Historia vital
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Estratégias de Historia Vital
Ecologia de Populações Prof. Dr. Harold Gordon Fowler
Evolução de Historias Vitais
Sumário: • O que é uma historia vital? • Diferencias na seleção natural para o ciclo de vida o efeito de um atributo sobre a aptidão pode mudar durante o ciclo de vida • Trocas nas historias vitais (O jogo de soma zero) o sucesso reprodutivo (vital versus anual) Tamanho versus número de proles -- conflitos entre país e filhotes
O que é a historia vital?
A historia vital de um indivíduo é o que faz durante a vida, e incluía:
– Idade da maturidade
– Número de episódios reprodutivos
– Alocação de energia a reprodução
– Número e tamanho das proles
– Longevidade
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O que molda as historias vitais?
As historias vitais são moldadas por: – Tipo de corpo e estilo de vida da espécie
– Respostas evolutivas a vários fatores, como:
Condições físicas
Fonte alimentar
Predadores
Outros fatores bióticos, como a competição
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Integração: Características e Táticas Bionômicas (Historia Vital)
A pressão da seleção, resultante do impacto dos ambientes físicos e das interações bióticas, forma padrões bionômicos de tal forma que cada espécie desenvolve uma combinação adaptativa das características populacionais;
A bionomia de cada espécie é única, porém várias táticas bionômicas básicas podem ser reconhecidas e a combinação de características que é típica de organismos que vivem em circunstâncias específicas pode ser prevista.
O contínuo de velocidade
As histórias vitais variam muito entre espécies diferentes e entre populações da mesma espécie.
Existem várias generalizações: – Os atributos de historia vital
frequentemente variam de forma consistente com o habitat ou as condições ambientais
– A variação de um atributo de historia vital é frequentemente correlacionada com a variação de outro atributo de historia vital 6
O contínuo de velocidade
Os atributos da história vital geralmente ficam num contínuo de valores: – Ao extremo “lento” do contínuo ficam as
espécies (como onças, jabutis e ipês) com: Vidas compridas Desenvolvimento lento Maturidades demoradas Investimentos parentais elevados Taxas reprodutivas baixas
– Ao extremo “rápido” do contínuo ficam as espécies com atributos opostos (moscas, camundongos, tiriricas)
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Historias Vitais
Vejamos as diferencias marcantes da historia vital de duas aves de tamanho similar: – Turdus fumigatus
Reproduzem a 1 ano de idade
Produzem várias ninhadas de 3 a 4 filhotes por ano
Raramente vivem mais de 3 ou 4 anos
– Oceanites oceanicus Não reproduzem até atingir 4 a 5 anos de idades
Produzem no máximo 1 filhote por ano
Podem viver a 30 ou 40 anos de idade 8
A Classificação das Plantas de Grime
O ecólogo inglês J.P. Grime classificou os atributos da historia vital das plantas dentro de três extremos: – Tolerantes ao stress (tendem crescer sob
as condições de maior stress)
– ruderais (ocupam habitats perturbados)
– competidoras (favorecidas por mais recursos e a estabilidade ambiental)
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Tolerantes ao Stress
Tolerantes ao Stress: – Crescem sob condições ambientais
extremas
– Crescem lentamente
– Conservam os recursos
– Enfatizam o crescimento vegetativo, em vez da alocação de recursos as sementes
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Ruderais
Ruderais: – São espécies invasoras que colonizam
habitats perturbados
– Tipicamente demonstram Crescimento rápido
Maduração precoz
Taxas reprodutivas elevadas
Sementes facilmente dispersadas
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Competidores
Competidores: Crescem rapidamente a tamanhos grandes
Enfatizam o crescimento vegetativo em vez de alocar os recursos a sementes
Possuíam longevidades longas
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A Classificação das Plantas de Grime
Estratégias de aquisição de Recursos de Grime
Seleção r
Seleção K
Perturbação
Competição
Alta
Alta
Alta
Baixa
Baixa
Baixa
Porcentagem da flora herbácea de plantas anuais e o coeficiente de variação da precipitação anual em cinco habitats de deserto na America do Norte (Harper).
Coeficiente de variação da precipitação
% d
a fl
ora
cons
titu
ída
por
plan
tas
anua
is
Historias Vitais: As Troças Os organismos enfrentam o problema da como
alocar os recursos escassos (tempo, energia, e matéria): os recursos usados para uma função não podem ser gastos em outra função
Uma alterando a alocação de recursos afeita a aptidão.
Começamos com a possibilidade que um jatobá poderia produzir mais sementes: – Como essa mudança afeita a sobrevivência das
plântulas? – Como essa mudança afeita a sobrevivência dos
adultos? – Como essa mudança afeita a reprodução futura?
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As historias vitais resolvem as demandas conflitantes.
As histórias vitais representam troças entre funções competidoras: – Uma troca típica envolve as demandas competidoras de
sobrevivência dos adultos e a alocação de recursos a reprodução:
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As histórias vitais equilibram as troças.
Os problemas das história vitais podem ser colocados em termos de três perguntas: – Quando um indivíduo começa reproduzir?
– Com qual frequência um indivíduo deve reproduzir?
– Quantos filhotes um indivíduo deve produzir em cada episódio reprodutivo?
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Características da Historia Vital Todo organismo foi selecionado para
maximizar o sucesso reprodutivo vital, ou durante toda sua vida.
Porém, existe uma variação enorme em como os organismos atingem seu sucesso reprodutivo vital.
Características da Historia Vital
Alguns organismos produzem muitos filhotes de uma vez, mas vivem por pouco tempo.
Outros organismos produzem poucos filhotes durante o transcurso de uma vida longa.
As características da historia vital são os produtos da seleção natural e sexual
As características da historia vital são os resultados evolutivos – Espelhadas no desenvolvimento, fisiologia e
comportamento de uma espécie
Características da Historia Vital
Historias Vitais O que é aptidão Darwiniana”? A sobrevivência é necessário mas não
suficiente sem a aptidão reprodutiva, sendo inútil para o sentido Darwiniano.
Em cada espécie existem trocas entre a sobrevivência e outras características como a freqüência de reprodução, investimento no cuidado parental, e o número de proles produzidas
A teoria da historia vital é o estudo dos estilos de vida dos organismos, A sobrevivência evolutiva e suas estratégias reprodutivas são resultados dessas trocas A teoria da historia vital é uma parte central da ecologia porque as estratégias podem variar muito dependente do ambiente. Pense: - Por que as coisas morrem? - Os organismos devem reproduzir uma vez ou com mais freqüência? - Tamanho ótimo da ninhada -
Existem muitas trocas seletivas
Aptidão e o Sucesso Reprodutivo durante a Vida
Seleção sobre uma espécie iteropara é uma balance entre Esforço reprodutivo e
Custo da reprodução
Todos para maximizar o sucesso reprodutiva durante a vida.
Historia Vital
A seleção natural e sexual favorecem a historia natural que maximiza o sucesso reprodutivo durante a vida
Custo baixo: aumento de reprodução, taxas menores de mortalidade
Custo alto: redução da reprodução Investimento pode depender dos fatores ambientais que aumentam ou diminuam a oferta de alimento
Atributos importantes da historia vital (sujeitos a evolução e o crescimento populacional)
Idade (x) da primeira reprodução (quando começa) Número de proles por evento reprodutivo (mx) Número de eventos reprodutivos por vida = Número total de proles por vida Expectativa da vida Inclua outras coisas como tamanho corporal que estão
altamente correlacionadas com os atributos chaves da historia vital.
A evolução dos atributos da historia vital depende do ambiente de ocorrência da espécie
Death Valley Quente e seco geralmente, mas chuvas de inverno ocorrem!
As condições ecológicas determinam qual estratégia é a melhor.
As plantas anuais germinam na primavera e reproduzem rapidamente, mas não sobrevivem o verão seco.
A primavera na Death Valley
Princípio Geral: Quando a sobrevivência do adulto é baixa, a espécie deve reproduzir somente uma vez na vida (plantas anuais). Quando a sobrevivência do adulto é alta, a espécie deve reproduzir várias vezes (arbustos).
Quanto mais seco o deserto quanto mais plantas anuais existem.
Reprodução e Energia
A seleção natural favorece ciclos de vida que maximizam o sucesso reprodutivo durante a vida
Se o custo de energia é baixo e na presença de recursos abundantes, então será favorecida a produção de proles
Trocas Um conceito chave da ecologia evolutiva
Uma troca evolutiva entre dois atributos existe quando um aumento de aptidão devido a uma mudança num atributo que se contrapõe ao
declínio de aptidão devido a mudança concomitante no segundo atributo.
Atributo X
Atributo Y
Os custos e benefícios geralmente tem balances mediadas pelas trocas na historia vital
como Tamanho de
semente
Como Número de sementes
Esses dados apresentam uma correlação genética negativa?
Taxa de peixes, ajustadas por diferencias de tamanho corporal r ≈ -0.70; P<0.001
Tam
anho
rela
tivo
da
ninh
ada
Volume relativa do ovo
Trocas da historia vital identificadas em estudos de semelhança dentro de populações Poa annua: médias dos irmãos
Duas populações diferentes de Poa annua
Núm
ero
de inf
lore
scênc
ias
na s
egu
nda
est
ação
Número de inflorescências na primeira estação
Atributo X
Atributo Y
Os custos e benefícios geralmente tem balances mediadas pelas trocas na
historia vital
como Número de episódios
reprodutivos
como Número de proles
por episodio reprodutivo
Semelparidade (um episodio reprodutivo
por vida)
Iteroparidade
Semelparidade e Iteroparidade
As espécies semelparas reproduzem somente uma vez durante suas vidas, alocando seus recursos estocados a reprodução, e depois morrem num padrão de morte programada: – = reprodução explosiva
As espécies iteroparas reproduzem várias vezes durante suas vidas.
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Se todas as espécies são sujeitas as mesmas trocas, por que todas as espécies no escolham a mesma
historia vital?
Por que Carnegiea gigantea produz muitos sementes pequenos Cocos nucifera produz poucos sementes grandes?
Por que Columba liva tem ninhadas grandes e Harpia harpyja tem ninhadas
pequenas?
Princípio Geral: Quando os recém nascidos não correm risco, o tamanho da ninhada é pequeno e o investimento parental é elevado (harpias que fazem ninhos protegidos). Quando os recém nascidos correm risco, o tamanho de ninhada é grande e o investimento parental é mínimo (pombos que nidificam no chão).
Historia Vital Os atributos que afeitam o timing de sobrevivência e reprodução
dos indivíduos (desde nascimento passando pela reprodução e terminando na morte) formam sua historia vital.
Em muitos casos existem trocas entre a sobrevivência e atributos como o tamanho da ninhada (número de proles por episodio reprodutivo), a frequência da reprodução, e o investimento no cuidado parental. Os atributos que afeitam o timing da reprodução e da mortalidade formam sua historia vital.
Em outras palavras, a meta Darwiniana é a maximização da produção reprodutiva durante a vida inteira, e pode ser alcançada ao produzir proles mais rapidamente ou com maior longevidade, ou alguma combinação dessas, alem de possuir vários atributos adicionais relacionados com a sobrevivência e reprodução
Características da Historia Vital
Claramente existem restrições e trocas nas estratégias que um organismo pode usar.
As melhores estratégias são determinadas pela disponibilidade de energia e probabilidade da sobrevivência.
Valor Reprodutivo Os organismos alocam seus recursos de modo que
maximizam o seu sucesso reprodutivo vital.
– O sucesso reprodutivo vital é o número total de filhotes que um organismo produz durante a vida, (segundo a proporção dos genes de um indivíduo compartilha com seus filhotes)
Obviamente, somente podemos medir isso depois que o organismo morre. Em qualquer momento da vida do organismo a quantidade esperada de sucesso reprodutivo é conhecida como seu valor reprodutivo.
Historia Vital A historia vital é o ciclo de vida completo
de uma espécie. – Envolve trocas significantes
Devido aos recursos limitados, um aumento da reprodução pode diminuir a sobrevivência e probabilidade de reprodução futura.
O Custo da reprodução A seleção natural favorece a historia vital que maximiza o sucesso reprodutivo durante a vida.
Orçamentos Energéticos
“Um indivíduo pode ser considerado como um mecanismo programado por uma seqüência de pares de bases de DNA para coletar combustível de carbono reduzido e processar tanto desse combustível como possível para produzir proles. Todo organismo deve ser eficiente para fazer isso, porque as conseqüências são aptidão ou não aptidão, sobrevivência ou morte.” Colinvaux 1986
Principio da alocação
Principio da alocação Matéria e energia limitam as
escolhas disponíveis aos indivíduos para sobreviver e
reproduzir Historias Vitais e Sistemas de
Copula
Orçamentos Energéticos
Os organismos possuem uma quantidade fixa de energia disponível para investir – A maximização é sujeito às restrições do
ambiente e a fisiologia de cada organismo
A energia deve ser orçada entre os aspetos variados da sobrevivência e reprodução
Orçamentos Energéticos
Reprodução – Seleção do par
– Cortejo
– Copula
– Número de proles
– Cuidado Parental
– Freqüência da reprodução
– outros
Sobrevivência – Obtenção de água e
alimento – Sarando feridas – Crescimento – Obtenção de abrigo – Competição para recursos – Evitar predadores – Interações sociais – outros
Uma Analogia Econômica
Você tem R$ 1.000 para gastar na reprodução. – O filhote grande custa mais do que um filhote
menor, mas um filhote grande tem mais chances de sobreviver.
– O cuidado parental tem custos, mas implica uma maior probabilidade de sobrevivência do filhote.
– Se você gasta agora pode aplicar e ganhar os juros, mas você pode morrer antes de que saca o aplicação…
Como gastaria os R$ 1.000? Como obter o maior retorno de seu investimento?
Orçamentos Energéticos
Os organismos precisam equilibrar a energia gasta nos aspectos diferentes da vida – é impossível fazer tudo – O aumento de energia dedicada a uma
atividade implica menos energia disponível para outra atividade
Existem várias formas de ter sucesso, mas precisa otimizar os gasto energéticos para cada situação
Seleção r e K
Orçamentos Energéticos
Como uma espécie determina sua estratégia de historia vital?
A Seleção Natural ‘seleciona’ os mais aptos para
produzir pais da próxima geração A historia afeita a situação atual Precisa possuir variação do aspecto da historia
vital a ser selecionado.
Principio de Alocação
A energia total assimilada durante a vida de um indivíduo
Pode ser investida em Sobrevivência:
– Tamanho corporal – Sistema de imune do corpo – Defesas contra predadores e doenças – Capacidade de competir para recursos
Principio de Alocação A energia total assimilada durante a vida de
um indivíduo Pode ser investida na Sobrevivência Ou na Reprodução
– Todas as proles produzidas de uma vez (semelparidade) versus poucas proles produzidas em estações reprodutivas repetidas (iteroparidade)
– Muitas proles pequenas versus poucas proles grandes
– Muitas gametas pequenas (machos) versus poucas gametas grandes (fêmeas)
Alocação de Recursos As historias vitais observadas dos organismos representam a resolução
de várias demandas conflitantes. Uma parte importante do estudo de historias vitais é o entendimento da relação entre os recursos limitados e as funções competidoras: Tempo, energia, e nutrientes que são usados para uma atividade não podem ser usados em outra atividade.
Esses problemas podem ser colocados em termos de três perguntas básicas:
• Com qual frequência o organismo deve reproduzir?
• Quando deve começar a reprodução?
• Quantos proles deve produzir durante cada episodio reprodutivo?
A maneira pela qual cada população resolve essas perguntas resulta nos padrões integrados de historia vital observados na natureza.
Escolhas de Investimento na Energia Adquirida: Principio de Alocação
Investimento na REPRODUÇÃO: produção de gametas, proles, cuidado parental ou aquisição de par
Auto-investimento: Crescimento, tamanho corporal, manutenção
Energia consumida c
Crescimento
Gametas
Energia assimilada a
Energia metabólica
Energia fixa na produção
Fezes
Urina
Respiração, Locomoção síntese
Historias de vida de seleção R e K escolha de investimento energético restringida por trocas.
Reprodução versus Sobrevivência
Custos da Reprodução – Produção de números grandes de proles
numa estação as vezes causa um declínio no número e/ou tamanho de proles em estações seguintes.
– Impacto é menor se existem recursos abundantes.
– Impacto é menor se o indivíduo é mais velho e mais grande, porém, alguns indivíduos vivem somente 1 estação.
A reprodução fica cara quando há limitação de energia.
Fêmeas reprodutivas
Fêmeas não reprodutivas
Idade da Fêmea (anos)
Taxa a
nual de m
orta
lidade
As taxas de fecundade e mortalidade estão altamente relacoionadas nas aves
Taxa anual de mortalidade
Fecu
ndidade a
nual
Como para todos os atributos, as taxas de natalidade e sobrevivência específicas a idade evoluem para
maximizar a aptidão.
Por isso, a seleção natural deve maximizar a R0
Historia Vital e Ro
A evolução deve maximizar a taxa bruta de reprodução:
R0 = S l(x)m(x) Idade da primeira reprodução?
• maturação rápida e reproduzem cedo
Sobrevivência após a reprodução? • elevada, corpos robustos e fortes
Fecundidade em anos sucessivos? • elevada: muitas proles a cada ano
Sobrevivência da prole? • elevada: proles grandes, nutridas e protegidas pelos pais
Longevidade? • elevada: ficam velhos e reproduzem até a morte
Estratégias de Historia Vital
A historia vital é o timing da reprodução e morte de um indivíduo.
A aptidão é quantos proles um indivíduo produz que eventualmente reproduzem e produzem seus próprios proles.
Freqüentemente existe uma troca entre a sobrevivência e a reprodução.
Essa troca existe porque a reprodução pode ser perigosa e envolve o desembolso de recursos que o indivíduo poderia usar para crescer ou se manter.
Estratégias de Historia Vital
As historias vitais são determinadas pelos atributos que regem quando e quanto uma espécie reproduz e seu sucesso de sobreviver. Para a maioria das espécies, as historias vitais têm timing para maximizar a aptidão esperada.
Historia Vital
O investimento por prole evolui para maximizar a aptidão
Um equilíbrio precisa ser alcançado entre
o número de proles produzidas e o tamanho de cada prole – Proles maiores têm uma maior
probabilidade de sobrevivência – Produção de muitas proles pequenas pode
resultar em taxas baixas de sobrevivência
Reprodução A sobrevivência considera a morte
Os nascimentos, obviamente, também tem impacto sobre as densidades populacionais
Vários fatores são relevantes as taxas de natalidade:
• A idade da primeira reprodução (~ maturidade sexual)
• Tamanho da ninhada
• Investimento em proles individuais
• Troca entre reprodução e sobrevivência
• O número de episódios reprodutivos por vida
A semelparidade implica que um organismo experimenta somente um episodio reprodutivo por vida
• Como consequência pode produzir mais proles mais cedo
A iteroparidade implica que um organismo experimenta mais de um episodio reprodutivo durante sua vida
• Mas como consequência pode produzir mais proles durante sua vida
Características da Historia Vital Crescimento – durante pelo menos parte da historia
vital, todos os organismos crescem pela assimilação de energia e nutrientes – a taxa de crescimento é crítica
Mudança de forma – muitas espécies têm formas ou estágios dramaticamente diferentes durante o ciclo de vida
Dispersão – durante algum tempo na vida, a maioria dos organismos experimentam a dispersão
Timing da reprodução tem uma influencia forte sobre o crescimento populacional – tipicamente quanto mais cedo começa a reprodução,mais rapidamente cresce a população
Distribuição etária – Populações tem uma estrutura ou distribuição etária característica - os números de indivíduos jovens, indivíduos maduros e indivíduos velhos
Tamanho ao nascer ou germinar Número, tamanho e sexo das proles Idade da morte
A historia vital de um organismo é a serie de eventos desde o nascimento até a morte
As características da historia vital incluem
– A idade da primeira reprodução
– A freqüência da reprodução
– O número de proles
– O cuidado parental dispensado
– O custo energético da reprodução
A Evolução molda as historias vitais
Teoria da Historia Vital: -a seleção natural dos atributos da historia vital influencia os variáveis demográficos -a historia vital ótima envolve pressões seletivas ecológicas s
Quanto tempo viver? (longevidade)
Um ou vários episódios reprodutivos? (iteroparidade/semelparidade)
Poucos filhotes fracos ou poucos filhotes robustos? (alocação do esforço reprodutivo no tamanho o número dos filhotes) Reproduzir cedo ou esperar (e morrer depois)? (idade da primeira reprodução) Ao qual tamanho crescer ou como alocar recursos na reprodução? (alocação de recursos em crescimento ou reprodução)
Estratégias Reprodutivas Os organismos têm energia limitada para a
reprodução.
1. Uma espécie precisa tomar uma “decisão” evolutiva sobre como dividir essa energia. O tamanho da ninhada, cuidado parental, idade da reprodução, e outras. Existe uma serie de trocas.
2. Existe uma relação entre a demografia de uma espécie e seu padrão reprodutivo. Reprodução e mortalidade interagem. Cada esforço reprodutivo provavelmente aumenta a taxa de mortalidade.
As trocas na estratégia reprodutiva são:
1. Tamanho da ninhada.
2. Reprodução atual versus futura.
3. Idade da maturidade sexual.
Estratégias Reprodutivas
As espécies oportunistas colonizam ambientes perturbados
• “Vivem rapidamente, morrem cedas” • Esforço reprodutivo elevado • Competidores pobres
As espécies competitivas vivem em ambientes não perturbados
• Vida longa • Baixo esforço reprodutivo • Boas competidoras
Estratégias Reprodutivas
Comparação de historias vitais: ambiente de seleção r Exemplos:
Desenvolvimento e crescimento rápidos
Tamanho corporal pequeno
Reprodução precoce
Expectativa curta de vida
Taxa elevada de crescimento populacional
Número grande de proles
Pouco ou nenhum cuidado parental
Reprodução “explosiva”
“Produtividade” alta
Comparação de historias vitais: ambiente de seleção K Exemplos:
Crescimento lento, auto-investimento
Tamanho corporal grande Reprodução tardia Esperança de vida longa Taxa baixa de crescimento
populacional Número pequeno de proles Cuidado parental bom Reprodução repetida “Eficiência” alta
Comparação de ambientes: ambiente de seleção r ambiente de seleção K
Quais condições ambientais sustentam populações a densidade baixa?
O ambiente é: – variável, severo – Não previsível.
Mortalidade e: – Independente da
densidade – As vezes catastrófica
Quais condições ambientais sustentam populações a densidade alta?
O ambiente é: constante, benigno
– Previsível
Mortalidade é:
– Dependente da densidade
– Por que?
A teoria da seleção r e K.
Sugere que os organismos podem ser agrupados em dois grupos fundamentais a base de sua posição na curva sigmóide de crescimento e suas historias vitais resultantes.
Estratégias de Historia Vital
As dicotomias na historia vital foram descritas como estratégias r e K por MacArthur e Wilson .
Seleção r versus Seleção K
Poucas proles
Muitas proles Pouco investimento parental
Muito investimento parental
Estratégia r
Estratégia K
Estratégias Reprodutivas
Comparação da dinâmica populacional:
ambiente de seleção r exemplos:
O tamanho populacional:
– Variável
– Geralmente longe de K
O crescimento populacional
– independente da densidade
– Próximo a exponencial
Dinâmica é:
– extinção local e recolonização
– Troca elevada de gerações
O tamanho populacional: – Constante – Geralmente próximo a K
O crescimento populacional: – Dependente da
densidade – Logístico
A dinâmica é: – Estado estável – equilíbrio
Comparação da dinâmica populacional:
ambiente de seleção K exemplos:
Seleção K, ou seleção dependente da densidade – Seleciona os atributos da historia vital que
são sensíveis a densidade populacional
Seleção r, ou seleção independente da
densidade – Seleciona os atributos da historia vital que
maximizam a reprodução
Comparação da dinâmica populacional:
Crescimento populacional – Crescimento exponencial
– Crescimento logístico
– r = taxa intrínseca de aumento
– K = capacidade de suporte (densidade de saturação)
Estratégias Reprodutivas
Seleção r e K Essência:
Maximizando a taxa reprodutiva versus maximizando a aptidão da prole
Estratégias Reprodutivas
Tempo -
Forma de S Forma de J
Dens
idade
Dens
idade
Pontos chaves Estabilidade do ambiente e todo o tamanho populacional Taxa reprodutiva da espécie Capacidade de suporte do ambiente relativa ao tamanho populacional médio Freqüência de competição (intra- e inter-específica) Importância do ataque pelo inimigo correlacionados de r e K (Krebs 1978)
Estratégias Reprodutivas
Estratégias Reprodutivas Fator Seleção r Seleção K
Clima variável, não previsível quase constante, mais certeza
Mortalidade As vezes catastrófica, independente da densidade
Mais direcionada, dependente da densidade
Sobrevivência Freqüentemente tipo III Usualmente tipo I e tipo II
Tamanho populacional
Variável no tempo Embaixo da capacidade de
suporte Comunidades não saturadas
Re-colonização anual
quase constante no tempo, equilíbrio capacidade de suporte Comunidades saturadas
Re-colonização
Competição variável, outra fraca Usualmente forte
Seleção favorece desenvolvimento rápido Rm elevada
reprodução ceda Tamanho corporal pequeno
reprodução única
desenvolvimento devagar Maior capacidade competitiva
reprodução retardada Tamanho corporal maior
reprodução repetida
Longevidade curta, usualmente < 1 ano longa, usualmente > 1 ano
Direção evolutiva produtividade eficiência
Estratégias de Historia Vital
A associação de atributos relacionados a mortalidade juvenil não previsível é chamado “aposta baixa" porque maximiza a probabilidade de produzir proles durante um período de alta sobrevivência juvenil. Quando a mortalidade juvenil não é não previsível, é melhor produzir tantas proles como possível (reprodução explosiva).
O Modelo Logístico e Historias Vitais
Os conceitos da seleção K e a seleção r – São debatidos e foram criticadas por
ecólogos como uma simplificação exagerada
Próxima a capacidade de suporte a seleção natural favorece atributos que maximizam o sucesso reprodutivo com poucos recursos (densidade alta).
Seleção dependente da densidade.
Seleção K
Abaixo da capacidade de suporte a seleção natural favorece atributos que maximizam o sucesso reprodutivo em ambientes não limitados (densidade baixa).
Seleção independente da densidade.
Seleção r
O Modelo Logístico e Historias Vitais
As Historias vitais – prevê como uma população reproduz.
A Seleção K – vivem e reproduzem ao redor da K.
A Seleção r – taxas grandes de reprodução, mas vivem em ambientes onde as populações ocorrem em níveis longes de K.
Táticas de Sobrevivência - reprodução
Padrões Reprodutivos: Oportunistas e Competidoras
Número grande de filhotes pequenos com pouco cuidado parental (seleção r).
Poucos filhotes grandes com muito cuidado parental (Seleção K).
Tempo
Núm
ero
de ind
ivíd
uos
Capacidade de suporte
Seleção K
Seleção r
Trocas entre o número e tamanho de proles
Espécies de Drosophila, ajustadas para diferencias do tamanho corporal r ≈ -0.80; P<0.001
Log (Volume relativo do ovo)
Log
(N
úmero
rela
tivo
de o
vos)
Táticas de Sobrevivência - reprodução
Estratégia r - (r = taxa de crescimento) – tamanho corporal pequeno, ninhadas grandes, longevidade curta, podem ser oportunistas e encontradas em ambientes perturbados ou variáveis
Estratégia K - (K = capacidade de suporte) – tamanho corporal grande, ninhadas pequenas, longevidade longa, cuidado dos filhotes, ambientes constantes ou estáveis
Otimização: 1) minimizando o tempo; 2) maximizando a energia líquida; A razão entre energia reprodutiva e energia de manutenção varia com o tamanho dos organismos, padrões bionômicos, densidade populacional e capacidade de suporte.
Seleção r: em ambientes com baixa densidade, a pressão relativa favorece espécies com potencial reprodutivo alto (alta razão entre esforços reprodutivos e esforços de manutenção)
Seleção k: condições de alta densidade favorecem organismos com potencial de crescimento menor, mas com melhores capacidades para utilizar e competir por recursos escassos (investimento maior de energia na manutenção e sobrevivência do indivíduo).
Padrões Reprodutivos e Sobrevivência
Padrões Reprodutivos e Sobrevivência Espécies r
Altas taxas reprodutivas com pouco cuidado parental
Número grande de proles acompanhado por uma sobrevivência baixa das proles
Oportunistas que reproduzem sob condições favoráveis
Ciclos não estáveis de explosão e extinção nas populações
As Estratégias K e r são extremas
A maioria das espécies são intermédias
As espécies possuem parte de cada estratégia característica
Podemos classificar plantas, animais ou microorganismos como estrategistas r ou K?
Muitos organismos possuem características de seleção r e K
A seleção r versus K é um marco conceitual, mas a maioria dos organismos não conformam a esse marco. Os organismos tendem se localizar num continuo entre a seleção r e K, ou têm uma mistura de atributos de seleção r e K.
Exemplo: A árvore sequóia vive centenários ou milhares de anos, e leva décadas até a primeira reprodução. Porém produz milhares de sementes pequenos e sofre de uma mortalidade pré-reprodutiva feroz. Por que?
A árvore sequóia cresce em florestas competitivas com uma competição intensa para a luz. A árvore precisa crescer a alturas elevadas para ter qualquer chance de sobreviver além de reproduzir.
As oportunidades de recrutamento aparecem em clareiras criadas por árvores caídas ou outras perturbações.
Não existe muito que um semente grande possa fazer para ajudar outra espécie se não cai numa clareira. Leva tempo e gasta sua energia e morre.
Por isso, muitos sementes pequenos freqüentemente é a estratégia melhor, e a reprodução e retardada até a árvore fica alta.
Muitos organismos possuem características de seleção r e K
Estratégias da Historia Vital dos Primatas
Todos os Primatas têm seleção K Dentro dos Primatas existe um espectro desde
– Mais seleção r versus mais seleção K
Os organismos selecionados pela K
são bons competidores, não
superam as capacidades de suporte, mas
tendem de possuir taxas baixas de
crescimento populacional
Estratégias de Historia Vital
Historias Vitais dos Primatas
Tempo
Período juvenil
Idade da primeira Reprodução
Período Adulto
Reprodução repetida Iteroparidade
Cessação da reprodução
A hipótese da avô
Semelparidade
Todos os recursos restantes estão dedicados a reprodução em
vez de sobrevivência
Semelparidade
Semelpara
Anual
Padrões Reprodutivos e Sobrevivência Espécies K
Reproduzem mais tarde Produzem menos proles
Cuidado parental é necessário
Maduram mais lentamente
Têm um crescimento logístico
Têm um tempo comprido de geração
Estão sujeitas a extinção
Estratégias de Historia Vital
Como sendo uma espécie invasora comparada com uma espécie que existe próxima a capacidade de suporte, influencia os atributos da historia vital?
Espécies em ou Próximas a K
A vantagem é a produção de menos proles que são competidoras boas
Geralmente encontram Energia limitada
Estratégias de Historia Vital
Como sendo uma espécie invasora comparada com uma espécie que existe próxima a capacidade de suporte, influencia os atributos da historia vital?
Espécie invasora
Geralmente com um Tamanho populacional baixa
Assim, encontrada em ambientes ricos em energia
A vantagem está na produção de número grande de proles
Estratégias de Historia Vital: Tempo de Geração
Bonner (1965) demonstrou que o tempo de geração está correlacionado com o tamanho corporal
Uma troca: Tempo de geração se relaciona com o tamanho
corporal Os organismos maiores demoraram mais
para chegar a idade reprodutiva.
E. coli, aproximadamente 20 minutos.
Paramecium, aproximadamente 24 horas.
Elefante ou homem, 10-14 anos.
Tamanho Corporal
O tamanho corporal aparenta ser relacionado ao tempo de geração, de modo que as espécies de corpos grandes têm tempos de geração cumpridos
Comprimento do corpo
Tem
po
de G
era
ção
Os organismos grandes, como árvores, em habitats sujeitos a seleção K: a) são iteroparos com uma alocação reprodutiva baixa b) têm filhotes grandes c) têm uma reprodução retardada e longevidades longas
Estratégias de Historia Vital
Smith (1954) demonstrou que a taxa intrínseca máxima de crescimento populacional está correlacionada negativamente com o tempo de geração
Troças na Historia Vital: Tamanho versus número dos filhotes
Qual é a troça ideal entre o tamanho e o número de filhotes produzidos?
• Duas premissas da análise de Smith e Fretwell:
Número de filhotes
Tamanho do filhote individual
(1) Troça entre tamanho e número de filhotes produzidos (evidencia experimental boa)
Tamanho do filhote individual
(2) os filhotes individuais tem maior probabilidade de sobreviver se são grandes
Probabilidade individual de
sobrevivência do filhote
Troças na Historia Vital: Tamanho versus número dos filhotes
Qual é a troça ideal entre o tamanho e o número de filhotes produzidos?
Número de
filhotes
Tamanho do filhote individual Tamanho do filhote individual
Probabilidade individual de
sobrevivência do filhote
A aptidão esperada de um pai que produz filhotes de um tamanho particular é Número de filhotes possíveis de produzir x probabilidade da sobrevivência do filhote
Tamanho do filhote individual
Aptidão Parental
Do tamanho Da ninhada
Tamanho previsto dos
filhotes
Historia Vital – Timing da Reprodução
O timing da reprodução exibe uma influencia forte sobre o crescimento populacional - tipicamente quanto mais cedo uma espécie começa reproduzir, mais rapidamente cresce a população
Porém, para muitas espécies, os pais precisam
ganhar energia ou conhecimento suficiente para ser capaz de reproduzir com sucesso, e assim a reprodução pode ser retardada até que os pais atingem uma idade ou tamanho apropriado
Troca entre longevidade e o número de proles
Fecundidade realizada
Tangente da linha
Vida longa seleciona para um investimento baixa na reprodução
Vida curta seleciona para um investimento alta na reprodução S
obre
vivê
ncia a
nual
A seleção otimiza os recursos proporcionados a cada prole do modo que a mãe recebe a maior aptidão: w=jovens que sobrevivem + mais reprodução. A sobrevivência da prole declina com o número de proles Menos recursos por prole - Competição entre proles?
(a) 26 famílias de (b) Espécies de Drosophila peixes (Elgar, 1990) (Berrigan, 1991)
Parus major: retirada ou adição de ovos e o efeito sobre a reprodução do filhote
Reprodução versus Sobrevivência
Custos da Reprodução – Produção de números grandes de proles
numa estação as vezes causa um declínio no número e/ou tamanho de proles em estações seguintes.
– Impacto é menor se existem recursos abundantes.
– Impacto é menor se o indivíduo é mais velho e mais grande, porém, alguns indivíduos vivem somente 1 estação.
Ligações entre as Taxas Vitais
Body Condition Habitat Quality
(Food kg/acre) So
bre
viv
ên
cia
-
+ +
Tempo de forrageio
necessário
Excesso de
Energia
- +
-
-
+
+
Tempo não
de forrageio -
-
Movement
Recru
tam
en
to
Population
Density
+
-
+/-
+
Sucesso
Reprodutivo
Timing
da Reprodução +
+
-
-
+
+
+
- - -
Predação
Comida
Doença
Inanição - -
+
+
+
-
Condição
corporal Qualidade
de Habitat +
+ -
Movimento
Densidade
Populacinal
-
- +/-
+
+
Núm
ero
de p
roles
por
vez
Idade
Mais proles por vez, morre mais cedo Menos proles por vez, vive mais tempo Mesma reprodução total (área sob a curva)
Conflitos de aptidão
Não faça isso em casa!
Pode reduzir sua longevidade
Pesquisas demonstraram que a copula pode reduzir a longevidade de fêmeas de Drosophila
Os espermatozóides do macho induz a fêmea investir mais na sua prole e sacrifica sua longevidade
Idade da Primeira Reprodução
A cada idade, o organismo escolhe entre reproduzir ou não reproduzir.
A decisão de reproduzir traz benefícios: – Aumento da fecundidade a aquela idade
A decisão de reproduzir traz custos: – sobrevivência reduzida
– fecundidade reduzida a idades maiores
Idade da Primeira Reprodução Para populações em crescimento, o timing da primeira
reprodução afeita tremendamente a aptidão.
Para populações em crescimento, poucos filhotes precoces podem aumentar a aptidão do indivíduo mais do que a produção de muitos filhotes mais tarde. Isso se deve ao “efeito de juros compostos”.
Morrer antes de reproduzir também reduz a aptidão do indivíduo a zero.
Mas os organismos geralmente têm uma maior oferta de recursos disponíveis durante seu envelhecimento.
Assim, existe uma troca: reproduz precocemente com poucos filhotes ou reproduzir mais tarde com mais filhotes.
Trocas na evolução da historia vital
Uma troca entre sobrevivência e reprodução
Os mamíferos que reproduzem cedo tem longevidades menores. (Ambos os eixos corrigidas para as diferencias no tamanho corporal das fêmeas)
(Harvey e Zammuto 1985)
Expectativa relativa da vida
Idad
e r
ela
tiva
da
prim
eir
a r
epr
oduç
ão
Custo da Reprodução
Investimento por filhote – Uma troca reprodutiva chave envolve a
quantidade de recursos para investir em qualquer filhote único.
Número de filhotes versus tamanho de cada filhote
– Em muitas espécies, o tamanho do filhote afeita criticamente a probabilidade de sobrevivência do mesmo e dos pais.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1
0.75
0.5
0.25
Número de ovos
Qualidade de prole versus número de proles A qualidade da prole declina com o número de proles E os outros fatores?
Trocas na evolução da historia natural
Uma troca de número versus tamanho nas proles
64 espécies de gramíneas: as espécies que produzem sementes maiores produzem menos sementes.
(Coombs e Grubb 2003)
Log
arit
mo
do
núm
ero
de s
em
ent
es
Logaritmo da massa de sementes
Trocas na evolução da historia vital Uma troca de número versus sobrevivência da prole
Cascavéis australianos: filhotes de ninhadas maiores morrem com uma frequência maior do que filhotes de ninhadas menores.
(Rohr 2001)
* Por que resíduos? Isso é a variação que fica após a retirada do efeito do tamanho da fêmea
* * SVL= focinha a cola , medida padrão do tamanho de cobras.
Resíduo do tamanho da ninhada Resí
duo
do
com
prim
ent
o co
rpor
al
Trocas na evolução da historia vital
Uma troca ente crescimento e esforço reprodutivo
Quanto mais sementes produzidos, menor o crescimento anual.
(Eis et al. 1965)
Número médio de pinhas por árvore Lar
gura
rela
tiva
do
anel an
ual
Fecundidade versus Sobrevivência
Como os organismos otimizam a troca entre a fecundidade atual e crescimento populacional futuro?
A relação crítica é:
= S0F + SSR
onde: é a mudança de crescimento populacional
S0 é a sobrevivência de proles até um ano de idade
F é a mudança da fecundidade
S é a sobrevivência anual dos adultos independiente da reprodução
SR é a mudança da sobrevivência dos adultos relacionada com a reprodução
Fecundidade versus Sobrevivência
Ao rearranjar a relação anterior fica evidente que: – As mudanças de fecundidade (positivas) e a
sobrevivência de adultos (negativas) são favorecidas quando os efeitos brutos sobre o crescimento populacionais são positivos
– Os efeitos da fecundidade aumentada e a sobrevivência reduzida dependem da relação entre S e S0
– Por isso, é de esperar maior envolvimento parental associado com a sobrevivência menor dos adultos e vice versa
131
Crescimento versus Fecundidade
Algumas espécies crescem durante sua vida intera, demonstrando um crescimento indeterminado: – A fecundidade está relacionada ao tamanho
corporal
– O aumento da fecundidade num período reduz a fecundidade depois
– Para as espécies de vida curta, a estratégia ótima enfatiza a fecundidade as despesas do crescimento
– Para espécies de vida larga, a estratégia ótima enfatiza o crescimento as despesas da fecundidade
132
Custo da Reprodução O cuidado parental, por meio de suas várias
manifestações, é uma adaptação pela qual um organismo pode potencialmente aumentar a sobrevivência de seus filhotes.
Mas implica um custo aos pais.
– O tempo e recursos gastos nos investimentos de cuidado parental implicam que os recursos disponíveis precisam ser alocados a menos filhotes.
Cuidado Parental
O cuidado parental de ninhadas menores – Pode facilitar a sobrevivência das proles
– Assim aumento o sucesso reprodutivo dos pais
Competição entre irmãos para recursos (gema, leite materna, etc.) também reduz a aptidão da prole. Ponto da vista do filho O que devemos observar? - Filho selecionado para não ofertar recursos aos irmãos - Filho selecionado para extrair recursos da mãe
Existem muitas trocas seletivas
Ponto de vista Aptidão da mãe: Numero de proles sobreviventes que reproduzem Aptidão da prole: Probabilidade de sobreviver e reproduzir Talvez mãe e irmãos também, mas tem menos importância O conflito inter-sexual entre machos e fêmeas existe quando a aptidão se determina diferencialmente E o conflito inter-geracional entre pais e filhos?
Existem muitas trocas seletivas
Ponto da vista do gene: Considere o parentesco, r, dos genes num organismo
Proles 2 Proles 1
Pai-filho: 0.5 Irmãos: 0.5(0.5) + 0.5(0.5) = 0.25 + 0.25 = 0.5 Organismo a ele mesmo:1 Do ponto de vista genética: A seleção é mais forte quando ajuda a ser próprio do que ajudar os irmãos ou pais
Book, pp 449
Existem muitas trocas seletivas
Episódios Reprodutivos Por Vida
Semelparidade é um esforço reprodutivo grande (maioria dos insetos, plantas anuais). Exemplos, gafanhotos, moscas, lulas e Agave.
Iteroparidade é menos proles e mais episódios reprodutivos. Exemplos, plantas perenes, maioria dos mamíferos grandes, tubarões, maioria das aves como tiuius e garças.
Efeito dependente da densidade sobre o intervalo entre partos (% reproduzindo cada ano)
Tamanho populacional (K = 500) Porc
ent
agem
das
fêm
eas
adul
tas
que
repr
oduz
em
por
ano
Quanto investir na reprodução?
O esforço reprodutivo e o sucesso reprodutivo são altamente correlacionada positivamente: quanto mais esforço um indivíduo dedica a reprodução, maior seu sucesso reprodutivo (medido como o número de filhotes viáveis).
Uma espécie semelpara obterá uma aptidão
máxima se investe todo seus recursos num evento único de reprodução – A maioria dos indivíduos de uma espécie semelpara
morre após a reprodução.
Ciclos vitais
Padrões de nascimentos, mortes e crescimento são resultados do ciclo vital da espécie
5 tipos principais
de ciclos vitais
Tipos de Ciclos Vitais
Anual
Iteroparidade sobreposta
Semelparidade sobreposta
Semelparidade contínua
Iteroparidade contínua
Semelparidade O indivíduo tem um evento único de
reprodução durante a vida, e depois morre
Investe quantidades grandes de energia na reprodução
Iteroparidade Individual pode ter vários eventos
reprodutivos durante a estação ou durante a vida
Investe uma proporção menor de recursos na reprodução
Anuais 12 meses ou menos para completar o ciclo
vital Gerações discretas sem sobreposição Pode ou não passa o inverno não como
semente ou ovo Pode ser semelpara ou iteropara O nome anual pode ser errado para algumas
plantas com sementes que não sempre germinam no ano após sua produção – Sementes podem ficar dormentes num banco de
sementes por vários anos antes de germinar
Iteroparidade Sobreposta
Gerações sobrepostas (de 1, 2 ... Anos de idade), iteroparas
Estação reprodutiva distinta
Exemplos: árvores decíduas, vertebrados de vida longa que reproduzem sazonalmente (veados, peixes, cobras, aves)
Semelparidade Sobreposta
Gerações sobrepostas (várias classes etárias presentes [pelo menos bienais]), semelparas
Proles novas na população a cada ano (estação distinta de reprodução)
Requere 2 anos ou mais para madurar e reproduzir, e depois morre
Mais comum em plantas, mas também em algumas espécies de lulas e salmão
Semelparidade Contínua
Nenhuma estação distinta de reprodução devido as condições ambientais favoráveis
Muitas idades sobrepostas, com crescimento, reprodução e morte contínuos
Exemplo: alguns animais nos oceanos tropicais
Iteroparidade Contínua
Nenhum estação distinta de reprodução
Várias idades sobrepostas
Exemplo: Homo sapiens
Semelparidade em Plantas
A semelparidade é favorecida quando a sobrevivência dos adultos é boa e o intervalo entre anos favoráveis é comprido.
As vantagens da semelparidade: – O timing do esforço reprodutivo para
corresponder aos anos favoráveis
– A atração dos polinizadores a florações massivas
– Saturação dos predadores de sementes
152
Reproduzir agora? Ou reproduzir mais tarde?
Provavelmente a troca mais ubíqua que um indivíduo enfrenta.
Constituição
genética da
população
Habitat
Recém nascidos Juveneis 1 ano de idade
Competição
Clima
Ambiente
Aquático
Local de desova
Reproduzir agora? Ou reproduzir mais tarde?
Dados de Rich
(1920) e Dawley et
al. (1985)
Jan Mar May Jul Sep Nov Jan Mar May Jul
Rela
tive A
bu
nd
an
ce
Fry with platelets only
Fry (<60 mm)
Fingerling - Recent Arrivals
Fingerling - Fluvial rearing
Fingerling - Estuarine Rearing
Fingerling - Fluvial and additional rearing
Yearling
Historic
Jan Mar May Jul Sep Nov Jan Mar May Jul
Rela
tive A
bu
nd
an
ce
Fry
Fingerline Natal / Fluvial Rearing
Yearling
Contemporary
Reproduzir agora? Ou reproduzir mais tarde?
Diversidade de Historia Vital
População 1 ano de idade
Juveneis Migrantes
Recém nascidos
No fica no
Estuário
Fica muito no
Estuário
Fica pouco no
Estuário
Fase de
maduração longa
Fase de
maduração curta
Reproduzir agora!
– Reproduzir agora implica que o organismo não terá a probabilidade de morrer antes de ter outra oportunidade de reproduzir.
– Para os filhotes em crescimento existe um “efeito de juros compostos”, os filhotes produzirão seus próprios filhotes mais cedo se a reprodução ocorre mais cedo. Por isso, populações que crescem rapidamente favorecem uma reprodução mais cedo.
Reproduzir agora? Ou reproduzir mais tarde?
A mãe falou esperar…..Reproduzir mais tarde!
– Reproduzir mais tarde implica que o organismo pode ter capacidade de acumular mais recursos, de forma que o episodio de reprodução, quando por fim ocorre, tem mais sucesso.
Reproduzir agora? Ou reproduzir mais tarde?
A vantagem da interoparidade é permitir os organismos terem mais de um chance estadístico de produzir proles viáveis
Iteroparidade
Poucas proles produzidas de uma
vez, mas vários eventos reprodutivos
durante a vida
Loxodonto africano
Iteroparidade
O custo da reprodução para espécies iteroparas
O esforço reprodutivo num estação reprodutiva geralmente reduz o número de filhotes produzidos em estações reprodutivas futuras.
Isso se deve a:
– O custo fisiológico de desviar recursos da manutenção
– Falta de crescimento – Stress fisiológico – Aumento de exposição a predação e parasitismo – Risco de danos ou morte do cortejo, brigas com
outros indivíduos por pares, e outros.
Aptidão é o Sucesso Reprodutivo da Vida Inteira
A seleção sobre uma espécie iteropara é um compromisso entre – O custo da reprodução
– E o esforço reprodutivo
Todas as trocas servem para maximizar o sucesso reprodutivo durante a vide intera.
Apostar versus Timing
Por que semelparidade versus iteroparidade? – A iteroparidade pode oferecer a vantagem
de apostar em ambientes variáveis
– Mas espécies semelparas frequentemente vivem em ambientes altamente variáveis
– Esse paradoxo pode ser resolvido ao considerar as vantagens do timing da reprodução para corresponder aos anos bons ocasionalmente
165
N' = N + bN - dN
Como determinar qual das duas estratégias reprodutivas competidoras confere uma aptidão maior;a semelparidade ou a iteroparidade? Começamos com uma população de indivíduos co variação herdável para as duas estratégias. Primeiro, o modelo da velocidade de crescimento de uma população de indivíduos com cada estratégia. A população que cresce mais rápido deveria possuir uma aptidão superior e eventualmente torna-se o padrão da população
Próxima População Nascimentos Mortes população inicial totais totais
O Modelo de Cole
Estratégia semelpara: N' = N + bsN - dsN (todos morrem, o primeiro e últmio termo somem) N' = bsN (bs – taxa de nascimento por adulto semelparo) Estratégia iteropara: N' = N + biN - diN (sobrevivem bem , o primeiro termo fica, ignora a mortalidade) N' = N + biN N' = (1+bi)N (bi – taxa de natalidade por adulto iteroparo)
O Modelo de Cole
Para que essas populações mudam com a mesma taxa (as estratégias têm o mesmo sucesso) os termos multiplicando N devem ser iguais.
Todo que um organismo semelparo preciso é somente uma prole mais durante a reprodução sacrifical que é a norma iteropara.Com mais de uma prole extra seria vantajosa. Uma mutação que permite isso deve ser fácil obter Por que toda espécie não é semelpara?
Estratégia Semelpara: Estratégia Iteropara: N' = bsN N' = (1+bi)N Coloque como iguais e resolver para bs, a taxa de natalidade semelpara que causaria um crescimento populacional igual a estratégia iteropara bsN=(1+bi)N bs=1+bi
O Modelo de Cole
Problemas com esse modelo
Problemas do Modelo: - Ignora a mortalidade de adultos iteroparos e todos os juvenis - Ignora as limitações possíveis dos proles nascidas - Ignora o cuidado parental (limita o escopo) Porém, o modelo durou por 19 anos (1954-1973) Próximo passo: melhorar o modelo pela adição dos termos omissos da mortalidade
O Modelo de Cole
Modelo de Charnov e Shaffer
Estratégia semelpara nova: N' = N + bsNC - dsN (todos os adultos morrem, mas incluímos a mortalidade juvenil) N' = bsNC Estratégia iteropara nova: N' = N + biNC - diN (não ignora a mortalidade adulta) N' = biNC + (1- di)N Deixe Pi= 1- di (Pi=0 todos morrem, Pi=1 todos sobrevivem) N' = biNC + PiN N' = (biC + Pi)N
Para que essas populações mudam com a mesma taxa (as estratégias tem o mesmo sucesso) os termos multiplicando N devem ser iguais.
O organismo semelparo precisa Pi/C mais proles durante a reprodução sacrifical do que é a norma iteropara. Isso pode ser um número muito grande, especialmente se C é pequena (sobrevivência juvenil é baixa).
Estratégia semelpara nova: Estratégia iteropara nova: N' = bsNC N' = (biC + Pi)N Coloque iguais e resolver para bs, a taxa de natalidade semelpara que resultaria num crescimento populacional igual a estratégia iteropara bsNC= (biC + Pi)N bsC= biC + Pi bs= bi + Pi/C
Modelo de Charnov e Shaffer
Modelo de Cole: Semelparo Iteroparo Iteroparo=semelparo. N' = bsN N' = (1+bi)N bs = (bi + 1) 1 mais fácil, por que todo organismo não é semelparo? Modificação de Charnov e Shaffer: Semelparo Iteroparo Semelparo=Iteroparo. N' = bsNC N' = (biC + Pi)N bs = (bi + Pi/C) Pi/C mais difícil, explica por que toda espécie não é semelpara? Ajuda pensar sobre quando o organismo tem mais probabilidade de ser semelparo: - se a probabilidade da sobrevivência do adulto (Pi) é baixa - se muitos filhos mais são possíveis (Pi/C possível) Note: usamos valores idênticos de C, mas podem ser diferentes
Modelo de Charnov e Shaffer
O argumento de Cole durou por 19 anos. Implica que quase toda espécie deve ser semelpara, o que não existe Mas a matemática era correta e a matemática é verdadeira! Charnov e Shaffer descobriram as premissas escondidas (implícitas) e derivaram um resultado mais consistente. Benefício do modelo matemático: porque as premissas podem ser enuemradas e existem regras para obter resultados, o que permite a resolução de conflitos. Quantos modelos não matemáticos que usamos também são errados? Ciência, sociedade, governo, etc.
Modelo de Charnov e Shaffer
Por que não ambas?
Por que não produzir muitas proles bem preparadas várias vezes durante a vida?
Existe um quantidade limitada de recursos
As espécies estão sujeitas a trocas: – Muitos filhotes, poucos recursos disponíveis
por filhote
– Poucos filhotes, muito recurso por filhote
Quantos filhotes ter e de qual tamanho?
Quanto cada pai deve investir num evento reprodutivo?
“Teoria de Investimento Parental”--Robert Trivers
O investimento parental em qualquer filhote que aumenta sua aptidão ao custo de reduzir a aptidão dos outros filhotes.
Inclua o esforço parental mas não o esforço reprodutivo.
Machos e fêmeas têm investimentos parentais diferentes.
O sucesso reprodutivo bruto é a diferença entre os benefícios (número de filhotes realmente criados) e os custos reprodutivos (os filhotes NÂO produzidos devido aos custos dos filhotes que foram criados)
Tamanho da Ninhada
O tamanho da ninhada (ou rendimento de sementes por plantas) é o número de filhotes produzidos por episódio reprodutivo.
O tamanho da ninhada varia e depende da disponibilidade de recursos.
Os organismos semelparos gastam todos seus recursos numa ninhada única.
Os organismos iteroparos precisam reservar recursos para crescimento e sobrevivência.
Trocas entre sobrevivência e reprodução Quantas proles cada fêmea deve ter? Lack (1947) perguntou, quantos ovos colocar? A evolução deve maximizar o número total de proles que sobrevivem. A fêmea deve colocar quantos ovos como possível Mas algumas morrem antes da maturidade, e mais morrem em ninhadas maiores Podemos ilustrar isso facilmente
Um Estudo Clássico
David Lack da Universidade de Oxford colocou as historias vitais num contexto evolutivo: – As aves tropicais põem menos ovos do que
as aves temperadas
– Lack acreditou que essa diferencia se baseia nas capacidades distintas de procurar alimento para os filhotes:
As aves que nidificam nas regiões temperadas têm dias mais compridos para encontrar alimento durante a estação reprodutiva
179
A Hipótese de Lack
Lack sinalizou 3 pontos chaves que indicaram que as historias vitais são moldadas pela seleção natural: 1. Porque os atributos da historia vital (como o
número de ovos por ninhada) contribuíam ao sucesso reprodutivo também influenciam a aptidão evolutiva
2. As historias vitais variam de forma consistente aos fatores ambientais
3. As hipóteses sobre as historias vitais são sujeitas aos testes experimentais
180
Curva de sobrevivência hipotética de prole
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1
0.75
0.5
0.25
Número de ovos
1
0
1
2
3
4
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
0.75
0.5
0.25
Aptidão = número de ovos x probabilidade de sobrevivência de cada
O que encontramos na natureza?
Número de ovos
O Modelo de Lack
Número de sobreviventes
Número de ovos
W
Devemos encontrar essa quantidade de ovos
Padrão freqüente observado
Número de sobreviventes
O Modelo de Lack
Número de ovos
Custo
Os modelos anteriores ignoraram a sobrevivência do adulto até a próxima reprodução. Um “Lucro" pode ser necessário para a sobrevivência dos adultos, e outra coisas. Mas a sobrevivência e a reprodução futura diminuem com a reprodução
W
Número de sobreviventes
Um Teste Experimental Lack propus aumentar artificialmente o
número de ovos por ninhada para demonstrar que o número de proles é limitado pela oferta de alimentos.
Essa ideia foi testado várias vezes:
185
Gören Hogstedt manipulou o tamanho da ninhada de Pica pica:
o número máximo de filhotes vingados correspondeu ao tamanho normal de ninhada de sete
Observação/experimento: Parus major Adição e retirada de ovos dos ninhos.
Tamanho da ninhada
Roff D.A. The evolution of life histories: theory and analysis. Chapman & Hall; New York, NY: 1992.
Sobrevivência
Número de ovos por ninho
Um Teste Experimental
– Falco tinnunculus com ninhadas aumentadas ou reduzidas artificialmente exiberam maior ou menor sobrevivência dos adultos, respetivamente.
187
Um Teste Experimental
O que aprendemos?
188 Ecologia de Populações
Também pode aumentar o sucesso reprodutivo {de largo prazo} dos pais quando o ambiente muda ou a prole dispersa ou na evolução de doenças.
A reprodução sexual aumenta a variabilidade genética da prole ao gerar combinações únicas de genes herdados dos dois pais. l
O que aprendemos?
189 Ecologia de Populações
Algumas dessas foram pesquisadas em detalhe, e Algumas aparentemente representam as trocas
evolutivas baseadas nas ideias atuais de como funciona a
evolução. l
A reprodução precoce versus acumulando recursos para reproduzir mais tarde Poucos ovos grandes versus muitos ovos pequenos
O que aprendemos?
190 Ecologia de Populações
Cuidado parental versus maiores eventos de reprodução ou a produção de mais filhotes A reprodução sexual ou assexuada
Proles machos ou fêmeas Usa toda sua energia num evento de reprodução (semelparidade) ou reservar parte e sobreviver para reproduzir mais tarde (iteroparidade).
O que aprendemos?
191 Ecologia de Populações
Num ambiente não estável (tamanho populacional << K), os indivíduos reproduzem cedo e têm muitos proles pequenas (assim maximizando a r: plantas invasoras).
Em ambientes estáveis (tamanho populacional ≈ K), os indivíduos reproduzem tarde e produzem poucas proles grandes (assim maximizando a capacidade competitiva: árvores)
Resumo: História vital: conjunto de regras e decisões que influenciam a
sobrevivência e a reprodução Tempo
Gera
ções
Maturidade
Reprodução
Reprodução
Fecundidade Paridade
Sobrevivência dos adultos Pais Morte do
Fim da vida
Adulto
Pais
Gera
ção
2 Pr
oles