Análise de Sistemas de Potência III_120511

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  • SumrioCAPTULO 1 - MTODOS DE OTIMIZAO APLICADOS A SISTEMAS DE POTNCIA ................................................................................................................... 6

    1. INTRODUO ..................................................................................................... 62. PROBLEMAS DE OTIMIZAO COM RESTRIES ....................................... 63. DESPACHO ECONMICO DE UNIDADES TRMICAS .................................... 9

    3.1 Despacho Desprezando as Perdas na Transmisso ................................... 93.2 Algoritmo de Soluo .................................................................................. 123.3 Despacho Considerando as Perdas na Transmisso ................................ 15

    4. PROGRAMAO DA GERAO TRMICA .................................................... 174.1 Reserva Girante .......................................................................................... 194.2 Restries Operacionais ............................................................................. 204.3 Mtodos de Soluo ................................................................................... 21

    5. COORDENAO HIDROTRMICA .................................................................. 325.1 Programao da Operao Hidrotrmica de Mdio Prazo ......................... 335.2 Estratgia Baseada na Curva Limite .......................................................... 345.3 Estratgia Baseada no Valor Marginal da gua ......................................... 345.4 Planejamento da Operao Hidrotrmica de Curto Prazo ......................... 35

    6. FLUXO DE POTNCIA TIMO ......................................................................... 536.1 Formulao do Problema ........................................................................... 546.2 Fluxo de Potncia timo Linearizado ......................................................... 58

    7. REFERNCIAS ................................................................................................. 698. ANEXO .............................................................................................................. 70

    CAPTULO 2 - REPRESENTAO DE CONTROLES E LIMITES NOS PROGRAMAS DE FLUXO DE POTNCIA .......................................................... 74

    1. INTRODUO ................................................................................................... 742. MODOS DE REPRESENTAO ...................................................................... 75

    2.1 Ajustes Alternados ...................................................................................... 75

  • 2.2 Representao do Limite de Injeo de Reativo nas Barras PV ................ 762.3 Limites de Tenso em Barras PQ ............................................................... 782.4 Transformadores com Ajuste Automtico de Tap ...................................... 802.5 Transformadores Defasadores com Controle Automtico de Fase ............ 822.6 Controle de Intercmbio entre reas .......................................................... 832.7 Controle de Tenso em Barras Remotas ................................................... 85

    3. REFERNCIAS ................................................................................................. 86CAPTULO 3 - ESTIMAO DE ESTADOS EM SISTEMAS ELTRICOS DE POTNCIA ................................................................................................................. 87

    1. INTRODUO ................................................................................................... 871.1 Estados Operativos da Rede ...................................................................... 88

    2. MODERNOS CENTROS DE OPERO DE SISTEMAS ................................. 892.1 Centro de Operao de Sistemas - COS ................................................... 892.2 Principais Funes Executadas no COS .................................................... 902.3 Centro de Operao de Distribuio - COD ............................................... 91

    3. PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DOS ESTIMADORES DE ESTADOS EM SEP ........................................................................................................................... 944. APLICAO DOS RESULTADOS DA ESTIMAO DE ESTADOS EM SEP . 955. CLASSIFICAO DOS ESTIMADORES DE ESTADOS .................................. 956. MNIMOS QUADRADOS PONDERADOS (MQP) ABORDAGEM CLSSICA 967. ESTIMADOR DE ESTADOS LINEARIZADO (DC) .......................................... 100

    7.1 Consideraes Iniciais .............................................................................. 1007.2 Hipteses Simplificadoras ........................................................................ 1007.3 Estrutura de Dados do Estimador DC ...................................................... 1017.4 Modelo de Medio Linearizado ............................................................... 1037.5 Soluo do Estimador de Estados DC ..................................................... 103

    8. ESTIMADOR DE ESTADOS NO-LINEAR .................................................... 1068.1 Modelo No-Linear de Medio ................................................................ 106

  • 8.2 Soluo do Mtodo MQP Aplicado ao Problema de Estimao de Estados em SEP ............................................................................................................... 1078.3 O mtodo de Gauss-Newton .................................................................... 1078.4 Estrutura de Dados do Estimador CA ....................................................... 109

    9. ESTIMADORES DE ESTADOS DESACOPLADOS ........................................ 1219.1 Estimadores Desacoplados no Algoritmo ................................................. 1239.2 Estimadores Desacoplados no Modelo .................................................... 123

    10. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................. 125CAPTULO 4 - ANLISE DE CONTINGNCIAS EM SISTEMAS ELTRICOS DE POTNCIA ................................................................................ 126

    1. INTRODUO ................................................................................................. 1262. ANLISE DE ALTERAES EM REDES ELTRICAS MTODOS DE COMPENSAO .................................................................................................... 128

    2.1 Pr-Compensao .................................................................................... 1302.2 Ps-Compensao ................................................................................... 1312.3 Compensao Intermediria ..................................................................... 131

    CAPTULO 5 - ANLISE DE SENSIBILIDADE ............................................... 1351. INTRODUO ................................................................................................. 1352. MODELO MATEMTICO PARA ANLISE DE SENSIBILIDADE ................... 135

    2.1 Matrizes de Sensibilidade ......................................................................... 1372.2 Soluo da Equao Matricial de Sensibilidade ....................................... 138

    3. DETERMINAO DAS GRANDEZAS FUNCIONAIS ..................................... 140CAPTULO 6 PREVISO DE CARGA EM SISTEMAS ELTRICOS DE POTNCIA ............................................................................................................... 145

    1. INTRODUO ................................................................................................. 1452. CARACTERSTICAS DAS CARGAS EM SISTEMAS DE ELTRICOS DE POTNCIA .............................................................................................................. 146

    2.1 Fatores Temporais .................................................................................... 1462.2 Fatores Meteorolgicos ............................................................................ 1472.3 Fatores Aleatrios ..................................................................................... 147

  • 2.4 Fatores Determinsticos ............................................................................ 1473. MODELOS DE CARGA ................................................................................... 148

    3.1 Modelo de Pico de Carga ......................................................................... 1483.2 Modelo de Curva de Carga ....................................................................... 148

    4. TCNICAS DE PREVISO DE CARGA .......................................................... 1494.1 Mtodos Convencionais ........................................................................... 1504.2 Mtodos No Convencionais .................................................................... 152

    5. REFERNCIAS ............................................................................................... 153

  • CAPTULO 1 - MTODOS DE OTIMIZAO APLICADOS A SISTEMAS DE POTNCIA

    1. INTRODUO

    Este captulo aborda a aplicao de mtodos de otimizao na resoluo de problemas tpicos da rea de sistemas de potncia, tais como: despacho econmico de unidades de gerao trmica; programao da gerao trmica; coordenao hidrotrmica e fluxo de potncia timo.

    Primeiramente, feita uma breve reviso sobre o mtodo de Lagrange aplicado soluo de problemas de otimizao com restries. Em seguida, esses conceitos so estendidos aos problemas de despacho econmico da gerao trmica e coordenao hidrotrmica.

    Por fim, faz-se uma breve apresentao do problema de fluxo de potncia timo (FPO) em linhas gerais, para em seguida apresentar a formulao do problema de FPO,utilizando o modelo linearizado (DC) para representao das equaes de fluxo de potncia nas redes de transmisso.

    2. PROBLEMAS DE OTIMIZAO COM RESTRIES

    Em diversos problemas relacionados aos sistemas de potncia, comumente, so encontradas funes que devem ser otimizadas (i.e., encontrar os pontos de mximo ou mnimo). Uma vez que o objetivo maximizar ou minimizar uma determinada funo matemtica, essa funo usualmente denominada de funo objetivo. As funes de restrio ou simplesmente os limites das variveis do problema so agrupadas como restries do problema. A regio definida pelas restries chamada de regio factvel do problema. Se as restries so tais que no h uma regio factvel, isto , no h valores para as variveis independentes que satisfaam simultaneamente todas as equaes de restrio, o problema de otimizao no tem soluo factvel.

    Antes de dar incio formulao de problemas de otimizao em sistemas de potncia, considere o problema de otimizao apresentado em (1.1).

    , 0,25 :

    , 5 0

    (1.1)

    O problema de otimizao mostrado em (1.1) pode ser graficamente representado conforme ilustra a Figura 1.1.

  • Podeinterstamb. ConsfunpontoNoteportano pdifereda fucompperpedesteque ponto

    Figura 1.1

    e-se observseo da f

    bm que o

    sidere, agoo nas pros ( , ),

    e que no pranto, tem vaponto (, ente de zeruno objetponente doendicular ae ponto. Pao gradienteo de vista m

    1: Represent

    var pela Figfuno elpponto de t

    ra, a Figuraroximidades(, ) e (imeiro pontalor diferen) perpero na direivo. Portant

    o gradiente , logo n

    ara garantir e de e o gmatemtico,

    Figura 1.2

    tao grfica

    gura 1.1 quptica para timo ocorre

    a 1.2, na qus do ponto , ), repto (, ), onte de zero endicular a o de impto, para minprojetado eo h como que o grad

    gradiente d, isso pode

    2: Gradientes

    a da funo o

    ue o timo 5 e a

    e onde a fun

    ual se mostimo e os

    presentadoso gradiente na direo, mas n

    plica que mnimizar deem . No p

    melhorar odiente de de g sejam ser express

    0

    s nas proxim

    objetivo e da

    o do problea equao no de res

    tram algumgradientes

    s na figura perpend

    o de . Semo a . O over nessaeve-se camonto timo

    o valor da fu(i.e. ) sevetores lineso da segui

    idades do po

    equao de

    ma de otimde restri

    strio ta

    mas elipses das funepor , icular a ,

    melhantemecomponen

    a direo auinhar em se(, ), o g

    uno objeteja perpendearmente dinte forma:

    onto timo.

    e restrio.

    mizao eso (). Nongente fu

    para valorees e pa e mas no a

    ente, o gradnte do gradumentar o entido oposgradiente dtivo movendicular a ,

    dependente

    7

    t na ota-se uno

    es da ara os , . , e,

    diente diente

    valor sto ao e do-se basta s. Do

    (1.2)

  • 8

    O escalar conhecido como multiplicador de Lagrange. O problema de otimizao mostrado em (1.1) pode, ento, ser reformulado utilizando o multiplicador de Lagrange.

    Lx, , , , (1.3)

    A expresso (1.3) chamada de equao de Lagrange. Ao encontrar o timo da equao , , , isto , os pontos extremos (, ), encontra-se automaticamente o valor correto de . Para que a condio imposta pela equao (1.2) seja satisfeita, basta que as derivadas parciais da funo de Lagrange sejam igualadas a zero.

    L 0 0 0

    (1.4)

    Para ilustrar como o processo descrito anteriormente funciona, considere novamente o problema dado pela equao (1.1). Utilizando a funo de Lagrange, o problema pode ser reescrito da seguinte forma:

    , , 0,25 5 Tomando as derivadas parciais da funo de Lagrange e igualando-as a zero, tem-se:

    0,5 0

    2 0

    5 0

    Note que a derivada da funo de Lagrange em relao equivale equao de restrio. Finalmente, resolvendo o sistema de equaes anteriormente mostrado, chega-se a:

    4; 1 2

  • 3. D

    3.1

    Consque a

    Mate

    Na eunida

    A dimultipode

    As cderiv e

    DESPAC

    Despac

    sidere um salimenta um

    ematicamen

    equao (1ade gerado

    stribuio iplicadores em ser com

    condies nvadas parcia) sejam tod

    HO ECO

    ho Desp

    sistema coma carga

    Figura 1

    nte, o proble

    .5) o termora e tem a s

    tima da cde Lagrangbinadas na

    necessriasais da fundas iguais a

    ONMICO

    rezando

    mposto por, conforme

    .3: N unidad

    ema pode s

    F

    o reseguinte ca

    carga entrege. Nesse seguinte fu

    ,

    s para que o de Lagraa zero.

    O DE UN

    o as Perd

    r unidad ilustra a Fi

    des trmicas

    ser formulad

    0

    presenta aaracterstica

    e os geradcaso, a fun

    uno de La

    o timo daange em re

    IDADES

    das na Tr

    es trmicasgura 1.3.

    suprindo um

    do como se

    0

    a funo cua:

    dores pode no objetivagrange:

    a funo seelao s va

    TRMIC

    ransmiss

    s conectad

    ma carga.

    segue:

    usto de pro

    ser obtidavo e a fun

    eja encontraariveis ind

    CAS

    so

    das a uma

    oduo de

    a por meioo de res

    rado so qudependentes

    9

    barra

    (1.5)

    (1.6)

    cada

    (1.7)

    o dos trio

    (1.8)

    ue as s (i.e.

  • 10

    ,

    0

    , 0

    (1.9)

    Adicionalmente, os limites mximo e mnimo de gerao podem ser adicionados ao problema. Sendo assim, o problema passa a ser formulado pelo conjunto de equaes e inequaes a seguir.

    N equaes

    2Ninequaes

    1 restrio de igualdade

    (1.10)

    As inequaes anteriores podem ser expandidas nas seguintes condies:

    para

    para

    para

    (1.11)

    Exemplo 3.1:

    Determine o despacho timo de 3 unidades trmicas utilizadas para suprir uma carga de 850 MW.

    Dados das unidades

    Tabela 1.1: Dados do sistema do exemplo 3.1. Unidade Curva Caracterstica H(P)

    [MBtu/h] Custo de operao

    [$/MBtu] Limites operacionais

    [MW] U1 0,00142 7,2 510,0 1,1 150 600 U2 0,00194 7,85 310,0 1,0 100 400 U3 0,00482 7,97 78,0 1,0 50 200

    Soluo:

    O primeiro passo obter a funo custo de produo para cada unidade. Para tal, basta que o custo de operao seja multiplicado pela funo de consumo . Sendo assim, tem-se:

    Gerador 1: 0,001562 7,92 561,0

  • 11

    Gerador 2: 0,00194 7,85 310,0 Gerador 3: 0,00482 7,97 78,0 Em seguida, aplicando-se as condies impostas pela equao (9), tem-se:

    0,003124 7,92 0

    0,00388 7,85 0

    0,00964 7,97 0

    850 0

    Resolvendo-se o sistema de equaes acima, chega-se a:

    393,2MW; 334,6MW; 122,2MW 9,148$/MWh Nota-se que todas as potncias geradas esto dentro dos limites mximo e mnimo.

    Exemplo 3.2:

    Suponha, agora, que o custo de operao da unidade 1 tenha baixado para 0,9 $/MBtu. Sendo assim, a funo custo para o gerador 1 torna-se:

    0,001278 6,48 459 Resolvendo o sistema de equaes dado pela expresso (9), obtm-se:

    705,7MW; 111,8MW; 32,50MW 8,283$/MWh Nota-se que essa soluo satisfaz restrio do equilbrio entre gerao e carga, mas viola os limites dos geradores 1 e 3.

    Para adequar a soluo, coloca-se o gerador 1 gerando no mximo, o gerador 3 gerando no mnimo e o restante da potncia sendo gerada pelo gerador 2. Sendo assim, o despacho torna-se:

    600MW; 200MW 50MW Do conjunto de restries dado em (11), verifica-se que o custo incremental do sistema ( deve ser igual ao custo incremental do gerador 2, uma vez que a potncia nesse gerador est dentro dos limites mximo e mnimo. Sendo assim:

    8,626$/MWh

    O prximo passo verificar os custos incrementais dos geradores 1 e 3.

  • 12

    8,016$/MWh

    8,452$/MWh

    Nota-se que o custo incremental do gerador 1 ( 8,016$/MWh) menor que 8,626 $/MWh, logo a unidade 1 deve realmente gerar no seu limite mximo. Entretanto, o custo incremental da unidade 3 ( 8,452$/) menor que 8,626 $/MWh, o que implica que a unidade 3 no deve gerar no mnimo. Portanto, as unidades 2 e 3 devem ser redespachadas. Isso significa ter que resolver o seguinte sistema de equaes:

    600 0,00388 0

    0,00964 0

    850 0 Resolvendo o sistema de equaes anterior, obtm-se:

    187,1MW; 62,9MW 8,576$/MWh Observe que esse despacho satisfaz s condies dadas em (11), pois:

    8,016$/MWh

    menor que 8,576$/MWh e

    8,576

    3.2 Algoritmo de Soluo

    O mtodo de soluo mostrado anteriormente, embora seja simples, no muito prtico para ser desenvolvido computacionalmente. Por esse motivo, nessa subseo, as equaes sero reorganizadas de uma maneira mais fcil, para que elas possam ser utilizadas em um processo iterativo de busca pela soluo tima.

    Como mostrado anteriormente, a funo de custo de produo do gerador dada por um polinmio de segunda ordem. Na condio de otimalidade, tem-se que:

    2 0

    (1.12)

  • 13

    da qual se obtm:

    2 (1.13)

    Substituindo a equao (1.13) na equao de equilbrio entre gerao e carga, tem-se:

    2

    0

    (1.14)

    Aps algumas modificaes, a equao (1.14) pode ser posta na forma a seguir:

    2 1 1

    0

    (1.15)

    As equaes (1.13) e (1.15) podem ser utilizadas alternadamente em um processo iterativo para resolver o problema de despacho timo, conforme ilustrado na Figura 1.4.

  • 14

    Incio

    Sim Pi < Pi

    Min

    Sim Pi > Pi

    Max

    No

    A

    Max Sim Problema no convergiu

    |fNo Soluo encontrada

    Pi = PiMin

    Pi = PiMax

    Calcular:Piii

    Calcular:

    ltimo gerador

    B

    B

    N

    fPL Pi i=1

    Calcular:f

    f

    k=k+1

    -

    Ler dados:Nmero de geradores: NLimites dos geradores: P e P M ax M in

    Coefic ientes da funo custo: , e Carga: PLCusto inc remental inic ial: 0Nmero mximo de iteraes: NM ax

    Tolernc ia:

    Figura 1.4: Algoritmo de soluo.

    O valor do custo incremental () pode ser corrigido utilizando-se o mtodo de Newton, ou seja, nas proximidades da soluo, a funo dada por (1.15) pode ser linearizada, conforme se mostra em (1.16).

    0 (1.16)

  • 15

    da qual se obtm

    (1.17)

    em que a derivada da funo (1.15) e igual a:

    1

    (1.18)

    Portanto, a cada iterao, o valor de dado por .

    3.3 Despacho Considerando as Perdas na Transmisso

    Quando as perdas no sistema de transmisso so includas no problema de despacho timo, aumenta-se um pouco a complexidade do problema. A funo objetivo continua sendo a mesma mostrada em (1.5), porm a restrio do equilbrio entre gerao e carga deve, agora, levar em conta as perdas nas linhas de transmisso. Sendo assim, a nova restrio passa a ser:

    0

    (1.19)

    O mesmo procedimento seguido para obter as condies necessrias para garantir a otimalidade do problema, ou seja:

    e

    1

    0

    (1.20)

    0

    As perdas so expressas em funo da potncia de cada gerador conforme mostrado em (1.21).

  • 16

    (1.21)

    Uma maneira fcil de resolver esse problema utilizar o algoritmo anterior, substituindo a equao (1.13) pela equao (1.22).

    2 (1.22)

    Alm da substituio da equao (1.13) pela equao (1.22), as perdas devem ser calculadas utilizando-se os valores mais recentes de e inclu-las na equao de equilbrio entre gerao e carga, conforme a segunda equao da expresso (1.20).

    A Figura 1.5 resume os passos necessrios para solucionar o problema de despacho timo de geradores trmicos considerando as perdas na transmisso.

    Exemplo 3.3:

    Considere novamente as unidades do exemplo 1 sendo utilizadas para suprir uma carga de 850 MW. Suponha agora que as perdas na transmisso so dadas por:

    0,00003 0,00009 0,00012 A tabela seguir resume os passos do algoritmo apresentado na Figura 1.6, considerando que o custo incremental inicial foi de 9,52.

    Tabela1.2: Resultados para o exemplo 3.3. Iterao

    0 9,5200 432,9942 298,5555 129,9812 15,6741 4,1433 1 9,5281 435,1186 299,9188 130,6360 15,8234 0,1500 2 9,5284 435,1955 299,9681 130,6597 15,8288 0,0054

  • Figu

    4. P

    Gera(em maioacordque ligadtal si

    Exem

    Trs para 1.6.

    ura 1.5: Algo

    PROGRA

    almente, nofuno das

    or parte da do com os durante os

    das e desligtuao, con

    mplo 4.1:

    geradoressuprir uma

    Gerador Gerador 1 Gerador 2 Gerador 3

    oritmo de solu

    AMAO

    s sistemas s atividadespopulao dias da sem dias normadas ao lon

    nsidere o ex

    s trmicos, a carga que

    TabelaMax (MW)

    600 400 200

    uo do prob

    O DA GER

    eltricos ds comerciaiest dorm

    mana. Normais. Por qungo do dia xemplo a se

    cujos dadoe varia entre

    a 1.3: Dados Min (MW)

    150 100 50

    blema de destransmisso

    RAO T

    e potncia,is e industrindo). Adic

    malmente, nuestes ecode acordo ceguir.

    os so mose 500 e 120

    dos geradorFuno 510 7,2310 7,8578 7,97

    spacho timoo.

    TRMICA

    a carga toriais) e baixionalmentenos finais donmicas, acom a varia

    strados na 00 MW, con

    res do exemHi(Pi) (MBtu2 0,001425 0,00197 0,00482

    o consideran

    A

    otal elevadxa ao anoit, a carga tae semana aas unidadesao da car

    Tabela 1.3nforme mos

    plo 4.1. u/h) Custo2 94 2

    ndo as perda

    da durante tecer (quanambm vara carga ms geradorasrga. Para ilu

    3, so utilizstrado na F

    o (R$/MBtu)0,9 1,0 1,2

    17

    as na

    o dia ndo a ria de menor s so ustrar

    zados Figura

  • Detedia s

    Solu

    A fimunidacombMW,segu

    As liprodprog

    De 5

    De 6

    De 7

    De 1

    ermine a proseguinte.

    uo:

    m de se obades devebinaes da desde 500

    uir.

    nhas destauo. Obseramao do

    500 e 600 M

    650 a 700 M

    750 a 1000 M

    050 a 1200

    Figu

    ogramao

    bter a progro ser ligas trs unid0 at 1200

    acadas em ervando-se os geradore

    MW, apenas

    MW, os gera

    MW, os ger

    0 MW, todos

    TaCarga

    500

    550

    600

    ura 1.6: Curva

    das unidad

    gramao dgadas/desligdades para cMW. As po

    amarelo reos dados d

    es:

    s o gerador

    adores 1 e 3

    radores 1 e

    s os gerado

    abela 1.4: PrG1 (MW) G2

    500 450 400 350

    0 550 500 450 400

    0 600 550 500

    a de carga p

    des para o p

    das unidadegadas, podcada valor

    ossveis com

    eferem-se da tabela a

    1 despac

    3 so despa

    2 so desp

    ores so de

    rogramao 2 (MW) G3 (

    0 00 5

    100 0100 5400 10

    0 00 5

    100 0100 5400 15

    0 00 5

    100 0

    para o exemp

    perodo de 4

    es, isto , de-se enumda curva dembinaes

    soluo seguir po

    chado;

    achados;

    pachados;

    spachados

    dos geradoreMW) Custo0 40

    50 420 43

    50 4500 480 44

    50 460 47

    50 4950 540 48

    50 490 51

    plo 4.

    4:00 h PM

    em que mmerar todae carga em so mostra

    com menoossvel ident

    .

    es. o Total $/h 018,50 220,10 369,90 584,20 868,20 406,95 604,80 748,20 956,10 418,70 807,10 995,90 32,90

    s 4:00 h P

    momento e as as poss

    intervalos dadas na tab

    or custo tottificar a seg

    18

    PM do

    quais sveis de 50

    bela a

    tal de guinte

  • 19

    450 100 50 5334,50 0 400 200 5998,10

    650 600 0 50 5393,30 550 100 0 5524,00 500 100 50 5719,20

    700 600 0 100 5914,90 600 100 0 5921,50 550 100 50 6110,30

    750 600 150 0 6338,20 600 0 150 6465,40 600 100 50 6507,70

    800 600 200 0 6764,70 600 150 50 6924,50 600 0 200 7044,80

    850 600 250 0 7200,80 600 200 50 7350,90

    900 600 300 0 7646,70 600 250 50 7787,10

    950 600 350 0 8102,20 600 300 50 8232,90

    1000 600 400 0 8567,50 600 350 50 8688,50

    1050 600 400 50 9153,70 1100 600 400 100 9675,30 1150 600 400 150 10226,00 1200 600 400 200 10805,00

    Esse um exemplo simples de programao da gerao, no qual as nicas restries atendidas so o nvel de carga e os limites dos geradores. As subsees seguintes abordam as demais restries que devem ser levadas em conta na programao da gerao.

    4.1 Reserva Girante

    O termo reserva girante utilizado para designar o montante total de gerao disponvel de todas as unidades sincronizadas (i.e. que esto girando), menos a carga suprida e as perdas. O montante de reserva girante deve ser tal que a perda de uma ou mais unidades sincronizadas no cause alteraes na frequncia do sistema nem ocasione corte de carga. Geralmente, o nvel de reserva girante especificado com base em um conjunto de regras que define quanto de reserva dever ser deixado em cada unidade geradora.

    Historicamente, uma regra muito utilizada pelos operadores dos sistemas de potncia especificar o montante de reserva girante como um percentual da carga pico do sistema, ou uma quantidade equivalente maior unidade geradora sincronizada. Outra forma de especificar a reserva girante com base no risco de no haver gerao suficiente para atender a carga.

  • 20

    A reserva girante no deve somente ser suficiente para cobrir a perda de unidades geradoras, mas deve ser adequadamente distribuda entre as unidades com tempo rpido de resposta (i.e., que podem ser sincronizadas em poucos minutos) e unidades lentas (que levam dezenas de horas para serem sincronizadas). Isso permite que o controle automtico de gerao restaure a frequncia do sistema e mantenha os intercmbios de potncia ativa entre reas, caso ocorra a perda de unidades sincronizadas.

    4.2 Restries Operacionais

    As unidades trmicas requerem uma equipe de operadores responsveis pelo controle das mesmas, principalmente quando elas precisam ser ligadas ou desligadas. As unidades trmicas suportam apenas variaes pequenas de temperatura, o que implica em um perodo longo (da ordem de algumas horas) para que a unidade esteja pronta para suprir carga. Como resultado, algumas restries operacionais de uma central de gerao termeltrica devem ser levadas em considerao no processo de programao da gerao:

    Tempo mnimo de parada (minimum up time): quando uma unidade trmica est em operao a mesma no pode ser desligada instantaneamente.

    Tempo mnimo de partida (minimum down time): quando uma unidade est desligada, necessrio um tempo mnimo para que ela seja posta em operao.

    Disponibilidade de mo-de-obra: se uma central de gerao termeltrica composta por duas ou mais unidades geradoras, essas unidades no podem ser

    ligadas/desligadas simultaneamente se no houver operadores suficientes para

    atender a todas as unidades.

    Adicionalmente, as unidades trmicas necessitam de certa quantidade de energia trmica para vencer a inrcia das massas girantes, a qual no convertida em energia eltrica. Essa quantidade inicial de energia considerada nos estudos de programao da gerao como custo de partida da unidade geradora (start-up cost).

    O custo de partida das unidades trmicas pode variar desde um valor mximo, quando a unidade posta em operao com a caldeira fria (cold start) at valores consideravelmente menores, quando a unidade posta em operao poucos instantes aps ter sido desligada, e ainda se encontra com a temperatura prxima ao ponto de operao. Esses dois custos podem ser aproximadamente estimados pelas equaes (1.23) e (1.24).

    Custo de partida a frio (cooling):

    1 (1.23)

  • 21

    Custo de partida a quente (baking):

    (1.24)

    em que:

    Energia trmica necessria para a partida a frio (MBtu); Energia trmica necessria para manter a unidade geradora na temperatura de operao (MBtu/h);

    custo do combustvel; Custo fixo (incluindo gastos com mo-de-obra, manuteno etc.); constante trmica da unidade geradora; - tempo durante o qual aunidade permaneceu desligada.

    4.3 Mtodos de Soluo

    O problema de programao da gerao bem complexo. Para ter uma ideia da dimenso do problema, considere um sistema formado por unidades geradoras trmicas que devem ser programadas para suprir uma carga durante um perodo dividido em intervalos. Ento, enumerando as possveis combinaes de geradores que devem ser examinadas em cada intervalo, tem-se:

    , 1 , 2 , 1 , 2 1

    em que , representa a combinao de item de maneiras diferentes. Para um total de intervalos, o nmero mximo de combinaes se torna 2 1, o que pode ser extramente grande dependendo do nmero de unidades geradoras e da quantidade de intervalos. Por exemplo, para um perodo de 24 horas, dividido em intervalos iguais de 1 hora, e 5 unidades geradoras seriam analisadas 6,2 1035 possibilidades.

    4.3.1 Mtodo da Lista de Prioridades

    Um modo bastante simples de fazer a programao das unidades consiste em construir uma lista de prioridade para as unidades geradoras. Essa lista pode ser obtida com base no custo incremental das unidades para a condio de carregamento mximo, ou seja:

  • 22

    (1.25)

    Para ilustrar, considere novamente as unidades do exemplo 4, para as quais o custo mdio mostrado a seguir:

    Tabela 1.5: Custo Mdio de Produo. Gerador Custo Mdio ($/MWh)

    1 8,0136 2 9,4020 3 11,8776

    Ento, seguindo fielmente a lista de prioridade anterior, as unidades so despachadas na ordem 1, 2 e 3.

    Os passos seguintes podem ser utilizados para programar a gerao trmica, utilizando o mtodo da lista de prioridade.

    i. A cada hora, quando a carga estiver decrescendo, determine a prxima

    unidade da lista de prioridade que poder ser desligada, sem afetar a carga

    mais os requisitos de reserva girante;

    ii. Determine o nmero de horas H, decorrido desde o instante que a unidade foi

    desligada at o momento em que ela entrar em operao novamente

    (considerando que a carga esteja decrescendo, mas se elevar algumas horas

    frente);

    iii. Se H menor que o tempo mnimo de partida, mantenha a unidade em

    operao, seno, v para o passo (iv);

    iv. Calcule trs custos de produo: a) soma dos custos de produo horrio para

    as prximas H horas considerando que a unidade esteja em operao; b) soma

    dos custos de produo horrio considerando que a unidade foi desligada mais

    o custo de partida a frio da unidade (cooling); c) idem ao (b), porm utilizando o

    custo de partida a quente (baking). Se o custo de desligar a unidade mais o

    custo de partida (cooling ou baking) for menor que manter a unidade em

    operao, desligue-a; seno mantenha a unidade em operao;

    v. Repita os passos anteriores para as prximas unidades da lista de prioridade.

  • 23

    Exemplo 4.2:

    Determine a programao do sistema de gerao trmico dado a seguir.

    Tabela 1.6: Dados dos geradores do exemplo 4.2.

    Gerador Max (MW) Min

    (MW) Energia

    incremental (Btu/kWh)

    Et(MBtu/h)Ec

    (MBtu) T. Min. Parada

    (h)

    T. Min. Partida

    (h) 1 500 70 9950 300 800 2 2 2 250 40 10200 210 380 2 2 3 150 30 11000 120 110 2 4 4 150 30 11000 120 110 2 4

    Tabela 1.7: Dados da carga do exemplo 4.2. Intervalo Carga (MW)

    1 600 2 800 3 700 4 950

    Considere que o custo do combustvel seja 1,0 $/MBtu, que inicialmente as unidades 1

    e 2 estejam operando e que as unidades 3 e 4 estejam desligadas. Considere tambm

    que as unidades 3 e 4 esto desligadas h 8 horas e que cada intervalo da carga dure

    2 horas.

    Soluo:

    Nesse problema assume-se que a curva de cada unidade uma reta. Logo, o custo incremental ser constante. Os custos incrementais dos geradores so

    calculados a seguir:

    9,95MBtu/MWh 1,0$/MBtu 9,95$/MWh

    10,2MBtu/MWh 1,0$/MBtu 10,2$/MWh

    11,0MBtu/MWh 1,0$/MBtu 11,0$/MWh

    Ento, as unidades sero despachadas na ordem: 1, 2 e 3.

    Intervalo 1:

    600MW, 500MWe 100MW

    Dado que as unidades j se encontravam em operao, o custo de produo no

    primeiro intervalo ser:

    500 9,95 2 100 10,2 2 $11990,00

  • 24

    Intervalo 2:

    800MW, 500MW, 250MW 50MW.

    Como o gerador 3 estava desligado, para coloc-lo em operao deve-se

    primeiramente verificar a restrio quanto ao tempo mnimo de partida. Como esse

    gerador j se encontrava desligado por 8 horas, ele poder ser ligado no incio do

    intervalo 2, pois o seu tempo mnimo de partida de 4 horas. Em seguida, deve-se

    calcular o custo de produo, lembrando que ao custo do gerador 3 deve-se adicionar

    a parcela referente ao custo de partida.

    500 9,95 2 250 10,2 2 110 1,0 50 11,0 2 $16260,00

    Intervalo 3:

    Nota-se que a carga diminui de 800 para 700 MW, o que implica que h a

    possibilidade de o gerador 3 ser desligado. Entretanto, no quarto intervalo a carga

    aumenta para 950 MW e, portanto, o gerador 3 dever ser ligado novamente. Como

    cada intervalo tem 2 horas de durao, no haver tempo suficiente para partir o

    gerador 3 caso ele seja desligado no incio do intervalo 3. Sendo assim, o mesmo

    dever ser mantido em operao. Portanto, duas alternativas devem ser analisadas:

    O gerador 3 no despachado, mas mantido aquecido:

    700, 500, 200 0.

    500 9,95 2 200 10,2 2 120 1,0 2 $14270,00

    O gerador 3 despachado no mnimo:

    700MW, 500MW, 170MW, 30MW

    500 9,95 2 170 10,2 2 30 11,0 2 $14078.

    Verifica-se que a segunda opo mais econmica.

    Intervalo 4:

    950MW, 500MW, 250MW, 100MW 100MW

    Aqui, novamente, deve-se incluir o custo de partida a frio do gerador 4.

    500 9,95 2 250 10,2 2 100 11,0 2 110 1,0 100 11,0 2 $19560,00

  • 25

    Finalmente, o custo total de produo no perodo :

    _

    $61888,00

    4.3.2 Programao Dinmica

    A programao dinmica apresenta algumas vantagens com relao aos mtodos

    baseados na enumerao. A grande vantagem apresentada pela programao

    dinmica est na reduo da dimenso do espao de busca pela soluo tima do

    problema. Para ser ter ideia de como algumas imposies reduzem a dimenso do

    espao de busca, suponha um sistema composto por quatro unidades trmicas sendo

    utilizadas para suprir uma carga. Esse problema apresenta um total de 24 1 = 15

    possveis combinaes para serem testadas. Entretanto, se uma lista de prioridade

    imposta, h somente quatro combinaes para testar:

    Unidade 1

    Unidade 1 + Unidade 2

    Unidade 1 + Unidade 2 + Unidade 3

    Unidade 1 + Unidade 2 + Unidade 3 + Unidade 4

    Para esse caso foi suposto que a unidade 1 a primeira a ser despachada, em

    seguida a unidade 2, e assim por diante at a unidade 4.

    A imposio da lista de prioridade, baseada no custo incremental da unidade em plena

    carga, resultar, teoricamente, no despacho correto, somente se:

    A curva caracterstica da unidade H(P) for linear entre zero e a capacidade mxima de gerao;

    No haver outras restries;

    O custo de partida for fixo.

    Adicionalmente, as seguintes consideraes so feitas:

    Um estado consiste de uma matriz de unidades, na qual um determinado nmero de unidades est operado e as demais desligadas;

  • 26

    O custo de partida das unidades independente do tempo em que elas permaneceram desligadas (i.e. custo de partida fixo);

    No so considerados custos para desligar as unidades;

    Segue-se fielmente uma lista de prioridade e, a cada intervalo, uma quantidade mnima de gerao deve ser despachada.

    Um estado ser factvel somente quando as unidades programadas forem capazes de

    suprir a carga e respeitarem o valor mnimo de gerao despachada em cada

    intervalo.

    possvel desenvolver um algoritmo baseado no mtodo da programao dinmica

    que busque a soluo tima partindo do intervalo final em direo ao primeiro intervalo

    (programao para trs backward dynamic programming). Contrariamente, pode-se

    tambm desenvolver o algoritmo que segue o curso natural do problema, ou seja,

    parte da primeira hora em direo ao intervalo final (programao dinmica para frente

    forward dynamics programming). O segundo mtodo apresenta vantagens evidentes

    com relao ao primeiro. Por exemplo, se o custo de partida de uma unidade

    expresso em funo do tempo que a unidade permanece desligada, a programao

    dinmica para frente mais indicada, uma vez que a condio do estado anterior pode

    ser calculada a cada estgio.

    O algoritmo recursivo para determinar o custo mnimo na hora k, no estado i,

    apresentado a seguir.

    , , ,:, _ 1, (1.26)

    em que:

    _, menor custo total para chegar ao estado k no intervalo i;

    , custo de produo do estado k no intervalo i;

    1, : , custo de transio do estado k-1, no intervalo l, para o estado k no intervalo i.

  • 27

    Exemplo 4.3:

    Determine a programao tima do sistema termeltrico cujos dados so

    apresentados a seguir. Utilize o mtodo da programao dinmica. Cada intervalo da

    curva de carga tem durao de uma hora.

    Tabela 1.8: Parmetros dos geradores.

    Gerador Max. (MW) Min. (MW)

    Custo vazio ($/h)

    Custo incremental a plena carga ($/MWh)

    T. Min. de partida (h)

    T. Min de parada (h)

    1 80 25 213 23,54 4 2 2 250 60 585,62 20,34 5 3 3 300 75 684,74 19,74 5 4 4 60 20 252 28 1 1

    Tabela 1.9: Condio inicial de operao, custos e tempos de partida.

    Gerador Condio Inicial Durao

    (h)

    Custo de partida ($) Tempo de partida a frio (h) Frio Quente

    1 Desligado 5 350 150 4 2 Ligado 8 400 170 5 3 Ligado 8 1100 500 5 4 Desligado 6 0,02 0 0

    Tabela 1.10: Curva de carga. Hora Carga (MW)

    1 450 2 530 3 600 4 540 5 400 6 280 7 290 8 500

    Obs.: considerar que a funo custo das unidades seja da forma dada a seguir:

    Soluo:

    O primeiro passo para resolver o problema construir a lista de prioridade com base

    nos custos incrementais das unidades. Para o exemplo em questo, tem-se:

  • 28

    Tabela 1.11: Lista de prioridade. Prioridade Custo ($/MWh) Gerador

    1 19,74 3 2 20,34 2 3 23,54 1 4 28,00 4

    Intervalo 1:

    Das condies iniciais, tem-se que os geradores 2 e 3 encontravam-se ligados e os

    geradores 1 e 4 desligados. Sendo assim, para os geradores 2 e 3 so despachados

    para atender a carga de 450 MW. Ento, o custo associado hora 1, para a condio

    dos geradores 2 e 3 ligados :

    , 684,74 300 19,74 1 585,62 150 20,34 1 $10243,36

    O custo mnimo at o primeiro intervalo ser considerado zero. Assumindo tambm

    que no houve transio de um estado anterior, tem-se:

    1,1 1,1 $10243,36

    Intervalo 2:

    Nesse intervalo, a carga sobe para 530 MW. As unidades 2 e 3 tm capacidade

    suficiente para atender essa carga, no sendo necessrio por em operao a prxima

    unidade da lista de prioridade. Logo,

    2,1 684,74 300 19,74 1 585,62 230 20,34 1 $11870,56

    O custo mnimo at o segundo intervalo :

    2,1 2,1 1,1

    2,1 10243,36 11870,56 $22113,92

    Intervalo 3:

    Nesse intervalo, a carga sobe para 600 MW, implicando na necessidade de por a

    prxima unidade da lista de prioridade em operao. Ento, as seguintes opes

    devem ser analisadas:

    1) Por a unidade 1 em operao:

  • 29

    A unidade 1 precisa de 4 horas para partir. Dado que ela se encontrava desligada por 5 horas no incio da anlise, ela ter permanecido 7 horas desligada at o incio do intervalo 3. Ento, o custo de transio do intervalo 2 no estado 1 (unidades 2 e 3 ligadas) para o intervalo 3 no estado 2 (unidades 1, 2 e 3 ligadas) equivale ao custo de partida a frio da unidade 1, ou seja:

    2,1: 3,2 350 Supondo que a deciso tenha sido ligar a unidade 1, o custo de produo no intervalo 3 seria:

    3,2 684,74 300 19,74 1 585,62 250 20,34 1 213,00 50 23,54 1 $13667,36

    Sendo assim, o custo at o intervalo 3, considerando a deciso de ligar a mquina 1 :

    3,2 3,2 2,1: 3,2 2,1 3,2 13667,36 350 22113,92 $36131,28

    2) Por a unidade 4 em operao:

    No caso da unidade 4, esta tambm poder estar em operao no intervalo 3. O custo de transio nesse caso ser equivalente ao custo de partida a frio da unidade 4.

    2,1: 3,3 0,02 Supondo que a deciso tenha sido ligar a unidade 4, o custo de produo no intervalo 3 seria:

    3,3 684,74 300 19,74 1 585,62 250 20,34 1 252,00 50 28,00 13929,36

    O custo at o intervalo 3, considerando que a deciso tenha sido ligar a unidade 4 :

    3,3 3,3 2,1: 3,3 2,1

    3,3 13929,36 0,02 22113,92 $36043,30

    Verifica-se que a deciso mais econmica que a unidade 4 seja ligada para operar

    no intervalo 4.

    Intervalo 4:

    No intervalo 4, a carga diminui para 540 MW, o que implica que a unidade 4 poder

    ser desligada. Verificando os prximos intervalos nota-se que a carga continua

    decrescendo. Portanto, a melhor alternativa , de fato, desligar a unidade 4. Sendo

    assim, do intervalo 3 para o intervalo 4 no haver custo de transio e o custo de

    produo nesse intervalo ser de:

    684,74 300 19,74 1 585,62 240 20,34 $12073,36

  • 30

    O custo total at o intervalo 4 :

    4,1 4,1 3,3

    4,1 12073,36 36043,30 $48117,66

    Intervalo 5:

    No intervalo 5, a carga diminui para 400 MW. Novamente, as unidades 2 e 3 so

    suficientes para suprir essa carga.

    5,1 684,74 300 19,74 1 585,62 100 20,34 1 $9226,36

    5,1 5,1 4,1

    5,1 9226,36 48117,66 $57344,02

    Intervalo 6:

    No intervalo 6, a carga cai para 280 MW. Nessa condio h trs possibilidades a

    serem analisadas:

    1) Desligar a unidade 2:

    Essa alternativa no possvel, pois no intervalo 8 a carga sobe para 500 MW e, portanto, a unidade 2 dever ser ligada novamente. Como essa unidade apresenta um tempo mnimo de partida de 5 horas, no h como satisfazer essa restrio.

    2) Manter a unidade 2 aquecida, mas sem despach-la:

    6,4 684,74 280 19,74 1 $6211,94 O custo de transio do intervalo 5 para o intervalo 6 equivale ao custo de manter a unidade 2 operando sem carga, isto :

    5,1: 6,4 585,62 O custo final acumulado at o intervalo 6 :

    6,4 6,4 5,1: 6,4 5,1 6,4 6211,94 585,62 57344,02 $64141,58

    3) Despachar a unidade 2 no mnimo:

    6,1 684,74 220 19,74 1 585,62 60 20,34 1 $6833,56 6,1 6,1 5,1

    6,1 6833,56 57344,02 $64177,58

  • 31

    Intervalo 7:

    No intervalo 7, a carga sobe para 290 MW. Nesse caso, novamente, tm-se duas possibilidades:

    1) Manter a unidade 2 aquecida, mas sem despach-la:

    7,4 684,74 290 19,74 1 $6409,34 Ento, o custo at o intervalo 7 assumindo que a deciso anterior tenha sido manter a unidade aquecida, mas sem despach-la :

    7,4 7,4 6,4: 7,4 6,4 7,4 6409,34 585,62 64141,58 $71136,54

    ou o custo at o intervalo 7 considerando que a deciso anterior foi manter a unidade 2 gerando no mnimo:

    7,4 7,4 6,1: 7,4 6,1 7,4 6409,34 64177,58 $71172,54

    2) Despachar a unidade 2 no mnimo:

    7,1 684,74 230 19,74 1 585,62 60 20,34 1 $7030,96 O custo at o intervalo 7, assumindo que a deciso anterior foi manter a unidade 2 aquecida, mas sem despach-la :

    7,1 7,1 6,4: 7,1 6,4 7,1 7030,96 170 64141,58 $71342,54

    ou o custo at o intervalo 7, considerando que a deciso anterior foi despachar a unidade 2 no mnimo:

    7,1 7,1 6,1: 7,1 6,1 7,1 7030,96 64177,58 $71208,54

    Intervalo 8:

    No intervalo 8, a carga sobe para 500 MW. Como as unidades 2 e 3 so capazes de

    suprir essa carga, no necessrio por em operao uma nova unidade.

    8,1 684,74 300 19,74 1 585,62 200 20,34 1 $11260,36

    Assumindo que a deciso anterior tenha sido manter a unidade 2 ligada, mas sem

    despach-la, tem-se:

    8,1 8,1 7,4: 8,1 7,4

  • ou co

    Todo

    1.7.

    5. C

    O deorigecompaos retc. raciofutura

    onsiderando

    os os possv

    COORDE

    espacho ecoem hidrulicplexo porqureservatrioEm geral, a

    onal possvas, de mod

    8,1

    o que a dec

    8,1

    8

    veis caminh

    Figura 1.7: C

    ENAO

    onmico hidca e de orue dependeos, do maioa participa

    vel da guado a, por um

    11260,3

    ciso tenha

    1 8

    ,1 11260

    hos para a s

    Caminhos da

    HIDROT

    drotrmico vigem trmic

    e do grau deor ou menoro trmicaa dentro dm lado, min

    6 170 7

    sido mante

    8,1

    0,36 7134

    soluo do

    a soluo via

    TRMICA

    visa determca no atene dificuldadr grau de a

    a determino contextoimizar o ris

    71136,54

    er a unidade

    7,1: 8,1

    42,54 $82

    problema s

    a programa

    A

    minar as parndimento dade em se prrmazenamenada de mo de incerteco de dfic

    $82566,9

    e 2 gerando

    7,1

    2602,90

    so apresen

    o dinmica

    rticipaes da demandarever as afluento de guodo a propezas quantit de gera

    o no mnimo

    ntados na F

    .

    das geraa. O probleuncias naua nos mes

    piciar o uso to s afluo de energ

    32

    o:

    Figura

    es de ma turais smos,

    mais ncias gia e,

  • 33

    por outro, reduzir o desperdcio de energia hidrulica implicado por vertimento de volumes de gua turbinveis.

    Para melhor tratar as incertezas associadas s afluncias aos reservatrios e ao crescimento da carga, o problema de programao da operao de sistemas hidrotrmicos , em geral, abordado em horizontes de tempo distintos. Quanto maior o horizonte de planejamento, tanto menos detalhada e mais incerta a programao. Os horizontes usuais de planejamento da operao so os seguintes:

    Programao de longo prazo: Considera o horizonte de cinco anos com intervalos mensais para determinar as participaes da gerao hidrulica e trmica e o intercmbio de energia. Os reservatrios so agregados em um reservatrio equivalente.

    Programao de mdio prazo: Considera o horizonte de um ano com intervalos semanais. Utiliza mtodos de previso de vazes para determinar as participaes hidrulica e trmica no atendimento da demanda.

    Programao de curto prazo: Neste caso o horizonte semanal com intervalos de horas. Em geral, a abordagem determinstica, e aspectos energticos, hidrulicos e eltricos so considerados simultaneamente. Assim, a rede eltrica, os intercmbios e as caractersticas das unidades so todos representados.

    O foco deste documento so estudos de curto prazo. Entretanto, para uma melhor compreenso do processo de programao da operao hidrotrmica, a prxima seo faz algumas consideraes sobre os estudos de mdio prazo.

    5.1 Programao da Operao Hidrotrmica de Mdio Prazo

    Os mtodos usualmente empregados no horizonte anual podem ser agrupados como:

    Mtodos empricos: Baseiam-se na histria passada, prevendo situaes semelhantes;

    Mtodos baseados em simulao: So aperfeioamentos dos mtodos empricos, utilizando modelos matemticos que permitem analisar um grande

    nmero de casos, dos quais se deduz uma soluo (no necessariamente a tima

    global);

    Mtodos precisos: Resolvem o problema por meio de tcnicas de otimizao, por exemplo, programao dinmica estocstica, necessitando, portanto, de modelos

    matemticos mais sofisticados.

    Dentre os mtodos utilizados no horizonte de mdio e longo prazo, destacam-se a estratgia baseada na curva limite do reservatrio equivalente do sistema e a estratgia baseada no valor marginal da gua.

  • 5.2

    Trata

    do s

    atend

    pass

    ocorr

    A cu

    siste

    Duralimiteisso supricondtrm

    5.3

    Nestcustooperagera

    ParaEssetrmlongoacrsao lo

    Estratg

    a-se de uma

    istema aba

    dimento da

    sado. Procu

    rncia de d

    rva limite il

    ma para um

    Figura

    ante a opere, ora aume

    procura-seimento que

    duz a uma eica fora dos

    Estratg

    te caso, buso da geraar com a geo trmica

    a operacione valor dica e da eo de um pscimo de congo do pe

    gia Base

    a estratgia

    aixo do qua

    a demanda

    ura-se, por

    ficits.

    ustrada na

    m dado ano

    a 1.8: Curva

    rao ao loentando-a, e evitar vee resultariaexpectativa s perodos s

    gia Base

    sca-se minio trmicaerao trma nos perod

    alizar esta definido comnergia no

    perodo. Emusto decorrerodo. O v

    ada na C

    a tradiciona

    al as usinas

    a, tendo po

    rtanto, che

    Figura 1.8

    hidrolgico

    limite para p

    ongo do ase o nvel d

    ertimento (da da exaus

    elevada desecos.

    ada no V

    mizar o cusa mais o cumica mnimados com hid

    estratgia mo a deriv suprida em

    m outras parente da utivalor margi

    Curva Lim

    l. A curva li

    s trmicas

    or base o

    egar ao fim

    obtida po

    o.

    programao

    no hidrolgdo reservatdesperdciosto do voe atendimen

    Valor Ma

    sto total de usto do da nos perodrologias ad

    necessvada do cum relao alavras, o vilizao de inal da gu

    mite

    imite indica

    devem ser

    histrico d

    m do pero

    or meio de

    o hidrotrmic

    gico procurtrio est ao) de gualume til anto, mas co

    rginal da

    atendimentficit. Em oodos hidroldversas.

    rio definir usto espera produovalor marguma unida

    ua est ass

    o nvel de

    acionadas

    das vazes

    odo de pla

    simulao

    ca de mdio

    ra-se acombaixo da cu

    a e o riscoarmazenadoom altos cu

    a gua

    to da demaoutras palavgicos favor

    o valor maado atualizao da energinal da gude de enersociado a

    armazenam

    s para gara

    s registrada

    anejamento

    da opera

    prazo.

    mpanhar a urva limite. o de dfico. Essa t

    ustos de ge

    nda, que invras, procurveis e ele

    arginal da ado da gegia hidrulicua represergia armazecada estad

    34

    mento

    ntir o

    as no

    sem

    o do

    curva Com

    cit de cnica rao

    nclui o ura-se evar a

    gua. rao ca ao nta o

    enada do do

  • siste(i.e., Figur

    Comoperaestraoperaoperahidrda g

    F

    5.4

    Nesthidro

    Eh

    F

    h

    d

    Et

    re

    ma, caractequando a

    ra 1.9 ilustr

    m a disponiao do sis

    atgia timaao, as tar no mx

    ulicas. Porgua devem

    Figura 1.9: Va

    Planejam

    ta seo sotrmica no

    Em sistema

    hidrulica,

    Frequentem

    h restrie

    de se opera

    Em sistema

    rmica e hi

    minimizar

    estries hi

    erizado porexpectativaa essa dep

    bilidade dostema poa de operarmicas de ximo, uma r outro ladooperar no m

    ariao do va

    mento da

    sero vistohorizonte d

    as hidrotrm

    busca-se

    mente, estes

    s energtic

    r as trmica

    as hidrotrm

    drulica, ou

    r os custos

    idrulicas e

    r um nvel a de aflunendncia.

    o valor massvel defin

    ao das tcusto marvez que

    o, as trmicmnimo.

    alor marginaarmazena

    a Opera

    s dois prode curto pra

    micos nos

    em geral

    s problemas

    cas para a g

    as em subin

    micos nos q

    u em que a

    s da gera

    xistentes.

    de armazencias mai

    arginal da nir um probrmicas. Porginal inferi mais ec

    cas de cust

    al da gua coamento do re

    o Hidr

    oblemas tpazo:

    quais h p

    minimizar

    s so do tip

    gerao hid

    ntervalos do

    quais h eq

    a primeira p

    o trmica

    namento e s pessimist

    gua para lema de oti

    or exemplo,or ao valorconmico qo marginal

    om a tendnceservatrio.

    otrmica

    picos de p

    predominn

    r os cust

    o de progra

    drulica e, p

    o horizonte

    quilbrio ent

    predomina s

    a, porm, r

    pela tendta que o va

    os diferenmizao pa, para um r marginal que gerar superior ao

    cia hidrolgic

    a de Curt

    planejament

    cia de gera

    tos da ge

    amao de

    portanto, h

    de tempo d

    tre as gera

    sobre a seg

    reconhecen

    ncia hidrolalor corrent

    ntes estadoara determidado estadda gua dcom as uo valor ma

    ca e o nvel d

    to Prazo

    to da ope

    ao de or

    erao tr

    energia, em

    a necess

    de interesse

    aes de o

    gunda, o ob

    ndo as div

    35

    gica te). A

    os de nar a

    do de evem

    usinas rginal

    de

    rao

    rigem

    rmica.

    m que

    idade

    e.

    rigem

    bjetivo

    ersas

  • 5.4.1

    Cons(UHE

    Conshidroprodpotnconsos qu

    Fig

    Ou, e

    As p

    .

    No pUHEmas duraexpre

    1 Program

    sidere o sisE) equivalen

    sidera-se qogerador, uo da uncias gerad

    siderado. O uais duram

    gura 1.10: Si

    em termos

    otncias ge

    problema deE tem capac

    a energia nte todo oessa pelas

    mao Hid

    stema formntes alimen

    que a expr conhec

    usina termedas, assim

    horizonte d horas.

    istema hidro

    matemtico

    eradas e a

    e programacidade suficde origem

    o horizonteequaes (

    drotrmica

    ado por umtando uma

    resso da cida. Da meltrica como a cade anlise

    trmico forme

    os, pode-se

    carga, para

    o hidrotrciente para

    hidrulica e de anlis(1.28) e (1.2

    ,

    a com Res

    ma usina tcarga, con

    vazo eesma form. Alm

    arga, variamcom dura

    mado por umaequivalentes

    e dizer:

    a cada inter

    rmica com suprir a cardisponvel

    se. Em ter29).

    1,2,

    stries d

    rmica (UTEforme ilustr

    em funo a, conhedisso, con

    m com o temo d

    a usina trms.

    rvalo , so

    restrio derga por um insuficien

    rmos matem

    de Energia

    E) e uma urado na Figu

    da potnccida a funnsidera-se mpo ao londividido em

    ica e uma us

    designada

    e energia, cperodo lim

    nte para almticos, es

    a Hidrulic

    usina hidrelura 1.10.

    cia gerada o de cusque amba

    ngo do horim interv

    sina hidreltr

    as por: ,

    considera-semitado de teimentar a cssa condi

    36

    ca

    trica

    pelo sto de as as zonte valos,

    rica

    (1.27)

    e

    e que empo, carga

    o

    (1.28)

  • 37

    (1.29)

    O objetivo da programao de energia utilizar toda a energia hidrulica disponvel durante o horizonte de tempo de modo a minimizar o custo de funcionamento das trmicas. Da restrio energtica dada por (1.29), verifica-se que a energia gerada pelas trmicas durante o horizonte de tempo deve ser dada por:

    (1.30)

    Alm disso, no se exige que a trmica funcione durante todo o horizonte de anlise ( ). Sendo assim, seja o nmero de intervalos de operao da unidade trmica, ento:

    (1.31)

    e

    (1.32)

    O problema de coordenao hidrotrmica com restrio de energia pode, ento, ser formulado como:

    (1.33)

    s.a:

    0

    Na equao anterior o vetor , composto por: , ,

  • 38

    A funo de Lagrange correspondente ao problema (1.33) :

    ,

    (1.34)

    Uma condio de otimalidade para o problema (1.33) :

    ,

    0 , 1,2, ,

    (1.35)

    Como constante, a condio (1.35) implica que a UTE deve operar a custo incremental constante durante todo o perodo de tempo em que est em operao. Dada a natureza monotnica da funo , isto significa que a potncia gerada pela UTE deve ser constante ao longo de todo o seu intervalo de funcionamento.

    Seja, ento, , o valor timo constante da gerao trmica, isto :

    (1.36)

    Da condio (1.32), tem-se que

    (1.37)

    ou

    (1.38)

    A equao (1.36) permite tambm reescrever o custo total da trmica como:

    (1.39)

  • 39

    Assumindo que a funo custo de produo da trmica pode ser aproximada por uma funo quadrtica do tipo

    Nota-se que a equao (39) assume a forma

    ou ainda, utilizando a equao (1.38), tem-se

    (1.40)

    Observe que, essencialmente, os passos desde a equao (1.34) at (1.40) correspondem interpretao da restrio (1.31) e a avaliao do impacto desta interpretao sobre a funo objetivo do problema (1.33). Esse problema pode ser reduzido ao seguinte problema de otimizao sem restries:

    min

    cuja soluo obtida de

    0

    Logo,

    (1.41)

    A equao (1.41) indica que o despacho timo da trmica independe de e corresponde ao ponto mais eficiente de operao da UTE. Conclui-se que a soluo tima para o problema de despacho de energia requer que a UTE seja despachada a potncia constante durante todo o seu perodo de funcionamento. A princpio, a UTE pode iniciar sua operao a qualquer instante do horizonte de tempo entre 0 e . Entretanto, convm que a entrada em operao seja logo no incio do horizonte de anlise, pois qualquer alterao de previso, seja de demanda, seja de disponibilidade hidreltrica, dever ser atendia via maior ou menor participao trmica. Para isso, basta estender ou reduzir o tempo de utilizao da trmica em sua potncia de mxima eficincia. A Figura 1.11 ilustra essas consideraes.

  • Figu

    Exem

    Umasema

    Supofunci

    Solu

    A en

    Logo

    A ge

    Por f

    Exem

    Supotermo

    ura 1.11: Cur

    mplo 5.1:

    a UHE e umana (168 ho

    UHE

    UTE ondo que aionar a UTE

    uo:

    ergia solicit

    o a energia

    rao trmi

    fim, o tempo

    mplo 5.2:

    onha agoraos do volum

    rva de carga

    ma UTE deoras). As ca

    0,02 usina hidre

    E e qual dev

    tada pela ca

    trmica que

    ica tima po

    o de funcion

    que o limitme de gu

    e participacom re

    evem alimearacterstica

    300 1213 11eltrica live ser o seu

    arga durant

    90MW e dever se

    15120ode ser obt

    namento da

    te de energa pelo qua

    o trmica eestrio ener

    entar uma as das unida

    15 1,27 5mitada a gu despacho

    te a semana

    168h 15er gerada :

    10000 ida da equa

    53,250,0213

    a UTE dad

    512050

    gia para a Ul o reserva

    e hidrulica ergtica.

    carga consades so da

    / 3,25 [$/h]erar 10 GW

    o?

    a :

    5120MWh:

    5120MWhao (41):

    50MW

    do por:

    102,4h

    UHE do Exatrio da us

    em problema

    stante de 9adas a segu

    0 12,5

    Wh, por qua

    h

    xemplo 1 sesina pode s

    de program

    90 MW poruir:

    100 [MW] 50 [MW]

    anto tempo

    eja expressser deplecio

    40

    ao

    r uma

    deve

    so em onado

  • 41

    durante a semana. Supondo que o mximo deplecionamento admissvel seja de 250.000 dam3 para a semana e que os demais dados do Exemplo 1 permaneam os mesmos, por quanto tempo a trmica deve funcionar?

    Soluo:

    No Exemplo 1 foi determinado que a UTE deve gerar 50 MW, independentemente do valor de . Consequentemente, a UHE dever gerar os 40 MW restantes no perodo em que a UTE estiver em operao. A vazo neste perodo ser:

    300 15 40 900dam/h Logo, o volume turbinado nesse perodo ser: 900 . Quando apenas a UHE estiver operando, tem-se:

    300 15 90 1650dam/h 1650 168

    Como est limitado a 250.000 dam3, tem-se: 900 1650 168 250000

    Resolvendo essa equao, chega-se a:

    36,27h

    5.4.2 Programao Hidrotrmica Considerando as Perdas na Transmisso

    Outro problema de coordenao hidrotrmica de muito interesse prtico aquele em que se requer que um dado volume de gua seja utilizado para minimizar o custo de operao das trmicas, que neste caso so supostas operar durante todo o horizonte de tempo de estudo, uma vez que se considera que a gerao de origem hidrulica no tem potncia suficiente para alimentar a carga. Estes aspectos diferenciam a programao hidrotrmica de curto prazo do problema de programao com restries de energia abordado na Subseo 5.4.1.

    Para apresentar o problema, ser considerado um sistema formado por uma UTE e uma UHE equivalentes. H um mximo volume de gua que pode ser turbinado ao longo do perodo horas, definido com base nos estudos de planejamento da operao de mdio prazo. Ser tambm suposta a ausncia de vertimento e ainda que a altura da coluna de gua no reservatrio permanece aproximadamente constante ao longo do horizonte de estudo. Esta ltima hiptese implica que a potncia produzida pela UHE depende essencialmente da vazo turbinada. Sendo assim, possvel expressar a vazo no intervalo como uma funo da potncia hidreltrica gerada .

    Seja o volume disponvel para ser turbinado durante o horizonte horas, que como antes, dividido em intervalos, sendo que 1, 2, . . . , , tem durao

  • 42

    de horas. O problema de programao hidrotrmica de curto prazo pode, ento, ser formulado como:

    min

    (1.42)

    s.a:

    0, 1,2, ,

    Na equao anterior, a carga do sistema no intervalo e representa as perdas na transmisso no intervalo . Supe-se que a carga constante ao longo de cada intervalo e a relao entre e continua sendo dada pela equao (27). A funo de Lagrange relativa ao problema (42) dada por:

    , , ,

    (1.43)

    em que

    , ,

    , , ,

    , 1,2, , so os multiplicadores de Lagrange associados s restries de balano de potncia ativa em cada intervalo de tempo, e o multiplicador de Lagrange associado restrio de volume.

    Note que a restrio de volume apenas uma, mas envolve todas as potncias geradas na UHE em cada intervalo de tempo . Pelo fato de envolver todos os intervalos do horizonte de tempo estudado, esse tipo de restrio chamado de restrio intertemporal.

    As condies necessrias para a soluo tima do problema (1.42) em um dado intervalo so:

  • 43

    1

    0, 1,2, , (1.44)

    1

    0, 1,2, , (1.45)

    As equaes (1.44) e (1.45) podem ser reescritas como:

    11

    , 1,2, , (1.46)

    11

    , 1,2, , (1.47)

    As equaes (1.46) e (1.47) so chamadas equaes de coordenao hidrotrmica.

    Supondo inicialmente um caso particular em que as perdas na transmisso so desprezadas e que tambm os intervalos de tempo so de igual durao, isto , , 1, 2, .

    Neste caso, as equaes (1.46) e (1.47) se tornam:

    , 1,2, ,

    (1.48)

    , 1,2, ,

    (1.49)

    Adicionalmente, supondo que a funo possa ser aproximada por

    de tal modo que constante, v-se da equao (1.49) que, sob as hipteses consideradas, ser constante ao longo de todos os intervalos de tempo. Levando este resultado equao (1.48), facilmente conclui-se que as trmicas

  • 44

    devero operar com custos incrementais constantes, o que por sua vez implica em que as potncias geradas pelas trmicas sero igualmente constantes durante todo o horizonte de estudo.

    Esta verso simplificada da coordenao hidrotrmica tambm possibilita uma interpretao bastante til do multiplicador de Lagrange . Para tanto, vlido relembrar a relao entre a funo de consumo e a funo custo de produo , dada por:

    em que o custo do combustvel. Substituindo essa relao na equao (1.48), obtm-se:

    (1.50)

    Comparando as equaes (1.49) e (1.50) e levando em conta que e desempenham um papel similar como funes que traduzem a taxa de entrada de energia para a UTE e para a UHE, respectivamente, pode-se concluir que a varivel , medida em $/dam3, deve ter um papel anlogo a , expresso em $/MBtu. Ento, a varivel representa o valor marginal da gua. Considerando dois volumes de gua disponveis para serem turbinados por uma UHE sob as mesmas condies, e , , pode-se esperar que, se e so valores marginais da gua correspondentes, ento, . importante salientar que as concluses anteriores tambm pressupem que nenhum limite de gerao foi atingido.

    Exemplo 5.3:

    Uma carga deve ser alimentada durante 24 horas por uma UHE e uma UTE cujas caractersticas so dadas a seguir:

    Tabela 1.12: Parmetros dos geradores do exemplo 5.3.

    Usina Funo Limites

    UHE 330 4,97 [dam3/h] 0 1000MW UTE 575 9,2 0,00184 [$/MWh] 150 1500MW

    Os efeitos das perdas na transmisso so considerados desprezveis, o mximo volume a ser turbinado de 100.000 dam3 e a carga varia conforme se mostra a seguir:

  • 45

    Tabela 1.13: Dados da carga do exemplo 5.3.

    Perodo Carga (MW)

    00:00 12:00 1200

    12:00 24:00 1500

    Determine os despachos da UHE e da UTE ao longo do perodo, bem como os custos marginais de energia do sistema e o custo marginal da gua.

    Soluo:

    Sabe-se que 12 horas. Como as perdas so desprezadas, podem-se aplicar as concluses da subseo 4.2.2 e, portanto, . Das equaes de balano de potncia, tem-se que:

    1200 1200

    1500 1500 Da equao da restrio de volume, tem-se

    Como 12, vem

    12330 4,971200 330 4,971500 100.000 Resolvendo a equao anterior encontra-se:

    577,9MW e consequentemente:

    1200 622,1MW

    1500 922,1MW Os multiplicadores de Lagrange das equaes de balano de energia podem ser obtidos por:

    12 9,2 0,00368 577,9 135,92$/MW

    E o custo marginal da gua obtido por:

    12 4,97 135,92

    Logo, 2,28$/dam.

  • 46

    Exerccio:

    Considere o sistema termeltrico composto por uma UTE e uma UHE (equivalentes) cujos dados so mostrados a seguir.

    Tabela 1.14: Parmetros dos geradores.

    Usina Funes Limites

    UTE 0,008 8,0 500 $/h 100 625 UHE 200 10 dam/h 0 220

    A carga do sistema varia conforme os dados a seguir.

    Tabela 1.15: Dados da carga.

    Perodo Carga (MW)

    00:00 08:00 600

    08:00 16:00 700

    16:00 24:00 500

    Sabe-se que a UHE conta com um reservatrio com capacidade de 33600 dam3 que pode ser utilizado ao longo do dia. Determine o despacho da UTE e da UHE, bem como os custos marginais de energia e da gua.

    5.4.3 Programao Hidrotrmica via Mtodo Computacional

    No caso geral em que as perdas de transmisso no podem ser desprezadas, a soluo das equaes de coordenao hidrotrmica (1.46) e (1.47) juntamente com as restries de balano de energia e volume do problema (1.42) forma um conjunto de (6 1) equaes no-lineares para determinar igual nmero de incgnitas. Ser apresentado a seguir um algoritmo computacional para resolver este problema.

    O mtodo computacional apresentado a seguir consiste em trs laos: o mais interno um lao iterativo que ajusta os multiplicadores de Lagrange para obter uma soluo das equaes de coordenao hidrotrmica e da equao de balano de potncia; o lao intermedirio serve apenas para incrementar os intervalos de tempo at esgotar o horizonte de tempo estudado; finalmente, o lao mais externo ajusta iterativamente o multiplicador de Lagrange da restrio de volume.

    Novamente, ser assumido que a funo do tipo: e que a funo do tipo: . No caso das perdas na transmisso ser assumido que as perdas se relacionam com as potncias hidrulica e trmica geradas, por meio da equao (51).

    (1.51)

  • 47

    Levando a funo e funo das perdas para a equao (1.44), e isolando o termo , chega-se a:

    2 (1.52)

    Procedendo de modo semelhante para a equao (1.45), chega-se a:

    2

    (1.53)

    Levando as equaes (1.52) e (1.53) para a restrio do balano de potncia:

    2 2 0

    (1.54)

    Por fim, substituindo na funo da restrio de volume, tem-se:

    2 0

    (1.55)

    As equaes (1.52) a (1.54) podem ser utilizadas iterativamente para determinar a soluo tima do problema de programao hidrotrmica de curto prazo, seguindo-se os passos do algoritmo apresentado a seguir.

    Passos do algoritmo:

    1. Inicializar as variveis: , , e ; 2. Inicializar o contador de intervalos: 1; 3. Determinar as potncias hidrulica e trmica, utilizando as equaes (1.52) e

    (1.53).

    4. Verificar os limites inferior e superior das variveis e , caso estejam fora

    dos limites fazer a varivel que violou igual ao limite violado;

    5. Verificar a equao do balano de potncia: || . Em caso afirmativo, prosseguir para o passo 6, seno atualizar o valor de e retornar ao passo 3.

    6. Calcular ; 7. Se , ir para o passo 8, seno fazer 1 e retornar ao passo 3;

  • 48

    8. Verificar se a restrio de volume atendida: . Se a restrio foi satisfeita, encerrar o processo iterativo; seno atualizar o valor

    de e voltar ao passo 2.

    O valor de atualizado seguindo-se o processo a seguir.

    (1.56)

    sendo dado por:

    (1.57)

    Na equao (1.57), representa a derivada da funo dada em (1.54) em relao .

    2 2

    (1.58)

    De modo semelhante, o valor de pode ser atualizado a cada iterao.

    (1.59)

    sendo dado por:

    (1.60)

    Derivando a funo dada em (1.55) em relao a varivel , obtm-se:

    2

    (1.61)

  • E

    Rdd

    EL

    S

    Cva

    Oq1

    In

    5.4.4

    Comprobcompcons1.12.

    Seja

    Exemplo 5.

    Reconsideredistncia dadependem a

    Encontre osLagrange e

    Soluo:

    Considerandvariveis. Cativa e 5 dam

    O problemaqual apre

    .16, a segu

    nter. Dur. (h)

    1 12

    2 12

    4 Coorde

    m o propsilema de dposto por usidere o mo.

    Figu

    m as seguin

    4:

    e o Exempa carga, tapenas de

    s novos desas perdas n

    do omo tolerm3 para o d

    a foi resolviesentado nouir.

    TaCarga (MW) (

    1200 6

    1500 8

    enao Hid

    ito de expldespacho uma unidadeodelo simp

    ura 1.12: Mod

    ntes varive

    plo 3, agoratal que as, sendo d

    8

    spachos da na transmis

    135,9213ncia, adoto

    desvio de vo

    ido utilizando Anexo. O

    abela 1.16: RPH

    (MW) PT

    (MW)

    668,3 567,4

    875,6 685,7

    drotrmica

    icar a aplichidrotrmice trmica elificado de

    delo hidrotr

    eis do probl

    a supondo s perdas ndadas por:

    8 10

    UHE e da sso.

    35e 2ou-se o valoolume.

    do-se um pOs resultad

    Resultados d

    )

    ($/MW)

    4 135,458

    7 140,700

    a via Prog

    cao da co ser coe uma unida

    um sistem

    rmico utilizad

    lema:

    que a UHna transmi

    , 1,2,

    UTE, bem

    2,28, como or 10-3 MW

    programa dos obtidos

    o Exemplo 5Perdas (MW)

    35,73

    61,33

    gramao

    programaonsiderado ade hidrelt

    ma hidreltri

    do na progra

    HE est locsso so

    como os m

    a estimativpara o des

    desenvolvidso mostr

    5.4.

    ($/dam3) (d

    2,028

    2,028

    Dinmica

    o dinmicum sistem

    trica equivaico apresen

    mao dinm

    calizada a significativ

    multiplicadore

    va inicial pasvio de pot

    do em Matlrados na T

    q dam3/h)

    C

    3651,5 76

    4681,7 92

    a

    ca soluma simplifialentes. Parntado na F

    mica.

    49

    certa vas e

    es de

    ara as tncia

    ab, o abela

    Custo ($)

    6653,7

    2988,9

    o do cado, ra tal, Figura

  • 50

    vazo afluente durante o perodo ; vazo vertida durante o perodo ;

    volume armazenado ao final do perodo ; vazo turbinada durante o perodo ;

    potncia hidreltrica gerada durante o perodo ;

    potncia termeltrica gerada durante o perodo ;

    potncia da carga no perodo ;

    funo custo de produo no perodo ; A restrio operacional da usina hidreltrica dada sob a forma de volumes, sendo que no instante 0 tem-se o volume e ao final do perodo de operao ( ), deseja-se ter o volume . Para a central termeltrica assume-se que o custo de produo uma funo polinomial de segunda ordem da potncia trmica produzida ( ). Tambm para a central hidreltrica ser assumido que a vazo turbinada uma funo polinomial da potncia hidreltrica gerada ( ). Se cada intervalo tem durao de horas, o volume armazenado ao final do intervalo dado por:

    (1.62)

    Assumindo que no haver vertimento, ou seja, 0. Sejam e os volumes no incio e ao final do intervalo , respectivamente. Ento, tem-se que:

    (1.63)

    em que a vazo deve ser maior que zero e menor que uma vazo mxima (), correspondente capacidade mxima de gerao da usina hidreltrica.

    O problema de coordenao hidrotrmica consiste em determinar o menor custo de produo para atender carga no perodo especificado, obedecendo s restries energticas do sistema hidreltrico, definidas pela capacidade mnima e mxima de armazenamento.

    Ento, sejam:

    estado/condio de volume no incio do intervalo ;

  • 51

    estado/condio de volume ao final do intervalo ; custo de produo acumulado at o final do intervalo ; , 1: , custo de produo para ir do intervalo 1 no estado de volume para o intervalo no estado de volume . O algoritmo de programao dinmica muito simples. Basta que a cada intervalo sejam determinados os custos de produo para diferentes estados de armazenamento. A soluo final a trajetria que resulta no menor custo de produo acumulado ao longo do perodo. Ento,

    0 0 (1.64)

    1 , 1: ,

    Exemplo 5.5:

    Considere um sistema hidrotrmico composto por uma unidade trmica e uma unidade hidreltrica cujos dados so apresentados a seguir:

    Tabela 1.17: Dados das usinas do exemplo 5.5.

    Usina Parmetros

    UTE 0,0005 4,8 700 $/h 200 1200MW UHE 10 260 / 0 260MW

    O volume inicial de 10.000 dam3 e deseja-se que ao final do perodo de operao o volume final seja tambm de 10.000 dam3. Os limites mnimo e mximo de armazenamento so, respectivamente, 6.000 dam3 e 18.000 dam3.

    A curva de carga e a vazo afluente para um perodo de 24 horas so dadas a seguir:

    Tabela 1.18: Valores da carga e vazo afluente para o exemplo 5.5.

    Perodo Carga (MW) q (dam3/h)

    1 600 1000

    2 1000 1000

    3 900 1000

    4 500 1000

    5 400 1000

    6 300 1000

  • Solu

    Parainiciailustr

    Ent

    Para

    Conhda ca

    Finalinterv

    Logo= 10dam3

    uo:

    a solucionarando em 6rado na Figu

    Fig

    o, partindo

    a a vazo de

    hecido o vaarga, determ

    lmente, comvalo 1.

    o, o custo de0.000 dam3)3) dado p

    r esse prob6.000 dam3

    ura 1.13.

    ura 1.13: Tra

    do volume

    e 2.000 dam

    alor da geramina-se o v

    m o valor da

    e produo) e ir para

    por:

    blema, cons at 18.00

    ajetrias para

    inicial de 1

    10.000

    m3/h tem-se

    26010ao hidrelvalor da gera

    a gerao t

    0,426

    para sair do final do

    sideram-se 00 dam3 em

    a o problema

    0.000 dam3

    0 6.0004

    e a gerao

    0 2.000 10trica para orao trmic

    600 1rmica, det

    ,0005 6 2834,5do incio do intervalo 1

    inicialmentm passos

    a de program

    3, tem-se:

    1.000 2

    hidreltrica

    260 174

    o primeiro ica.

    174 426Mtermina-se o

    4,8 700538$/h

    intervalo 1,, no estado

    te sete estade 2.000 d

    mao dinm

    .000 dam/

    a de:

    MW

    ntervalo, e

    MW o custo de p

    0

    , no estado o de volum

    ados de vodam3, conf

    mica.

    /h

    sabendo o

    produo p

    3 de volumme 1 ( = 6

    52

    olume forme

    valor

    para o

    me ( 6.000

  • O cu

    Realsoluacum

    6. F

    Os sextenintene a constm planevista

    O fluuma sistevari

    Em l(e.g. de reexig

    usto acumul

    izando-se oo tima, mulado at o

    FLUXO D

    sistemas ensos, abrannsificao dcontnua in

    sideravelmesinalizado

    ejamento e tcnico qu

    uxo de potferramenta

    ma habilidveis e alter

    inhas geraiminimiza

    estries fncias de s

    3,0: 1,ado at o fi

    os clculos esquematico final do in

    DE POT

    eltricos dengendo graesse procencorporaoente a comp a necescontrole daanto econ

    ncia timo a mais inte

    dades pararnativas solu

    is, o probleo do custosicas e opegurana e

    1 nal do prim

    para os de

    camente rentervalo 6

    Figura 1

    NCIA T

    potncia andes reasesso, somado de novasplexidade opsidade de a operao,mico.

    (FPO) ueligente e analisar ues.

    ma de FPOo de operaperacionais em um siste

    4 283meiro interva

    11342,1emais estadepresentada

    de $ 81.73

    1.14: Solu

    TIMO

    tm se tos e atendeda a fatoress tecnologiaperacional d aprimoram, que propic

    uma opo eficiente qproblemas

    O consiste no) enquanimpostas p

    ema de pot

    34,538 11alo para o e

    52$ os de volum

    a na Figura38,8.

    o tima.

    rnado cadaendo demans como a das de equidos sistemamento dosciem aes

    diante neue proporccomplexos

    na otimizanto que simpelas limitancia aten

    1342,152$ stado de vo

    me e interva 1.14, para

    a vez maisndas cada esregulameipamentos as de potns mtodos seguras, ta

    ecessidade cione aos ps que env

    o de umamultaneameaes dos endido.

    olume 1 :

    alos, chegaa a qual o

    s interligadvez maiore

    entao do tm aumen

    ncia. Esses dedicadoanto do pon

    e de desenvplanejadore

    volvem ml

    a funo obente um conequipamen

    53

    a-se a custo

    dos e es. A setor

    ntado fatos

    s ao nto de

    volver es do tiplas

    bjetivo njunto tos e

  • 54

    6.1 Formulao do Problema

    O problema de FPO caracterizado como um problema de otimizao no linear com restries, o qual pode ser matematicamente formulado como se segue.

    min

    (1.65)

    s.a:

    0 0

    em que:

    vetor de variveis de estado do sistema; restries de igualdade; restries de desigualdade; , limites inferior e superior dos controles. As restries de igualdade correspondem modelagem da rede (equaes de balano de potncia ativa e reativa em cada n da rede), enquanto que as restries de desigualdade representam os limites das variveis do sistema (restries funcionais dos equipamentos e operacionais do sistema).

    6.1.1 Restries de Igualdade

    As restries de igualdade bsicas do FPO correspondem s equaes do balano de potncias ativa e reativa do fluxo de potncia A.C. Contudo, cada problema a ser estudado um caso particular, tendo um objetivo especfico. Dependendo do tipo de aplicao, novas restries ou equaes podem ser acrescentadas, como aquelas relativas ao intercmbio de potncia entre reas.

    As principais restries de igualdade utilizadas em problemas de FPO so apresentadas a seguir em sua forma geral.

    Equao de Balano de Potncia Ativa:

    (1.66)

    em que:

  • 55

    conjunto de barras ligadas barra ; fluxo de potncia ativa da barra para a barra ; potncia ativa gerada na barra ; fator de carga (em pu) na barra ; parcela da carga do tipo potncia constante; parcela da carga que varia linearmente com a tenso; parcela da carga que varia com o quadrado da tenso; carga ativa na barra ; mdulo da tenso na barra ; injeo de potncia ativa na barra . Equao de Balano de Potncia Reativa:

    (1.67)

    em que:

    conjunto de barras ligadas barra ; fluxo de potncia reativa da barra para a barra ; potncia reativa gerada na barra ; injeo de potncia reativa capacitiva na barra ; injeo de potncia reativa indutiva na barra ; mdulo da tenso na barra ; susceptncia shunt ligada barra ; fator de carga (em pu) da barra ; parcela da carga tipo potncia constante; parcela da carga que varia linearmente com a tenso; parcela da carga que varia com o quadrado da tenso; carga reativa na barra i. Intercmbio de Potncia entre reas:

  • 56

    (1.68)

    em que:

    intercmbio lquido na rea ;

    fluxo de potncia ativa no circuito ;

    conjunto de circuitos de interligao , tal que a medio realizada no n e o n pertence rea ; conjunto de circuitos de interligao , tal que a medio realizada no n e n pertence rea ; conjunto de circuitos de interligao , tal que a medio realizada no n e o n no pertence rea ; conjunto de circuitos de interligao , tal que a medio realizada no n e o n no pertence rea .

    6.1.2 Restries de Desigualdade

    As restries de desigualdade correspondem s restries funcionais do tipo mximo carregamento em circuitos. Essas restries refletem limites de operao dos equipamentos, ou alguma poltica operativa especfica.

    Mdulo da Tenso:

    (1.69)

    Potncia Ativa Gerada:

    (1.70)

    Potncia Reativa Gerada:

    (1.71)

    Tap do Transformador:

    (1.72)

  • 57

    Rejeio de Carga:

    Existem algumas situaes, como em sistemas com problemas de tenso ou carregamento dos circuitos, por exemplo, em que pode ser necessrio reduzir a carga em determinadas barras de forma a viabilizar a operao do sistema. Esses cortes de carga so modelados matematicamente por meio do fator , presente nas equaes de balano de potncia ativa e reativa. Esse fator encontra-se dentro dos seguintes limites:

    0 1 (1.73)

    Observe que = 1 significa que a carga total da barra considerada, enquanto que = 0 anula o valor da carga.

    Intercmbio de Potncia entre reas:

    (1.74)

    Mximo Carregamento dos Circuitos:

    (1.75)

    6.1.3 Funes Objetivo

    Dependendo do tipo de aplicao do problema de FPO, as funes objetivo podem ser lineares ou no lineares. Adicionalmente, podem ser utilizadas isoladamente ou combinadas entre si. A seguir apresentam-se as funes objetivo mais utilizadas.

    Mnimo Custo de Gerao Ativa:

    (1.76)

    em que:

    conjunto de geradores cujas potncias ativa so controladas; custo de gerao ativa do gerador ; gerao ativa do gerador . Mnima Injeo de Potncia Reativa:

  • 58

    (1.77)

    em que:

    conjunto de barras candidatas injeo de potncia reativa capacitiva; potncia reativa capacitiva injetada na barra ; conjunto de barras candidatas injeo de potncia reativa indutiva; potncia reativa indutiva injetada na barra . Mnima Perda:

    ,

    (1.78)

    em que:

    conjunto de circuitos do sistema;

    , fluxo de potncia ativa nos circuitos e . Mnimo Corte de Carga:

    (1.79)

    em que:

    conjunto de barras de carga; frao de carga efetiva na barra i; carga original da barra i; frao da carga cortada na barra i.

    6.2 Fluxo de Potncia timo Linearizado

    O fluxo de potncia ativa em uma linha de transmisso proporcional abertura angular na linha e se desloca no sentido dos ngulos maiores para os ngulos menores. A relao existente entre os fluxos de potncia ativa e as aberturas angulares semelhante relao existente entre os fluxos de corrente e as quedas de tenso em um circuito de corrente contnua. Sendo assim, possvel desenvolver um

  • 59

    modelo aproximado, conhecido como fluxo de potncia DC, que permite estimar, com baixo custo computacional e preciso aceitvel para muitas aplicaes, a distribuio dos fluxos de potncia ativa em uma rede de transmisso. Esse modelo simplificado bastante utilizado nos estudos de planejamento da expanso de sistemas de transmisso.

    Deste ponto em diante, o problema de fluxo de potncia timo (FPO) ser formulado com base no modelo de fluxo de potncia linearizado ou DC. Entretanto, antes de dar incio modelagem matemtica do problema de FPO linearizado, pertinente fazer uma breve reviso sobre programao linear.

    Um grande nmero de problemas, tratados por tcnicas de otimizao, pode ser resolvido diretamente ou por meio de simplificaes pelas tcnicas de programao linear (PL), formulado por meio de funes lineares.

    De forma matemtica, o problema de programao linear pode ser apresentado como se mostra em (1.80).

    (1.80)

    : , ,, ,, 0, 1, 2, ,

    A equao anterior pode ser escrita de modo compacto, como mostrado em (1.81).

    (1.81) : 0

    em que representa o vetor de coeficientes da funo objetivo linear, a matriz contm os coeficientes de restries lineares do problema e representa o vetor de termos independentes.

    A aplicao do mtodo simplex [1] e [2] para a soluo de problemas de programao linear baseia-se nos seguintes princpios:

    Conjuntos de solues convexos: o espao definido pelo conjunto de restries lineares convexo, isto , qualquer combinao linear de duas solues quaisquer pertencentes a este espao tambm vivel. A Figura 1.15 d exemplos de espaos convexos e no convexos em problemas de duas variveis.

  • timlineaprobilustr

    Exe

    Consem pdistinsem,energ

    mo em um ar e um esplema correra essa cara

    mplo 6.1:

    sidere que upontos diferntos para ca, no entantogia. Os dad

    ponto extrpao de so

    esponde a acterstica.

    Figura 1.1

    um produtorentes no sada geradoo, extrapolados do prob

    remo do colues defium vrtice

    Figura 1.15

    16: Soluo

    or independeistema. Os

    or. O produtr o limite mlema so a

    onjunto deinido por re ou aresta

    5: Espao de

    tima no ext

    ente possus custos de tor deseja v

    monetrio esapresentado

    solues:estries lina do poli