Analise Do Livro de História.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE NÚCLEO DE FORMAÇÃO DOCENTE CURSO DE PEDAGOGIA ANALISE DO LIVRO DE DIDÁTICO DE HISTÓRIA

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Analise realizada para a disciplina de metodologia do ensino de história, referente a um livro didático.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE

NÚCLEO DE FORMAÇÃO DOCENTE

CURSO DE PEDAGOGIA

ANALISE DO LIVRO DE DIDÁTICO DE HISTÓRIA

CARUARU – PE

2014

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Ana Carolina Reis

Danielly Monteiro

Graziela Bezerra

Késia Menezes

Natalia Melo

Thallyta Tavares

ANALISE DO LIVRO DE DIDÁTICO DE HISTÓRIA

Analise apresentada à disciplina de

Metodologia do Ensino de História, tendo

como objetivo perceber se o livro didático de

geografia se adequa ao seu respectivo ciclo do

PCN de História e como parte dos requisitos

avaliativos.

Orientadora: Ana Barros

CARUARU – PE

2014

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INTRODUÇÃO

O livro didático analisado é do 5º ano do ensino fundamental e seu título é A escola é

nossa. Este livro foi escrito pela editora scripione e tem por autores Rosimere Aparecida

Alves Tavares licenciada em Letras pela Universidade Estadual de Londrina e Pós-graduada

em língua portuguesa pela mesma instituição. Autora de livros didáticos do Ensino

Fundamental. Atuou como professora de Ensino Fundamental estado do Paraná. Desde 1996,

desenvolve atividades de pesquisa e edição na área de didática e ensino para a Educação

Infantil e Ensino Fundamental. E Maria Eugênia Bellusci Cavalcante Licenciada e bacharel

em História pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Londrina e licenciada

em Pedagogia pela Faculdade de Ciências. Letras e Educação de Presidente Prudente. Autora

de livros didáticos desde 1983 e atuou durante vinte e cinco anos como professora de Ensino

Fundamental e Médio.

Este livro está dividido por capítulos que ao todo somam nove capítulos, além de

Glossário, sugestões de leitura e bibliografia. Seus capítulos trabalham a história do Brasil

como a chegada dos portugueses ao Brasil, os engenhos, o período imperial, a republica, a

ditadura e a democracia

Então, é com esse livro didático que buscaremos neste trabalho analisar de acordo com

o segundo ciclo do PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) de História que leva em

consideração que o estudo da história “as diferentes histórias que compõem as relações

estabelecidas entre a coletividade local e outras coletividades de outros tempos e espaços,

contemplando diálogos entre presente e passado e os espaços locais, nacionais e mundiais”

(p.46). Então é nessa perspectiva que buscaremos analisar o livro didático em questão, para

que possamos através dessa analise perceber se o livro estudado se adequa a essas questões e

fornece um processo de ensino de historia que forme um individuo que saiba relacionar o

presente e o passado, percebendo a importância de se estudar história e a importância dela

para a sociedade.

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ANÁLISE DO LIVRO

Entendemos que é de suma importância que o livro didático busque como mecanismo

do processo de ensino vislumbrar no aluno o desejo pelo estudo de historia, assim como

perceber a relevância desse estudo para a nossa sociedade, pois é a partir do conhecimento do

passado que podemos construir um futuro melhor. Dessa maneira, percebendo o quão

admirável é esse estudo, precisamos identificar se o livro didático que é um mecanismo tão

necessário para o processo de ensino propicia um bom entendimento do aluno a cerca do

assunto estuda, trazendo conteúdos de forma clara, assim como, trazendo imagens que

facilitem o entendimento do aluno e trabalhe de os temas históricos de modo adequado para

cada idade. Para tanto, nos utilizaremos do PCN e mais precisamente do segundo ciclo, que

melhore compreende o livro que vamos analisar nesse trabalho e leva em consideração que

os conteúdos de História para o segundo ciclo enfocam as diferentes

histórias que compõem as relações estabelecidas entre a coletividade

local e outras coletividades de outros tempos e espaços, contemplando

diálogos entre presente e passado e os espaços locais, nacionais e

mundiais. Prevalecem como no primeiro ciclo, os estudos

comparativos para a percepção das semelhanças e das diferenças, das

permanências e das transformações das vivências humanas no tempo

em um mesmo espaço, acrescentando as caracterizações e distinções

entre coletividades diferentes, pertencentes a outros espaços (p.40).

Através de imagens que o livro traz (como por exemplo, o anexo 1) o aluno, como

orienta o PCN, conhece histórias de outros espaços e de outros tempos: populações que

chegam de outros lugares, com outros costumes, outras línguas, outras religiões, em diferentes

momentos; ou seja, o aluno conhece outros contextos que não seja necessariamente o seu. A

historia trabalhada no livro aborda especialmente a historia brasileira trazendo para o aluno

fatos que aconteceram próximo a ele, não na mesma época, mas na mesma localidade, em seu

território, e é por isso que historia e geografia caminham sempre juntas.

Na perspectiva dos movimentos de lutas, de resistência contra a exploração livro

didático trás em seu terceiro capitulo a resistência dos indígenas e dos africanos que viviam

no Brasil (como podemos perceber no anexo 2 e 3 deste trabalho). E dessa forma o PCN

concerne a respeito de tais movimentos que o livro didático precisa trazer “movimentos de

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âmbito local: trajetória do movimento, lutas travadas, conquistas e perdas, relações mantidas

com grupos nacionais ou de outras regiões, meios de divulgação de idéias, pessoas e grupos

envolvidos, ideais [...]” (p. 49). E podemos perceber, através do anexo que, o livro

desenvolve tal temática de forma clara, com uma linguagem fácil e com imagens que auxiliam

no processo de entendimento do assunto.

Além de enfatizar como sendo um aspecto relevante no processo de ensino-

aprendizagem da disciplina de História, o conhecer as diferentes nacionalidades, grupos

culturais e sociais, ou seja, que haja esse "alargamento de fronteiras", os PCNS trazem

também outro aspecto importante para se desenvolver com os estudantes: trabalhar questões

referentes à grupos populacionais locais, onde ressaltamos, o grupo familiar. A importância de

conhecer sua própria história e se ver como ser participante de um contexto histórico, no qual

cria e recria sua história. Assim sendo, os PCNs (1997) destacam como conteúdo a ser

trabalhado o

"estudo das famílias dos alunos: origem geográfica das famílias

(países, continentes ou outras regiões nacionais), época de

deslocamento da família para região, lembranças da família sobre as

razões e as trajetórias e deslocamentos, época de chegada na

localidade, proximidade temporal com o tempo da chegada, costumes

mantidos como tradição (comida, vestimentas, língua, religião,

modalidades de trabalho, festas, tradições, lendas e mitos,

especificidades no vocabulário)" (p. 48)

Não deixando, porém, de contextualizar e relacionar a história pessoal/local com as

outras dimensões: regional, nacional e global, que a cercam e também influenciam e são por

ela influenciados, direta ou indiretamente. Para tanto é preciso levar em consideração

atividades que favoreçam uma atuação de tal maneira, que propiciem a "construção de

sínteses cronológicas, incluindo e relacionando acontecimentos da história local, regional,

nacional e mundial", como também "construção de linhas de tempo, relacionando a história

local com a história regional e a história nacional" (p. 51).

O livro didático deve apresentar atividades em que o aluno possa, por exemplo, buscar

"informações em diferentes tipos de fontes (entrevistas, pesquisa bibliográfica, imagens,

etc.)", comparar "informações e perspectivas diferentes sobre um mesmo acontecimento, fato

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ou tema histórico" (p 51,) tendo por objetivo através destas atividades uma aprendizagem

significativa, em que o aluno também se enxergue como um produtor de conhecimentos.

Podemos identificar na atividade esboçada no anexo 4 que após uma explanação sobre a

história dos indígenas no Brasil, toda sua luta e marcos históricos, como a carta que Pero Vaz

de caminha envia ao Rei de Portugal, o autor do livro propõe uma atividade (Anexo 4) que

interliga, como foi dito no trecho do PCN, a cultura indígena de hoje com a cultura do

passado, fazendo com que os alunos busquem informações em outro meios que não seja o

livro sobre a vivencia dos indígenas atualmente, fazendo com que os alunos possam

desconstruir a ideia de índio de tanga e cocar como muitas pessoas ainda tem em suas mentes.

“É importante que os alunos dimensionem as relações sociais,

econômicas, políticas e culturais que vivenciam, enriquecendo seu

repertório histórico com informações de outras localidades para que

possam compreender que seu espaço circundante estabelece

diferentes relações locais, regionais, nacionais e mundiais” (42).

Assim, de acordo com o PCN (p.46) “é somente no alargamento de fronteiras

temporais e espaciais que os sujeitos históricos podem dimensionar a sua inserção e sua

identidade com os grupos sociais maiores, como no caso das classes sociais, das etnias, dos

gêneros, das culturas ou das nacionalidades”. Nesse caso o aluno se aproxima de uma

realidade que poderá se identificar com as múltiplas inserções que o cercam sejam ela

culturais, religiosas, etc, são informações que trazem o passado para o presente através da

imagem ou do texto como é o caso do livro didático apresentado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisar livro didático não é tarefa fácil pois constitui um suporte de conhecimentos

escolares propostos pelos currículos escolares. Deve ser entendido também, como veículo de

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um sistema de valores, de ideologias, de uma cultura de determinada época e de determinada

sociedade. Além da identificação dos valores e da ideologia de que é necessariamente

portador, é preciso estar atento a outros três aspectos básicos que dele fazem parte: sua forma,

o conteúdo histórico escolar e seu conteúdo pedagógico.

Entendemos o livro didático como um importante instrumento de apoio ao trabalho

pedagógico, materiais didáticos são mediadores do processo de aquisição de conhecimento,

bem como facilitadores da apreensão de conceitos, do domínio de informações e de uma

linguagem específica da área de cada disciplina – no nosso caso, da História.

O livro didático de história não deve ser apresentado como única fonte para direcionar

o processo de ensino-aprendizagem. Este deve ser visto apenas como um dos instrumentos de

apoio necessário ao trabalho pedagógico pensamos que por melhor que seja, precisa ser

ampliado com exercícios, sugestões de atividades e consultas a outras bibliografias que

contemplem a realidade local dos alunos. Além disso, é necessário que o professor esteja em

constante atualização, pesquisando bibliografias várias e consultando outros meios que lhe

possibilitem consolidar os conhecimentos.

Concluímos que este trabalho com o PCN relacionado com o livro didático de história é

de suma importância para nós pedagogos em formação, pois nos trás reflexões como: os

conceitos estão corretos? São adequados? Os exercícios ajudam o aluno a pensar e

desenvolver o raciocínio crítico? As ilustrações contribuem para a compreensão dos textos? E

a pensar também como a falta de esclarecimento acerca do que diz os PCNs pode prejudicar o

desenvolvimento das atividades e consequentemente não atenderá aos objetivos previstos

ANEXO

Anexo 1

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Anexo 2

Anexo 3

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Anexo 4

Referências

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Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais : história,

geografia / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997.