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ANÁLISES DOS LIVROS DIDÁTICOS DE BIOLOGIA DO ENSINOMÉDIO: UM OLHAR SOBRE O CONTEÚDO DE CARBOIDRATOS
Clara Cristina Bezerra de Lima (1); Paulo Augusto de Lima Filho (2)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
[email protected] (1); [email protected](2)
Resumo: Os docentes das redes de ensino básico possuem um instrumento de auxilio pedagógico quefavorece o processo de ensino-aprendizagem desenvolvido em sala de aula. O livro didático (LD), que teve asua utilização alavancada a partir da implantação do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).Considerando a importância do LD mediante o processo de aprendizagem, o presente trabalho analisa oconteúdo de carboidratos presente em diferentes LD de acordo com os critérios estabelecidos porVasconcelos e Souto (2003). A abordagem utilizada para construir o presente estudo é de naturezaqualitativa, utilizando-se de uma pesquisa bibliográfica, na qual foram analisados dez exemplares. Com opresente trabalho constatamos a extrema importância de um olhar reflexivo/analítico do docente para com aescolha do LD, pois esta determina a profundidade e qualidade dos conteúdos presentes no mesmo com arealidade do alunado, sua análise construtiva possibilita o avanço no aperfeiçoamento e melhoraproveitamento de seus recursos.
Palavras-Chaves: Análise, Livro didático, Carboidrato.
1 INTRODUÇÃO
Os docentes das redes de ensino básico possuem um instrumento de auxilio pedagógico que
favorece o processo de ensino-aprendizagem desenvolvido em sala de aula, o livro didático (LD),
que teve a sua utilização alavancada a partir da implantação do Programa Nacional do Livro
Didático (PNLD), projeto que tem como principal objetivo subsidiar o trabalho pedagógico dos
professores por meio da distribuição de coleções de livros didáticos aos alunos da educação básica.
Além disso, em 2004, a Resolução nº 38 do FNDE implantou o Programa Nacional do Livro
Didático para o Ensino Médio (PNLDEM), que prevê a universalização de livros didáticos para os
alunos do ensino médio público de todo o país, configurando-se como o principal recurso dos
professores (MEC, 2015).
Isto posto, esses programas reúnem em sua configuração três aspectos principais: avaliação,
escolha e distribuição (BASSO, 2015). O livro didático torna-se necessário, além disso, constitui-se
como instrumento principal de redimensionamento dos professores e alunos em suas atividades de(83) [email protected]
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sala de aula (SILVA; CARVALHO, 2015). Diante disso, os educadores aderem as suas
metodologias ao uso dessa ferramenta pedagógica, por este motivo, a qualidade do livro usado pelo
docente em sala de aula deve atender os quesitos propostos pelo PNLD. Não obstante, desde a
década de 1990, os parâmetros curriculares nacionais destacam a importância da utilização desse
instrumento.
Em meio a essa perspectiva, é necessário que os educadores desenvolvam um senso crítico
no que diz respeito aos critérios de escolha dos livros didáticos (LD) que utilizam em sala de aula,
pois, de acordo com Verceze e Silvino (2008 p.87), “é necessário que o professor repense e realize
algumas indagações a respeito da utilidade pedagógica do livro didático”. São reflexões que
instigam o educador a observar minuciosamente o arcabouço do livro utilizado e o que ele pode lhe
oferecer. O mesmo autor, afirma que os professores devem certifica-se de: os conceitos estão
corretos? São adequados? Os exercícios ajudam o aluno a pensar e desenvolver o raciocínio crítico?
Assim, mesmo com a aprovação dos livros pelo PNLD, é necessário que o professor,
enquanto mediador dos conhecimentos desperte o seu próprio senso analítico/reflexivo e avalie o
material que irá utilizar, pois o livro didático deve funcionar como um instrumento de apoio ao seu
trabalho. Por mais que o LD seja de excelente qualidade, é dever do professor adequar os seus
conteúdos ao perfil da sua classe, pois ele conhece a sua individualidade e sabe definir qual
metodologia se molda melhor a realidade dos seus alunos (Lajolo, 1996 p.6).
Portanto, considerando a importância do LD mediante o processo de ensino e
aprendizagem (VERCEZE; SILVINO, 2008), o presente trabalho traz uma análise de
diferentes LD, tendo com base o conteúdo de carboidratos. Esse construto se baseia nos
critérios de Vasconcelos e Souto (2003) e traz por meio de um olhar reflexivo/analítico
conhecimentos que possam servir de base aos docentes no que diz respeito ao conteúdo em
estudo.
2 METODOLOGIA
A priori, faz-se necessário a escolha de critérios avaliativos para analise dos livros didáticos,
consistindo em recorrer aos desígnios de avaliação dos autores Vasconcelos e Souto (2003) que
embasaram a metodologia desse trabalho através dos critérios estabelecidos de analises de livros
didáticos.
O trabalho teve como suporte a realização de uma pesquisa bibliográfica ancorada no
pensamento de Barros e Lehfeld, (2000, p.14) que definem o intuito de uma pesquisa como o ato de(83) [email protected]
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“resolver problemas e solucionar dúvidas, mediante a utilização de procedimentos científicos”.
Com a finalidade de embasar o arcabouço teórico do trabalho, também fez-se necessário explorar
obras de autores como: Verece e Silvino (2008), Basso (2015) e Otero (2003) entre outros que
permitiram uma melhor reflexão dando base as ideias do construto. Logo, ressalta-se que a
abordagem utilizada é de natureza qualitativa em que o pesquisador busca adentrar-se à
compreensão de fenômenos que estuda (TERENCE; ESCRIVÃO FILHO, 2006).
Nesse contexto, vale ressaltar o Programa Nacional de Livro Didático (PNDL) e os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que propendem também à metodologia dos autores
anteriormente citados. Em meio a isso, é estabelecida uma divisão dos critérios de analise dos livros
em eixos prioritários sendo estes: conteúdo teórico¹, recursos visuais², atividades propostas³ e
recursos adicionais4 (VASCONCELOS; SOUTO, 2003).
Tabela 1: Conteúdo teórico.
Parâmetro Fraco Regular
Bom
Excelente
Adequação à série
Clareza do texto (definições, termos, etc.)
Nível de atualização do texto Grau de coerência entre as informações apresentadas (ausência de contradições)
Outros: especificar
Sim SimApresenta textos complementares?
Fonte: Elaborada pelo autor.
Tabela 2: Recursos Visuais
Parâmetros Fraco Regular Bom Excelente
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Qualidade das ilustrações (nitidez, cor, etc.).
Grau de relação com as informações contidas no texto
Inserção ao longo do texto (diagramação)
Veracidade da informação contida na ilustração
Possibilidade de contextualização
Grau de inovação (originalidade/criatividade)
Outros: especificar
Sim Não
Induzem a interpretação correta?
Fonte: Elaborada pelo autor
Tabela 3: Atividades propostas
Atividades
Sim Não
Propõe questões ao final de cada capitulo/tema?
As questões têm enfoque multidisciplinar?
As priorizam a problematização?
Propõe atividades em grupo e/ou projetos para trabalho do tema exposto?
As atividades são isentas de ricos para alunos?
As atividades são facilmente executáveis?
As atividades tem relação direta com o conteúdo trabalhado?
Fonte: Elaborada pelo autor.
Tabela 4: Recursos adicionais
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RECURSOS COMPLEMENTARES Sim Não
Glossários
Atlas
Caderno de exercícios
Guias de experimentos
Guia do professor
Outros: especificar
Fonte: Elaborada pelo autor.
Tabela 5: Livros didáticos utilizados.
Livro didático (LD)
Titulo do livro Autores Volume Ano Editora Edição
1BIOLOGIA
HOJESergio Linhares,
FernandesGewandsznajder
1
2013 Ática 2ª
2 CONEXÕES COMA BIOLOGIA
Rita HelenaBrockelmann
1 2013 Moderna 1ª
3 BIOLOGIA Vivian L.Mendonça
1 2013 FTD 2ª
4 BIOLOGIA J. Laurence Único 2011 Nova geração
1ª
5 BIOLOGIA HOJE Sergio Linhares,Fernandes
Gewandsznajder 1 2004 Ática 14ª
6 BIOLOGIA Armênio Uzunian,Ernesto Birner
1 2013 HARBRA 4ª
7 BIOLOGIA José Mariano Amabis,Gilberto Rodrigues
Martho
1 2004 Moderna 2ª
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8
BIOLOGIAFernando Santiago
dos Santos, João BatistaVicentin Aguilar e MariaMarta Argel de Oliveira
1 2010 SM Ltda 1ª
9 BIOLOGIA César e Sezar 1 2005 Saraiva 8ª
10 BIOLOGIA
José Mariano Amabis,Gilberto Rodrigues
Martho
1 2010 Moderna 3ª
Fonte: Elaboração do autor.
A opção pela escolha de dez livros didáticos de biologia³ partiu do proposito de analisar de
modo particular o conteúdo de carboidratos (glicídios). Este, por ser um assunto de extrema
importância na vida acadêmica dos estudantes, é abordado nos exemplares de primeiro ano do
ensino médio. A preferência por analisar os livros de biologia remete em um interesse de exercitar e
estimular a visão reflexiva do docente para a avaliação do livro didático (VASCONCELOS;
SOUTO, 2003).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 ANALISANDO OS CONTEÚDOS TEÓRICOS
O processo de ensino é visto como uma mediação didático/pedagógica em que se
estabelecem caminhos entre os conhecimentos práticos e teóricos (VERCEZE; SILVINO, 2008). De
maneira que, seus métodos e conteúdos devem estar adequados tanto à situação específica da escola
e ao desenvolvimento do aluno quanto aos diferentes saberes a que recorrem (BASSO, 2015).
Nesse contexto, passa a existir a importância do livro didático como um instrumento de
reflexão dessa situação particular, atendendo à dupla exigência: de um lado, os procedimentos, as
informações e os conceitos propostos nos manuais; de outro lado, os procedimentos, as informações
e conceitos que devem ser apropriados à situação didático-pedagógica a que se destinam na práxis
(VERCEZE; SILVINO, 2008). Com base nesses princípios é que a análise dos livros didáticos
torna-se uma ação importante para ser desenvolvida em meio ao processo de formação, pois através
das observações de cada peculiaridade das obras em estudo, despertará o senso analítico/reflexivo
ao observador e influenciará na construção de um docente crítico.
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Ao analisar os livros de forma minuciosa, de acordo com o eixo prioritário em questão,
pode-se perceber que, de modo geral, os livros de biologia avaliados apresentaram coerência em
seus conteúdos didáticos. Porém, no que se refere à clareza do texto, adequação a série e a
apresentação de textos complementares os livros dos autores Linhares e Gewandsznajder
publicados nos anos de 2004 e 2013, bem como, Brockelmann (2013), César e Sezar (2005),
Mendonça (2013) e Laurence (2011) ficaram classificados como fracos1, pois em alguns quesitos
eles não abordam os textos de maneira clara para a compreensão da massa não cientifica (alunos do
ensino médio), como por exemplo, quando os conteúdos são abordados de forma resumida, com
expressões complexas e apresentam poucas propostas de indagações. Vale ressaltar ainda que, os
autores Cesar e Sezar (2005) apresentam os conteúdos de forma resumida e objetiva, o assunto é
tratado brevemente ao decorrer do capitulo sem muitos aprofundamentos no que diz respeito aos
carboidratos e suas particularidades.
Já Laurence (2011) volume único aborda o conteúdo de forma rápida, sem muitas
prolongações sobre a classificação dos glicídios. Quando se trata de classificar os carboidratos,
estes exemplares não aderem a uma explicação mais detalhada. Além de apenas definir rapidamente
o que seria um monossacarídeo ou dissacarídeo, estes apenas mostram resumidamente, não
adequando a realidade vivencial, a exemplo disso: no livro de Amabis, Martho (2004) mostra que a
molécula de glicose e frutose está presente na cana-de-açúcar em forma de dissacarídeo entre outros
exemplos. Enquanto que os exemplares anteriormente citados relacionam, entretanto, falta mais
relação no contexto sobre os monossacarídeos e as demais moléculas.
O livro de Santos, Aguilar, Oliveira (2010) apresenta uma leitura clara, contendo conceitos
bem explicados de forma compreensível ao leitor com um exímio nível de atualização dos assuntos.
Embora este exemplar apresente certas lacunas no que diz respeito ao conteúdo teórico, não implica
dizer que o mesmo, aborda no contexto as particularidades dos carboidratos de maneira mais clara
se comparado a outras obras em estudo. Já os livros de Amabis, Martho publicados nos anos de
2004 e 2010, Uzunian, Birner (2013) abordam o conteúdo de fácil entendimento, com clareza nos
textos, além de proporcionarem informações necessárias que complementam a aprendizagem do
aluno permitindo-lhes compreender conceitos relevantes sobre carboidratos, sendo estes
classificados como excelentes.
Em alguns casos, os livros didáticos tornam-se a primeira fonte de pesquisa dos alunos, com
isso o processo de ensino/aprendizagem a esses educandos se dá por meio da leitura e interpretação
1 Definir estes exemplares como fraco, não implica dizer que os mesmos também não possam ser classificados em outro quesito como excelentes. (83) 3322.3222
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dos textos. Quando os livros didáticos não apresentam clareza no conteúdo teórico, a consequência
disso é refletida na não compreensão do leitor, e isso implica dizer que o livro didático é colocado
como o único objeto de estudo e fonte de pesquisa possível, sendo utilizada de forma limitada e
antagônica a realidade do alunado (OLIVEIRA, 2015).
3.2 ANALISANDO OS RECURSOS VISUAIS
No campo biológico, é comum a apresentação de analogias e metáforas para facilitar o
entendimento de conceitos, bem como a utilização de imagens como suporte pedagógico facilitador.
Ilustrações de células, tecidos entre outras que discorrem pelo texto e em todo o capitulo dos livros
no proposito de auxiliar na compreensão dos conteúdos (SANTOS; TERÁN; FORSBERG, 2011).
Nessa perspectiva, analisando os recursos visuais das obras com ênfase aos eixos prioritários
estabelecidos para a avaliação, que se destacam os autores Laurence (2011), César e Sezar (2005),
Mendonça (2013), pois apresentam imagens pouco atraentes, algumas discorrem pelo texto mais
não tem uma boa comunicação com o assunto. Determinadas ilustrações ate estimulam a
imaginação do leitor como, por exemplo, as moléculas de monossacarídeos, dissacarídeos e figuras
de alimentos. Mais se as ilustrações não forem bem inseridas no texto, em alguns casos podem
inibir a compreensão deixando lacunas no entendimento, e por esses quesitos pode-se classificar as
obras aqui descritas como regulares.
Há, nos livros de Amabis e Martho (2004), Linhares e Gewandsznajder (2013),
Brockelmann (2013), uma particularidade que classificam estes exemplares como bons, pois ao
analisar questões como qualidade das ilustrações, Inserção ao longo do texto e relação com os
conteúdos, as obras acima supracitadas atendem aos requisitos estipulados. Entretanto deixam uma
omissão no que diz respeito ao grau de inovação das imagens, retratando apenas figuras comuns em
relação aos glicídios.
Analisados os livros de Amabis, Martho (2010), Uzunian, Birner (2013), Santos, Aguilar,
Oliveira (2010) e Linhares e Gewandsznajder (2004) estes foram considerados excelentes¹ porque
além de atenderem a certos quesitos estipulados para analise de Qualidade das ilustrações, Grau de
relação com as informações contidas no texto, Inserção das imagens ao longo do texto e outros, as
obras apresentam em suas figuras legendas descritivas que correlacionam com o conteúdo, e
levando em consideração as demais obras, todas apresentam legendas em suas imagens. Entretanto,
destaca-se com mais ênfase as legendas desses autores selecionados acima, pois estes apresentam
boas descrições contidas nas imagens, que relacionam as mesmas aos textos do capítulo.
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A biologia é inteiramente imagem, o mundo vivo é retratado dentro da sala de aula através
da figura. Uma vez que inseridas nos livros didáticos as figuras tornam-se valiosos instrumentos
pedagógicos para auxiliar o aluno a entender o que não se pode mediar apenas em palavras, as
moléculas de DNA, células, entre outros temas. O uso de imagens como alternativa metodológica,
traduz noções e visões com pontos de vistas distintos sobre os contextos em tese, além de propiciar
a visualização de certos conteúdos (OTERO, 2003).
3.3 ANALISANDO AS ATIVIDADES PROPOSTAS
Os livros didáticos apresentam em sua maioria propostas de atividades complementares para
fixar o entendimento dos conteúdos. Dessa forma, é sabido que, quando contestadas pelos alunos
essas atividades tornam-se um meio de remontagem para conceitos e definições abordados nos
textos (OLIVEIRA, 2015).
Realizada as analises dos livros, destacam-se os autores Mendonça (2013), Laurence (2011)
e César e Sezar (2005) como regulares. Proporcionam questões ao final do capitulo, entretanto são
em sua maioria subjetivas e não tem um foco multidisciplinar, não priorizando a problemática,
assim como não sugere atividades em grupo o que de certa forma inibi o surgimento de possíveis
aprendizagens.
Dando continuidade, foram analisados os autores Linhares, Gewandsznajder publicados nos
anos de 2004 e 2013, Brockelmann (2013) e Amabis, Martho (2010) em que estes foram
classificados como bons. Pois apresentam questões ao final do capítulo. Propõe atividades para a
coletividade, estas são isentas de riscos e facilmente executáveis, Além de apresentarem relação
direta com o conteúdo trabalhado. Porém, em algumas questões não é ressaltado o caráter
multidisciplinar, que relacione carboidratos a outros assuntos.
Autores em destaque, como: Santos, Aguilar, Oliveira (2010), Amabis, Martho (2004) e
Uzunian, Birner (2013) foram selecionados como excelentes. Estes exemplares conseguem atender
quase todos os quesitos estipulados para a avaliação, classificando-os como tal. Entretanto, algumas
divergências são encontradas nas atividades, a exemplo disso pode-se destacar o fato de que as
tarefas apresentam questões de múltipla escolha, o que implica dizer que não estimula a capacidade
de formulação de resposta do alunado.
3.4 ANALISANDO DOS RECURSOS ADICIONAIS
Os livros podem oferecer recursos complementares que auxiliem o aluno a desenvolver sua
compreensão sobre os conteúdos em estudo. Pois, quanto mais recursos o livro propor, mais o(83) [email protected]
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educando terá meios para desenvolver seus conhecimentos. Realizada as analises, os autores Santos,
Aguilar, Oliveira (2010), Uzunian, Birner (2013) e Amabis, Martho (2010) não apresentam guia de
professores, além de não oferecem propostas de atividades experimentais. Entretanto, apresentam
atividades discursivas e algumas sugestões de exercícios coletivos.
Linhares, Gewandsznajder (2013), Brockelmann (2013), Mendonça (2013) e César e Sezar
(2005) propõe Guias de experimentos, o que torna-se um recurso considerável, levando em contas a
participação do alunado e o desenvolvimento do senso de pesquisa. Além de oferecerem atividades
complementares para o professor e glossário. Linhares, Gewandsznaj (2004), Laurence (2011) e
Amabis, Martho (2004) apresenta propostas de experimentos, além de apresentar guias que
relacionam o conteúdo em alguns casos ao cotidiano. Destes, apenas Amabis, Martho (2004) e
Laurence (2011) propõem guias de leitura ao decorrer do capitulo.
4 CONCLUSÕES
O livro didático é utilizado pelos docentes das redes de ensino publico e privado, entretanto,
este não deve ser o único instrumento aderido em sala de aula para direcionamento do processo de
ensino/aprendizagem. O professor deve adequar o livro a realidade da turma, uma vez que ele é
visto como uma ferramenta necessária que propicia subsídios pedagógicos ao educador.
Ao realizar as análises dos livros didáticos, pode-se perceber sua importância como
instrumento de auxilio didático/pedagógico. O livro torna-se elemento de uso primário dos
professores, daí a importância de conhecer melhor o material em questão. Pretendendo destacar
com isso, a complexidade de realizar tal avaliação, pode-se constatar que é preciso desenvolver um
senso reflexivo para analisar a qualidade do material, linguagem e ilustrações contidos nos
exemplares (Vasconcelos; Souto, 2003).
Há em cada livro analisado particularidades que os definem, e que, sobretudo, os qualificam
em cada quesito estipulado para a avaliação. A ausência de contextos que correlacione os
carboidratos a realidade do alunado também se torna um fator de exiguidade nas obras. Entre os 10
livros analisados, destacam-se os autores Uzunian, Birner (2013), Santos, Aguilar, Oliveira (2010) e
Amabis, Martho publicados em 2004 e 2010 que foram classificados como excelentes, porque
conseguiram corresponder aos quesitos estabelecidos para avaliação. Embora os demais livros não
tenham sido classificados como excelente isso não implica dizer que estes não apresentem o
conteúdo de maneira explicativa, mais sim, que eles não atendem a todos os quesitos estipulados. (83) [email protected]
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Portanto, cabe ressaltar que é extremamente importante que os livros didáticos abordem o
conteúdo de carboidratos, relacionando-o com a realidade do alunado, bem como, que os mesmos
invistam mais em recursos adicionais, como cadernos de exercícios e guia para experimentos, pois
eles estimulam o desenvolvimento do saber coletivo. Com isso, pode-se constatar que existe uma
profunda necessidade das obras abordarem o assunto de carboidratos, adequando a linguagem dos
textos ao público não especializado, apresentando-os de forma explicativa, objetivando com isso,
melhorar a compreensão e desmistificar a ideia de que estudar conteúdos como este é uma prática
difícil, contribuindo assim, para a melhoria da aprendizagem do aluno de ensino médio.
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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LAJOLO, M. Livro Didático: um (quase) manual de usuário. Brasília: Alberto, ano 16, n. 69, jan/mar. 1996.
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OTERO, R. M. Imagines e Investigación em Enseñanza de las Ciências. PIDEC: Textos de apoiodo Programa Internacional de Doutorado em Ensino de Ciências da Universidade de Burgos (Convênio UFRGS). V. 5 – 2003. Porto Alegre.
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SILVA, Robson Carlos da. CARVALHO, Marlene de Araújo. O livro didático como instrumento de difusão de ideologias e o papel do professor intelectual transformador. UFPI, 2015.
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VASCONCELOS, Simão Dias. SOUTO, Emanuel. O livro didático de ciências noensino fundamental – proposta de critérios para análise do conteúdo zoológico.Ciência & Educação, v. 9, n. 1, p. 93-104, 2003.
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