anamnese homeopatia

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O Interrogatrio em Homeopatia

H que identificar a totalidade dos sintomas do paciente de forma a conseguir a sua remoo, o que equivale destruio integral da causa da doena. A soma de todos os sintomas em cada caso individual de doena dever ser a nica indicao, o guia isolado para nos orientar quanto escolha de um determinado remdio ( 18 do Organon). O simillimum resulta da comparao entre os sintomas da doena, os sinais do doente e os sintomas dos medicamentos exibidos nas matrias mdicas.
Esta identificao consegue-se por intermdio do seu exame.Segundo Hahnemann:O paciente fornece uma histria detalhada dos seus padecimentos. Deve descrever exactamente o que sente e de que sintomas est mais ansioso de se libertar. Se for acompanhado, as pessoas que o rodeiam relatam as suas queixas, o seu comportamento e o que percebem nele, enquanto o homeopata v, ouve e observa o que h no doente de fora do comum ( 84 do Organon). necessrio que o homeopata no se deixe induzir em erro pelos relatos das pessoas que possam acompanhar o enfermo ( 98 do Organon).
O homeopata anota tudo, iniciando um novo pargrafo a cada sintoma relatado evitando interromp-lo ( 84 e 85 do Organon).
Quando se relacionam os sintomas um abaixo do outro, -nos permitido escrever ao seu lado os remdios que os produzem conforme indicao repertorial. Tanto Clarke como Boenninghausen, prescreviam, em regra, ao paciente o medicamento que correspondesse ao maior nmero de sintomas.

Atende ento a cada sintoma em particular obtendo informaes mais precisas o homeopata interroga-o sobre a localizao da dor ou sensao, do horrio em que ocorre, como agrava ou melhora, etc. sem que formule questes de forma sugestiva ou que possam ser respondidas com um simples sim ou no ( 86 e 87 do Organon).

Se nos padecimentos voluntariamente mencionados, houver lacunas sobre vrias partes, funes do organismo e estado mental, o homeopata deve questionar o paciente no que a tal respeitar ( 88 do Organon). Deve procurar-se sempre traar um perfil psicolgico do enfermo.

Dever tambm anotar tudo o que observar no doente ( 90 do Organon).

No caso de doena crnica h que a reconhecer na sua forma original, devendo para tanto o doente ser privado por alguns dias dos medicamentos que toma, procedendo-se anotao cuidada das mais pequenas peculiaridades ou sintomas mnimos ( 91 e 95 do Organon). Se o homeopata no for mdico alopata, em caso algum retirar a medicao prescrita pelo mdico de famlia ou especialista, sem o consentimento deste.

Nas doenas agudas, no obstante o homeopata tenha de inquirir menos, porquanto os sintomas esto bem presentes na memria do enfermo, dever ser feito um quadro completo da doena ( 99 do Organon).

O nosso modelo de interrogatrio foi idealizado visando uma repertorizao breve e o mais exacta possvel. Durante o interrogatrio devem ser sempre tomadas em considerao:
As modalidades que provocam, agravam ou melhoram os sintomas, alternncias ou concomitncias sintomticas, todos os factores subjectivos e sensaes associadas doena ou ao prprio paciente como entidade global, a lateralidade, horrios de agravamento e melhora e os factores etiolgicos que geraram a morbicidade do quadro.
A modalidade homeoptica determina em que circunstncias melhora ou agrava o sintoma ou a totalidade sintomtica do paciente. So as modalizaes que tornam o sintoma caracterstico.
Alguns exemplos:

Alimentares: agravaes ou melhoras por efeito de determinados alimentos ou bebidas.
Atmosfricas e ambientais: andando ao ar livre, desejo ou averso dos grandes espaos, lugares fechados, chuva, neblina, humidade, tempestade, sazonalidade, luz natural ou artificial , rudo, msica, odores.
Banho e lavagens: frio, quente, mar, averso a lavagens.
Corpos celestes: Sol, Lua, estaes do ano.
Horrias: dia, manh, tarde, noite, anoitecer, uma qualquer hora especfica.
Lateralidade: direita, esquerda.
Locomoo e posio: andar, andar de carro, barco, correr, danar, deitado, sentado, em p, de joelhos, curvado.
Movimento e repouso: no comeo do movimento, durante ou aps o mesmo, deitado ou sentado.
Roupas: apertadas ou no, cobrir-se, descobrir-se, nu.
Temperatura: calor, frio, mudana.A anamnese compreende um perodo prvio em que o paciente mencionar a sua queixa principal e relatar mesmo que parcialmente, a histria pregressa da doena.A todo o momento, o homeopata deve atentar nas caractersticas peculiares e nicas do seu paciente. Desde o momento em que ele entra no consultrio at sua partida, o homeopata tem obrigao de constatar todo e qualquer sinal pertinente para a procura do medicamento correcto.
Esta perspectiva global do paciente compreende inmeros aspectos que sero discutidos na parte respeitante ao interrogatrio propriamente dito, embora se destaquem alguns de compreensvel importncia: aspecto do paciente, movimentos, gestos com a face, modo de falar, grau de lucidez mental, odor, etc.No que respeita s fases da anamnese segundo o Dicionrio de termos tcnicos de Medicina e Sade de Luis Rey: Reminiscncia, recordao. Relato feito pelo paciente (ou algum responsvel por ele) sobre os antecedentes, detalhes e evoluo da sua doena at ao momento do exame mdico; histria pregressa da doena. Num sentido mais lato, o conceito de anamnese engloba a fase de interrogatrio propriamente dita. Embora no resultem de relato espontneo por parte do paciente, os sinais recolhidos por via de interrogatrio, desde que o homeopata no sugira as respostas ao doente, assumem por defeito a validade de sintomas , numa consulta de homeopatia:Queixa principal ou relato da histria individual os dados recolhidos durante esta fase devem-no ser na linguagem do paciente, j que as patogenesias foram originalmente escritas na linguagem corrente empregue pelos voluntrios das experimentaes. Revelar-se- infrutfero e contraproducente tentar empregar uma linguagem mais erudita ou tcnica nos relatrios e fichas clnicas dos doentes: O paciente deve apresentar uma histria o mais detalhada possvel da doena.Se possvel, dever referir os factores etiolgicos ou biopatogrficos.O factor etiolgico ou biopatogrfico o acontecimento que originou o estado patolgico. Pode ser hereditrio causa diatsica , ter origem fsica exposio ao frio hmido ou frio seco ou psicolgica desgosto de amor, cime, medo ou pnico .Proceder descrio do quadro sintomtico.

Interrogatrio este deve ser efectuado com base nos sintomas que o paciente no aprofundou ou que sejam dbios para o homeopata. Proceder-se- h recolha de dados que consolidem e especifiquem a narrao do paciente (87 e 89 do Organon). O bom interrogatrio, tambm depende da ateno dada a pormenores ou factores predisponentes do quadro patolgico, que o paciente no mencionou, por embarao, indolncia, falta de disposio ou esquecimento e que o homeopata j conhece como essenciais a um diagnstico fivel e correcto, especialmente em sede de doena crnica (93 e 94 do Organon).

Compreende uma srie de passos que poder seguir ou no, dependendo da sua experincia clnica ou at mesmo da sua predileco por um outro modelo de questionrio. No foroso que o bom interrogatrio seja tal qual aquele que demonstramos. Pelo contrrio, este modelo de interrogatrio meramente indicativo de como se poder processar o questionrio aplicado clnica homeoptica.
O questionrio que apresentamos depende directamente da estrutura do Repertrio Homeoptico de Ariovaldo Ribeiro Filho, que tem por base o de Kent.
2.1 Dados pessoaisAqui, incluem-se todos os dados pessoais do paciente tais como: nome, idade, profisso, agregado familiar, etc.
Podem preencher-se estes dados logo chegada do paciente ao consultrio atitude mais corrente , permitindo que se descontraia e se familiarize com o homeopata e o espao da consulta. 2.2Fase interrogatria.2.2.01 Sobre a mente e as iluses.
2.2.02Sobre o sono e os sonhos.
2.2.03 Cabea e pescoo.
2.2.04 Olhos e viso.
2.2.05 Ouvidos e audio.
2.2.06 Nariz.
2.2.07 Face.
2.2.08 Boca, paladar e dentes.
2.2.09 Apetite, bebidas e alimentcios.
2.2.10 Garganta, garganta externa.
2.2.11 Laringe e traqueia.
2.2.12 Trax, peito.
2.2.13 Aparelho respiratrio, respirao.
2.2.14 Tosse.
2.2.15 Expectorao.
2.2.16 Costas.
2.2.17 Aparelho cardiovascular.
2.2.18 Abdmen e estmago aqui se incluem todos os rgos nobres abrigados na regio abdominal, nomeadamente, bao, fgado, intestinos, vescula biliar .
2.2.19 Recto.
2.2.20 Rins e bexiga.
2.2.21 Excrees (urina e fezes).
2.2.22 Genitais.
2.2.23 Pele.
2.2.24 Aparelho locomotor.
2.2.25 Sistema nervoso.
2.2.26 Transpirao.
2.2.27 Dor.
2.2.28 Generalidades aqui incluem-se as modalidades de agravamento ou melhora mais gerais .2.3 Interrogatrio sobre os antecedentes do paciente.2.3.1 Antecedentes familiares os antecedentes familiares compreendem: falecimentos, patologias e estados mrbidos dos ascendentes e colaterais do paciente .

2.3.2 Antecedentes pessoais estes englobam: antecedentes patolgicos e txicos, imunizaes, alergias medicamentosas, outros tipos de alergia, tratamentos actuais. No convm descurar os factores psicolgicos que de alguma forma possam ser categorizveis como antecedentes pessoais.

2.3.3 Antecedentes ginecolgicos
neste momento questiona-se a paciente sobre: menarca, menopausa, ciclo menstrual, dispareunia, dismenorreia, sndrome pr-menstrual, incmodos plvicos, leucorreia ( (odor, cor, consistncia, quantidade), gravidezes (abortos, vivos), partos (cesarianas), tratamentos hormonais e contraceptivos .

2.4 Inspeco ou exame.2.4.1 Sinais vitais Inclui: pulso, temperatura, presso arterial, frequncia cardaca, frequncia respiratria .
2.4.2 Aspecto geral nesta fase podem avaliar-se: nutrio (normal, caquexia, magreza, desnutrio, excesso de peso, obesidade), estado sensrio (estupor, confuso, alerta, obnubilado ou outros dados pertinentes), postura e atitude (colabora, no colabora, etc.), hidratao (normal, desidratao leve, moderada ou grave), perfuso (palidez, cianose), desenvolvimento sseo e muscular (normal ou anormal) .
2.4.3 Reavaliao e consolidao, a posteriori, por intermdio do exame, dos dados obtidos na fase de interrogatrio os restantes sinais recolhidos na fase de exame podem associar-se a determinadas questes do perodo de interrogatrio que se susceptibilizem de confirmao emprica.