ANÁLISE DOS NÍVEIS DE RUÍDO E DAS CONDIÇÕES...
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ANÁLISE DOS NÍVEIS DE RUÍDO E DAS
CONDIÇÕES ERGONÔMICAS DOS
COBRADORES DE ESTAÇÕES TUBO NA
CIDADE DE CURITIBA
CAROLINA ARSIE CARDOSO (UTFPR)
Rafael Antonio Agnoletto (UTFPR)
Rodrigo Eduardo Catai (UTFPR)
Adalberto Matoski (UTFPR)
Arildo Dirceu Cordeiro (UTFPR)
O presente artigo teve como principal objetivo caracterizar as
condições dos postos de trabalho dos cobradores de Estação Tubo de
Curitiba, analisando-se a situação ergonômica e o nível de ruído que
chega ao ouvido do trabalhador em questãoo. As questões avaliadas
em campo foram para obter um maior conhecimento da rotina de
trabalho e da própria condição do posto de trabalho, propondo
melhorias se necessário. Além das questões abordadas da rotina do
trabalhador, também foram coletadas algumas medidas das cadeiras
dos postos de trabalho, juntamente com fotos, para uma análise
baseada na literatura de ergonomia. Quanto ao ruído foi medida a
dose de 70% da jornada de trabalho, para uma futura projeção da
jornada total (6 horas), com isso obtendo-se o Nível de Ruído
Equivalente para uma comparação com a Norma Regulamentadora NR
15.
Palavras-chaves: Ruído, Ergonomia, Estação Tubo
XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A Engenharia de Produção e o Desenvolvimento Sustentável: Integrando Tecnologia e Gestão.
Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009
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1. Introdução
Nas últimas décadas, a humanidade vem passado por várias mudanças na vida devido a
motivos externos ou do próprio trabalho. Algumas dessas mudanças foram feitas por se
constatarem situações que afetam a saúde das pessoas, como os elevados níveis de pressão
sonora nos grandes centros urbanos.
Os níveis de ruído aumentaram muito nas cidades e tal fato pode-se considerar como uma
situação agravante na vida cotidiana. Isto se deve ao crescente número de veículos
motorizados que circulam nas cidades diariamente, fazendo com que o trânsito seja um grave
influente. A sociedade vê esse problema como incômodo, por isso muitas pessoas preferem
não morar na parte central da cidade, ou em regiões muito movimentadas, onde o ruído
gerado pelo trânsito é maior. Cabe ressaltar que indivíduos que ficam expostos a elevados
níveis de ruídos por um longo período podem ter sérias complicações como: aumento da
agressividade, nervosismo, dificuldade de aprendizagem, falta de concentração e perda de
audição.
Outro agravante para a vida das pessoas são as condições ergonômicas a que são expostas em
seu posto de trabalho. Atualmente, a preocupação com as condições ergonômicas de seus
empregados pelas empresas vêm merecendo destaque. Como exemplo, pode-se citar o
mobiliário utilizado, como cadeiras, mesas, apoios para os pés, entre outros. Movimentos
repetitivos podem causar doenças, assim como ficar por tempo prolongado em uma só
posição pode causar dores na coluna ou em outros membros do corpo. Na ergonomia analisa-
se também se a posição de trabalho é correta e se a forma que o trabalho está sendo executado
é adequada.
Preocupando-se em obter cuidados nesses aspectos citados anteriormente, a qualidade de vida
das pessoas será privilegiada. Desta forma, o objetivo deste artigo é analisar o nível de ruído e
as condições ergonômicas a qual os cobradores de estações tubo da cidade de Curitiba estão
submetidos, sendo que os valores serão comparados com os vigentes nas normas. Ressaltando
que uma estação tubo consiste em um terminal onde os ônibus circulares param para o
embarque e desembarque de passageiros.
2. Revisão bibliográfica
2.1. Ergonomia
Grandjean (1998) apud Rio e Pires (2001) diz que a ergonomia é o estudo do comportamento
do homem nas atividades que ele exerce. A investigação ergonômica deve ter por objetivos:
conciliar as exigências do trabalho com as condições do homem, diminuindo a carga externa;
oferecer máquinas, equipamentos e instalações buscando toda segurança; analisar o posto de
trabalho e suas instalações para que o trabalhador obtenha uma postura correta e fazer um
estudo da iluminação e ruído do local para atender as necessidades do trabalhador.
Segundo Serrano (2002) a aplicação da ergonomia deve ser considerada uma necessidade da
empresa moderna considerando alguns fatores:
- pode prevenir doenças músculo - ligamentares, lombalgias, tenossinovite, lesões por trauma
cumulativo (LTC), as quais reduzem a produtividade, geram afastamentos e criam problemas
trabalhistas graves para a empresa;
- permite trabalhar com conforto proporcionando um ambiente mais sadio aos funcionários,
podendo melhorar seu desempenho com ganhos na produtividade.
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De acordo com Rio e Pires (2001), dentro da ergonomia tem-se uma importante área que
estuda as medidas físicas do corpo humano, denominado de antropometria. A antropometria é
o ramo da Ergonomia que cria uma base para o desenvolvimento adequado dos postos de
trabalho.
Serrano (2002) diz que a antropometria é o estudo das medidas do corpo humano. Aborda
principalmente o estudo das dimensões lineares, diâmetros, pesos, centros de gravidade do
corpo humano e suas partes. Utilizam-se também nesta área, dados da biomecânica, estudando
ângulos, velocidade, aceleração, forças e espaços gerados por movimentos de partes do corpo
humano.
2.2.1 Posturas de trabalho
De acordo com Saliba (2004) a postura mais adequada para o trabalhador é aquela que pode ser
variada ao longo do tempo. Os trabalhadores não devem permanecer muito tempo em uma só
posição, pois isso poderá causar efeitos nocivos à saúde do trabalhador.
Segundo o mesmo autor, a postura sentada é indicada para trabalhos que exigem precisão, pois
o esforço de equilíbrio é reduzido. Algumas das vantagens são: diminui o cansaço dos
membros inferiores; evita posições forçadas do corpo; facilita a circulação nos membros
inferiores; e se gasta menos energia. Já as desvantagens são: sedentarismo e pode causar
problemas na região dorsal se não houver alternância de posição sentada e em pé, juntamente
com cadeira adequada.
Segundo Rio e Pires (2001) a ergonomia baseia-se no trabalhador proporcionando melhorias na
sua qualidade de vida. Portanto a postura escolhida para o trabalho deve ser adequada ao
conforto, eficiência e segurança do trabalhador.
2.2.2 Assento
Segundo Iida (2005) o assento não deve ser nem muito duro, porque provoca fadiga e dores na
região das nádegas, e nem muito mole, pois não permite o equilíbrio adequado do corpo.
Portanto o assento deve ser intermediário entre as duas situações citadas anteriormente, ou seja,
com uma leve camada de estofamento, fazendo com que se distribua a pressão e proporcione
maior estabilidade para o corpo, conseqüentemente diminuindo a fadiga e o desconforto. Esse
estofamento pouco espesso, de 2 a 3 cm, deve ser colocado sobre uma base bem rígida para
que não se afunde com o peso do corpo do usuário. O material para o revestimento do assento
deve ser anti-derrapante e ter capacidade de dissipar o calor e o suor gerados pelo corpo.
A altura do assento deveria ser regulável, entre 38,1 cm até 51,0 cm pelas medidas tabeladas, já
incluindo 3 cm correspondente a altura dos calçados. A largura deve adequar-se à largura
torácica do usuário, aproximadamente 40 cm. A profundidade deve ficar pelo menos 2 cm
afastada, para que a parte interna da coxa do usuário não seja comprimida. A largura do
assento deve ser de 40 cm e a profundidade útil de 38 a 44 cm. A figura 1 mostra quais são as
causas do mau dimensionamento do assento.
Segundo Soares (1999) quando a cadeira não permite que a pessoa apóie os pés no chão, a
solução é adotar um apoio para os pés, que serve para relaxar a musculatura e para melhorar a
circulação sanguínea nos membros inferiores.
Para Iida (2005), freqüentes mudanças de postura auxiliam na redução da fadiga, pois aliviam a
pressão nos discos vertebrais e as tensões dos músculos dorsais de sustentação. Assentos
desconfortáveis fazem com que o usuário mude de posição várias vezes durante a jornada,
sendo assim, assentos que permitem poucos movimentos não são recomendados. Nas jornadas
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de trabalho onde o empregado não tem possibilidade de troca de posição, recomenda-se
colocar três níveis diferentes de apoio para os pés, isso facilita a mudança de postura. Outra
opção para reduzir a fadiga é o encosto móvel.
Figura 1 – Problemas provocados por erros no dimensionamento de assentos (IIDA, 2005)
Segundo Grandjean (1998) do foco ortopédico e fisiológico é altamente recomendável a troca
das posições sentada e em pé durante a jornada de trabalho. A posição sentada causa fadigas
que podem ser reduzidas com a alternância de posições. O grupo de músculos que trabalham
em cada posição é diferente, sendo assim, essa troca de postura é acompanhada por mudanças
no abastecimento de nutrientes dos discos intervertebrais, influenciando na sua proteção.
2.2. Ruído
Grandjean (1998) diz que o ruído é um som incômodo. Já Iida (2005) cita que alguns
consideram o ruído como um estímulo auditivo que não possuem informações úteis para o
trabalho realizado. Mas ainda segundo ele, o ruído é uma mistura complexa de diversas
vibrações, medido em escala logarítmica, tendo como unidade de medida o decibel (dB).
De acordo com Rio e Pires (2001) o nível de pressão sonora determina a intensidade do som.
Segundo Grandjean (1998) a capacidade de percepção do ouvido a pressões sonoras é muito
grande, por isso criou-se o decibel que se apresenta em escala logarítmica em relação à pressão
sonora. Destaca ainda que quando a pressão sonora aumenta dez vezes, o valor do decibel
cresce em 20 unidades. De acordo com Saliba (2004) o nível de pressão sonora pode ser dado
pela Equação 1.
( (Equação 1)
onde: P é a Raiz Média Quadrática (RMS) das variações dos valores instantâneos de pressão
sonora e Po é a pressão de referência que corresponde ao limiar de audibilidade (2x10-5
N/m²).
Com esta equação demonstra-se que uma duplicação do nível de pressão sonora, ocorre um
aumento de 6 dB.
Saliba (2004) considera “o ruído como um fenômeno vibratório com características indefinidas
de variações de pressão em função da freqüência”.
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De acordo com Fantini Neto (2007) o som é resultante de compressões alternadas das
moléculas de um meio elástico, considerando o ar. Este mesmo autor define pressão sonora
como sendo a pressão sobre o ouvido humano da energia da vibração do som. Já a freqüência
pode ser definida como indicação da capacidade vibratória temporal de uma onda. Quanto
maior a freqüência, mais agudo é o som.
2.2.1 Normas Regulamentadoras
As principais normas que tratam de ruído ocupacional são:
Norma Regulamentadora NR 15: Atividades e Operações Insalubres, que abrange o ruído,
seus Limites de Tolerância e como deve ser medido o ruído.
Norma Regulamentadora NR 09: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais que trata
especificamente do Nível de Ação.
Norma de Higiene Ocupacional NHO 01: Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído.
Tem por objetivo estabelecer critérios e procedimentos para a avaliação da exposição
ocupacional ao ruído, que implique risco de surdez ocupacional.
2.2.2 Tipos de ruído e formas de medição de ruído
Os ruídos classificam-se em três tipos:
a) Ruído Contínuo: segundo Iida (2005) e Fantini Neto (2007) é aquele que ocorre
uniformemente durante toda a jornada de trabalho, ou seja, sem interrupções;
b) Ruído de Impacto ou Impulsivo: segundo Iida (2005), Fantini Neto (2007), a Norma de
Higiene Ocupacional NHO 01 e a Norma Regulamentadora NR 15 é aquele que possui picos
de energias com duração até 1 segundo e possui interrupções maiores que um segundo;
c) Ruído Intermitente: segundo Fantini Neto (2007) é o ruído que sofre interrupções com
duração máxima de 1 segundo.
Ressalvando que segundo as normas NHO 01 (BRASIL, 2001) e NR-15 (BRASIL, 2009b) são
classificados como ruído contínuo ou intermitente aquele que não seja ruído de impacto.
Segundo a NR-15 – Atividades e Operações Insalubres, no anexo n°.1, a medição do Ruído
deve ser feita próximo ao ruído do trabalhador, com instrumento de nível de pressão sonora
operando no circuito de compensação ”A” e circuito de resposta lenta (slow), devendo os
mesmos serem medidos em decibéis (dB), apresentada sob a forma de Equação 2 (BRASIL,
2009a).
NPS = 85-16,6096 x log (T/480) [dB] (Equação 2)
onde: NPS é o nível de ruído ou nível de pressão sonora e T a máxima exposição diária
permissível em minutos (SALIBA, 2004a).
Saliba (2004) diz que quando ocorrer a exposição ao ruído em dois ou mais períodos com
diferentes níveis de ruído, devem-se combinar seus efeitos. Esse fato se define como dose
equivalente de ruído ou efeitos combinados e pode ser calculado da seguinte forma:
(Equação 3)
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onde: Cn indica o tempo total em que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído
específico; e, Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível conforme a Tabela
de anexo da NR 15.
Segundo Fantini Neto (2007) é possível calcular um NPS único, chamado de Nível
Equivalente (Neq) ou Equivalent Level (Leq), o qual expressa o nível de ruído contínuo, ou
seja, que não é variável com o tempo. O Leq calcula-se conforme Equação 4.
Neq = Leq = 85+16,6096 log [(D * 480) / t] [dB] (Equação 4)
onde: Neq é o nível de equivalente, D é a dose e “t” é o tempo de exposição em minutos.
Segundo a NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, deve-se considerar também
o Nível de Ação (NA) como uma margem de segurança para pessoas mais sensíveis. No caso
do ruído o NA correspondente à dose de 0,5 (50% da exposição permitida) calculada conforme
Equação 4 mostrada anteriormente. A partir de uma dose correspondente a 0,5, deve-se tomar
medidas preventivas (BRASIL, 2009a).
Neq (NA) = 85+16,6096 log [(0,5 * 480) / t] [dB] (Equação 5)
Onde: Neq (NA) é o Nível de Equivalente considerando-se o Nível de Ação e “t” é o tempo de
exposição em minutos.
2.2.3 Instrumentos de medição
Segundo a NR-15 – Atividades e Operações Insalubres, os níveis de pressão sonora devem ser
medidos em decibéis (dB). As medidas devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador, o
instrumento de nível de pressão sonora deve operar na curva de compensação “A” e deve estar
no modo slow (resposta lenta) (BRASIL, 2009b).
Ainda conforme a mesma norma, os limites de tolerância relacionados ao tempo apresentam-se
na tabela 3. A equação que relaciona essas duas variáveis é:
NR = 85-16,6096 log (t / 480) [dB] (Equação 6)
onde NR é o nível de ruído e “t” é o tempo de exposição em minutos.
Nível de ruído, dB(A) Máxima exposição diária permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
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108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Tabela 3 – Limite de Tolerância para ruídos contínuos e intermitentes (BRASIL, 2009b).
De acordo com Saliba (2004), são utilizados como equipamentos de medição o decibelímetro
(medição em dB(A)), o dosímetro de ruído (configurado conforme norma regulamentadora
NR15) e o calibrador acústico para a calibração das medições antes e depois de o equipamento
ser utilizado.
2.2.4 Danos à saúde provocados pelo ruído
Segundo Iida (2005) a surdez é a conseqüência mais evidente do ruído. Existindo dois tipos de
surdez, a de condução resultante da diminuição da capacidade de transmissão de vibrações do
ouvido externo para o interno. Esta pode ser causada por acúmulo de cera, infecção ou
perfuração do tímpano. E existe também a surdez nervosa, localizada no ouvido interno devido
à redução da sensibilidade das células cóclea. Esta segunda ocorre em função de uma
prolongada exposição a ruídos intensos.
Ainda de acordo com Iida (2005) a surdez pode ser temporária ou permanente. A primeira
pode ser causada pela exposição de ruído com um nível elevado durante a jornada de trabalho,
que será reversível com o descanso diário. Já a surdez permanente ocorre devido efeito
cumulativo e depende de alguns fatores como freqüência, intensidade e tempo de exposição.
De acordo com Rio e Pires (2001) o ruído, quando inadequado, pode causar além de lesões no
aparelho auditivo, à fadiga auditiva, efeitos psicofisiológicos negativos como perturbação da
atenção e do sono, taquicardia e aumento da tensão muscular.
2.2.5 Medidas de prevenção e controle
Grandjean (1998) fala que o planejamento dos postos de trabalho também é uma medida de
prevenção. Saliba (2004) diz que as medidas de controle do ruído podem ser na fonte, na
trajetória e no homem.
Grandjean (1998) e Saliba (2004) colocam que o controle na fonte pode ser feito através da
substituição do equipamento por um mais silencioso, manutenção regulares (lubrificação e
regulagem de motores), redução de impactos, aplicação de material de modo que atenue
vibrações, entre outras.
O controle no meio ou amortecimento de som no ambiente, segundo Grandjean (1998), Rio e
Pires (2001) e Saliba (2004), pode ser feito com a utilização de placas de materiais absorventes
de sons (isolamento acústico).
De acordo com Saliba (2004) além do equipamento de proteção individual, como medida de
controle, também se pode limitar o tempo de exposição. O autor ainda ressalta que a utilização
de EPI não elimina o ruído, apenas diminui a intensidade do ruído, conforme sua atenuação.
Esse equipamento para ser eficaz deve ser usado de maneira correta, obedecendo ao seu limite
de atenuação, testado por órgão responsável.
Segundo Fantini Neto (2007) os protetores podem ser circum-auriculares (peças laváveis e de
reposição), e de inserção (moldáveis/não lavável e pré-moldados/lavável).
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Grandjean (1998) e Rio e Pires (2001) dizem que outra medida de controle são o exames
médicos periódicos. Grandjean diz que os exames audiométricos são muito importantes e
destaca que o objetivo dos mesmos é descobrir lesões devido ao ruído e são as bases pra
implantar medidas de segurança e introduzir a proteção individual aos ouvidos.
3. Metodologia
Foram escolhidas cinco estações tubo para serem analisadas neste artigo, pois com esse
número já é possível uma análise do objetivo proposto. Desta-se que todas elas encontram-se
no centro da cidade de Curitiba e que a jornada de trabalho dos cobradores nestes locais é de 6
horas diárias. A Figura 1 apresenta a foto de uma estação tubo encontrada na região
metropolitana. Ressalta-se que a foto é meramente ilustrativa, sendo que esta estação tubo da
foto não foi analisada.
Figura 1 – Foto de uma estação tubo da cidade de Curitiba
3.1 Metodologia empregada na análise ergonômica
A metodologia empregada consistiu na coleta dos dados nos diversos Postos de Serviço
através de um questionário que engloba perguntas sobre as condições diárias em sua jornada
de trabalho, coletando-se algumas medidas da cadeira e dispondo do diagrama de regiões
doloridas proposto por Corlett e Manenica apud Iida (2005) para futuras análises com
literaturas existentes. O questionário aplicado encontra-se na Figura 2.
3.2 Metodologia empregada na medição de ruído
Para a medição do ruído foi utilizado um dosímetro da marca Instrutherm, modelo DOS 500,
aferido com um calibrador da marca Instrutherm, modelo CAL-3000. O dosímetro foi
configurado conforme os parâmetros da NR 15, taxa de troca (q) de 5, resposta lenta (slow) e
nível de critério de 85 dB(A). O dosímetro e o calibrador acústico foram calibrados por uma
empresa cadastrada na Rede Brasileira de Calibração (RBC).
Na coleta de dados com o dosímetro foi registrada a porcentagem da dose de 70% da jornada
de trabalho, ou seja, nesse caso, como a jornada de trabalho é de seis horas, o período de
medição foi de 4 horas e 12 minutos. Após esse passo, foi feita uma projeção desta jornada de
70% para uma de 100% utilizando-se regra de três. Com a dose correspondente à jornada
inteira, obtém-se o nível equivalente de ruído, através da Equação 4, para uma possível
comparação com a tabela existente na NR 15 (Anexo 1 da mesma).
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O nível de ruído foi medido em todos os postos de trabalho, um a cada dia. O período do dia
analisado para o estudo é o da manhã, de segunda a sexta-feira. Após este procedimento,
compararam-se os 5 postos de trabalho.
Figura 2 – Questionário que engloba perguntas sobre as condições diárias da jornada de trabalho
4. Resultados e discussões
4.1. Análise do Posto de Serviço 1
4.1.1. Análise ergonômica
Após a observação do questionário proposto, foram obtidos alguns dados. Nesse posto em
questão, a película protetora nos vidros da estação existia somente em uma pequena parte.
Havia apoio para os pés, mas não foi utilizado no período observado. O estado da cadeira era
bom, mas não existia regulagem, por esse motivo foi obtida a altura do trabalhador que é de
1,62 metros. As demais medidas obtidas da cadeira foram: largura do assento: 44 cm;
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profundidade do assento: 33 cm; altura do encosto (até o assento): 39 cm; largura do encosto:
36 cm; Altura do chão até a parte superior do assento: 48 cm; e altura do vão: 10 cm.
Partindo-se das medidas obtidas da cadeira, baseado na NBR 13.962, a largura do assento está
dentro dos padrões gerais que deve ser de no mínimo 40 cm. A profundidade do assento não
se enquadra nos padrões, pois teria de possuir no mínimo 38 cm. A altura do encosto
enquadra-se como sendo normal, pois o mínimo seria de 35 cm. A largura do encosto deve
possuir no mínimo 40 cm para adequar-se à largura torácica do usuário, no caso não se
apresenta uma largura adequada. Em relação à altura do chão até a parte superior do assento, a
medida está dentro de um padrão regulável (38,1 a 51,0 cm), mas dependendo do usuário
pode causar dores musculares. O vão também não está adequado, pois deveria possuir no
mínimo 15 cm. Além disso, a cadeira não possui apóia-braço e também não é revestida de
material apropriado.
Segundo o diagrama de regiões doloridas, o trabalhador sente dores nas regiões 53 e 63 que
são correspondentes aos pés, num nível de desconforto 5. Esse tipo de dor pode ser
ocasionado, por exemplo, por um assento muito alto em relação ao trabalhador. Nesse caso, o
problema seria amenizado utilizando-se o apoio para os pés, existente no local, mas que não é
utilizado pelo trabalhador.
Em relação às medidas da cadeira não compatíveis com o padrão, como já observadas,
profundidade do assento, largura do encosto e altura do vão, a longo prazo, pode ocasionar
dores musculares, na região dorsal e principalmente nos membros inferiores.
4.1.2 Análise de ruído
O nível equivalente de ruído obtido foi de 63,02 dB(A), portanto não há exposição à agentes
nocivos e está descaracterizada a insalubridade do ambiente, segundo a conforme NR-15.
4.2. Análise do Posto de Serviço 2
4.2.1 Análise ergonômica
Nessa estação tubo existia a película protetora contra o sol apenas em uma pequena parte da
estação, não havia apoio para os pés, constatou-se que o estado da cadeira era bom, mas não
existia regulagem. Constatou-se que este trabalhador em questão, às vezes, fazia dois
expedientes. O usuário da cadeira possuía 1,62 metros de altura.
Observando-se as medidas obtidas da cadeira, baseado na NBR 13.962, a largura do assento
está dentro dos padrões gerais que deve ser de no mínimo 40 cm. A profundidade do assento
enquadra-se aos padrões, pois encontra-se entre os limites de 38 a 44 cm. A altura do encosto
teria de ser no mínimo de 35 cm. A largura do encosto deve possuir no mínimo 40 cm para
adequar-se à largura torácica do usuário, que no caso se apresenta como uma largura
adequada. Em relação à altura do chão até a parte superior do assento, a medida está dentro de
um padrão regulável (38,1 a 51,0 cm), mas dependendo do usuário, pode causar dores
musculares. O vão também não está adequado, pois deveria possuir no mínimo 15 cm.
Esse trabalhador apontou no diagrama de regiões doloridas os locais 35, 45, 51 e 61 que
correspondem respectivamente aos quadris e coxas, com nível de desconforto 5 para os
quadris e 6 para as coxas. Nesse caso as dores poderiam ser amenizadas através do apoio para
os pés. Como a cadeira não possuía regulagem, o assento tornava-se muito alto para uma
pessoa com essa estatura, causando dores nos quadris e principalmente nas coxas.
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Em relação às não conformidades das medidas obtidas da cadeira, que são altura do encosto e
vão, apesar do primeiro estar próximo à medida indicada, o trabalhador pode vir a sentir dores
na região dorsal a longo prazo.
4.2.2 Análise de ruído
O nível equivalente de ruído obtido foi de 64,17 dB(A), portanto não há exposição à agentes
nocivos e está descaracterizada a insalubridade do ambiente, segundo a conforme NR-15.
4.3 Posto de Serviço 3
4.3.1 Análise ergonômica
Nesse posto analisado não existe nenhuma película protetora contra o sol, também não existe
a presença de apoio para os pés, o estado da cadeira é bom e a cadeira possui regulagem, logo
se ameniza a falta de apoio para os pés.
Obtendo-se as medidas da cadeira, baseado na NBR 13.962, a largura do assento está dentro
dos padrões gerais que deve ser de no mínimo 40 cm. A profundidade do assento enquadra-se
aos padrões, pois se encontra entre os limites de 38 a 44 cm. A altura do encosto teria de ser
no mínimo de 35 cm e no máximo 50 cm de altura, apresentando medidas dentro do limite
indicado. A largura do encosto deve possuir no mínimo 40 cm para adequar-se à largura
torácica do usuário, no caso se apresenta como uma largura adequada. Em relação à altura do
chão até a parte superior do assento, a medida encontra-se dentro do estabelecido pela
literatura, que seria num intervalo de 38,1 até 51 cm, isso já incluindo o solado do calçado do
usuário.
Em relação ao diagrama de regiões dolorosas o trabalhador diz não ter queixa sobre dores.
Sua única reclamação é em relação ao pouco espaço que há entre a cadeira e a catraca. A
cadeira, nesse caso, mostra-se em perfeitas condições para o usuário, pois possui suas
medidas dentro de um padrão indicado e, segundo o trabalhador, não causa dores musculares
ao final da jornada de trabalho.
4.3.2 Análise de ruído
O nível equivalente de ruído obtido foi de 64,86 dB(A), portanto não há exposição à agentes
nocivos e está descaracterizada a insalubridade do ambiente, segundo a conforme NR-15.
4.4 Posto de Serviço 4
4.4.1 Análise ergonômica
A estação tubo em questão não possui película protetora contra o sol, possui apoio para os
pés, mas não foi utilizado no período de observação. A cadeira encontra-se em mau estado e
não possui regulagem. A altura do cobrador é de 1,83 metros.
Analisando-se as medidas da cadeira, baseado na NBR 13.962, a largura do assento está
dentro dos padrões gerais que deve ser de no mínimo 40 cm. A profundidade do assento
enquadra-se aos padrões, pois se encontra entre os limites de 38 a 44 cm. A altura do encosto
é maior que o limite mínimo de 35 cm. A largura do encosto deve possuir no mínimo 40 cm
para adequar-se à largura torácica do usuário, no caso não se apresenta como uma largura
adequada. Em relação à altura do chão até a parte superior do assento, a medida está dentro de
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um padrão regulável (38,1 a 51,0 cm), mas dependendo do usuário pode causar dores
musculares. O vão não está adequado, pois deveria possuir no mínimo 15 cm.
As regiões indicadas no diagrama pelo trabalhador foram as 33 e 43, correspondentes ao
dorso médio, com nível de desconforto de 3. Fato justificado pelas medidas da largura do
encosto e vão possuírem dimensões menores que as indicadas. Medida corretiva seria colocar
um encosto mais largo e mais alto.
4.4.2 Análise de ruído
O nível equivalente de ruído obtido foi de 64,38 dB(A), portanto não há exposição à agentes
nocivos e está descaracterizada a insalubridade do ambiente, segundo a conforme NR-15.
4.5 Posto de Serviço 5
4.5.1 Análise ergonômica
A estação tubo em questão possui película protetora contra o sol, não possui apoio para os
pés, o estado da cadeira é ruim, além de não possuir regulagem. A altura do cobrador é de
1,78 metros.
Partindo-se das medidas da cadeira pode-se concluir, baseado na NBR 13.962, a largura do
assento está dentro dos padrões gerais que deve ser de no mínimo 40 cm. A profundidade do
assento enquadra-se aos padrões, pois se encontra entre os limites de 38 a 44 cm. A altura do
encosto está dentro do limite indicado (35 a 50 cm). A largura do encosto deve possuir no
mínimo 40 cm para adequar-se à largura torácica do usuário, no caso se apresenta como uma
largura adequada. Em relação à altura do chão até a parte superior do assento, a medida está
dentro de um padrão regulável (38,1 a 51,0 cm), mas dependendo do usuário, pode causar
dores musculares. O vão também está adequado, pois o limite mínimo é de 15 cm.
No diagrama de regiões dolorosas, foram indicadas as regiões 34, 44, 35 e 45, que
correspondem respectivamente ao dorso inferior e aos quadris. O nível de desconforto
apontado foi de 3 para todas as regiões indicadas.
Apesar da cadeira atender aos limites toleráveis em relação às dimensões, o trabalhador
declarou muitas reclamações quanto à mesma, sendo que tal produto apresenta uma fina
camada de estofamento que causa muito desconforto. Para amenizar tal incômodo, o
trabalhador utiliza uma almofada sobre o assento.
4.5.2 Análise de ruído
O nível equivalente de ruído obtido foi de 71,78 dB(A), portanto não há exposição à agentes
nocivos e está descaracterizada a insalubridade do ambiente, segundo a conforme NR-15.
4.6 Discussões gerais
4.6.1 Análise ergonômica
Analisando-se todos os dados coletados, nota-se que não só as dimensões da cadeira são
importantes, mas também o nível de conforto que a cadeira proporciona. A região dos quadris
foi a mais apontada pelos trabalhadores, segundo o diagrama de regiões dolorosas utilizado.
A regulagem da cadeira mostra-se como um item muito importante, que ajudaria a causar
muitas dores musculares nos membros inferiores. Nota-se também que a cadeira do posto de
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trabalho 3 está dentro dos padrões de dimensões e tem um conforto que atende às
necessidades do usuário. Apesar do espaço entre cadeira e catraca ser reduzido, as dores são
amenizadas, tendo-se a assim uma grande vantagem.
Em relação ao questionário utilizado, ressalta-se que o mesmo detectou um grande
desconforto em relação aos postos de trabalhos, conforme relatos dos trabalhadores. A maior
reclamação apontada foi o desconforto do assento e o desconforto em relação à sensação
térmica (que neste artigo não foi considerada), pois o local não é adaptado à baixas e nem a
altas temperaturas. A presença de película abordada na ficha de inspeção, segundo os
trabalhadores, não faz diferença quando há presença de sol intenso.
A maioria dos trabalhadores colaborou com a pesquisa justamente pelo fato de sentirem muito
incômodo em relação ao assento e estarem cientes que essas dores são provenientes da cadeira
onde passam sua jornada de trabalho. Em apenas um dos cinco postos analisados, o
trabalhador estava satisfeito com a cadeira, não sentindo dores ocasionadas por ela, mas
reclamou da disposição da cadeira em relação à mesa de cobrança. No digrama de regiões
dolorosas preenchido, com exceção de um trabalhador que relata não sentir dores, todos os
outros sentem um índice de desconforto igual ou acima de 3. Isso comprova que o maior
problema dos postos de trabalho de estações tubo realmente é o desconforto.
4.6.2 Análise de ruído
Os níveis de ruído equivalente obtidos encontraram-se todos abaixo do limite estabelecido
pela norma NR-15 (85 dB(A) pra 8 horas de trabalho). A mesma observação pode ser feita
para a dose de ruído que também foi calculada para todos os postos de trabalho e a mesma,
em todos os casos apresentou valorores menores que 1, o que significa que os postos de
trabalho não apresentaram condições insalubres, conforme NR 9.
Foi coletado como informação também que todos os entrevistados fazem exames de
audiometria uma vez ao ano, e quando há mudança de cargo, admissional e demissional.
5. Conclusões
Conforme todas as análises e resultados apresentados, os cobradores de estações tubo de
Curitiba, possuem uma situação não muito confortável em questões ergonômicas. Ressalta-se
que apenas em uma estação tubo, o trabalhador não sente dores musculares. Isto comprova que
é possível padronizar essa situação para todos os postos, fazendo com que as dores musculares
sejam amenizadas ou até mesmo extintas, aumentando o conforto, para que no futuro muitas
lesões possam ser evitadas. Em outra estação, constatou-se o uso de uma almofada durante a
jornada, sendo que tal fato pode causar dores lombares. Recomenda-se, nesses casos, em que a
cadeira não é confortável e as reclamações são muitas, a alternância de posições sentada e em
pé, mesmo que a posição em pé seja apenas para descanso. Também se recomenda
alongamentos para relaxamento dos músculos e redução das dores.
No caso do agente ruído, não há problemas. A situação encontra-se de acordo com a norma.
Os níveis variam de acordo com o local, ressaltando que o ruído de fundo influencia muito na
dose obtida pelo aparelho, principalmente quando há próximos cruzamentos e avenidas de
grande fluxo de veículos motorizados. Nesse caso como os postos de trabalho atendem tanto
a NR-15 como a NR-9, não foram previstas medidas corretivas.
Referências
BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego. Norma de Higiene Ocupacional-NOH01, FUNDACENTRO,
2001.
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BRASIL, Ministério do Trabalho. Norma Regulamentadora NR-9. Manual de Legislação Atlas. 63ª. Edição,
2009a.
BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego. Norma Regulamentadora NR-15 – Atividades e Operações
Insalubres. Segurança e Medicina do Trabalho - Manual de Legislação Atlas. 63ª. Edição, 2009b.
RIO, R. P.; PIRES, L. Ergonomia: fundamentos da prática ergonômica, 3ª Ed., São Paulo: LTr, 2001.
FANTINI N., R. Apostila de Higiene do Trabalho – Introdução, ruído e vibrações, Apostila do Curso de Eng. e
Segurança do Trabalho da UTFPR, Curitiba, PR, 2007.
GRANDJEAN, E. Manual de Ergonomia, 4ª Ed., 1998.
IIDA, I. Ergonomia Projeto e Produção. 2ª Edição Revisada e Ampliada. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
SALIBA, T. M. Curso Básico de Segurança e Higiene Ocupacional, 1ª Ed., São Paulo: Ltr, 2004.
SERRANO, R.C. Relatório de Riscos Ergonômicos. 2002. 32. Dissertação (Setor de Coordenação de Segurança
no Processo de Trabalho) – FUNDACENTRO, São Paulo, 2002.
SOARES, F. C. Otimização do Ensino da informática Através da Aplicação dos Conceitos de Ergonomia no
Ambiente Físico. 1999.