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Análise de Riscos; Conceitos, Módulo 6 1 1 Técnicas e Ferramentas de Análise; Inspeções de Segurança.

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Análise de Riscos; Conceitos,

Módulo 6

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Análise de Riscos; Conceitos, Técnicas e Ferramentas de Análise;

Inspeções de Segurança.

Neste módulo apresentaremos as ferramentas de trabalho essenciais para o desenvolvimento de um serviço seguro tanto para o trabalhador quanto para o empregador e terceiros.

Uma das tarefas primordiais executadas por profissionais ligados à área de segurança e principalmente do setor elétrico é escrever procedimentos, visto que a legislação determina que o empregador deve obrigatoriamente informar os riscos e emitir ordens

Introdução

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determina que o empregador deve obrigatoriamente informar os riscos e emitir ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho.

Um procedimento que surja da real necessidade e que esteja escrito em linguagem acessível e a partir de debates dos envolvidos, será sem sombra de dúvida um forte elemento prevencionista.

Quando há consciência quanto a real utilidade dos procedimentos estes melhoram em muito a comunicação e minimizam a ocorrência de enganos, falhas e consequentemente acidentes.

Neste módulo trataremos sobre os procedimentos de trabalho e as ferramentas para alimentar os processos a serem desenvolvidos.

Na área da segurança existem quesitos básicos para a determinação dos

Introdução

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básicos para a determinação dos procedimentos mais adequados para cada situação, e para isso é preciso saber qual é o grau de risco ou de perigo de cada situação.

Apresentaremos alguns passos básicos de desenvolvimento de procedimentos, técnicas e ferramentas de trabalhos, além de medidas de avaliação, que são as inspeções de segurança.

Procedimento é o detalhamento das atividades intermediárias, operações necessárias e padronizadas para se realizar um trabalho, levando-se em conta as necessidades materiais e humanas, e a certeza de que o resultado final será alcançado respeitadas as regras de qualidade e segurança desejadas.

No que se refere aos serviços em eletricidade os procedimentos de trabalho devem conter alguns itens obrigatórios pela norma regulamentadora – NR 10 dos quais destacamos:

Procedimentos de trabalho

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destacamos:

• descrição detalhada de cada tarefa;• assinatura de profissional que atenda ao que estabelece o item 10.8 desta norma;• objetivo;• campo de aplicação;• base técnica;• competências e responsabilidades;• disposições gerais;• medidas de controle e • orientações finais.

Escrever procedimentos deve sempre ser trabalho de equipe. O desenvolvimento conjunto implica numa espécie de compromisso por parte dos envolvidos o que já é um bom ponto de partida para a futura implantação do mesmo.

O item 10.11.4 da NR 10 diz que o SESMT (Serviço Especializado de engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) , quando houver, deve ter participação em todo o processo.

Procedimentos de trabalho

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Da equipe deve fazer parte também representantes das áreas envolvidas , engenheiro, eletricista, motorista , etc. Um bom procedimento deve contemplar todas as suas fases.

Uma dica para se verificar isso é verificar os 5M’s:

1 – Mão de Obra

2 – Máquinas

3 – Meio ambiente

4 – Métodos e

5 – Materiais

Apresentaremos abaixo 11 passos básicos de um roteiro para o desenvolvimento de um procedimento.

1° passo – Formação da equipe de trabalho;2° passo – Discutir a intenção;3° passo – Definir o alcance;4° passo - Definir o objetivo;

Procedimentos de trabalho

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4° passo - Definir o objetivo;5° passo – Descrição do procedimento;6° passo - Medidas de segurança;7° passo – Definir responsabilidades8° passo – Citar referências;9° passo – Glossário;10° passo – Anexos;11° passo – Data de emissão/ responsável pela emissão/ data de revisão (se for o caso).

Estes são os 11 passos básicos para o desenvolvimento de procedimentos de trabalho, porém temos ainda 2 fatores de suma importância ao se finalizar os procedimentos, são eles:

1°) A distribuição

Vale aqui citar que o desconhecimento de um procedimento de segurança muitas vezes e em certos casos pode significar perdas de vidas humanas. Cada empresa deve definir a melhor forma, porém uma coisa é certa deve ser feita contra assinatura, além de garantir que todos receberam num eventual acidente que ocorra as informações necessárias e o procedimento é um documento que prova a ciência do colaborador.

Procedimentos de trabalho

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necessárias e o procedimento é um documento que prova a ciência do colaborador.

2°) Implantação

Não podemos deixar de pensar na implantação dos procedimentos. Alguns procedimentos precisam de ações específicas para implantação.Transmitir informações para alguém já é um tanto delicado, quando se trata de passar um procedimento para pessoas dentro de uma organização deve-se ter cuidados redobrados e os documentos e informações bem analisadas.

Estas são as sequências de ações a serem seguidas do desenvolvimento até a implantação dos procedimentos, tanto para efetuar tarefas quanto para resolver um problema.

Para se estabelecer qualquer procedimento relacionado à área de segurança é preciso conhecer e identificar os riscos e os perigos de cada situação e/ou atividade.

Durante muito tempo tinha-se a idéia de que os problemas dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho eram assuntos apenas de engenheiros de

Análise de Riscos

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trabalho eram assuntos apenas de engenheiros de segurança, médicos do trabalho, gerência das empresas e outros técnicos especializados, onde eles seriam os únicos capazes de analisarem os riscos nos locais de trabalho.

Desta forma os trabalhadores eram apenas figuras passivas, coadjuvantes, ora fornecendo informações aos especialistas, ora fazendo exames e respondendo algumas perguntas e por fim muitas vezes eram acusados dos acidentes usando-se o conceito do “ato inseguro”.

A análise dos riscos nos locais de trabalho deve necessariamente incorporar a vivência, o conhecimento e a participação dos trabalhadores, já que eles realizam o trabalho cotidiano e sofrem seus efeitos.

O foco principal da análise de riscos nos locais de trabalho é a prevenção, ou seja, os riscos devem ser eliminados sempre que possível, e os controles dos riscos existentes devem seguir o padrão de qualidade mais elevado em termos técnicos e gerenciais.

Análise de Riscos

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No entanto, investe-se pouco em prevenção, como conseqüência do pouco poder e participação dos trabalhadores nos locais de trabalho, bem como das baixas conseqüências legais e econômicas dos acidentes e doenças para as empresas.

Essa externalização dos riscos ocupacionais tem por base:

a) a baixa capacidade do estado e da justiça de punir os responsáveis por acidentes e doenças nas empresas;

b) os baixos salários dos trabalhadores e o pagamento coberto pela Previdência Social do “benefício” do seguro-acidente quando o trabalhador é afastado dos locais de trabalho, retirando o ônus do pagamento das empresas após o 15° dia de afastamento.

A noção de risco tem a ver com a possibilidade de perda ou dano, ou como sinônimo de perigo.

Os riscos podem estar presentes na forma de:

• substâncias químicas,

Conceito de Risco

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• agentes físicos e mecânicos,

• agentes biológicos,

• inadequação ergonômica dos postos de trabalho, ou ainda,

• em função das características da organização do trabalho,

• das práticas de gerenciamento das empresas,

• organizações autoritárias que impedem a participação dos trabalhadores,

• tarefas monótonas e repetitivas, ou ainda

• a discriminação nos locais de trabalho em função do gênero ou raça.

O termo risco é usado de diferentes formas por profissionais de saúde e segurança.

A seguir mostraremos alguns termos e seus conceitos no que se refere à riscos.

Risco Ocupacional

Utilizado por profissionais de higiene e segurança do trabalho, para se referir aos

Conceito de Risco

Utilizado por profissionais de higiene e segurança do trabalho, para se referir aos riscos para a saúde ou a vida dos trabalhadores decorrentes de suas atividades ocupacionais.

O conceito é válido para definir os principais riscos que os trabalhadores de determinadas categorias e setores econômicos estão expostos.

Um problema da utilização deste conceito está na possibilidade de se aceitar passivamente que determinados riscos são inerentes a estas profissões ou empresas, favorecendo a monetização do risco, quando vários riscos podem ser eliminados ou controlados ao longo do tempo.

Agente de Risco

Usado por profissionais de higiene industrial e da engenharia de segurança. Refere-se principalmente aos agentes físicos, mecânicos, químicos e biológicos presentes nos ambientes de trabalho, embora alguns autores mencionem agentes ergonômicos e os

Conceito de Risco

autores mencionem agentes ergonômicos e os psicossociais.

É de fácil classificação, porém tende a menosprezar os riscos relacionados à organização do trabalho e outros aspectos qualitativos para a contextualização dos riscos. A maioria das normas técnicas relativas à avaliação ambiental e medidas de proteção refere-se aos agentes clássicos, principalmente os físicos e químicos.

Fator de Risco

Adotado por profissionais de saúde pública, mais especificamente da epidemiologia.Embora similar ao conceito de agente, também pode incluir outras características ambientais e pessoais (como o sexo e ser fumante) para classificar grupos populacionais propensos ao desenvolvimento de problemas de saúde.

Conceito de Risco

propensos ao desenvolvimento de problemas de saúde.

É um conceito utilizado nos estudos epidemiológicos que buscam relacionar a exposição de certos grupos de trabalhadores a determinados fatores de risco, e o acometimento de problemas específicos de saúde, por exemplo, substâncias químicas e câncer.Este conceito vê o risco de forma estática enquanto característica de um grupo populacional, e não como inserido em processos de trabalho e contextos específicos.

Risco como perigo

Este termo significa uma característica potencialmente danosa à saúde de um agente, substância, máquina, processo ou ambiente.

É semelhante ao conceito de agente de risco, mas é utilizada, em sua concepção de perigo, para destacar um risco importante ou uma situação de risco grave e que esteja mais fora de controle.

Conceito de Risco

mais fora de controle.

Grau de Risco

Classificação adotada pelos Ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência e Assistência Social, que fixa uma escala crescente para os riscos presentes nos diferentesramos de atividade econômica.

Esta tipologia é adotada para classificar as atividades econômicas em termos de percentuais que as empresas devem pagar para o Seguro Acidente de Trabalho (SAT). Além de eventuais críticas a esta classificação, o principal problema é que diferentes empresas de um mesmo setor pagam o mesmo valor, independente se geram muitos acidentes com mortes ou se investem em prevenção.

As ferramentas que apresentaremos são ferramentas que fazem parte de uma metodologia de análise de risco, podendo ser qualitativa ou quantitativa.

A qualitativa é a aplicação de técnicas de análise e avaliação de riscos, sem contemplar as freqüências de ocorrência de eventos geradores de acidentes.

E a quantitativa como a aplicação de técnicas de análise e avaliação de riscos,

Ferramentas para análise de riscos

E a quantitativa como a aplicação de técnicas de análise e avaliação de riscos, obtendo resultados numéricos relativos aos valores de freqüências e consequências das hipóteses acidentais estudadas.

Existem várias técnicas para identificação, abaixo segue algumas das principais que abordaremos à seguir:

• Análise Preliminar de Riscos;

• Árvore de causas;

• Diagrama de espinha de peixe ou Diagrama de Causa e efeito;

• Pirâmide de Bird.

A APR trata-se de uma metodologia prevencionista que trabalha com :

• Levantamento de informações;

• Análise do problema;

• Geração de soluções alternativas;

Análise Preliminar de Riscos

• Geração de soluções alternativas;

• Avaliação das mesmas e

• Implantação da solução escolhida.

Estas informações podem ser agrupadas em 2 grupos:

1°°°° - Métodos retrospectivos

Compostos pelos métodos em que o ponto de partida são os fatos já ocorridos, os quais têm os seus processos analisados, de forma a identificar as causas.

A ferramenta básica aqui, é a análise de acidentes feita em coerência com a concepção de acidente adotado:

• Busca de atos e condições inseguras presentes na gênese dos acidentes já ocorridos;• Montagem da “árvore de falhas ou causas” presente em cada acidente analisado.

2°°°° - Métodos prospectivos

Análise Preliminar de Riscos

2°°°° - Métodos prospectivos

Têm como ferramenta básica a inspeção de segurança, já que o seu ponto de partida é a situação atual, onde se procura perceber/antever que riscos existem nos locais analisados.

Os Métodos Prospectivos podem estar centrados:• no trabalho;• nos empregados – percepção e eliminação dos riscos psicológicos (motivação).

A opção do grupo prospectivo ou pelo retrospectivo depende:

a) da existência ou não de um sistema de registro de acidentes na empresa -retrospectivob) do uso de novas tecnologias na empresa – prospectivoc) da gravidade da situação - retrospectivos.

Resumindo a APR consiste no estudo, durante a fase de concepção ou desenvolvimento

Análise Preliminar de Riscos

Resumindo a APR consiste no estudo, durante a fase de concepção ou desenvolvimento inicial de um novo sistema, com o fim de se determinar os riscos que poderão estar presentes na fase operacional do mesmo.

Após a descrição passo a passo do processo de trabalho é possível a identificação dos riscos tem-se como fase final:

• A geração de solução alternativas, • Solução tecnicamente eficaz;• Planejamento correto para que não se criem outros problemas.

Árvore de falhas/causas

Trata-se de método prático de pesquisa de fatores relacionados com a ocorrência de acidente de trabalho.

O acidente é reconstruído partindo-se da lesão até os fatores mais remotos relacionados com sua origem e em seguida os fatos são organizados em esquema, denominado diagrama ou árvore de falhas.

Árvore de Falhas

denominado diagrama ou árvore de falhas.

Princípios da elaboração da árvore de falhas/causas

Para elaborar uma árvore de causas consistente, é fundamental observar alguns princípios:

• Apoiar em fatos concretos, ou seja, que

Árvore de Falhas

• Apoiar em fatos concretos, ou seja, que comprovadamente ocorreram. Não se basear em hipóteses, nem fazer interpretações (deduções) ou julgamentos;

• Não fazer uso tendencioso do método, isto é, para fazer valer idéias pessoais. O método foi criado para ser explorado em grupo;

• Uma árvore de causas precisa ser bem elaborada e transparente o bastante para não ser contestada;

• Não deve haver hierarquia entre os membros do grupo encarregado de analisar a árvore de causas, todos deverão estar em igualdade de condições;

• Ao construir a árvore de causas, não devemos procurar culpados, e sim as causas básicas;

Árvore de Falhas

básicas;

• A árvore de causas não deve indicar apenas uma causa, mas várias.

O método de análise de árvore de falha/causas consiste num modelo gráfico que representa as várias combinações de falhas de equipamentos e erros humanos que podem resultar em um acidente.

A construção da árvore parte do evento topo (acidente) e, através de ramificações ligadas por chaves lógicas booleanas “e/ou”, chega-se às suas raízes.

Árvore de Falhas

A realização da AAF (análise da árvore de falha) é uma representação gráfica da inter-relação entre as falhas de equipamentos ou de operação que podem resultar em um acidente específico. Os símbolos mostrados a seguir são usados na construção da árvore para representar está inter-relação.

Figura 1: Portão “OU”: indica que a saída do evento ocorre quando há uma entrada de qualquer tipo.

Árvore de Falhas

Figura 2:Figura 2: Portão “E”: indica que a saída do evento ocorre somente quando há uma entrada simultânea de todos os eventos.

Figura 3: Portão de Inibição: indica que a saída do evento ocorre quando acontece a

entrada e a condição inibidora é satisfeita.

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Árvore de Falhas

Figura 4: Portão de Restrição: indica que a saída do evento ocorre quando a entrada Figura 4: Portão de Restrição: indica que a saída do evento ocorre quando a entrada

acontece e o tempo específico de atraso ou restrição expirou.

Figura 5: Evento Básico: representa a FALHA BÁSICA do equipamento ou falha do sistema que não requer outras falhas ou defeitos adicionais.

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Figura 6- EVENTO INTERMEDIÁRIO: representa uma falha num evento resultado da interação com outras falhas que são desenvolvidas através de entradas lógicas como as

Árvore de Falhas

interação com outras falhas que são desenvolvidas através de entradas lógicas como as anteriormente descritas.

Figura 7- EVENTO NÃO DESENVOLVIDO: representa uma falha que não é examinada mais, porque a informação não está disponível ou porque suas consequências são insignificantes.

Árvore de Falhas

Figura 8: EVENTO EXTERNO: representa uma condição ou um evento que é suposto

existir como uma condição limite do sistema para análise.

Figura 9: TRANSFERÊNCIAS: indica que a árvore da falhas é desenvolvida de forma

adicional em outras folhas. Os símbolos de transferência são identificados através de

números ou letras.

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Árvore de Falhas

Figura 10: DADOS ARMAZENADOS

No próximo slide temos um exemplo bem simplificado de uma árvore de falhas com todos as possíveis causas

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Árvore de Falhas

Não consegui chegar a tempo na palestra

Houve atraso no transporte Deixei o hotel atrasado

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Jantar demorouDemorei pra me arrumar

Houve atraso no trajeto

Houve atraso na saída

TrânsitoOutrosimprevistos

Acidente nocaminho

Atraso noCronograma

A roupa amassou

Papo bom

Restaurante longe

Diagrama de Causa e Efeito

O Diagrama de causa e efeito é também conhecido como Diagrama de espinha de peixe ou Diagrama de Ishikawa.

Esta ferramenta foi desenvolvida para representar a relação entre o “efeito” e todas as possíveis “causas” que podem estar contribuindo para este efeito. O problema ou efeito é colocado no lado direito do gráfico e as causas são agrupadas segundo categorias lógicas e listadas à esquerda.

O objetivo do diagrama de causa e efeito é a representação gráfica das causas de um fenômeno.

É um instrumento muito importante para estudar:

• os fatores que determinam resultados que desejamos obter (processo, desempenho, oportunidade);

• as causas de problemas que devem ser evitados (defeitos, falhas, viabilidade).

O Diagrama de causa e efeito é utilizado para o planejamento de etapas de um processo ou projeto.

As causas principais podem ser agrupadas em quatro categorias, conhecidas como os “4M’s” , isto é:

� método;

� mão-de-obra;

� material e

Diagrama de Causa e Efeito

� máquina.

Na área administrativa talvez seja mais apropriado utilizar os “4P’s”:

� políticas;

� procedimentos;

� pessoal e

� planta (layout)

Mão de obraMétodo

Diagrama de Causa e Efeito

Efeito

Material Máquina

Diagrama de Causa e Efeito

Para construir um diagrama de causa e efeito devemos seguir os seguintes passos:

1º – Identificar o EFEITO

2º – Esclarecer os objetivos e o tempo para as “discussões” .

3º – Desenhar o esqueleto do diagrama.

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3º – Desenhar o esqueleto do diagrama.

4º – Escrever as causas no topo de cada seta. Quantas forem as causas sugeridas pelos membros do grupo.

5º – Escreva as sub causas relacionadas as causas principais.

Diagrama de Causa e Efeito

6º – Entre todas as causas sugeridas, selecionar uma para ser estudada em profundidade. Efetuar o mesmo tratamento com as outras causas, uma a uma, eliminando aquelas que se revelarem não responsáveis pelo efeito em estudo.

7º – Para a causa (ou causas) detectada como responsável, deverão ser estudadas soluções para a correção do efeito.

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Pirâmide de Bird

Nossos esforços para diminuir o número de acidentes do trabalho, no país, não tem sido até o presente insuficientes.

A previsão de acidentes nos modelos clássicos já não são mais eficientes. Os acidentes são precedidos por situações que , se não controladas de forma adequada, preparam o terreno para sua manifestação. São os chamados “incidentes” (ou quase acidentes)

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Com este raciocínio Frank Bird apresentou um modelo piramidal para representar a evolução dos incidentes para acidentes com graves danos humanos.

Teoricamente poderia ter havido acidente em cada um deles. De fato alguns se constituem em acidentes com perdas materiais. Uma quantidade menor gera acidentes com consequências humanas leves e um número ainda menor leva a acidentes com danos de maior gravidade em pessoas.

Em média 600 incidentes geram 30 acidentes com perdas materiais e 10 com lesões humanas das quais uma é gravíssima.

Estudos mais modernos acrescentam à base da pirâmide de Bird um outro nível de ocorrência anterior e muitas vezes causas potenciais dos incidentes.

Seriam ações e procedimentos de pessoas de tal forma relevantes que poderiam

Pirâmide de Bird

Seriam ações e procedimentos de pessoas de tal forma relevantes que poderiam causar incidentes, iniciando o processo de futuros acidentes, estas ações foram denominadas “comportamentos críticos”

De fato pesquisas têm demonstrado que ações tomadas em equipamentos e sistemas reduzem drasticamente o número de acidentes .

O índice tende a permanecer num nível relativamente baixo porém inquietante quando não se atua efetivamente no comportamento dos operadores.

Lesõesgraves 1

Pirâmide de Bird

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Incidentes 600

Perdas Materiais 30

Lesões leves 10

Perdas Materiais 30

Lesõesgraves 1

Pirâmide de Bird (atual)

Lesões leves 10

Perdas Materiais 30

Incidentes 600

Comportamentos Críticos (?)

Nas mais diversas organizações intervenções de prevenção nos componentes ambientais (instalações e equipamentos) têm sido introduzidas, elaborações de rígidos procedimentos de segurança são implementadas, mas o problema com os comportamentos críticos individuais e em grupo permanecem. Por isto uma ação gerencial mais

Pirâmide de Bird

permanecem. Por isto uma ação gerencial mais efetiva sobre comportamentos se faz necessária.

Estas são algumas das ferramentas mais usadas para levantamento de riscos e de acidentes com a finalidade de se prevenir novos acidentes.

Outro instrumento muito importante para a segurança é a “Inspeção de segurança” que trataremos à seguir.

É uma atividade para avaliar, vigiar ou supervisionar, se um processo, um produto ou serviço cumpre com os requisitos mínimos esperados e/ou implantados.

A inspeção de segurança pode ser dividida em 3 tipos, sendo eles:

1° - Inspeções de Rotina

2° - Inspeções Periódicas

Inspeção de Segurança

3° - Inspeções Especiais

4º - Inspeções Eventuais

5º - Inspeções Oficiais

Para a execução de uma inspeção, seja ela qual for, deve se ter um planejamento mínimo contendo:

� objetivo;

� dia e hora que ocorrerá a inspeção;

� o método.

1°°°° - Inspeções de Rotina

Visam detectar e eliminar riscos comuns já conhecidos, tanto do ponto de vista do equipamento como pessoal, exemplo:

� Falta de uso de EPI ou inexistência do mesmo; � Uniformização; � Remoção de proteção de máquina;

Inspeção de Segurança

� Remoção de proteção de máquina; � Ordem. Arrumação e limpeza; � Etc.

A inspeção de rotina deveria ser usada pelas empresas como uma ferramenta básica para a qualidade de seus processos e serviços, pois com ela é possível detectar uma falha no seu início sendo sempre este o melhor momento para tomada de medidas corretivas.

Nesta inspeção é interessante que cada responsável de setor faça a inspeção do seu setor, e pelo menos uma vez por semana todos os responsáveis se reúnam para discussão dos resultados encontrados e no caso de falhas que se encontre em consenso a melhor maneira de eliminar e/ou controlar o risco ou falha encontrada.

2°°°° - Inspeções Periódicas

São inspeções feitas em intervalos regulares de tempo (semanais – mensais).Portanto devem ser programadas.

A inspeção periódica pode incluir:

� toda a fábrica,

Inspeção de Segurança

� toda a fábrica,� um departamento, � uma seção, � certos tipos de operações, � determinados equipamentos e� aspectos relativos a higiene.� outros.

Na inspeção periódica é necessário que se faça um relatório, e que este seja discutido e arquivado de forma adequada e de fácil acesso para o caso de ser solicitado pela diretoria ou até mesmo para comprovação de fatos no caso de um acidente de trabalho.

3°°°° Inspeção Especial

É destinada a fazer controles técnicos que exigem profissionais e aparelhagem de testes e medições especializadas.

4°°°° Inspeção Eventual

Inspeção de Segurança

Este tipo de inspeção não tem data determinada, nem mesmo período pré-fixado. Pode ser feita por técnicos de diversas áreas, sendo que se destina a controles especiais de problemas importantes dos diversos setores da companhia.

5°°°° Inspeção Oficial

É aquela inspeção que é realizada por agente dos órgãos oficiais como Delegacia Regional do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego, Prefeitura entre outros.

No dia a dia das atividades prevencionistas os técnicos de segurança do trabalho ou técnicos em geral se utilizam destas ferramentas como auxilio na aplicação da idéia prevencionista.

Os objetivos principais de uma inspeção devem ser:

1.Possibilitar a determinação por meios de prevenção antes da ocorrência de um

Inspeção de Segurança

1.Possibilitar a determinação por meios de prevenção antes da ocorrência de um acidente do trabalho ou a desenvoltura de uma doença ocupacional.

2.Incentivo aos colaboradores em agirem com o pensamento voltado à segurança do trabalho.

3.Ajuda a fixação da idéia de prevenção perante todos da organização.

4.Melhoria do envolvimento da segurança industrial com a desenvoltura dos processos de trabalho.

5.Consolidar aos empregados o interesse da empresa pela adoção e cuidados com a segurança do trabalhador.

6.Despertar nos funcionários da empresa, a confiança na administração e com isso

Inspeção de Segurança

a confiança na administração e com isso angariar a colaboração de todos em prol da segurança e com a melhoria da desenvoltura do trabalho, com satisfação, segurança e qualidade.

Fim do módulo 6

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FIM