Anapolis

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ANAPOLIS

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História da Cidade

Surgimento e povoação

Os princípios da povoação de Anápolis, nos idos do século XVIII, tiveram como responsável a movimentação de tropeiros que demandavam de diferentes províncias em direção às lavras de ouro de Meia Ponte (Pirenópolis), Corumbá de Goiás, Santa Cruz, Bonfim (Silvânia) e Vila Boa (Cidade de Goiás). Os principais cursos de água que cortam a região de Anápolis - João Cezário, Góis e Antas - tinham dupla importância no translado desses garimpeiros: eram sítios de descanso e serviam como referência e orientação na viagem. Abandonando os sonhos de aventura e de riqueza em face da exaustão do precioso metal nas lavras antes promissoras, muitos daqueles viajores optaram pelas margens do Antas para estabelecer moradia, constituir família, explorar a terra.

Já no século XIX o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire fez anotações em seu diário de viagem em que descrevia uma fazenda "que era um engenho de açúcar do qual dependia um rancho muito limpo, no qual nos alojamos". Era o ano de 1819 e o lugar descrito pelo estudioso francês, a Fazenda das Antas. O certo é que pelos idos de 1833, os fazendeiros de há muito fixados às margens do Riacho das Antas, tinham por costume se reunir em casa de Manoel Rodrigues dos Santos, um dos primeiros moradores do lugar, e aí realizavam novenas e orações. Registros históricos da época confirmam que no ano de 1859, a área de terras que constituía propriedade de Manoel Rodrigues dos Santos era um aglomerado de quinze casas.

A 25 de abril de 1870 surge o primeiro documento oficial sobre Anápolis. Um grupo de moradores constituído por Pedro Roiz dos Santos, Inácio José de Souza, Camilo Mendes de Morais, Manoel Roiz dos Santos e Joaquim Rodrigues dos Santos fez a doação de parte de suas terras para a formação do que se denominou de Patrimônio de Nossa Senhora de Santana.

No ano seguinte, nas terras doadas, Gomes de Souza Ramos construiu a Capela de Santana o que fez o lugar florescer rapidamente, pelo que foi elevado à Freguesia de Santana, sobrevindo depois os estágios de vila e de cidade.

Imagem secular

A imagem da santa padroeira de Anápolis - que segundo relatos pertenceu a Dona Ana das Dores, mãe de Gomes de Souza Ramos - esteve por muitos anos preservada fora da cidade. Localizada em Pirenópolis foi trazida para Anápolis onde é guardada como relíquia histórico-religiosa, na Matriz de Santana.

A imagem tem uma saga que remonta a 142 anos, portanto quase sesquicentenária. A comunidade católica de Anápolis dedica devoção especial à sua padroeira, cujo onomástico se celebra a 26 de julho, quando a imagem centenária pode ser admirada durante a novena precedente àquela data que se celebra na Matriz de Santana, todos os anos.

Desígnio

A devoção a Nossa Senhora Santana influiu de forma inequívoca na fundação de Anápolis. A partir da construção de uma pequena capela, em 1871, por Gomes de Souza Ramos, formou-se a aglomeração urbana que se constituiria dois anos depois em Freguesia de Santana das Antas.

A outra versão que preserva um cunho mítico sobre o surgimento de Anápolis, conta que a fazendeira Ana das Dores de Almeida viajava de Jaraguá para Bonfim (atual Silvânia), quando em determinada etapa da viagem um dos muares de sua tropa (a mula que conduzia a imagem de Santa Ana) desgarrou-se dos demais. Localizado o animal, resultaram inúteis os esforços para fazê-lo retomar a marcha, o que levou a devota a interpretar o fato como se manifestação de que "a santa ali desejava ficar". A viajante fez propósito de que mandaria construir uma capela no local onde seria introduzida a estátua sagrada. Essa determinação de Dona Ana das Dores foi concretizada por seu filho, Gomes de Souza Ramos, 11 anos mais tarde.

Citações literárias

As pesquisas sobre os fundamentos históricos de Anápolis, remontam ao século XIX. A mais antiga de que se tem registro é do naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire quando fez o trajeto de Meia Ponte (Pirenópolis) para Bonfim (Silvânia).

Era o ano de 1819 e em seu diário de viagem, ele escreveu: "A três léguas de Forquilha, apeei-me na Fazenda das Antas, situada acima do rio do mesmo nome, ainda um dos afluentes do Rio Corumbá. Essa fazenda era um engenho de açúcar que me pareceu em péssimo estado, mas da qual dependia um rancho muito limpo e bastante grande, no qual nos alojamos".

Em 1824, o marechal português, Raimundo José da Cunha Matos, deixou registrado: "Rio das Antas nasce na serra ao sul do arraial de Meia Ponte e banha a fazenda de seu nome; tem ponte e mete-se no Rio Corumbá com o curso de mais de oito léguas: consta de muitos braços".

De outro viajante francês, Francis Castelnau, quando excursionava de Bonfim para Meia Ponte, em março de 1844: "Saindo da fazenda, atravessa-se o bonito ribeirão chamado das Antas, nome também da localidade".

Do pernambucano Oscar Leal, em 1887: "Antas!... Sepultada no meio do deserto, longe das grandes estradas que ligam a capital goiana às principais praças do sul do Estado a vila ou povoação das Antas, surge à vista do forasteiro, depois que se desce a chapada, em extenso vale, cercado de um mutismo tão belo e sedutor que seria o bastante para ali fundarem um estado os poetas da antiga Babilônia. Na vila das Antas há meia dúzia de pessoas com as quais se pode travar conversação e uma destas é o Sr. José Batista... Consta de duas ruas paralelas que atravessam o largo da matriz, a qual fica situada bem no centro da povoação... Sua população, segundo os meus cálculos na falta de estatística, orça por uns 800 habitantes... Tem umas seis lojas de fazendas mal sortidas e algumas tabernas que vendem fumo, cachaça e mantimentos. O clima é saudável e as águas magníficas".

1892 - Relatório da Comissão Cruls, no deslocamento de Bonfim para Pirenópolis: "A 30 de julho, no Engenho de Antas, descobrimos no horizonte, o cume de uma cadeia de montanhas, ao depois, soubemos ser o Pireneus. Ficamos então distantes 60 quilômetros (de Pirenópolis)".

1893 - Carta de Leopoldo de Bulhões a Capistrano de Abreu: "As Antas serão o Ribeirão Preto de Goiás em breves dias..."

Dois expoentes

Foi mediante os esforços liderados pelos dois chefes políticos Gomes de Sousa Ramos e José da Silva Batista (Zeca Batista), ambos homens de espírito empreendedor, que a antiga povoação de Santana das Antas é hoje a mais imponente cidade do interior do Estado de Goiás. Gomes de Sousa Ramos deu origem à primeira construção que foi o marco de todo o desenvolvimento: a Capela de Nossa Senhora Santana. O professor Zeca Batista soube ser exímio no trato e na ação política, chegando a ocupar a Presidência da Província de Goiás e desfrutando de grande prestígio.

Fundador

Gomes de Sousa Ramos foi um dos fundadores de Anápolis. Ele nasceu a 17 de setembro de 1837, em Arraias, filho de Gomes Pereira Ramos e de Dona Ana das Dores de Almeida. Aos 33 anos de idade, mudou-se de Bonfim para o lugarejo que mais tarde seria a Freguesia de Santana das Antas. Veio atraído pela fertilidade da terra e pelo clima.

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Chegando aqui no ano de 1870, homem empreendedor que era, criado por sua mãe cultivando os preceitos católicos na devoção a Nossa Senhora de Santana, erigiu uma capela, porque encontrou vários devotos da padroeira do lugar.

Foi pois sob o entusiasmo de Gomes de Souza Ramos que alguns moradores fizeram doação das terras onde se localiza parte da cidade, à Santa.

Gomes de Sousa Ramos iniciou a construção da capela nos primeiros meses do ano de 1871. A 3 de novembro do mesmo ano, foi designado capelão, o padre Francisco Inácio da Luz. Era um passo importante para o desenvolvimento demográfico e político do lugar, pois em 1872, esse padre redigiu um documento pedindo a elevação da povoação à categoria de Freguesia.

O documento foi assinado por ele, por Gomes de Souza Ramos e por outras 265 pessoas. Esse documento datado de 2 de maio de 1872, foi encaminhado ao presidente da Província de Goiás, Antero Cícero de Assis, e levado à então capital, Goiás Velho (hoje Cidade de Goiás), por Gomes de Sousa Ramos. Uma penosa viagem, já pela distância a ser percorrida, já pela falta de meios de transporte e de conforto da época, e sobretudo pelos perigos nos locais ermos em que se devia circular. A viagem de Gomes de Sousa Ramos foi, toda ela, feita a cavalo.

O requerimento dos moradores foi então encaminhado à Assembléia Legislativa, acompanhado de um ofício de Gomes de Sousa Ramos. Nesse requerimento ele descrevia a situação, a localização e os limites da capela.

Mediante os esforços de Gomes de Sousa Ramos e de Zeca Batista, chefes políticos de então, foi que a Freguesia, alguns anos depois, se elevava à categoria de Vila - mais precisamente, no ano de 1887. No entanto, devido a alguns fatos de abrangência nacional à época, a vila só viria a ser instalada cinco anos mais tarde.

Gomes de Sousa Ramos não chegou a alcançar essa nova etapa da história da cidade que ajudou a fundar. Ele adoeceu em junho de 1889, vindo a falecer em 22 de setembro daquele mesmo ano, deixando viúva a Sra. Messias Gomes Pereira (que sua era sobrinha) com quem tinha seis filhos: Maria, Sebastião, Gomes, Benedito, Francisco e Manuel, tendo nascido, posteriormente a seu falecimento, em 5 de janeiro de 1890, outra filha do casal, de nome Ana. Gomes era casado em primeiras núpcias com Vitoriana Maria de Jesus, da qual se enviuvou e com quem não teve filhos.

José da Silva Batista

O nome do coronel Zeca Batista está intimamente relacionado à história de Anápolis, para onde se mudou a 28 de fevereiro de 1882, vindo de Meia Ponte (Pirenópolis), cidade em que nasceu a 1º de setembro de 1856. Zeca Batista era filho do comendador Teodoro da Silva Batista e de Efigênia Pereira de Siqueira Batista. Estudou no Colégio Senhor do Bonfim, de sua terra natal.

Em 9 de outubro de 1875 casou-se com Francisca de Siqueira, filha de Manuel Barbo de Siqueira e de Maria Luíza Abrantes. O casal teve dez filhos, dos quais, os três primeiros nascidos em Pirenópolis: Isaura, Vespasiano e Alcebíades - este ultimo falecido ainda criança. Os outros sete nasceram todos em Anápolis (então Santana das Antas): Segismundo, Diana, Semíramis, Naiá, Genaro, Ninfa e Nicanor, todos já falecidos.

Veio para a então Freguesia de Santana das Antas como professor. Mas à falta de médicos e de farmacêuticos, exercia também essas atividades, além de ser comerciante. Residiu inicialmente no chamado Largo da Igreja, numa casa que ficava fronteira à atual Escola Normal e onde hoje existe um posto de gasolina, na confluência da Avenida Goiás com a rua que atualmente leva o seu nome. Somente no ano de 1907, Zeca Batista construiu a casa que hoje abriga o Museu Histórico de Anápolis.

Foi graças aos esforços conjuntos de Zeca Batista e de Gomes de Sousa Ramos que a Freguesia de Santana das Antas foi elevada a vila, mediante a Lei 811, de 15 de dezembro de 1887 - cinco anos após a chegada de Zeca Batista ao lugar. Entretanto a instalação oficial da vila só aconteceria cinco anos mais tarde. Vários acontecimentos se deram nesse ínterim: em nível nacional a Abolição da Escravatura e a Proclamação da República, e em nível local o falecimento de Gomes de Sousa Ramos, em setembro de 1889.

Nos preparativos para a instalação da vila, os antenses formaram a sua primeira Junta Administrativa, em fevereiro de 1892, escolhendo para presidi-la, o coronel José da Silva Batista. É que o valor e o prestígio de Zeca Batista cresceram de tal modo nos dez anos em que residira no lugar, que ele se tornou chefe supremo da política local. Em 1905, José da Silva Batista elegeu-se à terceira vice-presidência do Estado e depois, por vacância de cargo, chegou à presidência. Em 27 de abril de 1909, deposto o primeiro vice-presidente do Estado, coronel Francisco Bertoldo de Sousa, que se encontrava então na chefia do Poder Executivo, por um movimento revolucionário, foi entregue a direção do governo, em 12 de abril daquele ano, ao comendador Joaquim Rufino Ramos Jubé, presidente do senado estadual, o qual o transmitiu, a 1º de maio, ao segundo vice-presidente, coronel Zeca Batista, que esteve à frente da chefia da administração de Goiás, até o dia 24 de junho seguinte, quando assumiu, por eleição, Urbano Coelho de Gouveia. Zeca Batista foi escolhido 1° vice-presidente do novo Executivo estadual.

Em Anápolis e como em todo o Estado de Goiás, o coronel Zeca Batista desfrutava de grande prestígio e popularidade.

Faleceu a 7 de dezembro de 1910, às duas horas da tarde, por conseqüência de grave doença que há tempos o havia acometido.

Anos mais tarde, em 1929, no jornal "Lavoura e Comércio", de Uberaba, o jornalista Hermógenes Monteiro traçou a maneira de ser de José da Silva Batista: "Esse homem era um cavalheiro tão perfeito, um diplomata tão completo, naqueles tempos bárbaros, que desarmava o adversário, cercando-o de considerações e ativava o inimigo, dando-lhe superior importância - enquanto aos amigos, por mais pobres que fossem, tratava com intimidade e confiança de irmão. Popular ao extremo, provocava palestra com todos: pretos, brancos, ricos ou pobres, que encontrava em seus passeios habituais. Nunca deixou de visitar o seu único e sistemático adversário político, major Francisco de Barros, a quem não perdia a oportunidade de provar a mesma e única consideração de sempre".

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Aspectos Geográficos

Anápolis está localizada a 53 quilômetros da capital, Goiânia, através de pista duplicada da BR-153, que liga a cidade ao sul e ao norte do país. Ainda conta com as rodovias federais BR-060 (que liga Anápolis à Brasília através de pista dupla) e BR- 414 (que liga Anápolis à Brasília, através de Corumbá de Goiás) e as estaduais GO-222 (para Nerópolis) e GO-330 (para Leopoldo de Bulhões). É um dos maiores entroncamentos rodoviários do país, estando a pouco mais de 130 quilômetros da capital federal.

Anápolis é o terceiro maior município em população do estado de Goiás, o segundo maior em arrecadação de impostos e a segunda maior cidade do estado de Goiás, compondo a região mais desenvolvida do Centro-Oeste brasileiro, o eixo Goiânia-Anápolis-Brasília

Segundo o Censo do IBGE para 2010, sua população é de 334.613 habitantes. Limita-se ao norte com os municípios de Pirenópolis e Abadiânia, a leste com o município de Silvânia, ao sul com o município de Leopoldo de Bulhões e Goianápolis e a oeste com os municípios de Nerópolis e Ouro Verde de Goiás. Sua bacia hidrográfica é composta pelos ribeirões João Leite, Antas, Piancó e Padre Sousa.

Relevo

O município tem relevo ondulado, fazendo parte do planalto central brasileiro, podendo ser subdividido em cinco tipos, com características peculiares, sobretudo no que diz respeito à forma, ao espaçamento interfluvial e à potencialidade erosiva.

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A maior parte do território do município possui um relevo medianamente dissecado com potencialidade erosiva fraca. Apresenta formas convexas associadas a formas tabulares amplas. A substituição da cobertura vegetal primitiva por pastos, submetidos à prática de queimada e ao pastoreio intenso, provoca a retirada de nutrientes do solo pelo escoamento superficial promovendo seu esgotamento.

Os relevos intensamente dissecados com potencialidades erosiva muito forte, encontram-se em duas áreas. A primeira, menor, ao norte, junto à fronteira com os municípios de Abadiânia e Pirenópolis. A segunda maior, desde os limites com o município de Ouro Verde e avançando em direção ao centro, sob a forma de uma faixa estreita.

Clima

O Clima do município é do tipo tropical de altitude. A temperatura, ao longo do ano, oscila entre 8ºC (junho-julho) a 33ºC (janeiro-março), mas a média fica entre 18ºC e 23°C. O período mais frio vai de maio a setembro, e o mais quente, de outubro a abril. Existem duas estações distintas, a da seca, que coincide com o período de frio, e a das chuvas, que coincide com o período de calor.

Anápolis possui um clima ameno na maior parte do ano. No inverno as temperaturas mínimas podem despencar para até 6°C. Porém, as máximas podem ser superiores a 25°C. (Temperaturas típicas de um dia de inverno: mín. 10°C/máx.25°C). A mínima absoluta ocorreu na forte onda de frio de junho de 1975, onde a temperatura chegou a -3°C, com forte geada na cidade.

Na primavera, são registradas as maiores temperaturas. Há casos em que as temperaturas máximas podem alcançar ou ultrapassar os 35°C. Os meses de Agosto e Setembro são muito secos costumam ser quentes apesar do inverno. As primeiras chuvas após o tempo de seca chegam com a entrada da primavera, variando de um ano pro outro.

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Economia

Anápolis é a principal cidade industrial e centro logístico do Centro-Oeste brasileiro. Possui diversificada indústria farmacêutica, forte presença de empresas de logística e atacadistas de secos e molhados, economia forte e bem representada através de 31 agências bancárias.

O município é o terceiro do Estado em população e o primeiro no ranking de competitividade e desenvolvimento recém divulgado pela Secretaria Estadual de Planejamento (www.seplan.go.gov.br), além de estar no centro da região mais desenvolvida do Centro-Oeste brasileiro, conhecida como o eixo "Goiânia-Anápolis-Brasília". Possui um PIB estimado para 2008 em R$ 6,2 bilhões de reais e um Pib Per Capita de R$ 18.450,00.

Sua economia está voltada para a indústria de transformação, medicamentos, comércio atacadista, indústria automobilística e também a educação.

DAIA - Distrito Agroindustrial de Anápolis

O Distrito AgroIndustrial de Anápolis (DAIA) foi criado em 8 de setembro de 1976 com o objetivo de agregar valor à produção agropecuária e mineral da região. A posição estratégica da cidade, contudo, contribuiu para que a intenção inicial fosse suplantada. Contando com uma área de 593 hectares, é limítrofe com a BR-060/153 e com a GO-330, além de ser interligada ao Porto de Santos por um ramal da Ferrovia Centro Atlântica e ser o marco zero da ferrovia Norte-Sul, em construção.

O grande impulso veio em meados da década de 1980 quando o governo estadual instituiu o programa de incentivos fiscais Fomentar, concedendo crédito de ICMS às industrias que se instalassem em Goiás.

O programa passou por várias reformulações, se adequando às constantes mudanças ocorridas na economia brasileira, num período marcado pela escalada inflacionária e pela recessão. Ainda assim num campo minado de adversidades, o DAIA se consolidou como o principal polo de indústria goiana devido não só aos incentivos fiscais oferecidos, como também, e fundamentalmente, pelas suas condições de infra-estrutura e localização, os pontos chaves para facilitar o escoamento da produção.

Atualmente, o Distrito é a sede do Polo Farmacêutico Goiano, com mais de 20 empresas, entre elas, pode-se citar os Laboratórios Teuto Brasileiro (com participação de 40% da Pfizer), Neoquímica (da Hypermarcas), Greenpharma, Geolab, Champion, Kinder, Vitapan, Novafarma, Genoma, AB Farmoquimica, FBM, Melcon (com participação de 40% do Laboratório Aché), Pharma Nostra e muitos outros, que juntos, empregam mais de dez mil pessoas.

Além da grande quantidade de laboratórios farmacêuticos e de indústrias químicas, o DAIA ainda possui uma Estação Aduaneira do Interior (EADI) e diversas outras empresas, entre as quais Adubos Araguaia, Fertilizantes Mitsui, Granol Óleos Vegetais, Gravia Esquality, Guabi, Midway International, Cereais Araguaia, Elkatex, Babymania Fraldas, Roan Alimentos, Beraca-Sabará Indústria Química, Companhia Metalgraphica Paulista, Transportadora Gabardo, RGLog Logística, DHL Logística, Laticínios Vigor, Colatex, Plastubos, Docce Vida, Hyundai e outras.

Dentre as vantagens que possibilitam o desenvolvimento contínuo do Daia, podemos destacar a Estação Aduaneira do Interior (EADI ou Porto Seco), a localização do quilômetro Zero da Ferrovia Norte-Sul, a ponta norte da Ferrovia Centro Atlântica (que se ligará com o km Zero da Ferrovia Norte Sul), Plataforma Multimodal, em construção, e o Entreposto da Zona Franca de Manaus, também em construção. Além disso, conta com sistema de captação e tratamento de água próprios, com capacidade para 590.000 metros cúbicos, sistema exclusivo de energia elétrica, central telefônica - DDD/DDI, agências bancárias e correios e a localização privilegiada, no coração do Brasil, o que permite às empresas instaladas ou que pretendem se instalar terem mais suporte e estrutura física para realizarem ótimos negócios.

Os projetos para 2011 incluem a construção da nova fábrica de caminhões da Hyundai, fábrica de motores também da Hyundai, a montadora confirmou a montagem de mais dois veículos o IX35 e o Santa Fé para 2012, fábrica de tratores da MTZ Internacional, fábrica da Indústria Ypê, ampliação do Centro de Distribuição do Laboratório Neoquímica (investimentos de R$ 100 milhões) e muitos outros projetos que acelerarão o processo de industrialização da cidade, Anápolis poderá contar com uma montadora de aviões holandesa, Rekkof Aircraft, produzirão o modelo da extinta Fokker com capacidade de produção de até 160 aeronaves/ano de pequeno, médio e grande porte (investimento de R$ 1,2 bilhões).

Fora da área do Distrito Industrial, ainda podemos contar com diversas empresas de porte, tais como AMBEV, Fri-Ribe Rações, Arroz Brejeiro, Friboi, Plumatex, Babioli, Belma Alimentos, Laboratório Uniphar, Suplemente, etc.

Porto Seco Centro-Oeste

Um dos principais motivos de Anápolis ter se consolidado como o 22º maior município importador do Brasil, com US$ 1,5 bilhão em volume, o Porto Seco Centro-Oeste ou EADI - Estação Aduaneira Interior, é um terminal alfandegário de uso público, de zona secundária, destinado à prestação de serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro.

Plataforma Logística Multimodal

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A Plataforma Logística Multimodal de Goiás promoverá pela primeira vez no Brasil o conceito de central de inteligência logística, combinando multimodalidade, telemática e otimização de fretes. Por meio do acesso eficiente aos eixos de transporte rodoviário, ferroviário e aeroportuário, permitirá a integração com as principais rotas logísticas do País.

A plataforma será implantada numa área de 6.967.790 m², entre o Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA). Além do tratamento das mercadorias, da armazenagem e do acolhimento do pessoal em trânsito, a plataforma abrangerá todos os subconjuntos logísticos necessários para reduzir os custos com operações de movimentação. No mesmo espaço, em que serão integrados os modais aeroviário, ferroviário e rodoviário, estarão em operação o Centro de Transportes Terrestres, o Terminal Aéreo de Carga, o Terminal Ferroviário de Carga e o Polo de Serviços e Administração.

Todas essas áreas terão infra-estrutura de apoio (energia, telecomunicações e saneamento) e será possível realizar:

Armazenagem e distribuição multi-temperatura Despachos aduaneiros e contratação de cargas Beneficiamento, processamento e embalagem de bens Concentração e desconcentração de cargas Serviços financeiros e de telecomunicações Montagem industrial de produtos

ACIA

A história da ACIA teve início no ano de 1935, época em que a estrada de ferro foi inaugurada em Anápolis, impulsionando o crescimento econômico, contribuindo para a instalação de novas empresas e despertando nos homens de negócio da cidade a necessidade de se instituir uma entidade capaz de congrega-los e que servisse de instrumento para defesa dos interesses em comum da categoria.

Foi com base nesses ideais que no dia 8 de fevereiro de 1936 um grupo de empresários se reuniu no então Clube Lítero Recreativo Anapolino e, em sessão solene, discutiu a fundação da Associação Comercial e Industrial Anápolis. Da primeira ata, lavrada naquele dia e mantida até hoje nos arquivos da ACIA, consta que Nicanor de Faria e Silva, escolhido como orador do grupo, foi o responsável pela exposição dos motivos em defesa da criação da entidade.

Setor Terciário

Com a estrutura do setor terciário Anápolis possui total independência comercial dos grandes centros urbanos que a cercam.

Serviços

Em relação aos serviços Anápolis conta com bons restaurantes e empresas conceituadas em serviços. A cidade é bem servida em serviços bancários, contando atualmente com 31 agências dos seguintes bancos: Itaú (7 agências), Caixa (5 agências), Bradesco (5 agências), Banco do Brasil (5 agências), Santander (5 agências), HSBC (2 agências), Banco de Brasília, Bancoob, Unicred e Mercantil do Brasil com uma agência cada.

Comércio

Depois de alguns anos de forte estagnação econômica em 2005, Anápolis teve um forte impulso econômico que melhorou bastante o seu comércio.

Desde então, empresas conhecidas nacionalmente passaram a abrir filiais na cidade, tais como: Carrefour, Lojas Marisa, Lojas Americanas, Colombo, Mc Donalds, Subway, Tecelagem Avenida, Casas Bahia, Flávio's Calçados, Drogasil, Riachuelo, Agittu's, Savan, Eletrosom, Ponto Frio, Novo Mundo, Ricardo Eletro, Rede Pague Menos, Lojas Renner, Omega Dornier Class, Mmartan, Centauro, Pernambucanas, Ponto Frio, Damyller, Hering Store, Cinemais, Hi Happy, etc.

Entre as grandes redes de supermercados e hipermercados da cidade, temos: Floresta, Hiper Vip, Super Vi, Atende Mais e Carrefour.

Há também concessionárias de automóveis (Hyundai, Ford, Fiat, Volkswagen, Chevrolet, Citroën, Renault, Toyota, Kia, Peugeot, Mitsubishi e Nissan), de caminhões (Ford, Volks, Mercedes) e de motos (Honda, Yamaha, Suzuki, Dafra, Traxx e Sundown).

Turismo

O turismo em Anápolis conta com atrativos como a Base Aérea de Anápolis com seus caças Mirage F-2000 e aviões de rastreamento R-99A e R-99B, o turismo de negócios - em razão da grande concentração de empresas no Município - e o turismo religioso, com renomados eventos promovidos pelas igrejas católicas, denominações evangélicas e pela comunidade espírita.

Dentre os pontos turísticos dentro da cidade, podemos citar ainda: o Parque Ambiental Ipiranga, o Parque JK, o Central Parque da Juventude, o Parque da Matinha e o Museu Histórico de Anápolis.

CDL

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Anápolis (CDL) nasceu da necessidade de garantir mais segurança às transações comerciais. Teve início com a fundação do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da cidade, ocorrida no dia 20 de setembro de 1962. Nesta data, um grupo de lojistas participou de um encontro, realizado nas instalações da firma Big Lar, que definiu a base de formação do SPC. Na ocasião, foram discutidos e aprovados os estatutos e o regimento interno, seguindo-se os trabalhos de locação da sede e conquista de associados.

Após o SPC, foi criado o antigo Club de Diretores Lojistas. A fusão das duas instâncias se deu em 11 de maio de 1981, com o objetivo de unir uma entidade operacional (SPC) com outra de caráter classista (Club). A denominação Câmara de Dirigentes Lojistas foi instituída somente 32 anos depois da fundação, em 21 de setembro de 1994.

A CDL de Anápolis possui cerca de 1,3 mil associados e um centro de informações e crédito que, em 2003, passou a ser ligado ao SPC Brasil. A CDL é membro da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás (FCDL) e também da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A entidade desenvolve várias ações como o Prêmio Mérito Lojista e, além do SPC Brasil, possui diversos serviços como Convênios médicos e odontológicos; Central de Cobranças; CDL Celular; Assessoria Jurídica; Revista O Lojista; Escola do Varejo; SPCCOM; Portal CDL Anápolis.

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Polo Farmacêutico

A Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia), conquistou um grande benefício para Anápolis. A instalação do Polo Farmacêutico no município. Com a expansão do consumo de remédios genéricos no Brasil, a tendência é que o DAIA se consolide como o maior Polo Farmacêutico de Genéricos da América Latina.

O Polo Farmacêutico de Anápolis conta hoje com 20 empresas de médio e grande portes. Próximo a Goiânia e Brasília, situa-se em local com fácil acesso para todas as regiões do País. Além disso, a área tem infra-estrutura de telecomunicações e de transporte rodoviário, aéreo e ferroviário por meio dos terminais de Anápolis e Goiânia, que ligam o polo com os demais grandes mercados nacionais e portos exportadores de Vitória, Rio de Janeiro, Sepetiba e Santos.

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ASPECTOS ECONÔMICOS

DAIA

Considerada a capital industrial de Goiás. Com a criação do Distrito Agroindustrial de Anápolis - DAIA o município passa a ser o principal ponto de desenvolvimento econômico em Goiás. Anápolis é o terceiro maior município do Estado em população e o segundo no ranking de competitividade e desenvolvimento, e compõe a região mais desenvolvida do Centro-Oeste e será sede da 1ª Plataforma Logística Multimodal do Brasil, que está em construção.

Sua economia está voltada para a agroindústria.A cidade possui um dos maiores pólos industriais do interior brasileiro, com destaque para a indústria farmacêutica de alta tecnologia na produção de genéricos. Possui o maior complexo farmacêutico.* Fonte: Wikipedia

Pólo Farmoquímico

O município de Anápolis, historicamente vocacionado ao comércio e à indústria, tem ao longo dos anos, contribuído efetivamente para o bom desempenho da crescente economia goiana. Nas décadas de 50 e 60, inclusive, a cidade assumiu papel de relevo no suporte à criação de duas grandes capitais - Goiânia (GO) e Brasília (DF) - através do seu forte comércio atacadista, das cerealistas e das indústrias ceramistas.

Anápolis deu um salto significativo de desenvolvimento, a partir de meados da década de 70, com a implantação do Distrito Agroindustrial (DAIA), transformando em realidade um sonho antigo dos empresários e bandeira de luta de uma das mais antigas entidades classistas de Goiás, a Associação Comercial e Industrial de Anápolis (ACIA).

Já quase na década de 90, o DAIA passou à condição de referência, no Brasil e no exterior, com a implantação do Pólo Farmoquímico. Hoje, uma das maiores concentrações de laboratórios para a produção de medicamentos genéricos do país, cujas empresas são dotadas de tecnologia de ponta.

Além de contar com excelente infra-estrutura e localização, o DAIA foi escolhido para abrigar a primeira Estação Aduaneira Interior (Eadi) do Centro Oeste, também chamada de Porto Seco, para operacionalização de negócios de exportação e importação.

Toda esta potencialidade resultou em mais em mais um importante projeto estratégico para alavancar a economia de Goiás: a Plataforma Logística Multimodal que pretende inaugurar a fase das Parcerias Público Privadas, com investimentos direcionados à formação de um grande entreposto comercial utilizando a base dos modais de transporte rodoviário, ferroviário e aéreo.

Com área de 1.078 quilômetros quadrados, Anápolis se situa na Mesorregiaão do Centro Goiano, no Planalto Central. A sede municipal está edificada num altiplano com uma cota de 1.017 metros, um dos maiores do País. Em função disso, durante quase todo ano, o clima é ameno e muito agradável.

A cidade limita-se ao Norte com Abadiânia e Pirenópolis; a Leste, com Silvânia; ao Sul, com Leopoldo de Bulhões; e a Oeste, com Nerópolis e Campo Limpo de Goiás. O acesso é facilitado pelas rodovias federais BR-153, BR-060 e BR-414, além das estaduais GO-057, GO-018 e GO-013.

Ao redor de Anápolis, num raio de pouco mais de 1.200 quilômetros, encontra-se quase 75% do mercado consumidor brasileiro composto por Goiânia (capital do Estado, a 54 Km), Brasília (capital federal, a 140 km), São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Campo Grande, Cuiabá e Palmas.

O Município é servido de um ramal da ferrovia Centro-Atlântica, com 685 Km de malha em Goiás e permite conexões aos principais portos do País. Anápolis será o marco zero da ferrovia Norte-Sul, que demandará ligações para o Porto de Itaqui, no Maranhão, bem como a pontos estratégicos das regiões Norte e Nordeste.

A localização privilegiada, é um grande atrativo para os operadores de logística e empresas que buscam as condições ideais para distribuir seus produtos em condições competitivas.

Distrito Agroindustrial de Anápolis é um dos mais bem estruturados pólos industriais do interior do País. O DAIA foi inaugurado no dia nove de novembro de 1976, em solenidade que registrou as presenças do então governador de Goiás, Irapuan Costa Júnior, e do presidente da República, Ernesto Geisel.

O povoamento do DAIA consolidou-se a partir da segunda metade da década de 80, quando o governo goiano instituiu o Programa Fomentar, concedendo incentivos fiscais às empresas que se instalassem em seu território, inaugurando uma nova etapa do desenvolvimento, passando a agregar valor à sua matéria-prima que, em grande parte, era comercializada in natura e retornava na forma de produto industrializado com preços mais elevados.

Hoje, os incentivos governamentais são concedidos através do Programa Produzir, que adequou as regras ao modelo comercial atual, mais abrangente, competitivo e globalizado. Goiás consolidou a sua política de desenvolvimento, com o crescimento do setor industrial em níveis acelerados, tendo em Anápolis uma referência para os investidores nacionais e internacionais.

O DAIA está localizado em uma área de 800 hectares. Esta área está sendo ampliada com a compra de 40 alqueires, destinados a abrigar novas empresas e a estrutura da Plataforma Logística Multimodal, um dos projetos estratégicos do Governo de Goiás, que conta com respaldo integral da Prefeitura de Anápolis.

Junto à EADI Estação Aduaneira do Interior e a um terminal ferroviário, o DAIA dispõe de infra-estrutura necessária para um bom funcionamento das indústrias: Estação de Tratamento de Água e Esgoto, sistema exclusivo de energia elétrica, central telefônica - DDD/DDI -, agência bancária e correio, o que permite às empresas instaladas ou que pretendem se instalar, realizarem bons negócios.

INDICADORES ECONÔMICOS

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População (Estimada/IBGE 2003)

298155 mil habitantes

Fonte: Wikimapia.org

Porto Seco Centro Oeste

A EADI Porto Seco Centro-Oeste é um terminal alfandegado de uso público, de zona secundária, destinado à prestação de serviços de movimentação e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro.

O Porto Seco foi criado através de concorrência pública na qual um grupo de empresários goianos se uniu formando o consórcio vencedor da licitação, obtendo assim a permissão para prestação do serviço aduaneiro.Foram dois anos de implantação na qual foram feitas as adequações exigidas pela Receita Federal até que se fosse cumprido o edital de licitação.

Alfandegado em Setembro de 1999, este recinto vem desempenhando papel fundamental no desenvolvimento do Estado. Uma nova visão de Comércio Exterior foi estabelecida em Goiás, aproximando a região do mercado global. Tendo como missão principal atender às necessidades de importadores e exportadores, o Porto Seco, assessora seus clientes a otimiz arem suas transações nacionais e internacionais, ganhando assim, mais competitividade de mercado através de agilidade e redução de custos de armazenagem dos seus produtos.

A localização do Porto Seco Centro-Oeste não poderia ser melhor. Situado na cidade de Anápolis, possui uma ampla e moderna infra-estrutura com área total de 109.707,97m2. A empresa está em uma região estrategicamente privilegiada, a 55 km de Goiânia, capital do estado de Goiás, e 171 km de Brasília, a capital do Brasil. Três rodovias federais se interligam a Anápolis: as BR 060, 153 e 414; formando juntamente com as ferrovias o que pode ser chamado de "Trevo Brasil".

Além do fácil acesso rodoviário, o Porto Seco Centro-Oeste dispõe de ferrovia, oferecendo assim, uma facilidade adicional para combinar os recursos de nossos clientes e oferecer a melhor opção de transporte. Podem ser transportados assim inúmeros tipos de cargas, interligando todo o mercado do Centro-Oeste a outros pontos do País, transformando grandes distâncias em distâncias economicamente competitivas.

Graças a infra-estrutura e à capacidade técnica de todo o seu pessoal, o Porto Seco Centro-Oeste pode oferecer aos seus clientes a solução ideal , agilizando suas operações com a conseqüente redução de custos e otimização de resultados. No Porto Seco Centro-Oeste. Você encontrará todos os serviços aduaneiros reunidos num só lugar, com toda infra-estrutura que seus negócios exigem. Regimes:

* Transito Aduaneiro* Importação e Exportação rodoviária no sistema MIC/DTA* Importação e Exportação ferroviária no sistema TIF/DTA* Depósito Alfandegado Público na Importação e na Exportação* Entreposto Aduaneiro de uso público na Importação e Exportação* Exportação no regime de Depósito Alfandegado Certificado DAC/DUB* Depósito Especial Alfandegado* Admissão Temporária* Drawback

Serviços:* Estocagem/Armazenagem* Movimentação/Transbordo* Segurança de Carga* Fornecimento de Certificados, Pesagem, Retirada de Amostras.* Unitização da Carga para Exportação* Desunitização de Carga Importada* Reembalagem, Paletização, Lonamento e Peação de Carga* Fornecimento de energia elétrica para carga frigoríficada* Limpeza/Secagem de GrãosOutros serviços de destaques:* Área de apoio para despachantes com SISCOMEX, central de cópias, etc...* Fornecimento de pallets, remarcação e remuneração de volumes.* Lavagem e desinfetação de veículos, entre outros.

O Porto Seco Centro-Oeste possui ainda uma equipe treinada para assessorar seus clientes durante o processo logístico de exportação e importação, fazendo cotações de transporte, armazenagem, seguro de cargas e oferece também um network de despachantes aduaneiros habilitados, visando considerável redução de custos.

ACIA

A história da ACIA teve início no ano de 1935, época em que a estrada de ferro foi inaugurada em Anápolis, impulsionando o crescimento econômico, contribuindo para a instalação de novas empresas e despertando nos homens de negócio da cidade a necessidade de se instituir uma entidade capaz de congrega-los e que servisse de instrumento para defesa dos interesses em comum da categoria.

Foi com base nesses ideais que no dia 8 de fevereiro de 1936 um grupo de empresários se reuniu no então Clube Lítero Recreativo Anapolino e, em sessão solene, discutiu a fundação da Associação Comercial e Anápolis. Da primeira ata, lavrada naquele dia e mantida até hoje nos arquivos da ACIA, consta que Nicanor de Faria e Silva, escolhido como orador do grupo, foi o responsável pela exposição dos motivos em defesa da criação da entidade.Encaminhadas as primeiras providências e conscientizados os presentes da viabilidade do projeto, foi formada uma diretoria provisória eleita por aclamação.

Ela era assim constituída: Albérico Borges de Carvalho (presidente), Carlos de Pina (primeiro vice-presidente), Cel. Cristovam Campos (segundo vice-presidente), Manoel S. Maia (terceiro vice-presidente), José E. Roriz (tesoureiro), Calixto José Fares (primeiro secretário), Declieux J. Crispim (segundo secretário) e Nicanor de Faria e Silva (orador oficial).

Após a posse dos membros da primeira diretoria, o presidente Albérico Borges de Carvalho, vislumbrando a necessidade de dar uma personalidade legal à entidade, constituiu uma comissão formada por Nicanor de Faria e Silva, Tarcis de Almeida Monteiro, Graciano Antônio da Silva, João José Peclat, Benedito Matias e Juvenal Campos Amaral para estudar e elaborar os estatutos da então Associação Comercial de Anápolis.

Em 28 de maio de 1936 foi realizada uma reunião com a presença de vários empresários da cidade para a composição de uma comissão de sindicância, integrada por Miguel Pedreiro, Cristovam Campos, Graciano Antônio da Silva, Achiles de Pina, Tarcis de Almeida Monteiro, Benedito Matias, Anísio Cecílio e Eduardo Chaed.

A história da entidade, de acordo com os anais existentes hoje, é retomada em fevereiro de 1943, quando ela ressurge com a denominação de Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Anápolis. No final da década de 1940 foi feita uma reunião da diretoria, envolvendo pessoas como José Falluh, Fares Falluh, Ildefonso Castanheira, Justo Neiva de Souza, José Martins de Brito, José Antônio Garcia, João Rios Carneiro, Esper Caixe, Raimundo Lins Neto, Hastinphilo Pereira Leão, Abrão Besboródco e José Garibaldi Nunes da Costa.

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ASPECTOS SOCIAIS

Migração

O crescimento populacional de Anápolis se deveu, principalmente, ao fluxo migratório que se verificou de tempos em tempos. É importante ressaltar que não houve uma política oficial de migração desenvolvida pelo município. As migrações ocorreram espontaneamente, mesmo no caso dos imigrantes japoneses, e tais fluxos se verificaram, sobretudo em momentos de grande crescimento da cidade e região.

Pode-se afirmar que o primeiro fluxo migratório se verificou nos primórdios do povoado, quando várias famílias procedentes dos Estados de Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Piauí, em deslocamento pelo Estado de Goiás, fixaram-se na região, erguendo-se as primeiras habitações do local.

No século XX, o fluxo se ampliou, abarcando pessoas de outras cidades do Estado, já que Anápolis passou a se constituir em centro comercial importante. Em 1912 chegaram as famílias de italianos e no final dos anos 20, as famílias de japoneses. Em ambos os casos, em pequena quantidade, não se constituindo um fluxo elevado.

O primeiro grande fluxo se deu nos anos trinta, com a chegada da estrada de ferro. A população da cidade cresceu bastante. As principais conseqüências desse crescimento, provocado mais pelo fluxo migratório do que pelo crescimento vegetativo da população, foram a expansão urbana e a especulação imobiliária.

O terceiro grande fluxo ocorreu no início dos anos 70, com a construção da Base Aérea. Milhares de pessoas, entre militares e suas famílias, e outras pessoas mudaram para a cidade, diante das novas oportunidades oferecidas pela instalação da unidade militar.

*Fonte: Anápolis, Passado e Presente - História, Geografia e Economia.Revalino A Freitas

Migração e História

Segundo os historiadores goianos, duas grandes correntes foram responsáveis pelo desbravamento das terras goianas: a mineração e a agricultura. Anápolis nasceu de uma combinação das duas. No início do século XIX, viajantes que percorriam o vale do Araguaia e o roteiro de Vianópolis/Corumbá de Goiás, entre elas, a cabeceira do Ribeirão das Antas, conhecido também por Campos Ricos, graças à excelência de seu solo e à abundância e variedade de caças existentes no local.Enfatiza-se a contribuição do Sr. Manoel Rodrigues dos Santos, que fazia realizar em sua fazenda, novenas e orações, aglomerando já em 1859 um total de 15 casas e uma escola. Conta a tradição que, por esta época D. Ana das Dores quando trafegava pela região, perdeu um de seus animais, justo o que transportava uma imagem de Nossa Senhora de Santana.

Quando encontrado, o animal estava deitado e os tropeiros não conseguiram levantar a caixa que continha a imagem, o que foi interpretado como sendo o desejo da Santa em permanecer no local. D. Ana prometeu doá-la à primeira capela que se erguesse ali, o que foi feito por seu filho Gomes de Souza Ramos, em 1870.

Com a doação de grande quantidade de terras feita por Joaquim Rodrigues dos Santos ao patrimônio local, já em 1873 foi criada a freguesia de Santana das Antas, mudando em 1884 para Santana dos Campos Ricos e retornando ao nome anterior em 1886. Em 15 de dezembro de 1887 foi elevada à categoria de Vila, mas só instalada em 10 de março de 1892 e em 31 de julho de 1907, foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Anápolis.

*Fonte: www.dilmarferreira.com.br

Sírios Libaneses

Para o professor Juscelino Polonial em entrevista ao jornal Notícias de Goiás (Notícias de Goiás, julho de 2006), “é inegável a importância do processo migratório para o desenvolvimento do país, em todas as suas regiões”.

“Anápolis se insere neste contexto. Imigrantes de diversas origens foram fundamentais na formação cultural da cidade, com destaque aos Sírios Libaneses, japoneses, italianos e também mineiros e baianos”. (Polonial, Noticias de Goiás, 2006)

Na visão de Juscelino Polonial, os imigrantes foram fundamentais no desenvolvimento do município, principalmente para o fortalecimento da cidade. “Aos sírios libaneses, a cidade deve seu forte desenvolvimento na área do comércio. Anápolis já foi o maior pólo atacadista da região Centro Oeste graças ao empreendedorismo comercial dos árabes”. (Notícias de Goiás, julho de 2006).

Quando Joaquim Ister, em 1903, chegou em Anápolis, mal poderia imaginar as valiosas contribuições que a Colônia Sírio Libanesa iria promover no município. Nem mesmo qualquer um dos pioneiros, Elias José Isaac, Antônio Jorge Sahium, Pedro Cury, Miguel João, Abrão Jorge Asmar, Antônio Miguel e Jorge Michel, imaginavam a importância de suas idéias, e do seu trabalho, para o desenvolvimento da cidade.

Os sírios libaneses tiveram, e têm ainda hoje, influência direta e indireta na economia, política, esporte, lazer, dentre outros aspectos da vida social anapolina. O prefeito municipal, Pedro Sahium, é uma referência a ser citada, bem assim como o idealizador do Distrito Agroindustrial de Anápolis, conhecido como o “pai do Daia”, o comerciante Sultan Falluh, e um dos maiores empresários do Estado, Mounir Naoun.

De acordo com os registros históricos, no campo esportivo, entre ex-presidentes e colaboradores do Anápolis Futebol Clube, Karim Abrahão, Nassin Farah, Ricardo Naben, Rachid Cury, José Miguel Hajjar, Samir Hajjar e Hado Hajjar tiveram papel fundamental. Na Associação Atlética Anapolina Wahib Aidar, Fued Bittar, Elias Hana, Camilo El Base são nomes de destaque.

Embora haja controvérsias, o terreno onde foi construída a sede do Clube Recreativo Anapolino, em frente à praça Bom Jesus, foi doado por Jad Salomão. Neste mesmo clube, os jovens árabes foram por diversas ocasiões homenageados. Relata Haydee Jayme, em ‘Anápolis, Sua Vida, Seu Povo, que no dia 21 de abril de 1951, o CRA ofereceu um baile em homenagem “aos talentosos e esforçados jovens anapolinos, que há pouco colaram grau em várias e renomadas academias de ensino superior do país”. Dentre eles: “Amin Antônio, Calixto A Miguel, Paulo Falluh, Calil Dib”. Foram presidentes do clube, Mounir Naoun, Ibrahin Hajjar, Jamil Abrão e João Abrão.

Os imigrantes também participaram da fundação e contribuíram como diretores de clubes sociais sem personalidade jurídica, como a Juventude Atlética Feminina, fundada em 1943, por Francisca Miguel, chamada de Chiquinha, que enquanto aqui residiu, sempre foi à mola propulsora do progresso, tanto nos setores educacional, recreativo, esportivo, bailes, campanhas filantrópicas e outros.

Eles participaram também da formação do ‘Clube dos Vinte e Seis’ e da ‘Turma de Amigos Unidos’. No dia 20 de dezembro de 1931, eles decidiram formar um núcleo, para a defesa da Colônia, com a denominação de ‘União Síria’, que muito viria contribuir para o congraçamento da volumosa classe aqui residente, formada, em sua maioria, de comerciantes.

Na década de 30, quando a Associação Comercial de Anápolis, que mais tarde iria agregar a Indústria, foi fundada, os sírios libaneses participaram ativamente dos seus quadros, tendo como presidentes Sultan Falluh, Alex Salomão, Ruy Abdala e Mounir Naoun.

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Em julho de 1946, por iniciativa do Cônego João Olimpio Pitaluga e do Frei Conall foi fundado o ‘Circulo Operário de Anápolis’, destinado a amparar e congregar, sob todos os pontos de vista, pessoas de ambos os sexos e pertencentes a todas as classes trabalhadoras. Na sua primeira diretoria, um representante da colônia, como vice-presidente, João Asmar.

Da mesma forma, havia como representantes da Colônia no Lions Clube de Anápolis fundado no dia 10 de março de 1957, José Abdala e Gibran El Hajje. Na ata de fundação da primeira loja Maçônica de Anápolis, publicado no livro ‘Anápolis, sua vida, seu povo’, há nomes de sírios libaneses, como de Jad Salomão, como seu primeiro venerável, que é o cargo máximo da entidade.

*Fonte: Projeto de Pesquisa "Sírios Libaneses e o Desenvolvimento de Anápolis", da jornalista Letícia Jury

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ASPECTOS HISTÓRICOS

Segundo Ferreira (1981), em 1870, Gomes de Souza Ramos mudou-se de Bonfim (hoje Silvânia) para região das Antas, atraído pela fertilidade do solo e pela salubridade do clima. Foi criado por sua mãe, dona Ana das Dores de Almeida, no culto à Senhora de Santana e encontrando na região devotos da Santa, resolveu erigir, em sua homenagem, uma capelinha que seria o marco inicial da cidade.

Em 25 de abril de 1870, moradores das imediações do Córrego das Antas doaram uma área de terras para que fosse construída uma capela em louvor a Nossa Senhora de Santana. O termo de doação foi o primeiro documento histórico assinado nas terras de Santana. "Foram doadores: Joaquim Rodrigues dos Santos, Inácio José de Sousa, Manoel Roiz dos Santos, Camilo Mendes de Moraes e Pedro Roiz dos Santos." (Ferreira: 1981 senado federal centro gráfico).

Em 1871, Gomes de Souza Ramos iniciou a construção da capela que logo ficou pronta. De acordo com Freitas (1995), em 03 de novembro de 1871 foi designado o primeiro capelão para o templo recém construído, o Padre Francisco Inácio da Luz.

No ano seguinte, os habitantes do povoado encaminharam ao presidente da província um requerimento, no qual solicitavam que o povoado fosse elevado á categoria de freguesia, com o nome de Santana das Antas. Posteriormente, em 1887, no dia 15 de dezembro, uma lei provincial elevou a freguesia à categoria de vila, mantendo o mesmo nome. Contudo, só em 10 de março de 1892 foi instalada oficialmente a vila de Santana das Antas, governada por uma junta administrativa, presidida por José da Silva (Zeca) Batista.

É instigante constatar que apesar da vila de Santana das Antas ter dado origem a cidade de Anápolis, outra festa religiosa despertou grande destaque no município, a chamada festa do Bom Jesus. Vejamos como isso aconteceu. Segundo Haydée Jayme Ferreira, no início do século XX, viveu em Anápolis uma baiana negra, de nome Terezona (Maria Tereza de Jesus), lavadeira de roupas, sendo um de seus patrões Américo Borges de Carvalho, ex-Intendente municipal deste município. Ela trouxe uma estampa do Senhor Bom Jesus da Lapa, introduzindo aqui a devoção ao Filho de Deus.

De ano para ano, os devotos foram aumentando, os leilões se avolumando, acarretando o crescimento da arrecadação monetária. Percebendo o crescimento da devoção, o então Vigário da Paróquia de Santana, o espanhol Henrique Isquerdo de Oliver, encampou a festa do Bom Jesus, atraindo-a para a Igreja Matriz, em 1913. A construção da capela do Bom Jesus teve início em 1914, sendo que a primeira festa ali realizada teve lugar em 1916. A letra do hino ao Bom Jesus foi composta pela poeta Arlindo Costa. O autor da música não é conhecido.

Em 1935, era Vigário da Paróquia de Santana, o Cônego João Olímpio Pitaluga. Então, o arcebispo de Goiás, Dom Emanuel Gomes de Oliveira, criou a Paróquia do Bom Jesus, transferindo para ela o Vigário de Santana, que foi substituído, na antiga matriz, pelo Padre Luiz Maria Zephirino. Nos anos 40, os frades franciscanos chegaram em Anápolis e assumiram a Igreja Santana.

O Cônego João Olímpio Pitaluga iniciou a construção da atual Igreja do Bom Jesus em 1933. Posteriormente, a obra sofreu um período de paralisação, sendo reiniciada com planta e orçamento feitos pelo engenheiro José Argenta em 1935. Todavia, as dificuldades foram tamanhas, que a Catedral do Bom Jesus só teve seu acabamento final no início dos anos 50, sendo que, depois de um afastamento temporário do Padre Pitaluga, foi a Igreja entregue aos frades franciscanos, sendo seu Vigário o Frei Domingos Foiey.

*Autores:

Gracy Tadeu Ferreira Ribeiro, Ms. História UFG, Professora de História do Brasil da Unievangéiica.

Jairo Alves Leite Diretor, do Museu Histórico de Anápolis.

Fatos e Personagens

Em 1870, o tropeiro Gomes de Souza Ramos chegou à região, com sua família. Entusiasmados com as condições do lugar, resolveram se fixar. Gomes de Souza Ramos liderou o movimento de urbanização do sítio ao redor da capela que havia construído. Fez do local um caminho para os mercadores e tropeiros. Seu nome é justamente reconhecido como o fundador.

Em 06 de agosto de 1873, conforme Resolução Provincial nº 514, foi criada a Freguesia de Santana das Antas, distrito do Município de Meia Ponte.

Em 1884, conforme a Resolução Provincial nº 695, a Freguesia teve o nome mudado para Santana dos Campos Ricos. Em 1886, a resolução foi revogada, voltando o antigo nome.

A Lei Provincial nº 811, de 15 de dezembro de 1887, criou o Município de Santana das Antas, com o território desmembrado do Município de Meia Ponte. Entretanto, a instalação deu-se em 10 de março de 1892, sendo escolhido José da Silva Batista o primeiro chefe do Executivo.

Em 1893, foi realizada a primeira eleição para Intendente (Prefeito), sendo eleito o Sr. Lopo de Souza Ramos, para um mandato de dois anos. Em 1899, o mandato foi ampliado para quatro anos.

A Lei Estadual nº 320, de 31 de julho de 1907, eleva Santana das Antas à categoria de cidade, alterando-lhe o nome para Anápolis. O seu primeiro intendente foi Joaquim Pridêncio Batista.

Em 1910, faleceu Zeca Batista. Ele foi à época um político de grande prestígio em Goiás. Em 1895 foi eleito deputado estadual por Pirenópolis, Corumbá e Antas. E, em 1896, foi escolhido Juiz Adjunto do Município de Antas.

Em 29 de julho de 1914, sob a Lei 496, foi criada a Comarca de Anápolis, que só foi instalada definitivamente. O primeiro juiz foi o poeta e jornalista Gastão de Deus Vitor Rodrigues. Com a sua morte, a Comarca foi suprimida, voltando a ser termo da Comarca dos Pirineus. Em 1920, pela Lei 659, a Comarca de Anápolis foi restabelecida.

Com o movimento revolucionário de 1930, Anápolis é destituída de seu Intendente Municipal e seus suplentes. O Conselho Municipal é dissolvido, sendo João Luiz de Oliveira nomeado o primeiro Prefeito da cidade, conforme o decreto nº 85, de 01 de novembro de 1930.

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Em 01 de dezembro de 1935, foi eleito o primeiro Prefeito Constitucional de Anápoilis, José Fernandes Valente que, inicialmente, exerceu a chefia do Executivo por nomeação (1934-35), depois por eleição (1935-37) e, ao final, em virtude da implantação do Estado Novo, por nomeação (1937- 1940). Até 1947, todos os chefes do Executivo foram nomeados. De 1947 a 1973, foram eleitos.

Em 28 de agosto de 1973, Anápolis é declarada Área de Segurança Nacional, conforme a Lei nº 1284. Com essa medida, foi cassado o mandato do prefeito eleito José Batista Júnior, ficando a partir deste ato os prefeitos indicados pelo Governador do Estado, aprovados pelo Conselho de Segurança Nacional, e nomeado diretamente pelo presidente da República.

Em 19 de abril de 1979, a Primeira Ala de Defesa Aérea foi transformada em Base Aérea de Anápolis, incluindo o Grupo de Defesa Aérea.

Em 1984, o país conheceu o movimento das Diretas-Já. No ano seguinte, com o processo de redemocratização, o povo anapolino pôde novamente escolher o seu chefe político em eleições. Em novembro daquele ano, fora eleito pelo PMDB, Adhemar Santillo.

* Fonte – Prefeitura Municipal de Anápolis

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ASPECTOS GEOGRÁFICOS

Relevo

O município tem um relevo ondulado, que faz parte do planalto goiano (central), podendo ser subdividido em cinco tipos, com características peculiares, sobretudo no que diz respeito à forma, ao espaçamento interfluvial e à potencialidade erosiva.

A maior parte do território do município possui um relevo medianamente dissecado com potencialidade erosiva fraca. Apresenta formas convexas associadas a formas tabulares amplas. Nessa área, a drenagem das águas é pouco entalhada e as encostas possuem uma inclinação de 2 a 5º. A substituição da cobertura vegetal primitiva por pastos, submetidos à prática de queimada e ao pastoreio intenso, provoca a retirada de nutrientes do solo pelo escoamento superficial promovendo seu esgotamento.

Os relevos intensamente dissecados com potencialidades erosiva muito forte, encontram-se em duas áreas. A primeira, menor, ao norte, junto à fronteira com os municípios de Abadiânia e Pirenópolis. A segunda maior, desde os limites com o município de Ouro Verde e avançando em direção ao centro, sob a forma de uma faixa estreita. Caracteriza-se pelas formas convexas e aguçadas, pelo espaçamento interfluvial inferior a 750 metros, eventualmente associados a relevos residuais de topo plano e a bordas de planalto e chapadões, com escarpas de até 45º.

Clima

O Clima do município é do tipo tropical de atitude, bastante ameno e saudável. A temperatura ao longo do ano, oscila entre 10º (julho) e 30º (janeiro a março), mas a média fica entre 20º e 23º ao longo do ano. O período mais frio vai de maio a setembro, e o mais quente, de outubro a abril. Existem duas estações distintas, a da seca, que coincide com o período de frio, e a das chuvas, que coincide com o período de calor.

A umidade relativa do ar tem uma variação sazonal. A média mensal fica em torno de 50 a 60% nos meses mais secos, mas no período das chuvas ultrapassa a 80%.

Vegetação

A cobertura vegetal do município está quase que totalmente descaracterizada pela ação do homem que há décadas, vem substituindo as matas por cultura de cereais, como arroz, o milho, o plantio de café e a formação de pastagens para alimentação do rebanho bovino.

O município localiza-se em uma área de tensão ecológica, ponto de contato entre o cerrado e a região da mata. O cerrado, predominante a leste, tem dois típicos básicos de cobertura: o cerrado propriamente dito e o campo cerrado.

Fauna e Flora

A Flora da região do cerrado é formada principalmente por pau terra, jacarandá, peroba-branca, quina-do-campo, aroeira, pequi e lobeira. Na região de mata, destacam-se o angico, o amarelão ou garapa, o ipê-amerelo e o ipê-roxo, algumas espécies de palmeiras e a taboca. A mata ciliar ou de galeria, que acompanha as margens dos rios, possui palmitos, buritis, samambaias e imbaúbas, dentre outras plantas.

Existem inúmeras plantas de uso na medicina popular, como o pau-santo e a quina, que são arvores, e o acaçu, velame-branco, pé de perdiz, carapiá e chapadinha, que são arbustos dos quais se extrai a raiz para fins medicinais.

Hidrografia

Embora não exista nele nenhum rio caudaloso, o município de Anápolis é um privilegio manancial de água, que servem as duas bacias hidrográficas: a Platina e a Amazônica. Trata-se de córregos e ribeirões com pequeno volume e água, muita vezes estreitos e encachoeirados, que não podem ser utilizados para navegação. Durante o período das chuvas, costumam transbordar, muito embora o volume de água que possuem seja pequeno.

Quanto ao aspecto econômico, muitos córregos e ribeirões são importantes devido à utilização são importantes devido à utilização de suas águas para irrigação de hortaliças. Não são rios piscosos, ainda que em alguns deles se pratique a pesca em pequena escala, mais como atividade de lazer.

*Fonte: Anápolis, Passado e Presente - História, Geografia e Economia.Revalino A Freitas

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ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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Odorico da Silva Leão (1919-1923)Durante a sua gestão, a cidade recebeu grande impulso. A falta de estradas, que dificultava o escoamento da produção agrícola era um forte inibidor ao desenvolvimento do setor produtivo. Em 1924, a estrada de ferro chegou até Roncador, distante 200 quilômetros de Anápolis, e a cidade foi ligada indiretamente à ferrovia. Nesta época o município era desprovido de iluminação pública, até o momento em que a administração municipal assinou um contrato com a empresa Faria & Colemam, para que o problema fosse solucionado.

Graciano Antônio da Silva (1923-1927)Esta gestão introduziu mudanças no aspecto urbano de Anápolis. As ruas eram irregulares e esburacadas. A expansão urbana levou a saturação do cemitério, além de deixá-lo próximo das residências construídas. Outra mudança foi a criação de um novo distrito, o de Santo Antônio de Capoeirão. Um fato histórico que aconteceu neste período foi a passagem da Coluna Prestes, exatamente em 1925.

Adalberto Pereira da Silva (1927-1930)Foi a gestão mais conturbada de todas as que antecederam à Revolução de 30. Sua candidatura foi fruto de uma ampla negociação entre duas correntes que disputavam a hegemonia política no município. Uma vez empossado sofreu forte oposição, o que praticamente inviabilizou sua gestão. Mesmo diante das dificuldades construiu a praça Mário Caiado (atual praça do Expedicionário) e rua Miguel João.

João Luiz de Oliveira (1930-1934)Nomeado intendente logo após a Revolução de 30 fez uma administração voltada para o saneamento administrativo da Prefeitura. As principais medidas adotadas ao longo de seu mandato priorizaram a moralização do uso das coisas públicas. De imediato foi criada uma comissão para elaborar a Lei Orçamentária.

José Fernandes Valente (1934-1940)Foi o prefeito com maior mandato ininterrupto que a cidade já teve. Inicialmente foi nomeado. Quando ocorreram eleições foi candidato único, elegendo-se. Em 1937, já sob o Estado Novo, extintos os mandatos efetivos, foi novamente nomeado. O crescimento da cidade, principalmente com a chegada da Estrada de Ferro, exigiu obras significativas e a reestruturação do trânsito.

Manuel Demóstenes B. de Siqueira (1940-1943)Suas preocupações administrativas contemplavam a melhoria do aspecto urbano e das condições de higiene. Deu continuidade as obras iniciadas na administração anterior, como por exemplo a construção do Fórum e do Aeroporto. Ele construiu a avenida Pedro Ludovico, iniciou o calçamento nas ruas centrais e ampliou o cemitério.

Joaquim Câmara Filho (1943-1945)Uma vez nomeado implementou um novo ritmo administrativo. De imediato visitou os Distritos, cuidou de obras na Zona Rural, iniciou um plano de reestruturação urbana, inaugurou o prédio do Fórum, na praça Bom Jesus, para aonde foi transferida a Prefeitura.

Plínio A. Gonzaga Jaime (1946)Em sua breve gestão foi solucionado o impasse com a Empresa Melhoramentos de Goiás, para a construção do sistema de esgoto sanitário e de abastecimento de água potável. Desapropriou áreas urbanas para o alargamento e abertura de ruas no centro da cidade.

Adahyl Lourenço Dias (1947)Deu continuidade aos serviços de conservação urbana. Desapropriou áreas urbanas para alargamento ou abertura de vias públicas; ampliou o cemitério; como a dívida do município era muito elevada e obras importantes, como o sistema de água e esgoto sanitário não poderiam ser interrompidas fez-se emissão de apólices do Tesouro Municipal, além de colocar a venda imóvel rural da Prefeitura. Dentro de um novo contexto político mudou o nome de praças e ruas.

Baltazar dos Reis (1947)Foi o último dos prefeitos nomeados, de uma série que começou com João Luiz de Oliveira, em 1930. Sua administração caracterizou-se por preparar as condições político-administrativa para a posse do Prefeito a ser eleito. Serviu mais como árbitro diante da acirrada disputa que se travou, pelo controle da administração pública, entre os dois principais grupos políticos da cidade. Por isso suas primeiras realizações foram a continuidade dos serviços de conservação urbana e do sistema de água e esgoto sanitário.

Carlos de Pina (1947-1951)Embora tenha sido derrotado na cidade, os votos que obteve nos Distritos e na zona rural garantiram-lhe a vitória. Sua gestão enfrentou forte resistência, principalmente devido a algumas medidas impopulares, como o aumento de impostos e criação de outros. Deu continuidade ao trabalho de reestruturação urbana, com desapropriação de terrenos, para alargamento ou abertura de vias públicas. Uma velha aspiração local se concretizou na sua gestão, que foi a ligação telegráfica entre Anápolis e Goiânia.

Plácido de Campos (1951)Presidente da Câmara Municipal, assumiu a Prefeitura interinamente, devido o prefeito eleito estar ausente da cidade, em tratamento médico e não pode assumir o cargo. No curto período em que administrou nomeou uma comissão para verificar a situação financeira do município e realizou serviços de reparos nas vias públicas, tanto urbana, quanto rural.

Sócrates Mardocheu Diniz (1051-1953)Eleito como candidato único, através de um amplo acordo firmado entre os grupos de dominavam a política local, não assumiu imediato pois estava com problemas de saúde. Ao assumir imprimiu um forte ritmo em suas atividades. Inicialmente o maior problema enfrentado foi o de regularizar a situação do sistema de água e esgoto sanitário. Ele deu continuidade a pavimentação asfáltica das ruas do centro, reformou o aeroporto, foi aberta ao público a Estação Ferroviária de Engenheiro Castilho, inaugurou o Mercado Municipal.

Plácido de Campos (1953)Com a renúncia de Sócrates Diniz assumiu interinamente o presidente da Câmara Plácido de Campos. Em sua nova gestão marcou-se a eleição para a escolha do prefeito, que deveria completar o resto do mandato. Suas atividades administrativas foram restritas, pois a administração estava endividada, estando com a folha de pagamento dos funcionários atrasadas em três meses.

João Luiz de Oliveira (1953-1955)De imediato colocou em dia a folha de pagamento dos funcionários. Diante dos recursos escassos realizou obras de manutenção da estrutura urbana existente, como patrolamento, instalação de sarjetas e meio-fio em diversas ruas. Fez o aterramento da Avenida Goiás, enfrentou a crise de abastecimento de água, deu continuidade a instalação do esgoto sanitário.

Carlos de Pina (1955-1959)

Heli Alves Ferreira(1959-1961)

Jonas Duarte (1961-1966)A gestão de Jonas Ferreira Alves Duarte foi marcada por inúmeras realizações administrativas. Logo ao assumir o cargo denunciou possíveis desvios de verba ocorridos nas administrações anteriores, que segundo ele teriam sido cometidos por funcionários sem o conhecimento da administração. Um inquérito foi aberto para averiguar as irregularidades.

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Em 1964 a cidade foi ocupada por tropas militares, um observador foi designado para residir no município, ocasião em que uma comissão Policial Militar de Inquérito foi instalada na cidade. Neste período uma série de realizações administrativas forma promovidas, destacando-se o que se refere ao abastecimento de água, pavimentação de ruas e limpeza urbana.

Na época eram poucos os trechos de ruas asfaltadas. Nessa gestão, a maior parte da área central da cidade recebeu pavimentação asfáltica, depois estendida a trechos da rua 14 de Julho, Avenida Tiradentes, São Francisco, Leopoldo de Bulhões e Goiás.

O serviço de limpeza pública, considerado insatisfatório durante as gestões anteriores sofreu remodelação, sendo ampliado e estendido aos bairros próximos do centro. A prefeitura adquiriu recipientes e carrinhos para a coleta dinamizando o serviço.

A iluminação pública também recebeu novo impulso. Com a chegada da energia elétrica procedente de Cachoeira Dourada, foi possível melhorar o sistema de iluminação até então restrito a parte central. Ainda na gestão de Jonas Duarte a cidade recebeu um forte impulso urbanístico com a remodelação e arborização de praças. Além da Bom Jesus, que recebeu algumas modificações foram urbanizadas as praças Oeste, das Mães, e o então parque infantil da Praça Americano do Brasil.

O cuidado com a saúde pública se deu por meio de medidas preventivas e profiláticas. Para conter o surto de raiva canina, a Prefeitura exterminou cães vadios. Com a epidemia de poliomelite, que se verificou neste período, teve início uma intensa campanha de vacinação.

Outras iniciativas foram a instalação do Corpo de Bombeiros, a pavimentação asfáltica da pista do Aeroporto, a ampliação das dependências do prédios onde funcionava a Prefeitura, regularização do transporte coletivo, a fundação da Banda de Música “Lira de Prata de Sant’Ana e a construção do Estádio Jonas Duarte.

Raul Balduíno de Souza (1966-1970)A administração de Raul Balduíno de Souza, no período de 1966 a 1970, é considerada pelos historiadores como “inovadora”. Dada as crescentes dificuldades decorrentes do pagamento da dívida pública, voltou-se no início para a realização de mutirões nos bairros, com serviços emergenciais e de interesse da população e de baixo custo operacional.

Sua maior preocupação foi com a saúde pública e saneamento. A matança clandestina de gado, que se verificava continuamente no município, com sérios problemas sanitários foi combatida. Os terrenos baldios no centro da cidade, que funcionavam como depósito de lixo foram limpos e a população foi vacinada contra varíola e febre amarela.

O investimento em saneamento foi possível graças ao convênio assinado entre a Prefeitura e o Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS). Por força do convênio, o DNOS mandou para a cidade uma drag-line, máquina que iniciou o trabalho de retificação e limpeza do córrego das Antas.Ainda na sua gestão foi ampliado o abastecimento de água, atingindo a área central. Foram adquiridos novos conjuntos geradores para o funcionamento do sistema e a capacidade de atendimento de 20 para 60 mil habitantes.

Henrique Santillo (1970-1973)Em 1970 é eleito prefeito de Anápolis, Henrique Antônio Santillo, que deu continuidade aos trabalhos desenvolvidos na gestão anterior de Raul Balduíno de Souza. Ele promoveu mutirões e atividades, que passaram a ser denominadas de ‘Ação Concentrada nos bairros’, nas quais máquinas, caminhões, médicos, odontologos e farmácias ambulantes realizavam trabalhos em determinadas localidades.

A continuidade dos investimentos em saúde pública também caracterizou essa gestão, com a criação do Departamento de Medicina Preventiva, que passou a coordenar as atividades da área como as campanhas de vacinação infantil. A falta de recursos para investimento levou a busca de apoio junto a população para realizar obras na área, como no caso de mutirão que construiu o posto de saúde no bairro São José.

Como nas duas gestões anteriores, o prefeito manteve contato para a retirada dos trilhos no centro da cidade. A campanha pela industrialização recebeu novo impulso. A estrutura viária recebeu melhorias, como a pavimentação das avenidas Goiás e Mato Grosso. Além disso, foi construída a segunda pista da avenida Brasil, até o trevo de saída para Goiânia.

Durante essa gestão foi reformado e ampliado o prédio da Prefeitura, com redução de parte dos jardins da praça Bom Jesus e a construção de dois estacionamentos, mas logo a Prefeitura mudou-se do local, indo ocupar o Palácio da Santana, edifício construído na baixada das Antas para ser a nova sede do Poder Executivo.

Outras obras importantes foram a construção do Centro Comunitário da Boa Vista, o início da urbanização do córrego das Antas, o novo prédio da Biblioteca Municipal “Zeca Batista” e o parque Antônio Marmo Canedo.A mais importante realização ocorrida nesse período, pelas suas conseqüências econômicas, sociais, políticas, foi instalada a Base Aérea. Henrique Santillo foi um dos principais entusiastas da idéia e sancionou a lei que autorizou a desapropriação do terreno destinado a construção da unidade militar.

José Batista Júnior (1973)

Irapuan Costa Júnior (1973-1974)

Eurípedes Barsanulfo Junqueira (1974-1975)Eurípedes Barsanulfo Junqueira sofreu forte resistência ao assumir a Prefeitura Municipal em 1974. Logo no início da sua gestão prosseguiu com o asfaltamento de ruas e recapeamento na parte central da cidade. Foi asfaltado o trecho duplicado da Avenida Brasil, entre a Goiás e o trevo com a Engenheiro Portela e o primeiro trecho da Presidente Kennedy.

Ele lançou o ‘Projeto Impacto’ que consistia em visita aos bairros acompanhado por departamentos da Prefeitura, para atender as necessidades dos bairros. Deu continuidade às gestões para a saída dos trilhos da estrada de ferro do centro da cidade, tendo inclusive assinado um protocolo viabilizando a retirada.

Na sua gestão iniciou as obras de construção do Espaço Cultural, cuja continuação, no entanto, foi interrompida no governo seguinte. A iluminação pública das ruas foi trocada e o Córrego das Antas teve seu leito desviado para que fosse possível dar continuidade ao prolongamento da Avenida Brasil, no sentido norte.

Enquanto prefeito, Eurípedes Barsanulfo deixou de realizar a Feira Agroindustrial de Anápolis e o Imposto Predial teve um aumento de até 300%, o que gerou criticas e os funcionários públicos passaram a receber o pagamento com atraso.

Jamel Cecílio (1975-1978)

Lincoln Gomes de Almeida (1978-1979)

Decil de Sá Abreu (1979-1980)

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Wolney Martins de Araújo (1980-1982)Em sua primeira gestão, de 1980 a 1982, Wolney Martins priorizou à pavimentação asfáltica das vias de escoamento. Nesse período foi concluído o asfaltamento da avenida Brasil, Ana Jacinta, Jamel Cecílio, Fernando Costa, Pedro Ludovico. A avenida Tiradentes foi recapeada. A Prefeitura assinou convênio com a Empresa Brasileira de Transportes Urbanos, que liberou empréstimo exclusivamente para a pavimentação asfáltica onde circulavam os ônibus do transporte coletivo.

Durante esse período foi concluído o prédio originalmente destinado ao Espaço Cultural e em decorrência da precariedade de estrutura da então Prefeitura Municipal (que funcionava onde hoje está instalada a Câmara dos Vereadores), Wolney Martins transferiu a sede administrativa para este local.Com o apoio do então governador Ari Valadão, iniciou a construção do Terminal Rodoviário. Somado isso foram construídos postos de saúde, escolas, a creche na Vila Formosa e a Feira Agroindustrial de Anápolis voltou a ser realizada, após alguns anos de interrupção.

Fernão Ivan José Rodrigues (1982)

Olímpio Ferreira Sobrinho (1982)Prefeito de Anápolis em 1982 e 1983, Olimpio Ferreira Sobrinho diz que os problemas enfrentados por ele na década de 80 são os mesmos enfrentados por Pedro Sahium neste ano em que Anápolis comemora seu centenário. Segundo ele, a crise não é exclusamente administrativa e atribui uma parcela de culpa a baixa arrecadação.

Ele conta que em sua gestão enfrentou dificuldades financeiras e teve que promover uma reforma administrativa para ajustar a folha do funcionalismo público. “A falta de pagamento certamente gera um descontentamento generalizado”, cita o ex-prefeito ao comparar as duas gestões.Olímpio Ferreira Sobrinho avalia ainda que assim como na década de 80 a administração municipal enfrenta dificuldades para se obter investimentos e verbas nacionais e critica que a impressão que se tem é que o Governo Federal é ainda mais centralizador e pouco atende as necessidades dos municípios.

Com essa falta de recursos federais, somado a baixa arrecadação, avalia o ex-prefeito, são poucas as opções da atual gestão de promover grandes obras e trazer benefícios para a cidade. Sendo assim, Olimpio Ferreira conclui que existe em Anápolis uma crise administrativa, mas a causa não se deve exclusivamente a uma possível má gestão.

Anapolino Silvério de Faria (1983-1985)Anapolino Silvério de Faria foi o último prefeito nomeado durante o período em que a escolha do cargo era arbitrária nas cidades consideradas de “área de segurança nacional”. Foi também o único que não pertencia aos quadros da Arena/PDS. Sua indicação foi decorrente do fato do Governo Estadual estar sob o controle do PMDB desde o início do ano de sua nomeação.

Durante essa gestão foram realizados mutirões nos bairros com a recuperação de ruas, colocação de meio-fio, exames médicos, plantios de árvores, atendimento odontológico e recreação para crianças. Foi reformado o parque Antônio Marmo Canedo (Matinha), que estava abandonado.

O sistema de energia elétrica e de abastecimento de água foram ampliados e as obras de construção do Terminal Rodoviário, que estavam paralisadas, foram reiniciadas. Ele também deu continuidade à pavimentação asfáltica da cidade e o estádio Jonas Duarte recebeu a terceira etapa de arquibancadas.

Nesta primeira gestão o Museu Histórico foi reformado, foi realizado o Mutirão Verde, que durante uma semana foi responsável pelo plantio de milhares de árvores, promovidas campanhas de vacinação, foi construída a Vila Esperança, e a GO-222, que liga Anápolis a Inhumas foi pavimentada.

Adhemar Santillo (1986-1988)O primeiro prefeito eleito após o fim da fase de nomeações em decorrência de Anápolis ser “área de segurança nacional” foi Ademar Santillo. Eleito para governar a cidade de 1986 a 1988, ele destaca que tal período não teve “desgastes” administrativos. E o motivo é simples, a Prefeitura ainda não enfrentava crise financeira. Já seu segundo mandato, de 1997 a 2000, não teve o mesmo sucesso, principalmente no que se refere ao pagamento em dia do funcionalismo.

Na década de 80 sua gestão foi marcada por uma série de obras que modificou a estruturação urbana da cidade. A pavimentação asfáltica foi estendida a Vila Nossa Senhora da Abadia, vila Góis, ao bairro Boa Vista, Vila Santa Isabel, São José, JK, Vila Esperança, Nova Capital e Bom Sucesso.

Foram construídos os Centros de Abastecimento e Lazer (feira coberta), no Jardim Goiano, Vila Jaiara, Jardim América, Vila São Jorge, Vila Santa Isabel, Bairro de Lourdes, Alexandrina e Paraíso. O Centro Comercial de Ambulantes e o Mercado do Produtor foram inaugurados.

O Hospital Municipal foi reformado e ampliado, assim como o sistema de abastecimento de água. Ademar Santillo foi quem iniciou a construção do novo sistema de esgoto sanitário da cidade. O Centro de Atendimento Integrado de Saúde também foi inaugurado.

Outras obras de relevância, ainda na década de 80, foi o Kartódromo Internacional de Anápolis, o novo prédio da Biblioteca Municipal Zeca Batista, a Escola Agrícola ‘Senador Marcos Freire’ e iniciada a construção do Ginásio Internacional de Esportes. Na área social foram construídas a Casa do Idoso e a Creche 12 de Outubro, destinada a atender filhos de funcionários públicos.

Anapolino Silvério de Faria (1989-1992)Em 1989, Anapolino de Faria volta a Prefeitura de Anápolis, desta vez eleito pela população da cidade. Durante essa gestão ocorreu à continuidade da pavimentação asfáltica, que foi estendida a Vila Jaiara, Jardim América, Alexandrina, Itamaraty, Ana Paula, João Luiz de Oliveira, Alto da Bela Vista e Eldorado.A Prefeitura realizou trabalho de mutirão em bairros periféricos, executando patrolamento e encascalhamento de ruas e avenidas, atendimento médico-odontológico, higiene bucal e vacinação, recuperação de iluminação pública e limpeza de terrenos baldios.Na parte administrativa, a Prefeitura implantou o Centro de Processamento de Dados, agilizando as atividades internas e a prestação de atendimento ao público. Na área de saúde, ocorreu grave crise no atendimento social quando da estadualização do Hospital Municipal, que se tornou regional.No plano político o fato mais importante foi a promulgação da Lei Orgânica de Anápolis, ocorrida em 5 de abril de 1990. Ainda neste período foi inaugurada a agência regional do Ipasgo, instalada na Universidade de Anápolis (Uniana) e concluídas as obras do sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário da cidade, que passou a atender 65% da população local.

Wolney Martins de Araújo (1993-1996)Em 1993 Wolney Martins volta à Prefeitura de Anápolis com slogan de campanha o “tostão contra o milhão”. Ele destaca que uma das primeiras medidas foi a renegociação de dívidas com o Instituto Nacional de Seguridade Social. Mesmo diante da crise financeira em que se encontrava os cofres públicos ele pavimentou 42 bairros e mediante um convênio com o governo federal levou a rede de esgoto a região norte da cidade.

O ex-prefeito cita ainda como ações administrativas a construção do Elevado Ayrton Senna e do Conjunto Filóstro, em parceria com o então governador Íris Resende. Ele destaca que equipou o Hospital Municipal e fez dele referência estadual em atendimento.

Wolney Martins foi quem inaugurou o Centro de Zoonoses, reformou o ambulatório da Unidade de Saúde do Jundiaí (antiga Osego), adquiriu 21 veículos para a frota da Prefeitura e investiu na segurança do município. No campo cultural, ele destaca a criação do Grupo de Balet, da Escola de Artes e o apoio dado aos escultores locais.

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Adhemar Santillo (1997-2000)Ao assumir o comando da Prefeitura em 1997, Ademar Santillo lamenta que iniciou a administração já com uma ‘bomba relógio em mãos’, nada mais, nada menos que ‘seis meses de salários atrasados’. “Acabei meu mandato com 54 folhas salariais quitadas e ainda saí devendo”, conta.

Ele ressalta a primeira administração (1986-1988), em que teve receita para investir na construção de obras importantes para o município para justificar um segundo mandato, que para muitos, deixou a desejar. “Mesmo diante das dificuldades orçamentárias fiz muita coisa pelo município”, garante.

Segundo Ademar Santillo, em sua segunda administração entregou quatro mil metros de asfalto, sem ônus para a população, construiu o Central Parque, revitalizou a Praça Abadia Daher, fundou o Centro Integrado da Mulher e privilegiou investiu em trabalhos sociais.

Ernani de Paula (2001-2003)Em 30 meses de mandato, inaugurou a Prefeitura 24 horas, que tinha como objetivo oferecer soluções rápidas, agilizar a busca por soluções às reclamações, sugestões e pedidos do cidadão, durante a semana, sábados, domingos e feriados.

Outra ação de Ernani de Paula foi mudar a Prefeitura para o prédio da Estação Engenheiro Castilho, aonde por anos funcionou a Feira Agroindustrial de Anápolis, ocasião em que unificou todos os órgãos administrativos. A antiga sede passou a ser o Palácio da Cultura, que também reuniu todas as escolas: arte, música, teatro, dança, dentre outros.

Em uma área, como ele define de “abandonada”, foi construído o Parque JK, que hoje se tornou um espaço para práticas de esporte, principalmente caminhadas e ciclismo, e para lazer. “Eu iria construir outros parques”, lamenta. Ernani de Paula destaca que foi ele quem deu início a revitalização da Avenida Brasil, e garante que se não tivesse sido cassado teria terminado a obra em sua gestão. Ele ressaltou também que foi em sua gestão que foram implantados o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e o Sentinela.

Ainda nesta época, enfatiza o ex-prefeito, foi implantado o Instituto de Seguridade Social de Anápolis, que de acordo com ele era para ter em caixa nos dias de hoje mais de R$ 200 milhões. “Eles conseguiram falir o ISSA”, critica. O prefeito cita ainda que “desencardiu a cidade ao retirar 700 out door, “fazia a Divisão de Postura funcionar”, mudou a empresa que recolhia o lixo, realizou a adequação do Aterro Sanitário. Na área da saúde reformou o Hospital Municipal e o Cais do Jardim Progresso.

Pedro Sahium (2004-2008)Embora judicialmente esteja com seu mandato cassado, Pedro Fernando Sahium prossegue com a realização do seu plano de governo. Em uma revisa, publicada recentemente e distribuída à população, ele lista suas principais realizações. Logo no início destaca a implantação do ‘Pregão Eletrônico’ e do ‘Sistema Rápido’, da elaboração do novo Código Tributário e do Plano Diretor.Pedro Sahium ressalta no documento, a construção e a reforma de escolas, a criação de novos projetos para dinamizar o sistema educacional e a informatização das secretarias. O aumento salarial dos professores também é destaque, assim como o projeto Escola Viva.

Na área de Infra-Estrutura, o prefeito fala sobre a implantação “definitivo” do Aterro Sanitário, a coleta seletiva de lixo em 11 bairros, a execução de projetos de preservação ambiental, urbanização de praças e a pavimentação de ruas.

De acordo com ele, a Prefeitura equipou postos de saúde e investiu na capacitação dos profissionais, criou o Centro de Especialidades Odontológicas, fez da Unidade de Atendimento à Mulher, um local de referência na cidade e investiu nos programas de DST/Aids, Hanseníase, Tuberculose, Diabetes.

A atual gestão recuperou o dinheiro do Proinfra no valor de R$ 7 milhões, que segundo a revista foi aplicado em asfalto, concluiu a revitalização da Avenida Brasil, construiu a ciclovia e plantou canteiros centrais.

Pedro Sahium investiu na reforma do Ginásio Internacional (que ainda não foi concluída), criou programas sociais como a Casa das Rosas e o Centro da Juventude, além de promover atendimento a população carente por meio de outros projetos.

As prioridades apontadas pelo prefeito para 2007 e 2008, de acordo com a publicação, é a recuperação das finanças da Prefeitura, solucionar definitivamente o problema de atraso de pagamento dos funcionários, “recuperar” a infra-estrutura da cidade.