ANÁLISE AGRONÔMICA E ESTABILIDADE FENOTÍPICA EM...
Transcript of ANÁLISE AGRONÔMICA E ESTABILIDADE FENOTÍPICA EM...
ANÁLISE AGRONÔMICA E ESTABILIDADE FENOTÍPICA EM CANA-DE-AÇÚCAR
JOSÉ MOACIR MATIAS JÚNIOR
RECIFE – PE
NOVEMBRO, 2010
ANÁLISE AGRONÔMICA E ESTABILIDADE FENOTÍPICA EM CANA-DE-AÇÚCAR
JOSÉ MOACIR MATIAS JÚNIOR
ORIENTADOR: Dr. FRANCISCO JOSÉ DE OLIVEIRACO–ORIENTADOR: Dr. CLODOALDO JOSÉ A. FILHO
ÁREA E PRODUÇÃO NACIONAL
NORDESTE É O 3º MAIOR PRODUTOR DO BRASIL
PERNAMBUCO – 7º PRODUTOR NACIONAL
FONTES DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
CULTIVO DE VARIEDADESPRODUTIVIDADE E CUSTO
INCREMENTO DE 20% DE AÇÚCAR
MELHORAMENTO GENÉTICO
- Início: Soltwedel, em Java, 1885 – Conseguiu fazergerminar sementes de Saccharum spontaneum e em1887, realizou cruzamentos entre S. spontaneum x S.officinarum.
- No Brasil as primeiras afirmações foram em 1842 porPeixoto Lima e 1892 segundo Andrade (1985).
MELHORAMENTO GENÉTICO
Estações de Floração e Cruzamento
Serra do Ouro, Murici, AL. Devaneio, Amaraji, PE.
MELHORAMENTO GENÉTICO - Censo
Porcentagem das variedades RB e outras variedades cultivadas no Brasil,segundo Censo Varietal RIDESA, 2008/2009. Brasil, 2010.
INTERAÇÃO GENÓTIPO X AMBIENTE
- Avaliar diversos cultivares em ambientes ≠
- Causas da interação: Fisiológicos e Bioquímicos decada Genótipo Se desenvolvem em SistemasDinâmicos.
- Indicações de Genótipos mais seguras Medidasque controlem ou amenizem os efeitos da G x E.
- Método mais utilizado p/ avaliação G x E é a Análise daVariância (ANOVA) e a Magnitude é determinada peloteste de F (Rocha,2002).
INTERAÇÃO G X E EM CANA-DE-AÇÚCAR
- Os caracteres mais importantes economicamente emcana-de-açúcar são quantitativos (Skinner, 1971).
- Bressiani (2001), trabalhando na fase T1, concluiu queo ambiente influencia na família dos clones de cana-de-açúcar, obtendo significativa interação família xambiente.
INTERAÇÃO G X E EM CANA-DE-AÇÚCAR
- Em Pernambuco, Melo et al ., (2006) trabalhou comvariedades RB e SP em fase de experimentação,identificou 4 clones com potencial de produção deTCH e TPH e que há ≠ comportamentos entre osgenótipos nos diversos cortes.
ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE
Inúmeras definições – Derivações de Finlay Wilkinson (1963) e de Eberhart Russel (1966), sendo que a mais atual é:
“ A capacidade dos genótipos apresentarem rendimentoselevados e constantes em ambientes desfavoráveis, mascom habilidade de responder à melhoria das condiçõesambientais Verna et al. (1978).”
ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE
Dezenas de Metodologias:
- Plaisted & Peterson, 1959; Wricke, 1962; Tai, 1971;
Shukla, 1972; Wricke & Weber, 1986; Magari & Kang,1997; Yates & Cochran , 1938; Finlay & Wilkinson, 1963;
Eberhart & Russell, 1966; Perkins & Jinks, 1968;
Verma et al, 1978; Silva & Barreto, 1986; Cruz et al., 1989;Storck & Vencovsky, 1994; Brasil & Chaves, 1994; Chaveset al. 1989; Toler & Burrows, 1998; Silva, 1998;
Rosse & Vencovsky, 2000; Huehn, 1996; AMMI Gauch &Zobel, 1996 e etc.
ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE
- As metodologias destinam-se à avaliação de um grupode genótipos testados em vários ambientes;
- Esses procedimentos são complementares ao daAnálise de Variância;
- Hooggerheide (2004), diz que o estudo individual da Gx E não proporcionam informações minuciosas, se faznecessário fazer o estudo da Adaptabilidade eEstabilidade fenotípica.
ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE
- Finlay Wilkinson (1963), a variável produtividadefosse submetida a transformação logarítmica.
- Eberhart Russel (1966), a não transformação dosdados e a estimação dos desvios da regressão.
- Becker León (1988), a maioria dos melhoristasconsidera 2
di como um parâmetro melhor que βi.
ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE
- De acordo com o modelo de regressão conjunta, umgenótipo estável é, aquele com alta produção média βi
= 1 e 2di = 0 (Eberhart & Russel, 1966).
- Barbosa et al., (2002) detectou grande variabilidadeentre as médias de (TCH) em 9 ambientes distintoscom clones RB92 e RB93, com respostas ≠ dos clones a≠ ambientes.
ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE
- Entre 70 genótipos avaliados por Bastos et al. (2007),destacaram-se 3 clones, quanto à produtividade,adaptabilidade e estabilidade pelo métodobissegmentado.
- Gualberto et al.(2002), analisando cultivares detomateiro pela G x E através do método de Eberhart &Russell (1966), concluiu que a metodologia é eficientena discriminação do desempenho individualizado dascultivares, em face das ≠ ambientais.
ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE
- Zeni Neto et al., (2005) avaliaram TPH por Eberhart eRussell (1966) com 16 clones em 6 locais distintos;concluíram que o clone RB935744 é recomendado paraambientes inferiores e o RB936109 para ambientessuperiores, ambos com alta estabilidade.
ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE
- Eberhart & Russel (1966), trabalhando com milho,introduziram um terceiro parâmetro para caracterizaras cultivares: a variância dos desvios da linearidade(2
di). A variedade ideal para os autores seria aquelaque apresentasse produtividade média superior (β0i
elevada), adaptabilidade geral ou ampla (β1i =1) eprevisibilidade ou estabilidade alta (2
di = 0).
GERAL
- Estudar a magnitude da interação entre genótipos decana-de-açúcar e ambientes, a adaptabilidade eestabilidade para as variáveis toneladas de cana porhectare (TCH) e toneladas de açúcar por hectare(TPH) por meio do método proposto por Eberhart eRussell (1966).
ESPECÍFICOS
- Estudar o comportamento de genótipos de cana-de-açúcar nas micro-regiões da Mata de Pernambuco;
- Avaliar a estabilidade fenotípica de genótipos em cana-planta e cana-soca;
ESPECÍFICOS
- Avaliar a magnitude da interação entre genótipos decana-de-açúcar e ambientes para os componentes deprodução de tonelada de cana por hectare e riqueza emaçúcar;
- Identificar genótipos produtivos em TCH e TPH frenteàs variações ambientais presentes nas condições dascinco micro-regiões produtoras de cana-de-açúcar naZona da Mata de Pernambuco.
INSTALAÇÃO E LOCAIS DE CONDUÇÃO
- Nº de experimentos conduzidos: 10;
- Anos Agrícolas: 2005/2006 e 2006/2007;
- Locais: Usina Trapiche, Usina Pumaty, Usina São José,Usina Central Olho D’ Água e Usina Petribu.
- Essas usinas constituem as 5 micro-regiões produtorasde cana-de-açúcar de Pernambuco
DELINEAMENTO ESTATÍSTICO E CARACTERES AVALIDOS
- Blocos casualizados, com 4 blocos;
- Tratamentos: 10 clones RB e 8 variedades comerciais;
- Parcela de cada Bloco: 5 sulcos de 8m, espaçamento 1,0m área de 40m²;
- Os ambientes: cortes x locais = 10 ambientes.
DELINEAMENTO ESTATÍSTICO E CARACTERES AVALIADOS
- TCH = peso da parcela(kg) x 10.000m² 1000
área útil da parcela (m²)
- TPH = TCH x PC
100
Em cana-planta e cana-soca.
PROCEDIMENTOS GENÉTICO-ESTATÍSTICOS
- Análise de Variância: para cada ambiente e conjunta
Tabela 1. Esquema da análise de variância e estatística de F para as fontes devariação para uma análise conjunta de um modelo em blocoscasualizados com interação de primeira ordem.
FV GL SQ QM FBloco/Amb. J(K-1) SQB QMB
Genótipos(G) 1-l SQG QMG QMG/QMGA
Ambientes(A) J-1 SQA QMA QMA/QMB
GxA (J-1)(1-l) SQGA QMGA QMGA/QMR
Resíduo J(K-1)(1-l) SQR QMR
Total JlK-1 SQT
PROCEDIMENTOS GENÉTICO-ESTATÍSTICOS
-Adaptabilidade e Estabilidade pelo Método de Eberhart e Russel (1966).
Yij = βoi + β1iIj + δij + εij
em que:
Yij : média do genótipo i no ambiente j;
βoi : média geral do genótipo i;
β1i : coeficiente de regressão linear, que mede a resposta do i-ésimo genótipo à variação do ambiente;
J
Ij : índice ambiental codificado Ij = 0
J=1
δij : desvio da regressão;
εij : erro experimental médio.
PROCEDIMENTOS GENÉTICO-ESTATÍSTICO
- Eberhart e Russel (1966), classificam Adaptabilidade:
1. Genótipos com adaptabilidade geral ou ampla: sãoaqueles com β1i = 1;
2. Genótipos com adaptabilidade específica aambientes favoráveis: são aqueles com β1i > 1;
3. Genótipos com adaptabilidade específica aambientes desfavoráveis: são aqueles com β1i < 1.
- Eberhart e Russel (1996), classificam Estabilidade:
1. Genótipos com estabilidade ou previsibilidade alta: são aqueles com 2
di = 0;
2. Genótipos com estabilidade ou previsibilidade baixa: são aqueles com 2
di > 0.
Concluindo: Os autores consideram como genótipo ideal
aquele que apresenta β0i , β1i = 1,0 e 2di = 0.
Obs. As análises serão realizadas pelo Programa Genes (Cruz,2006).
José Moacir Matias Júnior
Mestrando em Agronomia
“Melhoramento Genético de Plantas”