ANÁLISE MUSICAL DE DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL- TABELA
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1 Tabela construída com o auxílio de Carlos César Magalhães, historiador (FAFIMAN) e acadêmico do 2º semestre de Licenciatura em Música (PUCPR).
ANEXO 1- TABELA COM OS ELEMENTOS MUSICAIS ESPECÍFICOS DAS CANÇÕES EM ESTUDO 1
Canção Timbre Altura Intensidade Andamento Duração Contexto
Sócio-histórico
Autor e Obra Referências e
Inferências
I. “Abertura” Voz e
Cordas
[violão]
Mi maior e Lá –
pouca variação de
altura
Forte Anunciando ao
público, marcante e
lento:
0’: 38’’
O contexto sócio-histórico
vivido no Brasil de 1964
era o início de um período
nefasto para a história e a
democracia brasileira: o
começo do regime
ditatorial militar. Ainda
vivendo uma espécie de
‘ressaca’ do milagre
econômico da era JK,
alguns cineastas resolvem
montar a Companhia
Vera Cruz, tentando
formar uma indústria de
cinema nacional.
____________
Eles Falham e surgem
cineastas [como
Trigueirinho Neto, Cacá
Diegues, Ruy Guerra, etc.]
com uma nova estética. A
estética do Cinema Novo
Brasileiro, influenciado
pelo Neorrealismo italiano
e pela Nouvelle Vague
francesa, e sua crítica aos
filmes hollywoodianos e
acríticos.
Glauber Rocha (1939-
1981) – cineasta do
período conhecido como
Cinema Novo Brasileiro.
Tem em sua filmografia
obras que retratam as
temáticas sociais e, até
mesmo, ideológicas do
contexto brasileiro e
internacional. Escreveu
a letra das canções.
____________
Sérgio Ricardo (1932-) –
músico brasileiro que é
conhecido por suas
músicas da MPB e por
trilhas/músicas de cena
interpretadas em filmes;
também ficou conhecido
por quebrar um violão
no III Festival de
Música Popular
Brasileira (1967).
Compôs melodicamente
e interpretou as canções.
As referências contidas
nas letras das canções
remetem ao vocabulário
popular, com forte
conotação ao ‘falar do
sertanejo’. Tal liberdade
poética pode ser vista no
não uso da norma
urbana de prestígio na
letra e interpretação das
canções.
______________
Em especial, são usadas
inferências relacionadas
à poética da literatura de
cordel [com suas
narrativas de lutas,
cangaço e um sertão seco
e sem lei] e ao ritmo do
repente nordestino
tradicional.
II. “Manuel e
Rosa”
Voz e
Cordas
[violão]
Dó sustenido menor
e Dó sustenido maior
– há pouca variação
Fraco Narrativo, lento:
1’: 23’’
III. “Sebastião” Voz e
Cordas
[violão]
Fá maior – sem
variação de
tonalidade
Forte Agitado, rápido.
1’: 18’’
IV. “A Mãe” Voz Dó sustenido menor
e Dó sustenido maior
– há pouca variação
Fraco
Fúnebre,
melancólico, lento,
dramático.
1’: 49”
V. “Antônio das
Mortes”
Voz e
cordas
[violão]
Fá maior – sem
variação tonal
Forte Narrativo, lento,
dramático. 2’: 12”
VI. “Corisco” Voz e
cordas
[violão]
Dó sustenido maior e
Fá maior – pouca
variação de tons
Fraco e Forte
– com
variação
Narrativo,
despertando,
evolução do lento
para o célere.
1’: 34”
VII. “Lampião” Voz e
cordas
[violão]
Fá menor e Fá maior
– pouca variação
tonal
Fraco
Narrativo, triste,
evocado da morte,
lento.
1’: 10’’
VIII. “São
Jorge”
Voz e
cordas
[violão]
Fá maior – sem
variação tonal
Fraco Trágico, anunciando
desgraças, lento. 2’: 08’’
IX- “A procura” Voz e
cordas
[violão]
Fá maior – sem
variação tonal
Forte Anunciando o final
trágico, lento.
1’: 26’’
X- “Perseguição” Voz e
cordas
[violão]
Fá maior – sem
variação tonal
Forte Em diálogo, feroz,
ritmo de luta,
rápido.
2’: 37’’