ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO EM CASAS...

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1 Av. Almirante Barroso 22 - Salas 803/804 - Centro - Rio de Janeiro - CEP: 20.031-002 (21)2524-4566 / (21)2292-0806 - [email protected] ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO EM CASAS LOTÉRICAS 1 INTRODUÇÃO: A Casa Lotérica é uma unidade que comercializa todas as loterias federais, os produtos assemelhados e atua na prestação de todos os serviços delegados pela Caixa Econômica Federal - CEF. A Casa Lotérica é uma espécie de franquia, que para conseguir participar do sistema é necessário vencer uma licitação. No Brasil, até a década de 60, administração das lotéricas era feita por particulares, selecionados por licitação pública, sendo que o prazo de duração da concessão era de 05 anos. Em 1961, o então presidente Jânio Quadros determinou a União como única competente para legislar sobre o sistema de sorteios e a CEF como exploradora exclusiva das loterias. Atualmente, as Unidades Lotéricas são classificadas em dois grupos: Casa Lotérica Instalada em qualquer município; e Unidade Simplificada de Loterias (USL) instalada apenas nos municípios onde não exista outra unidade lotérica. Os serviços delegados pela CEF para a Casa Lotérica são: o recebimento de contas de concessionárias (água, luz e telefone), carnês, prestações, faturas e documentos de diversos convênios, os serviços financeiros como correspondentes da CEF autorizados pelo Banco Central e os Pagamentos dos Benefícios da Rede de Proteção Social, com o objetivo de favorecer a população, propiciando maior comodidade. Além disso, existe a venda de créditos de operadoras de telefonia móvel. No passado as casas lotéricas realizavam apenas a venda de bilhetes lotéricos, no entanto aumentaram substancialmente o volume de suas atividades devido ao convênio firmado entre estes estabelecimentos e a Caixa Econômica Federal. Neste convênio, as lotéricas passaram a desempenham atividades típicas de instituições financeiras, tais como: recebimento de tarifas públicas (água, luz, telefonia, gás e etc), pagamento de serviços sociais, saques, depósitos em conta corrente, poupança e aplicações financeiras, entre outros volumes de recursos movimentados.

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ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO EM CASAS LOTÉRICAS

1 – INTRODUÇÃO:

A Casa Lotérica é uma unidade que comercializa todas as loterias federais, os produtos

assemelhados e atua na prestação de todos os serviços delegados pela Caixa Econômica Federal

- CEF.

A Casa Lotérica é uma espécie de franquia, que para conseguir participar do sistema é necessário

vencer uma licitação.

No Brasil, até a década de 60, administração das lotéricas era feita por particulares, selecionados

por licitação pública, sendo que o prazo de duração da concessão era de 05 anos.

Em 1961, o então presidente Jânio Quadros determinou a União como única competente para

legislar sobre o sistema de sorteios e a CEF como exploradora exclusiva das loterias.

Atualmente, as Unidades Lotéricas são classificadas em dois grupos:

Casa Lotérica – Instalada em qualquer município; e

Unidade Simplificada de Loterias (USL) – instalada apenas nos municípios onde não exista outra

unidade lotérica.

Os serviços delegados pela CEF para a Casa Lotérica são: o recebimento de contas de

concessionárias (água, luz e telefone), carnês, prestações, faturas e documentos de diversos

convênios, os serviços financeiros como correspondentes da CEF autorizados pelo Banco Central

e os Pagamentos dos Benefícios da Rede de Proteção Social, com o objetivo de favorecer a

população, propiciando maior comodidade. Além disso, existe a venda de créditos de operadoras

de telefonia móvel.

No passado as casas lotéricas realizavam apenas a venda de bilhetes lotéricos, no entanto

aumentaram substancialmente o volume de suas atividades devido ao convênio firmado entre

estes estabelecimentos e a Caixa Econômica Federal.

Neste convênio, as lotéricas passaram a desempenham atividades típicas de instituições

financeiras, tais como: recebimento de tarifas públicas (água, luz, telefonia, gás e etc), pagamento

de serviços sociais, saques, depósitos em conta corrente, poupança e aplicações financeiras, entre

outros volumes de recursos movimentados.

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A atividade dos caixas de uma casa lotérica, tornou-se semelhante aos dos caixas bancários, onde

consiste em operar terminais on line em jornadas de trabalho de 6 a 8 horas e que envolve grande

potencial de risco ergonômico.

Ciente dos riscos gerados nestas atividades foram encaminhados diversos ofícios aos órgãos

competentes, Ministério do Trabalho e Emprego e Câmaras Muinicipais de diversas cidades de

São Paulo, com o intuito da melhoria do ambiente de trabalho e preservação da saúde dos

trabalhadores deste setor, além da preocupação com a segurança patrimonial que gera alto

estresse e medo, podendo causar doenças relacionadas às atividades como transtornos

psicológicos.

Os objetivos deste estudo é a apresentação de como foi realizado cada análise ergonômica dos

postos de trabalho das casas lotéricas visitadas e a consolidação dessas análises ergonômicas

realizadas nas 10 (dez) casas lotéricas vistoriadas, situadas no Estado de São Paulo.

As lotéricas escolhidas estão situadas em diversos pontos comerciais, com a finalidade de observar

diferentes características, foram selecionados locais como: aeroporto, supermercado, loja de bairro,

loja de centro da cidade, terminal rodoviário, mercado popular e posto de gasolina.

2 - Conceitos Empregados:

O termo ergonomia formado pelas palavras do grego ergon (trabalho) e nomos (regras, leis), foi

proposto em 1857 pelo naturalista polonês Woiitej Yastembowski, usado pela primeira vez em 1949

pelo inglês Murrel e adotado oficialmente nesse mesmo ano pela Ergonomics Research Society, da

Inglaterra.

Do ponto de vista técnico, entende-se por ERGONOMIA o conjunto de parâmetros que devam ser

estudados e implantados de forma a permitir a adaptação das condições de trabalho às

características físicas, psíquicas e cognitivas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um

máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, sem que o trabalho ou o ambiente

venham a ser fontes de doenças.

Dentro do contexto, é importante saber que a intervenção ergonômica depende da problemática a

ser estudada, ou seja, que ela é orientada pelos fatores de risco existentes nos postos de trabalho.

Citamos aqui alguns dos aspectos que a ergonomia engloba enquanto intervenção:

Posturas e movimentos

Antropometria

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Dispositivos, equipamentos, controles e mostradores

Levantamento e carregamento de peso

Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT)

Arranjo físico (layout)

Organização do trabalho

Fatores de exposições ambientais

Trabalho em turnos e noturno

Condições ambientais

Psicológicos (emocionais e cognitivos)

Informacionais, psicofisiológicos, cognitivos (captados pelos sentidos e processados pelo

cérebro)

Para os nossos estudos devemos considerar os fatores e as características que podem interferir

para que a atividade desempenhada num determinado posto de trabalho provoque maior ou menor

intensidade de desgaste ao trabalhador, em função das cargas exigidas por aquela atividade.

Estes fatores são os seguintes:

A ergonomia tem 5 grandes áreas aplicadas ao trabalho, são elas:

Área 1 - Ergonomia no Esforço Físico - trata-se de planejar o sistema de trabalho em atividades

pesadas, ou seja, atividades de alto dispêndio energético, no sentido de que não sejam

fatigantes; a fadiga decorrente da atividade fisicamente pesada é aquela que vem com acúmulo

Posto de Trabalho

População

Trabalhadora

Organização

do Trabalho

Análise Ergonômica

Ambiente Físico

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de ácido lático no sangue, com a possibilidade de acidose metabólica; nesta área da

ergonomia, também estudamos o trabalho em ambientes de altas temperaturas, devido à

enorme freqüência com que o trabalho pesado é complicado pelas condições adversas de

temperatura do ambiente, analisamos a movimentação manual de materiais, o confinamento,

pressão e transporte de carga.

Área 2 – Biomecânica Ocupacional - biomecânica significa o estudo dos movimentos humanos

sob a luz da mecânica; esta é, sem dúvida, a área de maior aplicação prática da ergonomia em

relação ao trabalho. Nesta área estudamos a coluna vertebral humana e a prevenção de

lombalgias; as posturas no trabalho e a prevenção da fadiga e outras complicações; a

mecânica dos membros superiores e as causas de tenossinovites e outras lesões por traumas

cumulativos e ainda, estudamos o que acontece com o ser humano quando trabalha na

posição sentada.

Área 3 – Antropometria Funcional - através da antropometria, pode-se medir as dimensões

humanas e seus ângulos de conforto e desconforto, e com base nisso, planejar postos de

trabalho corretos, tanto para se trabalhar sentado quanto para se trabalhar de pé e semi-

sentado, tanto para o trabalho leve como para o trabalho pesado, etc...Como regra básica, a

ergonomia se contenta quando se consegue planejar um posto de trabalho/condição de

trabalho que atenda a 90% da população, e para isso, o conhecimento do padrão antropológico

da população trabalhadora se constitui em item fundamental.

Área 4 - Prevenção do Estresse Psíquico no Trabalho - a ergonomia atua na prevenção da

fadiga física e da fadiga psíquica; neste caso, procura-se entender a fundo por quê o

trabalhador entra em fadiga, e a ergonomia propõe regras capazes de diminuir ou compensar

os fatores de tal sobrecarga.

Área 5 – Ergonomia Cognitiva na Prevenção do Erro Humano- é uma área que procura adotar

as medidas necessárias para que o indivíduo acerte no seu trabalho. Naturalmente, nem toda

forma de erro humano é devida a condições cognitivas ergonômicas adversas, porém elas

constituem em causa relativamente freqüente de erro humano; e conhecer as regras

norteadoras para aumentar a confiabilidade humana no desenho de painéis e de demais

elementos do posto de trabalho se constitui mandatório, principalmente quando a ocorrência de

erro pode originar tragédias, por exemplo, na condução de aeronaves ou mesmo na supervisão

do funcionamento de uma planta química perigosa.

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O Parecer Ergonômico é a apreciação preliminar do Posto de Trabalho, do Ambiente e da Tarefa,

objetivando detectar possíveis riscos e desconfortos ao trabalhador. Os problemas são

classificados, criticados e apresentados para priorização de soluções ou conhecimento do grau de

risco ergonômico.

3 - Demanda do Trabalho

Para cada casa lotérica visitada foi elaborado um documento intitulado Laudo Técnico Ergonômico

que teve por finalidade não só atender as exigências legais da NR-17, como também, identificar as

condições de trabalho nas dependências da Casa Lotérica de modo a estabelecer parâmetros que

permitam a adaptação destas condições às características psicofisiológicas dos trabalhadores,

proporcionando um máximo conforto, segurança e desempenho eficiente.

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga

de materiais, aos movimentos repetitivos, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições

ambientais dos postos de trabalho e a própria organização do trabalho.

O estudo foi embasado, na NR-17 – Ergonomia (Anexo 1), Portaria nº. 3.751 de 23 de Novembro

de 1990 do MTE, visando identificar os possíveis fatores de risco para saúde ocupacional dos

trabalhadores, buscando melhorar qualidade de vida e diminuir quadros de distúrbios desses

trabalhadores.

4 - Informações das Lotéricas Visitadas:

Para cada unidade vistoriada foram levantados as seguintes informações:

Razão Social:

Endereço:

CEP:

Telefone:

CNPJ:

CNAE:

Atividade Principal: Casas lotéricas

Grau de Risco:

Número de empregados:

5 - Desenvolvimento da Ação Ergonomizadora:

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5.1 - Análise Macroergonômica:

a) Conceito:

• A macroergonomia é uma abordagem sistêmica que surge como um campo que enfatiza a

interação entre os contextos organizacional e psicossocial de um sistema . Sua aplicação promove

interações no contexto social e organizacional com vista à melhor adequação de processos e

concepção de novos sistemas. A visão macro da ergonomia atual focaliza o homem, a

organização, o ambiente e a máquina como um sistema mais amplo, deixando de se restringir

somente a questões do posto de trabalho. O propósito de especialistas em macroergonomia é

otimizar a produtividade através do reconhecimento de efeitos das interações sistêmicas entre os

indivíduos e os dispositivos de trabalho, nas suas variáveis ambientais, tecnológicas e

interpessoais.

b) Foco da macroergonomia:

• O foco da macroergonomia é identificar produtos, processos, condições ambientais e condições

psicossociais associados com algum prejuízo, e, então, implementar uma abordagem sistemática

para avaliar este prejuízo. O objetivo final é desenvolver um plano de ação para reduzir ou

preferivelmente eliminar este prejuízo.

c) Aplicação do método participativo:

• A ergonomia participativa tem sido considerada a abordagem mais apropriada e mais aplicada

dentro do contexto da macroergonomia, tendo-se firmado como a nova tecnologia para

disseminação da ergonomia. Além disso, o principal conceito por trás desta abordagem é o de que

a ergonomia existe na medida em que as pessoas estão envolvidas na sua utilização. A ergonomia

participativa procura exatamente envolver vários níveis organizacionais na identificação, análise e

solução de problemas, principalmente os problemas ergonômicos. Assim a ergonomia participativa

constitui em uma estratégia para estimular a participação, pois o envolvimento dos trabalhadores

em resolver os problemas ergonômicos pode gerar maior confiança, interesse e experiência,

levando-os a enxergar e resolver problemas relacionados ao seu trabalho, muitas vezes

dispensando a presença de especialistas.

d) Amplitude do programa:

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• Um programa de ergonomia deve identificar, monitorar e alterar quaisquer situações que

comprometam a qualidade de vida do trabalho. A meta é a estabilidade dos sistemas humano e

técnico que, em decorrência, garantem a qualidade de vida, da produção e dos produtos

fabricados. A partir do momento que o programa tem bem definidos suas metas e os meios para

alcançá-las, pode dispor de elementos de auto-avaliação que venham garantir a atividade e

continuidade da ergonomia.

e) Avaliação do desempenho:

• Existem protocolos para facilitar o levantamento de dados e medir o desempenho em postos de

trabalho, principalmente para avaliar os riscos de LER/DORT (check-list´s, Corlett, Rodgers, etc).

Fluxograma da Ação Ergonomizadora:

6 - Métodos e Metodologia utilizada

Abaixo relatamos os métodos e metodologias utilizadas para análise técnica ergonômica das

funções existentes na empresa, enfatizando os focos da ergonomia, com base nos seguintes

fatores: Organização do trabalho, Posto de trabalho, População Trabalhadora e Ambiente Físico.

Diagnose Ergonômica

das disfunções do SHTM

Apreciação Ergonômica

das disfunções do SHTM VALIDADO?

DISFUNÇÃO

VALIDADO?

DISFUNÇÃO

Aval. Erg. dos Custos

Humanos da Tarefa VALIDADO?

DISFUNÇÃO

N N N

S

S

S

S

S

S

Problematização

do SHTM

Sistematização do

SHTM

Parecer

Ergonômico

Sugestões de

Melhoria

Análise Ambiental

da Tarefa

Perfil e Voz dos

Operadores

Diagnóstico

Ergonômico

Recomendações

Ergonômicas

Análise

Comportamento.

da Tarefa

Explicitação dos

Constrangimentos

Análise de

medidas e índices

Quadro de

Custos Hum.

Análise

Macroergonômica

II

II

II I

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6.1 - Análise da Organização do Trabalho

Métodos utilizados: Entrevista informal e observação.

Metodologia: A análise da organização do trabalho teve como objetivo conhecer o sistema de

funcionamento, a jornada de trabalho das funções, ritmo de trabalho, as pausas utilizadas,

necessidades fisiológicas, enriquecimento da tarefa e as necessidades referidas pelos funcionários.

Uma entrevista formal foi realizada ao início do trabalho antes de iniciar as atividades em campo,

tendo como objetivo a coleta de dados referente à organização do trabalho, esta reunião foi

realizada com o rersponsável da Casa Lotérica.

Entrevistas informais foram realizadas junto aos funcionários, que puderam relatar o funcionamento

de sua atividade, como também seus relatos pessoais e específicos quanto ao serviço em análise.

6.2 - Análise do Posto de Trabalho

Métodos utilizados: Observação, medições, entrevista informal, fotos, filmagens, ferramentas

complementares.

Metodologia: A análise do posto de trabalho foi realizada estudando as ferramentas de trabalho, o

mobiliário, as dimensões e o posicionamento em relação ao funcionário.

6.3 - Análise da População Trabalhadora

Métodos utilizados: Entrevista informal, observação, avaliação biomecânica, fotos, filmagens.

Metodologia: A avaliação biomecânica foi realizada com intuito de avaliar os movimentos e

posturas assumidas durante o trabalho, além de amplitude de movimentos, uso de força e

repetitividade.

Um questionário foi aplicado com intuito de coletar dados organizacionais e dados relacionados a

quadros de dor e sensações físicas e mentais.

É importante salientar que o funcionário tem a liberdade de escolha em opções de respostas, em

percentual final analisamos a possível veracidade das respostas e reais necessidades dos

funcionários para gerar recomendações.

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6.3.1 - Modelo de Questionário Utilizado:

Setor: _________________________ Função: ___________________________

Faixa Etária: ( ) 20 a 30 anos ( ) 30 a 40 anos ( ) 40 a 50 anos ( ) 50 anos ou mais

1-Marque com X os tópicos que identificam sentir durante o trabalho (Com freqüência):

( ) Cansaço mental ( ) Sono ( ) Dor de cabeça

( ) Cansaço físico ( ) Pressão por produtividade ( ) Ansiedade

( ) Nervosismo ( ) Dores no corpo ( ) Tensão muscular

( ) Irritabilidade ( ) Outros

2- Marque a região do corpo que sente dor e/ou desconforto:

FRENTE COSTAS

3- Dê sugestões sobre o que pode ser melhorado para melhorar sua qualidade de vida e para facilitar

o trabalho:

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6.4 - Análise do Ambiente Físico

Métodos utilizados: Observação, medições ambientais, entrevista informal.

Metodologia: A análise do ambiente físico foi realizada observando disposição e tipo de

iluminação, tipo de piso e paredes, higienização, ventilação, cores e medições ambientais por uso

de aparelho.

Foi utilizado o aparelho de medição ambiental - Modelo: Aparelho Multifuncional Digital Instrutherm

– Mod. THDL - 400 (Luxímetro, decibelímetro, termômetro, higrômetro), com certificado de

calibração atualizada.

As medições ambientais foram realizadas no mês de Março de 2013; as condições de medições

são relatadas no tópico relacionado – Ambiente Físico.

6.5 - Recomendações e Sugestões

Ao final da análise de cada função, as recomendações e sugestões são apontadas com objetivo de

melhorias para prevenção à saúde do trabalhador, buscando alcançar o conforto, a segurança e a

eficiência do mesmo.

As recomendações e sugestões são classificadas quanto à necessidade de adaptações, níveis de

ação a curto, médio e longo prazo através de sinalização, como exposto no quadro abaixo:

Classificação quanto ao nível de ação

Ações em curtíssimo prazo – Altíssimo Risco Ergonômico

Ações em curto prazo – Alto Risco Ergonômico

Ações em médio prazo – Médio Risco Ergonômico

Ações em longo prazo – Baixo Risco Ergonômico

Detalhamos abaixo os riscos relatados, classificados em quatro (04) grupos:

Altíssimo Risco Ergonômico – Probabilidade altíssima de gerar doenças do trabalho

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Alto Risco Ergonômico – Probabilidade alta de gerar doenças do trabalho

Médio Risco Ergonômico – Probabilidade média de gerar doenças do trabalho

Baixo Risco Ergonômico – Baixa probabilidade de gerar doenças do trabalho

As variáveis que podem gerar doenças ocupacionais são diversas, dentre elas:

Biotipo (Idade, preparo físico, características corporais como altura, tamanho do membro

superior,...);

Tempo de trabalho;

Atividades realizadas anteriormente;

Atividades extra - profissionais;

Fatores Hereditários;

Doenças pregressas,...

A combinação de riscos existentes em um posto de trabalho, a postura do trabalhador, a

organização do trabalho e o ambiente físico podem levar quadros de risco a saúde do trabalhador.

As recomendações gerais, ou seja, comuns às funções, foram listadas ao final da análise de cada

função ou grupo homogêneo analisado.

7- Dados Organizacionais:

Em cada uma das localidades visitadas foram obtidos as seguintes informações, resultado de

entrevistas formais com os empregados, supervisores e proprietários das Casas Loréricas.

Segue abaixo um exemplo de uma das unidades vistoriadas:

Programas em Saúde e Segurança do Trabalho aplicados na empresa

- Treinamento periódico do plano de emergência do aeroporto ministrado pelos profissionais do próprio

aeroporto.

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Análise da Organização do Trabalho

Horário de

Funcionamento

(aberto ao público)

07h00 às 19h00 de segunda-feira a sexta-feira

07h00 às 13h00 aos sábados

Jornada de

Trabalho

06h30min – 15h30min - de segunda-feira a sexta-feira

09h00 – 19h00 - de segunda-feira a sexta-feira

10h00 – 19h00 - de segunda-feira a sexta-feira

Existe revezamento dos horários e escalas aos sábados.

Ritmo de trabalho

O ritmo de trabalho é acelerado, podendo aumentar nos dias de pico, em média

são realizados cerca de 600 atendimentos, nos dias de pico pode-se chegar em

até 900 atendimentos.

Além da grande quantidade de atendimentos existe o estresse e a pressão para

que não exista diferença de dinheiro no caixa, pois pode ser descontado do

salário das funcionárias.

A contagem e conferência do dinheiro são realizadas manualmente.

Rodízio de Funções

Não há rodízio de funções, somente revezamento dos horários.

Necessidades

fisiológicas

As funcionárias têm liberdade para pausas para realização de necessidades

fisiológicas e hidratação, no entanto no período entre 07h00 às 09h00 as

funcionárias ficam impossibilitadas de sair, pois apenas uma delas está

trababalhando neste horário que possui grande quantidade de atendimentos.

Micropausas e

Pausas

As micropausas não são pré-determinadas, mas há realização de micropausas

em períodos de espera de matéria-prima e em necessidade de manutenção.

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Há 1 pausa de 15 minuntos para o café.

A pausa para período de alimentação tem duração de 60 minutos.

Pausa diária total: 75 minutos.

Faltas dos

funcionários

Em casos de falta ao trabalho, as demais funcionárias ficam sobrecarregadas,

pois elas precisam aumentar o número de atendimentos para suprir a demanda.

Período para

alimentação

A pausa para período de alimentação tem duração de 60 minutos. Existem 3

diferentes períodos para a alimentação das 11h00 às 12h00, das 12h00 às 13h00

e das 13h00 às 14h00.

Benefícios

Ticket alimentação

Vale Transporte

Porcentagem na venda de bolões (tipo de jogo lotérico)

8 - Setor Analisado: Guichê de Atendimento

8.1- Função Analisada: Operadora de Caixa

Descrição da Função

- Atender clientes, organizar e limpar o setor de trabalho, realizar todas as transações da casa lotérica

(jogos lotéricos, saques, pagamento de contas, venda de crédito de telefonia móvel, etc).

Análise do Posto de Trabalho

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Guichê de

Atendimento

A empresa possui no total 3 guichês de atendimento, onde nenhum deles é

blindado.

A fila é única para os 3 guichês, sendo que existe uma fila para atendimento

preferencial (gestantes, idosos, deficientes e pessoas com crianças de colo). Os

guichês possuem uma abertura onde são realizadas as transações da casa

lotérica, neste local são depositados os bilhetes, boletos, dinheiro, etc. Além disso,

existe entre os vidros, uma fenda para ser realizada a comunicação oral entre

cliente-operadora de caixa.

As bancadas de trabalho são feitas em madeira, dispostas conforme figura abaixo

com uma angulação de aproximadamente 45º, possui borda anterior arredondada

somente na bancada do guichê. A bancada menor é utilizada apenas para apoiar o

monitor e possui regulagem de altura.

Guichê de

Atendimento

Medidas da bancada guichê:

- Altura da bancada guichê: 105 cm

- Profundidade: 50 cm

- Comprimento: Maior 85 cm / Menor 45 cm

A Área de trabalho da operadora possui espaço suficiente para girar a cadeira, de

forma que a mesma não realize rotação do tronco para utilizar o monitor e teclado.

Bancada Guichê Bancada

Monitor

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No entanto, a altura da bancada do monitor impossibilita giro da cadeira fazendo

com que a operadora bata suas pernas nesta bancada.

O monitor serve para registro das transações (touchscreen) e está disposto

lateralmente (lado direito) à abertura do guichês para dentro da lotérica não

gerando reflexos na tela.

O leitor óptico para o código de barra está disposto acima da bancada, no lado

direito do funcionário.

O teclado está disposto abaixo da bancada, no lado direito do funcionário.

O teclado é utilizado quando não se registra dados do leitor óptico e para algumas

operações específicas.

A máquina de cartão magnético fica sob a bancada.

A gaveta onde se guarda o dinheiro está posicionada abaixo da bancada.

Cadeira de trabalho

A cadeira possui as seguintes características:

- Assento e encosto acolchoados, revestidos por tecido que possibilita fácil

transpiração;

- Encosto lombar côncavo, anatômico e fixo em altura;

- Assento anatômico, giratório, com regulagens de altura e possui borda anterior

arredondada;

- 5 pés;

- Giratória;

- Possui rodízios.

O encosto possui as seguintes medidas:

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- 25 cm de altura

- 35 cm de largura

O assento possui as seguintes medidas:

- 40 cm de largura

- 40 cm da borda anterior a posterior

Obs.: Não há necessidade de uso do apoio de antebraços, pois dificultaria o

desempenho das atividades.

Guichê de Atendimento Cadeira de Trabalho

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Analise da População Trabalhadora

Avaliação Biomecânica

As funcionários trabalham em ciclos variáveis, alternando a posição em pé e sentada durante toda jornada

de trabalho. Mudam de posição quando sentem necessidade ou incomodo.

Na posição sentada, os pés não se apóiam ao chão, no entanto existe apoio para os pés não regulável.

Mesmo com o apoio uma parte do peso é suportada pelas coxas, levando a compressão da parte posterior

das mesmas.

Para diminuir esta tensão tendem a se sentar na parte anterior da cadeira, exigindo contração estática dos

membros inferiores e das costas, em hiperflexão de joelhos.

O posicionamento do monitor promove postura inadequada em tronco, braços e coluna cervical para

visualização do operador, com freqüência recorrente de utilização. A operadora não consegue girar a

cadeira por falta de espaço na frente da bancada do guichê proporcionando a rotação de tronco para

efetuar as transações no monitor.

Realizam flexão e inclinação do tronco, extensão e adução de ombro para alcançar os bilhetes, boletos,

dinheiro, etc, colocados pelos clientes e para devolvê-los realizam o mesmo movimento.

Para passar o documento no leitor óptico realiza adução e extensão do ombro, semi-flexão de cotovelo,

flexão de punho sem preensão palmar.

Para realizar a digitação no teclado realiza extensão dos ombros e digito pressão dos dedos. Ao utilizar o

teclado assume postura inadequada de tronco, devido à altura da bancada e da cadeira.

Realiza escrita com pouca freqüência para auxílio a clientes e anotações profissionais. Ao realizar escrita

em pé permanece em leve flexão de tronco.

Não há uso de força significativa nesta função.

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Trabalho sentado

Ciclo de Trabalho

A operadora realiza o atendimento, na maioria dos casos, em menos de 1 minuto.

Os ciclos repetitivos se concentram a maior parte nas primeiras horas após a abertura da casa lotérica no

período entre as 07horas e 09horas, principalmente, entre os dias 01 a 10 e 25 a 30 de cada mês, onde o

movimento de clientes aumenta.

Esse ciclo não exige o fator força, pois a operadora necessita manusear apenas papel.

Analise do Ambiente Físico

Ruído

Gerado pela conversação entre pessoas e sistema de som do aeroporto.

Temperatura

Artificial através de ar condicionado do aeroporto e ventilador.

Iluminação

Natural e artificial através de lâmpadas fluorescentes.

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Medidas Ambientais

Ruído

65,4 dB

Temperatura

27,1°C

Iluminação

590 lux

Umidade

51,5 % RH

Análise de Risco

A atividade de operadora de caixa é considerada de médio risco ergonômico podendo gerar alterações em

coluna vertebral e dores nos ombro e membros superiores. Além disso, existe o aspecto psicológico, onde

a atividade exige grande concentração para não haver erro.

Recomendações e Sugestões

- Disponibilizar apoio para os pés (disposto ao chão) com as seguintes características:

Dimensão mínima de 30x40;

Regulagem de altura e inclinação;

Base com piso anti derrapante.

- Adequar o mobiliário, principalmente a bancada, as necessidades das operadoras.

- O teclado e o monitor devem estar posicionados de forma que a operadora de caixa não flexione o tronco.

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- Melhorar as condições de conforto térmico.

- Melhorar o espaço nos guichês de atendimento para que as funcionárias possuam maior

flexibilidade para se movimentarem.

- Disponibilizar treinamento em ergonomia com intuito de gerar conscientização e orientação

quanto à postura assumida e utilização adequada de equipamentos de trabalho.

8 - Recomendações Gerais

- Os equipamentos utilizados para realizar as atividades devem estar em perfeito estado e adequados

para cada tipo de atividade/funcionário;

- Orientar funcionários sobre posturas adequadas de trabalho:

Como se sentar;

Como ajustar regulagens da cadeira;

Como utilizar mouse;

Ajuste de altura de monitor de vídeo;

Como se abaixar;

Como levantar um peso.

- Implantar a ginástica laboral na empresa, pelo menos 3 X por semana para diminuir os riscos

ergonômicos.

9 - Resultado de Questionários Aplicados

As reclamações e/ou dores nos relatos relacionadas ao trabalho se concentram nos dias de

pico. Outro fator de sensação durante o trabalho é o medo, gerado pelos assaltos.

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Nº. de questionários aplicados: 2

Sensações durante trabalho

Relato de dores que consideram relacionadas ao trabalho

10 - Representação Gráfica dos Riscos Ergonômicos

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11 – Conclusão e Consolidação dos Laudos:

Após análises realizadas podemos relatar situações mais e menos agravantes.

Os movimentos corporais (principalmente tronco encurvado para frente, flexão e extensão de

ombros, o ângulo de movimentos acentuados e os grupos musculares utilizados (musculatura

paravertebral e deltóide) em atividades realizadas na posição sentada são atividades de risco

ergonômico considerável devido ao posicionamento de equipamentos de trabalho, podendo

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provocar futuras patologias em coluna vertebral e ombros. Para isso existe a necessidade de

adequações em postos de trabalho.

Os movimentos em cotovelos e punhos são riscos ergonômicos existentes também nas atividades

desempenhadas pelas operadoras de caixa que podem gerar lesões em cotovelos e punhos.

Além disso, existem riscos ligados aos fatores organizacionais da função que geram ansiedade,

estresse e nervosismo, as atividades de atendimento a clientes podem gerar alterações em

pressão arterial e tensões musculares.

As atividades quando realizadas em postura em pé, proporcionam uma distribuição do peso do

corpo em coluna lombar, pernas e pés. A mudança postural periódica, o uso de acessórios

auxiliares e a realização de pausas proporcionam uma redução em riscos e preparo para

continuação das atividades.

A prática da ginástica laboral na empresa é fundamental devido ao preparo da musculatura para o

trabalho em atividades de alongamento e fortalecimento (devendo ser mais efetivo em membros

superiores e tronco).

Foi considerado também os fatores e as características que podem interferir para que a atividade

desempenhada num determinado posto de trabalho provoque maior ou menor intensidade de

desgaste ao trabalhador, em função das cargas exigidas por aquela atividade.

Estes quatro fatores foram divididos da seguinte forma:

Organização do Trabalho

Jornada de Diária

Ritmo de Trabalho

Pausas

Necessidade Fisiológica

Condições Ambientais

Ruído

Temperatura

Iluminação

Umidade Relativa do Ar

Posto de Trabalho

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Guichê de Atendimento / Bancada

Cadeira

Apoio para os Pés

Teclado e Monitor

Leitor Óptico

Espaço Físico

Análise População Trabalhadora

Esforço Repetitivo

Posição em Pé/Sentado

Membros Superiores

Membros Inferiores

Coluna/Tronco

Estresse

12 – Consolidado dos Riscos Ergonômicos Encontrados

12.1 – Organização do Trabalho

Conclusões: Na maioria das casas lotéricas não existem pausas pré-determinadas, no

entanto não existe impedimento também para realizar micropausas.

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Conclusões: A jornada diárias está de acordo com a legislação vigente.

Conclusões: Não existe impedimento para pausas para necessidades fisiológicas.

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Conclusões: O ritmo de trabalho é intenso com uma média mínima de 200 atendimentos em

dias comuns por cada atendente. Nos dias de pico pode-se chegar em até 800 atendimentos

dependendo da localização da casa lotérica.

12.2 – Condições Ambientais

Conclusões: Em sua maioria a iluminação encontra-se adequada aos parâmetros

estabelecidos na NR-17, item 17.5.3.3 (NBR 5413 – Iluminância de Interiores).

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Conclusões: O ruído de fundo gerado é em sua maioria proveniente de conversação dos

clientes e movimentação nos centros comerciais e/ou nos veículos que circulam nas vias.

Conclusões: Foram encontradas apenas duas lotéricas com umidade relativa do ar abaixo

de 40%, isso se deve a regionalização e as condições climáticas, pois os locais não eram

fechados e climatizados.

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Conclusões: Como regra geral, temperaturas confortáveis (entre 20ºC a 23ºC), para

ambientes de trabalhos intelectuais e que exige concentração estão estabelecidos no item

17.5.2 da NR-17, alínea b. Os valores estão acima, principalmente porque a maioria das

casas lotéricas não possui climatizador (exceção de 2 casas lotéricas), somente ventilação

mecânica.

12.3 – Posto de Trabalho

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Conclusões: Em algumas lotéricas forma encontradas cadeiras fora dos padrões

estabelecidos na NR-17, principalmente as cadeiras dos supervisores e coordenadores.

Conclusões: Em quase todas as lotéricas existiam apoios para os pés, no entanto não

possuem altura regulável.

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Conclusões: O teclado e o monitor encontram-se ao lado direito dos postos de trabalho nos

guichês de atendimento, com a sua localização e a falta de espaço físico isso faz com que o

operadora promova postura inadequada em tronco, braços e coluna cervical.

Conclusões: O leitor óptico se encontra a frente dos operadoras.

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Conclusões: O espaço físico, principalmente entre a cadeira e a bancada são fatores que

determinam postura inadequada. Pois os operadoras ao invés de girarem a cadeira realizam

o movimento com o tronco.

Conclusões: A Bancada e o guichê de atendimento foram projetados de forma a atender aos

clientes. No entanto, os funcionários não conseguem uma postura adequada com o Layout

determinado pela Caixa Econômica Federal.

12.4 – Análise População Trabalhadora

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Conclusões: O trabalho é estressante por diversos motivos: medo de assalto, grandes filas,

horários e dias de pico (onde pausas não podem ser realizadas por causa da demanda),

grande concentração para não haver erro (descontos salariais), etc.

Conclusões: Conforme citado anteriormente, o espaço físico proporciona uma postura

inadequada sobrecarregando a coluna e o tronco.

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Conclusões: Os membros inferiores ficam sobrecarregados com a ausência de apoio para

os pés com regulagem de altura. Mesmo com o apoio uma parte do peso é suportada pelas

coxas, levando a compressão da parte posterior das mesmas.

Conclusões: Os membros superiores são exigidos a todo momento para execução das

atividades laborais.

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Conclusões: Existe variação a critério do operadora das posições em pé ou sentado.

Conclusões: Não existe esforço repetitivo significativo, pois existem diversas operações

distintas.

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13 – Conclusões Finais

Os principais geradores de riscos ergonômicos nos postos de trabalho avaliados são:

- O Laytou determinado pela Caixa Econômica Federal estabelecido na Circular Caixa nº 539 de 02

de fevereiro de 2011.

- Ritmo de trabalho intenso nos dias de pico

- Estresse com o medo de assalto e falta de segurança patrimonial

- Falta de sistema de climatização nas casas lotéricas

Concluímos que a atividade de operadora de caixa é considerada de médio risco ergonômico

podendo gerar alterações em coluna vertebral e dores nos ombro e membros superiores. Além

disso, existe o aspecto psicológico, onde a atividade exige grande concentração para não haver

erro.

O principal objetivo deste trabalho foi fornecer dados sobre as condições de trabalho a que estão

sujeitos os funcionários das casas lotéricas, devendo, contudo ser dada especial atenção no

atendimento às recomendações contidas no corpo do laudo, no intuito de manter e assegurar boas

condições aos trabalhadores durante o desenvolvimento de suas atividades laborais.

A empresa deve organizar cronograma para estudos e atendimentos as recomendações contidas

neste laudo.

14 - Dicas Gerais

A POSTURA EM PÉ

De maneira geral, na concepção dos postos de trabalho não se leva em consideração o conforto do

trabalhador na escolha da postura de trabalho, mas sim as necessidades da produção. A escolha da

postura em pé, muitas vezes, tem sido justificada por considerar que, nesta posição, as curvaturas da

coluna estejam em alinhamento correto e que, desta forma, as pressões sobre o disco intervertebral

são menores que na posição sentada. Os músculos que sustentam o tronco contra a força

gravitacional, embora vigorosos, não são muito adequados para manter a postura em pé. Eles são

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mais eficazes na produção dos movimentos necessários às principais mudanças de postura. Por mais

econômica que possa ser em termos de energia muscular, a posição em pé ideal não é usualmente

mantida por longos períodos, pois as pessoas tendem a utilizar alternadamente a perna direita e

esquerda como apoio, para provavelmente facilitar a circulação sanguínea ou reduzir as compressões

sobre as articulações.

A manutenção da postura em pé imóvel tem ainda as seguintes desvantagens:

- tendência à acumulação do sangue nas pernas o que predispõe ao aparecimento de insuficiência

valvular venosa nos membros inferiores, resultando em varizes e sensação de peso nas pernas;

- sensações dolorosas nas superfícies de contato articulares que suportam o peso do corpo (pés,

joelhos, quadris);

- a tensão muscular permanentemente desenvolvida para manter o equilíbrio dificulta a execução de

tarefas de precisão;

- a penosidade da posição em pé pode ser reforçada se o trabalhador tiver ainda que manter

posturas inadequadas dos braços (acima do ombro, por exemplo), inclinação ou torção de tronco etc.;

- a tensão muscular desenvolvida em permanência para manutenção do equilíbrio traz mais

dificuldades para a execução de trabalhos de precisão.

A POSIÇÃO SENTADA

O esforço postural (estático) e as solicitações sobre as articulações são mais limitados na postura

sentada que na em pé. A postura sentada permite melhor controle dos movimentos pelo que o

esforço de equilíbrio é reduzido. É, sem sombra de dúvida, a melhor postura para trabalhos que exijam

precisão.

Em determinadas atividades ocupacionais (escritórios, trabalho com computadores,

administrativo etc.) a tendência é de se permanecer sentado por longos períodos. De maneira geral,

os problemas lombares advindos da postura sentada são justificados pelo fato de a compressão dos

discos intervertebrais ser maior na posição sentada que na posição em pé. No entanto, tais problemas

não são apenas decorrentes das cargas que atuam sobre a coluna vertebral, mas principalmente da

manutenção da postura estática. A imobilidade postural constitui um fator desfavorável para a nutrição

do disco intervertebral que é dependente do movimento e da variação da postura. A incidência

de dores lombares é menor quando a posição sentada é alternada com a em pé, e menor ainda

quando se podem movimentar os demais segmentos corporais como em pequenos

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deslocamentos.

A postura de trabalho sentado, se bem concebida (com apoios e inclinações adequados), pode até

apresentar pressões intradiscais inferiores à posição em pé imóvel, desde que o esforço postural

estático e as solicitações articulares sejam reduzidos ao mínimo. Trabalhar sentado permite

maior controle dos movimentos porque o esforço para manter o equilíbrio postural é reduzido.

As vantagens da posição sentada são:

- baixa solicitação da musculatura dos membros inferiores, reduzindo assim a sensação de

desconforto e cansaço;

- possibilidade de evitar posições forçadas do corpo;

- menor consumo de energia;

- facilitação da circulação sangüínea pelos membros inferiores.

As desvantagens são:

- pequena atividade física geral (sedentarismo);

- adoção de posturas desfavoráveis: lordose ou cifoses excessivas;

- estase sangüínea nos membros inferiores, situação agravada quando há compressão da face

posterior das coxas ou da panturrilha contra a cadeira, se esta estiver mal posicionada.

Para Usuários de Microcomputadores

Os funcionários que desenvolvem suas atividades na posição assentada devem sempre ajustar o

posicionamento das cadeiras e monitor de vídeo, conforme figura abaixo:

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Uso dos

mobiliários

Posicione adequadamente o microcomputador: monitor de lado para a janela; caso esteja de

frente, ou de costas, deve haver persiana, a ser mantida fechada.

O monitor de vídeo deve estar bem em frente aos olhos do colaborador. Não trabalhe com o

monitor de lado, pois isso exige torções do tronco e do pescoço, com possíveis conseqüências

dolorosas para a musculatura

A altura ideal para o monitor de vídeo é aquela em que o mesmo se encontra um pouco abaixo da

projeção horizontal dos olhos e um pouco inclinado para cima, facilitando a leitura. O limite superior

do monitor de vídeo é na projeção horizontal dos olhos. Se o usuário for baixo, é possível colocar o

monitor de vídeo direto sobre o tampo da mesa; porém, se for alto, essa posição do monitor poderá

causar dor nos músculos do pescoço. Portanto para pessoas altas os monitores sevem ser posto

sobre um suporte.

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No caso de uso de óculos multifocais para presbiopia, o melhor posicionamento do monitor de

vídeo é um pouco mais baixo que a horizontal dos olhos (sobre a mesa ou um pouco acima);

monitores no nível da horizontal dos olhos trazem desconforto, pois o usuário terá que inclinar a

cabeça para trás a fim de obter foco na parte de baixo das lentes multifocais.

Regule a luminosidade e o contraste da tela, para evitar esforços visuais.

Use uma cadeira ergonomicamente correta. Evite cadeiras de madeira, cadeiras com ângulo reto

entre coxas e tronco, de palhinha e mesmo cadeiras de gerente. Cadeiras com braços podem ser

utilizadas, desde que não atrapalhe a aproximação do usuário à mesa.

Aprenda a fazer as regulagens da cadeira às suas dimensões, de modo a obter bom conforto. A

altura certa de sua cadeira de trabalho é aquela em que seus cotovelos estejam na altura do tampo

da mesa. Caso seus pés fiquem suspensos, coloque um apoio para os mesmos.

Ajuste a altura do apoio lombar da cadeira, de forma a lhe proporcionar bom apoio, sem forçar

qualquer ponto da coluna.

Quando estiver digitando, usando o mouse ou lendo, ajuste a cadeira de tal forma que seu tronco e

suas coxas formem um ângulo de aproximadamente 100 - 110 graus. Quando estiver escrevendo,

sente-se mais para a extremidade anterior da cadeira.

Se o usuário é muito alto (maior que 1,75m), provavelmente necessitará de uma mesa mais alta

que o padrão de 75 cm; procure alguma forma de elevar a mesa, através de calços ou de mesas

especiais dotadas de regulagem de altura.

Procure liberar espaço junto de sua mesa de trabalho; se necessário, afaste a CPU e coloque o

monitor de vídeo sobre um suporte vazado.

Garanta a existência de algum espaço para movimentar o teclado um pouco para frente e um

pouco para trás e, inclusive, procure um arranjo em que seja possível afastar o teclado,

possibilitando assim, usar a superfície da mesa para a escrita.

Procure trabalhar em uma mesa que tenha bordas arredondas. Caso não as tenha, pode-se utilizar

um apoio almofadado para antebraço, mas que seja mais baixo do que o teclado. Use-o como

descanso durante as correções do trabalho e durante o período de interação com o computador.

Trabalho que envolva leitura freqüente de texto ou consulta a documentos, arranje um suporte para

documento e coloque o texto inclinado, o mais próximo possível do monitor de vídeo, ou entre este

e o teclado, de forma que o seu deslocamento de pescoço seja pequeno.

Todos os objetos de uso constante (calculadora, telefone e outros) devem estar o mais próximo

possível de seu corpo; se no seu posto de trabalho você tem que se virar (posto em "L" ou mesa

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complementar), garanta que na outra posição exista uma extensão telefônica, de forma a evitar

torção do tronco ao ter que atendê-lo.

Postura correta para o trabalho

Procure sentar-se sempre alinhado com o eixo da cadeira. Evite sentar-se torto. Seu corpo, o

teclado e o monitor de vídeo devem estar alinhados. O monitor de vídeo deve estar bem na frente

dos olhos. Somente no caso de trabalho constante de entrada de dados é que o monitor pode ficar

um pouco de lado, se, nesse caso, à frente de seus olhos, for colocado o documento-fonte.

A distância correta do monitor de vídeo aos olhos é aproximadamente a distância de seu braço

esticado.

Coluna reta em relação à mesa e ao monitor de vídeo.

Não faça concessões em relação à postura, ou seja, não adote posturas erradas, nem em

trabalhos de pequena duração.

Utilizar os intervalos que possam surgir durante o período de trabalho para um breve alongamento,

mudança de postura, uma boa respirada, etc., como uma forma de aumentar a circulação

sanguínea, aliviar as tensões e melhorar os reflexos

Operação do teclado

Procure digitar com os 10 dedos, com método.

Enquanto estiver digitando, não fique com o punho apoiado sobre a mesa ou sobre uma almofada

eventualmente existente.

Procure conhecer teclas de atalho de seu programa, de forma a reduzir o uso do mouse.

Caso perceba que o teclado está se tornando duro (isso é normal depois de alguns meses ou

anos), troque-o imediatamente. Considere que os dedos não estão aptos a desenvolver esforços

contra resistência.

Operação do mouse

Procure um mouse no formato tradicional, mas que seja adequado ao tamanho da sua mão;

existem mouses dos mais diversos tamanhos.

Procure trabalhar com os braços junto do corpo. Evite ao máximo esticar ou abrir o braço para

operar o mouse. Para isso, uma das alternativas é usar o mouse com a mão esquerda, não se

esquecendo de mudar a configuração do mesmo para clicar no botão direito. Ou, se você tiver

muita dificuldade em operá-lo com a mão esquerda, passe a usar um teclado menor. Outra

alternativa, é usar o mouse sobre o topo de um gaveteiro volante, o mais próximo possível de seu

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corpo, lembrando que nessa alternativa, há um aumento do tempo de deslocamento entre o

teclado e o mouse.

Troque o mouse quando perceber que o comando estiver duro. Movimentos do indicador contra

resistência costumam ser causa de distúrbios dolorosos.

Ambiente

Cores - Equilibre as luminâncias usando cores suaves em tons mate. Os coeficientes de reflexão

das superfícies do ambiente devem estar em torno de: 80% para o Teto; 15 a 20% para o Piso;

60% para a Parede (parte alta); 40% para as Divisórias, para a Parede (parte baixa) e para o

Mobiliário.

Temperatura - Como regra geral, temperaturas confortáveis, para ambientes de trabalhos

intelectuais e que exige concentração, são entre 20 e 22 graus centígrados, no inverno e entre 25 e

26 graus centígrados no verão (com níveis de umidade entre 40 a 60%).

Acústica - É recomendável para ambientes de trabalho em que exista solicitação intelectual e

atenções constantes, índices de pressão sonora inferiores a 65 dB (A). Por esse motivo

recomenda-se o adequado tratamento do teto e paredes, através de materiais acústicos e a

adoção de divisórias especiais.

Humanização do ambiente - Sempre que possível humanize o ambiente (plantas, quadros e

quando possível som ambiente). Estimule a convivência social entre os funcionários. Muitas

empresas que estão adotando políticas neste sentido vêm obtendo um aumento significativo de

produtividade. Lembre-se que o processo de socialização é muito importante para a saúde psíquica

de quem irá trabalhar nele.

15 - Bibliografia

ERGONOMIA: LIVROS EM PORTUGUÊS

DEJOURS, Christophe. A loucura do trabalho. São Paulo, Cortez/Oboré, 1988. 163 p..

DUL, Jan; WEERDMEESTER, Bernard. Ergonomia prática. São Paulo, Edgard Blucher, 1995. 147

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FIALHO, Francisco; SANTOS, Neri dos. Manual de análise ergonômica no trabalho. Curitiba,

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IIDA, Itiro. Ergonomia - Projeto e produção. São Paulo, Edgard Blücher, 1990. 465 p..

LAVILLE, Antoine. Ergonomia. São Paulo, EPU/ EDUSP, 1977. 99 p..

WISNER, Alain. A inteligência no trabalho; textos selecionados de ergonomia. São Paulo,

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WISNER, Alain. Por dentro do trabalho; ergonomia: método & técnica. São Paulo, FTD/Oboré,

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ERGONOMIA: MANUAIS

GRANDJEAN, Etienne.Fitting the task to the man; a textbook of occupational ergonomics. London,

Taylor & Francis, 1988. 4th ed. 363 p.

ERGONOMIA: RECOMENDAÇÕES PARA ESTAÇÕES DE TRABALHO INFORMATIZADAS.

CAKIR, A.; HART, D. J.; STEWART, T. F. M.. Visual display terminals. New York, John Wiley &

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