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Análise CEPLAN
Recife, 19 de dezembro de 2013
A economia no ano de 2013:
• Mundo;
• Brasil;
• Nordeste, com destaque para Pernambuco;
Informe especial: Perspectivas Econômicas para o Brasil e Pernambuco em 2014.
Temas que serão discutidos na XV Análise Ceplan:
1. A economia em 2013: Mundo
1. A economia em 2013: Mundo
O CONTEXTO
Sinais frágeis de recuperação da economia mundial em 2013. Crescimentoprovável de 3,6%, induzido, em grande parte pelo crescimento dos paísesemergentes, notadamente a China;
Menor demanda externa para os países em desenvolvimento o que afetou o seudinamismo prejudicando a recuperação em 2013;
Redução dos preços das commodities, com impactos significativos sobre oequilíbrio da balança comercial dos países em desenvolvimento, em especial oBrasil;
Expectativa de mudanças na politica monetária americana causam maiorvolatilidade do sistema financeiro internacional, com impactos em toda economiamundial;
Discreto avanço nos acordos comerciais multilaterais no âmbito da OMC.
1. A economia em 2013: Mundo
Continuidade da grande diferença de comportamento entre economias emergentes e países desenvolvidos. Economia nacional com desempenho e perspectiva de
crescimento a taxas menores que a economia mundial.
Mundo e Regiões Selecionadas¹: Variação do PIB real – (%) – 2008 - 2015
1. A economia em 2013: Mundo
PERSPECTIVAS
Melhor desempenho da economia mundial em 2014 e 2015,motivado pelo maior crescimento das economias emergentes epela consolidação da recuperação da economia dos EstadosUnidos;
Expectativa de que as políticas anticíclicas adotadas sobretudopelos países em desenvolvimento e os emergentes possamgarantir um melhor desempenho no futuro imediato;
Expectativa de articulação entre grandes blocos comerciais, aexemplo de: União Europeia e Nafta; Acordo Transpacífico; eAcordo Mercosul e União Europeia.
1. A economia em 2013: Brasil
1. A economia em 2013: Brasil
Lenta recuperação a partir de 2012.III, converge para crescimento em torno de 2,3% em 2013(superior ao 1% de 2012).
Brasil: Taxa de crescimento do PIB trimestral com respeito ao mesmo período do ano
anterior - (%) - I trimestre de 2010 ao III trimestre de 2013
1. A economia em 2013: Brasil
Do lado da demanda, consumo das famílias mantem tendência a desacelerar enquanto investimento recupera-se.
Brasil: Taxa de crescimento do PIB acumulada ao longo do ano em relação ao mesmo
período do ano anterior - (%) – III trimestre de 2012 e III trimestre de 2013
Setor de atividade 3º tri. 2012 3º tri. 2013
Agropecuária -0,9 8,1
Indústria -1,0 1,2
Serviços 1,6 2,1
PIB a preços de mercado 0,8 2,4
Consumo das famílias 2,9 2,4
Consumo da administração
pública2,9 1,8
Formação bruta de capital
fixo-3,9 6,5
Exportação de bens e
serviços-0,1 1,4
Importação de bens e
serviços (-)0,1 9,6
Fonte: IBGE - Elaboração Ceplan
1. A economia em 2013: Brasil
Persistem pressões inflacionárias decorrentes da desvalorização cambial, do aumento de preços livres e de alguns administrados (combustível). Tendência a fechar 2013 em
5,7%. Patamar semelhante ao de 2012 (5,8%).
Brasil: IPCA Acumulado nos últimos 12 meses - (%) - jan/10 a nov/13
1. A economia em 2013: Brasil
Maior instabilidade cambial, em comparação ao ano passado.
Brasil: Índice da taxa de câmbio real – (%) – ago/10 a out/13
1. A economia em 2013: Brasil
Selic em elevação atingindo dois dígitos.
Brasil: Taxa Selic – (% a.a) – 2000-2013
1. A economia em 2013: Brasil
Mantém-se queda do IED, o que dificulta financiar Balanço em Transações Correntes.
Brasil: Investimento Estrangeiro Direto (líquido) – US$ (milhões) – Jan/Out 2009 -Jan/Out 2013
1. A economia em 2013: Brasil
Saldo comercial continua a se estreitar, sob pressão das importações.
Brasil: Saldo da Balança Comercial – US$ (milhões) – 2002-2013¹
1. A economia em 2013: Brasil
Déficit na conta corrente do BP aumenta necessidade de financiamento. FOCUS projeta – US$80 bilhões.
Brasil:Saldo da Balança de Transações Correntes (BTC) - US$ (bilhões) - 2000-2013¹
Síntese da Conjuntura: Brasil 2013
Conjuntura internacional desfavorável à economia brasileira, com expectativa de mudança na política monetária do FED e valorização do dólar;
Tensão inflacionária, aperto no crédito, massa salarial em ritmo de crescimento mais lento são alguns dos fatores que explicam o fraco desempenho do consumo, com impacto no crescimento do PIB;
Instabilidade cambial e trajetória da Selic atuam como desestímulo ao crescimento sustentado;
Deteriora-se situação da conta corrente em 12 meses com déficit em $ 82 bilhões;
Forte redução no saldo comercial, dificultando o fechamento do BP.
Síntese da Conjuntura: Brasil 2013
1. A economia em 2013: Nordeste
1. A economia em 2013: Nordeste
Pernambuco tem até 3°trimestre de 2013 desempenho inferior ao da média do Nordeste e do Brasil.
Brasil, Bahia, Ceará e Pernambuco: Índice de Atividade Econômica do Banco
Central - (%) – setembro 2013
Área
Geográfica
3º trim.2012 em
relação ao 3º
trim.2013
Variação Jan-
Set
Brasil 2,7 2,8
Nordeste 3,0 3,8
Pernambuco 2,0 1,9
Bahia 8,7 7,0
Ceará 4,9 3,7
Fonte: BCB. Elaboração Ceplan.
Nota: Refere-se ao crescimento com respeito ao mesmo período do ano anterior.
1. A economia em 2013: Nordeste
A indústria de transformação contribuiu para o fraco desempenho relativo do Estado (sucroalcooleiro impacta negativamente).
Brasil, Nordeste, Bahia, Ceará e Pernambuco: Crescimento da produção industrial – (%) - Acumulado de Janeiro a Outubro de 2013
Área
Geográfica
Indústria
geral
Indústria
extrativa
Indústria de
transformação
Bahia 4,9 -0,2 5,1
Ceará 3,8 - 3,8
Brasil 1,6 -4,4 1,9
Nordeste 1,2 0,0 1,2
Pernambuco -0,1 - -0,1
Fonte: IBGE - PIM. Elaboração CEPLAN.
Nota: Crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior.
1. A economia em 2013: Nordeste
Brasil e Estados do Nordeste: Crescimento médio mensal do comércio varejista
ampliado – (%) – Acumulado de Janeiro a Outubro de 2013
O comércio varejista de PE se mantém crescendo acima da média brasileira e no comparativo com os estados do Nordeste situa-se bem acima da Bahia e Ceará.
1. A economia em 2013: Nordeste
A desaceleração do varejo do país atingiu Pernambuco sobretudo no 1°semestre. No 2°semestre constata-se movimento mais estável no Estado, enquanto a queda se mantém
no país.
Brasil e Pernambuco: Crescimento do volume de vendas no comércio varejista
acumulada de 12 meses – (%) – Jan/10 a Out/13
1. A economia em 2013: Nordeste
O desemprego na RMR se mantém em patamar acima da média das regiões pesquisadas, mas tende a convergir nos últimos meses.
RMR e Total das RMs: Evolução da taxa de desemprego aberto – (%) – Janeiro a Outubro 2013
1. A economia em 2013: Nordeste
Apesar do baixo desemprego o rendimento médio real dos ocupados cresceu pouco no período jan-out (em igual período do ano anterior era 7,8%).
RM’s: Rendimento médio real das pessoas ocupadas – Em R$ - Média de
Jan/Out 2012 e Média de Jan/Out 2013
Área Geográfica
Média de
Jan/Out 2012
(Em reais)
Média de
Jan/Out 2013
(Em reais)
Variação (%)
Porto Alegre - RS 1.778,40 1.863,28 4,8
Rio de Janeiro - RJ 1.931,41 1.994,66 3,3
São Paulo - SP 1.985,67 2.018,67 1,7
Total das áreas 1.864,82 1.894,59 1,6
Belo Horizonte - MG 1.833,45 1.854,90 1,2
Recife - PE 1.376,09 1.385,78 0,7
Salvador - BA 1.549,20 1.451,99 -6,3
Fonte: PME-IBGE.Elaboração CEPLAN.
Nota:
(1) Valores a preços de setembro de 2013.
(2) Trabalhadores ocupados exclusive os não-remunerados.
1. A economia em 2013: Nordeste
O crescimento do emprego formal em Pernambuco foi modesto e inferior à média brasileira e nordestina.
Brasil, Nordeste e Estados: Estoque de empregos formais¹ – estoque em out/12 e out/13
Área Geográfica
Estoque de
emprego em
outubro de
2012
Estoque de
emprego em
outubro de
2013
Taxa de
Crescimento
(%)
Piauí 408.409 431.262 5,6
Maranhão 697.963 713.122 2,2
Brasil 48.110.109 48.923.169 1,7
Paraíba 633.474 640.296 1,1
Ceará 1.449.935 1.465.151 1,0
Rio Grande do Norte 606.267 611.966 0,9
Nordeste 8.718.905 8.787.238 0,8
Pernambuco 1.707.521 1.719.307 0,7
Sergipe 399.125 400.260 0,3
Alagoas 499.891 499.505 -0,1
Bahia 2.316.320 2.306.369 -0,4
Fonte: CAGED/RAIS - MTE. Elaboração Ceplan
¹Série ajustada incorpora as informações declaradas fora do prazo
1. A economia em 2013: Pernambuco
O estoque de emprego formal na construção civil encolheu. Quem puxou o emprego foram o SIUP, provavelmente devido a PPP do saneamento, os serviços, a indústria de
transformação e o comércio.
Pernambuco: Estoque de empregos formais por setor¹ – estoque em out/12 e out/13
Setor de Atividade
Estoque de
emprego em
out/12
Estoque de
emprego em
out/13
Taxa de
Crescimento
(%)
Serviços Industr de
Utilidade Pública14.364 19.694 37,1
Extrativa mineral 2.598 2.882 10,9
Servicos 539.626 567.537 5,2
Indústria de
transformação227.451 236.785 4,1
Comércio 298.711 310.695 4,0
Total 1.707.521 1.719.307 0,7
Construção Civil 159.163 150.122 -5,7
Administração
Pública411.501 382.830 -7,0
Agropecuária, extr
vegetal, caça e
pesca
54.107 48.762 -9,9
Fonte: CAGED/RAIS - MTE. Elaboração Ceplan
¹Série ajustada incorpora as informações declaradas fora do prazo
Síntese da Conjuntura: Nordeste 2013
Pernambuco continua crescendo agora a um ritmo menor do que a região
e o país;
Aumenta o desemprego na construção civil a medida que a mão de obra
começa a ser desmobilizada em grandes obras (ex: refinaria e cidade da
copa);
A indústria de transformação apresenta um paradoxo: desempenho da
produção e do emprego não são consistentes entre si;
O rendimento real perde fôlego apesar do mercado de trabalho com baixo
desemprego;
Como reflexo da perda de dinamismo do consumo das famílias, as vendas
no varejo se desaceleraram embora o desempenho do setor se situe
acima da média do país.
Síntese da Conjuntura: Nordeste 2013
Informe especial: perspectivas para Pernambuco
Brasil
PIB
• O PIB deve crescer em torno dos 2,3% (2,4% segundo FGV e 2%
segundo FOCUS). Devendo manter ritmo puxado pelo investimento,
compensando tendência à perda gradual de força do consumo.
• Do lado da oferta, a agropecuária continua a liderar o ritmo de expansão
de produção e a indústria sinaliza manutenção de modesto desempenho.
Juros
• Selic deve se manter nos dois dígitos, com modesta elevação (10,5%
segundo FOCUS).
Inflação
• A inflação tende a se manter elevada, flutuando próxima ao teto da meta
(entre 5,5% e 6%).
Perspectivas
Brasil
Câmbio
• Pressão crescente (impacto de medidas americanas e déficit em
transações correntes em elevação).
Superávit Primário
• Tende a se reduzir (de 1,8% para 1,0% do PIB) com divida liquida do setor
público crescendo (de 35,7% para 37,2%).
Confiança
• Empresários revelam expectativas estável, com expectativa de queda da
produção de bens de capital;
• Consumidores mantem nível de confiança baixo para 2014.
Perspectivas
Pernambuco
• Mantem-se em 2014 a fase de transição de um momento marcado
fortemente pela instalação de grande bloco de investimentos para fase de
operação dos empreendimentos;
• O mais forte impacto negativo tende a se dar no mercado de trabalho,
dada a dimensão de algumas obras em conclusão e novo perfil de
demanda no mercado de trabalho;
• Parte dos desocupados no entanto não são de Pernambuco o que reduz o
impacto no desemprego aberto do Estado;
• Nesse contexto em 2014, Pernambuco deve apresentar crescimento do
PIB próximo ao do Brasil.
Perspectivas
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