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Universidade do MinhoInstituto de Ciências Sociais

Andreia Filipa Duarte Barbosa

outubro de 2015

A problemática do papel da assessoria de imprensa na produção jornalística

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Andreia Filipa Duarte Barbosa

outubro de 2015

A problemática do papel da assessoria de imprensa na produção jornalística

Trabalho efetuado sob a orientação daProfessora Doutora Silvana Mota Ribeiro

Relatório de EstágioMestrado em Ciências da ComunicaçãoEspecialização em Publicidade e Relações Públicas

Universidade do MinhoInstituto de Ciências Sociais

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Agradecimentos

À Mediana, pelo fantástico acolhimento e integração na equipa e, em especial, à Susana

Monteiro por toda a simpatia e preocupação. À Ana Carvalho pela disponibilidade e, sobretudo, à

Joana Monteiro por todos os ensinamentos e conselhos durante os três meses.

Aos meus pais, pelo apoio nesta minha longa jornada e pelo amor incondicional. À Joana, por

toda a ajuda e pela contagiante boa disposição. Ao João, por tudo, e pela paciência ao longo dos

últimos anos e, claro, à Ana, companheira inseparável.

Um obrigada especial à minha orientadora, professora doutora Silvana Mota Ribeiro por toda a

compreensão, motivação e palavras de apoio.

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A problemática do papel da assessoria de imprensa na produção jornalística

Resumo

A comunicação e a difusão de mensagens têm evoluído de forma alucinante e os órgãos

de comunicação social não fogem a esta realidade. O público, cada vez mais exigente, requer

informação relevante e muitas organizações têm vindo a repensar as suas estratégias,

incorporando ferramentas de comunicação nas rotinas de trabalho. Por essa razão, verifica-se

um crescimento das relações públicas e da assessoria de imprensa que muito têm contribuído,

por um lado, para o desenvolvimento das organizações, interna e externamente, e, por outro,

para o aumento do fluxo informativo na comunicação social. Nos últimos anos, o assessor tem

sido provido de uma maior liberdade e a típica e velha imagem do profissional, apenas limitado

ao envio de notas de imprensa aos jornalistas, foi ultrapassada. As crescentes mudanças da

sociedade e das organizações, aliadas à profissionalização da assessoria, têm levado à sua

expansão e, consequentemente, a uma forte influência na comunicação social.

Estas questões serão discutidas no presente relatório a partir da experiência de estágio

na agência de comunicação Mediana Global Communication e de um estudo exploratório,

realizado com base em entrevistas a jornalistas e a assessores de imprensa. Nas próximas

páginas, são apresentados alguns pareceres teóricos sobre a profissão, partindo depois para

uma descrição das tarefas realizadas durante o estágio e o respetivo balanço. Posteriormente,

procura-se perceber até que ponto a assessoria é capaz de moldar a agenda mediática,

considerando o desenvolvimento e a modernização das técnicas e dos serviços disponibilizados.

Da mesma forma, tenta-se compreender a dinâmica existente nos relacionamentos entre os dois

campos, questionando se serão, ou não, cruciais aquando da divulgação de informação junto da

comunicação social. Terminamos o estudo com uma reflexão sobre as principais consequências

desta forte influência da assessoria no jornalismo e sobre o futuro de ambas as profissões.

Palavras-chave: relações públicas, comunicação organizacional, assessoria de imprensa,

jornalismo, comunicação social, relações com os média

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The issue of public relations and press office in journalistic production

Abstract

Communication and broadcasting of news and messages have been evolving on an

unbelievable dimension. The various media channels are not an exception to this reality. The

audience, now more demanding than ever, requires relevant information and many organizations

are rethinking their business strategies, incorporating communication tools in their work routines.

For that reason, it is remarkable the growth of public relations and press office which have

contributed, on the one hand, to organization‘s development, intern and externally, and, on the

other hand, to increase information flow in the media. Over the past few years, these

professionals have been provided with more freedom, which allows expanding the operation

areas and increasing the quality of the service provided. The old image of the professional,

limited to write and send press releases to journalists, is now outdated. Changes in society and

organizations and the professionalization of public relations have contributed to their expansion

and developed a strong presence and influence in social media.

These issues will be discussed based on my internship experience at the communication

agency Mediana Global Communication and on an exploratory study, which contains interviews

with journalists and public relations executives/officers. On the next pages, it will be presented

some theoretical views about the career, leading then to a brief description and analysis of the

principal tasks performed during the internship. Posteriorly, we will try to understand how much

the public relations professionals are capable to shape the media agenda, considering the

development and modernization of techniques and services provided. Also, we will analyse the

dynamics between the relationships between both of the fields, questioning either if they are, or

not, crucial during the dissemination of information next to the social media. We end this study

with a reflection about the main consequences of this strong influence from the public relations

on journalism and what will be the future for both careers.

Keywords: public relations, organizational communication, assessoria de imprensa, journalism,

social communication, media relations

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Índice

Introdução ............................................................................................................................ 7

1. A problemática do papel da assessoria de imprensa na produção jornalística – um

enquadramento teórico-reflexivo ............................................................................................ 9

1.1 Assessoria de imprensa e visibilidade mediática .......................................................... 9

1.2 Assessoria de imprensa em Portugal: uma panorâmica ............................................. 12

1.3 Assessoria de imprensa na gestão da identidade e imagem organizacional ................ 13

1.4 Assessoria de imprensa como fonte pró-ativa e relacionamento com a comunicação

social .............................................................................................................................. 17

1.5 Influência da assessoria de imprensa no campo organizacional e jornalístico ............. 22

2. A experiência de estágio: descrição e reflexão .............................................................. 27

2.1 Caracterização da empresa de acolhimento: Mediana Global Communication ....... 27

2.2 Tarefas realizadas e reflexão sobre a experiência de estágio ................................. 28

2.3 Problemática da assessoria de imprensa no jornalismo ............................................. 34

3. ―O que dizem jornalistas e assessores?‖ – Contributos de um estudo empírico ............ 44

3.1 Objetivos e metodologia ....................................................................................... 44

3.2 Análise exploratória dos resultados ...................................................................... 45

4. Conclusões ................................................................................................................. 52

Referências......................................................................................................................... 59

Anexos ............................................................................................................................... 65

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Introdução

O presente relatório foi redigido tendo por base um estágio curricular, componente

integrante do Mestrado em Ciências da Comunicação – variante de Publicidade e Relações

Públicas, da Universidade do Minho, durante o ano letivo de 2014/2015.

O estágio foi realizado na agência de comunicação Mediana Global Communication,

sediada em Leça do Balio, entre os meses de julho a outubro de 2014. Apesar de ter integrado a

equipa da empresa numa altura em que a carga de trabalho não era muito elevada, fui desde

logo integrada nos projetos que estavam a ser desenvolvidos. Tive, ainda assim, a possibilidade

de iniciar novos trabalhos que constituíram um grande desafio mas, acima de tudo, uma óptima

oportunidade para aprofundar os meus conhecimentos e dar os primeiros passos na área da

assessoria de imprensa.

Esta experiência foi bastante enriquecedora e permitiu-me crescer imenso, tanto a nível

pessoal como profissional. Embora tenha exercício várias funções, e das quais a assessoria não

foi a mais destacada, este estágio fez-me perceber a real dinâmica de uma agência de

comunicação e a respetiva influência na comunicação social, permitindo-me, acima de tudo,

conhecer e entrar em contacto com o ―outro lado‖ das notícias, uma realidade que desconhecia

até então. Estes três meses de estágio abriram-me novos horizontes e fizeram-me questionar e

repensar todo o processo noticioso, e, sobretudo, a realidade jornalística, muito diferente da que

imaginava e idealizava enquanto estudante e entusiasta da comunicação.

Como tal, este relatório pretende refletir sobre o papel da assessoria de imprensa na

atual sociedade, nomeadamente no campo organizacional e jornalístico, onde, neste último, se

tem notado uma forte influência na definição e construção da agenda mediática. Para tal, e em

termos gerais, procedeu-se à divisão do relatório em quatro grandes capítulos. Em primeiro

lugar, e para não descrever de imediato a minha experiência de estágio, que, desta forma, iria

carecer de algum contexto, optei por desenvolver um enquadramento teórico-reflexivo para uma

melhor compreensão das questões a abordar. Assim, apresento uma breve explicação dos

principais termos e características da assessoria de imprensa, analisando o atual

posicionamento da profissão em Portugal. Posteriormente, descrevo a agência Mediana Global

Communication e respetivo modo de funcionamento para dar a conhecer e refletir sobre as

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principais tarefas realizadas e algumas das problemáticas que surgiram no período de estágio.

Numa componente mais prática, e para completar o parecer teórico, abordo os principais fatores

que explicam a forte influência e o sucesso da assessoria de imprensa na produção jornalística,

recorrendo a casos concretos com os quais contactei durante o estágio. Adicionalmente,

apresento um estudo empírico baseado em entrevistas semi-estruturadas e anónimas, realizadas

a profissionais da área do jornalismo e da assessoria. Pretende-se compreender, entre outros

temas, as grandes questões associadas aos relacionamentos existentes entre os dois campos,

questionando se serão facilitadores ou até mesmo garantes de publicação de matérias

provenientes da assessoria de imprensa. Por fim, cabe-me analisar os resultados, tecer algumas

considerações sobre o futuro das duas profissões e levantar outros tópicos de interesse que

possam ser analisados em futuros estudos.

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1. A problemática do papel da assessoria de imprensa na produção jornalística

– um enquadramento teórico-reflexivo

1.1 Assessoria de imprensa e visibilidade mediática

As origens da assessoria de imprensa remontam ao séc. XIX quando o jornalista norte-

americano Ivy Lee foi contratado para melhorar a imagem e o relacionamento de um empresário

da indústria de carvão, John D. Rockfeller. Lee enviou uma carta a todos os jornais do país, onde

se comprometia a difundir informações ―gratuitas e exatas, de interesse público e de uso

facultativo pela imprensa‖ (Sartor, 2011, p. 39). Ao compreender os desafios e a oportunidade

de um novo negócio, Ivy Lee deixou a carreira jornalística e criou o primeiro escritório de

assessoria em Nova Iorque, conquistando, ―por direito e mérito, na história moderna da

comunicação social, o título de fundador das relações públicas, berço da assessoria de

imprensa‖ (Souza, 2010, p. 15). A profissão foi-se desenvolvendo e, em meados do séc. XX,

com a Segunda Guerra Mundial, instalou-se por toda a Europa, acomodada aos interesses da

propaganda fascista e nazi. Em Portugal, surgiu por volta de 1960, em contexto empresarial,

sendo posteriormente aplicada de forma ―efetiva, com método e técnica‖ a partir do ano de

1974 (Lampreia, 1999, p. 17).

A divulgação controlada de factos originava matérias de interesse público e não tardou

muito para que se percebesse que ―a imagem e o seu tratamento têm um papel

importantíssimo para a progressão social de uma empresa‖ (Pato, 2009, p. 20). Comunicar

tornou-se ―a forma mais eficiente de interagir com a sociedade‖ e o surgimento de novos meios

de comunicação criaram ―um novo tipo de visibilidade para os atores sociais (Sartor, 200, p.

128) que pretendiam ―obter reconhecimento público e legitimidade social‖ (Sartor, 2008, p.

128). Foi essa necessidade que impulsionou o desenvolvimento da assessoria de imprensa

como ferramenta útil da comunicação organizacional do séc. XXI.

Em termos genéricos, as relações públicas tratam de manter, através de todas as

técnicas disponibilizadas, as boas relações entre os públicos e as organizações. A assessoria de

imprensa, parte integrante das relações públicas, entre variadas definições, é classificada como

um ―serviço prestado a instituições públicas e privadas que se concentra no envio frequente de

informações jornalísticas dessas organizações para os veículos de comunicação em geral‖

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(FENAJ, 2007, p. 7), objetivando construir uma imagem positiva e, ao mesmo tempo, adquirir

visibilidade pública. Através do envio de material para os jornalistas, estes conhecem e

reconhecem o trabalho do assessorado, passam a cita-lo em diversas matérias e tornam-no

numa referência no segmento a que pertence (Martins & Girardi, 2012, p. 167).

A assessoria é uma arma poderosa ao serviço das grandes empresas pois ajudam-nas a

encontrar o lugar certo na sociedade, ao trabalhar as relações com os públicos e a

competitividade no mercado. Deste modo, é certo afirmar que a assessoria funciona como uma

ponte, mediando as relações do assessorado com a imprensa, ao disponibilizar ―informações

mais oportunas (…) para divulgar‖ a entidade, ―esclarecer a verdade e consolidar a notoriedade

no mercado em que estão inseridas‖ (Beirão, et al., 2010, p. 7) e, por outro, enriquecer a

comunicação social com temas e informações que, de outra forma, não chegariam até nós,

enquanto leitores. Com o envio constante de matérias, o assessor está a beneficiar o cliente com

dados que lhe são favoráveis; o jornalista, com um fluxo regular de matéria-prima informativa e,

em última instância, os leitores, com informações públicas fidedignas sobre organizações e

indivíduos relevantes, contribuindo para a cidadania e democratização da sociedade (Ribeiro,

2006, p. 76). Estas informações, por sua vez, acarretam inúmeras responsabilidades pois

representam um grande poder de influência junto dos receptores. Como tal, os assessores

devem estar cientes da sua importância e responsabilidade, trabalhando em concordância com

os interesses dos assessorados, mas também da sociedade.

De todos as técnicas e materiais, a assessoria de imprensa trabalha, de forma

―coordenada, coerente e lógica‖ (Souza, 2010, p. 16) a notícia e o impacto no público. As

divulgações para os meios de comunicação social chegam através de um comunicado de

imprensa, também conhecido por nota de imprensa ou press release. Este documento, de

carácter jornalístico, é enviado para ―imediata ou posterior divulgação com o objetivo de

informar, anunciar, defender ou esclarecer determinadas matérias ou assuntos que a entidade

assessorada entenda convenientes‖ (Beirão et al., 2010, p. 48). Deve ter ―riqueza e exatidão de

informações‖ e, para isso, o profissional deve munir-se de todos os dados necessários, para

além de ter em linha de conta a escrita e o estilo do órgão de comunicação (Chinem, 2013, p.

12). Deve, inclusive, manter contacto e um bom relacionamento com os jornalistas, conhecer os

seus interesses, rotinas, os fluxos de produção e os horários de fecho. Tendo em conta que

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diariamente chegam às redações inúmeras mensagens, os comunicados de imprensa redigidos

corretamente e sob forma de notícia exercem ―uma certa tentação de serem utilizados‖

(Lampreia, 1999, p. 97) e, como é óbvio, têm mais probabilidade de serem publicados.

Mas a assessoria não se limita apenas ao envio de material jornalístico. Seguindo a linha

de pensamento do autor Lampreia (1999), as funções de um assessor dividem-se em duas

grandes áreas: a ―da comunicação propriamente dita e a de controlo‖. A primeira refere-se à

comunicação da empresa com o exterior (descendente), na qual o assessor elabora e fornece

toda a informação necessária à comunicação social enquanto, na segunda (ascendente), exerce

o controlo diário dos conteúdos publicados sobre a organização, analisando o impacto da

comunicação efetuada. Esta revisão é importante para ―descobrir falhas, corrigir erros e

estabelecer novas táticas e estratégias‖ (Chinem, 2003, p. 145). Para tal, recorre-se,

maioritariamente, ao clipping, que do inglês to clip (cortar) corresponde ao processo de seleção

e compilação de matérias publicadas nos meios de comunicação social sobre o assessorado

que, posteriormente, lhe são encaminhadas (Carvalho & Reis, 2009, p. 23). Com o clipping é

também possível uma avaliação dos resultados através da equivalência publicitária. Ou seja,

várias agências e profissionais comparam a localização e o espaço ocupado pela notícia em

determinado órgão de comunicação social pelo preço desse mesmo espaço comparado com

publicidade. Mas o trabalho do assessor é muito mais complexo e os resultados não podem ser

apenas mensurados através destas ferramentas. Muitas vezes, apesar de uma notícia não ter

sido publicada, o assessorado é lembrado nas redações como uma fonte útil a ser entrevistada

para determinado tema, o que é conseguido através da ―construção, manutenção e reforço da

imagem‖ (Chinem, 2003, p. 143). Mais ainda, não podemos limitar a assessoria ao seu lado

operacional puro, como foi acima descrito. Estamos perante uma profissão multidisciplinar e

altamente estratégica que envolve, entre muitas outras coisas, a construção e a manutenção de

relacionamentos estratégicos e duradouros e uma gestão e planeamento organizacional.

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1.2 Assessoria de imprensa em Portugal: uma panorâmica

Em Portugal, podemos afirmar que existe, de facto, um desconhecimento acerca do

papel estratégico das relações públicas, especialmente quando falamos em assessoria de

imprensa. O termo de relações públicas ainda é considerado bastante ambíguo e, muitas vezes,

encontra-se associado apenas ao relacionamento com os públicos e à organização de eventos,

descurando importantes tarefas como a ―mediação de relações, relacionamento com os

stakeholders, comunicação corporativa‖ e muitas mais (Pereira, 2011, p. 44). Aliás, segundo

Amaral (2007), ainda hoje é difícil ―transpor a barreira do senso comum que vê o profissional de

relações públicas como um anfitrião de festas e outros eventos‖. De igual modo, as práticas são

vistas como ambíguas e duvidosas que apenas respondem aos interesses de ―grandes homens

de negócios‖ e de poderosas organizações (Pereira, 2011, p. 41) pois estão associadas a

questões de propaganda e manipulação, ao serviço de um grande poder, capaz de influenciar e

manipular a esfera jornalística. De facto, não se trata de uma visão muito distanciada da

verdadeira realidade. Como sabemos, a comunicação é o instrumento privilegiado para

influenciar percepções e comportamentos e, como tal, é legítimo associar a profissão a uma

espécie de manipulação, como veremos adiante. O que, no entender de Gonçalves (2014)

diferencia as relações públicas e a assessoria de imprensa é que o sucesso da sua atuação é

medido a ―partir da qualidade da relação entre a organização e os seus públicos e não apenas

pela capacidade de influenciar as suas opiniões‖ (p. 96).

De ressalvar também que, tratando-se de uma profissão muita praticada em backstage,

parece não transmitir uma total transparência pública, ao contrário, por exemplo, do jornalismo.

É também muito comum confundir a assessoria com as mais variadas técnicas de publicidade.

Embora ambas trabalhem para promover algo, a publicidade, ao divulgar um produto ou uma

organização, paga o espaço. Já a assessoria ―trabalha com material redatorial, não pago‖,

enviando informações para a comunicação social que as aproveita, ou não, consoante ―o

interesse do leitor e o critério da redação‖ (Beirão et al., 2010, p. 74). ―Numa redação nunca se

pensa em incrementar vendas ou negócios‖ tendo em conta que o importante é informar e ―a

notícia não tem preço‖ (Chinem, 2013, p. 19).

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Tudo isto contribui para aumentar o ―mistério‖ que envolve as atividades desta indústria

e para que não seja considerada credível ou transparente. Destaco novamente a autora

Gonçalves (2010) que defende que, em Portugal, as relações públicas ainda estão na ―sua

infância‖, comparativamente a outras disciplinas das ciências da comunicação, o que, de facto

não pode ser desmentido. E, para isso, muito contribui a fraca ou falta de representação e

legislação. As associações, como a Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa (APCE),

Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas

(APECOM) e a Associação de Relações Públicas de Portugal (ARPP), têm como principal objetivo

a promoção de um maior reconhecimento e esclarecimento da assessoria porém, como refere

Amaral (2007), estão complemente ―adormecidas‖. Ao contrário de outras ciências, há poucas

atividades dedicadas à profissão ou destinadas a remediar a visão errada de que se generalizou.

Todavia, parece já se notar alguns desenvolvimentos, especialmente no campo

académico. Crescem os cursos vocacionados para a área das relações públicas e da assessoria

de imprensa, onde a construção e o desenvolvimento de um ―quadro teórico e consistente‖ é

um ―processo importante para o desenvolvimento da profissão‖ (Pereira, 2011, p. 46). São

estas novas gerações de estudantes que, ―reconhecendo as lacunas e os problemas existentes

na sua profissão e prática futura, poderão unir forças‖ para ―promover um maior entendimento

sobre o verdadeiro significado das relações públicas‖ (Pereira, 2011, p. 47) e ser o principal

agente de mudança.

1.3 Assessoria de imprensa na gestão da identidade e imagem organizacional

―As relações públicas devem ser praticadas para servir o interesse público, para

promover um entendimento mútuo entre as organizações e os seus públicos e para contribuir

para um debate sobre as questões na sociedade.‖

(Grunig, 1992, p. 9 citado em Gonçalves, 2010, p. 7)

Na atual sociedade, cada vez mais global e exigente e onde diariamente surgem novas

empresas e organizações, é fundamental a prática de um pensamento estratégico capaz de

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projetar uma imagem positiva e ganhar a confiança do público. ―Surge a necessidade, enquanto

organização, de considerar, satisfazer e de se adaptar às expectativas, normas, valores e

standards da sociedade para garantir a sua legitimidade de atuação, obter e manter uma boa

reputação, ser considerada como socialmente responsável e de confiança‖ (Steyn & Niemann,

2008 citado em Pereira, 2011, p. 18). Já não basta apostar apenas na publicidade ou no

marketing pois, tal como Curvello (2002 citado em Gluer, 2003, p. 10) defende, a comunicação

sofreu uma profunda alteração e transformou-se ―de mero instrumento e recurso à essência da

organização‖ e, como tal, deve ser planeada estrategicamente.

Desta forma, salienta-se o papel da assessoria de imprensa, capaz de gerir a informação

e providenciar elementos ao público que permitam a construção de uma imagem positiva sobre

a organização, mais próxima das idealizações e estratégias institucionais. Tal é conseguido

através de uma cuidadosa construção e seleção de mensagens que contemplam a visão e a

missão das entidades organizacionais que ―deverão ser passadas para cada público com o

objetivo de levá-los a construir uma imagem-conceito da empresa, de acordo com a que foi

previamente idealizada‖ (Baldissera, 2003 citado em Sartor, 2008, p. 133). Esta imagem é

também construída através da criação e manutenção de canais de diálogo. As organizações

―devem criar uma cultura de comunicação em tempo real para atender, com velocidade

diferenciada, a uma gama crescente de necessidades dos seus diferentes públicos‖,

aprofundando as relações com os mesmos (Gluer, 2003, p. 12). Independentemente do

tamanho e dos lucros, as organizações têm vindo a perceber que precisam e devem comunicar

com o exterior. Tal como Chinem (2013, p. 23) defende, a regularidade com que se enviam

informações para as redações faz com que se crie uma melhor imagem pois mostra que a

organização é ativa. Como já anteriormente abordado, mesmo que não seja aproveitado de

imediato, o press release, bem redigido, significa ganho de imagem. Uma determinada proposta

bem detalhada pode não ser aproveitada hoje, mas poderá servir de referência para a exploração

de um futuro assunto, logo, o trabalho executado nunca é perdido.

Entende-se, assim, que a assessoria de imprensa deve agir junto da comunicação social

para influenciar a opinião pública ou gerar juízos de valor positivos sobre as organizações. Sendo

uma fonte de informação credível, ―uma opinião positiva dos média face ao assessorado levará a

uma opinião igualmente positiva dos consumidores‖ (Vasconcelos, 2010, p. 17). Neste sentido,

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a assessoria contribui para a aquisição de credibilidade já que, através do fornecimento de

matérias à comunicação social, reúne esforços para associar confiabilidade à identidade e à

imagem-conceito das organizações‖ e, com o seu discurso, tenciona ―produzir efeitos de

verdade‖ (Sartor, 2008, p. 134).

É igualmente importante trabalhar a comunicação interna, o cerne das organizações dos

dias de hoje, caracterizada por todos os processos comunicacionais realizados no interior das

organizações e que têm como principal objetivo criar e manter uma cultura organizacional,

encontrar estabilidade e socializar os membros, incorporando-os nas estratégias a longo prazo.

Tornou-se imprescindível que cada elemento conheça a organização, saiba onde está inserido e

qual o papel a desempenhar no dia-a-dia (Martins & Girardi, 2012, p. 166). Na opinião de Duarte

(2003 citado em Souza, 2008, p. 47), as organizações beneficiam com um profissional ―capaz

de identificar e orientar as necessidades comunicativas e as principais ferramentas para atingi-

las‖. O assessor deve viabilizar canais de diálogo internos, facilitando a comunicação a todos os

níveis e incentivar a participação dos colaboradores de forma a sentirem-se parte integrante e

fundamental da história, dos valores e dos objetivos organizacionais. Curvelho (2009 citado em

Stivelberg, 2011, p. 18) diz que o objetivo da comunicação interna é ―ouvir, informar, mobilizar,

educar e manter a coesão interna em torno de valores que precisam ser reconhecidos e

compartilhados por todos e que podem contribuir para a construção de uma boa imagem

pública‖.

Uma comunicação interna eficiente é crucial para a superação de crises. Uma crise é

qualquer situação que afeta a credibilidade e a imagem de uma empresa ou instituição e que

possa sujeitar a sua viabilidade. ―Nestes momentos, muitas organizações lembram-se de que

não possuem um assessor de imprensa, um profissional especializado em construir e resgatar a

credibilidade da imagem organizacional. Se cabe às relações públicas defender e reconstruir a

reputação de uma empresa ou da sua marca (…) cabe ao assessor de imprensa prevenir e

preservar a imagem da mesma‖ (Saveri & Melani, 2009, p. 4). De facto, através de um trabalho

consistente de controlo da informação e leitura do ambiente da organização, os profissionais

estão dotados de capacidades para identificar, com antecedência, situações adversas e controlar

e amenizar os conflitos que possam surgir. Nestes momentos, a postura do assessor pode ser

pró-ativa e reativa. Para Sousa (2003), a pró-ativa é mais dispendiosa, mas, por outro lado, mais

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eficaz uma vez que ―aumenta a capacidade de prevenção das crises e prepara a entidade para

melhor lhes dar resposta‖. Na mesma linha de pensamento destaco Chinem (2013) ao afirmar

que as empresas devem ser sempre pró-ativas, pois ―se não se anteciparem aos rumores, as

coisas podem piorar‖ (p. 113). O primeiro passo é apurar tudo rapidamente e elaborar uma

versão convincente para a imprensa. Apesar de não garantir a publicação da versão correta dos

factos, é fundamental ―contornar a especulação e fornecer o mais rápido possível toda a

informação (mesmo a de carácter negativo) como prova de boa-fé‖ (Beirão et al., 2010, p. 40).

Isto porque, ―se uma empresa envolvida num assunto polémico não quiser falar, haverá sempre

quem o faça‖ e, deste modo, ‖a generalidade das empresas começa-se a render à evidência de

que é preferível dar informações e falar‖ do que correr o risco de ―verem os jornalistas a

recorrem a fontes pouco credíveis ou mal informadas‖ (Beirão et al., 2010, p. 6).

Assim, o principal objetivo do assessor é ―garantir que a posição da empresa é

devidamente esclarecida junto da opinião pública, para que a credibilidade e a imagem não

sofram danos‖ (Beirão et al., 2010, p. 40). Também o relacionamento entre assessor e

jornalista é importante, como veremos de seguida. Citando Forni (2002 citado em Saveri &

Melani, 2009, p. 7), as empresas que não comunicarem corretamente com a comunicação

social, ―prestando-lhes informações e fazendo disso uma prática saudável e rotineira‖, correm

um maior risco durante uma crise visto que ―se os jornalistas não conhecem a empresa e nunca

falaram com seus principais dirigentes, dificilmente conseguirão idealizar uma imagem da

organização‖.

A gestão de crise é, deste modo, uma das áreas de excelência da assessoria que

confirma a importância de um bom entendimento entre as organizações e os diversos públicos,

especialmente com a comunicação social. Comunicar exclusivamente em situações de crise gera

desconfiança e perda de valor perante o público. O assessor encontra aqui uma oportunidade

para expandir o seu trabalho e se afirmar como uma poderosa ferramenta de comunicação

organizacional. A sua capacidade de análise e monitorização permite ―fornecer à organização

um grande conjunto de informações imprescindíveis ao processo de tomada de decisão,

aumentando o grau de confiança e reduzindo a incerteza da decisão a tomar‖ (Pereira, 2011, p.

52). Para além disso, permite a construção e a expressão de uma identidade credível e estável.

Tal como Sartor (2008, p. 134) afirma, uma vez que credibilidade é a ―matéria-prima

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imprescindível na legitimação da identidade‖ e de formação sólida da imagem de uma

organização, a assessoria de imprensa ―constitui a estratégia principal entre as ações de

comunicação organizacional‖. Apesar de nenhuma empresa se encontrar totalmente preparada

para enfrentar uma crise, a verdade é que, através de um bom planeamento é possível atingir

melhores resultados.

1.4 Assessoria de imprensa como fonte pró-ativa e relacionamento com a

comunicação social

―Media relations is rather like the cultivation of a tree. It takes time, resources and patience for

the results to begin to show but, if you tendi t well, it will grow, establish firm roots and continue

to blossom year after year.‖ (Berry, 2002, p. 53)

Informar com rigor e exatidão são as palavras de ordem do jornalismo. Aos olhos do

leitor comum, as notícias devem espelhar a realidade, refletindo e explicando os factos para a

formação da opinião pública. Todavia, nem tudo é um espelho da realidade e há vários autores

que defendem que o jornalismo está longe de ser totalmente puro ou exato. Para Fontcuberta

(1993) o jornalista apenas oferece uma realidade deformada uma vez que não tem capacidade

para reproduzir essa mesma realidade tal e qual como ela é. Convoco ainda os autores Moutinho

et al. (2002) e Sigal (1973) que sustentam que, ao leitor, são apenas divulgadas pequenas

partes de uma realidade escolhida a partir de um mundo produzido pelas mãos dos jornalistas,

onde, desde logo, as notícias não são o que os jornalistas pensam, mas antes o que as fontes

dizem ―mediadas pelas organizações noticiosas, rotinas jornalísticas e convenções‖ (Sigal, 1973

citado em Santos, 2003, p. 18).

As fontes de informação, que incluem os assessores de imprensa, podem ser

classificadas como pessoas, instituições e organismos que facilitam a informação que os meios

de comunicação necessitam para elaborar notícias (Fontcuberta, 1999, p. 58). Quer isto dizer

que as notícias são o resultado de uma série de negociações que envolvem partes interessadas.

―O que é notícia depende da fonte que, por sua vez, depende da forma como o jornalista a

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procura‖ (Fontcuberta, 1999, p. 18). Este profissional deixou de ser encarado como o elemento

chave no processo noticioso, agora ocupado pela fonte de informação. Citando Schmitz (2011,

p. 12), ―o jornalismo torna-se apenas o mediador entre quem produz a notícia e o público‖.

Importa, porém, ressalvar, que nem todas as notícias são provenientes de fontes externas, pois o

jornalista, quando observa e está presente aquando do acontecimento, pode e deve ele próprio

tornar-se fonte de informação.

A relação entre os meios de comunicação social e as fontes de informação é uma das

mais complexas e estruturantes de todo o processo de produção de notícias. De uma forma

geral, trata-se de uma relação em que ambas as partes procuram e são procuradas. Para esta

temática não poderia deixar de citar o trabalho de Ribeiro (2006) no qual os relacionamentos

entre os dois campos estão sob as luzes da ribalta. Já dizia Gans (1979 citado em Ribeiro,

2006, p. 12) que ―a relação entre as fontes e o jornalismo assemelha-se a uma dança, pois as

fontes procuram acesso aos jornalistas e os jornalistas procuram acesso às fontes‖. Esta citação

é recordada certamente por milhares de autores e até estudantes de comunicação pois, de

facto, é uma metáfora que traduz na perfeição a dinâmica existente nestes relacionamentos. De

um lado temos os média, constantemente à procura de conteúdos informativos e, do outro, os

assessores buscam esse mesmo acesso para garantir a publicação das suas notícias. Apesar de

tudo, esta dinâmica não é tão linear como parece pois ―antes de chegarem ao público, as

notícias resultam de um processo produtivo vulnerável à influência de fatores externos aos news

media‖ (Ribeiro, 2006, p. 12), como por exemplo, o peso e a influência das fontes de

informação. Sigal (1973 citado em Ribeiro, 2006, p. 15) atribui tamanha importância às fontes

que alega que a notícia é, pura e simplesmente, uma reprodução do que aquelas dizem. As

notícias dependem também do tipo de fontes consultadas (oficiais e não oficiais) sendo que, as

primeiras, são dotadas de um maior estatuto e credibilidade e, como tal, são as mais utilizadas.

Molotoch e Lester (1974 citado em Vasconcelos, 2010, p. 19), apontam o conceito de

―promotores de notícias‖ onde o assessor antecipa e influencia o trabalho do jornalista ao

explorar as suas rotinas e a tentar com que certos acontecimentos sejam noticiados e/ou

impedir que outros adquiram estatuto semelhante‖. Apesar disso, ressalvam que os jornalistas

detêm um elevado grau de autonomia. Por sua vez, Hall et al. (1978) desvalorizam este papel

ativo dos jornalistas e defendem que estes apenas intervêm ―como última instância‖ para

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reproduzir as matérias das fontes poderosas. São os chamados ―definidores primários‖ que,

com um status social elevado, beneficiam de um acesso facilitado à comunicação social (Ribeiro,

2006, p. 20) e caracterizam-se como ―comandantes‖ do processo noticioso (Campani, 2010).

Já Gans (1979 citado em Ribeiro, 2006, p. 25) explica que as fontes são um ―fator crucial para

a qualidade da informação produzida pelos media‖ e coexistem num sistema que se assemelha

a um foco de guerra: ―enquanto as fontes tentam ‗gerir‘ a notícia, focando sobre si o melhor

lado desta, o jornalista ‗gere‘ as fontes para conseguir extrair a informação que pretende‖. O

autor refere que, inclusive, existem fontes extremamente poderosas capaz de moldar a agenda

mediática e, por isso mesmo, desvaloriza a autonomia dos jornalistas. Seguindo esta linha de

pensamento, os órgãos de comunicação social são considerados passivos, o que representa

uma enorme vantagem para as fontes que, por sua vez, se revelam bastante ativas. Note-se que

a relação deve ser encarada como uma negociação onde, apesar de tudo, a palavra final

pertence ao jornalista que decide se as matérias têm ou não interesse. No fundo, deve tratar-se

de uma relação recíproca e de negociação que envolva trocas de informações entre jornalista e

fonte que, através de um equilíbrio, ambas as partes saem beneficiadas. O jornalista recebe

novos materiais informativos para dar resposta as demandas dos leitores e o assessor consegue

visibilidade para o seu cliente.

Pelo que foi referido, é possível afirmar que, entre ambas as partes, coexistem relações

de poder, cooperação, negociação e conflito e que, em todas elas, a assessoria é compreendida

como uma poderosa e privilegiada fonte de informação. Sendo o campo jornalístico um palco de

múltiplas vozes que procuram acesso aos jornalistas (Santos, 2003, p. 41), cabe ao assessor

identificar e explorar espaços na agenda mediática, aprimorando o fluxo de informações e de

matérias a divulgar. Por outras palavras, é através do trabalho do assessor de imprensa que

chegam, diariamente, aos leitores inúmeras notícias e temas relevantes. Voltando a evocar

Moutinho et al. (2002), as assessorias são necessárias para uma mostrar uma realidade que a

comunicação social não consegue ver nem divulgar sozinha.

E para isso não basta o envio de comunicados de imprensa. Alison Theaker (2004,

citado em Ribeiro, 2006, p. 68) diz mesmo que o grande propósito da assessoria não é difundir

press releases ou gerar muitas notícias sobre o cliente, mas sim ―enaltecer a reputação de uma

organização e dos seus bens e serviços para influenciar e informar o respetivo público‖. E

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semelhante objetivo é alcançado com a construção e manutenção de boas relações com os

média. Vínculos fortes, cooperativos, honestos e transparentes com a comunicação social são

bastante mais importantes do que a mera conquista de território mediático. A conquista da

confiança do jornalista é necessária para que o assessor consiga desempenhar corretamente o

seu trabalho (Sartor, 2011). Exemplo disso são as constantes demonstrações de ―boa vontade‖

que se estabelecem entre ambas as partes, onde a cooperação e ajuda dominam os

relacionamentos. Também o contacto pessoal é gratificante pois ―estreita ainda mais os laços de

amizade e faz com que o interlocutor não seja apenas mais uma voz do outro lado da linha‖

(Chinem, 2003, p. 90). Aliás, como veremos mais à frente, muitas vezes a habilidade de criar e

desenvolver relacionamentos é mais importante do que o domínio das técnicas de assessoria.

Uma boa rede de relações permite ao assessor ter um contacto facilitado com os órgãos de

comunicação social, e, consequentemente, uma melhor viabilização das suas informações

(Sartor, 2011, p. 77).

Porém, esta visão não é, de todo consensual e, como já referi, estamos perante uma

velha questão que continua a gerar polémica e discórdia e que se tornou numa das grandes

críticas associadas à profissão. Como aponta Gonçalves (2010), há quem defenda o termo de

relações ―incestuosas‖ que transmitem uma ideia de corrupção e manipulação. Estas relações

encontram-se associadas a trocas de favores, onde se ―compram‖ os jornalistas com presentes,

informação privilegiada, etc. Porém, vale a pena refletir: até que ponto o campo profissional e

pessoal se podem separar? Sendo o Homem um ser social, é natural que se criem relações fora

do âmbito profissional, especialmente quando assessores e jornalistas convivem diariamente.

Este convívio e contacto diário sempre com os mesmos profissionais acaba por levar a uma

postura mais informal e descontraída que, muitas vezes, resulta em laços de confiança e

amizade. Daí que seja muito difícil falar em assessoria de imprensa e não mencionar os

relacionamentos com os jornalistas. Tanto as relações profissionais como as pessoais são

naturais e iminentes à profissão. Cabe, no entanto, a cada profissional saber gerir os

relacionamentos e agir de acordo com os princípios éticos de cada uma das profissões. Ambos

devem realizar o seu trabalho com total rigor e transparência e ―manter um fluxo regular,

credível, honesto e autorizado de informação de qualidade‖ (Moutinho et al., 2002, p. 79). Aqui,

desenrola-se a negociação entre jornalista e assessor, onde o primeiro procura ―cultivar as suas

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fontes para que estas lhe forneçam informação sempre que necessário‖ e, por seu turno, o

profissional de assessoria que procura ser pró-ativo e ―trabalhar continuadamente para

conseguir aceder à agenda jornalística‖ (Pereira, 2010, p. 89). Ao providenciar informações, o

assessor espera que estas sejam tratadas ―com razoabilidade (…) e até abordadas segundo uma

perspetiva favorável aos interesses da organização‖. Por outro lado, o jornalista, ao ―filtrar,

hierarquizar, processar e contextualizar a informação‖ espera que o assessor esteja disponível

para falar sempre que necessário (Ribeiro, 2006, p. 76). Contudo, é necessário relembrar que

nada dá ao assessor o direito de exigir qualquer publicação dado que nenhum profissional deve

pressionar o jornalista a favor da organização que representa. Do mesmo modo, o jornalista não

deve assumir qualquer tipo de compromisso com o assessor, pois muitas matérias poderão não

ser objeto de notícia. Independentemente de tudo, há que ter em consideração que a última

palavra pertence sempre ao jornalista.

Perante este cenário, fontes e jornalistas são obrigados a cooperar, o que implica uma

cuidada articulação de interesses e valores. Para a comunicação social temos, de um lado, os

interesses dos leitores e, do outro, as assessorias, que trabalham em benefício dos seus

clientes. Como tal, nem sempre o que tem interesse para as empresas e organizações é útil

para a imprensa. Esta divergência de interesses parece ser o primeiro grande choque entre os

dois campos. Porém, ressalvo que existem objetivos em comum e informar o público é um

deles. Segundo Mafei (2004, p. 16), os assessores trabalham para ―intensificar o fluxo de

informações entre os meios de comunicação e a sociedade‖ e, com isso, facilitam ―o acesso dos

jornalistas às fontes‖ e auxiliam as mesmas fontes (os assessorados) ―a ter um canal de

comunicação aberto com a imprensa‖. Por conseguinte, é possível afirmar que o propósito do

profissional da assessoria é facilitar o trabalho do jornalista e o respetivo acesso a informações

confiáveis. O jornalista não deve encarar o assessor como um ―inimigo‖, mas antes como um

―precioso auxiliar no processo de obtenção de informação‖, questionando essa mesma fonte e

―procurando complementá-la junto de outras‖ (Lampreia, 1999, p. 67). Entre os dois

profissionais deve, assim, existir uma complementaridade de trabalho que, em última instância,

beneficiará o público.

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1.5 Influência da assessoria de imprensa no campo organizacional e jornalístico

―Mais do que detentoras de informação ou de conhecimento, as fontes tornam-se produtoras

competentes dos acontecimentos e saberes que interessam aos jornalistas. Almejam o sucesso

nos confrontos em que se envolvem. Por isso, buscam a linguagem e o ambiente do jornalismo.‖

(Chaparro, 2001, p. 42 citado em Ribeiro, 2014, p. 75)

A assessoria consolidou-se como resposta a uma necessidade real do mercado e, cada

vez mais, influencia e condiciona a agenda mediática, definindo o que é notícia: ―nos dias de

hoje, quem lê um jornal não imagina como todas aquelas notícias chegaram às páginas que

folheamos, ou ao monitor através do qual as lemos…‖ (Beirão et al., 2010, p. 25). Esta

influência pode ser explicada tendo por base dois grandes fatores: as mudanças e exigências da

sociedade e a profissionalização da assessoria.

Como já foi dito, a comunicação tornou-se o principal fator competitivo das organizações.

Castro (2012) chega mesmo a afirmar que se trata do coração de toda e qualquer empresa e

que a sua gestão é um ―pré-requisito para a sobrevivência empresarial‖ dos dias de hoje.

Efetivamente, a comunicação é considerada uma poderosa ferramenta para transformar a

opinião pública e, com ela, aumentar a notoriedade e consolidação no mercado. Várias

empresas evoluíram e começaram a privilegiar o contacto com a imprensa ao invés de se

fecharem e conterem para si toda a informação. Os jornalistas necessitam de fontes e ―se as

empresas lhes fecham as portas (…) correm o risco de verem a sua notoriedade afetada‖ e a

circulação de dados erróneos (Beirão et al., 2010, p. 11). Para além disso, os principais

gestores e empresários deixaram de manifestar reservas em relação aos jornalistas e

perceberam ―de que não adianta fazer bem, mas que também é preciso mostrar que se faz bem

e que, para isso, a comunicação social é o melhor meio‖ (Beirão et al., 2010, p. 11). Comunicar

apenas em situações de crise gera desconfiança e perda de valor perante o público, logo

divulgações constantes e de interesse vão resultar numa maior transparência e confiança.

Esta nova realidade levou a um aumento da importância do assessor de imprensa por

facilitar as relações das organizações com os órgãos de comunicação social, permitindo um fluxo

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de informação constante, e por se constituir como fonte credível e sempre disponível

(Vasconcelos, 2010, p. 11). Mais ainda, provou ser uma peça fundamental para a consolidação

e crescimento de uma marca ao gerir as suas informações e respetiva imagem, bem como

através da divulgação dos seus produtos e serviços. Na perspetiva de Millman (citado em Sousa,

2003, p. 24), há ainda outras razões a considerar que explicam o sucesso da assessoria no seio

organizacional. Por exemplo, a crescente preocupação com a comunicação interna que tem

levado à contratação de profissionais para garantir uma boa gestão das informações e processos

interinos. De igual forma, a definição do crescimento e sustentabilidade como garantia de

sucesso das várias empresas tem obrigado a uma aposta na planificação estratégica com o

intuito de gerir a imagem e prevenir eventuais crises. Também as exigências de personalização

da comunicação e a ―diminuição do impacto dos meios de comunicação massivos‖ em favor

dos ―segmentados, especializados e direcionados‖, têm impulsionado a importância do assessor

de imprensa para ―conhecimento dos novos meios, das suas potencialidades e dos públicos que

atingem‖ (Wilcox et al., 2001 citado em Sousa, 2003, p. 24). Não podemos ainda esquecer que

a aposta na assessoria representa menos custos do que a publicidade e, por outro lado, está

associada a uma maior credibilidade. Isto é, os receptores da mensagem estão cientes de que a

publicidade reflete os interesses do promotor, estando, por isso, reduzido a um meio de

persuasão muito limitado. Pelo contrário, quando a mensagem é veiculada pelo jornalista, ganha

―autenticidade e credibilidade aos olhos de quem a recebe‖ (Ribeiro, 2006, p. 70). Aliás,

podemos mesmo afirmar que o jornalismo concentra em si todas as forças - sociais, politicas,

económicas e culturais – e, como não há ―questão social que não passe, de algum modo, pela

cena mediática‖, é associado a uma elevada credibilidade e tem vindo a desempenhar um

―papel relevante na construção do novo campo de saber (Alves, 1999, p. 10). O discurso

publicitário visa levar os indivíduos ao consumo de determinados bens ou serviços enquanto o

discurso ocupado no espaço informativo, embora assuma algumas características publicitárias,

busca, sobretudo, informar e transpira uma maior confiança.

Assim, um trabalho organizado, planeado e direcionado faz da assessoria de imprensa

uma área de muita visibilidade, responsável pela construção da opinião pública sobre os

clientes. Essa imagem percebida é um capital que as empresas precisam de cultivar e cuidar da

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melhor maneira possível, pelo que o trabalho do assessor de comunicação tornou-se

fundamental para os empresários da atualidade.

Também a profissionalização e a pró-atividade da assessoria têm contribuído para uma

maior influência na comunicação social. Aliás, como concluído por Ribeiro (2006), apenas um

terço das notícias políticas são feitas por iniciativa das redações, pertencendo as restantes a

fontes de informação. Por este motivo, conseguem controlar as notícias e os temas abordados

na opinião pública e diminuir as reportagens de investigação (Gandy, 1982 citado em Ribeiro,

2013, p. 47). O aprimoramento da atividade resulta do grande número de serviços que os

profissionais estão capacitados para oferecer. O assessor deixou de ser um mero distribuidor de

notas de imprensa para, com recurso a novas ferramentas, mais modernas e complexas,

satisfazer todas as necessidades comunicacionais dos assessorados. Esta situação é

comprovada por Chinem (2013, p. 18) ao afirmar que as assessorias têm evoluído de ―fábricas

de press releases‖ e que os seus objetivos vão muito mais além do que a distribuição de

comunicados e contactos com as redações para ―garantir que os textos sejam publicados‖. Na

verdade, encontra-se ―dentro do maior negócio da comunicação‖ e, como tal, deve alargar os

seus conhecimentos e as suas práticas (Chinem, 2013, p. 18). Verifica-se igualmente um maior

esclarecimento sobre a profissão, o que, por sua vez, tem levado a uma melhor aceitação junto

da comunicação social. De acordo com Pereira (2010), o responsável pela assessoria de

imprensa foi sempre mal interpretado pelo jornalista já que era visto como alguém que não

conseguira vingar na carreira jornalística. Esta concepção, felizmente, tem sofrido alterações e

hoje o assessor é encarado como um auxiliar no processo de newsmaking por providenciar

informações para os leitores, cada vez mais exigentes. Aliás, a assessoria adotou uma estratégia

através da qual as notícias caracterizam-se como ―acomodatícias‖, ou seja, a fonte adapta-se às

exigências das rotinas e dos valores-notícia dos órgãos de comunicação social (Santos, 2003, p.

41). Também Moutinho et al. (2002) argumentam que a assessoria tem aumentado a sua

interferência no trabalho das redações, adaptando a notícia ao interesse dos meios. Os

assessores não apenas identificam e divulgam, como também ―produzem acontecimentos, fatos

e informações com base nas possibilidades de tornarem-se notícias, com conteúdo e formato

pronto para ser aceite pelos meios de comunicação‖ (p. 290). São os chamados meta ou

pseudo-eventos que confirmam que ―os profissionais não sabem só onde está o valor-notícia,

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como estão também em posição de criar ações que fazem com que a notícia aconteça‖ (Ribeiro,

2014, p. 2). Para além disso, ao manter boas relações com os jornalistas e conhecer as rotinas

e os critérios editoriais, a possibilidade da informação veiculada pelo assessor se tornar notícia

cresce exponencialmente.

Não nos podemos ainda esquecer que a prática da assessoria tornou-se ―fundamental

para a construção do noticiário‖ visto que os veículos de comunicação ―enfrentam, cada vez

mais, limitações profissionais e de tempo‖, ao contrário do campo da assessoria que se

encontra em constante expansão (Galindo, 2010, p. 10). A crise económico-financeira obrigou à

demissão de centenas de jornalistas, reduzindo, em média, para metade, o número de

profissionais nas redações. Para Chinem (2013) estamos perante dois panoramas: o do

profissional que trabalha sozinho ou do grupo de ―apenas alguns minguados jornalistas que

exercem mil tarefas ao mesmo tempo‖. Acrescendo a falta de tempo, é fácil explicar o porquê de

muitos comunicados, bem redigidos, exercerem ―uma certa tentação de serem utilizados

quando, aliás, muitos são publicados na íntegra (Lampreia, 1999, p. 97). Para estes

―minguados jornalistas‖, sobrecarregados, e sem tempo para investir nas suas próprias histórias

ou procurar e cruzar novas fontes de informação, a pro-atividade da assessoria veio facilitar, e

muito, o seu trabalho. A comunicação social utiliza muitos press releases pois não consegue

cobrir todos os acontecimentos noticiáveis. Mas mesmo quando não é possível estar presente

num evento e/ou não pode permanecer até ao final, muito provavelmente, o jornalista receberá

um ―um press release de rescaldo no seu e-mail e poderá ser, inclusive, colocado em contacto

com os envolvido(s) no acontecimento‖ (Ribeiro, 2006, p. 120). Vale a pena ainda referir a

substituição dos profissionais experientes por jornalistas mais jovens – estagiários - a quem falta,

segundo Mafei (2004, p. 76), ―a vivência e a maturidade para identificar o que realmente rende

uma boa matéria‖ e, por essa razão, são mais propícios a ―manipulação‖.

Com efeito, verifica-se uma forte influência da assessoria no seio organizacional mas,

especialmente, na comunicação social que, graças à sua profissionalização e pro-atividade,

continuará a crescer e a dominar as rotinas jornalísticas. Esta influência, por um lado, traduz-se

em fatores positivos como ―mostrar uma realidade que os média não conseguem ver sozinhos‖

e ajudar ―no exercício da democracia e na orientação do cidadão‖ (Moutinho et al., 2002, p. 20),

mas, por outro lado, acarreta inúmeras consequências para ambos os campos, nomeadamente

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para os jornalistas, ao serem desprovidos do trabalho de recolha, seleção e confirmação das

informações.

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2. A experiência de estágio: descrição e reflexão

2.1 Caracterização da empresa de acolhimento: Mediana Global

Communication

Sediada em Leça do Balio, no Centro Empresarial da Lionesa, a Mediana Global

Communication é uma das mais antigas agências de comunicação em Portugal. Fundada em

1991, trabalha com clientes de todo o país e mantém uma preocupação constante em adaptar-

se às mudanças do mercado, alargando a sua estratégia e atuação às mais abrangentes áreas

da comunicação. Tal como a agência afirma, é preciso ―rejuvenescer a cada momento, para

existir, para deixar uma marca‖. Como tal, apesar do core business centrar-se na consultoria de

comunicação, a Mediana tem vindo, ao longo dos últimos aos, a apostar noutras vertentes. As

suas competências centram-se, assim, nos seguintes parâmetros:

Consultoria de comunicação: análise e diagnóstico das carências de comunicação e

imagem do cliente, marketing, gestão e elaboração de plano estratégico de ações para

que a organização alcance os seus objetivos junto dos diferentes públicos-alvo;

Assessoria de Imprensa: elo de ligação entre os clientes e a comunicação social, envio

de propostas e press releases, folow up, acompanhamento de jornalistas a eventos,

elaboração de planos de comunicação;

Clipping: recolha e classificação de notícias, analisando o investimento e os efeitos na

imagem e notoriedade do cliente;

Comunicação Interna: definição de estratégias de comunicação interna e instalação de

Gabinetes de comunicação nas empresas/organizações, envolvimento de todos os

colaboradores para uma maior eficácia das metodologias e propostas;

Comunicação de crise: antecipação de crises e elaboração de planos adequados a

situações de emergência;

Relações Públicas: realização de ações e eventos que elevem a notoriedade dos clientes

junto do público-alvo

As áreas de atuação da agência resumem-se à comunicação e tecnologia, marcas e bens de

consumo, ambiente, moda e lifestyle, saúde, indústria, media e publicidade, ONGs e desporto.

Mas, no geral, a empresa trabalha mais com o setor da saúde, tecnologias, vinhos e ensino,

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destacando-se o Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO), Instituo Superior de Engenharia

do Porto (ISEP), Instituto dos Vinhos do Porto (IVDP), Banema, Energie, Cooperativa de Ensino

Politécnico Universitário (CESPU), Colégio Luso-Internacional do Porto e Instituto Superior

Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP).

Comunicar com rigor e precisão são os princípios orientadores da agência, procurando

aplicar a excelência em cada proposta de trabalho. Assim, a Mediana orienta-se pelos seguintes

valores:

Orientação para o mercado

Criação de valor

Responsabilidade

Motivação de recursos humanos

Trabalho de equipa

Liderança

A equipa é constituída por oito elementos: Manuela Couto - CEO; Susana Monteiro –

Managing Director; Raquel Madureira – Account; Alexandra Magna – Account; Joana Monteiro –

Account; Ana Carvalho – Account; Márcia Teixeira – Administrative & Staff Account e Cristina

Paranhos – Administrative Account. A Alexandra Magna é responsável pela comunicação do

Município de Barcelos pelo que não se encontra muito presente na agência. Também o IPO-

Porto e o Instituto dos Vinhos do Porto (IVDP) requerem uma assessoria presencial assegurada

pela Raquel Madureira. O código de conduta pode ser consultado no final do presente relatório

(Anexo 1).

2.2 Tarefas realizadas e reflexão sobre a experiência de estágio

O estágio curricular realizou-se de 14 de julho a 14 de outubro de 2014. Em anexo,

constam alguns dos trabalhos que foram desenvolvidos aquando dos três meses de formação.

O primeiro projeto no qual fiquei integrada foi o filme e roteiro turístico para a promoção

da região do Douro Verde, requerido pela Dolmen, uma cooperativa que atua no território do

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Douro e que promove o desenvolvimento socioeconómico da região. O roteiro foi dividido em

sete separadores (Património, Beleza Natural, Artesanato, Gastronomia, Vinhos, Turismo Ativo e

Alojamento) para os quais tive que pesquisar e organizar toda a informação necessária,

sugerindo rotas e percursos. O mesmo se aplica ao filme, para o qual redigi um guião (Anexo

2.1), numa linguagem poética e mais abstrata. Este trabalho suscitou algumas dificuldades pois

esperava-se muito tempo pela validação dos conteúdos e o cliente sugeria sempre a introdução

de mais informação. Este projeto fez-me ter noção da dificuldade em trabalhar com alguns

clientes pois, muitas vezes, não acompanham ou não dão qualquer feedback à agência. Isto

implica uma grande ―insistência‖ por parte da Mediana que, muitas vezes, nada resolve pois os

prazos e o timing já terminaram. Houve, inclusive, clientes que demoraram cerca de duas

semanas a aprovar uma pequena alteração ou até mesmo uma proposta que depois acabou por

ficar sem efeito.

Destaco também a Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados, uma

sociedade de advogados para a qual trabalhei diariamente. Este cliente exigia a elaboração de

newsletters mensais (exemplo no Anexo 2.2) e uma atualização constante da página oficial. A

minha função passava pela correção dos textos redigidos pelos advogados, procurar imagens

para os ilustrar e coloca-los no backoffice do website. Também reformulei e atualizei vários

conteúdos da página do IPO-Porto, redação de pequenos textos para newsletters e criação de

um cartaz (Anexo 2.3) para a celebração dos 25 anos do primeiro transplante de medula óssea.

Entre outros trabalhos, saliento a elaboração de planos de comunicação (Anexo 3) que, no

entanto, ficaram aquém do esperado. Não tinha um acompanhamento constante nestas tarefas

o que, aliado à minha falta de experiência e conhecimento, resultava em planos superficiais que

depois acabavam por ser esquecidos, sendo o esforço em vão. Por outro lado, quando corrigidos

e divulgados, notava-se uma grande dificuldade em fazer com que os clientes os cumprissem

considerando a falta de recursos e tempo para elaborar as atividades e ações propostas.

Destaco ainda a elaboração de relatórios (Anexo 4), dossiers de imprensa (Anexo 5) e de

comunicados de imprensa (Anexo 6).

Como função diária tinha a atualização dos clippings de três grandes clientes: Instituto

dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e IPO-

Porto. Esta era a primeira tarefa, pela necessidade de manter o cliente informado sobre as

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publicações resultantes da comunicação da agência. Contudo, conforme a disponibilidade e

carga de trabalho das accounts, realizei, pontualmente, clipping para diferentes clientes. Esta

recolha de notícias da comunicação social, apesar de parecer uma tarefa banal e bastante

comum, permitiu-me ter noção dos inúmeros órgãos de comunicação social existentes,

especialmente os regionais e especializados. Além disso, é a base de trabalho para a agência

que, através do número de notícias e respetivos investimentos, redige um relatório para o

cliente, informando a visibilidade alcançada pelo evento. É também bastante importante para o

assessorado analisar o retorno financeiro, fator essencial nas organizações e nas empresas, de

forma a justificar o investimento em comunicação. Todavia, apercebi-me que, embora muito

valorizado, o clipping é a base para a redação de relatórios muito superficiais e meramente

matemáticos. Apenas contêm informação sobre o planeamento do evento, a contagem das

notícias divulgadas em diferentes órgãos de comunicação social, o tipo de notícias, as palavras-

chave e a comparação com o custo de publicidade, um cálculo bastante controverso uma vez

que os conteúdos editoriais apresentam uma maior credibilidade do que os publicitários, o que

anula qualquer parâmetro de comparação (Silveira & Ruela, 2011). Esta situação fez-me

perceber que há uma falta de rigor e profundidade na análise do clipping, providenciando-se

uma leitura puramente estatística e simplista. O clipping não deve apenas ―oferecer dados

estatísticos para manter os investimentos em comunicação‖, mas sim procurar fundamentos

para a comunicação organizacional se adaptar ―às novas exigências do mercado‖, ―identificar

problemas e soluções‖ e ―diagnosticar se a construção dos relacionamentos com os públicos‖

está próxima da desejada (Silveira & Ruela, 2011, p. 4). Já não é suficiente mostrar o que saiu,

mas sim perceber como é que o público se vai posicionar perante aquelas notícias e que

significados vão ser criados, ou seja, a base da imagem de uma organização.

Mais ainda, alguns assessorados da Mediana mostravam apenas interesse em serem

citados e convidados para revistas de imprensa ou programas televisivos. Tal como Sartor

(2011) afirma, muitas vezes os clientes pensam que os seus assuntos são de uma enorme

noticiabilidade, o que, na verdade, nem sempre acontece e, como tal, querem ser sempre alvo

de notícia. É importante também saber dosear e, tendo em mente que quantidade não é

sinónimo de qualidade, percebe-se, através desta situação, que os resultados e o trabalho das

assessorias, muitas vezes, não são bem perceptíveis aos olhos dos clientes. Para Berry (2002),

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mesmo a contagem das notícias torna-se, muitas vezes, ―uma perda de tempo‖ uma vez que

todo o trabalho da assessoria se centra na mudança de atitudes e comportamentos. Assim, a

par de uma leitura pouco aprofundada, o clipping parece ser um instrumento muito limitado

para avaliar e demonstrar o trabalho desenvolvido pelos profissionais de comunicação. Pereira

(2011) partilha a mesma opinião e diz que ―a falta de ferramentas capazes de demonstrar os

resultados dos programas‖ das assessorias e relações públicas e o ―verdadeiro contributo para

os resultados financeiros das organizações‖ é uma das grandes limitações da profissão pelo que

urge uma reavaliação às ferramentas de avaliação (p. 5).

De igual forma, neste estágio, apercebi-me de que a gestão e comunicação de crise é

uma área em expansão mas que deve ser muito bem planeada. Remato para a greve de

enfermeiros no IPO-Porto, que aconteceu dia 5 de agosto de 2014. Apesar de a Mediana estar

pronta para gerir uma eventual crise e dos esforços para controlar a informação, o cliente não

quis prestar declarações. Durante esse dia, para além de alguns funcionários não saberem a

razão da greve, a comunicação social teve total liberdade para falar e entrevistar qualquer

profissional de saúde, não havendo qualquer controlo de informação. As assessoras eram

bombardeadas com perguntas dos jornalistas às quais não tinham autorização para responder.

Citando Bittar (2012) ―a imprensa assumiu o papel de fiscal dos que não têm voz‖ pelo que é

raro os veículos de comunicação que não procuram ―o outro lado‖ (p. 12). Portanto, é legítimo

questionar: quando se deve falar à comunicação social? Como defendido pela agência, as

empresas e organizações devem sempre ―manter uma política de «porta aberta» para responder

a questões suscitadas pela comunicação social e por todos os outros públicos com quem

interage‖. Se a organização não tomar a iniciativa e não se tornar a principal fonte de

informação, ―alguém tentará cumprir esse papel‖ e alimentará a imprensa ―com a própria

versão dos acontecimentos‖ (Mafei, 2008, p. 111 citado em Mauad, 2009, p. 10). A falta de

colaboração com a imprensa pode criar um novo conflito já que, além de ter de administrar a

própria situação de crise, a organização ―terá de administrar a sua imagem e a versão da mídia,

que poderá causar desgastes devastadores‖ (Forni, 2002 citado em Saveri & Melanci 2009, p.

7). Quem deve assumir o comando da dinâmica das informações não é a comunicação social,

mas sim a empresa. A greve do IPO-Porto foi noticiada 116 vezes, 35 das quais dizem respeito a

peças e diretos televisivos. Pela dimensão do assunto, o IPO deveria ter estado disponível para

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prestar declarações de forma a ―contornar a especulação‖ e garantir que a sua posição fosse

―esclarecida junto da opinião pública e para que a credibilidade e a imagem‖ não sofressem

danos (Beirão et al., 2010, p. 40). Este comportamento por parte da direção e administração da

instituição dificultou o trabalho da agência e não permitiu um controlo do fluxo de informação (o

que poderia levar à circulação de dados erróneos), pelo que é necessário relembrar, como

explorado anteriormente, que a postura do assessor, mais do que nunca em situações adversas,

deve ser pró-ativa, auxiliando o cliente da melhor maneira para enfrentar e vencer a crise. Por

tudo isto, a meu ver era obrigação da Mediana insistir junto do assessorado e informá-lo para as

consequências da postura de silêncio e de não colaboração com a imprensa. Nestas situações,

como será abordado mais à frente, os relacionamentos entre assessores e jornalistas são

cruciais. Uma base sólida de confiança e respeito mútuo vai permitir uma maior consideração no

tratamento das informações, uma maior compreensão e, acima de tudo, uma maior facilidade

de divulgação de dados atuais e exatos sobre a situação de crise evitando, assim, um

enviesamento de informações. A importância destas relações foi também perceptível aquando do

envio de propostas para a comunicação social. Para além dos chamados ―disparos‖, isto é, do

envio massificado aos órgãos de comunicação social, é importante direcionar essas mesmas

propostas para um determinado jornalista, com um contacto mais direto e informal. Esta

abordagem tem-se tornado fundamental para que o jornalista não se sinta ―apenas mais um‖ no

meio de uma lista interminável de contactos do assessor, o que o leva a dar mais atenção à

proposta recebida.

Relativamente ao modo de funcionamento da agência e à minha integração na equipa,

saliento a fraca presença em eventos e reuniões com clientes. Por exemplo, não estive presente

na reunião com os responsáveis pelo projeto da Dolmen quando, à partida, já tinha

conhecimento que ficaria responsável pela pesquisa e organização das informações para o

roteiro e redação do guião para o filme. Também fiquei encarregue de encontrar canais e

programas para a criação de um spot publicitário para o cliente SIKA sem saber qualquer

informação e objetivos da empresa, uma vez que não estive presente em nenhuma reunião. Não

me foi permitido receber ou acompanhar jornalistas aos eventos, algo que foi solicitado desde

cedo com o intuito de ganhar experiência na chamada ―assessoria de campo‖. Esta

problemática deve-se, a meu ver, não só ao facto de, muitas vezes, a assessoria ser vista como

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uma área muito específica, para profissionais com experiência e com um leque de contactos

alargado mas parece também significar que os projetos e os comunicados de imprensa são

considerados como algo esporádico e isolado que qualquer pessoa que domine a técnica pode

facilmente desenvolver. Algumas das notas de imprensa que redigi não foram enviadas pois, na

maioria das vezes, as informações ou temas enviados ou solicitados pelo cliente já estão

desatualizados. No entanto, a agência deve avaliar, atempadamente, a validade e o valor-notícia

do assunto e só depois avançar para a redação do press release.

O facto de se tratar de uma agência de pequena dimensão foi um fator positivo pois

permitiu um contacto e um acompanhamento mais direto e personalizado. Porém, não me foi

possível um trabalho profundo ou extenso devido à recente contratação de uma assessora, em

regime de estágio profissional, que dava apoio às restantes accounts. Mais ainda, destaco a

reduzida carga de trabalho durante o mês de agosto. O estágio iniciou-se em julho já que, com

as férias e a ausência de algumas assessoras, não era possível dar-se uma resposta adequada à

carga de trabalho existente. No entanto, não considero que a minha presença tenha sido

fundamental pois não foram feitas quaisquer propostas, eventos ou contactos com jornalistas.

Não obstante, e no geral, considero que o estágio foi uma experiência bastante positiva,

no qual aprendi a dar os primeiros passos na área da assessoria. Apesar de três meses serem

insuficientes para perceber a real dinâmica de uma agência, considero-os uma boa escola,

imprescindível para a futura integração no mercado de trabalho. Para além disso, foi possível

perceber que a assessoria e as agências de comunicação detêm uma grande presença junto da

comunicação social, influenciando e moldando, muitas vezes, a agenda setting. Assim, a minha

questão de investigação ―Quais os factores que explicam o peso da assessoria de

imprensa na comunicação social?” tenta dar resposta a uma problemática cada vez mais

presente na sociedade dos dias de hoje, através da minha experiência de estágio e de um estudo

exploratório realizado com o recurso a entrevistas a profissionais da área da assessoria e do

jornalismo.

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2.3 Problemática da assessoria de imprensa no jornalismo

Durante o estágio na Mediana Global Communication, como abordado na componente

teórico-reflexiva, percebi que o sucesso da assessoria de imprensa na comunicação social deve-

se, em grande parte, à sua profissionalização. A grande variedade de serviços que hoje as

agências têm para oferecer permite-lhes alargar as suas áreas de atuação e corresponder às

necessidades de vários tipos de clientes. Também a pró-atividade, a meu ver, tornou-se o fator

diferenciador das agências que pretendem singrar no campo das relações públicas, permitindo-

lhes destacar-se da concorrência e aumentar o seu poder junto da imprensa.

No decorrer do estágio, deparei-me com dois casos que, caso não fossem trabalhados pela

assessoria, não teriam a mesma divulgação e impacto na comunicação social. O primeiro

corresponde ao concurso ―Berlin Wine Trophy‖, um dos maiores e mais prestigiados concursos

de vinhos do mundo que teve lugar, pela primeira vez, em Portugal, de 29 a 31 de maio de

2014, na Quinta da Boeira, e, o segundo, da inauguração da ―BOEIRA Portugal in a Bottle‖, a 31

de maio, uma garrafa de vinho gigante, considerada a maior do mundo. Desde cedo entendi que

se tratava de um cliente com grandes défices de comunicação, interna e externamente, e com

uma enorme desorganização interna. Para o concurso internacional, foram convidados vários

jornalistas do sector da hotelaria e turismo para uma sessão de apresentação à imprensa, onde

foram esclarecidas algumas questões relativas ao concurso, denominado, ―Portugal Wine

Trophy‖. Os convidados tiveram a oportunidade de visitar a garrafa, ainda em fase de conclusão,

o que despoletou imensa curiosidade. Foram convidados vários jornalistas e bloggers

portugueses mas, acima de tudo, estrangeiros para assistir ao concurso e pernoitar na Quinta.

No caso da inauguração da garrafa, apostou-se no ruído por antecipação, o que despertou a

curiosidade de vários jornalistas e gerou grandes expectativas, levando-os a trabalhar a proposta

recebida (Anexo 6.1). O press release foi enviado para vários meios de comunicação social, com

uma nota mais personalizada para alguns jornalistas da área do turismo e da hotelaria, mais

predispostos e sensíveis ao tema. Foram realizadas várias ações de charme em que os

profissionais foram convidados para uma prova de vinhos na garrafa, onde receberam press-kits

com informações sobre o projeto. No total foram contabilizadas 94 divulgações das quais 48

correspondem ao concurso e as restantes 46 à inauguração da garrafa. As notícias com maior

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investimento correspondem às reportagens e diretos televisivos, em horário nobre, das estações

SIC, TVI e RTP1. Destaca-se o programa ―Aqui Portugal‖, emitido em direto da Quinta da Boeira

no mês de maio que, obviamente, aumentou a curiosidade e o interesse pelo projeto. Apesar de

a Lusa ter sido fundamental, pois as notícias multiplicam-se baseadas na informação da agência,

e face à falta de preparação e à fraca comunicação interna da instituição, foi graças à

proatividade da Mediana e respetiva dinâmica com os jornalistas que foi possível potenciar este

evento.

Também o evento The Style Outlets - Campeonato Nacional de Vela SB 20, que decorreu

de 11 a 13 de julho de 2014 no Porto de Leixões, teve um grande sucesso na comunicação

social, ao contrário de eventos semelhantes trabalhados anteriormente pela agência. Isto porque

estamos perante um desporto de nicho e de âmbito regional que sempre encontrou uma forte

resistência no jornalismo. Apesar de os órgãos de comunicação social possuírem espaço para

modalidades e profissionais totalmente dedicados e vocacionados para tal, grande parte da

atenção é exclusiva para o futebol. Como tal, foi crucial adotar uma estratégia que potenciasse a

competição. Neste caso, destacou-se o facto do Campeonato Nacional de Vela SB 20 ser

realizado, pela primeira vez, no norte do país e de contar com a participação de atletas de

renome. O evento envolveu três principais momentos de comunicação: a antecipação, inicio,

acompanhamento e fecho do campeonato (Anexo 6.2). Na primeira, foi preparada uma ação de

charme para convidar um grupo de jornalistas especializados na área desporto a acompanhar o

campeonato. Este foi o primeiro contacto dos profissionais com o evento e suscitou alguma

curiosidade e interesse mas, acima de tudo, permitiu criar relações de confiança e proximidade

com os jornalistas. Numa segunda fase, procedeu-se à redação, envio e follow-up da nota de

imprensa e de algumas propostas mais personalizadas tendo em conta o órgão de comunicação

social. A proposta foi também direcionada para alguns bloggers pois cativam e mobilizam

milhares de leitores. Desta fase resultaram alguns trabalhos de antecipação, como por exemplo,

a presença do diretor do Clube de Vela Atlântico, Nuno Amado, em programas de televisão,

entrevistas e algumas peças em formato online. Tanto as entrevistas como as reportagens

transmitidas em horário nobre contribuíram para divulgar a atividade ao público em geral uma

vez que, como referido, trata-se de um desporto com um público muito específico pelo que dar a

conhecer esta atividade ao maior número de pessoas era um dos grandes desafios. Durante o

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campeonato, foi redigida uma outra nota de imprensa de acompanhamento do evento, mas teve

pouca adesão. Na última fase voltou-se a elaborar um press release com os resultados da prova,

enviado para os meios de comunicação que divulgaram a nota de antecipação, o que permitiu o

desfecho do evento. O trabalho desenvolvido pela Mediana (que resultou na publicação de 32

notícias) permitiu que a iniciativa, para além de acompanhada pela comunicação social, fosse

antecipada de forma a potenciar a participação de mais visitantes e pessoas interessadas em

desporto, aumentando o fator notícia. A aposta na fase de antecipação foi essencial pois não só

permitiu suscitar interesse e criar expectativas com a distribuição dos press-kits e brindes aos

jornalistas, como a divulgação da nota de antecipação acabou por ―comprometer‖ o jornalista a

terminar a história, a noticiar algo sobre o desfecho e os resultados da prova.

O sucesso destes dois casos deve-se também às ações de charme, referidas

anteriormente. No campo das relações públicas, as ações ou operações de charme podem ser

classificadas como ―manobras de aproximação‖ dos assessores aos jornalistas para estabelecer

laços de confiança e empatia mas, muitas vezes, apenas para ―condicionar ou intimidar os

jornalistas‖ (Ribeiro, 2013, p. 365). Isto porque, os brindes e os convites fornecidos aos

jornalistas têm como objetivo, por um lado, conquistar a simpatia dos profissionais mas, por

outro, tentam cativar e persuadi-los a ―comprarem‖ a história que os assessores tentam difundir.

Para além disso, dado que atualmente as ofertas são cada vez mais escassas, estes convites

exercem uma certa ―pressão‖ sobre os jornalistas, que os comprometem a escrever e a publicar

algo. Por isso, quando levadas a cabo por uma equipa de assessoria de imprensa, normalmente,

as matérias encontram uma maior probabilidade de serem publicadas.

Da mesma forma, o estabelecimento de relações de confiança e proximidade entre os

dois campos foi essencial para que todos os contactos fossem feitos de forma mais descontraída

e informal. Esta situação relembra-nos a importância das relações interpessoais entre

assessores e jornalistas que ainda hoje gera muita controvérsia e que encontram-se,

frequentemente, associadas a trocas de favores, corrupção, pressões e lobbying. Como foi

levantada a questão na componente teórica-reflexiva, o profissional de assessoria que cultiva e

mantem uma boa relação com os jornalistas terá uma maior probabilidade de ver as suas

matérias difundidas na comunicação social (Curtin, 1999 citado em Langett, 2013, p. 8).

Estamos perante dois campos com uma componente muito social, onde diariamente os

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profissionais contactam com várias pessoas no âmbito do seu trabalho. Com as conversas, os

telefonemas e as trocas de correio eletrónico é perfeitamente natural que se crie laços de

confiança que ultrapassem o âmbito profissional. Mesmo em contexto laboral, com o tempo, as

interações imbuídas de respeito e profissionalismo dão origem a um relacionamento de

confiança (Langette, 2013, p. 9). No entanto, tal não significa que sejam ―relações incestuosas‖,

como Gonçalves (2010) referiu. Tudo depende dos profissionais que devem agir em

conformidade com os princípios éticos da profissão. Mas Ribeiro (2014) explica que

―frequentemente a competência dos assessores de imprensa é medida pelo número de

contactos que têm na imprensa, assim como o maior grau de confiança ou intimidade com os

seus profissionais‖ (p. 72). Aliás, para o autor a maior evidência está no termo inglês que

denomina a assessoria de imprensa como ―media relations‖, ou seja, relação com os órgãos de

comunicação social. No fundo, há a ideia de que a assessoria de imprensa deve ser

―desenvolvida com base numa relação com o jornalista caracterizada pela compreensão,

confiança e respeito (Lattimore et al., 2004 citado em Ribeiro, 2014, p. 72) pois é neste

―relacionamento que se encontra o núcleo operativo de toda atividade e nele se concentra a

chave para a obtenção de sucesso‖ (Shin & Cameron, 2003; Howard, 2004 citado em Ribeiro,

2014, p. 72). Com efeito, o estabelecimento de relações entre os dois profissionais é um ―motor

que potencia resultados para o assessor de imprensa‖ e permite ―compreender de que forma o

jornalista gosta de receber as informações‖ (Ribeiro, 2014, p. 74).

Porém, muitas vezes estes relacionamentos são ditados por uma luta de poder e

acarretam inúmeras questões éticas. Para Curtin (1999 citado em Langett, 2013, p. 4), estas

relações devem ser ―aproveitadas‖ para servir o interesse público e não o interesse do amigo

que representa uma determinada organização. Os relacionamentos não devem ser igualmente

sinónimos de pressões. Segundo Solis & Breakenridge (2009) os profissionais de assessoria não

podem nem devem fazer promessas e, se as fizerem, estão a mentir. Por isso, não se devem

aproveitar dos contactos para forçar a divulgação de uma história que fora prometida ao cliente

pois estão a contribuir para o fim da relação com o jornalista. Os assessores não podem fazer

milagres, independentemente da força dos seus relacionamentos. Ter bons contactos não é

garante de nada tendo em conta que a agenda mediática tem um elevado grau de

imprevisibilidade o que, muitas vezes, impossibilita uma divulgação. Mais ainda, como já

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mencionado, a decisão final de publicação de qualquer informação pertence ao jornalista,

considerando os critérios editoriais do órgão para o qual trabalha. Na agência Mediana denotava-

se um grande cuidado das accounts a estreitar laços com os jornalistas. Fazer um telefonema,

marcar um almoço para discutir alguns temas de trabalho num ambiente mais informal são

algumas ações naturais que destacam o lado humano da profissão. Daí que, ao estabelecer-se

uma relação com o profissional, os próximos contactos serão mais fáceis e haverá maiores

garantias que as novas propostas serão analisadas com um outro cuidado.

Os casos acima apresentados realçam também o papel da assessoria como importante

ferramenta a favor da cidadania e da democracia, tendo em conta que sem o trabalho dos

profissionais, estas divulgações poderiam não chegar ao público. Considerando que a ―formação

da cidadania nos indivíduos se dá intrinsecamente com o acesso à informação‖, o profissional

de relações públicas e assessoria, ao ―manifestar conceitos imprescindíveis para a sociedade e

ao representá-los na realidade‖ (Silva, 2010, p. 8), está a contribuir para uma sociedade mais

informada, com espírito crítico e, consequentemente, mais culta e uniformizada. O campo das

relações públicas deveria aliar-se com a cidadania, privilegiando mais o campo social ao invés do

empresarial. Para o autor, a atuação das relações públicas na formação da cidadania é uma das

ramificações de uma atividade que deveria ser o foco de qualquer trabalho de comunicação e de

relacionamento: a questão social. Desenvolver indivíduos conscientes, críticos, atuantes e

transformadores é o ponto de partida para a mudança das relações sociais, transformando não

só a sociedade mas também as organizações. Aliás, são cada vez mais as empresas

preocupadas em sobressair o seu lado da responsabilidade social. Um bom aconselhamento do

profissional de relações públicas conduz a decisões corretas e boas práticas que, como é óbvio,

resulta numa boa imagem.

Ficamos ainda cientes da capacidade da assessoria em criar acontecimentos. Muitos

autores acreditam que hoje as assessorias são perfeitamente capazes de fazer com que a notícia

aconteça. Falamos em ―meta-acontecimentos‖ ou ―pseudo-acontecimentos‖, já mencionados no

presente relatório, em que os profissionais transformam certos aspetos e acontecimentos

aparentemente irrelevantes e desinteressantes em matéria-prima informativa e de alto valor

jornalístico. Este trabalho é importante para divulgar informações que passam despercebidas ao

jornalista, seja por falta de tempo, recursos, ou de sensibilidade para o tema. Como sustenta

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Duarte (2002 citado em Ribeiro, 2006, p. 67), ―os assessores tornaram-se plataformas de apoio

a repórteres e editores, funcionando como uma espécie de extensão das redações. Agem como

intermediários qualificados e auxiliam os jornalistas ao facilitarem o acesso a informações

confiáveis‖. Assim, assessoria de imprensa ―não se coloca ao serviço apenas de seus clientes,

corporativos e públicos, mas dos media e, por extensão, da sociedade‖ (Viveiros & Eid, 2007

citado em Ribeiro, 2014, p. 66). Deste processo os beneficiados são os leitores, providos de

informação de interesse e atual.

Apesar disso, esta ―complementaridade de trabalho‖ que tanto defendem Beirão et al.

(2010, p. 19) nem sempre existe. Muitos comunicados de imprensa são publicados sem

qualquer tipo de alteração. Esta situação revela, mais uma vez, o quão profissional está a

assessoria de imprensa (se o texto é publicado na integra é sinónimo de bom trabalho) mas, por

outro lado, pode estar na origem na diminuição da importância e do papel do jornalista,

substituído lentamente pelo profissional de assessoria. No caso da saúde e até da engenharia,

não é possível um jornalista ou um meio de comunicação social ter uma grande noção de todas

as instituições. É necessário um profissional de comunicação para, pontualmente, dar nota do

que as instituições vão fazendo e para facilitar a própria relação entre estas e os jornalistas. O

Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) foi outro dos clientes que contactei com mais

frequência. Ao longo da minha formação, redigi cinco notas de imprensa (Anexos 6.3). Este

elevado número de divulgações em apenas três meses salienta a elevada carga de trabalho da

agência com este cliente, que, de forma ativa, envia temas e propostas passíveis de divulgação

na comunicação social. Apesar de, maioritariamente, serem temas de interesse para a

sociedade e com implicações na vida das pessoas, tratava-se de assuntos bastante

especializados e técnicos. Nesta área denota-se uma grande necessidade dos jornalistas serem

informados, ter noção dos termos, de saber dar, de forma correta, uma notícia. Há termos muito

técnicos e uma linguagem muito fechada. O mesmo comunicado feito pelo ISEP não teria o

mesmo impacto de que o feito pela agência pois o assessor já esteve a dissecar tudo, já

percebeu qual o tema, o que é noticia e vai transmiti-lo numa linguagem que é aquela que o

público vai receber e vai entender.

Assim, a redação das notas de imprensa para o ISEP constituiu um desafio pois era

preciso simplificar e esclarecer os termos e encontrar um ângulo de interessante através do qual

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se desenrolaria a notícia. Por exemplo, a proposta sobre os custos de manutenção do Estádio do

Dragão veio apenas acompanhada de um documento muito técnico que carecia de informações1

práticas e objetivas. Como tal, foi necessário contactar o aluno responsável pelo projeto de forma

a obter mais dados e, a partir daí, houve necessidade de apostar num ângulo de interesse, neste

caso, no facto da metodologia ter sido aplicada ao estádio do Dragão. Também a nota de

imprensa sobre o projeto ―Matemática, por onde andas?‖ exigiu uma desconstrução das

informações de forma a serem perceptíveis pelo público geral. Apesar de se tratar de um tema

relativamente simples, como um projeto de matemática para os novos alunos de engenharia, os

dados fornecidos pelo assessorado eram bastante técnicos e complicados. Muitas vezes, o envio

de poucas informações pelo cliente obriga a uma pesquisa aprofundada e exaustiva de forma a

ser possível realizar a divulgação o que atrasa o trabalho das assessoras. Ressalve-se, no

entanto, que é este trabalho que atualmente distingue as agências de excelência, prontas a

abraçar qualquer desafio e a responder da melhor forma às exigências, não só do cliente mas

também do mercado.

A minha experiência com o ISEP fez-me perceber que o assessor tem vindo, ainda que

não no sentido literal, a substituir o trabalho do jornalista. Neste caso particular, se não tivesse

simplificado e feito esta tradução, será que o jornalista teria publicado ou sequer lido o press

release? Teria o profissional tempo e disposição para simplificar os termos, pesquisar novos

dados para enriquecer a mensagem? O jornalista deve basear-se nas informações fornecidas

pelo assessor para ―avançar e progredir na investigação, aprofundando-a‖ (Carvalho & Reis,

2009, p. 64). Também para Chinem (2013) o press release deve funcionar apenas como uma

sugestão ou o ponto de partida do trabalho do repórter. No entanto, hoje não há muito tempo

para pesquisar já que temos vindo a assistir à diminuição de jornalistas no interior das redações

que, consequentemente, sobrecarregam os restantes profissionais. Tendo ainda em

consideração os recursos, também cada vez mais escassos, é fácil perceber a razão do trabalho

da assessoria representar uma fatia maioritária dos conteúdos informativos. Apesar de ser

considerado um mediador de informação, é o assessor quem desconstrói e simplifica os textos,

garantindo que os mesmos chegam ao público e que são compreendidos. Tal como Sartor

(2011) afirma, o assessor é um tradutor que pesquisa, critica, reflete acerca dos dados e

1 Em https://goo.gl/RSsEzc

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trabalha a nota de forma a corresponder aos critérios e à linha editorial dos meios de

comunicação social. Chinem (2013) vai mais longe e classifica os assessores como ―jornalistas

especializados‖ a quem cabe ―traduzir a informação da empresa para o linguajar jornalístico e

em escolher o melhor caminho para a divulgação da notícia‖ (p. 63). Deste modo, por um lado,

quando a nota de imprensa é publicada na íntegra, significa que os objetivos da assessoria

foram cumpridos com sucesso. Por outro, acaba por retirar personalidade jornalística ao

profissional pois não pesquisa, não questiona nem aprofunda a informação. Vários autores estão

em crer que esta passividade contribui para a publicação de conteúdos enviesados e

manipulados. Muitas vezes, esta ―informação pré-empacotada‖, como defendem Moutinho et al.

(2002), gera notícias para promover os pontos de vista das grandes organizações, relegando

para segundo plano temas de interesse público. Na opinião de Roshco (1984 citado em Ribeiro,

2013, p. 48), tem-se verificado um ―enviesamento da pretensa objetividade jornalística‖ porque

as fontes profissionais apenas fornecem ―as perspetivas que desejam promover‖. Assim, há que

questionar se as assessorias ―prestam serviços de relevância para a sociedade ao divulgar as

ações dos seus clientes ou se apenas praticam o comércio da notícia‖ (Chinem, 2013, p. 122).

De acordo com Lampreia (1999), ―O assessor serve os múltiplos interesses da instituição para

quem trabalha e é evidente que o seu trabalho reflete esses mesmos interesses. Já o jornalista

norteia a sua ação orientando-se em função do interesse público ou quanto muito no interesse

do público‖ (p. 68). Logo, a informação a ser divulgada pode ser considerada de interesse

público para um dos lados, mas não para o outro. As notas de imprensa relativas à recuperação

de ómega 3 e da metrologia (Anexo 6.3) são exemplo disso. Apesar de se tratar de temas

relevantes para o ISEP, muitas vezes, é difícil e até mesmo impossível ―vender‖ este tipo de

informação. Nestes casos, estamos perante dois assuntos que não possuem impacto direto na

vida das pessoas e que não interessam à maioria do público. Aqui de nada adiantam as relações

ou os contactos pessoais pelo que é essencial, e faz parte da dinâmica entre os dois campos,

aceitar e respeitar a decisão do jornalista.

Há, no entanto, outras organizações que independentemente do tema encontram

sempre espaço na comunicação social, como o caso do Instituto Português de Oncologia do

Porto (IPO). A presença da Mediana no IPO é bastante importante devido à sua grandeza,

responsabilidade e visibilidade na sociedade. Por conseguinte, todas as divulgações têm êxito já

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que estamos a lidar com uma instituição muito próxima e familiar às pessoas, com bastante

impacto no dia-a-dia. Destaco dois casos bastante mediáticos com os quais trabalhei: a

campanha de dádiva de sangue e a celebração dos 25 anos do serviço de transplantação de

medula óssea (STMO). Quanto ao primeiro, foi redigida uma nota de imprensa (Anexo 6.4) com

todas as informações sobre a campanha, com referência, inclusive a um novo software,

denominado ―Conta-Gotas‖, que mostrava uma gota que enchia conforme as colheitas de

sangue. Para além dos já mencionados ―disparos‖ para os meios de saúde, a proposta foi

enviada, de forma personalizada, para 20 órgãos de comunicação social. O factor-chave passava

pela aposta na agência Lusa – cujas divulgações depois proliferam –, rádios e televisões

(especialmente revistas de imprensa). A segunda publicação, referente aos resultados da

colheita de sangue teve também uma boa aceitação e, regra geral, foi publicada por quase todos

os órgãos que divulgaram a primeira nota de imprensa. No total, foram contabilizadas 76

publicações, 14 das quais reportagens e diretos televisivos. Também a nota de imprensa acerca

da celebração dos 25 anos do STMO contou com uma boa adesão na comunicação social,

registando-se 39 publicações, três das quais referentes a reportagens televisivas. Já diz Santos

que com uma forte presença e ―recursos financeiros adequados, as organizações e grandes

empresas habilitam-se a produzir informação frequente e direcionada capaz de alcançar

objetivos previamente estabelecidos‖ (Santos, 2000, p. 38).

Resumindo, e tal como abordado no capitulo teórico, percebemos que a influência e a

presença da assessoria de imprensa no jornalismo se deve, no geral, a quatro grandes factores,

todos interligados, que vim a confirmar durante o meu estágio na agência Mediana. Cada vez

mais a assessoria se destaca pela seu profissionalismo e pro-atividade, pronta a encarar novos

desafios e a personalizar as informações para corresponderem aos objetivos de cada meio de

comunicação social. Com os projetos da Quinta da Boeira e do Campeonato de Vela SB 20,

percebemos que as assessorias não se baseiam apenas na exaltação da imagem dos clientes,

mas também na divulgação de informação útil e de interesse público, contribuindo, assim, para

a esfera informativa da sociedade. No entanto, muitas vezes, o assessor acaba por se sobrepor

ao jornalista, realizando todo o processo de pesquisa, organização e seleção dos dados,

facilitando, por um lado o trabalho ao profissional, mas, por outro, retirando-lhe a essência de

jornalista uma vez que este acaba por ter ao seu dispor notícias já prontas para publicação.

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Também as relações pessoais, fator de grande controvérsia, entre os dois campos podem estar

na origem de uma maior facilidade de divulgação dos temas mas sem esquecer que nenhum

dos profissionais pode fazer exigências ou sucumbir a pressões. Aliás, como vimos, este tipo de

relacionamentos é uma das características centrais da assessoria de imprensa, onde através de

um trabalho mútuo de ajuda e compreensão, é fornecida informação de interesse aos leitores.

Por último, percebemos que o próprio cliente tem espaço garantido nos média quando portador

de uma enorme visibilidade e responsabilidade para com a sociedade. É o caso do IPO que, com

cerca de 20 propostas personalizadas, consegue mais do que triplicar as divulgações na

comunicação social, especialmente nos meios online e televisivos.

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3. “O que dizem jornalistas e assessores?” – Contributos de um estudo

empírico

3.1 Objetivos e metodologia

O presente relatório dá conta de grandes questões relacionadas com a pró-atividade da

assessoria de imprensa e os respetivos relacionamentos com a comunicação social, um tema

atual e de interesse comum, se tivemos em conta a situação de milhares de redações, onde os

orçamentos estão cada vez mais diminutos e têm obrigado à redução dos jornalistas. Este facto,

como vimos, está na origem de uma maior dependência das redações face aos assessores de

imprensa e/ou agências de comunicação para conseguir dar resposta às exigências dos leitores.

Considerando o interesse e a pertinência desta temática, considero que os estudos hoje

disponíveis ainda são bastante escassos e redutores, não focando, em especial, os

relacionamentos entre assessores e jornalistas, um tema que deveria ser mais aprofundado e

debatido.

Deste modo, para melhor compreender as questões relacionadas com a influência da

assessoria de imprensa na comunicação social, e para completar o presente relatório com novos

dados, e possivelmente, lançar a discussão para futuros trabalhos, decidi levar a cabo um

estudo exploratório baseado em entrevistas semi-estruturadas a jornalistas e assessores de

comunicação.

Foram escolhidas as entrevistas pois trata-se do mais próximo a uma conversa, obtendo

assim, informações de uma forma natural e descontraída; semi-estruturadas porque, apesar de

não serem totalmente rígidas, permitem que o entrevistado partilhe as suas ideias sem, no

entanto, se alongar em demasia ou fugir ao tema central. Foram realizadas dez entrevistas,

cinco a profissionais de assessoria e cinco a jornalistas. Destes profissionais, foram selecionados

dois recém-licenciados da área do jornalismo, atualmente empregados, e um do campo da

assessoria na mesma situação, enquanto os restantes apresentam já largos anos de experiência

nas respetivas áreas. Esta situação prende-se ao desejo de mostrar se há, ou não, diferentes

noções ou grandes contrastes de opinião tendo em conta os anos de experiência. Todas as

entrevistas têm por base o anonimato tendo em conta que há questões mais sensíveis que

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poderiam causar algum desconforto aos entrevistados. Ao assumir o anonimato, foi possível

obter informação correta, verdadeira e sem qualquer tipo de constrangimento. Todas as

entrevistas foram gravadas em formato de áudio e alguns dos excertos foram utilizados na

análise dos resultados. O guião da entrevista bem como o perfil de cada um dos entrevistados

pode ser consultado no final do presente relatório (Anexo 10).

Apesar dos objetivos terem sido cumpridos, desejava ter entrevistado mais profissionais de

forma a obter um cenário mais abrangente e realista, abordando ainda outras questões e temas

de interesse. No entanto, o tempo foi escasso e a estrutura do relatório não permitiu um estudo

mais trabalhado e, por isso, deixarei algumas questões para possíveis futuras investigações no

capítulo final.

3.2 Análise exploratória dos resultados

Apesar do foco principal da presente análise se basear na influência da assessoria de

imprensa na produção jornalística e respetivas consequências, bem como na dinâmica dos

relacionamentos entre os dois campos, decidi alargar um pouco a área de estudo e desenvolver,

junto dos entrevistados, outras questões que considerei pertinentes. A análise das entrevistas

está organizada por temáticas, dando voz a assessores/as e a jornalistas, mostrando, desta

forma, as convergências e as diferenças de opiniões.

Indo de encontro ao capítulo teórico-reflexivo, optei por abordar, em primeiro lugar, o estado

das relações públicas e da assessoria de imprensa em Portugal. Como vimos, trata-se de uma

área que tem vindo a ganhar terreno ao longo dos anos e é hoje considerada como algo mais

sério e profissional. Mas mesmo assim, para o/a assessor/a 1 (A1), em Portugal a legislação é

insuficiente para sustentar as práticas da profissão pelo que existe a necessidade de criar uma

associação ―que se esforce por manter as boas condutas do setor‖ e instituir uma carteira

profissional. Também para o/a assessor/a 2 (A2), ―mais do que adormecida, a legislação está

morta‖, o que, muitas vezes, leva a rigorosas críticas e à falta de esclarecimento acerca da

profissão. Já o/a jornalista 1 (J1), defende que na área da assessoria tudo se resume ao bom

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senso, logo, uma maior regulação da atividade pouco ou nada iria mudar. Para este/esta

profissional, ―as pessoas não têm noção da existência dos assessores‖ pois ―a força da

imprensa ainda é tão grande que se identifica a informação lida ao órgão que a divulga‖. Aliás,

até acabaria por ser ―contraproducente‖ saber de onde provêm as notícias pois – tal como o

jornalista – o assessor não é imparcial. Contudo, mesmo como ―ghost writer‖, segundo o/a

jornalista 4 (J4) a assessoria contribui para uma sociedade mais sábia já que ―muitos temas não

seriam divulgados, nem tratados se a assessoria de imprensa ou as agências de comunicações

não os fizessem chegar aos órgãos de comunicação social‖. Esta opinião é partilhada pelo/a

jornalista 5 (J5) ao afirmar que atualmente a assessoria apresenta-se como ―uma das principais

fontes para os jornalistas‖ e que as informações vinculadas acabam por ser, ocasionalmente, a

informação em bruto que estes vão trabalhar e a forma de chegarem a determinados assuntos

que, de outra forma, não seria possível. Porém, ressalva que, apesar de facilitar o acesso à

informação, não contribui para a democratização da sociedade porque ―nem sempre a

informação que veicula tem interesse para a sociedade em si, mas antes para as marcas‖. Do

mesmo modo, J1 defende que a profissão tem objetivos ―bastante claros na informação que

tentam divulgar que não são, de todo, democráticos‖ pelo que tudo depende da ―forma como os

jornalistas tratam os dados e identificam o potencial informativo que a assessoria vincula‖. Na

mesma linha de pensamento temos J3 ao afirmar que a profissão pode contribuir para a

democratização ―mas não necessariamente com a frequência desejada‖. Isto porque, ―por

regra, assessores zelam pelos interesses e pela imagem dos seus clientes‖.

Assim, o exercício da ética é dificultado pelo trabalho de um assessor de imprensa que deve

cultivar duas lealdades: à sociedade e ao cliente, sendo comum existirem choques de interesses

entre ―a posição da organização e o direito social à informação‖ (Galindo 2010, p. 8). Mas,

segundo Ribeiro (2006), tal como as fontes, também os meios de comunicação têm interesses

específicos que determinam a sua visão da realidade‖. Como tal, ―entre a multiplicidade de

interesses encontram-se as próprias organizações noticiosas, que competem umas com as

outras, assim como com as organizações das fontes, para divulgar as suas versões preferidas da

realidade. Da mesma maneira que as fontes têm interesses específicos em certos assuntos

particulares, também as organizações noticiosas os têm‖ (Ericson et al., 1989 citado em Ribeiro,

2006, p. 40).

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Portanto, é crucial, em todo este processo, distinguir entre informação vinculada a interesses

institucionais (assessorados) de informação relevante e útil para a sociedade. Para J5 existem

muitas tentativas de divulgação de informação que ―para um jornalista, poderá não ter interesse,

por não integrar um factor notícia‖. Nestes casos, é importante perceber se nos press releases,

o profissional poderá encontrar interesse em trabalhar um outro tema ou um outro ângulo, sem

recurso a valorizações e mantendo-se imparcial‖ mesmo ao mencionar o parceiro do assessor. O

segredo está na abordagem, isto é, na forma como o jornalista trabalha a informação recebida.

Aliás, como já abordado no presente relatório, o jornalista deve perguntar e trabalhar a

informação além da que lhe foi enviada. Como A2 explica, sempre que um press release é

publicado na íntegra, significa que o assessor cumpriu o seu trabalho. Mas, por outro lado, torna

os jornalistas ―preguiçosos‖, como refere J1. Ao receberem matérias já prontas a serem

publicadas, ficam ―dispensados‖ do seu trabalho de questionar, procurar e selecionar a

informação, tornando-se ―agentes passivos‖. Também J4 acredita que o jornalista não pode

nunca limitar o seu trabalho à informação recebida do assessor. ―É sempre necessário confirmar

os dados com a fonte, realizar mais pesquisa e recolha de informação junto dos vários agentes.

Se não o fizer não está a realizar o seu trabalho corretamente‖ visto que a assessoria deve

apenas ―ajudar e não realizar o trabalho do jornalista‖. Nestes casos, o jornalista ―pode estar a

divulgar informação manipulada‖. Mas como J2 explica, um comunicado bem escrito é como

uma notícia bem escrita e, assim, ―há-de chegar melhor ao público-alvo‖. Para além disso,

manipulação existe nos dois campos. No entender de Ferraretto e Kopplin (2001), ―o assessor

de imprensa organiza a informação, foca a atenção sobre aspectos particulares e, a partir daí,

seleciona um ponto de vista‖ (favorável ao assessorado) que influenciará a opinião pública. De

igual modo, ao optar e potencializar um determinado ângulo na informação e ainda, ao

privilegiar umas fontes em detrimento de outras, o jornalista também está a influenciar o

conteúdo das notícias‖ (Vasconcelos, 2010, p. 19).

Considerando que toda a informação é ―manipulada‖2, há que tentar encontrar um equilíbrio

para, no fim, beneficiar o leitor. Mesmo assim, para A3 o grande cerne desta questão encontra-

se no assessor pois, enquanto profissional competente, sabe que o que enviou enquadra-se nos

critérios de notícia. Como Pinto (2000) ressalvou, a assessoria de imprensa é, no fundo, uma

2 J1

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entidade interessada, desenvolvendo a sua atividade a partir de estratégias e táticas bem

delineadas. Se as propostas não forem pensadas em função do público e do órgão de

comunicação social ―tendem a ir diretamente para o lixo‖, comenta J3. A personalização da

informação torna-se ―mais apelativa e de fácil leitura para o jornalista‖ e, consequentemente,

tem maiores probabilidades de vir a ser publicada. Como explicado por A2, ―o facto de a

informação já ir tratada é meio caminho andado para conseguirmos atingir os nossos objetivos‖.

O trabalho realizado com o Instituto de Engenharia do Porto (ISEP) é um ótimo exemplo pois, se

a informação não fosse simplificada e trabalhada de acordo com os critérios do meio de

comunicação social, muito provavelmente não teria a mesma aceitação.

Segundo A2 e A3, a assessoria também já não é classificada como um campo restrito a

profissionais com bons contactos. ―As relações pessoais serão sempre importantes, mas o

tempo em que isso era requisito obrigatório para entrar na profissão de assessoria já passou‖,

comenta A1. Já para A5, os contactos são, sem dúvida, importantes pois ―funcionam, no final de

contas, como uma das formas de decisão dos conteúdos a serem noticiados pelos jornalistas‖

mas não são o único fator. Mas quando assessores e jornalistas têm uma boa relação, há uma

―maior facilidade de contacto‖, afirma J4. De acordo com J3, os jornalistas são seres humanos

e, como tal, mesmo que exerçam a profissão com enorme rigor, não são neutros. Para além

disso, é uma questão de empatia, ―de saber que a pressões está sujeito um jornalista a quem

precisamos de chegar e de que forma podemos acrescentar algo de útil em vez de meramente

enviar um comunicado de imprensa genérico", acrescenta A1. Citando J5, ―em qualquer

profissão, um bom relacionamento é essencial. No caso de jornalistas e assessores de

imprensa, esta relação é diária, pelo que é essencial que exista competência de ambos dos

lados e uma boa comunicação‖. Logo, ―não diria que esta relação se trate de interesse, mas sim

de uma troca de favores profissionais: se um assessor de imprensa me dá a conhecer um

determinado assunto que tenho interesse em trabalhar, tentarei, da mesma forma, realizar um

bom trabalho e dar-lhe a conhecer o resultado final, tanto para que o processo de clipping seja

mais fácil para ele, mas também para que qualquer lapso seja rapidamente retificado‖. Também

para A2, através de uma relação de ―confiança e empatia‖ é mais fácil conseguir transmitir a

informação ou, pelo menos, ―criar os canais para que haja uma maior abertura para os

jornalistas analisarem a informação que recebem‖. Para o/a profissional, quando um assessor

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consegue conquistar a confiança do jornalista, no sentido de ―mostrar que está a fazer um

trabalho sério‖, é facilitador na passagem de informação que pretendem trespassar ao público.

Por outro lado, para A3, existem muitos ―charlatões‖, como Ivy Lee classificou, que

tentam vender na assessoria de imprensa, não a estratégia, mas antes os contactos. Para este

profissional trata-se de ―algo ridículo‖ considerando que, como vimos, os contactos facilitam

mas não são cruciais. ―O relacionamento ajuda mas não pode ser a pedra basilar do modelo de

atuação da assessoria. É uma das componentes. Posso ser muito amigo do jornalista, mas se

não tiver uma boa história, um bom conteúdo e não saber potenciar a história no timming

perfeito, vai tudo por água abaixo‖, diz. Trata-se tudo de um ―jogo de dar e receber‖, explica J1.

―É fácil perceber em qualquer meio de comunicação social a origem das informações. Há

matérias que não representam qualquer interesse para o público, mas há um ou outro interesse

oculto que abre mais portas que as tradicionais‖. Aliás, como já foi referido, vários autores

associam estes relacionamentos a trocas de favores, pressões, lobbying, denominando-as,

inclusive, de relações incestuosas. J1 partilha a mesma opinião: ―se calhar, duas notícias podem

valer um fim de semana e três valem uma viagem a algures ‖. Para este/esta profissional, o

desafio muitas vezes é ―tentar perceber a informação e que potencial é possível destacar. ―As

vezes é preciso dizer ‗não‘, que a informação não serve, o que leva a algum ressentimento. É

um equilíbrio difícil. Há quebras de relações de amizade com jornalistas que não publicaram

determinada informação. As pessoas pensavam que por ter uma boa relação com o jornalista

era garantia que seria publicada, o que não é verdade. E, as vezes, há chatices‖, admite. ―O

facto de termos uma boa relação com o jornalista não significa que consigamos atingir os nossos

objetivos ou que consigamos uma entrevista ou uma reportagem‖, acrescenta A2. Mas um

relacionamento assente em valores de confiança e empatia torna o jornalista mais susceptível a

receber a informação que o assessor gostaria de ver veiculada: ―leva-me a ler o comunicado, por

exemplo, mas não necessariamente a publicá-lo. Não tenho problemas em dizer não a

assessores com quem tenho uma boa relação, até porque os critérios editoriais se sobrepõem a

tudo o resto‖, explica J3. Por sua vez, J5 não se sente na obrigação de ler todos os press

releases, mesmo enviados por profissionais amigos. Mas admite que quando lida com um

assessor de imprensa que ―faz um bom trabalho, tem uma boa comunicação, tem rapidez em

dar informação e é competente‖ tem tendência a prestar mais atenção à informação que

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divulga. Já J1 lê todas as notas de imprensa que recebe e conta já ter publicado notícias de

alguns amigos, mas tendo sempre em conta se os assuntos têm interesse ou não para o meio

de comunicação para o qual trabalha.

Porém, os relacionamentos são um dos componentes da profissão. Para A2,

simplesmente ―fazem parte‖: Temos eventos, conferências de imprensa, encontros com a

comunicação social para os quais convidamos jornalistas. É normal estabelecem-se relações.

Evidentemente o jornalista não tem que ser o amigo de ter lá por casa mas tem que ser o

profissional com que sabemos que podemos ligar, sugerir entrevistas e propor temas‖. ―Ao

longo dos anos, acabamos por falar sempre com as mesmas pessoas, estabelecem-se relações

de amizade e de confiança muito grande‖, conta A4. ―A partir daí podemos tentar perceber

como as coisas estão a funcionar, como o nosso cliente se está a posicionar, tentar perceber

como andam as sensibilidades no meio. É difícil abstrairmo-nos destas relações, temos é que

saber gerir as informações dadas com o devido distanciamento e promover um grande respeito

entre os dois campos‖. No fundo, enquanto seres sociais, relacionamentos entre os dois campos

são normais e, existindo competência e profissionalismo de ambas as partes, ―trará sempre

bons resultados‖3. Contudo, trata-se de relações que ainda geram muita discussão e

controversa. Para J4, são profissões que necessitam uma da outra para funcionarem em pleno

e, não existindo um entendimento, as relações não geram os frutos que deveriam. Assim, como

explica A4, ―o respeito entre ambas as partes deve pautar os relacionamentos‖, o que é algo que

se conquista com o tempo. ―Se se fizer assessoria pelo ―lado negro‖ não é possível por um

longo período de tempo, ou então tem-se que mudar constantemente de relações. Esse tipo de

assessoria é muito mais desgastante e destrutiva mas ainda há muitos jornalistas que pensam

isso dos assessores‖, acrescenta. Ainda assim, para os entrevistados, parece haver uma maior

abertura e um maior entendimento entre os dois profissionais. ―Assessores e jornalistas têm

entendido melhor qual o seu papel e o papel do outro na facilitação do seu trabalho. Até porque

um jornalista dificilmente trabalharia hoje sem recurso a assessores de imprensa‖, comenta J5.

Para além disso, o assessor deixou de ser associado, como acima referido, ao lado negro da

profissão, em constantes esquemas de manipulação e pressões.

3 A5

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Em suma, é possível afirmar que estamos perante uma assessoria perfeitamente capaz de

manipular dados e moldar informação, frequentemente publicada sem necessidade de qualquer

tipo de alteração. Todos os entrevistados concordam que a assessoria tem vindo a sofrer

profundas alterações e que, a par da sua profissionalização, tem expandido a área de atuação e,

consequentemente, a influência na comunicação social. Como J4 refere, é crucial que o

jornalista investigue e explore os vários temas ―mas seria impossível fazê-lo, muitas vezes, se os

assessores não fizessem chegar esses assuntos aos órgãos de comunicação social‖. A2 diz

mesmo que, tendo em consideração os recursos cada vez mais escassos nas redações, o

jornalismo não seria o mesmo sem o trabalho da assessoria de imprensa. Por outro lado, para

A2 ―o jornalista tem este charme envolto na profissão, a liberdade, a transparência, a busca de

informação, logo, havendo bons profissionais, há sempre bom trabalho e bom jornalismo‖. Mas

acrescenta: ―tendo em conta o espaço cada vez maior dedicado aos noticiários e programas

informativos, não sei até que ponto, sendo nós num país tão pequeno, sem este trabalho de

agências e assessores, seria possível terem os blocos informativos tão cheios‖.

Para o/a entrevistado/a A5 a assessoria continuará a ter um importante papel e é

importante que isso aconteça. Mas esclarece que, ao mesmo tempo, com este crescimento, ―o

jornalista terá mais dificuldade em conseguir lidar e saber filtrar toda a informação que lhe é

enviada, pelo que vai precisar de gerir melhor o tempo numa análise rápida e eficaz dos

conteúdos‖. A mesma opinião é partilhada por J4 já que a assessoria continuará a ter uma forte

presença no jornalismo e é importante para ―ajudar o jornalista a «guiar-se» num oceano cada

vez maior de acontecimentos, onde a pesquisa precisa de ser muito bem realizada‖. Porém,

tendo em conta o atual cenário de crise no campo da comunicação, será que a assessoria não

acabará por se sobrepor ao jornalismo? A resposta parece ser unânime. ―Para haver assessoria

tem que continuar a existir jornalismo‖, afirma A5. Além disso, de acordo com J1, há uma parte

da informação que a assessoria não chega, como as hardnews ou o jornalismo de investigação.

No entanto, na pequena informação, no jornalismo do dia-a-dia, não descarta a possibilidade de

um aumento significativo de notícias provenientes do trabalho das assessorias de imprensa.

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4. Conclusões

A assessoria de imprensa é o maior braço comunicacional das Relações Públicas e, como

abordado ao longo do presente relatório, tem aumentando, progressivamente, a sua influência

no seio organizacional e jornalístico.

A grande quantidade e variedade de informação à disposição dos meios de comunicação faz

com que, muitas vezes, notícias de determinados setores sejam colocadas em segundo plano

pois muitas instituições ainda hoje desconhecem os canais e as técnicas necessárias para

divulgar uma informação. A comunicação transformou-se de mero instrumento à essência de

toda e qualquer organização e, por esta razão, deve ser planeada estrategicamente. Da mesma

forma, as organizações e empresas preocupam-se cada vez mais com a sua imagem e têm

apostado na incorporação de ferramentas de comunicação nas suas estratégias. ―É aí que entra

o trabalho da assessoria de imprensa, especializada na aproximação dos clientes com os mais

diversos públicos, utilizando vários veículos de comunicação‖ através dos quais identifica

―espaços e explora-os jornalisticamente, realiza contactos, divulga opiniões e fatos de interesse

do assessorado, garantindo-lhe a manutenção de uma imagem positiva‖ (Kopplin & Ferraretto,

1993, p. 46). As grandes organizações deixaram de reter e esconder informação e tornaram-se

produtoras de conteúdos com valores-notícia na nova sociedade informacional. Apostas em

ações de publicidade e de marketing já não são suficientes pelo que é essencial a instauração de

práticas que privilegiem o estabelecimento estratégico e político de canais de comunicação que

possibilitem a interação e mediação entre a organização e os seus diversos públicos. A

comunicação apenas em situações adversas e de crise gera desconfiança e instabilidade aos

olhos do público. Entende-se, assim, que ao estarem disponíveis para prestar informações e

comunicar de forma contínua, as organizações vão contribuir para um maior esclarecimento

junto da população o que, consequentemente, vai estar na origem de uma maior confiança e

aceitação junto da sociedade. Uma imagem positiva, como sabemos, gera sempre valor e uma

forte consolidação no mercado. Portanto, o papel das assessorias no seio organizacional é

bastante importante para gerir a informação e para providenciar à comunicação social matérias

de interesse para a sociedade que, obviamente, favoreçam o cliente.

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A assessoria de imprensa também desempenha um papel de destaque no processo de

construção noticiosa, contribuindo, como vimos, para uma sociedade mais sábia e participativa

através da divulgação de temáticas de interesse público. Aliás, para Gomis (1991 citado em

Pinto, 2000, p. 279), se há notícias deve-se, em grande medida, ao facto de haver quem esteja

interessado que certos fatos sejam tornados públicos, ou seja, as fontes provenientes das

assessorias de imprensa. A par da profissionalização, as recentes mudanças na sociedade têm

contribuído para o aumento da sua influência na comunicação social que deve-se, em muito, à

falta de meios humanos: ―a concentração dos media tem vindo a diminuir a capacidade de

iniciativa do jornalismo‖ e, por isso, há uma forte ―dependência das fontes profissionais de

informação (…)‖. Portanto, esta escassez de jornalistas nas redações que se traduz em falta de

tempo e disponibilidade para atender a novos eventos e projetos por partes destes profissionais,

leva a que haja uma maior ―tentação‖ de utilizar as notas de imprensa divulgadas pelas

assessorias (Ribeiro, 2013).

Do mesmo modo, e durante o meu estágio na agência Mediana, percebi que o assessor tem

evoluído a sua forma de atuação. Para além da capacidade em potenciar e criar eventos – os

chamados pseudo-eventos ou meta-acontecimentos já aqui falados -, o assessor de imprensa

―sabe que tem de escrever a notícia como um produto final e sabe que quanto mais produto

final for, maior é o seu sucesso‖ (Ribeiro, 2013). Isto é, cada vez mais as notas de imprensa são

redigidas tendo em conta a linha editorial e o livro de estilos do órgão de comunicação social

para, por um lado, ―facilitar o trabalho do jornalista‖ e, por outro, aumentar as probabilidades de

serem publicadas (Resende, 2003). Ora, considerando que o jornalismo realiza-se, cada vez

mais num quadro de ―altas pressões‖ (Pinto, 2000), e se as redações não têm gente e pouco

dinheiro têm, a tendência é que aproveitem cada vez mais este material, que ―é informativo, útil

e gratuito‖, explica Ribeiro (2013). Contudo, apesar de evidenciar o bom trabalho do assessor,

esta situação acaba por incentivar a um ―jornalismo preguiçoso‖, onde o profissional não

pesquisa, seleciona ou confirma a informação. Também Sousa (2002 citado em Silva, 2012, p.

27) concorda que a grande ―dependência de fontes de informação no jornalismo leva a um

menor jornalismo de iniciativa e de investigação‖ mas reconhece que, nestes casos, todas as

partes envolvidas têm algo a ganhar com esta colaboração. Enquanto os ―assessores e as

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organizações beneficiam com o acesso aos média‖, os jornalistas, por seu turno, ―beneficiam

com um fluxo regular de matéria-prima informativa‖.

Assim, par das atualizações e avanços da era digital, mais concretamente das redes sociais,

podemos estar a caminhar para um ―jornalismo que não valida e que aproveita as informações

institucionais, sem as confirmar‖ (Ribeiro, 2013). ―A arte da validação que sustenta o jornalismo

tem vindo cada vez mais a desaparecer. Isto deve-se ao carácter imediato do jornalismo, à

necessidade de colocar informação online, às outras pressões e relações de força dentro das

redações, à gestão do jornal e das questões financeiras‖, acrescenta. O jornalista, embora deva

considerar o assessor como uma fonte de informação fidedigna, ―jamais deve assumir como

inquestionável o material informativo que recebe das suas mãos‖ (Lampreia,1999, p. 67). Esta

falta de confirmação pode, inclusive, dar origem a informação manipulada e enviesada que

corresponde apenas aos interesses das grandes organizações. Mas tal como já abordado,

também as redações respondem a interesses económicos fruto da forte competitividade entre os

meios de comunicação social que, cada vez mais, lutam pelo acesso às notícias em primeira

mão. Mais ainda, não podemos associar a atividade da assessoria de imprensa a uma

manipulação e enviesamento da informação no sentido negativo. Isto porque, o profissional, tal

como o jornalista, seleciona, de todos os dados, os mais apelativos e com mais interesse, não só

para o cliente, mas também para o leitor. Logo, o assessor manipula, mas no sentido de

encontrar um foco favorável ao assessorado que, ao mesmo tempo, tenha interesse público.

Como Ribeiro (2014) refere, a manipulação é legítima sim, ―no sentido de simplificação das

mensagens, hipérboles, generalizações e para-verdades‖, desde que o assessor ―não minta ou

exerça outras ações desonestas‖. O ideal é que as atividades das relações públicas e da

assessoria de imprensa possam ser desenvolvidas ―sem deixar de respeitar os interesses e

objetivos empresariais mas, ao mesmo tempo, sem deixar de ter em vista o interesse público‖

(Gonçalves, 2012, p. 6). Quanto à neutralidade da informação veiculada, percebemos que

nenhum dos profissionais é completamente neutro: ―o jornalista escreve contra o próprio jornal

ou produz matérias que ferem os interesses dos donos do veículo para o qual trabalha? A

resposta é, obviamente, negativa. Sendo assim, não há diferença entre o exercício da atividade

de assessor de imprensa e de jornalista— pelo menos na discussão sobre defesa de interesses.

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Aliás, se há uma diferença nítida, podemos dizer que os assessores são explícitos na defesa dos

assessorados (Mafei, 2004, p. 29).

Considerando que o profissional de assessoria ―desenvolve o mesmo tipo de função

democrática que o jornalismo, na medida em contribui para o livre fluxo de informações e para o

desenvolvimento da esfera pública‖ (Van Ruler & Vercic, 2003 citado em Silva, 2012, p. 32), há

que questionar se o assessor de imprensa não será também jornalista. Segundo Mafei (2004, p.

29), o objetivo da assessoria é mostrar à imprensa determinados assuntos de interesse público

indispensáveis para a rotina e produção de notícias. ―Daí podermos dizer, sem dúvida, que o

assessor de imprensa é, sim, jornalista‖, afirma. Também Noblat (2003 citado em Shmitz,

2010, p. 46) perguntou num artigo: ―O que é, o que é? Formado em jornalismo, vive entre

jornalistas, entrevista pessoas, apura, escreve e publica notícias, mas não é jornalista? É o

assessor de imprensa‖ que não tem autonomia para exercer um jornalismo ―livre, crítico e, se

necessário, impiedoso‖. De facto, os dois profissionais têm objetivos comuns – informar o leitor

– mas estamos a falar de dois campos completamente distintos que não se devem confundir.

Por um lado temos a assessoria, mais preocupada com os efeitos do controlo social dos média

do que com o valor da informação, cujo principal interesse é dar visibilidade e cobertura ao

cliente, e, do outro, o jornalista, a defender a isenção e objetividade para informar com rigor o

leitor.

Também o peso do cliente e as relações pessoais entre jornalistas e assessores pesam

muito na hora de publicação. As relações com os média são bastante importantes e ―visam a

criação e manutenção de laços de confiança – com aqueles que dirigem e trabalham nos muitos

e variados meios de difusão de informação – a par de um serviço de informação eficiente,

utilizando todos os meios adequados‖ (Vasconcelos, 2010, p. 16). Os relacionamentos devem-se

basear numa ação recíproca uma vez que ambas as partes são beneficiadas e deve, ainda,

assentar na cordialidade e cortesia. Todavia, apesar de facilitarem a veiculação de temas, o facto

de existir uma boa relação não é uma garantia de que se consiga alcançar os interesses e os

objetivos. Isto porque ―há barreiras e limites que o jornalista deve impôr (…) e não deve permitir

nunca que sejam ultrapassadas (…) pois por mais simpatia e bom relacionamento que um

jornalista mantenha com a fonte, esta deve saber claramente que a relação é estritamente

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profissional, e que o jornalista, ouvindo-a, se reserva também no direito de ouvir quem mais bem

entender, redigindo o seu trabalho com total autonomia e independência‖ (Grandim, 2010).

Há que encontrar o equilíbrio o que, muitas vezes, é uma tarefa difícil ou até mesmo

impossível dado que ainda hoje tanto a profissão como os relacionamentos entre os dois campos

são muito criticados, frequentemente associados a troca de favores, pressões, lobbying e

manipulação. Mas ―compra-se jornalista com informação correta‖ (Carvalho, 2009, p. 69) e,

como tal, se a regra desse relacionamento for o profissionalismo de ambos os lados, é o público,

em última instância, que sairá beneficiado com a divulgação pública de informação fidedigna

sobre organizações e indivíduos socialmente relevantes. Aliás, seguindo o pensamento de Silva

(2012) apesar das relações com os meios de comunicação poderem ser, frequentemente,

consideradas ―campos de batalha‖ não têm razão para sê-lo pois, na verdade, ―fontes e

jornalistas são dois elementos indissociáveis do processo jornalístico. Sem o jornalismo, não

faria sentido falar em fontes e sem fontes o jornalismo não teria sentido‖ (p. 31). E por isso, ao

longo dos últimos anos, tem-se verificado uma maior abertura e um maior entendimento entre

os dois campos até porque o jornalista deixou de encarar o assessor com desconfiança e

percebeu que necessita do seu trabalho para responder às exigências dos leitores, oferecendo

um fluxo regular de informação. Do outro lado, temos o assessor que procura posicionar-se

estrategicamente na órbita dos média para serem, desses mesmos, fontes privilegiadas de

informação das organizações que representam (Pinto, 2000).

Mas apesar de toda esta dinâmica, em Portugal, as relações públicas e mais concretamente,

a assessoria de imprensa, ainda é uma atividade muito jovem e ―embora exista uma grande

panóplia de definições e conceitos a si associados, estamos longe de chegar a um consenso e a

uma definição institucionalizada sobre a profissão‖ (Pereira, 2011, p. 5). Não obstante aos

avanços da área, a prática das relações públicas é ainda muito mal desempenhada e

compreendida. Este facto deve-se essencialmente, aos primórdios da atividade, muito associada

a mecanismos de propaganda e manipulação e, sobretudo, ao grande poder da comunicação

social, considerando que ainda hoje se associa a origem das informações ao órgão de

comunicação que as divulgou, sendo que o papel de ―backstage‖ e ―ghost writer‖ do assessor

de imprensa mantém-se no escuro e passa despercebido ao leitor. De igual modo, as

ferramentas de avaliação do trabalho dos profissionais de relações públicas e da assessoria de

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imprensa – como o clipping - parecem insuficientes para demonstrar os verdadeiros resultados

das ações e das estratégicas da profissão. Esta situação, como explica Pereira (2011, p. 5), leva

a uma menor confiança no verdadeiro poder desta função e, por essa razão, ―muitos

profissionais não reconhecem, ainda, o papel estratégico das relações públicas e a sua

importância para a gestão organizacional‖. Para além disso, a não acreditação da profissão e a

fraca existência de mecanismos que a auto-regulem pode contribuir para que as práticas da

profissão não sejam tidas como sérias comparativamente, por exemplo, ao jornalismo que, para

além do código deontológico, os profissionais são ostentadores de uma carteira profissional.

Atualmente, em Portugal, ainda não é necessária qualquer licença para a prática da profissão

pelo que não existem barreiras à entrada de novos profissionais. Parece então fundamental a

adopção da acreditação profissional, funcionando como um mecanismo de autorregulação para

credibilizar a profissão e os seus profissionais‖ e para que "pessoas não qualificadas deixem de

poder se autodenominar de profissionais de relações públicas (Pereira, 2011, p. 45).

No entanto, a área tem crescido de forma exponencial e a tendência parece ser para

continuar. E esta influência da profissão na comunicação social acarreta inúmeras

consequências, especialmente para o jornalista, que tem vindo a praticar um jornalismo

―preguiçoso‖ e de pouca investigação, não só por falta de recursos e tempo, mas também

graças à profissionalização da assessoria que, cada vez mais, disponibiliza informação em

formato de notícia, pronta para divulgação. O autor Schudson (1996 citado em Pinto, 2000, p.

288), diz mesmo que aquilo que hoje conhecemos como notícias parece estar a desaparecer

para a ―nova constelação de fontes‖. Tendo ainda em consideração que, cada vez mais, o

jornalismo atua num campo de altas pressões e apresenta-se como resultado de uma luta

permanente, onde se perde ou que se ganha, qual será o seu futuro? Irá continuar a viver de

informação difundida pelas agências de comunicação e assessores de imprensa? Continuará o

jornalista a ser desprovido do seu papel de watchdog e, a ser, lentamente, substituído pelo

assessor? E num mundo em constantes mudanças, onde, na esfera social, qualquer pessoa é

hoje um prosumer (produtor e consumidor de informação), continuará a assessoria de imprensa

a necessitar e a depender da comunicação social para veicular as suas matérias? Estas são

algumas das questões que ficaram por responder e que sublinham a necessidade de continuar a

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estudar esta problemática para melhor compreender a dinâmica da assessoria de imprensa na

comunicação social e respetivas consequências, a longo prazo, para ambos os campos.

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Anexos

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Anexo 1

Código de conduta Mediana Global Communication

CAPÍTULO I (Âmbito e Finalidade)

ARTIGO 1º (Âmbito)

1. O presente Código estabelece um conjunto de regras de conduta a observar pelos membros

dos órgãos sociais da MEDIANA e por todos os colaboradores desta, no desempenho de funções

profissionais ao serviço da MEDIANA.

2. Consideram-se colaboradores, para efeitos do presente Código, os que tenham com a

MEDIANA uma relação de trabalho, estágio, prestação de serviço ou outra equiparável.

3. A observância das regras previstas no presente Código não impede, nem dispensa, a

consideração e respeito por regras de conduta específicas, emitidas por Autoridades, Instituições

ou Entidades do sector, ligadas à atividade, no âmbito dos respectivos poderes e áreas de

intervenção. Constituem objectivo do presente Código: 1. Assegurar que, além do cumprimento das regras e deveres resultantes das disposições legais e

regulamentares aplicáveis, a atividade da MEDIANA seja prosseguida de acordo com rigorosos

princípios deontológicos e sentido de responsabilidade social, visando a afirmação de uma

imagem institucional de rigor, competência e idoneidade.

2. Constituir um padrão e referencial de conduta a observar pelos membros dos órgãos sociais da

MEDIANA e seus colaboradores, quer no relacionamento interno quer externo.

3. Contribuir para promover, no mais estrito respeito pela lei e pelas boas práticas, a realização

dos superiores objectivos da MEDIANA, em consonância com os interesses dos seus clientes,

acionistas, colaboradores e outros parceiros do mercado.

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CAPÍTULO II

ARTIGO 3º (Princípios Fundamentais)

Os destinatários do presente Código devem desenvolver a sua atividade, ao serviço da MEDIANA,

no respeito pelos seguintes princípios:

a) Legalidade – agindo sempre em conformidade com a lei e os regulamentos emanados das

autoridades competentes.

b) Boa-fé – atuando, junto dos interlocutores internos ou externos, no quadro de confiança

suscitada, de forma correta e leal, com adequado sentido de cooperação.

c) Eficiência – procurando cumprir as missões e executar as funções ou tarefas que lhes caibam,

com rigor e qualidade, através de processos simples e expeditos, sentido de economia e de bom e

racional uso dos recursos.

d) Verdade e Transparência – estabelecendo relações na base destes valores e assegurando o

exercício das respectivas funções de modo rigoroso, reservado e fiável, bem como a

disponibilização, de forma clara e fidedigna, da informação que deva ser prestada.

e) Imparcialidade e Igualdade – acompanhando, numa postura de equidistância, os assuntos e

matérias que possam envolver interesses não convergentes entre os diversos interlocutores,

garantindo a todos um tratamento igual, sem discriminação, quer numa perspectiva formal quer

material.

Integridade – agindo, em todas as circunstâncias, com rectidão e honestidade, no respeito pelo

primado dos superiores objectivos da MEDIANA, abstendo-se de aceitar de terceiro qualquer

compensação, favor ou vantagem por acto praticado ao serviço desta e recusando intervir na

gestão de situações em que haja, ou possa haver, colisão de interesses pessoais e institucionais.

CAPÍTULO II (Princípios Gerais)

ARTIGO 4º (Dever de Sigilo)

1. Os destinatários do presente Código estão obrigados a guardar rigoroso sigilo sobre todos os

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factos e/ou informações respeitantes à vida e atividades da MEDIANA, dos seus clientes, dos seus

colaboradores e de terceiros, cujo conhecimento lhes advenha do desempenho das respectivas

funções, bem como a cumprir e fazer cumprir as regras e sistemas de segurança de informação e

de controlo da sua circulação.

2. O dever de sigilo cessa apenas nas situações previstas na lei e mantêm-se para além da

eventual cessação de funções na MEDIANA.

ARTIGO 5º (Responsabilidade Social)

No exercício da sua atividade a MEDIANA e os seus colaboradores deverão respeitar de modo

pleno os valores da pessoa humana e da sua dignidade e os da preservação do património, do

ambiente e da sustentabilidade, dedicando adequada atenção aos temas da responsabilidade

social das organizações, da cidadania empresarial, da inovação, da valorização e aperfeiçoamento

das pessoas e dos conhecimentos técnicos.

CAPÍTULO III (Funcionamento Interno)

ARTIGO 6º (Documentos Escritos)

1. Todas as comunicações escritas, incluindo agendas, atas de reuniões, documentos de trabalho,

tomadas de posição, bem como outros documentos relacionados com a atividade da MEDIANA,

qualquer que seja o respectivo suporte, devem ser redigidos de forma clara e facilmente inteligível,

reduzindo ao mínimo as dúvidas de interpretação.

2. Todos os documentos produzidos por colaboradores no desempenho de funções profissionais

ao serviço da MEDIANA são parte integrante do espólio MEDIANA, não podendo ser copiados,

alterados do seu contexto original, ou cedidos a terceiros, sem o prévio conhecimento do Con-

celho de Administração.

ARTIGO 7º (Relação Entre Colaboradores)

Instrumentalmente aos princípios gerais supra enunciados, as relações entre todos os

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colaboradores deverão desenvolver-se:

a) Num quadro de permanente cumprimento dos deveres de respeito mútuo, de solidariedade, de

urbanidade, de lealdade e de observância das instruções emanadas pelas linhas hierárquicas

estabelecidas;

b) Num ambiente de plena afirmação dos princípios do rigor, da discrição, da responsabilidade, da

colaboração, da confiança, do primado da competência, da não discriminação e da valorização

das pessoas.

c) Em particular ninguém pode ser descriminado com base na sua raça, religião, credo, origem

nacional, sexo ou por ser portador de deficiência que não interfira no desempenho das suas fun-

ções.

d) O assédio, incluindo assédio sexual, perseguição racial e outros tipos de comportamentos

considerados hostis, desrespeitosos, abusivos e/ou humilhantes não são toleráveis.

CAPÍTULO IV (Relacionamento Com Terceiros)

ARTIGO 8º (Relações Com Clientes e Parceiros)

1. No relacionamento com os clientes e parceiros os colaboradores da MEDIANA, destinatários do

presente Código, deverão ter em conta, em particular, os princípios da imparcialidade e da

igualdade de tratamento, respondendo a todas as solicitações com prontidão, cortesia, rigor e

apropriada abertura.

2. No quadro destas relações devem ter-se sempre presentes e ficar salvaguardadas as obrigações

estatutárias e os compromissos constantes de contratos e protocolos.

ARTIGO 9º (Relação Com Fornecedores)

Tendo sempre presentes os princípios da eficiência e da integridade, as relações com

fornecedores devem desenvolver-se segundo processos de transparência e de estrita observância

das condições acordadas, num clima de confiança recíproca e de elevado sentido de exigência

técnica e ética e numa lógica de parceria que vise assegurar uma justa repartição dos riscos, dos

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custos e do valor acrescentado.

ARTIGO 10º (Relações Com as Autoridades)

1. No relacionamento com todas as Autoridades e Associações do Sector para além do estrito

cumprimento de todas as normas legais e regulamentares, os destinatários do presente Código

devem agir com especial diligência, prontidão, correção e urbanidade, veiculando, de forma clara,

rigorosa e fidedigna, as posições institucionais definidas sobre as matérias em relação às quais o

contacto ocorra.

2. Quando haja dúvidas sobre a posição institucional relativa a um qualquer tema ou matéria

deverão as mesmas ser esclarecidas e resolvidas internamente, no âmbito da estrutura decisória

da MEDIANA, e, posteriormente, transmitida à Autoridade competente, de modo formal, a posição

da MEDIANA, que prevalecerá sobre qualquer ponto de vista pessoal entretanto avançado.

3. A MEDIANA adoptará uma permanente atitude de cooperação com todas as Autoridades. CAPÍTULO IV (Relacionamento Com Terceiros)

ARTIGO 11º (Relações Com a Comunicação Social)

1. Dada a necessidade de contribuir permanentemente para a afirmação de uma imagem de rigor

e de idoneidade institucional e do sector, os contactos com os meios de comunicação social só

podem ser estabelecidos pelos canais definidos, sendo vedado a todos, fora desse quadro, a

prestação de qualquer informação ou a confirmação ou negação de qualquer notícia.

2. No seu relacionamento com a comunicação social, a MEDIANA respeitará de forma rigorosa os

princípios da verdade e da transparência, devidamente articulados com o princípio da legali-dade e

o dever de sigilo, quando devam prevalecer.

ARTIGO 12º

(Relações Com Outras Instituições, Nacionais ou Estrangeiras)

No quadro do relacionamento institucional que lhe cumpra manter com quaisquer outras

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entidades ou organizações, nacionais ou estrangeiras, a MEDIANA adoptará uma postura de

participação, de partilha de experiências e de cooperação, apoiando as iniciativas tendentes à

valorização da profissão, aperfeiçoamento das pessoas e divulgação dos conhecimentos técnicos.

ARTIGO 13º

(Conflito de Interesses)

Ninguém, que tenha relacionamento com algum colaborador da MEDIANA poderá beneficiar-se de

maneira inapropriada em razão da posição desse colaborador na Empresa. Além disso, nenhum

colaborador da MEDIANA poderá obter benefício próprio de sua função que ponha imediata ou

potencialmente em causa os interesses da Empresa.

CAPÍTULO V (Disposições Finais)

ARTIGO 14º (Adesão e cumprimento)

A MEDIANA assegurará a necessária divulgação e explicitação das regras contidas no presente

Código de Conduta, de modo a alcançar a garantia de que o seu conteúdo é perfeitamente

interiorizado e assumido pelos seus destinatários como um conjunto de normas que a todos

vinculam.

ARTIGO 12º (Entrada em Vigor e Revisões)

1. O presente Código de Conduta entrou em vigor no dia 28 de Agosto de 2007.

2. Anualmente, o Conselho de Administração da MEDIANA avaliará a necessidade de revisão ou

aperfeiçoamento do presente Código.

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Anexo 2

Textos para newsletters e outras publicações

2.1 Dolmen

Guião do Filme ―A sua viagem pelo Douro Verde‖

1. Introdução - 0.30‘

Localização

Dois rios, três serras, seis municípios, um território: o Douro Verde.

Gráfico/mapa de Portugal com a região em destaque: Douro e Tâmega surgem primeiro, seguido dos

seis pontos com legenda: Amarante, Baião, Cinfães, Marco de Canaveses, Resende e Penafiel.

Uma terra de contrastes… A diversidade de cores, de relevos, costumes e pessoas formam uma região

que mantendo a sua tradição evoluiu e agarrou a era da modernidade.

Imagens: mapa que engloba os 6 municípios do Douro Verde, planos gerais das paisagens.

2. A região onde pode encontrar… - 8.30‘

Beleza natural

Douro Verde, território de serras e rios, onde a fantasia se confunde com a realidade, despertando e

saciando todos os sentidos…

Perdida entre os declives do Marão e Montemuro e os vales dos rios Tâmega e Douro, diz-se que foi na

Serra da Aboboreira que surgiram os primeiros povos da região.

LEGENDA - Serra da Aboboreira

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Nas margens do Rio Ovil pode desfrutar-se das águas calmas e do ambiente tranquilizador que o

envolve.

LEGENDA - Rio Ovil (Baião)

Entre montanhas e vegetação ergue-se a pitoresca aldeia da Gralheira, também conhecida como a

―Princesa da Serra‖, por ter sido a mais produtiva e desenvolvida aldeia de entre todas as que a

rodeiam.

LEGENDA - Serra Montemuro (Cinfães)

No meio da natureza intacta e conservada, o rio Bestança impele a uma viagem a tempos de outrora

com as suas águas límpidas que refletem a pureza e plenitude.

LEGENDA - Vale do rio Bestança (Cinfães)

A pequena praia de Bitetos é o local ideal para descontrair. O cais foi um ponto estratégico para os

barcos rabelo, embarcações portuguesas típicas da região do Douro, que transportavam as pipas do

conceituado Vinho do Porto.

LEGENDA - Margens de Bitetos (Marco de Canaveses)

A freguesia de Paus fica situada na parte superior da bacia do rio Bestança, produzindo com a sua

erosão teimosa e apressada, um vale rico em beleza e verduras

LEGENDA: Vale de Paus (Resende)

Imagens: Paisagens e encostas Douro, serra do Marão, serra Aboboreira, rio Ovil e paisagem, serra

Montemuro, aldeia Gralheira, vale rio Bestança, praia e o cais Bitetos; Vale de Paus; Entre-os-Rios; rio

Olo; rio Ovelha; rio Cabrum

Património

Terra de excelência onde encontramos recantos para sonhar que nos transportam para outros lugares

e outros tempos… uma região com história milenar que dedicou-se a conservar as suas origens…

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A Igreja de S. Domingos deslumbra os visitantes com o interior revestido a talha dourada, com a

imponência do seu órgão e beleza do calvário e o sacrário.

LEGENDA - Igreja de S. Domingos (Amarante)

Classificado como monumento nacional, o Convento de S. Gonçalo distingue-se pela sua arquitetura

maneirista. Aqui funciona o Museu Amadeo de Souza Cardoso que reúne os mais variados materiais e

obras da história local, relembrando artistas e autores nascidos no concelho.

LEGENDA - Igreja de S. Gonçalo (Amarante)

Imagens: centro histórico Amarante, igreja S. Domingos (interior com a talha dourada), igreja S.

Gonçalo, Casa de Pascoaes, Museu Amadeo de Souza Cardoso (exterior e interior: exposições e

imagem de Amadeo).

Os planaltos dolménicos são igualmente uma marca identitária do território, conferindo-lhe 5000 anos

de história, permitindo aos interessados uma incursão pelo território, indo ao encontro das nossas mais

recônditas origens.

LEGENDA - Dolmen Chã de Parada (Baião)

A Fundação Eça de Queiroz está de portas abertas para dar a conhecer e perpetuar a obra do maior

nome do romance português.

LEGENDA - Fundação Eça de Queiroz (Baião)

Os diversos monumentos que integram a Rota do Românico constituem igualmente forte apelo à visita

a este território...

Imagens: dolmens, fundação Eça Queiroz (fachada, imagem de Eça); Amarante: Mosteiro de Travanca;

Baião: Mosteiro de Santo André de Ancêde; Cinfães: Igreja de Santa Maria Maior de Tarouquela; Marco

de Canaveses: Igreja de S. Nicolau e de Sobretâmega; Resende: Mosteiro de St.ª Maria de Cárquere e

Penafiel: Igreja de Abragão

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As aldeias de Boassas, Gralheira e Vale de Papas despertam a atenção pelas construções em pedra de

lousa e xisto e pela vasta paisagem agrícola e florestal que as envolve.

LEGENDA - Aldeias típicas (Cinfães)

Situado numa das zonas mais antigas de Cinfães, o Museu Serpa Pinto oferece uma grande variedade

de manuais e objetos do explorador e conta com um espaço destinado à divulgação turística.

LEGENDA - Museu Serpa Pinto (Cinfães)

Imagens: aldeias com destaque para o tipo de construção e paisagem envolvente, museu serpa pinto

(fachada, exposição objetos de serpa, loja artesanato).

A pequena cidade romanizada que toma o nome de Tongóbriga é local de paragem obrigatória. Acolhe

anualmente o Mercado Romano, evento com um programa de teatro, música, danças, rituais,

artesanato e gastronomia a evocar a época que atrai cada vez mais turistas.

LEGENDA - Tongóbriga (Marco de Canaveses)

Imagens: Tongóbriga, escavações, imagens mercado romano, ponte do arco.

Ponto de referência cultural em Marco de Canaveses, o museu Carmen de Miranda homenageia a

famosa cantora e atriz brasileira, nascida no concelho no início do séc. XX

LEGENDA - Museu Carmen de Miranda (Marco de Canaveses)

A igreja de Santa Maria, projetada por Siza Vieira em 1996, sobressai na paisagem urbana e contrasta

com as construções mais tradicionais da cidade.

LEGENDA - Igreja de Santa Maria (Marco de Canaveses)

Imagens: Museu Carmen Miranda (fachada, imagem cantora, objetos pessoais), Igreja de Santa Maria.

Com mais de 60 anos de história, o Museu Principal é dos edifícios mais emblemáticos para a

população e conta a história local através de exposições de arqueologia e etnografia.

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LEGENDA - Museu Principal (Penafiel)

Também conhecido por Cidade Morta de Penafiel, o Monte Mozinho é considerado o maior castro

romano da Península Ibérica. O núcleo familiar do castro possui uma vasta área de habitações, desde

núcleos de casas com pátio de tradição castreja, às habitações romanas de planta quadrada de maior

dimensão.

LEGENDA - Castro do Monte Mozinho (Penafiel)

(Resende: Egas Moniz)

Imagens: centro histórico, fachada Museu Principal, salas exposição, castro Monte Mozinho.

Artesanato

O artesanato, herança cultural das gentes do Douro Verde, traz para o presente objetos de tempos

remotos, mantendo viva a tradição com um toque de contemporaneidade.

A olaria do barro negro e os bordados representam o que de mais emblemático há no artesanato de

Amarante.

LEGENDA - Olaria do Barro Negro (Amarante); museu rural do Marão, bordados

Fabricadas pelos artesãos de Gestaçô, as típicas bengalas são um dos produtos artesanais mais

conhecidos de Baião, remontando as suas origens a finais do século XIX. Têm conquistado cada vez

mais colecionadores com as suas peças singulares.

Também as peças de cestaria de piorna continuam a representar o concelho.

LEGENDA - Bengalas Gestaçô e Cestaria de Piorna (Baião),

A arte burel é uma das mais antigas tradições da Serra de Montemuro. A cultura foi transmitida de

geração em geração devido à robustez do tecido na proteção de baixas temperaturas. Cestaria de

Breze é igualmente uma das artes que mais se evidencia.

LEGENDA - Arte Burel, Cestaria de Breze (Cinfães)

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As peças da arte ancestral que é a tanoaria e os chapéus de palha são os cartões de visita do

artesanato de Marco de Canaveses. De destacar ainda a cantaria, forma de arte tradicional das

freguesias de Alpendorada e Várzea do Douro.

LEGENDA – Tanoaria, chapéus palha, Cantaria (Marco de Canaveses)

A olaria negra é também a arte característica da freguesia de Fazamões.

LEGENDA – Olaria negra de Fazamões (Resende)

Imagens: peças barro negro (museu rural Marão), Centro de Cerâmica, artesão a fabricar, bengalas

Gestaçô, peças burel e artesoes/costureiras a fabricar, chapéus de palha, cantaria, olaria negra de

Fazamões

Gastronomia e vinhos – separador gráfico

A região do Douro Verde conquista paladares com os sabores intensos de uma gastronomia

tradicional…

Delicie-se com os típicos pratos de Amarante, como o cabrito assado e a doçaria conventual.

Em Baião e Marco de Canaveses e Resende o repasto faz-se com os sabores do anho assado com

arroz do forno... sendo os paladares adocicados pelo famoso biscoito da Teixeira.

Em Baião… as suculentas Fatias do Freixo em Marco de Canaveses... e as Cavacas e Cerejas de

Resende, que pela sua qualidade e sabor inconfundíveis, dão igualmente mote a eventos anuais

servindo de pretexto a milhares de visitantes.

Imagens: pratos típicos e doces.

Para uma boa gastronomia, um bom vinho...

Região vinícola por natureza, com vinhos apreciados mundialmente, o Douro Verde concentra em si as

melhoras quintas e cooperativas vinícolas e atrai cada vez mais turistas. Vinhos verdes requintados e

exclusivos… originais pelas caraterísticas do solo e do clima… mas também pelas peculiaridades das

castas regionais e das formas de cultivo da vinha.

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De destacar a casta Avesso, específica da sub-região vitivinícola de Baião, o Azal e o Arinto.

Imagens: vinhas, cooperativas.

Lazer/Turismo ativo – separador gráfico

O Douro oferece aos mais aventureiros atividades ao ar livre em plena natureza...

A vegetação e os declives que as serras do Marão, Aboboreira e Montemuro nos oferecem, favorecem

a adrenalina aos amantes de BTT, cicloturismo ou trail running.

Também os percursos pedestres convidam à caminhada, observação das aves e flora e ao trekking,

LEGENDA - Marão, Aboboreira, Montemuro Amarante

Os amantes de cavalos, não dispensam uma visita ao centro Hípico de Baião.

LEGENDA – Baião

Para os apreciadores de desportos náuticos, o rio Tâmega, Douro e Bestança oferecem excelentes

condições para a prática de slalom, canoagem, vela, motonáutica ou simplesmente um passeio de

barco…

Resende recebe o Campeonato Nacional de Motonáutica que cativa milhares de entusiastas e em

Cinfães está localizado o único Centro de Estágios de Canoagem, procurado por atletas nacionais, mas

acima de tudo estrangeiros, pelas condições climatéricas permite o treino nos meses mais frios.

Os adeptos de canoagem encontram aqui os locais adequados para dar largas a emoções fortes.

LEGENDA - Fridão, Bitetos, Aregos, Porto Antigo

Imagens: BTT, canoagem, centro hípico, motonáutica, regata.

Para descontrair, as Caldas de Aregos são a solução ideal. Um espaço referenciado pelo valor das suas

águas que o tornam numa das melhores termas de Portugal.

LEGENDA - Caldas de Aregos (Resende)

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A Barca d‘Aregos foi inaugurada em 2011 a faz a ligação das margens do Rio Douro a Resende e

Baião.

LEGENDA - ―Barca d‘Aregos‖ (Resende)

Para aliar o descanso à saúde e bem-estar, as termas de S. Vicente dispõem da melhor das águas

terapêuticas para revitalizar a mente e o corpo.

LEGENDA - Termas de S. Vicente (Penafiel)

Imagens: Caldas de Aregos, Douro, travessia barco entre Resende e Baião, estação caminho de ferro

de Aregos, com comboio a passar; Museu Municipal, Centro Interpretativo da Cereja, Termas de S.

Vicente

Alojamento – separador gráfico

O Douro Verde é uma região que sabe receber e acolher, deixando ao visitante o desejo de voltar.

É impossível ficar indiferente à Casa da Calçada, um hotel de charme que dispõe de um restaurante

distinguido com uma estrela Michelin. É um edifício que remonta ao séc. XVI, construído para ser um

dos principais palácios do Conde de Redondo.

LEGENDA - Casa da Calçada (Amarante)

O Douro Palace Hotel Resort & Spa proporciona uma experiência única de conforto e elegância, onde o

histórico e o contemporâneo convivem em harmonia.

LEGENDA - Douro Palace Hotel Resort & Spa (Baião)

Entre o verde das encostas e as águas do Douro, encontra-se o Hotel Porto Antigo que resulta da

recuperação de uma casa senhorial do explorador Serpa Pinto.

LEGENDA - Hotel Porto Antigo (Cinfães)

Mas o turismo em espaço rural oferece igualmente uma interessante alternativa de alojamento, seja na

modalidade de agroturismo, casa de campo ou turismo de habitação, permitindo ao visitante vivenciar

usos costumes e sabores típicos da região…

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Imagens: Casa da Calçada, Douro Palace, Hotel Porto Antigo, Termas S. Vicente, Feitoria dos Becos,

Casa da Lavandeira, Quinta da Bouça, Quinta das Quintãs, Cerrado dos Outeirinhos, Casa de

Ventozela, Turismo Rural Vald'arêgos, Pousadela, Casa de Gondomil, Paixão Ancestral

3. Final - 0.15‘

Paisagem, história, cultura, património, tradição, vinhos, gastronomia…

Douro Verde. Há muita vida aqui. Imagens: do pôr-do-sol nos seis municípios.

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2.2 Nuno Cerejeira Namora, Pedro Marinho Falcão & Associados

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2.3 Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO)

Breves para o website

Nova imagem página

Em 2013, o IPO inaugurou a sua nova plataforma online, apresentando uma imagem mais "clean" e moderna. O Instituto disponibiliza agora informação mais detalhada, desde as suas diferentes valências às várias atividades e projetos que acolhe. As notícias são atualizadas com frequência, tal como a seção "Emprego e Carreira", onde são colocadas ofertas de trabalho, sendo também possível a submissão de candidaturas espontâneas. Destaque ainda para o espaço "Eu tive Cancro", disponível brevemente, que pretende ser palco de experiências e estórias partilhadas entre doentes, familiares, amigos ou comunidade médica e científica. Todas estas mudanças têm como objetivo a criação de um elo de confiança e de maior proximidade entre o Instituto e os utentes.

O que é o CHA?

O Centro Hoteleiro de Apoio – CHA – é um serviço do IPO-Porto, composto por 2 unidades,

situadas em espaços físicos diferentes:

1. CHA – Ipo-Porto – Edifício de Cuidados Continuados, U.C.C

2. CHA – Areosa – Edifício da Liga Portuguesa Contra o Cancro, na Areosa

O CHA destina-se a servir com qualidade todos os doentes oncológicos do IPO-Porto a nível

regional, doentes provenientes de outros serviços do IPO-Porto, bem como doentes oncológicos

de outras unidades de saúde em regime de ambulatório.

No CHA são prestados serviços de natureza exclusivamente hoteleira que incluem dormida,

refeições e um conjunto de serviços de idêntica natureza destinados a dar resposta às

necessidades que a estadia dos utilizadores pressupõe, proporcionando o máximo de conforto e

bem-estar.

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Cartaz STMO

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2.4 Outros

Banema

Guião do Filme ―Mais que Madeira‖

Pretendemos criar um filme de promoção da BANEMA, empresa de comércio e distribuição

de madeiras e derivados, que transmita aos seus parceiros e clientes a ideia de uma

empresa dinâmica e inovadora que aposta em produtos de luxo, com design, qualidade e

sustentabilidade. Esta aposta num serviço de excelência tem como finalidade a total

satisfação e a fidelização do cliente.

1. A BANEMA: Descrição do negócio + Localização

VOZ OFF: Banema, ―Mais que Madeira‖…

A Banema é uma empresa líder de mercado na distribuição de madeiras e derivados…

Aposta na inovação, sustentabilidade e qualidade dos produtos, através da excelência do

serviço protagonizado por uma ação técnico comercial pró-ativa…

Imagens: Logotipo + Imagens da entrada + Mapa + Imagens dos acessos

Texto em forma de flash para acompanhar as imagens da entrada:

- Inovação

- Sustentabilidade

- Design

Com sede na região Norte, a A4 e a A41 fazem a rápida ligação entre a cidade do Porto e as

instalações em Paredes: o centro do cluster da indústria do mobiliário nacional… Esta

localização estratégica garante um serviço logístico rápido e eficaz…

Em 2013 expande o negócio para o sul do país com a abertura de um novo armazém em

Lisboa….

Localização: Porto - Rua da Santa Marinha 511, Paredes; Lisboa - Quinta dos Palmares,

Camarate

Imagens: Imagens sede + Mapa + Imagens de Lisboa (mostrar as principais ligações e

acessos, marítimos, rodoviários e aéreos)

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2. A BANEMA: história e números da empresa

VOZ OFF:

A atual realidade da Banema é suportada por uma experiência de mais de 50 anos no

mercado…

Em 1986 surge a empresa com a nova designação ―Banema‖, fruto da necessidade de

evoluir com a exigência dos seus clientes e do mercado em geral...

Imagens: Imagens sede + Escritórios + Pessoas a trabalhar

Texto em forma de flash para acompanhar as imagens:

- Fiabilidade

- Experiência

No início de 2012, a empresa inaugura um showroom, em Paredes, para exposição dos

produtos comercializados.

Dois anos depois, em Rebordosa, foi criado um armazém destinado à comercialização de

folha de madeira.

Hoje a Banema é muito mais que uma empresa de comércio e distribuição de madeiras e

derivados.

Conta com um grupo de profissionais com uma vasta experiência no mercado, sendo

reconhecida como uma empresa líder no setor.

3. A BANEMA: Produto/Clientes

A estratégia de negócio baseia-se numa política de crescimento, desenvolvimento e

diferenciação. A Banema trabalha com os melhores produtos de base madeira do mercado

com variados tipo de aplicação e em diversos sectores.

Os profissionais da Banema são a garantia da qualidade do serviço. Os clientes são a prova

do grau de exigência.

Imagens: Imagens dos projetos já realizados e dos produtos + aplicação

Texto em forma de flash para acompanhar as imagens:

- Diferenciação

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- Exigência

4. A BANEMA: Showroom

VOZ OFF:

Os produtos e serviços são utilizados por diversos tipos de empresas.

A Banema… dispõe de um espaço de exposição de excelência…onde pode encontrar uma

mostra dos seus produtos e proporcionar um serviço de apoio técnico personalizado com

comodidade e diferenciação.

Conta com uma equipa específica para o aconselhamento técnico de projetos de arquitetura

e construção…

A Banema pode também deslocar um consultor a ateliês e obras, mediante solicitação.

Imagens: Imagens showroom + simulação atendimento (equipa de arquitectos)+ Imagens

Produtos

Texto em forma de flash para acompanhar as imagens:

- Aconselhamento técnico

- Diferenciação

- Produtos de excelência

5. A BANEMA: Armazém e Frota

VOZ OFF:

O armazém, com mais de 15 mil metros quadrados de área coberta, com uma grande

disponibilidade e variedade de produto, assegurando a entrega atempada aos clientes.

Imagens: Imagens do armazém, da organização e variedade de produtos

Texto em forma de flash para acompanhar as imagens:

- Disponibilidade

- Variedade

- Garantia de entrega

A Banema dispõe de uma frota de distribuição própria que garante um serviço completo,

rápido, flexível e seguro aos clientes.

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Imagens: Imagens Frota

Texto em forma de flash para acompanhar as imagens:

- Distribuição rápida e segura

- Flexibilidade

6. A BANEMA: Certificação e qualidade

A inovação, sustentabilidade e qualidade dos produtos e serviços é a grande aposta da

empresa. A certificação dos processos de gestão e política de qualidade, segundo a norma

ISO 9001, são garantia do rigor, responsabilidade e focalização no cliente.

O compromisso para com a sustentabilidade da Fileira Florestal, comprovado pela

certificação PEFC de Cadeia de Responsabilidade, é também garantia do cumprimento dos

requisitos de segurança, saúde e condições de trabalho dos seus colaboradores.

Imagens:

Texto em forma de flash para acompanhar as imagens:

- Responsabilidade

- Sustentabilidade

- PME Líder de 2013

- Sistema de Gestão da Qualidade ISSO 9001:

- PEFC:

7. A BANEMA: Final

Locais de filmagem

Exterior:

- Sede

- Imagens Aéreas

- Frota

- Acessos

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- Logótipo

- Entrada principal

Interiores:

- Armazém

- Showroom

- Escritório dos dois edifícios

- Salas de formação

- Armazém de folha de madeira

- Atendimento

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Barcelos

Texto para publicação na revista municipal

32ª Mostra de Artesanato e Cerâmica de Barcelos encerra a 17 agosto

Barcelos é palco de mais uma Gala de Artesanato e volta a elogiar os que se distinguem na área.

Os artesãos serão reconhecidos pelos prémios Inovação, Revelação, Carreira e pelas sete

distinções nas categorias de bordados, olaria, figurado, madeira e derivados, miniaturas,

tecelagem, ferro e derivados. Integrada na Mostra de Artesanato e Cerâmica de Barcelos a Gala

promete voltar a marcar pontos na promoção do artesanato no país e no mundo.

Os prémios são atribuídos desde 2010 e distinguem os artesãos que se dedicam a esta arte,

refletindo o que melhor se faz em Barcelos e no país, procurando homenagear e motivar todos

aqueles que se dedicam a esta forma de arte. A 5ª edição da Gala decorre dia 16 de agosto, no

Parque da Cidade, pelas 22h00.

―É uma altura particularmente importante para o concelho por estarmos a receber os muitos

barcelenses que por motivos de vária ordem estão no estrangeiro e escolhem o verão para visitar

a família e os amigos e desfrutar do que o Município tem para lhes oferecer‖, adianta Braga, do

pelouro da Cultura, responsável pela organização do evento.

A Mostra de Artesanato e Cerâmica de Barcelos está a decorrer até 17 de agosto, domingo, no

Parque da Cidade. Esta 32ª edição conta com 120 artesãos, 80 dos quais do concelho, e ainda

com 134 expositores espalhados pelo recinto.

As tasquinhas têm sido o grande sucesso da Mostra, com a oferta de diversas delícias

gastronómicas minhotas. O galo, símbolo típico de Barcelos, é a figura mais procurada pelos

visitantes.

Este ano, no âmbito da denominação de Barcelos como Cidade do Vinho 2014, juntou-se à

Mostra um grande número de produtores de vinho. Esta novidade suscitou o interesse de

milhares de turistas, que procuram saber mais sobre os segredos do vinho verde, permitindo o

aumento da oferta turística do concelho.

Para Elisa Braga, a Mostra de Artesanato e Cerâmica consolida Barcelos ―como capital do

artesanato, trazendo à cidade milhares de visitantes, ao mesmo tempo que promove um

cruzamento harmonioso com a gastronomia e os vinhos, a música popular e o folclore nacional

e internacional‖.

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Quinta da Boeira

Questionário de Preparação de Entrevista

Suplemento Empresas

1. Sabemos que as origens da Quinta da Boeira remontam a 1799. Para efeitos

de contextualização, como tem sido o percurso da quinta e quais as

principais mudanças sentidas ao longo dos tempos?

A história da Quinta da Boeira começou em 1920 quando foi adquirida pelo proprietário

de um negócio de Vinho do Porto. A propriedade foi-se degradando ao longo dos anos

até que, em 1999, depois de autorização e financiamento autárquico, ficou ao cargo de

uma sociedade que se comprometeu a recuperar a Quinta e o espaço envolvente. As

primeiras obras iniciaram-se no salão Boeira e no auditório, procedendo-se ao aluguer

das instalações para diferentes tipos de eventos sociais, culturais e empresariais.

Posteriormente reconstruiu-se o Palacete, atualmente classificado como património da

cidade, e respetivo aluguer à restauração. Foi também construída uma tenda para

espetáculos, stands com expositores de vinhos e, mais recentemente, integrada no

projeto ―Portugal in a Bottle‖, uma garrafa com 32 metros de comprimento por 10 de

altura, utilizada para provas de vinho e projeção de filmes em 3 dimensões.

2. Como se carateriza, hoje, a Quinta da Boeira? Quais são os serviços e

produtos que proporcionam ao público?

A Quinta da Boeira oferece um espaço privilegiado para organização de eventos

socioculturais, como exposições, palestras, conferências, casamentos e conta com

vários stands com expositores de vinhos e lojas com os produtos típicos da região do

Grande Porto.

3. Particularmente em relação ao projeto 'Portugal In a Bottle' – qual é o seu

conceito e de que forma é que ele se concretiza no terreno?

―Portugal In a Bottle‖ tem como principal objetivo alargar a oferta turística para os

visitantes da zona do Porto, colmatando a oferta de lazer após o final da tarde. Assim,

disponibiliza cerca de 60 lojas, distribuídas pelos jardins da propriedade, organizadas

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num mercado de comercialização de artesanato, gastronomia e vinhos. A Garrafa

Gigante, uma homenagem à vinha e ao vinho de Portugal, pretende tornar-se um ponto

de referência para turistas nacionais e estrangeiros. Na garrafa realizam-se provas de

vinhos e está preparada para passagem de filmes a 3 dimensões.

Em que espaços se divide a Quinta da Boeira e que tipo de eventos é que o

espaço acolhe?

A Quinta da Boeira dispõe de um auditório, um salão com capacidade para 220pessoas,

restaurante, zona de espetáculos, 60 lojas de expositores de vinho e a Garrafa Gigante.

Acolhe eventos de Arte e Cultura, como exposições, palestras, conferências, entre

outros, e eventos sociais, como festas, casamentos.

4. A Quinta da Boeira pretende, cada vez mais, afirmar-se como um local de

passagem obrigatória no roteiro turístico do Grande Porto? Qual é a

estratégia que definem e de que forma pretendem distinguir-se e deixar uma

marca na região?

A Quinta da Boeira tem reunido esforços para se afirmar no roteiro turístico do Grande

Porto. Com o projeto ―Portugal In a Bottle‖, pretende atrair várias pessoas e abraçar

novos projetos e eventos que potenciem a zona envolvente da cidade Invicta.

5. Que perspetivas e projetos traçam para o futuro da Quinta da Boeira?

O futuro da Quinta da Boeira passa pela construção de um hotel de 5 estrelas com 73

quartos e 29 suítes e ainda a abertura e exportação de vinhos do Porto com a marca

―Boeira Portugal In a Bottle‖ para o mercado Europeu e Asiático.

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Anexo 3 - Planos de comunicação

Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)

SWOT

Pontos Fortes (Strengths)

É uma das maiores escolas de engenharia do país

Está associado a vários grupos de investigação

Diversidade e componente muito prática dos cursos

Forte componente tecnológica

Cursos com elevado grau de empregabilidade

Pontos Fracos (Weaknesses)

Perceção que o Instituto é privado

Comunicação interna e externa deficiente (linguagem muito técnica, fraca comunicação

dos pontos fortes dos cursos e de casos de sucesso,...)

Oportunidades (Opportunities)

Crescente interesse dado às novas tecnologias e aos projetos de investigação

Presença em diversos projetos internacionais

Capacidade de desenvolvimento e exportação de tecnologia para o exterior

Forte ligação com o mundo empresarial

Ameaças

Redução número de vagas ensino superior

Crise económico-financeira (leva muitos alunos a desistirem dos estudos e a não

ingressarem no ensino superior)

Elevada taxa desemprego

Público - alvo

Interno

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Docentes

Investigadores

Estudantes

Externo

Comunicação social (nacional, regional)

Público geral

Objetivos

Melhorar percepção do ISEP no público geral, especificamente estudantes a terminar

ensino secundário (componente prática, grau empregabilidade, ensino público, elevado

grau de tecnologia e de investigação)

Assegurar relações com os meios de comunicação social

Melhorar comunicação sobre Licenciaturas e Mestrados

Propostas

Setembro Divulgação resultados colocações, novidades cursos, … 2 Dias Abertos novos estudantes 1ª fase – esclarecimentos, visitas aos estabelecimentos

Outubro Mês do ISEP 1ª Palestra/Tertúlia com investigadores/docentes de projeção internacional – tema definir Encontro de antigos alunos, fazendo uso da rede Alumni ISEP

Novembro Noite Europeia dos Investigadores – alunos/investigadores saem à rua à noite para mostrar trabalho que desenvolvem nos centros de investigação (espécie de Feira noturna das ciências)

Dezembro Dia do Engenheiro Brasil – convidar professor/investigador/reitor UBrasil para visitar instalações e dar palestra sobre temas atuais tec+ciência Dia Mundial da Pessoa com deficiência – divulgação de um projeto criado que esteja a ser vantajoso para alguma pessoa com deficiência; proposta de novo projeto com a mesma intenção Ação de Voluntariado – recolha bens para Instituições de Solidariedade da zona

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Março Mês do Sangue: Campanha Recolha sangue, nas instalações do ISEP em parceria com IPO. 8 Março – Dia da Mulher – Palestra/Conferência papel das mulheres engenharia (ISEP tem visto candidaturas mulheres a aumentar anual/) -> comunicação social reportagens TV Mostra de tecnologia

Abril Corrida ISEP – corrida solidária com valor simbólico, angariar € para alunos que desistiram estudos ou Churrasco ISEP 2ª Palestra/Tertúlia com investigadores/docentes de projeção internacional

Maio Semana Aberta– Apresentação das licenciaturas, workshops, apresentação projetos (Alunos 10-12º ano) 18 maio – Dia Internacional Museus –> divulgação e abertura à comunidade em geral Museu do ISEP

Junho Engenheiro por um Dia – convidar crianças experimentar a ciência por um dia (ensino básico) Divulgação licenciaturas/mestrados – flyers, outdoors (zonas metro, centro cidade), aposta nas redes sociais e destaque site oficial. Melhorar a informação prestada sobre cada curso (texto mais informativo, especialmente sobre as linhas gerais do curso e de estágio), Reportagens Testemunho caso sucesso ex-aluno

Julho Prémio Alumni – cerimónia Sessão de Esclarecimento para Pais e Encarregados de Educação de Candidatos a Cursos de Engenharia (à semelhança do que aconteceu em 2014. Informações sobre instituto, cursos, empregabilidade)

Melhorar comunicação redes sociais – textos sem estrutura ou fio condutor, tornar mais

apelativos (especialmente nas notícias e artigos da comunicação social – copy paste)

o Fazer um destaque mensal de acontecimentos/estudos/factos interessantes

(atualmente apenas se aplica ao Museu)

Escolha de um porta-voz de cada departamento para comunicar com ocs (linguagem

mais simples, capacidade de simplificar temas

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Grupo JMV – José Maria Vieira, SA.

1.1. SWOT

Pontos Fortes (Strengths)

Empresa com longa experiência no mercado nacional e internacional;

Linha de exportação para dezenas de países espalhados pelo globo;

Pioneira em diversas áreas, nomeadamente, na inovação e empreendedorismo

Diversidade e transversalidade de produtos para diferentes públicos;

Marca com preocupações e valores sociais, detentora de prémios de excelência e

associada a grandes eventos.

Pontos Fracos (Weaknesses)

Estratégia de comunicação protetora: grupo opta por um grande low profile que nem

sempre permite que os aspetos fortes sejam verdadeiramente realçados;

Comunicação digital pouco desenvolvida e graficamente pouco apetecível (acima de tudo

no Vinhos Borges);

Necessidade de articular ferramentas de interatividade digitais com o cliente;

Falta de coerência gráfica e de conteúdos nos sites do grupo;

Oportunidades:

Portugal é um país com tradição e elevados consumos de café (Torrié). Este é o café de

muitos portugueses – esta mensagem tem que ser mais forte;

Agenda mediática recetiva a noticias sobre o setor do vinho e café;

Estudos científicos favoráveis ao consumo deste tipo de produtos;

Harmonizações com vinho e culinária são assuntos que estão na ―moda‖ e são

apetecíveis para o grande público (aumento de programas sobre culinária e vinho);

Turismo e Enoturismo continuam a ser altamente apetecíveis;

Bloggers ligados a vinhos, gastronomia e viagens ocupam cada vez mais espaço

mediático e estão recetivos ao que as empresas têm para apresentar;

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Jornalistas internacionais continuam apaixonados pelo Porto e tudo o que a ele se

relaciona.

Ameaças:

Existência de inúmeras empresas concorrentes com presença forte agressiva no

mercado;

Celeridade e mudança do mercado exigem constante atualização e modernidade das

marcas;

Fundamental não deixar de ser falado

1.2. Definição de Objetivos

Objetivo Empresarial:

Assegurar a posição de destaque nos sectores em que atua;

Objetivo de Comunicação:

Consolidar uma imagem de notoriedade, dinamismo e aumentar a credibilidade da

instituição e das iniciativas promovidas pelas marcas que detém;

Objetivo Específicos:

Implementar imagem de sucesso e credibilidade do grupo JMV;

Dar a conhecer os produtos e mais-valias da marca que detém;

Consolidar presença mediática da Torrié e Vinhos Borges enquanto referência no canal

Horeca;

Melhorar comunicação com clientes e potenciais investidores;

Profissionalizar e harmonizar canais de comunicação das marcas.

1.3. Público - alvo

Os Órgãos de Comunicação Social serão o veículo privilegiado de transmissão das mensagens

até aos públicos-alvo. Para atingirmos todo o panorama mediático, o que requer um tratamento

de informação que vá ao encontro dos interesses e critérios editoriais de cada meio ou

segmento, é necessário propor aos Órgãos de Comunicação Social ângulos e formatos criativos,

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bem adaptados. Em simultâneo, é importante implementar e manter uma comunicação coerente

alimentando site, facebook e/ou outras redes sociais.

A comunicação a desenvolver deverá ter especial incidência sobre as seguintes secções e

segmentos dos Meios de Comunicação Social (imprensa, televisão, rádio e meios online):

Generalistas nacionais diários/semanários/mensais/gratuitos e respetivas secções ou

suplementos Sociedade/ Economia/ Saúde/ Turismo e Lazer/Lifestyle

Especializados em Gastronomia/Vinhos/Viagens/Café/Bem-estar;Blogues

especializados em Gastronomia/Vinhos/Viagens/Café/Bem-estar;

Redes sociais (Facebook, Instragram, Pinterest, Youtube);

Meios regionais;

Meios com correspondentes internacionais em Portugal;

Meios com correspondentes nacionais no estrangeiro.

2. Proposta de trabalho

A proposta de assessoria proposta pela Mediana inclui:

Consultoria e assessoria: definição de um plano de comunicação com a calendarização

de um conjunto de ações de assessoria mediática, tendo por base as mensagens-chave

a transmitir. A Mediana fornece apoio permanente no tratamento das informações,

procurando sempre encontrar um eixo estratégico para diferenciar as mensagens para

os meios de comunicação e orientar follow ups cirúrgicos.

Através da definição de uma estratégia é possível trabalhar por objetivos de

concretização, sugerindo a Mediana que se estabeleça uma grelha de pressupostos a

cumprir em termos de resultados mediáticos.

Elaboração de bases de dados direcionadas: definir e atualizar permanentemente os

contactos direcionando para as áreas mais indicadas consoante a divulgação em causa;

Personalização das relações com os jornalistas: para além de fornecer informação e

procurar diariamente oportunidades de colaboração, é fundamental manter relações de

proximidade. A oferta de vinho ou café ou outros em datas festivas, como aniversários, é

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sempre bem recebida. Esta sugestão, direcionada para um grupo restrito, pode permitir

criar um clube de ―amigos‖;

Elaboração do dossier de imprensa: preparar um documento para a comunicação

institucional e manter uma atualização permanente com todos os novos dados que

surjam relativamente à empresa; Atualização de portfólio: fotografias dos responsáveis

devem estar atualizadas para envio às editorias e para uso corrente e no site e nas redes

sociais;

Redação e envio de notas de imprensa: manter o principal enfoque nos fatores

diferenciadores e nas ações/projetos de investigação promovidos e assentar toda a

comunicação nestes eixos estratégicos. Paralelamente, adaptar e divulgar, regularmente,

comunicados de imprensa sobre projetos, estudos, investimentos, notícias corporativas

e ações de responsabilidade social e ambiental;

Gestão de entrevistas/reportagens: consoante o tema, pode ser necessário propor

entrevistas/reportagens com os diferentes intervenientes. A Mediana assessora o porta-

voz na preparação e realização da ação;

Conferências de imprensa/pequenos-almoços/reuniões técnicas/mesas redondas:

determinados momentos podem justificar a organização deste tipo de ações, que

contribuem para aproximar a empresa de jornalistas importantes no setor;

Intervenções com jornalistas: para que a comunicação social possa escrever com

―conhecimento de causa‖, sugerimos que se contacte, sempre que se justifique, um

jornalista para acompanhar uma ação;

Comunicação de ações com públicos específicos como sejam prova de vinhos ou

lançamentos de produtos.

Sugestões de ações que podem permitir ―criar‖ notícia:

Torrié

Aposta em produtos que já se encontram no mercado, mas que se torne importante

destacar em determinadas alturas (Natal, Dia dos Namorados, Verão, Dia Internacional

do Café e outas datas marcantes). Por exemplo:

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o Ação com escola de hotelaria ou jovens cozinheiros - Confeção de menu

especial com café Torrié para o Dia dos Namorados (combinar sabores da

comida e/ou sobremesa de café);

Ação de charme com bloggers especializados, ligados a vinhos, gastronomia, e viagens

– envio de um produto específico para que possam testar/experimentar e escrever um

post sobre isso, uma vez que são conhecidos como trend settings;

Realização de workshops em áreas que são tendência e apetecíveis por cada vez mais

pessoas, como por exemplo, a gastronomia, o cultivo indoor, o exercício físico e o bem-

estar. Por exemplo: Como cultivar grãos de café em casa; Harmonizações do café com

chocolate ou especiarias; Como usar o café numa alimentação saudável (intervenção de

uma nutricionista);

Desafio lançado à comunidade escolar: concurso que avalie os trabalhos mais originais

realizados com grãos de café; potenciar esta iniciativa nas redes sociais e imprensa

especializada; apresentação no Dia da Criança;

Propostas para programas televisivos;

Visitas de públicos específicos à torrefação – crianças e jovens anónimos a apreciadores

de café mais conhecidos ou menos conhecidos…

Criação do clube de Café Torrié (criar grupo restrito que inclua jornalistas/bloggers e

outros públicos ligados às artes, por exemplo).

Vinhos Borges

Prova de vinhos para públicos específicos, por exemplo, bloggers. Estas iniciativas são

um excelente momento para a promoção de encontros com Comunicação Social;

Visitas personalizadas de jornalistas às instalações das Quintas dos vinhos Borges, para

acompanhar todo o processo de produção, por exemplo, no Dia da Agricultura;

Envio de garrafas de vinho personalizadas a jornalistas quer em datas festivas quer nos

seus próprios aniversários.

Apresentação de produtos em ambientes descontraídos, de leitura (Casa do Livro no

Porto ou Livraria da Baixa).

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5.Criação do clube vinhos Borges (criar grupo restrito que inclua jornalistas/bloggers e

outros públicos ligados às artes, por exemplo).

Associar o vinho à moda – edição limitada com uma garrafa ―vestida‖ por…

Outras:

Convites direcionados a figuras interessantes no panorama mediático como Miguel

Esteves Cardoso, por exemplo;

Patrocinar eventos com impacto mediático que se possam relacionar com vinho e

gastronomia, por exemplo, concertos e eventos desportivos à semelhança do Estoril

Open ou campeonatos de surf;

Entrevistas e Reportagens – mediante os temas definidos na agenda mediática, as

opções de divulgação poderão passar pelos contactos estabelecidos com determinados

meios de comunicação social. Para potenciar estes trabalhos será necessário ter alguns

dados que possam servir de foco de interesse (números, mercados, investimento) Por

exemplo, reportagem nas instalações da Torrié e/ou dos Vinhos Borges para o programa

Sucesso.pt ou Imagens de Marca;

Redes sociais – criação de página no Facebook para o grupo JMV para divulgação das

marcas, com o objetivo de aumentar o número de seguidores/likes na rede social –

Passatempos, ofertas (vales de desconto, chávenas grátis) – estas ações podem-se

realizar nas páginas de Facebook das próprias marcas após articulação com o grupo.

Atualização do site do grupo – Quem somos, História, Missão, Valores - e remodelação

do logótipo.

3. Metodologia

Com estes objetivos e públicos definidos, a estratégia de Assessoria Mediática passa por:

Formação de uma equipa de trabalho da Mediana para o projeto;

Definição do perfil do interlocutor;

Análise e diagnóstico da comunicação anterior;

Planificação detalhada da comunicação;

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Preparação de conteúdos sobre a empresa, as suas iniciativas, definindo timings e

objetivos para cada marca;

Abordagem a todos os segmentos de Media (imprensa, radio, televisões e meios online);

Gestão de crise.

O relacionamento entre a Mediana e o cliente tem como base um contacto contínuo e

regular, para que sejam detetados, atempadamente, conteúdos e oportunidades de

criação de notícia. Numa fase primordial seria importante definir estratégias distintas

para cada uma das marcas do grupo: a Torrié e os Vinhos Borges, tendo em conta a sua

especificidade e cadência. A Mediana disponibiliza um interlocutor para contacto

privilegiado. Todos os projetos de comunicação desenvolvidos são alvo de um relatório

de avaliação de resultados, quantitativa e qualitativamente.

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Anexo 4 – Relatórios

Troféu Milaneza – Campeonato Regional De Cruzeiros

1. Conceito

Nos dias 27 e 28 de setembro decorreu o Troféu Milaneza - Campeonato Regional de Cruzeiros,

no Porto de Leixões, para o qual a Mediana preparou e executou a estratégia de comunicação.

Esta regata é a mais importante do calendário regional de vela pesada do Norte e realiza-se,

interruptamente, desde 2003, em Leça da Palmeira.

Foi organizada pelo Clube de Vela Atlântico (CVA), que celebra, este ano, o 70º aniversário.

2. Mensagens Chave

Com o objetivo de dar a conhecer uma atividade desportiva ao maior número de pessoas, para

que tivessem a oportunidade de assistir ao Campeonato, assim como participar no evento, a

Mediana delineou a seguinte estratégia de comunicação:

Antecipação do evento através da participação da organização em programas televisivos,

onde detenham oportunidade de apresentar o programa desportivo associado a esta

atividade;

Aposta nos principais meios de comunicação nacionais e regionais, assim como

especializados de desporto (desde imprensa, aos meios online, televisão e rádio).

3. Metodologia

O trabalho desenvolvido pela Mediana no âmbito da divulgação do Troféu Milaneza –

Campeonato Regional de Cruzeiros 2014 envolveu três grandes fases:

Preparação da estratégia de comunicação/ divulgação

Numa fase inicial, realizou-se uma reunião com a organização para captação dos pontos de

interesse indispensáveis à comunicação. Assim, de forma a promover o evento junto dos

principais meios de comunicação social, foi importante encontrar um fator diferenciador nesta

edição. A nota de imprensa realçou a presença de Diogo Cayolla, atleta olímpico de renome e

campeão de ORC, e a mobilização de 200 pessoas ao Porto de Leixões.

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Redação de nota de imprensa e Follow up/ Contactos direcionados com a comunicação

social

Foram selecionados os meios de comunicação e os jornalistas mais adequados para o

cumprimento dos objetivos definidos.

Desta fase, resultaram trabalhos de antecipação, como é o caso de um programa de televisão

que realizou uma entrevista ao atleta Diogo Cayolla, atleta olímpico do CVA, e uma notícia de

rádio onde o programa desportivo foi apresentado.

Acompanhamento mediático do Troféu Milaneza – Campeonato Regional de Cruzeiros

A Mediana também focou a estratégia de comunicação no acompanhamento do Campeonato

durante os dois dias do evento.

- Redação de notas de imprensa de acompanhamento da prova para divulgação dos resultados;

- Acompanhamento de jornalistas no local.

4. Análise

O evento Troféu Milaneza – Campeonato Regional de Cruzeiros não teve um serviço de clipping

eletrónico contratado o que resultou num grande esforço por parte da Mediana para rastrear e

encontrar as notícias publicadas pelos diferentes meios de comunicação social.

Sem o serviço de clipping, por vezes, não é possível encontrar todas as divulgações e, para além

disso, não há um acesso certo aos media value, isto é, aos investimentos de cada publicação,

obrigando a Mediana a contabilizar valores aproximados.

Segue a listagem de notícias, reportagens e presenças em programas referentes ao Troféu

Milaneza – Campeonato Regional da Cruzeiros, com o respetivo valor aproximado de

investimento que cada peça jornalística representaria caso se tratasse de um formato

publicitário.

1. Porto Canal, Grandes Manhãs

- Dois dias antes do início do Troféu Milaneza – Campeonato Regional de Cruzeiros, Diogo

Cayolla, campeão europeu de ORC, marcou presença nas ―Grandes Manhãs‖ do Porto Canal,

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em representação do Clube Nacional de Vela para apresentar mais pormenores sobre o

programa da iniciativa e o arranque da mesma. Investimento: 1.453€

2. O Jogo

- Na quarta, dia 24 de setembro, o jornal ―O Jogo‖ publicou uma notícia de antecipação,

destacando a presença de Diogo Cayolla e de Tiago Morais, vencedor da última edição do

Campeonato. Este meio também noticiou os resultados finais da competição. Investimento:

1.493€

3. Rádio Nova

- A Rádio Nova, dia 26 de setembro, também realizou uma peça sobre o Troféu Milaneza –

Campeonato Regional de Cruzeiros, focando no programa desportivo da competição.

4. Facebook - Nysse Arruda Sailling

Nos dias 25 e 29 de setembro, o Troféu Milaneza - Campeonato Regional de Cruzeiros mereceu

destaque na página do Facebook de Nysse Arruda Sailling. Apesar de não se tratar de uma

publicação convencional, esta rede social é uma importante ferramenta para destacar e dar

notoriedade ao evento junto dos cibernautas.

5. Regiões TV

A Regiões TV realizou uma reportagem - 29 de setembro – onde entrevistou Nuno Amado,

diretor do CVA, Rui Amorim, Presidente da Milaneza e Tiago Morais, atleta que conquistou o

primeiro lugar na competição. Apesar de se tratar de um órgão de âmbito regional, este tipo de

peças ganha bastante visibilidade e destaque quando divulgadas nas plataformas sociais.

6. Outras publicações

- Beachcam, 29/09, 150 €

- Portal Aventuras, 29/09, 61€

- Local.pt, 29/09, 70€

- O Jogo, 28/09, 53€

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- Atletismo Magazine, 28/09, 53€

- Beachcam, 26/09, 154€

- Portal Aventuras, 25/09, 61€

- Atletismo Magazine, 25/09, 53€

- Local.pt, 25/09, 70€

- PT Radical, 24/09

- NewsLocker, 24/09

No total, as 17 notícias correspondem a um valor aproximado de 3.671€. De salientar que não

tivemos acesso ao investimento de todas as publicações.

Âmbito dos órgãos de Comunicação Social (OCS)

Tendo em conta o âmbito dos meios de comunicação social, podemos considerar que das 17

notícias, 8 foram publicadas em órgãos nacionais, 7 em especializados e 2 em regionais. No

geral, podemos considerar uma abordagem positiva uma vez que o evento foi, assim, divulgado

junto de dois públicos diferentes (o nicho interessado neste tipo de conteúdo desportivo e o

público geral).

Tipo dos órgãos de Comunicação Social (OCS)

O Trofeu Milaneza – Campeonato Regional de Cruzeiros foi divulgado na rádio com 1 notícia, 14

em versão online e 2 peças televisivas.

Tipo de notícias

O tipo de notícias publicadas reflete a importância que os meios de comunicação social atribuem

às divulgações do Troféu Milaneza – Campeonato Regional de Cruzeiros.

Podemos, assim, concluir que a maioria das notícias divulgadas são artigos (10) e breves (5).

Em terceiro lugar surge a entrevista, com uma ocorrência, e a reportagem da RTV.

5. Conclusão

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Com o trabalho de assessoria de imprensa levado a cabo pela Mediana foi possível que o evento

Troféu Milaneza – Campeonato Regional de Cruzeiros fosse comunicado nos meios de

comunicação social.

A comunicação antecipada proporcionou uma maior participação e adesão do público à

competição, tal como as divulgações finais contribuíram para uma maior notoriedade ao evento

e, consequentemente, ao Clube de Vela Náutica.

A estratégia de comunicação desenvolvida focou-se, assim, na divulgação antecipada do evento e

respetivos resultados, alimentando, constantemente, a comunicação social.

Importa referir que, por se tratar de uma atividade direcionada para um público muito específico,

a presença do atleta Diogo Cayolla no Porto Canal contribuiu significativamente para o sucesso

do evento, pois atingiu um público mais amplo e geral.

Avaliamos de forma positiva os resultados alcançados na comunicação do Troféu Milaneza –

Campeonato Regional de Cruzeiros.

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Anexo 5 - Dossiers de imprensa

Banema

História

A Banema – Madeiras e Derivados é uma empresa com vertente comercial no domínio da

distribuição de madeira e produtos derivados para a área da indústria de mobiliário, construção

e decoração de interiores.

As suas origens remontam aos anos 60 quando Mário Neves – fundador – perspetivou um

negócio no qual os derivados de madeira iriam passar a ser o principal produto substituto da

madeira maciça. Assim, foi criada a Neves & Carneiro, Lda. cuja atividade era o comércio de

painéis de madeira e derivados, atuando a partir de dois polos de distribuição a norte e sul do

país.

Com a contínua evolução e expansão da empresa, foi necessário alargar fronteiras e ganhar uma

maior projeção no mercado. Surge, assim, a Banema -

Madeiras de Rebordosa, Lda., com os sócios fundadores Mário Moreira das Neves, Joaquim

Neves e Helena Neves.

Mais tarde, com o aumento do peso e influência da empresa no mercado e, ainda, graças à

notoriedade que alcançara ao longo dos últimos anos, a empresa passou, em 2002, à sua

designação atual: Banema - Madeiras e Derivados, S.A.

Atualmente, a Banema conta com 52 colaboradores e um grupo de profissionais com uma vasta

experiência no mercado dos derivados de madeira, sendo reconhecida como uma empresa de

referência no setor.

Produtos

A escassez das madeiras tropicais e as restrições à importação para o mercado europeu têm

feito disparar o preço deste tipo de produto. Assim, a aposta passa pela substituição das

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madeiras exóticas por uma variedade de madeiras modificadas. A empresa trabalha com

diferentes produtos em diversificadas áreas:

1. Soluções Ecológicas (Madeiras Termo-modificadas)

A Banema foi a primeira empresa a trabalhar com as madeiras termo-modificadas no mercado

nacional, um produto cem por cento ecológico, proveniente das florestas sustentadas da Europa

do Norte. São utilizadas para revestimentos de paredes e fachadas, decks em jardins e

decoração de interiores.

A Banema trouxe para o mercado nacional a madeira ThermoWood®, uma marca registrada

pela Associação Internacional ThermoWood, e que garante que este tipo de produto é produzido

por empresas que apenas comercializam madeiras obtidas com recurso à ação do calor e sem

adição de produtos químicos, respeitando o ambiente. Graças à sua maior durabilidade contra

as intempéries, estes produtos são adequados para aplicações que envolvem condições

meteorológicas exigentes. A ThermoWood Associação Internacional foi fundada em 2000, com o

intuito de promover o uso de produtos ThermoWood®. Somente os membros da Associação

estão autorizados a usar a marca ThermoWood® e cooperar na promoção do controle de

qualidade. A Banema aderiu a esta causa e tem trabalhado ao longo dos anos com a Lunawood,

produtor e distribuidor finlandês de madeiras ThermoWood.

Neste segmento de madeiras modificadas, a Banema trabalha também com a Accoya®, a

solução para revestimento exterior, revestimento de fachadas e onde a estética, estabilidade

dimensional, durabilidade e valor de isolamento são fatores-chave. A versatilidade de Accoya®

faz com que este produto seja ideal para uso em estruturas residenciais, comerciais e

industriais.

Atualmente, a empresa é fornecedora exclusiva deste tipo de madeiras termicamente

modificadas para o mercado nacional, o que faz com que detenha uma quota de mercado de

cerca de 80%.

2. Soluções para Reabilitação urbana

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No âmbito da reabilitação urbana, a Banema trabalha com vigas lameladas, que são traves de

madeira com uma espessura pré-determinada, utilizadas em paredes, tetos e telhados.

Recentemente, a empresa lançou no mercado nacional uma nova marca líder na Europa – a

Moso – especializada no desenvolvimento de soluções inovadoras e onde são definidas as novas

tendências para a criação de produtos distintos feitos a partir de bambu. Com uma elevada

resistência e durabilidade, este produto é aplicado em pavimentos, revestimentos, portas, entre

outros.

3. Soluções de absorção acústica

A empresa trabalha com vários produtos que permitem soluções para isolamento acústico.

Destaca-se a coleção da marca Tectonique que se destina à montagem de tetos falsos, e ainda a

Oberflex, que comercializa folha de madeira, uma alternativa mais económica, que permite a

apresentação de soluções de elevada qualidade estética, muito utilizadas por designers e

arquitetos de todo o mundo.

Mercado/Áreas de distribuição

A Banema distribui para todo o país. No entanto, a maior área de distribuição centra-se na zona

do Tâmega, especialmente entre os municípios de Paredes e Paços e Ferreira, o grande cluster

do mobiliário. A sul, destaca-se a zona da Grande Lisboa.

Em desenvolvimento está o mercado da folha de madeira, a mais recente aposta da Banema,

que já comercializa há cerca de um ano este tipo de produto. A folha de madeira permite, com

economia de custos e recursos naturais, obter o mesmo efeito estético da utilização de madeira

maciça. É obtida através de toros de madeira por uma de duas operações: desenrolar ou

faquear. A recente inauguração de um espaço de armazém exclusivo para este produto tem

levado a um aumento significativo das vendas.

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Clientes

O esforço de vendas da Banema é desenvolvido maioritariamente em contexto nacional com

empresas ligadas à indústria do mobiliário, decoração, carpintarias, construção civil e ainda de

fabrico de calçado. A grande aposta da empresa passa para a distribuição de produtos para

reabilitação urbana, seja para património público ou privado.

Nos últimos anos, a empresa esteve envolvida em projetos que merecem ser destacados. Assim,

na área da Arquitetura e Construção podemos enumerar os seguintes:

Centro Escolar da Gafanha da Boa Hora – aplicação da madeira Lunawood (2013)

Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal - aplicação da madeira Lunawood (2013)

Piscinas de Penafiel - aplicação da madeira Kebony (2013)

Pavilhão Microsoft no Parque das Nações - aplicação da madeira Lunawood (2012)

Parque Urbano de S. Vicente - Madeira

Troia Resort (2008)

Alguns dos projetos foram distinguidos e premiados.

Posto de Turismo – Mealhada (em construção)

Centro Escolar de Mouriz, Paredes

Casa de Vale Bem, Almada

A BANEMA integra projetos de Decoração de interiores e Reabilitação urbana com os produtos

que comercializa, em áreas como a hotelaria, escritórios, lojas comerciais, edifícios públicos e

privados.

Cadeia de distribuição

A cadeia de distribuição da Banema inicia-se na escolha dos parceiros fornecedores nacionais e

estrangeiros. Os fornecedores são produtores, transformadores ou distribuidores internacionais

de madeiras e produtos de madeira ou seus derivados.

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Os produtos adquiridos aos fornecedores são colocados nos armazéns de Astromil (Paredes),

Camarate (Loures) e, no caso de folha de madeira, no armazém de Rebordosa (Paredes).

A Banema dispõe de uma força de vendas composta por 11 vendedores, dois gestores de

produto (um para a área da construção e decoração e outro para a folha de madeira) e um

consultor para a prescrição de produtos por gabinetes de arquitetura e decoração.

A força de vendas tem uma cobertura nacional apoiada por um backoffice e coordenada por um

diretor de vendas que, por sua vez, têm o apoio do departamento de marketing.

Para levar os produtos aos clientes, a Banema recorre a frota própria e, quando necessário, a

parceiros, tendo a capacidade para entregar diariamente produtos em obras ou em instalações

do cliente.

Economia

A empresa é líder de mercado no que diz respeito à distribuição de madeira e de produtos

derivados. Fruto das suas opções estratégicas, está neste momento a experienciar um

acréscimo de vendas consecutivo face a anos anteriores. Este crescimento é devido a um

conjunto de fatores como a estratégia adequada, a gestão sustentável, a aposta no marketing, o

serviço e inovação, a menor exposição ao risco, a segmentação de clientes com critérios de

dimensão e capacidade exportadora e o ligeiro crescimento de mercado.

Responsabilidade social e ambiental

A Banema foi uma das primeiras empresas portuguesas a ser certificada pela APCER com a

norma PEFC ST 2002, versão de 2013. Esta norma veio reforçar a sua responsabilidade social e

ambiental, enquanto empresa que se certifica que o produto que chega ao cliente não deriva de

exploração abusiva ou ilegal dos recursos naturais.

A certificação, obtida no início de 2014, permitiu uma comercialização de produtos certificados

PEFC e um reconhecimento que se espera contribuir para a notoriedade da empresa enquanto

distribuidora de referência no mercado.

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Para além disso, este carácter de responsabilidade social e ambiental tem levado a empresa a

participar em mesas redondas para expor o seu caso, o que tem contribuído para disseminar a

sua experiência e ganhar notoriedade.

Contactos

BANEMA - Madeiras e Derivados, S.A.

Porto

Rua de Santa Marinha, 511

Apartado 3,

4589-907 Rebordosa, Paredes

T: (+351) 224 157 370

TM: (351) 939 181 710 / 1

F: (351) 224 110 809

Email: [email protected]

GPS: 41º11´57"N 8º24´40"W

Coordenadas latitude e longitude

41.199167, -8.411111

Armazém de folha de madeira:

Rua de Santiago, 24-30-38 4585-513 Rebordosa, Paredes

Lisboa

Quinta dos Palmares, Lote 2

Zona Industrial dos Fetais

2680-159 Camarate, Loures

T: (+351) 210 495 650

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TM: (351) 936 917 894

F: (351) 210 495 659

Email: [email protected]

GPS: 38º48´2"N 9º8´21"W

Coordenadas latitude e longitude

38.800558, -9.139317

Link vídeo:

Site: http://www.banema.pt/index.php

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ENERGIE

Dossier de Imprensa ENERGIE

Breve História

A Energie, empresa de fabrico e comercialização de equipamentos de climatização, foi fundada

em 1986, na Póvoa do Varzim, com a designação Lar Bombas Sistemas Hidráulicos e Energia

Sol.

Inicialmente criada para responder a uma necessidade do mercado ao nível dos componentes

hidráulicos, mais tarde foi obrigada a repensar a sua estratégia, apostando no campo das

energias renováveis através do desenvolvimento de painéis solares termodinâmicos. Nasceu,

assim, a empresa sob a designação ―Energie‖, patenteada e registada mundialmente em 1990.

A plena aceitação dos painéis solares no mercado, dada a qualidade e forte rentabilidade, aliada

a preocupações ambientais, proporcionou à empresa uma expansão de relevo.

Em 2000, foi criado um Centro de Investigação e Desenvolvimento (I&D) que, através de estudos

e investigações, permite à ENERGIE uma rápida preparação e integração no processo industrial

e dos avanços científicos.

Em 2008, obteve o estatuto PME Líder, reforçando a sua posição e notoriedade no mercado.

Depois do aumento das instalações, foi inaugurada uma unidade industrial para produção de

bombas de calor e termoacumuladores, a mais recente aposta.

Com mais de 30 anos de experiência, a empresa tem mantido um forte compromisso com a

investigação e é hoje considerada uma referência em matéria tecnológica e líder no mercado das

energias renováveis.

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Área de negócio

A Energie, enquanto empresa de fabrico e comercialização de equipamentos de climatização,

tem ciente que as suas atividades devem oferecer ao público soluções que tenham por base a

redução de custos energéticos e garantir equipamentos de elevado rigor tecnológico e fiabilidade

que passam muitas vezes por soluções e necessidades de integração à nova construção,

reabilitação e, ainda, uma forte mudança de mentalidades à ecologia e sustentabilidade.

Linhas de Produção

A ENERGIE baseia o seu trabalho em quatro linhas de atuação e produção:

Soluções de Aquecimento de águas sanitárias para uso doméstico (painéis solares

termodinâmico e bombas). Soluções de alta eficiência destinadas ao setor residencial/familiar,

de forma a substituir a instalação dos tradicionais esquentadores a gás, cilindros elétricos,

caldeiras, entre outros.

Soluções de Aquecimento de águas sanitárias para uso industrial (ECO, sistema solar

termodinâmico). Destinados ao aquecimento de grandes volumes de água, muito utilizadas na

indústria, hotéis, ginásios, escolas, lavandarias, entre outros.

Soluções de Climatização (Blocos solares, sistema solar termodinâmico, bombas de calor). A

tecnologia ENERGIE proporciona elevadas poupanças na fatura energética, oferecendo uma

temperatura ambiente confortável.

Soluções de Climatização de Piscinas (Blocos solares, sistema solar termodinâmico). Permite a

climatização de piscinas familiares e outras de maiores dimensões, com reduzido custo

energético, garantindo as mais exigentes regras de conforto.

Produtos

A ENERGIE produz e comercializa Sistemas Solares Termodinâmicos e Bombas de Calor. Na sua

generalidade de gamas, apresenta uma capacidade de produção anual de doze mil unidades.

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Os Sistemas Solares Termodinâmicos têm diversas aplicações:

Águas quentes sanitárias (AQS)

Equipamentos para aquecimento de águas domésticas, indicados para habitações com três

a oito pessoas

Aquecimento Central

Os Blocos Solares são equipamentos para aquecimento central indicados para habitações,

hotéis, centros comerciais, indústrias e hospitais. O calor produzido por estes equipamentos

é dissipado através de convetores, radiadores, piso radiante, entre outros.

Climatizadores piscinas

Equipamentos que permitem aquecimento de piscinas (públicas e privadas).

Águas quentes de grandes volumes

Equipamentos de maiores dimensões, normalmente para instalação em hospitais, centros

comerciais, estádios de futebol, entre outros, que tenham necessidade de aquecimento de

águas de grandes volumes.

Bombas de calor (linha Aquapura):

Esta linha de produtos de bombas de calor divide-se em Aquapura Split e Monobloc, para águas

quentes sanitárias, e Aquapura Inverter e Evi, para aquecimento central. Estas bombas de calor

e termoacumuladores são a última novidade da empresa que tem uma de produção própria e

fabrica, aproximadamente, 25 bombas por dia.

Através do Centro de I&D, a empresa mantem-se atualizada e ajusta-se ao mercado, produzindo

bombas de calor cada vez mais económicas, para uso doméstico ou industrial. Estes

equipamentos foram criados para responder à procura do mercado nacional, e especialmente,

internacional, onde a utilização destes equipamentos é mais frequente e as normativas agitam o

interesse dos consumidores.

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Mercado/Áreas de distribuição

Os produtos da ENERGIE podem ser encontrados em 43 países de quatro continentes diferentes

– Europa, Ásia, África e América. Apesar da conjuntura económica desfavorável, a empresa tem

alcançado novos mercados através da presença em feiras internacionais, realização de missões

empresariais ou realização de estudos de prospeção de mercado.

Este ano a empresa conquistou mais quatro países: Holanda, Barbados, Suécia e India.

A estratégia de internacionalização tem revelado bons resultados apesar da conjuntura

económica internacional desfavorável. A ENERGIE traçou uma filosofia para a Europa enquanto

mercado interno, tirando partido da livre circulação de pessoas, mercadorias e capitais. Contudo,

e apesar da penetração e da notoriedade da marca em alguns países, o conservadorismo dos

mercados, o desconhecimento da marca por parte do público-alvo e um produto oriundo de um

país que só recentemente começou a exportar tecnologia, são desafios frequentes.

Já a entrada no continente americano deu à ENERGIE uma visão mais abrangente de mercados

cuja dimensão e crescimento económico põem em perspetiva um retorno dos investimentos a

curto ou médio prazo.

A ENERGIE compete no mercado nacional com marcas oriundas dos quatro cantos do mundo,

possuindo plataformas de distribuição ou revenda alavancadas por grupos económicos de

diferentes setores.

Clientes

Os clientes da ENERGIE são, sobretudo, nacionais. No ano de 2013, a empresa produziu e

distribuiu para cerca de 370 clientes nacionais e 56 internacionais, dos quais se destaca

Espanha, França, Reino Unido, Itália e Irlanda.

Em 2007, 60 por cento da produção era destinada para o mercado nacional e apenas 40 por

cento para o internacional. No entanto, estes números têm vindo a sofrer profundas alterações

uma vez que, em 2013, a empresa registou 17 por cento da produção para o mercado nacional

e 83 por cento para o internacional.

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Todos os clientes são empresas distribuidoras, agentes ou representantes uma vez que a

ENERGIE não faz venda direta.

Economia

Apesar da quebra de crescimento em 2013, a empresa apresenta indicadores de desempenho

económico elevados.

Devido às exigências do mercado, a empresa sentiu necessidade de reestruturar a sua estratégia

de negócios. O investimento na inovação, através da criação de um polo de I&D e o

desenvolvimento de novas soluções de climatização – bombas de calor – juntamente com o

aumento das instalações, permitiu a criação de uma linha de produção própria.

A ENERGIE tem vindo a investir no processo de internacionalização com mais de 315 mil euros

de investimento, registados em 2013. Esta aposta prende-se pela necessidade de aumentar o

volume de negócios e expandir a tecnologia de ponta 100% portuguesa.

Responsabilidade social e ambiental

Com as soluções da ENERGIE é possível reduzir as emissões de dióxido de carbono em

habitações, ajudando desta forma, a preservar o meio ambiente por várias gerações vindouras.

Através do desenvolvimento de tecnologias inovadoras e processos eficazes, a ENERGIE produz

soluções necessárias para enfrentar os desafios do futuro, tornando dessa forma o planeta

economicamente mais estável, através de um integral aproveitamento dos recursos naturais.

Um investimento num sistema solar termodinâmico vai assegurar que os proprietários das

habitações retirem benefícios deste tipo de energia limpa e gratuita durante imensos anos,

independentemente das variações de preços dos combustíveis fósseis.

Projetos futuros

A ENERGIE pretende consolidar os mercados já conquistados e alargar a sua influência no

continente americano, através de uma maior adaptação dos produtos às exigências dos

consumidores e de uma maior proximidade.

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Tem ainda como objetivo continuar a desenvolver projetos no Centro de I&D, especialmente

através de protocolos com universidades e centros de investigação nacionais e internacionais, de

forma a manter vantagens técnicas face aos restantes produtos existentes no sector.

Contactos

Zona Industrial de Laúndos, Lote 48 4570-311 Laúndos - Póvoa de Varzim, Portugal

Coordenadas GPS: N 41 27.215‘ , W 8 43.669‘

Telefone: 252 600 230

Fax: 252 600 239

E-mail geral: [email protected]

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Anexo 6 – Comunicados de imprensa

6.1 Quinta da Boeira

BOEIRA Portugal in a bottle está inserido numa iniciativa de inovação turística com orçamento de

38 milhões de euros e vai criar cerca de 200 postos de trabalho

Projeto pioneiro coloca "Portugal numa Garrafa"

Apresentação quinta-feira, 30 de maio, pelas 11h30, na Quinta da Boeira, em Gaia, com a

presença do presidente da Câmara Municipal, Luís Filipe Menezes

Num projeto inédito no país, cujo ex-libris será uma Garrafa em fibra de vidro com

32 metros de comprimento e 9,5 metros de diâmetro, estarão representadas as

diferentes valências culturais de Portugal, promovendo o melhor dos Vinhos,

Gastronomia, Artesanato, Música e Dança, no âmbito das tradições e costumes

portugueses. O projeto BOEIRA Portugal in a bottle, promovido pela Quinta da

Boeira - Arte e Cultura, está inserido num investimento de Inovação Turística, no

total de cerca de 38 de milhões de Euros, planeado em cinco fases, com início no

ano de 1999 e conclusão prevista para 2015.

A terceira fase deste investimento, o BOEIRA Portugal in a bottle, corresponde a um orçamento

de cerca de um milhão de euros, cofinanciados pelo QREN e pretende oferecer uma alternativa

turística em Portugal, sem concorrência em território luso.

Ao todo, este projeto vai criar 100 postos de trabalho diretos e outros tantos indiretos. A

inauguração está prevista para o mês de julho.

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A apresentação do "BOEIRA Portugal in a bottle", conduzida por um dos acionistas da Quinta da

Boeira – Arte e Cultura, Albino Jorge, vai ter lugar na próxima quinta-feira, 30 de maio, pelas

11h30, na Quinta da Boeira, em Vila Nova de Gaia, e vai contar com a presença do presidente

da câmara da cidade, Luís Filipe Menezes.

Após a apresentação, será feita uma visita guiada aos jardins da propriedade, passando pela

zona do Mercado, com as 60 lojas de Vinhos, Gastronomia e Artesanato, Restaurante, Bar, Zona

de Espetáculos e pela área de implementação da Garrafa.

Para além de Albino Jorge e do presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, a cerimónia

conta ainda com a presença dos Presidentes da Entidade do Turismo do Porto e Norte e da

CCDRN.

A visita guiada à zona de implementação do projeto é seguida de um almoço com harmonização

de Pratos e Vinhos Portugueses.

Solicita-se confirmação para o almoço até 28 de maio.

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Concurso decorre em maio no âmbito do BOEIRA Portugal in a bottle

Berlin Wine Trophy na maior garrafa do mundo

A Quinta da Boeira, em Vila Nova de Gaia, vai receber na maior garrafa do mundo,

que está em fase de conclusão e que é o ex-libris do projeto BOEIRA Portugal in a

bottle, o Berlin Wine Trophy. Trata-se de um dos mais importantes concursos de

vinhos a nível mundial sob o patronato da OIV - Organização Internacional da Vinha

e do Vinho. O certame vai acontecer pela primeira vez em Portugal de 29 de maio a

01 de junho com a designação de Portugal Wine Trophy e será apresentado à

imprensa no dia 2 de abril, às 11h30, na Quinta da Boeira, pelo presidente do

Berlin Wine Trophy, Peter Anthony. Nesta apresentação será anunciado o

presidente do Portugal Wine Trophy.

Chan Jun, representante do presidente do Daejon Wine Trophy, que teve lugar em 2013 na

Coreia do Sul, o presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, e o

presidente, a anunciar, do Portugal Wine Trophy, marcam também presença neste encontro com

a imprensa. Albino Jorge, representante da Quinta de Boeira, organização em Portugal do troféu,

conduzirá os discursos. Nesta apresentação, os jornalistas interessados poderão deixar a sua

candidatura para fazer parte do júri do troféu.

O Berlin Wine Trophy tem vindo a ganhar cada vez mais notoriedade. O concurso realiza-se em

Berlim duas vezes por ano e conta com milhares de vinhos e centenas de especialistas da área,

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assim como de empresas e produtores de vinho. Na última edição, em fevereiro de 2014, 150

júris internacionais provaram e avaliaram os vinhos em concurso.

Seguindo o caminho desta iniciativa na Alemanha, o Portugal Wine Trophy, a decorrer na Quinta

da Boeira em parceria com a organização alemã, pretende, de acordo com os promotores, trazer

a Portugal especialistas internacionais, diretores de compras de grandes cadeias internacionais,

jornalistas e apreciadores de vinho de todo o mundo.

Em torno da garrafa em fibra de vidro com 32 metros de comprimento e 9,5 metros de diâmetro

onde vai decorrer o concurso, o projeto BOEIRA Portugal in a bottle integra diversas lojas de

vinhos, artesanato e gastronomia, bar restaurante e uma agenda cultural preenchida, entre maio

e setembro.

Programa da apresentação à imprensa | 02 de abril:

11h30 – Apresentação do Portugal Wine Trophy

Apresentação do presidente do Portugal Wine Trophy

12h00 – Passagem na maior garrafa do mundo, em fase de conclusão, na Quinta da Boeira

12h30 – Almoço no restaurante da Quinta da Boeira

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6.2 Campeonato Nacional de Vela SB 20

Campeonato conta com uma atleta portuguesa apurada para os Jogos Olímpicos da Juventude

Nanjing, China 2014

Nacional de Vela SB20 pela primeira vez no Norte

The Style Outlets - Campeonato Nacional de Vela SB20, 11, 12 e 13 de julho, em Leça da

Palmeira, no porto de Leixões

Depois de Cascais e Vilamoura, é a vez de Leixões receber pela primeira vez o

Campeonato Nacional de Vela SB20. Organizada pelo Clube de Vela Atlântico

(CVA), esta 10ª edição designa-se The Style Outlets - Campeonato Nacional de Vela

SB20 e acontece nos dias 11, 12 e 13 de julho, contando com a participação de

velejadores nacionais e internacionais. São esperados para esta competição cerca

de 60 velejadores, em 15 veleiros. Durante estes três dias, vão estar na água mais

de 200 pessoas. Entre os participantes está Mafalda Pires de Lima, de 16 anos,

uma atleta portuguesa apurada para os Jogos Olímpicos da Juventude Nanjing,

China 2014. Joaquim Moreira e Tiago Roquette, que já foram campeões nacionais,

e Diogo Cayolla, com três participações olímpicas, também vão disputar a

competição. A iniciativa conta com o apoio da Federação Portuguesa de Vela e a

Associação Portuguesa da Classe.

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O diretor do Clube de Vela Atlântico, Nuno Amado, considera que ―o CVA está a fazer um grande

esforço para que este campeonato seja um sucesso, tanto na água como em terra, onde

estamos a preparar um programa social com muitas atividades‖.

Também José Camelo, responsável pela Classe SB20, garante que o nível competitivo vai ser

muito interessante. ―A primeira grande prova no Norte é uma grande aposta para que a Classe

ganhe dinamismo nesta zona do país. Leixões é um excelente local para a prática de vela, tem

um campo de regatas muito favorável, onde é quase sempre possível realizar provas,

independentemente da força e da direção do vento‖, conclui.

Associado ao campeonato existe um completo programa social com destaque para a

comemoração do 70º aniversário do Clube de Vela Atlântico, com a festa ―All Aboard powered by

Porsche Porto | Braga‖, no dia 12 de julho. Após o jantar, antigos presidentes do Clube e sócios

serão homenageados numa gala apresentada por Vera Deus e pelo Presidente da Assembleia do

Clube, Miguel Lopes Cardoso.

Integrado ainda neste fim de semana dedicado à vela, decorre no dia 13 de julho, domingo, a

primeira edição da regata All Aboard Cup powered by Porsche para as Classes Cruzeiros, ORC e

Open que incluem os Dragões e os Platu25.

O campeonato tem o apoio do The Style Outlets, o primeiro outlet do Norte de Portugal,

galardoado em 2006 com prémio ―Melhor outlet da Europa 2005‖ e integrado no segundo

maior operador de outlets da Europa – NEINVER - que centra a sua atividade nas áreas de

desenvolvimento, gestão de ativos e gestão de fundos.

Programa Desportivo Dia 11 – Largada Regata do dia: 14h00 Dia 12 – Largada Regata do dia: 13h00 Dia 13 – Largada Regata do dia: 14h00

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@Ricardo Pinto

João Paulo Ramada segue na frente

Nacional de Vela SB20 já mexe em Leixões

The Style Outlets - Campeonato Nacional de Vela SB20 arrancou hoje

Num dia com condições climatéricas muito favoráveis à prática de vela, 13 veleiros,

43 velejadores e 14 membros da comissão de regata estiveram nas águas do porto

de Leixões (Leça da Palmeira) para o primeiro dia do The Style Outlets -

Campeonato Nacional de Vela SB20. Na frente do campeonato está José Paulo

Ramada com um score de três pontos. O velejador do Clube Dom Pedro ficou na

segunda posição na primeira prova e conquistou o primeiro lugar na segunda

regata. Vasco Serpa segue em segundo lugar, com um score de cinco pontos, e o

terceiro posto pertence a Tiago Roquete, com sete pontos.

Para amanhã estão previstas mais três regatas, com condições ainda mais favoráveis, mais calor

e vento. A largada da primeira regata está marcada para as 13h00. Em competição continuam

Vasco Serpa, José Paulo Ramada, Luis Santos, Tiago Roquete, Rob Clark, Paulo Palha, Diogo

Pereira, Pedro Ambrósio, José Camelo, André Gray, Diogo Talone, José Bello e Sofia Regojo.

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Organizado pelo Clube de Vela Atlântico (CVA), esta é 10ª edição do Campeonato Nacional de

Vela SB20 e realiza-se até dia 13 de julho, contando com a participação de velejadores nacionais

e internacionais.

Integrado ainda neste fim de semana dedicado à vela, decorre no dia 13 de julho, domingo, a

primeira edição da regata All Aboard Cup powered by Porsche para as Classes Cruzeiros, ORC e

Open que incluem os Dragões e os Platu25.

O campeonato tem o apoio do The Style Outlets, o primeiro outlet do Norte de Portugal,

galardoado em 2006 com prémio ―Melhor outlet da Europa 2005‖ e integrado no segundo

maior operador de outlets da Europa – NEINVER - que centra a sua atividade nas áreas de

desenvolvimento, gestão de ativos e gestão de fundos.

Programa Desportivo Dia 12 – Largada Regata do dia: 13h00 Dia 13 – Largada Regata do dia: 14h00

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@Ricardo Pinto

José Paulo Ramada mantém liderança

Final do The Style Outlets - Campeonato Nacional de Vela SB20 disputa-se amanhã

Vasco Serpa continua em segundo lugar, com 10 pontos, e a terceira posição pertence agora a

Luís Santos, que fez 19 pontos

Após o segundo dia do The Style Outlets - Campeonato Nacional de Vela SB20, no

qual se realizaram três regatas, José Paulo Ramada, do Clube Dom Pedro, continua

na linha da frente com 8 pontos. O velejador ficou na terceira posição na terceira

regata – primeira de hoje – e venceu as quarta e quinta regatas. Vasco Serpa

continua em segundo lugar, com dez pontos, e a terceira posição pertence agora a

Luís Santos que fez 19 pontos. Amanhã disputa-se a final da competição da Classe

SB20 com mais duas regatas. A largada está marcada para as 12h00.

No último dia do The Style Outlets - Campeonato Nacional de Vela SB20, realiza-se também a

primeira edição da All Aboard Cup powered by Porsche para as Classes Cruzeiro. A regata tem

início às 13h00.

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Organizado pelo Clube de Vela Atlântico (CVA), esta é 10ª edição do Campeonato Nacional de

Vela SB20 e conta com a participação de velejadores nacionais e internacionais.

O campeonato tem o apoio do The Style Outlets, o primeiro outlet do Norte de Portugal,

galardoado em 2006 com prémio ―Melhor outlet da Europa 2005‖ e integrado no segundo

maior operador de outlets da Europa – NEINVER - que centra a sua atividade nas áreas de

desenvolvimento, gestão de ativos e gestão de fundos.

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6.3 Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP)

Nova metodologia aumenta eficácia da manutenção dos edifícios

Estudante do ISEP reduz custos de manutenção no Estádio do Dragão

A gestão de edifícios, também conhecida por Facility Management (FM), assume

uma importância significativa para as organizações. Depois de construídos, os

imóveis obrigam a uma manutenção periódica para avaliação do estado e eficácia

das instalações, reunindo todas as características e informações relevantes para

melhorar a eficácia das suas atividades. No entanto, esta prática encontra-se

associada a elevados custos e não pode ser realizada de forma improvisada ou

casual. Foi neste sentido que Nuno Ribeiro, mestrando em Engenharia Civil do ISEP,

desenvolveu uma metodologia que pretende contribuir para um aumento da

eficiência energética e planeamento a longo prazo da manutenção dos edifícios,

reduzindo, deste modo, os custos operacionais. O projeto, realizado pelo aluno no

âmbito de um estágio na PortoEstádio, foi aplicado ao Estádio do Dragão, no Porto,

e permitiu uma análise e otimização do plano de manutenção das instalações

desportivas.

O Facility Management (FM) tem como principal função registar e analisar os custos

operacionais e de construção dos edifícios, contribuindo para uma maior eficácia e redução dos

valores de manutenção. De acordo com os resultados de alguns estudos, a distribuição de

custos ao longo do ciclo de vida dos edifícios mostra, em média, que 75 por cento dos custos

encontram-se associados à fase de exploração e manutenção.

Assim, Nuno Ribeiro, de Engenharia Civil do ISEP, especializado em gestão da construção, criou

um sistema para fomentar a eficiência e o planeamento a longo prazo da gestão de instalações e

edifícios, diminuindo, deste modo, os custos associados a estas operações.

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A nova metodologia foi aplicada ao Estádio do Dragão onde, através de um conjunto de

parâmetros, como por exemplo, a caracterização do estado e aptidão física de diversos

elementos do edifício, foi possível analisar o desempenho do atual sistema de gestão das

instalações desportivas do clube. O estudante desenvolveu, assim, um plano de investimento

para um período de 25 anos que promete reduzir os custos de manutenção do estádio.

José Pinto de Faria, orientador da investigação, realça as oportunidades que o mestrado em

Engenharia Civil tem proporcionado aos alunos, nomeadamente com a realização de trabalhos

reais junto de organizações reputadas.

O ISEP pretende continuar a colaborar com estas organizações nas suas áreas de

especialização, apostando numa componente bastante prática junto dos alunos.

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―Matemática, por onde andas?‖ arranca no ISEP na primeira semana de aulas

Matemática nas boas-vindas aos futuros engenheiros

Matemática e engenharia são indissociáveis. Por isso, transformar a aprendizagem

da matemática numa experiência aliciante e inovadora são os desafios lançados

pelo projeto “Matemática, por onde andas?”. É assim que o Instituto Superior de

Engenharia do Porto (ISEP) se propõe a contribuir para a motivação e o sucesso

escolar junto dos novos alunos, mostrando a utilidade do estudo da matemática

num curso de engenharia. É com a união do conhecimento científico e da lógica de

raciocínio que estes novos alunos se transformarão em engenheiros. Os estudantes

recém-chegados terão a oportunidade de relembrar alguns conceitos matemáticos

e, com a ajuda da tecnologia, aplicá-los em projetos de engenharia em áreas como

a robótica e a electrónica.

―Matemática, por onde andas?‖ quer fomentar junto dos alunos do primeiro ano uma atitude

positiva relativamente à disciplina e mostrar que é uma matéria transversal a todas as unidades

curriculares dos cursos.

A iniciativa pretende ainda reforçar a interação entre a escola e o mundo real, contribuindo para

o sucesso escolar dos jovens e, futuramente, para o êxito nas suas carreiras profissionais e vidas

pessoais.

Os estudantes vão trabalhar em equipa, fomentando o espirito de entreajuda e troca de ideias,

essenciais para a resolução dos problemas que vão ser propostos ao longo das sessões.

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Os conhecimentos matemáticos adquiridos serão fundamentais e podem ser aplicados nos

cursos de Engenharia de Sistemas, Engenharia Eletrónica e de Computadores e Engenharia

Eletrotécnica - Sistemas Elétricos de Energia.

Apesar de se dirigir aos alunos do primeiro ano, o projeto está aberto a todos os interessados em

participar.

As sessões que arrancam no início do ano letivo serão lideradas por uma equipa de docentes do

Departamento de Matemática do ISEP.

―Matemática, por onde andas?‖ está incluída no projeto ―Matemática Fora de Portas‖, criado em

2012, que tem como principal objetivo aproximar a matemática ensinada numa sala de aula e a

matemática aplicada à vida real.

Até agora foram registados cerca de 1600 alunos envolvidos no programa.

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Projeto do ISEP visa gerar valor para as empresas e estimular consumo de ácidos gordos

Estudo pretende reaproveitar resíduos líquidos da indústria conserveira para outros

alimentos

A ingestão de ácidos gordos ricos em ómega 3 está associada a uma baixa

prevalência de doenças cardiovasculares. Foi neste sentido que uma investigadora

do ISEP desenvolveu um projeto para estudar se os resíduos líquidos da indústria

conserveira de peixe, ricos em ómega 3, podem ser reaproveitados e

implementados noutros alimentos para colmatar o reduzido consumo semanal de

peixe gordo. O principal objetivo é a transformação destes resíduos em matéria

valiosa e com retorno para as empresas. Para além disso, através da extração do

ómega 3 dos resíduos, é possível reduzir a carga de tratamento das águas,

direcionadas diretamente para as ETARs, e ainda a poluição nos esgotos. Apesar de

já existir investigações no sentido de valorizar os resíduos sólidos, normalmente

utilizados para a produção de rações animais, essa linha de valorização aplicada

aos resíduos líquidos ainda é praticamente inexistente. Até agora, estão a ser feitos

vários testes de forma a perceber se o procedimento é prático e compensador para

as indústrias conserveiras.

A crescente procura de ómega 3 para utilização na indústria tem levado a uma maior valorização

dos resíduos, nomeadamente na área agroalimentar. O projeto pretende disponibilizar

alternativas para quem deseja manter os níveis adequados de ómega 3 mas não quer consumir

peixe. A solução consiste em introduzir ómega 3 em vários produtos alimentares, incluindo pão,

biscoitos, ovos, iogurtes, sumos, leite e alimentos pré-cozinhados.

Através da recuperação dos ácidos gordos das águas de cozedura do processamento de

sardinhas, é ainda possível reduzir a carga orgânica descarregada no esgoto, tornando-o menos

poluente. Deste modo, resíduos sem valor são transformados em recursos com retorno

financeiro para as empresas.

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O estudo centra-se numa das linhas de investigação do Grupo de Reações e Análises Químicas

(GRAQ) do ISEP que tem gerado bastante interesse junto das empresas, tendo em conta a sua

importância no campo financeiro. A equipa que lidera as investigações já conta com experiência

no tema e encontra-se atualmente a trabalhar em conjunto com a empresa La Gondola, que

fornece a matéria-prima.

O estudo encontra-se numa fase inicial mas os primeiros resultados estão previstos para

outubro.

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Estudo do ISEP comprova que Metrologia é essencial na medição da temperatura corporal e que

pode ter impacto no doente

Calibração dos termómetros tem implicações na saúde

A metrologia, ciência das medições, tem um grande impacto na segurança e

qualidade de vida dos doentes. É esta a conclusão de um estudo levado a cabo por

uma aluna do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) que constatou que

muitos equipamentos clínicos, mais concretamente os termómetros timpânicos, não

são avaliados metrologicamente. Tendo em conta que estes aparelhos são os mais

utilizados na determinação da temperatura corporal em Portugal, os equipamentos

devem estar perfeitamente calibrados e mensurados para funcionarem

corretamente. Segundo a investigadora, Sandra Castro, através deste controlo é

possível uma maior exatidão e precisão dos resultados, garantindo a fiabilidade nos

sistemas de qualidade das organizações de saúde.

No âmbito do mestrado em Engenharia de Instrumentação e Metrologia do ISEP, a aluna Sandra

Castro desenvolveu um projeto intitulado ―Estudo de Campo de Verificação Metrológica de

Termómetros Clínicos Timpânicos‖, em parceria com o Departamento de Metrologia do Hospital

de S. João, onde conseguiu comprovar a importância dos procedimentos de medição

metrológica como garante de qualidade dos resultados e decisões clínicas das várias unidades

de saúde, pegando numa amostra de 300 aparelhos.

Através da uniformização e calibração dos equipamentos clínicos de medição digitais é possível

garantir que os valores dos termómetros timpânicos correspondem à temperatura efetiva do

doente. Estes procedimentos são indispensáveis, uma vez que a ausência de aplicação da

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normalização pode, futuramente, gerar descrédito nos sistemas de qualidade das organizações

de saúde. Para além disso, um diagnóstico baseado em aparelhos não calibrados tem custos.

A metrologia é uma base fundamental para a competitividade das empresas que, através da

realização de ensaios e calibração dos instrumentos de medição, garantem um maior rigor e

exatidão nos seus produtos e serviços.

O ISEP é a única instituição de ensino que oferece formação área da Metrologia no país, com a

Licenciatura e Mestrado em Engenharia de Instrumentação e Metrologia. Segundo fonte da

DGES (Direção Geral de Ensino Superior) esta licenciatura tem uma forte aceitação no mercado,

apresentando uma taxa de empregabilidade de cerca de 100 por cento.

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Os prémios foram entregues na 19ª edição do Prémio REN

Investigadores do ISEP distinguidos pelo contributo na liberalização dos mercados e

redes de energia elétrica

Numa altura em que os mercados energéticos enfrentam novos desafios, é cada vez

mais importante apostar na investigação e no desenvolvimento do setor. O Instituto

Superior de Engenharia do Porto (ISEP) volta a estar na vanguarda com a distinção

de dois alunos no Prémio REN 2014 - Redes Energéticas Nacionais, que escolhe,

anualmente, as melhores teses de mestrado de áreas relacionadas com a energia.

Nesta 19ª edição, os grandes vencedores foram Tiago Soares e Luís Gomes, do

Centro de Investigação e Desenvolvimento do Politécnico do Porto, reconhecidos,

respetivamente, com o primeiro e o terceiro lugar. Os trabalhos pretendem

contribuir para a liberalização das energias renováveis nos mercados e reduzir a

fatura associada às operações de distribuição e produção de energia elétrica. A

cerimónia decorreu dia 2 de outubro na Fundação Champalimoud, em Lisboa.

Tiago Soares e Luís Gomes foram galardoados com o primeiro e o terceiro prémio no Prémio

REN 2014 que premeia os trabalhos realizados no âmbito das redes e dos sistemas elétricos de

energia e gás natural.

O estudo ―Electricity Markets Modeling Considering Complex Contracts and Aggregators‖ de

Tiago Soares, mestre em Engenharia Eletrotécnica - Sistemas Elétricos de Energia, aborda os

desafios da liberalização dos mercados de energia elétrica e propõe soluções para encontrar

ofertas de energia capazes de garantir soluções viáveis em mercados onde existam restrições

técnicas nas redes de transmissão.

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Segundo o investigador, a introdução das energias renováveis é um problema com o qual os

mercados ainda não sabem lidar. Assim, com a tese pretende ―desenvolver e melhorar a

eficiência dos mercados, tanto a nível económico como operacional‖.

Atualmente, Tiago encontra-se a concluir o doutoramento na Universidade Técnica da Dinamarca

e trabalha com o operador de sistema elétrico do país, onde o mercado ―é mais amplo e mais

recetivo a novas ideias‖, comparativamente a Portugal.

Já o trabalho Luís Gomes, mestre em Engenharia Informática, quer contribuir para a diminuição

da fatura energética dos consumidores, possibilitando a redução de custos associados à

operação da rede de distribuição e à produção de energia elétrica.

Para Zita Vale, professora e orientadora dos dois projetos, esta distinção é ―uma motivação extra

para que se atinja a excelência no trabalho desenvolvido pelos alunos‖.

Também Emílio Vilar, presidente da REN, considera estes trabalhos fundamentais para a

―articulação entre o mundo do ensino e a realidade empresarial‖, dinamizando a postura de

Portugal perante a evolução dos mercados internacionais.

O prémio REN, considerado o mais antigo galardão científico em Portugal, destaca, desde 1995,

os melhores estudos das áreas da engenharia, economia, matemática, física, química, sistemas

de informação e computação. A edição de 2014 foi a mais concorrida, com mais de 50 teses.

Ao primeiro lugar foi atribuído um prémio de 12.500 euros e, ao terceiro, 3.500 euros.

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6.4 Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO)

IPO Porto e Lisboa lançam campanha para angariar novos dadores

O IPO-Porto e o IPO-Lisboa uniram-se para uma campanha de recolha de sangue que

tem como lema «Por uma vida com mais sentido». Durante uma semana, de 14 a 19

de Julho, os institutos pretendem bater o recorde da semana com mais doações em

2013.

Para a acção foi desenvolvido o software «Conta-Gotas» que vai estar num ecrã no serviço de

dadores dos Institutos. O que é visível é uma gota que vai enchendo conforme as colheitas de

sangue vão ocorrendo. O objectivo é passar a linha traçada representativa dos valores da melhor

semana de 2013. Aumentar as dádivas de sangue e captar novos dadores são os dois grandes

objectivos.

A iniciativa vai ser promovida nas redes sociais e no Metro do Porto. No site criado para esta

acção (www.hojesalveiumavida.com) vai estar disponível toda a informação.

No IPO-Porto, a recolha decorre de segunda a sexta entre as 8:30 e as 19:00 e no sábado das

8:30 às 12:30. No IPO-Lisboa, de segunda a sexta-feira entre as 9:00 e as 16:00 e no sábado

das 9:00 às 11:00.

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A ação ultrapassou as 300 colheitas de sangue

Campanha de recolha de sangue IPO do Porto e Lisboa bate recorde da semana

com mais doações de 2013

14 a 19 de julho nos IPO do Porto e Lisboa

A campanha de recolha de sangue que está a decorrer no IPO-Porto e IPO-Lisboa

ultrapassou as 300 doações, batendo o recorde dos valores registados na melhor

semana de 2013. Os Institutos pretendem registar mais colheitas e sensibilizar os

cidadãos para a importância de doar sangue. A iniciativa “Por uma vida com mais

sentido” está disponível até 19 de julho. No site criado para a campanha

(www.hojesalveiumavida.com) pode ser consultada toda a informação.

No IPO-Porto, a recolha decorre de segunda a sexta entre as 8h30 e as 19h00 e no sábado das

8h30 às 12h30. No IPO-Lisboa, de segunda a sexta entre as 9h00 e as 16h00 e no sábado das

9h00 às 11h00.

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148

6.5 Outros redigidos

Colégio Luso Internacional Do Porto (CliP)

Artes e Criatividade de alunos promovida na festa de arte contemporânea de Miguel Bombarda

Iniciativa decorre a partir do próximo sábado, 20 de setembro, no Porto

Educar os alunos com sensibilidade artística e promover a criatividade é crucial

para uma carreira de sucesso. É com esta visão que o CLIP - Colégio Luso

Internacional do Porto está a organizar a segunda edição do “Beyond Creativity”,

projeto que visa divulgar e fomentar as manifestações artísticas dos alunos. Este

ano, a iniciativa decorre no evento “Inaugurações Simultâneas” das galerias Miguel

Bombarda, no Porto, onde os estudantes vão ter a oportunidade de expor os seus

trabalhos e brindar os portuenses com várias atividades e performances criativas. A

galeria do CLIP é inaugurada no próximo sábado, dia 20 de setembro, às 16h00, e

poderá ser visitada todos os sábados na Rua Miguel Bombarda, 295, até 11 de

outubro.

O CLIP vai marcar presença na festa de arte do Circuito Cultural Miguel Bombarda já no próximo

fim de semana. A segunda edição do ―Beyond Creativity‖ vai expor os diversos trabalhos dos

alunos numa galeria aberta ao público todos os sábados.

A galeria vai ainda ser palco de vários concertos de alunos e professores, dia 20 de setembro, e

dia 27, de uma aula de pintura dos estudantes da Upper School ao vivo, bem como de uma

performance musical de Dinis Lecomte, violoncelista e antigo aluno do colégio. Ao final da tarde,

os visitantes são convidados a assistir a uma sessão de poesia. No último sábado, 11 de

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outubro, é a vez da autora Adélia Carvalho dinamizar a galeria com uma sessão de leitura, entre

outras atividades.

Esta iniciativa insere-se no projeto educativo do colégio, o qual considera ―The Arts‖, como

determinantes no percurso formativo dos alunos.

Vários estudos confirmam que a arte e a criatividade na educação dos jovens conduzem a

melhores resultados, tanto a nível académico como profissional, pelo que o CLIP tem vindo a

apostar nesta vertente, potenciando os interesses e aptidões artísticas dos seus alunos.

A presença dos ALUMNI (ex alunos) na galeria, no dia 4 de Outubro, será testemunho vivo do

seu sucesso pessoal e do projecto pedagógico do CLIP.

―Beyond Creativity‖ vai estar nas ―Inaugurações Simultâneas‖ de Miguel Bombarda, evento que

decorre várias vezes durante o ano e no qual as galerias e os espaços comerciais se renovam e

apresentam novas exposições e coleções.

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GARRAFEIRA WINE O’CLOCK

Vários vinhos brancos disponíveis para prova

Prova para descobrir o vinho intruso na Wine o’clock

30 de julho, em Lisboa, e dia 31 de julho, em Matosinhos

Fechar os olhos para encontrar o vinho intruso é o objetivo da Wine o’Clock em

mais uma prova. A garrafeira vai realizar uma prova cega de vinhos brancos na

próxima quarta-feira, 30 de julho, em Lisboa e quinta-feira, 31 de julho, em

Matosinhos, às XX horas. Vão estar disponíveis vários vinhos Sauvignon e

Alvarinhos misturados com um intruso, de casta diferente, a ser descoberto pelos

clientes.

Cono Sur, Silverlake, Quinta do Pinto, Villa Maria, Esk Valley são exemplos de alguns dos vinhos

Sauvignon Blanc. Da Austrália, Chile, Nova Zelândia e Portugal, estes vinhos, de colheitas entre

2007 a 2013, vão merecer destaque na prova da Wine o‘Clock. Também vai ser possível provar

vários vinhos Alvarinhos, de origem portuguesa, tal como Solar de Serrade, Reguengo de

Melgaço, Rebouça e Anselmo Mendes. No meio da prova estará misturado um vinho com casta

diferente dos Sauvignon e Alvarinhos que deverá ser descoberto pelos clientes da garrafeira.

Criada em 2007, a Wine o’Clock é uma garrafeira de referência, com lojas em Lisboa e

Matosinhos, onde são comercializadas variadas marcas de vinhos, espumantes, champanhes,

Porto e vinhos estrangeiros. A Wine o‘Clock pretende ser a primeira cadeia de lojas

especializadas em venda de vinhos de elevada qualidade e prestígio em Portugal, com um estilo

mais cosmopolita e dinâmico.

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FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ADEGAS COOPERATIVA (FENADEGAS)

A primeira ação decorreu a 5 de agosto no Bombarral

Campanha “Vinho com moderação” da FENADEGAS segue agora para o Algarve

Dia 15 de agosto, na FATACIL e 16 de agosto no colóquio ―Vinho e Saúde‖, em Lagoa, no

Algarve

Depois da sensibilização no Festival do Vinho Português no Bombarral, a Federação

Nacional de Adegas Cooperativas (FENADEGAS) parte para mais duas ações com o

programa “Vinho com moderação”, a alertar para um consumo responsável. A

primeira iniciativa decorre dia 15 de agosto na FATACIL, em Lagoa, no Algarve,

com a entrega de brochuras informativas que frisam a importância de um consumo

regrado de álcool. A segunda acontece a 16 de agosto no colóquio “Vinho e Saúde”,

também em Lagoa, aberta ao público em geral, onde a FENADEGAS vai ter a

oportunidade de conversar com os consumidores, especialmente os mais jovens,

sobre a problemática do abuso de álcool e familiarizá-los com as consequências.

Através desta campanha, a FENADEGAS tem reunido esforços para combater o

consumo excessivo de álcool em Portugal, sobretudo junto dos mais novos.

O programa ―Vinho com moderação‖ pretende, mais uma vez, alertar para os consumos

excessivos de álcool. Durante a Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria

de Lagoa (FATACIL), a FENADEGAS vai estar presente com uma banca promocional onde serão

distribuídas brochuras informativas que promovem um consumo regrado de álcool, frisando

ainda a importância do vinho como um alimento que melhora a qualidade de vida se associado a

uma alimentação equilibrada.

A FATACIL conta já com 35 edições e trata-se do principal certame do sul do país onde os vinhos

algarvios são o centro das atenções nas várias provas da feira.

A FENADEGAS vai ainda marcar presença no colóquio ―Vinho e Saúde‖, no convento de S. José,

em Lagoa, pelas 10h00, onde, para além das brochuras informativas, vai promover uma sessão

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de sensibilização junto do público para refletir sobre os consumos excessivos de

álcool em Portugal.

―Vinho com Moderação‖ é um programa internacional, levado a cabo pelo setor do

vinho Europeu que pretende sensibilizar jovens para o consumo responsável de

álcool, à qual a FENADEGAS se associou em 2009.

Em 2014, a FENADEGAS vai para promover o ―Vinho com Moderação‖ através de ações em

escolas, universidades e politécnicos e certames ligados ao setor. No total, são sete as feiras e

21 as ações em sala em conversa com o público a decorrer este ano.

Sobre a Fenadegas

A Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal foi fundada em 1981, por um

conjunto de 24 adegas. Atualmente conta com 56 cooperativas associadas diretamente e ainda

com três Uniões – UNIDOURO, UDACA e VERCOOPE –, representando quase todas as regiões

do país.

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Colóquio reúne especialistas da área agroalimentar

FENADEGAS debate programa de apoios a jovens agricultores

Dia de 16 de outubro, às 14h30, na Adega Cooperativa de Cantanhede

A agricultura é, atualmente, uma mais-valia económica, contribuindo para a

valorização dos produtos agrícolas e para o desenvolvimento sustentável do país. É

neste sentido que a Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal

(FENADEGAS) vai debater sobre os apoios à área agroindustrial no Colóquio "A

Vinha e o Vinho – Medidas Nacionais e Comunitárias para o Futuro". Numa altura

em que o Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 está prestes a ser

implementado, nesta sessão pretende-se identificar os desafios colocados ao

desenvolvimento rural e as principais linhas orientadoras do novo projeto do

Governo, focando ainda as medidas do investimento a jovens agricultores e da agro-

indústria. Este debate vai contar com a presença de Frederico Falcão, presidente do

Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e Augusto Ferreira e Marta Baptista da

CONFRAGI e realiza-se no próximo dia 16 de outubro, pelas 14h30, na Adega

Cooperativa de Cantanhede, em Coimbra.

A FENADEGAS vai marcar presença no colóquio "A Vinha e o Vinho – Medidas Nacionais e

Comunitárias para o Futuro", onde Teresa Mata vai falar sobre os subsídios a jovens agricultores

no âmbito do novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) para 2014-2020, que vai ser

implantado já em novembro, e dos apoios do Plano Nacional para 2014/2018.

Frederico Falcão, Presidente do IVV, é também cabeça de cartaz e vai debater sobre o novo

regime de autorizações de plantação do vinho que entra em vigor em janeiro do próximo ano.

Já as alterações ao pagamento dos direitos dos agricultores e medidas agroambientais vão ser

discutidas por Augusto Ferreira, da CONFRAGI. Marta Baptista, também da CONFRAGI, vai

debater o reconhecimento das adegas e cooperativas agrícolas enquanto organização de

produtores.

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A sessão termina com uma apresentação do novo regime de seguro de colheitas, por Lino

Afonso, do grupo Crédito Agrícola, que pretende assegurar a sustentabilidade financeira às

produções necessitadas e, ainda, garantir ao agricultor uma indemnização em caso de

intempérie mediante o pagamento de um prémio.

Sobre a FENADEGAS

A Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal foi fundada em 1981, por um

conjunto de 24 adegas. Atualmente conta com 56 cooperativas associadas diretamente e ainda

com três Uniões – UNIDOURO, UDACA e VERCOOPE –, representando quase todas as regiões

do país.

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CIRCUITO DE SURF DO NORTE (CSN)

Iniciativa pretende dinamizar prática de surf em Portugal

Circuito de Surf do Norte ruma à Figueira da Foz para mais uma etapa

13 e 14 de setembro, praia do Cabedelo, Figueira da Foz

O Circuito de Surf do Norte 2014 powered by Franklin & Marshall volta às praias

portuguesas para mais uma iniciativa. Depois de Ílhavo e Espinho, é a vez da praia

de Cabedelo, na Figueira da Foz, receber mais uma etapa, que se realiza a 13 e 14

de setembro. Nas categorias Sub 12, Sub 14, Sub 16, Sub 18 e Feminino, a prova é

exclusiva a competidores federados, sejam atletas ou praticantes. Já nas categorias

Surf Open e LongBoard, podem participar todos os atletas, federados e não

federados. As inscrições podem ser feitas no site www.surfdonorte.com até 12 de

setembro. O check-in para confirmação de inscrição decorre no sábado, 13 de

setembro, a partir das 8h30. O circuito será supervisionado pela Federação

Portuguesa de Surf e são esperados cerca de 80 atletas em competição.

A praia de Cabedelo, na Figueira da Foz, vai ser palco da terceira etapa do Circuito do Surf do

Norte 2014 powered by Franklin & Marshall. A competição recebe atletas provenientes do norte

do país, como Rúben Silva, Salvador Couto, Tomás Ferreira, Andreia Pereira, Maria Pessanha,

Tiago Santos e António Rodrigues.

Esta etapa é organizada pela Associação de Surf da Figueira da Foz e conta o apoio da Câmara

Municipal.

As próximas competições vão decorrer em Viana do Castelo, a 20 a 21 de outubro, e no Porto, a

25 e 26 de outubro. O Circuito do Surf do Norte organizou a primeira edição em 2009 e tem

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vindo a assumir-se como uma iniciativa de grande importância para os atletas, dinamizando a

prática de surf a nível nacional e internacional.

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Iniciativa pretende dinamizar prática de surf em Portugal

Circuito de Surf do Norte chega à penúltima etapa

20 e 21 de setembro, praia de Cabedelo, Viana do Castelo

É já no próximo fim de semana que se realiza a quarta etapa do Circuito de Surf do

Norte 2014 powered by Franklin & Marshall. A praia de Cabedelo, em Viana do

Castelo, recebe nos dias 20 e 21 de setembro, vários atletas do norte do país para

competir pelo primeiro lugar no pódio do surf. A prova é exclusiva a competidores

federados nas categorias Sub 12, Sub 14, Sub 16, Sub 18 e Feminino, enquanto

nas categorias de Surf Open e LongBoard podem participar todos os atletas

federados e não federados. As inscrições estão abertas até 19 de setembro no site

www.surfdonorte.com. O check-in confirmação das inscrições está marcado para

sábado, dia 20, às 8.30.

Depois de Ílhavo, Espinho e Figueira da Foz, é a vez de Viana de Castelo receber a penúltima

etapa do Circuito de Surf do Norte 2014. A iniciativa decorre na praia de Cabedelo, muito

conceituada e procurada para prática de surf, windsurf, kitesurf e bodyboard.

São esperados atletas provenientes do norte do país, como Inês Sousa, Salvador Dejean,

Salvador Couto, António Rodrigues, Francisco Santos e

Eduardo Ribeiro.

A prova é organizada pela Afife Boardriders Club, escola de surf situada na praia Afife durante o

verão. A próxima e última etapa realiza-se a 25 e 26 de outubro, no Porto.

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O Circuito do Surf do Norte organizou a primeira edição em 2009 e tem vindo a assumir-se

como uma iniciativa de grande importância para as camadas de formação de surf, com reflexos

nos resultados a nível nacional, sobretudo no surf esperanças.

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COOPERATIVA DE ENSINO SUPERIOR POLITÉCNICO E UNIVERSITÁRIO (CESPU)

Clínica do ex-aluno foi considerada a melhor da Escócia

Prémio atribuído a médico dentista formado na CESPU

O profissionalismo e a competência da clínica Southwest Smile Centre, dirigida por

Hugo Moreira, dentista formado na CESPU, foram reconhecidos com o prémio de

Melhor Clínica Dentária da Escócia 2014. O galardão foi distribuído pela

Associação de Médicos Dentistas Escocesa numa cerimónia que decorreu no

Science Centre, em Glasgow, a 9 de maio.

Hugo Moreira, médico dentista formado na CESPU pela classe de 2008, foi agraciado com o

prémio de Melhor Clínica Dentária, uma iniciativa da Associação de Médicos Dentistas Escocesa

que distingue, anualmente, os melhores profissionais do campo da medicina dentária.

―Southwest Smile Centre‖, clínica onde o médico pratica desde 2011, localiza-se na localidade

de Stranraer, em Dumfries and Galloway, na Escócia, onde Hugo Moreira exerce como único

dentista.

A administradora, Liz Alexander, afirma nunca ter pensado ganhar um prémio tão prestigiado

uma vez que estavam a concorrer com grandes clínicas.

Esta é a primeira vez que uma clínica daquela zona é reconhecida como a melhor do país.

As distinções, classificadas por nove categorias, foram atribuídas perante mais de 200

convidados e mereceram amplo destaque na imprensa escocesa.

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As obras internacionais abordam temas atuais da área da tecnologia farmacêutica

Investigadores da CESPU publicam livros e lideram top de vendas da Amazon

Bruno Sarmento e José das Neves, investigadores da CESPU, editaram dois livros

internacionais no âmbito do campo farmacêutico que lideram o top da Amazon.

Trata-se de duas obras bastante técnicas e práticas, muito procuradas e

requisitadas por alunos e investigadores da área. Os dois livros abordam temas

atuais, como o desenvolvimento de novos fármacos para administração em mucosas

humanas e de medicamentos para inibir a transmissão do vírus HIV.

―Mucosal Delivery of Biopharmaceuticals: Biology, Challenges and Strategies‖, editado por Bruno

Sarmento e José das Neves, da CESPU, fornece informações atuais das diferentes mucosas

humanas, abordando os desafios que surgem resultantes da conceção e advento de novos

medicamentos e meios alternativos de administração. O livro apresenta ainda estudos de caso

de sucesso dos últimos anos no campo biofarmacêutico.

A segunda publicação, ―Drug Delivery and Development of Anti-HIV Microbicides‖, compila, pela

primeira vez, todos os dados e estudos sobre o uso de microbicidas na inibição do vírus HIV. O

livro conta com a contribuição de vários especialistas da área e revela uma visão completa e

crítica dos aspetos mais relevantes do vírus HIV.

Ambos os livros estão a ser vendidos online e encontram-se no top de obras mais procuradas e

vendidas no site da Amazon.

Bruno Sarmento, investigador do INEB – Instituto de Engenharia Biomédica da Universidade do

Porto e docente na CESPU, apresenta já um extenso trabalho nas áreas farmacêuticas e

biomédicas. Também José das Neves, investigador da CESPU e da Faculdade de Farmácia da

Universidade do Porto, se tem centrado nestas temáticas, mais especificamente no

desenvolvimento de microbicidas para travar o vírus HIV.

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ENERGIE

Empresa portuguesa participou na competição Solar Decathlon 2014

Energie ganha prémio com maior painel termodinâmico do mundo

A Energie - Painéis Solares Termodinâmicos – foi a grande vencedora do concurso

internacional Solar Decathlon 2014, uma competição universitária na qual vários

jovens arquitetos e engenheiros constroem casas alimentadas a luz solar e

energeticamente eficientes. A empresa associou-se à “Rhome team”, da

Universidade de Roma, e abraçou o desafio, construindo o maior painel

termodinâmico do mundo que permitiu a produção de água quente sanitária na

habitação. Segundo Luís Rocha, presidente da ENERGIE, estas iniciativas são

importantes “para responder aos desafios do futuro”, tornando o planeta

“economicamente mais sustentável”. Assim, este prémio veio confirmar e destacar

a importância da solução termodinâmica desenvolvida pela empresa que conta já

com mais de 30 anos de sucesso. O projeto, iniciado em 2012, foi apresentado em

Versalhes, França, numa aldeia solar aberta ao público.

A Energie conquistou o pódio na competição Solar Decathlon 2014 juntamente com a ―Rhome

Team‖, uma equipa de jovens italianos que se comprometeram a desenvolver uma casa movida

a energia solar.

A solução para o desafio passou pela implementação do maior painel termodinâmico alguma vez

produzido em todo o mundo na habitação, permitindo, deste modo, um sistema de aquecimento

de água sanitária.

O painel é uma novidade na história da tecnologia. Com um inovador design arquitetónico, é a

solução ideal para novas construções e para projetos de requalificação energética.

O sistema termodinâmico é bastante eficaz no que diz respeito ao consumo elétrico, e, como tal,

pode ser utilizado de forma contínua, sem que se traduza em desequilíbrios significativos no

consumo de energia.

O concurso internacional Solar Decahtlon, criado em 2002 pelo Departamento de Energia dos

Estados Unidos, proporciona aos estudantes das melhores universidades do mundo a

oportunidade de desenharem e construírem casas sustentáveis.

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Este ano, a iniciativa decorreu em Versalhes, em França, de 28 de junho a 14 de julho, onde as

casas das 19 equipas que concorreram foram expostas numa aldeia solar aberta a toda a

comunidade.

Sobre a Energie:

Fundada em 1981, a ENERGIE é detentora da patente e fabricante exclusiva dos sistemas

solares termodinâmicos. A empresa, 100% portuguesa e com sede na Póvoa do Varzim, tem-se

afirmado nacional e internacionalmente como uma referência no fabrico de energia solar. A

fiabilidade e a eficiência demonstrada ao longo dos últimos 30 anos fizeram da ENERGIE uma

empresa sólida com um produto de reconhecida qualidade e robustez.

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163

Anexo 7

Guião entrevista semi-estruturadas – Jornalismo

Assessoria de imprensa

Considera que a assessoria de imprensa e as agências de comunicação podem contribuir para o

progresso e democratização da sociedade?

Como distinguir informação vinculada a interesses institucionais (assessorados) de informação

relevante e útil para a sociedade? Acha que há distinção?

Relações entre assessor e jornalista

No contacto entre assessores e jornalistas, há necessidade de alimentar não só as relações

profissionais mas as também as pessoais. Um bom relacionamento pode traduzir-se numa

maior facilidade de divulgação de temas?

O assessor foi, durante muito tempo, menosprezado pelos jornalistas e considerado alguém que

não conseguia vingar na carreira de jornalismo. Atualmente considera que existe uma maior

abertura e um maior entendimento entre jornalistas e assessores?

Ter, ou não, uma boa relação com o assessor de imprensa faz com que se sinta ―obrigado/a‖ a

aceitar e ler os presses releases?

Influência da assessoria de imprensa no jornalismo

Ao longo dos últimos anos a assessoria tem adaptado as suas propostas ao estilo redatorial de

cada meio de comunicação. Se o assessor não realizar este trabalho, acha que os comunicados

e as propostas teriam a mesma aceitação junto da comunicação social?

Vários autores defendem que a assessoria tem evoluído de mera ―fábrica de press releases‖,

aumentando a sua influência no jornalismo. Concorda?

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Considera que o trabalho da assessoria veio facilitar o trabalho do jornalista?

Esta presença dos assessores e agências de comunicação no jornalismo não acaba por levar à

perda da identidade do jornalista, ao ser desprovido do seu trabalho de pesquisa, recolha,

seleção e confirmação das informações?

Ao aceitar e utilizar o press release sem alterações, não estará o jornalista a providenciar ao

público informação enviesada e manipulada?

Futuro do papel da assessoria de imprensa no jornalismo

Considera que a assessoria continuará a ter uma forte presença no jornalismo?

Tendo em conta que é uma área em plena expansão, acha que a assessoria vai acabar por se

sobrepor ao jornalismo?

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Guião de entrevista semi-estruturada – Assessoria de imprensa

Assessoria de imprensa

Considera a assessoria uma área restrita apenas a profissionais com bons contactos? Até que

ponto as relações pessoais são importantes?

Considera que a assessoria pode contribuir para o progresso e democratização da sociedade?

Como?

Relações públicas e assessoria em Portugal

Acha que a profissão e as práticas de relações públicas e assessoria de imprensa são

reconhecidas como sérias em Portugal?

Considera a legislação e a regulação das associações portuguesas de relações públicas e

comunicação organizacional suficientes para sustentar as práticas da profissão?

Na sua opinião, o que falta em Portugal para um maior e correto esclarecimento sobre as RP e a

assessoria de imprensa?

Relações entre assessor e jornalista

No contacto entre assessores e jornalistas, há necessidade de alimentar não só as relações

profissionais mas as também as pessoais. Um bom relacionamento pode traduzir-se numa

maior facilidade de divulgação de temas?

Há forma de fazer assessoria sem manipular o jornalista?

O assessor foi, durante muito tempo, menosprezado pelos jornalistas e considerado alguém que

não conseguia vingar na carreira de jornalismo. Atualmente considera que há uma maior

abertura e um maior entendimento entre jornalistas e assessores?

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166

Influência da assessoria de imprensa no jornalismo

Ao longo dos últimos anos a assessoria tem adaptado as suas propostas ao estilo redatorial de

cada meio de comunicação. Se o assessor não realizar este trabalho, acha que os comunicados

e as propostas teriam a mesma aceitação junto da comunicação social?

Vários autores defendem que a assessoria tem evoluído de mera ―fábrica de press releases‖,

aumentando a sua influência no jornalismo. Concorda?

Muitos conteúdos noticiosos são provenientes do trabalho das assessorias e das agências da

comunicação. Considera que esta presença e influência da assessoria no jornalismo tem vindo a

aumentar?

Na sua opinião, a diminuição de profissionais nas redações e a entrada de jovens cada vez mais

inexperientes facilita a influência e o sucesso da assessoria?

Considera que o trabalho da assessoria veio facilitar o trabalho do jornalista?

Esta presença dos assessores e agências de comunicação no jornalismo não acaba por levar à

perda da identidade do jornalista, ao ser desprovido do seu trabalho de pesquisa, recolha,

seleção e confirmação das informações?

Ao aceitar e utilizar o press release sem alterações, não estará o jornalista a providenciar ao

público informação enviesada e manipulada?

Futuro do papel da assessoria de imprensa no jornalismo

Na sua opinião, esta tendência de influência da assessoria de imprensa no jornalismo é para

continuar?

Tendo em conta que é uma área em plena expansão, acha que a assessoria vai acabar por se

sobrepor ao jornalismo?

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167

Perfil dos entrevistados

Assessor 1 (A1) tem 31 anos, é estratega de comunicação numa plataforma online de eventos e

tem nove anos de experiência no campo da comunicação organizacional e relações públicas.

Assessor 2 (A2) tem 40 anos e é assessor/a de imprensa numa agência de comunicação no

Porto.

Assessor 3 (A3) tem 41 anos, é assessor/a de imprensa há 21 anos, com maior enfoque no

campo político.

Assessor 4 (A4), 40 anos, é assessor/a e diretor/a administrativo/a numa agência de

comunicação no Porto e conta com 20 anos de experiência na área.

Assessor 5 (A5) tem 22 anos, é recém-licenciado/a em Ciências da Comunicação, vertente de

assessoria, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e tem dois anos de experiência

em contexto de agências de comunicação.

Jornalista 1 (J1) tem 43 anos e está, neste momento, a trabalhar como freelancer. Conta com

22 anos de experiência na área do jornalismo.

Jornalista 2 (J2) tem 42 anos e 15 de experiência em jornalismo num dos principais jornais

diários portugueses.

Jornalista 3 (J3) tem 38 anos e 17 de experiência e trabalha como jornalista num jornal diário

português.

Jornalista 4 (J4) tem 22 anos, é recém-licenciado/a em Ciências da Comunicação, vertente de

jornalismo, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e tem dois de experiência num

jornal online direcionado para o público mais jovem.

Jornalista 5 (J5) tem 24 anos e trabalha, há um ano, num jornal de edição online. É licenciado/a

em Ciências da Comunicação, vertente de jornalismo, pela Faculdade de Letras da Universidade

do Porto e mestre em Multimédia pela Faculdade de Engenharia do Porto.