Analise de Mercado

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analise de mercado da construção civil ascensão e queda

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Desde 2005, o mercado imobilirio brasileiro vem vivenciando um forte crescimento, apoiado, principalmente, em um cenrio de estabilidade da economia e em polticas de incentivo ao crdito imobilirio.O desenvolvimento e a estabilizao da economia, assim como a reduo das taxas de juros nos ltimos anos facilitaram o acesso de uma grande parcela da populao ao crdito imobilirio. A reduo das taxas de juros e uma poltica de incentivo ao crdito imobilirio aumentam a capacidade de compra dos pequenos investidores e tornam o investimento em imveis mais atraentes para quem deseja aumentar seu patrimnio financeiro. Em paralelo, a reduo do desemprego e a estabilidade da economia proporcionam a confiana necessria para o crescimento do mercado imobilirio.No perodo de 2010 e 2012 o setor da construo civil viveu um perodo de alto crescimento estimulados por programas como Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e de Acelerao do Crescimento (PAC).O surgimento do Programa Minha Casa, Minha Vida lanado em maro de 2009 pelo Governo Federal, permitiu o acesso casa prpria para famlias de baixa renda. O programa incentivou o aquecimento da economia criando empregos e renda, nos ltimos anos, por meio do incremento da cadeia produtiva do setor da construo civil.O Programa subsidia a aquisio de imvel para famlias com renda at R$ 1,6 mil e, facilita as condies de acesso ao financiamento de imveis para famlias com renda at R$ 5 mil.A seleo dos beneficirios de responsabilidade das prefeituras para as famlias com renda mensal de at R$ 1,6 mil. Os interessados devem se cadastrar na sede administrativa do municpio. Nas outras duas faixas de renda a contratao feita diretamente com a construtora com financiamento pela Caixa Econmica Federal ou Banco do Brasil.Os recursos do PMCMV so do oramento do Ministrio das Cidades repassados para a Caixa Econmica Federal, que o agente operacional do programa. Para atender Faixa 1.Nas outras faixas de renda e modalidades, os recursos so repassados pelo ministrio Caixa para subsidiar os contratos de financiamento dos interessados na aquisio do imvel tanto na rea urbana como na rural.Neste perodo houve o surgimento de diversas novas construtoras e a consolidao de diversas outras, muitas delas sem histrico tcnico em construo. Muitos empresrios viram a oportunidade de rentabilidade maior neste negcios e a garantia de retorno rpido pois as vendas eram estimuladas pelo governo. Nas duas primeiras fases do MCMV, de 2009 a 2014, o nmero de imveis contratados somou 3,5 milhes. O explosivo crescimento do crdito imobilirio proporcionou uma revoluo econmica no Brasil e movimentando o mercado de imveis do paisA situao estava boa por causa dos investimentos e pelo impulso que se teve para a compra de imveis por pessoas fsicas, motivados principalmente pelo destravamento dos financiamentos e pela queda da taxa de juros.Durante estes anos a construo civil cresceu muito, ocorreu a falta trabalhadores qualificado, o que chegou a ser apontado [como problema] por 72% das empresas ao final de 2010.Porm ao final de 2012, a retrao do setor imobilirio comeou a atingir as principais cidades do brasil, j indicando a queda o setor da construo civil.Em 2013 foram registrados ndices de desalerao na economia brasileira, impactando diretamente a construo civil.Em 2014 a retrao foi ainda pior o nmero de imveis novos vendidos caram consideravelmente e a economia brasileira j estava em sinal de alerta, a desconfiana dos eleitores principalmente com o rumo do brasil aps as eleies.A retrao na construo civil algo natural depois de um grande aquecimento do mercado com alta inflao.O mercado, nesses casos, tende a se ajustar, uma vez que a maioria dos consumidores que tinha como investir nessa compra j se comprometeu.

No fim de 2014 os empresrios da construo civil constataram que o desempenho do setor ficou aqum do esperado. Em janeiro, as projees eram de crescimento de 3%. No fim do primeiro semestre, porm, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) apontava um recuo no Produto Interno Bruto (PIB) da construo de 2,9%.Analistas verificaram que o consumidor est inseguro diante do repique da inflao e em relao ao futuro de seu emprego. A indstria e o comrcio no ampliaram seus investimentos por receio de uma queda no consumo e alta dos juros. As concesses de infraestrutura no decolam.

No mercado imobilirio, a retrao em novos negcios foi forte em 2014. O Monitor da Construo Civil (MCC), apontou um pequeno recuo de 1% entre janeiro e agosto na execuo de obras de construo residencial e comercial. Em lanamentos, porm, houve uma queda de 51,4%no primeiro semestre.Os anos de euforia e grande expanso acabaram. Vamos entrar em um novo patamar. O mercado brasileiro no to grande quanto o foi no perodo de 2010 a 2013, nem to pequeno quanto o de 2014. " Em 2011, a Joo Fortes realizou 17 lanamentos residenciais e comerciais, que somaram RS 2,4 bilhes em valor geral de vendas (VGV).

.Levantamento do banco JP Morgan com dados de oito das maiores incorporadoras do pas - Cyrela, PDG, EZTEC, Gafisa, MRV, Rossi, Even e Direcional - indica que elas possuam em junho 2014 um total de RS 29 bilhes em imveis sem compradores,

Em 2015 oorreu um abalo no Minha Casa Minha Vida devido a parte da crise do setor imobilirio, em queda desde o ltimo trimestre de 2014 e fortemente afetado peloajuste fiscale a poltica monetria. Entre os efeitos negativos, destaca-se a reduo do oramento do programa, de 18,6 bilhes para 13 bilhes de reais. Alm disso, a Caixa Econmica Federal, responsvel por 70% das operaes do Sistema Financeiro de Habitao, aumentou as exigncias para a concesso de emprstimos. Uma combinao de juros e inflao altos resultou na fuga de mais de 30 bilhes de reais da caderneta de poupana, principal fonte do crdito. Desde outubro de 2014, 290 mil postos de trabalho foram fechados no setor, mostra a Sondagem da Indstria da Construo Civil, da Confederao Nacional da Indstria.

Em 2015 uma das consequncias da perda do poder de compra dos salrios diante dos ndices inflacionrios e da crise econmica brasileira, a retrao das vendas no mercado imobilirio no primeiro trimestre de 2015.A principais incorporadoras do pas cancelaram os lanamentos dos imveis novos durante o perodo de janeiro a maro. Devido a fatores como falta de compradores, processo que tem como causas principais tambm a reduo dos financiamentos pela Caixa Econmica Federal e elevao dos juros. A Caixa Econmica responde ou respondia por 70% dos crditos destinados ao setor imobilirios.

A recuperao daeconomia brasileiradever ser realmente lenta. As projees feitas porbancose consultorias j tm apontado uma retrao mais forte do que o previsto para 2015 e uma recesso para o ano que vem."Essa seria a primeira vez desde 1930-1931 que o Pas teria uma recesso por dois anos consecutivos", destacaram no documento os economistas do Credit Suisse. Naquela poca, a economia mundial sofria os efeitos da Grande Depresso de 1929. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (Ipea), o PIB, naquele perodo, recuou 2,1% em 1930 e 3,3% no ano seguinte.No cenrio traado pelos outros bancos do Pas, o Ita tambm prev recesso para 2016 - a economia dever encolher 0,2%. O Bradesco prev estagnao para o ano que vem, e o Santander, um pequeno crescimento de 0,1% (ver quadro).Forte contraoPara a equipe do Credit Suisse, a dinmica dos principais indicadores de atividade, como o IBC-Br, por exemplo, indica que o PIB deve sofrer uma significativa contrao no 2. trimestre: "No descartamos tambm uma contrao no terceiro trimestre de 2015 devido dinmica desfavorvel nos setores de agropecuria, indstria e servios. Com isso, esperamos que o crescimento do PIB ante o trimestre anterior recue 1,9% no segundo trimestre de 2015, 0,4% no terceiro e 0,1% no quarto trimestre."

DESAFIOS E OPORTUNIDADESA crise atual na construo civil, cria grandes desafios aos empresrios do setor. Porm devido as dificuldades criam lacunas que podem ser preenchidas. Devido ao boom da economia muitas construtoras no tinha corpo tcnico apropriado, nem ferramentas de gesto que pudessem reduzir custos e gerar maior rentabilidade e sobreviveram nesse perodo devido a grande procura de imveis. No Espirito Santo como no restante do pas foi grande o surgimento de construtoras e incorporadoras incentivadas pelo crescimento da economia. Tambm foi visvel a falta de gesto nesses empreendimentos.Essa falta de gesto abre uma grande oportunidade para aplicar as ferramentas de gerenciamento de projetos na construo de imveis.Diversos indicadores demostram que ainda vale a pena investir na construo civil mesmo em um perodo de retrao.O dficit habitacional em 2014 e calculado pela Fundao Joo Pinheiro em 5,8 milhes de domiclios. Alm disso, o IBCF estima em 16,6 milhes o nmero de famlias que vivem em residncias alugadas ou cedidas.Mas o mercado econmico movido por necessidade. "No caso, a necessidade fugir do aluguel. um imvel de R$ 145 mil tem aluguel mdio entre R$ 800 e R$ 900 e prestao de RS 700 no programa minha casa minha vida

A valorizao dos imveis, porm, leva o comprador, principalmente aquele que adquire o bem como investimento, a refletir sobre os riscos da operao em um momento de alta nos juros e reduo no nvel de atividade econmica. "As incertezas acentuam os efeitos do fim de ciclo. Assim que a economia retomar seu flego, provavelmente em 2016, um novo ciclo de expanso ter incio."

"H espao para a demanda por crdito imobilirio continuar a crescer no pas e disposio dos bancos em aumentar esses recursos." O que torna esta modalidade de financiamento atrativa para os bancos, segundo Lazari Jnior, a baixa inadimplncia, na casa de 1,2%.

REFERNCIASO que o Programa Minha Casa Minha Vida - Recursos FAR - Retirado dia 25 de julho de 2015 do site: http://www.caixa.gov.br/poder-publico/programas-uniao/habitacao/minha-casa-minha-vida/Paginas/default.aspx/index.asp

Queda 2012 Para compartilhar esse contedo, por favor utilize o link http://classificados.folha.uol.com.br/imoveis/1228412-mercado-imobiliario-tem-retracao-nas-principais-cidades-do-pais-em-2012.shtml

Previso de recesso 2015 e 201625/07/2015 08:12 http://exame.abril.com.br/economia/noticias/bancos-ja-projetam-dois-anos-de-recessao

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