Análise de sobrevida 2015 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Instituto de Saúde Coletiva Departamento...
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Análise de sobrevida
2015
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSEUNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSEInstituto de Saúde ColetivaInstituto de Saúde Coletiva
Departamento de Epidemiologia e BioestatísticaDepartamento de Epidemiologia e BioestatísticaEpidemiologia 3Epidemiologia 3
ObjetivoObjetivo
•Estimar a sobrevida de um grupo populacional desde um determinado tempo T até a ocorrência de algum DESFECHO (doença, morte...)
•Verificar em um conjunto de indivíduos, vivos em um determinado tempo T, quantos sobreviverão a um tempo T + T.
Indivíduos seguidos tempo
T T + TOcorrência do evento
Prognóstico• Dado que alguém já está doente, qual a probabilidade
(risco) de morrer?
• Dado que alguém já está doente, qual a probabilidade (risco) de reinternar?
• Dado que alguém já está doente, qual a probabilidade (risco) de sobreviver?
• Qual o tempo até que estes eventos aconteçam?
CensuraCensura• Casos em relação aos quais não se sabe o tempo ocorrido
até o momento da falha, porque não se conhece o status do desfecho durante o tempo do estudo
Causas de censura:
- Estudo termina
- Perda do seguimento (mudou-se...)
- Morte (ou outro evento) por outras causas
Que Que desfechosdesfechos podemos analisar? podemos analisar?
Morte, cura, recrudescimento de uma doença pós-terapia, amamentação, etc...
O desfecho ou evento é considerado como uma falha (failure), por representar em geral uma experiência negativa.
Sobrevida – definiçãoSobrevida – definiçãoS(t) - Probabilidade do indivíduo sobreviver além de um
determinado tempo t.
S(t) = 1 para T = 0• Teoricamente a sobrevida no tempo zero (T = 0) corresponde a 1 (100%), pois todos estão vivos (ou livres do desfecho) no
início do estudo.
S(t) = 0 para T = • À medida que o tempo passa ( infinito) a sobrevida tende a
zero, pois todos morrerão ou apresentarão o desfecho.
Qual o melhor tipo de estudo para prognóstico?Seguimento
• Acompanhamento por tempo suficiente para que os desfechos de interesse possam ocorrer
• O objetivo é saber a probabilidade dos pacientes com uma dada condição clínica sofrerem um desfecho em cada ponto no tempo = sobrevida!
Métodos de Análise de SobrevidaMétodos de Análise de Sobrevida1- Kaplan-Meier1- Kaplan-Meier
• Procedimento descritivo que examina a distribuição do tempo até o evento.
• No eixo Y - o percentual de vivos (ou livres do desfecho) em função do tempo de entrada no estudo (no eixo X).
• As curvas de sobrevida têm degraus e não necessariamente chegam ao zero - o estudo pode terminar antes que a coorte termine.
Incorpora à análise os indivíduos que foram perdidos no seguimento (após um determinado tempo) à população exposta ao risco no tempo imediatamente anterior à saída desses indivíduos.
Permite que cada indivíduo contribua com seu tempo total e exato de seguimento.
Estudo fictício de prognóstico de SIDA
coorte retrospectiva• Em um estudo, 20 pacientes com
SIDA foram acompanhados por até 5 anos (60 meses).
• 2 locais diferentes:– Um envolvendo 10 pacientes com acesso
a tratamento – Outro envolvendo 10 pacientes sem
acesso a tratamento
Resultados 1
Tratado Total NNo. de eventos (óbitos)
Censurados
N %
Sim 10 7 3 0,3Não 10 8 2 0,2Total 20 15 5 0,5
SIDA
N° do pacien
te
Tempo de
acomp
Ocorrên
N° de pac no início
do períod
o
N° de ób no períod
o
N° de cens no
período
N° de p/
próximo
período
Prob ób
Prov sobr (1-
prob ób)
Prob acum sobr
T-
1 1 ób 10 1 0 9 0.10 0.90 0.902 1 ób 9 1 0 8 0.11 0.89 0.803 3 ób
8 1 0 7 0.13 0.88 0.704 3 ób
7 1 0 6 0.14 0.86 0.605 3 ce 6 0 1 5 0.00 1.00 0.606 5 ób 5 1 0 4 0.20 0.80 0.487 5 ób 4 1 0 3 0.25 0.75 0.368 6 ce 3 0 1 2 0.00 1.00 0.369 7 ób 2 1 0 1 0.50 0.50 0.1810 8 ób 1 1 0 0 1.00 0.00 0.00
Resultados 2 Não tratados
Descrição do momento de entrada no estudo, tempo de acompanhamento e tipo do ocorrência
SIDA N° pac TempoOcor
N° de pac
início per
ób censN° pac prox per
Prob óbProb sv (1-prob
ób)
Prob acum
sv
T+
1 2 ób 10 1 0 9 0.10 0.90 0.902 2 ce 9 0 1 8 0.00 1.00 0.903 5 ób 8 1 0 7 0.13 0.88 0.794 7 ób 7 1 0 6 0.14 0.86 0.685 10 ób 6 1 0 5 0.17 0.83 0.566 10 ce 5 0 1 4 0.00 1.00 0.567 13 ób 4 1 0 3 0.25 0.75 0.428 22 ób 3 1 0 2 0.33 0.67 0.289 32 ób 2 1 0 1 0.50 0.50 0.14
10 60 ce 1 0 1 0 0.00 1.00 0.14
Resultados 3Tratados
Função de sobrevida tratados (T+)
censuras
Função de sobrevida tratados (T+)
Sobrevida tempo 5 =79% =1 ób/8=88 X 90 (10-1ób-1censura)
Sobrevida tempo 2 =90% =1 ób/10
Sobrevida tempo 60 =14 28 meses se passaram 0 óbitos – final acomp 1 censura
Sobrevida tempo 32 =14%
Função de sobrevida tratados (T+)
Sobrevida tempo 7 =68%
Sobrevida tempo 10 =56%
Sobrevida tempo 10 =42%
Sobrevida tempo 22 =28%
Função de sobrevida não tratados (T-)
censuras
Função de sobrevida não tratados (T+)
As sobrevidas são diferentes?
A diferença é estatisticamente significativa?
Tratado
Média Mediana
Estimativa IC 95% Estimativa IC 95%
Sim 20.53 7.72 33.35 13.00 5.74 20.26Não 4.70 3.01 6.39 5.00 2.37 7.63Total 13.50 5.36 21.65 7.00 3.30 10.70
Resultados 4
Função de sobrevida
TratadosTratados
Não Não TratadosTratados
Log Rank (Mantel-Cox) Sig. .010
Curvas de Kaplan Meier
Métodos de Análise de SobrevidaMétodos de Análise de Sobrevida 2- Regressão de Cox
- ANÁLISE MULTIVARIADA (REGRESSÃO MÚLTIPLA)
Permite avaliar o impacto de vários fatores prognósticos no tempo de ocorrência do desfecho.
Cox criou um modelo em que o risco instantâneo de um determinado fenômeno seria proporcional ao efeito conjunto e multiplicativo dessas variáveis.
Calcula-se uma medida de associação – Hazard ratio
Regressão de Cox
Interpretação da hazard ratio (HR) Interpretação da hazard ratio (HR) equivalente a outros ratiosequivalente a outros ratios
HR = 1 (não há relação entre a exposição e o tempo de sobrevida)
HR= 5 (os indivíduos expostos têm um Hazard 5 vezes o Hazard de não expostos)
HR= 0,2 ou 1/5 (os indivíduos expostos têm um hazard 1/5 do hazard dos não expostos - a exposição é protetora)