ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO NO SETOR DE DISTRIBUIÇÃO DE UMA INDÚSTRIA CALÇADISTA NO ESTADO...

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FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURAÇA DO TRABALHO ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO NO SETOR DE DISTRIBUIÇÃO DE UMA INDÚSTRIA CALÇADISTA NO ESTADO DA PARAÍBA JESSICA FERREIRA DA SILVA CAMPINA GRANDE PB 2014

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Transcript of ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO NO SETOR DE DISTRIBUIÇÃO DE UMA INDÚSTRIA CALÇADISTA NO ESTADO...

  • FUNDAO FRANCISCO MASCARENHAS

    FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO LATO SENSU

    CURSO DE ESPECIALIZAO EM ENGENHARIA

    DE SEGURAA DO TRABALHO

    ANLISE ERGONMICA DO TRABALHO NO SETOR DE DISTRIBUIO DE

    UMA INDSTRIA CALADISTA NO ESTADO DA PARABA

    JESSICA FERREIRA DA SILVA

    CAMPINA GRANDE PB 2014

  • JESSICA FERREIRA DA SILVA

    ANLISE ERGONMICA DO TRABALHO NO SETOR DE DISTRIBUIO DE

    UMA INDSTRIA CALADISTA NO ESTADO DA PARABA

    Trabalho de Concluso de Curso Artigo Cientfico, apresentado ao Programa de Ps-

    Graduao Lato Sensu do Curso de

    Especializao em Engenharia de Segurana do

    Trabalho das Faculdades Integradas de Patos,

    em cumprimento s exigncias para a obteno

    do ttulo de Especialista.

    rea de Contrao: Ergonomia

    Orientadora: Mariana Karla Gurjo Pontes

    CAMPINA GRANDE PB 2014

  • JESSICA FERREIRA DA SILVA

    ANLISE ERGONMICA DO TRABALHO NO SETOR DE DISTRIBUIO DE

    UMA INDSTRIA CALADISTA NO ESTADO DA PARABA

    Aprovado em ____de ___________ de 2014.

    BANCA EXAMINADORA

    _________________________________________________

    Mariana Karla Gurjo Pontes

    _________________________________________________

    _________________________________________________

    CAMPINA GRANDE - PB

    2014

  • RESUMO

    O objetivo deste trabalho realizar uma anlise ergonmica do trabalho (AET) em um setor de

    uma indstria caladista do estado da Paraba. A motivao surgiu a partir de um laudo

    ergonmico solicitado pela empresa referente s condies de trabalho nos diversos setores da

    mesma. Diante deste fato aplicou-se a AET no setor denominado: Distribuio. Foram

    aplicados questionrios bipolar e nrdico, realizadas inspees in loco, registros fotogrficos

    e uso de metodologia dedicada para anlise de posturas e movimentos. Diante dos dados obtidos

    possvel concluir que os funcionrios esto submetidos a condies desfavorveis a sua sade.

    Palavras-chave: Anlise Ergonmica do Trabalho, AET, Anlise Postural, Condies

    Ambientais.

  • ABSTRACT

    The objective of this work is an ergonomic work analysis in a sector of a footwear industry in

    the state of Paraba. The motivation came from an ergonomic report requested by the company

    relating to working conditions in the different sectors of their own. The ergonomic work

    analysis was applied at the sector of the company called: Distribution. Bipolar and Nordic

    questionnaires were applied, inspections performed "in situ", photographic records and the use

    of dedicated methodology for analysis of postures and movements were applied. In our data we

    conclude that employees are subjected to adverse conditions your health.

    Keywords: Ergonomic Work Analysis, EWA, Postural Analysis, Environmental Conditions.

  • 1. INTRODUO

    Segundo a Abicalados Associao Brasileira das Indstrias de Calados, o

    parque caladista brasileiro formado por cerca de oito mil empresas, produz mais de 800

    milhes de pares por ano e emprega diretamente 331 mil pessoas. Segundo dados de 2012,

    exportou 113 milhes de pares, gerou US$ 1,1 bilho com as exportaes e, hoje, mais de 100

    pases compram calados do Brasil, entre eles, Estados Unidos, Argentina, Frana e Bolvia.

    O surgimento da indstria de calados brasileira iniciou no Rio Grande do Sul, com

    a chegada dos primeiros imigrantes alemes, em junho de 1824. Alm de atuarem na agricultura

    e na criao de animais, eles tambm trouxeram a cultura do artesanato, principalmente dos

    artigos de couro. Em decorrncia desse carter artesanal, a indstria caladista tem potencial

    significativo para o surgimento de doenas osteomusculares. A ergonomia surge nesse cenrio

    como uma ferramenta de correo e preveno destes problemas.

    A necessidade deste projeto se deu em funo de uma demanda percebida atravs

    de laudo ergonmico. Tal demanda diz respeito a um nmero significativo de queixas

    relacionadas a dores osteomusculares por parte dos funcionrios. A hiptese inicial sugerida

    de que as dores so decorrentes de m postura praticada pelos funcionrios.

    A Ergonomia tem como principal objetivo a adequao do trabalho ao homem. Esse

    processo consiste em trazer a realidade do trabalho para o mais prximo possvel do trabalho

    prescrito. A anlise ergonmica objetiva diagnosticar essa distncia e formular recomendaes

    para alter-la. Sendo assim, dada demanda inicial e a natureza das atividades no setor, a anlise

    ergonmica do trabalho a ferramenta mais indicada para o estudo do problema apresentado.

    Logo, o objetivo deste trabalho realizar uma anlise ergonmica do trabalho no setor de

    distribuio de uma indstria caladista do estado da Paraba.

  • 2. ANLISE ERGONMICA DO TRABALHO

    Para a IEA - Associao Internacional de Ergonomia (2000), a Ergonomia (ou

    Fatores Humanos) uma disciplina cientfica relacionada ao entendimento das interaes entre

    os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e aplicao de teorias, princpios, dados e

    mtodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema.

    Para Fialho e Santos (1995), a prtica da ergonomia consiste em emitir juzos de valor sobre o

    desempenho global de determinados sistemas homem(s) tarefa(s). Sendo assim, a anlise

    ergonmica do trabalho (AET) visa aplicar os conhecimentos da ergonomia para analisar,

    diagnosticar e corrigir uma situao real de trabalho (IIDA, 2005).

    De acordo com Fialho e Santos (1995), a anlise ergonmica do trabalho comporta

    trs fases: anlise da demanda, anlise da tarefa e anlise das atividades. A anlise da demanda

    diz respeito definio e delimitao do problema a ser estudado. Analisar a tarefa fazer o

    levantamento da prescrio da empresa para aquela atividade, alm das condies ambientais e

    organizacionais. Por fim, a anlise da atividade busca expor o real modo de como o trabalhador

    desenvolve a tarefa.

    2.1 ANTROPOMETRIA

    Uma vez que um dos objetivos da AET a proposta de melhorias nas condies de

    trabalho, a realizao do levantamento das medidas antropomtricas de suma importncia.

    Segundo Iida (2005), a antropometria trata das medidas fsicas do corpo humano. Ela se divide

    em trs tipos: esttica, dinmica e funcional.

    A antropometria esttica aquela em que as medidas se referem ao corpo parado

    ou com poucos movimentos e as medies realizam-se entre os pontos anatmicos claramente

    identificados; a dinmica, mede os alcances dos movimentos; a funcional, relaciona-se com a

    execuo de tarefas especficas (IIDA, 2005). Para os fins deste trabalho, fez-se uso da

    antropometria esttica.

    2.2 ESTUDO DO AMBIENTE

    sabido que os fatores ambientais tm influncia direta no desempenho do trabalho

    humano. No Brasil, para o estudo de iluminamento se deve observar os aspectos da NBR 5382

    Verificao de iluminncia de interiores e da NBR 5413 - Iluminncia de interiores.

  • Quanto s questes climticas, estas devem satisfazer a diversas condies, para ser

    considerado confortvel. Quatro fatores contribuem para isso: temperatura do ar, calor radiante,

    velocidade do ar e umidade relativa. Para que o clima seja considerado agradvel, depende

    tambm do tipo de atividade fsica e do vesturio (DUL e WEERDMEESTER, 2004).

    Segundo Grandjean (1998), pesquisas fisiolgicas sobre os efeitos de trocas de

    temperaturas do ar e das superfcies limitantes (calor radiante) trouxeram como resultado que a

    sensao das pessoas corresponde a uma grande aproximao da mdia entre estas duas

    temperaturas, como pode ser visto na equao da Figura 1 onde temperatura mdia do ar e

    temperatura mdia das superfcies adjacentes.

    = +

    2

    Figura 1 Equao para o clculo da sensao trmica Fonte: Grandjean (1998).

    Quanto humidade relativa, se o ar for muito mido (acima de 70%) ou muito seco

    (abaixo de 30%) pode afetar o conforto trmico. O ar muito seco pode provocar irritao nos

    olhos e nas mucosas, alm de produzir eletricidade esttica. O ar saturado dificulta a evaporao

    do suor, tornando-se desagradvel para trabalhos pesados (DUL e WEERDMEESTER, 2004).

    Alm disso, a presena de rudos elevados no ambiente de trabalho pode perturbar

    e, com o tempo, acaba provocando surdez. O primeiro sintoma a dificuldade cada vez maior

    para entender a fala em ambientes barulhentos. Isso provoca interferncia nas comunicaes e

    reduo da concentrao, que podem ocorrer at com rudos relativamente baixos. Os nveis de

    rudos so expressos em decibis ou dB(A).

    2.3 BIOMECNICA OCUPACIONAL

    A interao do homem com seu ambiente de trabalho, ou seja, mquinas,

    equipamentos, mobilirio etc., o foco de estudo da biomecnica ocupacional. Analisa

    basicamente a questo das posturas corporais no trabalho, a aplicao das foras, bem como as

    suas consequncias (IIDA, 2005).

    Pela natureza do trabalho no setor, foi imprescindvel avaliar as posturas praticadas

    pelos indivduos. Para Iida, postura o estudo do posicionamento relativo de partes do corpo,

    como cabea, tronco e membros, no espao. Ainda segundo o autor, uma simples observao

  • visual no suficiente para analisar essas posturas detalhadamente, sendo necessrio empregar

    tcnicas especiais de registro e anlises dessas posturas.

    Serranheira e Uva (2010), realizaram um estudo comparativo entre os principais

    mtodos observacionais de avaliao do risco de LER/DORT chamando a ateno para o

    processo de seleo dos mesmos. Ao final do estudo, pode-se observar estatisticamente as

    divergncias entre os mtodos na classificao dos postos de trabalho de risco elevado.

    Pode-se dizer que os principais mtodos observacionais de avaliao do risco de

    LER/DORT so: OCRA checklist, RULA, SI e HAL. No RULA, h uma diviso dos membros

    em dois grupos: A compreende os braos, antebraos e punhos; B, pescoo, tronco e pernas.

    Cada grupo obtm uma nota a partir da observao da flexo, torso e dos ngulos que os

    membros formam em relao ao corpo, alm da utilizao dos msculos e da fora aplicada. O

    score final obtido atravs da combinao das notas dos dois grupos e possui quatro

    classificaes: 1-2 (aceitvel), 3-4 (investigar), 5-6 (investigar e mudar em breve), 7 (investigar

    e mudar imediatamente). Quanto s observaes e selees das posturas, estas foram feitas a

    partir de vdeos registrados com duas cmeras: compacta da marca Fujifilm, modelo Finepix

    L55; filmadora da marca Sony, modelo DCR-PJ6.

    As vantagens do mtodo so a fcil compreenso de funcionamento, a rapidez de

    aplicao e a classificao das posturas quanto priorizao das aes corretivas. Entretanto, o

    mtodo no sensvel quanto aos fatores repetitividade e cumulatividade.

    Outra ferramenta de estudo da biomecnica ocupacional o Questionrio Nrdico

    desenvolvido por Kuorinka em 1986. Desenvolvido para autopreenchimento, apresenta um

    desenho dividindo o corpo humano em nove partes. Os trabalhadores devem responder no

    ou sim para trs situaes envolvendo essas nove partes:

    Voc teve algum problema nos ltimos 7 dias?

    Voc teve algum problema nos ltimos 12 meses?

    Voc teve que deixar de trabalhar algum dia nos ltimos 12 meses devido

    ao problema?

    O questionrio valido, sobretudo, quando se quer fazer um levantamento

    abrangente, rpido e de baixo custo. Ele pode ser usado para fazer um levantamento inicial das

    situaes que requerem anlises mais profundas e medidas corretivas (IIDA, 2005).

  • 3 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    Os procedimentos metodolgicos desenvolvidos para a realizao deste trabalho

    foram, primeiramente, foi aplicado o questionrio bipolar com toda a populao do setor do

    primeiro turno com a finalidade de averiguar se houve alteraes na demanda aps a realizao

    das modificaes sugeridas pelo laudo. Para as anlises da tarefa e da atividade, lanou-se mo

    de observaes livres e entrevistas informais com os funcionrios do setor a fim de entender o

    fluxo dos processos e a finalidade de cada um.

    Para o estudo da antropometria, foram realizadas medies aplicando um mtodo

    direto com o uso de trena mtrica, em toda a populao do setor, para obter as seguintes

    medidas: Estatura, corpo ereto; Altura dos olhos, em p, ereto; Altura do cotovelo, em p, ereto;

    Comprimento do brao, na horizontal, at o centro da mo; Comprimento do antebrao, na

    horizontal, at o centro da mo.

    Para o estudo do ambiente, foi realizada uma srie de medies termofsicas para

    levantamento quantitativo no setor. Por razes adversas, tais como disponibilidade de

    instrumentos e normas administrativas da empresa, as medies foram feitas em momentos

    distintos. Nas medies, foi utilizado o medidor multifuno de marca Instrutemp, modelo

    ITMP 600, capaz de trabalhar com at oito parmetros: temperatura (C), umidade (%RH),

    intensidade sonora (dB), intensidade de luz (Lux), vazo (m/min) e velocidade do vento (m/s).

    Alm disso, mediu-se o nvel de radiao de calor emitida pelo ambiente utilizando um

    termovisor da marca Flir modelo i7 para medir a temperatura das superfcies adjacentes: teto,

    piso e parede(s) mais prxima(s) dos postos de trabalho.

    Para o estudo da biomecnica ocupacional, foi feita a aplicao dos questionrios

    Bipolar e Nrdico em apenas um dia com toda a populao do setor, com o preenchimento feito

    pelos prprios funcionrios aps orientaes. Todas as dvidas que surgiram durante o processo

    de preenchimento foram sanadas. Quanto avaliao postural, esta se deu atravs de anlise de

    filmagens feitas com as cmeras j descritas anteriormente e, tambm, com uma ficha de

    avaliao postural desenvolvida para o mtodo utilizado.

    4 ANLISE E DISCUSSO DOS RESULTADOS

    A empresa objeto de estudo atua no setor caladista produzindo chinelos. A matriz

    fica localizada na cidade do Rio de Janeiro RJ e a filial (unidade fabril) localiza-se na cidade

    de Campina Grande PB.

  • A marca da empresa surgiu em 1988 na garagem de um amigo surfista, na

    Califrnia, onde um fundador teve a ideia de confeccionar uma sandlia confortvel, original e

    que utilizasse os melhores materiais disponveis no mercado. Hoje, a marca conta com mais de

    4 mil pontos de venda em todo Brasil, sendo a terceira maior na categoria de chinelos.

    O setor de realizao de estgio foi o de distribuio, onde os pedidos so

    embalados. L, os pares so recebidos do setor de montagem, separados, distribudos, lacrados

    e encaminhados para a expedio. Conta com 26 funcionrios, alocados nas atividades de

    romaneio, distribuio, lacre e conferncia. Assim como na grande maioria dos setores da

    empresa, a distribuio funciona em dois turnos: o primeiro de 05h30min at 15h18min; o

    segundo, 15h30min at 23h52min. Cada um com uma hora de intervalo para almoo e descanso.

    Por motivos organizacionais, o estudo se concentrou apenas nos indivduos e condies

    ambientais do primeiro turno. Quanto organizao do trabalho, possvel observar na Figura

    2 o organograma do setor.

    SUPERVISOR

    MONITOR OPERACIONAL

    AUXILIAR DE MONITOR

    OPERACIONAL

    AUXILIAR

    ADMINISTRATIVO

    AUXILIAR DE MOVIMENTAO

    CONFERENTE

    Figura 2 Organograma do setor de distribuio. Fonte: Autoria prpria.

    A escolha do setor de distribuio para aplicao do estudo partiu da empresa por

    vrios fatores, dentre eles, a quantidade reduzida de funcionrios em comparao a outras reas

    da empresa, o que facilita em termos de amostragem, e quantidade de queixas dos funcionrios

    relacionadas s condies de trabalho.

    4.1 ANLISE ERGONMICA DO TRABALHO

    Como mencionado anteriormente, novamente o questionrio bipolar foi aplicado

    para verificar as alteraes, na percepo do trabalho por parte dos funcionrios, provocadas

  • por algumas alteraes realizadas no ambiente fsico do setor, fruto do laudo ergonmico. Os

    dados levantados podem ser observados abaixo.

    Figura 5 Grfico do nvel de estresse por faixa etria. Fonte: Autoria prpria.

    Como pode ser observado nas Figuras 3 e 4, a populao do setor composta

    predominantemente por jovens e que essa a faixa mais atingida pelo estresse enquanto que os

    mais velhos apresentam um nvel bem mais baixo, respectivamente. Ainda possvel perceber

    que a maioria da populao percebe-se em nvel de estresse mdio ou superior (Figura 5).

    Kroemer e Grandjean (2005), afirmam que o estado emocional que resulta da discrepncia entre

    o nvel de demanda e a habilidade da pessoa em lidar com a questo define o estresse

    ocupacional.

    21%

    71%

    8%

    FAIXA ETRIA

    15 a 20 anos

    21 a 30 anos

    31 a 40 anos

    41 a 50 anos

    Acima de 50 anos

    Fonte: Autoria prpria.

    12%

    17%

    29%

    25%

    17%

    NVEL DE ESTRESSE

    Ruim

    Estresse Alto

    Estresse Mdio

    Estresse Baixo

    Bem

    Fonte: Autoria prpria.

    20%

    20%

    40%

    20%

    15 aos 20 anos

    17%

    18%

    35%

    18%

    12%

    21 aos 30 anos

    50%50%

    41 aos 50 anos

    Ruim

    Estresse Alto

    Estresse Mdio

    Estresse Baixo

    Bem

    ESTRESSE POR IDADE

    Figura 3 Segmentao dos funcionrios por faixa etria.

    Figura 4 Segmentao dos funcionrios pelo nvel de estresse.

  • 4.1.1 COMPARATIVO ENTRE TAREFA PRESCRITA E TAREFA REAL

    Assim como no setor de distribuio existem as segmentaes, o cargo de auxiliar

    de movimentao tambm apresenta diferenas entre as atividades desenvolvidas, embora seja

    utilizado para rotular as funes mais operacionais, exceto auxiliar administrativo e conferente.

    Outros cargos que apresentam divergncias entre tarefa prescrita e tarefa real so os de

    conferente e monitor operacional (Quadro 1).

    TAREFAS PRESCRITAS TAREFAS OBSERVADAS

    Auxiliar de movimentao Auxiliar de movimentao (Romaneio)

    A atividade requer que o trabalhador apanhe as caixas pequenas e separe de acordo com os pedidos, as embalando na caixa mster. H levantamento e transporte de carga, tanto manual quanto com o auxlio de paleteiras manuais.

    Conferir grade de etiquetas;

    Romaneiar as caixas;

    Alimentar a planilha do romaneio;

    Fazer a troca de caixas danificadas;

    Fazer o pedido de reposio das caixas ao estoque;

    Transporte de pallet.

    Auxiliar de movimentao (Clulas)

    Separar e distribuir planos;

    Conferir separao;

    Transporte de pallet;

    Organizao dos caixotes de PVC.

    Auxiliar de movimentao (Lacre)

    Pegar as caixas liberadas pelo controle de qualidade e introduzi-las na mquina de lacre;

    Separar as caixas embaladas de acordo com o pedido e a regio;

    Transporte do pedido para expedio.

    Conferente

    Conferir os pedidos;

    Liberar mercadorias;

    Separa cargas para transporte.

    Conferir os pedidos;

    Transporte de pedidos para a expedio;

    Separar e distribuir planos.

    Monitor Operacional

    Liderar tecnicamente a equipe nas operaes referente distribuio, em conformidade com os padres e procedimentos estabelecidos pela empresa.

    Gerir as atividades no setor;

    Separar;

    Distribuir;

    Lacrar;

    Auxiliar no romaneio.

    Quadro 1 Comparativo entre tarefa prescrita e tarefa real. Fonte: Autoria prpria

  • importante mencionar que a empresa contratou uma profissional de recursos

    humanos para reformular seu organograma, fazendo o levantamento das atribuies de cada

    funo em todos os setores. O projeto est em fase de andamento.

    4.2 ESTUDO DA ANTROPOMETRIA

    Um dos principais fins do levantamento antropomtrico o projeto ou adequao

    do posto de trabalho, que tambm levam em considerao a biomecnica envolvida na

    realizao da atividade. Para Iida (2005), o posto de trabalho deve envolver o operador como

    vestimenta bem adaptada, em que possa realizar o trabalho com conforto, eficincia e

    segurana. A partir do levantamento dos dados antropomtricos, pode-se ter uma imagem de

    como os postos de trabalho devem ser projetados (Quadro 2).

    Medidas de antropometria esttica (m)

    Mulheres Homens

    5% 50% 95% S 5% 50% 95% S

    Co

    rpo

    em

    p

    Estatura, corpo ereto 1,51 1,60 1,68 0,06 1,61 1,73 1,84 0,08

    Altura dos olhos, em p, ereto 1,42 1,50 1,58 0,05 1,51 1,63 1,75 0,08

    Altura do cotovelo, em p, ereto 0,95 1,01 1,07 0,04 0,99 1,07 1,16 0,06

    Altura do centro da mo, brao pendido, em p

    0,69 0,73 0,77 0,02 0,71 0,78 0,85 0,05

    Comprimento do brao, na horizontal, at o centro da mo

    0,56 0,61 0,65 0,03 0,59 0,65 0,71 0,04

    Comprimento do antebrao, na horizontal, at o centro da mo

    0,29 0,33 0,37 0,03 0,33 0,36 0,39 0,02

    Quadro 2 Medidas antropomtricas estticas.

    Fonte: Autoria prpria.

    4.3 ESTUDO DO AMBIENTE

    A partir do questionrio bipolar, foi possvel ter a primeira impresso da sensao

    de conforto dos funcionrios em relao ao ambiente de trabalho. De acordo com os dados do

    Quadro 3, nota-se que a maior porcentagem das queixas diz respeito temperatura e ao rudo.

    Durante a aplicao do questionrio, vrios colaboradores alegaram que durante o vero o

    ambiente se torna muito quente. Quanto ao rudo, o uso do protetor auricular no setor no

    obrigatrio uma vez que, segundo o SESMT da empresa, o nvel est dentro do limite permitido

  • pelas normas regulamentadoras. Entretanto, o setor de distribuio est localizado ao lado de

    dois setores que emitem rudo, que so o setor de montagem e de injetoras, e parte desse rudo

    se propaga at distribuio. Dessa forma, quase a metade dos funcionrios se sente

    desconfortvel de alguma forma com este rudo indireto.

    COMO O SEU POSTO DE TRABALHO?

    Sexo Quente Abafado Quente e Abafado

    Barulhento Sujo e

    Ar Ruim Ar ruim

    Todas as avaliaes

    Masculino 2 0 5 5 0 2 3

    Feminino 0 0 8 5 0 1 0

    Totais 2 0 13 10 0 3 3

    Percentuais 8,33% 0% 54,17% 41,67% 0% 12,50% 12,50%

    Quadro 3 Avaliao do ambiente atravs do questionrio bipolar. Fonte: Autoria prpria.

    MEDIES TERMOFSICAS

    Temperaturas (C)

    Superfcies adjacentes 40,16

    Ar 26,34

    Diferena de Temp. 13,82

    Sensao Trmica 33,25

    Rudo (dB) 72,8

    Iluminao (Lux) 317,51

    Velocidade do ar (m/s) 0,0

    Umidade relativa (% RH) 77,48

    Quadro 4 Medies termofsicas.

    Fonte: Autoria prpria.

    Atravs de dados mais detalhados (Quadro 4), pode-se fazer algumas discusses

    sobre as condies ambientais. Trazendo novamente a questo do rudo, apresentando uma

    mdia de 72,8 dB, o nvel no setor est abaixo do limite estabelecido pela NR 15 que de 85

    dB. Mas vale lembrar que, segundo Iida (2005), as pessoas apresentam muitas diferenas

    individuais quanto tolerncia aos rudos. Embora os rudos at 90 dB no provoquem srios

    danos aos rgos auditivos, os rudos entre 70 e 90 dB dificultam a conversao e a

    concentrao, e podem provocar aumento dos erros e reduo do desempenho. Kroemer e

    Grandjean (2005), afirmam que a exposio ao rudo tem pouco efeito no trabalho manual, mas

    todos sabemos pela experincia que a concentrao mental, o pensamento e a reflexo so mais

    difceis em um ambiente ruidoso do que em um silencioso.

  • Ainda segundo os autores, uma pessoa dificilmente nota o clima do interior de uma

    sala enquanto ele normal, mas quanto mais ele desvia de um padro de conforto, tanto mais

    ele atrai a ateno. Quando a temperatura do corpo encontra-se em equilbrio, ou seja, quando

    a troca de calor entre o corpo e o ambiente praticamente ou prximo a zero, o organismo

    encontra-se na zona de regulao vasomotora ou zona de conforto. Essa faixa de temperatura

    varia entre 20 e 23C. Os autores ainda afirmam que importante, para o conforto, que a

    diferena entre a temperatura do ar e a temperatura das superfcies adjacentes seja pequena, isto

    , no difira em mais de 2 ou 3C. A diferena obtida entre Ta e Ts mais de dez vezes maior

    do que a recomendada.

    Dentro da faixa de 30% a 70%, a umidade relativa tem pouca influncia na

    temperatura efetiva (KROEMER E GRANDJEAN, 2005). Levando em considerao que no

    dia da medio da umidade relativa o clima estava chuvoso, o ndice de 77,48 aceitvel.

    Quanto velocidade do ar, os autores afirmam que o trabalho de p, especialmente se ele

    envolve muito esforo fsico, pode ser realizado sem incmodo com movimentaes de ar de

    at 0,5 m/s. Vale lembrar que os ventiladores do setor no estavam ligados no momento das

    medies. O laudo ergonmico sugere que estes no sejam utilizados, pois provocam uma

    corrente de ar de direo nica com velocidade mdia de 4,7 m/s, bem acima do ideal.

    Bridger (2003) apud Iida (2005), afirma que o aumento do iluminamento aumenta

    a satisfao das pessoas, at o nvel de 400 lux. Segundo a classificao da NBR 5413 -

    Iluminncia de interiores para classe e tipo de atividade, o ndice de 317,51 lux est dentro do

    intervalo indicado pela norma, que varia entre 200 e 500 lux para tarefas com requisitos visuais

    limitados, trabalho bruto de maquinaria e auditrios.

    4.7 BIOMECNICA OCUPACIONAL

    Segundo Couto (1978), a observao mostra que a maioria dos trabalhos

    executada de tal forma que o indivduo mantm uma postura-base durante a quase totalidade

    do tempo, e ainda, que quando o indivduo est de p, ocorre uma srie de fenmenos

    fisiolgicos, que justificam o conceito de ser a posio de p a de maior exigncia durante o

    trabalho. Essa afirmao justifica os dados levantados pelo questionrio bipolar em relao ao

    aparecimento de dores durante ou aps a jornada de trabalho (Figura 6).

  • Figura 6 Queixas de dores coletadas atravs do questionrio bipolar. Fonte: Autoria prpria.

    Para Iida (2005), a dor causada pela acumulao dos subprodutos do metabolismo

    no interior dos msculos. Isso decorre das contraes musculares acima da capacidade

    circulatria em remover os subprodutos do metabolismo. Se persistir, pode provocar cibras,

    acompanhadas de espasmos e fraquezas. Nessas condies, o msculo perde at 50% de sua

    fora normal.

    A principal causa dos traumas musculares entre os trabalhadores o manuseio de

    cargas. Bridger (2003) apud Iida (2005), afirma que aproximadamente 60% dos problemas

    musculares so causados por levantamento de cargas e 20%, puxando ou empurrando-as. Para

    Kroemer e Grandjean (2005), o manuseio de cargas geralmente envolve bastante esforo

    esttico e dinmico, o suficiente para ser classificado como trabalho pesado. Normalmente, a

    regio do corpo que mais sofre com esse tipo de trabalho a coluna, como pode ser visto na

    Figura 7.

    Figura 7 Regies dolorosas coletadas atravs do Questionrio Bipolar.

    Fonte: Adaptao de Kroemer e Grandjean.

    87,50%

    12,50%

    Sente ou j sentiu dor durante ou aps o dia de trabalho?

    SIM

    NO85,71%

    14,29%

    Se sentiu, foi recente?

    SIM

    NO

    Cabea = 12,5%

    Pescoo/ombro = 20,83%

    Coluna = 54,17%

    Braos = 16,67%

    Pernas/ps = 33,33%

  • O questionrio nrdico possibilitou maior detalhamento das dores musculares

    sofridas pelos funcionrios (Figura 8 e 9). De acordo, Kroemer e Grandjean (2005), os

    problemas de coluna podem ser dolorosos e reduzir a mobilidade e vitalidade de uma pessoa.

    Eles geralmente acarretam em ausncia no trabalho e hoje esto entre as causas mais

    importantes de invalidez prematura. Dessa forma, explica-se o porqu das regies das colunas

    dorsal e lombar, juntas, serem responsveis por 50% dos afastamentos nos ltimos 12 meses no

    setor de distribuio (Figura 10).

    Figura 8 - Voc teve algum problema nos ltimos 7 dias? (Questionrio Nrdico).

    Fonte: Autoria prpria.

    Figura 9 - Voc teve algum problema nos ltimos 12 meses? (Questionrio Nrdico).

    Fonte: Autoria prpria.

    Pescoo - 26,92%

    Ombro esquerdo - 15,38%

    Coluna dorsal - 50%

    Cotovelo esquerdo - 3,85%

    Punhos/mos esquerdos - 19,23%

    Quadril ou coxas - 19,23%

    34,62% - Ombro direito 57,69% - Coluna lombar

    11,54% - Cotovelo direito

    50% - Punhos/mos diretos

    Joelhos - 34,62%

    Tornozelos ou ps - 46,15%

    Pescoo - 34,62%

    Ombro esquerdo - 15,38%

    Coluna dorsal - 50%

    Cotovelo esquerdo - 7,69%

    Punhos/mos esquerdos - 15,38%

    Quadril ou coxas - 19,23%

    26,92% - Ombro direito

    57,69% - Coluna lombar

    11,54% - Cotovelo direito 38,46% - Punhos/mos diretos

    Joelhos - 26,92%

    Tornozelos ou ps - 42,31%

  • Figura 10 - Voc teve que deixar de trabalhar algum dia nos ltimos 12 meses

    devido ao problema? (Questionrio Nrdico).

    Fonte: Autoria prpria.

    Muitas vezes, o trabalhador assume posturas inadequadas devido ao projeto

    deficiente das mquinas, equipamentos, postos de trabalho e tambm, s exigncias da tarefa

    (IIDA, 2005). E uma vez que o trabalho apresenta ausncia de mtodo padro, mobilirio

    inadequado, exigncia de manuseio de carga e isto sem orientaes ergonmicas, seria quase

    inevitvel que os trabalhadores no desenvolvessem vcios posturais e a prtica de posturas

    inadequadas, como o caso do setor estudado. Ainda segundo Iida, existem trs situaes

    principais em que a m postura pode produzir consequncias danosas:

    Trabalhos estticos que envolvem uma postura parada por longos perodos;

    Trabalhos que exigem muita fora; e

    Trabalhos que exigem posturas desfavorveis, como tronco inclinado e torcido.

    Os dois ltimos casos descrevem bem o que ocorre no dia a dia da distribuio.

    Aps a aplicao do mtodo RULA, foi possvel ter uma imagem mais clara de como o trabalho

    vem sendo desenvolvido em relao s posturas (Quadro 5).

    Pescoo - 19,23%

    Coluna dorsal - 23,08%

    Cotovelos - 3,85%

    Quadril ou coxas - 3,85%

    Joelhos - 3,85%

    Tornozelos ou ps - 7,69%

    11,54% - Ombros

    7,69% - Punhos/mos

    26,92% - Coluna lombar

  • RULA FINAL SCORE

    Classificao Romaneio Clulas Lacre Conferente

    Total E D E D E D E D

    1 ou 2 Aceitvel 1 3 1 0 0 0 5 5 15

    3 ou 4 Investigar 20 15 16 14 14 14 6 6 105

    5 ou 6 Investigar e mudar em breve

    11 14 10 12 4 4 1 1 57

    7 Investigar e mudar imediatamente

    8 8 10 11 10 10 0 0 57

    Total 80 74 56 24 234

    Quadro 5 Resultado final do mtodo RULA por seo.

    Fonte: Autoria prpria.

    Considerando os grupos musculares acionados nas posturas mais crticas, observa-

    se que os mais afetados so ombros, extensores dos braos, flexores dos braos, posteriores das

    coxas, lombares, quadrceps e trapzio (Figura 11 e 12). Fazendo um comparativo com o

    resultado do questionrio nrdico, possvel fazer a relao entre as regies dolorosas e os

    msculos afetados. Sendo assim, as dores da regio do pescoo envolvem os msculos dos

    trapzios; regio dos ombros, o grupo dos ombros; regies das colunas dorsal e lombar,

    trapzios e lombares; regio dos joelhos, quadrceps e posteriores das coxas. Alm disso, as

    dores presentes nas regies dos punhos/mos e tornozelos/ps podem estar relacionadas aos

    movimentos repetitivos e longos perodos permanecidos na posio de p, respectivamente.

    Figura 11 Grupos musculares mais afetados pela m postura. Fonte: Autor

    24%

    2%3%

    17%

    23%

    17%

    15%

    GRUPOS MUSCULARES

    OMBROS

    EXTENSORES DOS BRAOS

    FLEXORES DOS BRAOS

    POSTERIORES DAS COXAS

    LOMBARES

    QUADRCEPS

    TRAPZIOS

  • Figura 12 Os principais grupos musculares. Fonte: Google, Imagens, Grupos musculares.

  • 5 CONCLUSO

    Diante do problema exposto, da metodologia aplicada, dos resultados obtidos e das

    discusses efetuadas foi possvel concluir que os funcionrios do setor de distribuio

    trabalham sob condies desfavorveis manuteno de sua sade.

    Constatou-se que a origem das questes que envolvem o problema parte da

    ausncia, em conjunto, de um mtodo padro de trabalho e orientaes ergonmicas, o que leva

    a condies inadequadas da postura de trabalho. Adicionando-se a isso, a presena de manuseio

    de cargas, ritmo de trabalho puxado e condies ambientais fora dos padres recomendados,

    tem-se um quadro de sobrecarga e estresse do corpo humano, que pode ser comprovado a partir

    da anlise dos dados.

    E como o trabalho no se encerra neste, recomenda-se os seguintes estudos, a saber:

    Aplicao da equao de NIOSH para levantamento de cargas;

    Aplicao de mtodo de avaliao do fator de risco repetitividade e a cumulatividade

    deste;

    Consumo metablico durante a jornada de trabalho e a influncia da alimentao;

    Introduo de pausas e a influncia na produtividade.

    5.1 RECOMENDAES

    Para a correo do problema, recomenda-se a adequao dos postos de trabalho

    obedecendo a antropometria levantada, melhoria das condies fsicas ambientais, treinamento

    e orientao quanto aos aspectos ergonmicos das atividades e o desenvolvimento de um

    modelo padro de trabalho. Um resumo dos diagnsticos e recomendaes ergonmicas est

    exposto no Quadro 10.

    ROMANEIO

    Item Diagnstico Recomendaes

    Levantamento manual de carga

    Flexo do tronco com joelhos esticados

    Treinamento em ergonomia;

    Utilizao de mesa elevatria de nvel constante.

    Movimentos repetitivos

    Ritmo de trabalho acelerado que leva ao trabalho esttico dos msculos dos ombros, braos e punhos no ato de aplicao da etiqueta

    Introduo de pausas para descanso;

    Alongamento dos membros antes e depois da jornada de trabalho.

  • Mobilirio Altura inadequada Utilizao de mesa

    elevatria de nvel constante.

    Postura de trabalho De p durante toda a jornada de trabalho

    Introduo de pausa para descanso

    CLULAS DE DISTRIBUIO

    Item Diagnstico Recomendaes

    Levantamento manual de carga

    Flexo do tronco com joelhos esticados;

    Elevao da carga acima do nvel do ombro/cabea.

    Treinamento em ergonomia;

    Utilizao de mesa elevatria de nvel constante;

    Utilizao steps para os indivduos de baixa estatura.

    Transporte manual de carga Posturas inadequadas de transporte

    Treinamento em ergonomia;

    Utilizao de carrinhos com altura regulvel.

    Tipo de pega Pegas inadequadas Utilizao de dispositivo tipo

    garra sugerido em laudo ergonmico

    Mobilirio Dimensionamento inadequado para o grupo de funcionrios

    Projetar mobilirio que respeite as medidas antropomtricas levantadas.

    Postura de trabalho De p durante toda a jornada de trabalho

    Introduo de pausa para descanso

    LACRE

    Item Diagnstico Recomendaes

    Levantamento e transporte manual de cargas

    Flexo do tronco com joelhos esticados;

    Posturas inadequadas de transporte.

    Instalao de esteira que conecte o posto de inspeo da qualidade e a mquina de lacre;

    Utilizao de mesa elevatria de nvel constante.

    Movimentos repetitivos

    Ritmo de trabalho acelerado que leva ao trabalho esttico do msculos da coluna no ato de separao dos pedidos por regio

    Introduo de pausas para descanso;

    Alongamento dos membros antes e depois da jornada de trabalho.

    Postura de trabalho De p durante toda a jornada de trabalho

    Introduo de pausa para descanso

  • CONFERNCIA

    Item Diagnstico Recomendaes

    Postura de trabalho De p durante toda a jornada de trabalho

    Disponibilizao de assento elevado para os momentos em que no h material para conferncia

    Organizao do trabalho Possvel desvio de funo Reviso da descrio das funes do setor

    Quadro 10 Resumo dos diagnsticos e recomendaes.

    Fonte: Autoria prpria.

  • 6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ABICALADOS, Associao Brasileira da Indstria de Calados. Disponvel em

    . Acesso em: 11 de set. de 2013.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5382: Verificao de

    iluminncia de interiores. Rio de Janeiro, 1985. 4p.

    ______. NBR 5413: Iluminncia de interiores. Rio de Janeiro, 1992. 13p.

    COUTO, H. A. Fisiologia do trabalho aplicada. 1.ed. Belo Horizonte: Ibrica, 1978.

    DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomia prtica. 2.ed. So Paulo: Edgard Blcher,

    2004.

    FIALHO, F.; SANTOS, N. Manual de Anlise Ergonmica no Trabalho. 1.ed. Curitiba:

    Genesis, 1995.

    GOOGLE, Imagens, Grupos Musculares (2013). Disponvel em

    . Acesso em

    12 de ago. de 2013.

    IIDA, I. Ergonomia: projeto e produo. 2.ed. So Paulo: Edgard Blcher, 2005.

    INTERNACIONAL ERGONOMICS ASSOCIATION. What is Ergonomics? Disponvel em

    Acesso em 07 de set. de

    2013.

    KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao

    homem. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

    ______. Notas de aula. Campina Grande: UFCG, 2013.

    MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NR 15: Atividades e operaes insalubres.

    Braslia, 2011. 85p.

    ______. NR 17: Ergonomia. Braslia, 2007. 14p.

    SERRANHEIRA, F.; UVA, A. S. LER/DORT: que mtodos de avaliao do risco? Rev.

    Bras. Sade Ocup., So Paulo, n.35, p.314-326, 2010.