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Análise de Viabilidade Populacional na conservação das aves

XIX Congresso Brasileiro de Ornitologia

Marcos Vinícius Carneiro Vital

Setor de Biodiversidade e Ecologia

http://marcosvital.wordpress.com/

http://marcosvital.wordpress.com/

Análise de viabilidade populacional

O que são modelos?

- Representações da natureza e seu funcionamento.

O que determina a abundância de libélulas?

- Efeito da temperatura sobre a termorregulação.

Um possível modelo:

- Quanto maior a temperatura, maior a abundância!



Qual reta deixa o menor resíduo?


O que são modelos?

- Representações da natureza.

Quando usá-los?

- Quase sempre no processo científico!


OBSERVAÇÕES

padrões no tempo e no espaço

TEORIA

explicações e modelos

PERGUNTAS

questões a serem investigadas

HIPÓTESES

explicações possíveis

PREDIÇÕES

expectativas testáveis

EXPERIMENTO

teste das predições

RESULTADOS

interpretação dos resultados

teste estatístico


O que são modelos?

- Representações da natureza.

Por que usar modelos matemáticos?

- Objetividade da descrição e das predições.

Quando usá-los?

- Quase sempre no processo científico!


O que são modelos?

Realidade

R

G P

Precisão Generalidade

Modelos

mecanicistas

Modelos

analíticos

Modelos

empíricos



Como saber o destino de uma população?

- Um modelo (muito) simples: N(t+1) = λ N(t)



- Complicando com flutuações ambientais:



- Análise de Viabilidade Populacional – visão geral

1 – Modelo de crescimento populacional. 2 – Insira dados biológicos reais. 3 – Meça os resultados. 4 – Repita!




1 – Modelo de crescimento populacional. 2 – Insira dados biológicos reais. 3 – Meça os resultados. 4 – Repita! 5 – Trace cenários com soluções, e recomece.


AVP: o que é necessário?

- Conhecimento básico: - Ecologia de populações.

- Conhecimento sobre a biologia do organismo.

- Parcerias!

- Domínio do método/software utilizado.



- Levantamento de dados: - Coleta em campo.

- Conhecimento prévio das variáveis.

- Informações da literatura. - “Adaptação” das variáveis.

- Sempre busque dados ligados aos objetivos e

perguntas do trabalho!

- E nunca se esqueça: garbage in, garbage out!



- A escolha do método: - Características dos organismos estudados. - Objetivos do estudo.

- Disponibilidade de softwares.

- Gratuitos (ex. Vortex) ou pagos (ex. RAMAS). - Critério problemático!


AVP: o que é possível com isso?

- Estimar vulnerabilidade à extinção.

- Prever efeito de impactos.

- Prever efeito de estratégias de manejo.

- Planejar coleta de dados.


AVP: e o que não é possível?

- Foco em uma única espécie. - Pode não ser interessante quando objetivo da

conservação for muito mais amplo.

- Necessidade de muitos dados. - Pode ser contornado (análise de sensibilidade,

comparação entre modelos, etc.), mas nem sempre é simples.

- Não permite identificar causas do declínio.

- Para isso, o modelo deve fazer parte de um cenário muito mais amplo de estudo.


Estrutura geral de uma AVP:

Coleta de dados e definição dos objetivos

Definição do modelo





- A definição do modelo depende dos objetivos do trabalho e das características dos organismos. - Jamais escolha um método por outros motivos

(como disponibilidade, domínio, etc.).




Estimativa dos parâmetros

Construção do modelo








- Nem sempre todos os parâmetros necessários são facilmente acessíveis... - Busque com afinco na literatura. - Tente fazer adaptações de dados conhecidos. - Se tudo mais falhar, parta para a análise de

sensibilidade.






Avaliação dos resultados

Análise de sensibilidade










- A análise de sensibilidade consiste em modificar parâmetros e ver seu efeito no modelo. - Serve para lidar com incerteza. - Para medir a importância de um parâmetro. - E para estimar efeitos de impactos e/ou

estratégias de manejo.








Definição da estratégia ideal

Implementação da estratégia

Monitoramento da população



Modificado de: http://www.ramas.com/pva.htm


Vortex: características básicas.

- Modelo de simulação baseado em indivíduo. - Simula o que acontece com cada indivíduo da

população em intervalos discretos de tempo.

- Adequado para espécies com baixa fecundidade, longo tempo de vida e pequenas populações. - Principalmente aves e mamíferos.

- Estrutura adequada para comparar cenários e lidar

com análise de sensibilidade. - Projetos e cenários.


Vortex: por onde começar?

- Leia o manual! - Ou, no mínimo, dê uma olhada cuidadosa, siga o

exemplo guiado do capítulo 2 e leia o cap. 3.

- Veja aplicações do método para conhecer melhor suas aplicações, vantagens e desvantagens. - Há alguns artigos disponíveis no website.

- Abra o programa e comece a mexer!

- Use o arquivo de exemplo para começar, e depois comece a construir um conjunto de dados (seja ele real ou não).

- Use o HELP.


Projetos reais: por onde prosseguir? Algumas dicas.

- Estabeleça objetivos claros. - Ajudará na escolha do método e dos parâmetros.

- Crie modelos de maneira organizada.

- No Vortex há ferramentas para isso.

- Crie dados e simule antes da coleta real! - Este exercício ajuda a visualizar os dados

necessários e o tipo de resultado que teremos.

- Não se apegue às suas predições. - Nem sempre encontramos o resultado esperado!


Vortex: estrutura de funcionamento.

2 - Leitura dos parâmetros

1 - Começo

3 - Iteração 1

4 - Criação dos indivíduos

5 - Ano 1

6 - Var. Amb. anual

7 - Catástrofes 8 - Reprodução

9 - Mortalidade

10 – Dispersão se NP > 1

11- Remoção

12 - Suplementação

13 - Remoção de excesso se N> K

14 - Censo anual 15 - Ano + 1, se ano < NY

(volta para 6)

16 – Iteração + 1, se it < NI

(volta para 4)

17 – Cálculo das médias dos censos

18 – Fim

Modificado de Lacy, R.C. Ecological Bulletins 48: 191-203, 2000

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