Anatomia e Fisiologia Da Pele

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Anatomia e Fisiologia da Pele

O conhecimento de Anatomia e Fisiologia da pele nos ajuda a entender a fisiopatologia das doenas. Esse conhecimento nos guiar a uma hiptese diagnstica, a estabelecer a necessidade ou no de realizao de Bx de pele e ao diagnstico propriamente dito, tratamento e estabelecer um prognstico. um tpico que sempre est em presente em provas de concursos.

Pele Maior rgo do corpo humano corresponde a 15% do peso corporal. Estruturalmente extremamente complexa. Tem funo de revestir, delimitar o organismo. Devido grande complexidade da pele a Dermatologia possui uma grande gama de doenas. A Pele tem origem embriolgica no Ectoderma e Mesoderma. O embrio com 5-6semanas j possui uma pele primitiva (na realidade uma camada nica da cls e que reveste o embrio). A pele primitiva ou periderme sofre modificaes e chega pele madura, to complexa como ela , Essa camada inicialmente nica, com o passar das semanas vai se multiplicando e dando origem a uma camada de malpighi primitiva (ainda no h diferenciao terminal->camada terminal->queratina.). O objetivo da nossa pele a formao da camada crnea, que a diferenciao terminal (objetivo final da epiderme). Em torno da 5 semana tambm h desenvolvimento de estruturas nervosas. Os Melanoblastos tambm saem da crista neural e migram-> se transformam em melanognias e posteriormente em melancitos ,chegam a Dermee vo para epiderme. H presena de melancitos na matriz, em atividade,na juno dermatodermica,membrana basal e tambm na derme. Todos os nevos melanocticos so congnitos , apenas no so macroscopicamente visveis ao nascimento. Nesse momento da migrao alguns melancitos ficaram na derme.Quando o bebe nasce tem zero nevos melanocticos (pode ter 1, no mximo 2), mas quando atinge mais ou menos 20anos pode ter em mdia 20 nevos , eles vo surgindo. Esses melancitos j permaneceram na derme nesse momento da migrao e em dado momento comearam a proliferar. Na pele tambm vai haver desenvolvimento de estruturas vasculares, como o plexo vascular superficial e o plexo vascular profundo, que esto em contato um com o outro. Essa epiderme da pele primitiva precisa crescer sobre uma base, uma fundao, que corresponde a DERME.

Em qualquer alterao congnita ou adquirida na derme vai resultar em alguma alterao na estrutura da epiderme tambm. Derme (3 ms) -> tec afibrilar e amorfo,onde a pele primitiva repousa para poder crescer, tanto para cima, quanto prolongamentos para baixo dando origens as estruturas anexiais.

Na pele fetal rica em colgeno tipo 3 e a pele adulta em colgeno tipo 1. Mais embaixo h outra estrutura ,tambm para dar fundamento, que composta de clulas que a gente no v na microscopia ptica , a gente v que ela esta repleta de lipdeos (na colorao de rotina que a hematoxilina eosina). Durante o processamento histolgico perde-se aquela gordura (hematoxilina eosina no cora gordura). Quando se olha no Mo se v uma rea branca , a gente v apenas a membrana. A cel possui ncleo, que esta rechaado para periferia. Isso traduz que essa cel, um adipcito maduro (ncleo na periferia), adipcito com ncleo no centro se trata de um lipoblasto.O lipoblasto pode estar presente em um tec que no est se diferenciando. A indiferenciao pode se traduzir malignidade, por exemplo num lipossarcoma.

6 ms -> tem a diferenciao terminal, a queratina comeou a ocupar espao no citoplasma do queratincito, comeou a substituir suas estruturas , suas organelas. As cels ficam completamente queratinizadas. No h mais ncleo, uma cl morta, que vai descamar microscopicamente. Ento nos 6 meses j se tem a diferenciao terminal , que o objetivo final de todo queratincito. Tambm h presena de estruturas nervosas. importante lembrar que todas as estruturas mencionadas aqui so possveis locais de doenas. Tipos celulares na epiderme: y Queratincitos- que constituem a maior parte da populao de cls y Melancitos y Cls de Langerhans

y Cls de Merkel O epitlio um epitlio estratificado, que quer dizer que possui camadas (vrios estratos, vrias camadas) e que no final est queratinizado, recoberto por queratina. Os queratincitos ou cls epiteliais vo compor o sistema ceratnico, que vai englobar plos, unhas e glndulas tambm. Cls do sistema melnico, que so os melancitos,cl de langerhans e merkel Queratincito (alem de sintetizar queratina tem funo imunolgica) a principal cl da epiderme e tem uma funo bsica que produo de queratina. Se o queratincito no for capaz de produzir queratina isso gera a expresso clnica de uma doena. Alem de produzir queratina, a cels tem tambm funes imunolgicas, secreta citoquinas, fatores inflamatrios , fator de necrose tumoral, tem molculas de superfcie responsveis pela adeso entre uma cel e outra. Se ligam a complexos dando inicio a respostas inflamatrias e isso se v muito em farmacodermia. Existem vrios tipos de queratinas, queratinas cidas, bsicas. A queratina no esta presente apenas na pela , ela est presente em outras cels de outros rgos. Elas so protenas filamentosas que do estrutura, que so responsve por manter a estrutura tridimensional da cl.(atuam como vigas ou colunas em uma construo) As protenas de adeso de uma cel a outra se ligam nessas vigas , nessas colunas. Elas tambm funcionam como marcadores do tipo, do grau de diferenciao de uma populao. As citoqueratinas so muito usadas no diagnostico de tumores, vamos falar muito em imunohistoqumica. A imunohistoquimica o recurso que se acresceu a histologia, ela marca protenas celulares e uma muito importante a citoqueratina. Em mutaes genticas, em que o gen vai codificar ptns diferentes , citoqueratinas que no eram para estar l e que esto presentes redundando em doenas e que podem ser detectadas atravs de imunohistoquimica. Ento mutaes nos genes produtores desses queratinas so causas conhecidas de doenas cutneas, e um exemplo disso ictiose, epidermlise bolhosa congnita (se caracteriza pelo aparecimento de bolhas em reas de atrito-> defeito na citoqueratina gerou um defeito de adeso entre as

cls). De baixo para cima vamos camada basal ou germinativa-> a camada mais profunda, mais jovem, as cls so mais altas, so colunares e esto em constante multiplicao,em mitose constantemente (responsveis pela renovao do epitlio). O citoplasma tambm cora mais roxo e essa cl vai sofrendo modificaes morfolgicas ,histoqumicas e ultraestruturais ao longo de todo o percurso at ser eliminada. Obs: Na imunohistoquimica o que se quer marcar se cora em marrom. A ptn q67 est relacionada com a marcao da replicao celular. medida que os queratincitos da camada basal vo subindo, eles vo se tornando mais irregulares at se tornarem achatados. E na fase em que a cel est completamente queratinizada, suas organelas deram lugar queratina, ela vai descamar microscopicamente.Se houver uma acelerao desse turnover celular clinicamente ns percebemos como descamao (ex:ictiose, psorase).

As cels de malpighi ou espinhosas- so poligonais de citoplasma bosoflico (roxo). Essas cls quando vo subindo vo acumulando no seu interior queratina, que pouco a pouco vai substituindo as organelas. A queratina cora mais em eosina e vai ficando mais avermelhada. Ento a cl que na membrana basal era roxa , conforme ela vai acumulando queratina vai ficando cada vez mais avermelhada quanto mais queratina exista dentro dela (vai ficando cada vez mais eosinoflica ou acidfila ou seja vai havendo uma modificao histoqumica). A fase degradativa as cls vo ficando mais achatadas e no h atividade de proliferao , at chagar na camada final que a camada crnea. A espessura da camada crnea vai variar de acordo com a regio (ex: regio palmo - plantar tem camada crnea espessa, para proteger do atrito, plpebra tem camada crnea muito fina). Na camada crnea j houve perda de todas as organelas, consolidou o contedo celular->envelope celular amorfo, que a queratina compacta.

A camada crnea normal chamada de ortoceratose, camada crnea em cesta de basquete (no h ncleo nessas cls. Se tiver ncleo tambm doena e o que se chama de paraceratose em histologia). Existem regies em que a camada crnea no em cesta de basquete, ela mais compacta e por que ela queratina pura, que cora com eosina (vermelha). Nessa regio de camada crnea compacta existe uma camada extra chamada de Estrato Lcido. Que regio essa? A camada crnea espessa, compacta que ainda tem um estrato sobressalente, estrato lcido essa regio a palmo plantar.

Por exemplo quando ns vemos um tumor que vem das cls da epiderme,inal neoplasia que vem do queratincito-> carcinoma de cls escamosas. Diferenciao terminal o objetivo de cada cl. Ento quando eu vejo um carcinoma de cls escamosas bem diferenciado,significa que as cls desse tumor ainda (apesar de ser neoplsica) ainda conseguem produzir queratina (apesar de ele ser maligno ainda no perdeu sua diferenciao terminal). Quanto mais grave a leso menos diferenciada , ento se eu achar um carcinoma de cls escamosas pouco diferenciado ou moderadamente indiferenciado ele j est perdendo a sua funo principal que produzir queratina. Existem tumores totalmente anaplsicos, pouco diferenciados e que no produzem queratina. Para haver produo da camada crnea, que essa camada externa protetora, eu preciso de uma camada de transio ,tendo funo de barreira, a queratina tem que estar bem compacta , bem justa. uma linha de produo ->imaginem a basal com sntese de matria prima , a espinhosa vai se estruturando at o objetivo que a crnea. A gente precisa de uma camada intermediaria entre a espinhosa e a crnea , que a camada de transio para a cl se queratinizar. Essa camada de transio chamada de granulosa ou camada evolutiva pr crnea , que tambm sede de vrias doenas .

As cels da camada granulosa ou camada evolutiva pre-crnea so cheias de grnulos, so os grnulos de querato-hialina (compostos pela profilagrina e citoqueratinas). So grnulos basofilicos (corados em roxo com a hematoxilina- eosina). Por exemplo num distrbio psiquitrico de compulso em que o paciente passa a coar o brao tempo todo, acaba ferindo o brao e permanece com o ato de coar, o organismo para se proteger espessa a camada crnea. Mas para isso acontecer o organismo tambm tem que aumentar a produo da camada anterior , que a granulosa. No lquen simples plano ou neurodermitese for feita Bx de pele vai ser visto hiperceratose e hipergranulose (a granulosa ela fica em cunha espessada). Regies de mucosa no possuem camada crnea, so reas midas e a nossa pele seca. Os grnulos de querato-hialina so ricos em profilagrina que vo se converter em filagrina que so responsveis pela agregao dos grnulos de queratina, em determinadas situaes em doenas genticas ocorre um erro na produo de profilagrina, ou um erro na converso da profilagrina em filagrina e a vai se ter tambm outras ictioses , relacionada com a compactao da queratina. Obs:a camada lcida no corada no HE O tempo de renovao, o tempo que a cl leva desde que ela caminha da camada basal at a eliminao da camada crnea.-> isso tem uma mdia, do tempo de diviso desse cl , o transito atravs da malpighi (ou espinhosa) e o transito no estrato crneo . Qualquer alterao nesse transito, mais lento ou acelerado vai dar doena. Como a gente consegue ter uma epiderme to ajustada derme? Se eu no tiver uma estrutura de adeso muito boa entre e epiderme e a derme qualquer trauma , qualquer atrito mnimo ou agresso mnima vai resultar (imagine o que a epiderme descolando da derme, o que isso clinicamente ? isso vai ser igual bolha). As cls da epiderme esto unidas entre si pelos Desmossomos e esto unidas atravs da derme pelos Hemidesmossomoas (so modificaes da superfcie celular que geram as adeses).

Essas vrias ptns elas formam cadeias , saem do meio extra celular, atravessam a membrana celular e vo l para o citoplasma e se ligam na citoqueratina e vo se ligando a outras estruturas dessa de outra cl, ficando todas muito unidas.

Entre um queratincito e outro existem pontes intercelulares chamadas de acantos, so estruturas de adeso entre uma cl e outra. Quando ocorre uma lise desses acantos, por uma doena autoimune , estamos diante de uma acantlise. Acantlise vai ser igual bolha. Os desmossomos eles vo gerar filamentos que se ligam a queratina, vo atravessar a membrana e vo se ligar a outra estrutura igual que vai se ligar ao citoplasma de outra cl. Ento so varias estruturas ligando uma cel outra , at no citoplasma quando se ligam nas vigas das cls que so as citoqueratinas. Cada cl se liga a cl vizinha por meio de 2 placas, que so os desmossomas (ligando um queratincito no outro), mas quando ele vai se ligar a derme ele vai se ligar atravs do hemidesmossomo (hemidesmossomo como o prprio nome diz por que s de uma parte). Alm do desmossoma entre as cls da epiderme, elas esto mergulhadas em um meio que o cimento intercelular ou glicoclice, como se fosse um a gelia de glicoptns (que atuam na adeso da cls, na difuso das substncias solveis em gua.

Juno Dermo Epidermica-> a epiderme ligada derme O quearatincito basal vai se aderir a lamina basal, atravs do hemidesmosssomo. O queratnocito emite prolongamentos para a derme, o hemidesmossoma. Alem disso, a derme e a epiderme tem uma penetrao sinuosa em interpenetrante ,como um quebra cabea, (isso tambm ajuda a manter adeso) Zona da membrana basal ->rea em que h a juno da epiderme com a derme. No He normalmente a gente v a zona da membrana basal.Exemplo de doena que tem espessamento da membrana basal o Lpus. Lembrando que pra gente olhar essa membrana necessitamos de uma colorao especial que o PAS.(rica em mucopolissacardeos neutros, por isso se usa Pas) Tem essas camadas principais, que vo dos queratincitos da camada basal em direo a derme (de cima p/ baixo), quais so as camadas melhor estudadas na microscopia eletrnica? membrana plasmtica da cl basal, a lamina lcida ( uma lamina eletrolucente),a lmina densa ou lmina basal e a sublmina densa e embaixo de todas essas camadas a gente tem a derme propriamente dita. Essas camadas todas garantem que a epiderme fique bem aderida derme.

A funo de todas essas camadas so : y suporte mecnico , formam uma base, uma estrutura y mantm a derme ligada a epiderme y filtro semipermevel -> existe troca entre as cls , fluidos da derme at a epiderme Em algumas doenas existe uma mutao , uma alterao nessa seqncia de queratinas, gerando doenas Cls Dendriticas

MelancitosGrnulos de melanina Separando-se grnulos de melanina grnulos de melanina em formao

So cls que emitem prolongamentos, so produtoras de pigmento melnico. Existe uma proporo mdia de 1 melancito para 36 cada queratincitos basais, mas isso pode variar com estmulo essa proporo pode aumentar. O nmero de melancitos mais ou menos o mesmo em todas as raas. Porque h diferenas de fototipos? Tem um nmero, tamanho ou disposio diferentes de melanossomos ou grnulos de melanina. Os melanossomos so esses pacotes presentes dentro das cls e que contem pigmento melnico. Ento o que varia a forma de produo, a quantidade produzida de pigmento e essas caractersticas so geneticamente determinadas. Pessoas com fototipo 1 ficando expostas ao sol no vo mudar, elas podem at estimular os melancitos, mas o principal fator a determinao gentica. O melancito tem vrios prolongamentos e cada prolongamento vai se unir a um queratincito, ento o melancito produz o pigmento melnico e transfere para um queratincito. (um melancito est ligado a vrios queratincitos, atravs dos seus prolongamentos, transferindo os melanossomos para os queratincitos vizinhos e isso recebe o nome de unidade epidermo-melanica . existem reas em nosso corpo mais ricas em melancitos, como face, regio genital ,regio pr-tibial. Uma face muito danificada pelo sol pode ter uma relao melancito /queratoncito alterada 1:1 ,mas isso no normal, ocorre devido ao estimulo que est acontecendo ali.

Porque ns temos essas variaes de ruivos, loiros ,pardos, negros, isso ocorre devido a variaes bioqumicas. Existem alteraes de pH , temos diferentes tipos de melanina , a eumelanina (marrom) e a feomelanina(amarelo-avermelhado)e isso determinado pelo ph do citoplasma da cl, que determina a relao na produo de eumelanina e feomelanina , isso bioqumica e tambm geneticamente determinado. A exposio solar crnica vai estimular o melancito a produzir melanossomos maiores, tendo uma distribuio que lembra a de uma pele mais escura. Os melancitos esto unidos aos queratincitos por tonofibrilas, cada melancito vai entrar em contato com vrios queratincitos, inclusive a distancia para fazer chegar ali o pigmento melnico. O queratincito contem pigmento melnico , mas ele recebe esse pigmento do melancito ele no produz esse pigmento (existe uma transferncia ).O pigmento melnico faz uma capa envolvendo o ncleo para proteger o DNA. O pigmento melnico vai proteger tanto o ncleo do meloncito quanto do queratincito. No complexo de golgi vai haver a produo melanossomo atravs da enzima Tirosinase, deternimada por um estimulo dado pelo sol que gera uma excitao da tirosinase, que a vai gerar a produo de melanossomos maiores e em maior nmero. Essa produo tem um limite gentico, tem hora que independente do estmulo mais forte para aumentar essa produo. Os estmulos podem ser ambientais ou hormonais tambm. A tirosina um aminocido essencial que faz parte da via de produo da melanina, essa via vai funcionar em funo da atividade da tirosinase, que estimulada pela luz solar a produzir eumelanina e feomelanina, sendo essa proporo de produo varia de acordo com ph da cel, que geneticamente determinada e vai gerar os diversos fototipos. O melancito possui dendritos, a microscopia ele possui um halo artefatual, devido ao processamento histolgico do material. ASC ->imunohistoquimica que cora os melancitos

Cls de Langerhans-> se coram pelos sais de ouro, tambm so cls dendrticas. Possuem estruturas no citoplasma em forma de raquete que so os grnulos de Birbeck, origem provvel na medula ssea e fazem parte da ninhagem monoctica fagocitria. Elas se localiza no meio do estrato de malpighi.Tem ao no brao aferente da resposta imune, est envolvida nos eczemas de contato, alrgicos, ela reconhece, processa e apresenta o antgeno ao sistema imune (apresenta ao linfcito). Quando o antgeno apresentado ao linfcito,e ocorre uma reexposio daquele antgeno, pode haver a formao do eczema de contato do tipo alrgico , com uma reao de hipersensibilidade do tipo iv. Resposta celular tardia = reao de hipersensibilidade do tipo 4 O linfcito T precisa ser apresentado ao antgeno e que faz essa apresentao a cl de langerhans.

As cels de langerhans tem uma capacidade fagoctica, tem muita importncia imunolgica ->apresenta o antgeno ao linfcito T sensibilizando-o. Possui receptores em sua superf. para o antgeno (fc,) anticorpo (c3)estando envolvida em vrios processos patolgicos. Cls Dendrticas Cls de Merkel->relativamente rara, fica entre as cls basais ,a gente v principalmente presente na regio palmo plantar , mucosa oral, genital, no leito ungueal. Necessita de colorao especial para ser vista. Carcinoma de cls de merkel uma condio extremamente grave (couro cabeludo). Citoqueratina 20

deve ser corada quando queremos visualizar a cl de merkel (imunohistoqumica). Tem o ncleo lobulado, oval, citoplasma com grnulos neurossecretores. No pode ser visualizada na rotina da hemotoxilina eosina , precisa impregnar pela prata. Possivelmente tem conexo com as fibrilas nervosas. No tem conexo direta com o queratincito e o marcador a citoqueratina 20 e tem um outro marcador chamado cronogranina. Anexos da Epiderme Unhas Pelos-> unidade pilossebcea Glndulas sebceas Glndulas sudorparas apcrina (desemboca junto com o pelo) e crina(desemboca diretamente na epiderme) Voltando a embriologia, aquela camada chamada periderme que depois produz vrias outras camadas vai emitindo brotos ou germes epiteliais a partir da camada basal em direo a Derme. Esses brotamentos, que provenientes do ectoderma vo dar origens as estruturas anexiais. Todos os anexos funcionam como epiderme reserva. Funciona como uma reserva de pele, ento ali na regio do bulbo existe a matriz que est em constante mitose , ali a minha fabrica de queratincitos, de melancitos. Se por exemplo eu tiver uma queimadura que destrua as estruturas anexiais, eu vou reepitelizar essa regio com uma dificuldade muito maior do que se essas estruturas estivessem integras, por que a reserva de pele foi destruda. A reepitelizao aps injuria acontece principalmente em virtude da migrao do queratincito a partir do epitlio anexial. Se houver destruio de anexos a cicatrizao vai ser mais lenta e no vou conseguir regenerar a minha pele da maneira como ela era anteriormente ->vou ficar com uma cicatriz, uma rea de fibrose (a cicatriz no tem essa diferenciao que a gente tem na nossa pele normal , ela no tem estrutura anexial , s colgeno denso ,hialinizado ,compacto com epiderme recobrindo, sem estruturas anexiais , com aquela pele lisa, ou hipertrfica ou atrfica dependendo do tipo de cicatriz.

Face e couro cabeludo tem muitas unidades pilossebcea, por isso reepiteliza mais rapidamente que em outros lugares, como por exemplo no dorso. Por exemplo para retirada de pontos -5 a 7 dias na face No dorso em torno de 15dias. Outro exemplo o Vitiligo ->o problema que o individuo no tem o melancito. Quando as leses do vitiligo ocorrem no dorso das mos (que no tem pelos) muito difcil de tratar, j na face muito mais fcil de tratar (por que na face tem muito folculo, ento nossa reserva de pele, de melancitos muito grande e repigmenta fcil. Voc v uma mcula acrmica de vitiligo podemos observar que ela comea a repigmentar em pontinhos, chamadas de ilhotas de repigmentao (esses pontinhos vem do folculo e onde no tem folculo demora muito a se formar.

Unidade sudorpara Ecrina Presente em toda superfcie corporal, mas em maior quantidade em regio palmo plantar e axila. Produz uma secreo sudoral incolor, sem cheiro e hipotnica (com os mesmos eletrlitos presentes no plasma, mas em menor concentrao. Tem uma funo termo reguladora e responde a estmulos como calor e stress. So inervadas pelas fibras simpticas e mediadores parassimpticos tambm como acetilcolina, pilocarpina ,atropina

(vai inibir a sudorese)e adrenalina (que estimula por um mecanismo discutvel). Temos um ducto em espiral intra epidrmico, tem uma parte que penetra na epiderme, o ducto intra epidrmico, ele abre diretamente na superfcie cutnea, essa poro camada de acrossiringeo. Tem um conduto no intradrmico e a poro enovelada, que a poro secretora (poro secretora fica quase na hipoderme ou a derme reticular, na derme inferior) Unidade apcrina-> desemboca no folculo piloso, na poro infundibular.(tem a mesma origem embriolgica). Est presente na axila, regio peri-mamilar, regio anu-genital, plpebra. A composio da secreo apcrina, tem um aspecto mais leitoso, mais concentrada, porque tem ptns, carboidratos, amnia e no s eletrlitos. Essa secreo no tem odor at que atinge a superfcie cutnea , quanto atinge a superfcie cutnea ela vai ser metabolizada por bactrias e isso vai gerar o odor. Tem funo sexual, com marcao de territrio e a gente v muito isso com primatas e outras espcies. Tem ativao aps a puberdade. A gland sudorpara apcrina tem o epitlio que faz protruso em direo a luz (observando em um corte transversal). como se a cl largasse parte de seu citoplasma na luz para esse material comear a compor o contedo secretado. Esse tipo de secreo se chama de secreo por decapitao, com liberao de parte do seu citoplasma na luz. Unidade pilossebcea Plo fetal ou lanugo -> a criana nasce com uma camada de pelos bem fininhos e que depois vo cair e ser substitudo pelo plo velus (plo pouco desenvolvido do adulto) Plo terminal -> cabelo, barba, regio pubiana e axilar. um plo mais espesso e pigmentado. Divises do folculo y Acrotrquio-> poro intra epidrmica y Infundbulo ->entre o stio e o ponto de insero da gl sebcea y Istimo-> entre a abertura da gl sebcea e o ponto de insero do msculo pilo eretor y Segmento inferior-> abaixo do msculo eretor

Obs: quando o plo est aderido muito fundo, por exemplo no subcutneo porque o plo precisa ficar muito bem aderido -> couro cabeludo. Regio com plos muito pequenos e grande numero de gls sebceas -> corresponde regio fronte- malar, nariz. A poro mais inferior aonde eu vou encontra a matriz do pelo, aonde vai se introduzir a papila. Papila pequena estrutura conjuntiva, ricamente vascularizada e inervada. As linhagens de cls so produzidas pela matriz, com presena de melancitos ativos. No bulbo a gente tem a atividade mittica do plo. Papila, uma parte da derme ,colgeno e vaso que se produz na regio do bulbo. O bulbo a parte do plo capaz de produzir varias linhagens celulares , tem a bainha radicular interna e externa. A matriz contem queratincitos e melancitos Papila-> cls mesenquimais primitivas e vasos sanguneos Tem a haste do plo propriamente dita, tem a cutcula externa O componente principal do plo a queratina, tem alguns aminocidos (arginina, cistena). So filamentos flexveis e elsticos, mais ou menos 20-30%ele estica seco e s vezes 100% quando molhado. O plo tem ciclos de crescimento e repouso, que se alternam. Temos a fase angena -> fase de crescimento , com intensa atividade mittica naquela matriz. O plo nessa fase atinge sua mxima expresso estrutural. A fase angena dura entre 2 a 5 anos. Pacientes fazendo quimioterapia quando o cabelo comea a cair e o couro cabeludo fica mais claro, fininho e meio tortuoso. Com a aparncia de mais fraco. O que acontece que o quimioterpico atua em todas as cls que esto em mitose e ele no seletivo e acaba atuando no cabelo, principalmente nessa fase angena (justamente nesses fios que tem em torno de 2 a 5 anos) Essa queda de cabelo decorrente do quimioterpico se chama de reflugo angeno. Fase catgena-> o folculo preso no subcutneo ele vai subido. O folculo vai regredir, involuir a 1/3 do seu tamanho, interrompe a melanogenese na matriz (fica um plo mais claro). Dura mais ou

menos 3 semanas. Fase telgena-> eflvio do plo, desprendimento do plo (pacts submetidos a cirurgias, grvidas amamentando, stress, anemia, dieta). Tem durao de 3 meses.