NA PEDIATRIA:

DESENVOLVENDO AÇÕES LÚDICO-PEDAGÓGICAS NA FUNDAÇÃO SANTA

CASA DE MISERICÓRDIA DO PARÁ

Rosilene Ferreira Gonçalves Silva

Jacirene Vasconcelos de Albuquerque

Victor Matheus Silva Maués

Jéssica Regina Mariano

Jéssica Pereira Batista

Izabela Barata Barbosa

Ana Clara Primo dos Santos Bordallo

Erica Moraes Neves

Universidade do Estado do Pará (UEPA)

O trabalho reflete sobre as experiências do “Projeto Escolarização e Ludicidade na Pediatra”, parte do Projeto de Extensão em Pedagogia Hospitalar, que ocorre por meio do desenvolvimento de atividades lúdico-pedagógicas com crianças que estão internadas na Unidade de Pediatria da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, tendo em vista a necessidade do acompanhamento educacional no atendimento hospitalar promovendo o aprendizado contínuo, evitando perdas referentes ao conteúdo escolar, além de propiciar a vivencia da indiossabilidade entre ensino, pesquisa e extensão para os alunos do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da Universidade Estadual do Pará. As ações extensionistas tem como objetivo contribuir com o trabalho desenvolvido pela Classe Hospitalar e Brinquedoteca Hospitalar, afirmando o hospital como um espaço também de ações lúdicas e pedagógicas. As ações desenvolvidas com as crianças visam utilizar as diferentes linguagens como forma de aprendizagem significativa e fortalecer a identidade cultural de cada criança atendida no seu processo de escolarização. As crianças são atendidas tanto em atividades coletivas quanto no leito e as ações do Projeto tem contribuido para a afirmação da identidade da criança amazônida, contribuindo para o conhecimento e fortalecimento de sua cultura, valorizando o multiculturalismo que existe nos diferentes indivíduos que são atendidos na Pediatria, caracterizados por suas linguagens, visões de mundo e costumes. Os resultados do Projeto são sentidos na contribuição para o desenvolvimento integral dos alunos proporcionando a escolarização por meio de atividades curriculares e lúdicas que englobam as diferentes linguagens, multiculturalismo e saúde, bem como, no fortalecimento da humanização hospitalar, demonstrando que a relação educação e saúde é vital para o desenvolvimento social, cognitivo e afetivo deste público. Destaca-se, ainda, a contribuição na formação dos pedagogos e no fortalecimento da parceria com os profissionais de educação e saúde do Hospital.

Palavras-chave: Classe Hospitalar, Brinquedoteca Hospitalar, Extensão

Universitária.

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE UM PROTOCOLO ASSISTENCIAL DE ENFERMAGEM PARA GESTANTES COM ZIKA VÍRUS E RECÉM-NASCIDOS COM MICROCEFALIA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA MATERNO INFANTIL

Rafaelly da Conceição Barra Portilho Rosana Márcia de Lima Nunes

Introdução: Protocolo é a descrição de uma situação específica de assistência/cuidado, que contém detalhes operacionais e especificações sobre o que se faz, quem faz e como se faz, conduzindo os profissionais nas decisões de assistência para a prevenção, recuperação ou reabilitação da saúde. Os protocolos são considerados importantes instrumentos para a assistência e a gestão dos serviços. Considerando a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) referência na assistência materno infantil de alto risco, o presente estudo tem por finalidade a implantação de um protocolo de assistência de enfermagem para a gestante com infecção por zika vírus e recém-nascidos com microcefalia na instituição. Objetivo: Propor e implantar um protocolo de assistência de enfermagem para gestantes com infecção por Zika vírus e recém-nascidos com microcefalia na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará. Metodologia: Estudo de natureza exploratória, do tipo longitudinal, prospectivo e bibliográfico. Será realizada uma entrevista semi- estruturada composta de perguntas abertas direcionadas ao atual procedimento de assistência às gestantes com infecção por zika vírus e recém-nascidos com microcefalia na instituição, com o profissional responsável por este procedimento em seu respectivo setor. Após a entrevista, será utilizada a técnica da observação não-participante, na qual a pesquisadora acompanhará pessoalmente este atual fluxo de atendimento, com vistas ao embasamento prático para a elaboração do protocolo assistencial proposto neste estudo. Resultados: O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, e autorizado pelos respectivos setores de coleta, aguardando-se a conclusão e revisão do protocolo assistencial, para apresentação em maior instância à Gerência Geral de Enfermagem, que encaminhará o documento oficialmente para o órgão responsável proceder com o processo de validação e implantação da ferramenta proposta, após sua apreciação e considerações pertinentes. Foi desenvolvido o Termo de Compromisso do Pesquisador onde o mesmo se compromete a obedecer todos os rigores exigidos pela legislação vigente, pelo conselho profissional e pelo regimento interno da instituição para o processo de criação, validação e implantação do protocolo assistencial desenvolvido. Conclusão: O protocolo proposto indicará os procedimentos assistenciais de enfermagem para a gestante e o recém-nascido através de fluxogramas simples e didáticos, determinando condutas e ações, mediadas por embasamento técnico-científico recomendado pela literatura vigente. Contribuições para a área da saúde: O protocolo constituirá, além de suporte técnico e científico às tomadas de decisão, uma ferramenta para a qualificação do atendimento, com repercussão positiva nos indicadores gerais da assistência à saúde, contribuindo significativamente para o gerenciamento do cuidado e criando oportunidades para futuras intervenções, visando à melhoria contínua do serviço. Palavras-chave: Enfermagem. Zika vírus. Microcefalia.

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

UM RELATO DE EXPERIÊNCIA ACERCA DA ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE JUNTO AO PACIENTE DIAGNOSTICADO COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: UMA PROPOSTA PARA A EFETIVAÇÃO DA HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR

Andra de Nazareth Navarro dos Santos Lanna Karime Leal

EIXO III – HUMANIZAÇÃO NA ASSISTÊNCIA AO PACIENTE DO SUS

INTRODUÇÃO: Humanizar a assistência em saúde implica na construção de novas formas de intervir por parte dos trabalhadores, assim como, no reconhecimento do usuário como protagonista da gestão do cuidado, bem como corresponsável no enfrentamento do processo de adoecimento. A Política Nacional de Humanização indica a necessidade de igualar os saberes e práticas de saúde, de forma a tornar entendível o plano comunicacional entre usuários e equipe multiprofissional, rompendo com as fronteiras dos saberes, com as relações de poder e modos instituídos nas relações de trabalho. OBJETIVO: Refletir sobre a humanização através da atuação da equipe multiprofissional de saúde junto ao paciente diagnosticado com insuficiência renal crônica. METODOLOGIA: O presente estudo foi dividido em dois momentos. Inicialmente utilizou-se a pesquisa bibliográfica. Posteriormente, utilizou-se um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, com abordagem qualitativa. Participaram do presente estudo: pacientes com diagnóstico de Insuficiência Renal Crônica (estágio 5), dois enfermeiros, um médico e um assistente social, atuantes na Clínica Médica de um hospital escola, do município de Belém, no período de agosto de 2016. A coleta de dados foi realizada a partir da observação da prática da equipe multiprofissional, além de anotações sistemáticas realizadas pelas pesquisadoras. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Através da observação das autoras, no lócus do estudo, afirma-se que muitas das vezes a humanização no espaço hospitalar é falha. Os pacientes com pouca escolaridade não se apropriam das particularidades da sua doença e não se tornam protagonistas do seu processo de adoecimento. Isto se confirma nas visitas diárias da equipe multiprofissional, pois quando acompanhados por acadêmicos e residentes comunicam-se através de linguagem técnica e usam a doença como componente único/principal para o estudo/intervenção, sem importar-se com as metas, objetivos, valores culturais e saberes do usuário. Passam a vê-lo somente como um corpo doente. Observa-se, que os pacientes começam a ser identificados pelo seu diagnóstico ou até pelo registro de seu leito, perdendo a sua identidade. Não encontram-se, no lócus do estudo, práticas de clínica ampliada. CONCLUSÃO: Conclui-se que a humanização no espaço hospitalar, se efetivada, possibilita a construção do vínculo profissional e influencia positivamente no tratamento, pois a relação de confiança e segurança proporcionada pelos profissionais tranquiliza todos os envolvidos no tratamento e impulsiona o esclarecimento de dúvidas e melhora a comunicação. Fomenta o protagonismo social e empodera o paciente quanto a gestão do seu processo de adoecimento. Julga-se necessário criar estratégias para o enfrentamento de jargões clínicos, pois observou-se que os pacientes procuram os profissionais de apoio, a fim de traduzi-los a uma linguagem menos técnica. CONTRIBUIÇÕES PARA A ÁREA DA SAÚDE: Evidenciar a importância da efetivação de práticas humanizadas nos espaços ocupacionais de saúde, além de

Anais do II Simpósio de Humanização da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

fomentar discussões referente ao protagonismo dos usuários do SUS junto ao seu processo saúde e doença, desmistificando o modelo biomédico. Palavras-chave: Humanização; Equipe multiprofissional; Assistência.