Anfarmag 101

nfarmagRevista da associação NacioNal de FaRmacêuticos magistRais - aNo 5 - JaN/Fev/maR 2014 - Nº 23

revistanfarmagRevista da associação NacioNal de FaRmacêuticos magistRais - aNo 21 - aBR/mai/JuN 2014 - Nº 101

revista

Como melhorar a pele de dentro para fora e de fora para dentro

Saúde à flor da peleProjeções de mercado apontam crescimento nos cuidados pessoais

ExClusivo: Entrevista com o ministro Guilherme Afif Domingos

5-7 Junho 2014 | São Paulo | BrasilAnhemb i Pa rque - Pa lá c io da s Convenções

Faça seu credenciamento On-line!www.congressoconsulfarma.com

Realização

Simpósio de CosmetologiaCoordenação: Prof. Maurício Pupo

Simpósio de Nutrição e Farmácia OrtomolecularCoordenação: Dra. Karina Ruiz

Simpósio de Marketing e Visitação MédicaCoordenação: Prof. Guilherme Saráo

Simpósio de Atenção Farmacêutica e Técnica MagistralCoordenação: Dra. Esmeralda Lourenço

I Simpósio IPUPOCoordenação: Dr. Lucas Portilho

N u t r i ç ã o | C o s m e t o l o g i a | F a r m á c i a | E s t é t i c a | M a r k e t i n g

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Renovação de AFEpara farmácias de manipulação

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Espaço do EmprEEndEdor

n 1 0 1 - A B R / M A I / J U n 2 0 1 4 3

editorial

AssociAção NAcioNAl de FArmAcêuticos mAgistrAis

Diretoria - Gestão 2013 - 2015

PresideNte Ademir Valério da Silva - SP

1° Vice-PresiDente Ivan da Gama Teixeira - SP

2° Vice-PresiDente Carlos Alberto P. Oliveira - DF

3° Vice-PresiDente Antonio Geraldo Ribeiro S. Júnior - SP

secretário-Geral Marcelo Brasil do Couto - PA

2ª secretária Rejane Alves G. Hoffmann - PR

tesoureiro Adolfo Moacir Cabral Filho - SC

2ª tesoureira Márcia Aparecida Gutierrez - SP

coNselho FiscAlAna Lúcia Mendes dos Santos Povreslo - SP

Marcos Antonio Costa Oliveira - MGMarina Sayuri M. Hashimoto - PRdiretoriA de comuNicAção

Gerson Appel - SC

reVista anfarmaGRua Vergueiro, 1855 - 12o andar CEP 04101-000 - São Paulo - SP

[email protected]

Tel.: 11 2199-3499 / Fax: 11 5572-0132

coNtAto comerciAlSimone Tavares

[email protected] técNico e de AssuNtos

regulAtóriosVagner Miguel

coordeNAção editoriAl e ediçãoPresoti Comunicação - Grupo Interface

rePortAgem e redAçãoAline Oliveira, Lorraine Souza, Marcos dos Anjos, Taís Ahouagi e Veronica Anselmo

reVisãoMelissa Boëchat e Rita Lopes

Arte e diAgrAmAçãoFontpress Assessoria de Comunicação

FotosDivulgação, Lula Marques, Rafael Carvalho

imAgem dA cAPA: ShutterstockimPressão: Vox Editora

Revista destinada aos farmacêuticos magis-trais, dirigentes e funcionários de farmácias de manipulação e de laboratórios; prestadores de serviços e fornecedores do segmento; médi-cos e outros profissionais de saúde; entidades de classe de todo o território nacional; parla-mentares e autoridades da área de saúde dos

governos federal, estadual e municipal.

Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Anfarmag.

A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados.

É ExPRESSAMEnTE PROIBIDA A REPRODuçãO TOTAL Ou PARCIAL DOS

TExTOS DA REVISTA AnFARMAG

Periocidade: Trimestral circulação: nacionaltiragem: 5.000 exemplares distribuição dirigida

A todos que enviaram elogios e observações sobre edição 100 da Revista Anfarmag, o nosso muito obrigado. Estamos trabalhando para que ela seja cada vez mais útil na farmácia, gerando insighs e instrumentalizando o seu negócio.

O conteúdo da publicação, postado no facebook, gerou 12 mil visualizações. Cerca de 4 mil pessoas acessaram a versão da revista para celular e tablet e o conteúdo extra exclusivo para associados. É essa energia toda que nos incentiva a ir além.

Esperamos que você goste ainda mais do número 101 da Revista Anfarmag. Nesta edição, abordamos o vasto universo dos cuidados com a pele. Esse sempre foi um campo importante de trabalho para o segmento magis-tral e as pesquisas indicam que podemos crescer muito.

Pele, saúde e bem-estar movimentam um mercado em franca expansão e nós convidamos você a pensar, ao longo das próximas páginas, nas oportunidades que estão à sua espera.

Também apresentamos boas novas sobre a situação tributária do setor magistral. Você vai ver que nosso tra-balho de relacionamento com as autoridades constituídas gera resultados.

Nosso setor está ganhando a atenção de parlamentares, magistrados e, novamente, do poder executivo. O ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, concedeu entrevista exclusiva para a Revista Anfarmag sobre a situação do segmento e as perspectivas para as micro e pequenas empresas brasileiras.

Confira!Ademir Valério

Ademir Valério SilvaPresidente da anfarmag

nfarmagrevista

5-7 Junho 2014 | São Paulo | BrasilAnhemb i Pa rque - Pa lá c io da s Convenções

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Simpósio de Nutrição e Farmácia OrtomolecularCoordenação: Dra. Karina Ruiz

Simpósio de Marketing e Visitação MédicaCoordenação: Prof. Guilherme Saráo

Simpósio de Atenção Farmacêutica e Técnica MagistralCoordenação: Dra. Esmeralda Lourenço

I Simpósio IPUPOCoordenação: Dr. Lucas Portilho

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4 R e v I s t A d A A n f A R M A g

índice

10

28 4403 editorial06 Quem disse

Palavra do associadoFique sabendona rede

08 Pílulas 14 cuidados

Qual é a higiene correta da pele

16 Manchas A solução definitiva é possível?

20 renovação celular O peeling além da aplicação

22 laser A visão da dermatologista Tatiana Steiner

30 colágeno Evite a perda e estimule a produção

32 BasesEmolientes e umectantes para o inverno

34 tendênciasO que movimenta o setor nos próximos anos

36 entrevista O que diz o Ministro da Micro e Pequena Empresa

40 artigoCampanhas de saúde favorecem o negócio

42 Vantagem anfarmagAgenda Anual de Qualidade gratuita

47 encarte técnico• Cuidados com as unhas• Classes de ceramidas

O mercado das farmácias de manipulação está em franco crescimento e se apresenta como opção de atividade empreendedora e como vertente importante no aumento do acesso dos brasileiros a medicamentos, em benefício da saúde”.

Guilherme Afif Domingos,ministro-chefe da secretaria da micro e Pequena empresa

FiQue saBendo

Renata WillrichA revista ficou show... Amei.

Farmácia Dermavita – Brusque (SC)

Guia de Tendências 2014-2015

O Brasil tem um dos mercados mais dinâmicos do mundo quando o assunto são os produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméti-cos. Em alguns anos, estaremos atrás apenas dos EUA, tanto em consumo quanto em produção e venda. Por isso, quem trabalha com esses produtos não pode dei-xar de conferir o que aguarda o segmento nos próximos anos. A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos produziu um estudo amplo sobre o tema, com projeções para 2014 e 2015. O conteúdo é gratuito e está disponível no site www.abihpec.com.br.

Formulário médico-farmacêutico: dermatologia Este formulário médico-farmacêutico em dermato-logia é o primeiro da série Especialidades, que tem como objetivo reunir o conteúdo por assunto. A obra foi revisada e atualizada para incluir, agora, os mais recentes princípios ativos utilizados na dermatologia.Autor: José Antônio BatistuzzoEditora: PharmabooksPreço: R$ 79

Gestão por categorias: reduzindo custos e aumentando a lucratividade no varejo farmacêuticoO gerenciamento por categoria é formado por ações como marketing, mer-chandising, precificação, abastecimento de gôndolas, layout de loja. Este é um roteiro sobre o tema, o que é preciso fazer antes de implantá-lo, os benefícios e os desafios, além de dicas para as categorias de higiene pessoal e beleza.Autora: Alessandra LimaEditora: ContentoPreço: R$ 25

Doralysa NezelloAlém de ler e passar para meus

funcionários, enviei a entrevista com o Henry Okigami sobre ômegas (Bio-química da nutrição) para alguns médicos Também gostei das matérias sobre probióticos (Digestão viva) e enzimas (Quando o corpo não produz, a farmácia manipula), que mandei para médicos e nutricionistas. Farmácia Formularium – Joaçaba (SC)

na rede


QueM disse PalaVra do associado

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na rede

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Impressão da ficha de orientações de uso para o paciente


Pílulas

Fatores de correção de fitoterápicos

Há atualmente, no setor magistral, muitas con-trovérsias sobre a aplicação do fator de correção dos fitoterápicos. Para tomar essa decisão, o farmacêutico deve analisar na prescrição como o insumo vegetal está descrito: forma farmacêutica (pó, extrato seco ou outra), dosagem e posologia. Para insumos fito-terápicos não farmacopéicos ou não padronizados, o farmacêutico poderá apresentar ao prescritor as outras opções existentes no mercado magistral.

Saiba mais sobre o tema no nosso site, na área restrita do associado: www.anfarmag.org.br.

Comprovação de porte econômico

Ao realizar o peticionamento da Autorização de Funcionamento (AFE) e da Autorização Especial (AE), as farmácias podem receber descontos. Para isso, devem comprovar anual-mente para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) qual é o porte econômico da empresa. A farmácia precisará encaminhar à agência a Certidão Simplificada, atualizada e emitida pelo Cartório de Registro de Empresas Mercantis (Junta Comercial), ou a Certidão atualizada e emitida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas. O documento deve mencionar se a empresa é microempresa ou empresa de pequeno porte. No caso de farmácias com filiais, cada unidade deve repetir o mesmo procedimento.

Alívio para a pele

Começam a surgir opções de ativos que, aplicados sobre a pele, reduzem lesões de forma similar ao mecanismo de ação dos hormônios corticosteróides. São os chamados corticoide-like – um alívio para pacientes com doenças de pele crônicas, como dermatite atópica e psoríase.

Confira na reportagem on-line "Alívio para a pele”.

www.anfarmag.org.br

Novo código de éticaJá está em vigor o novo Código de Ética do Farmacêutico, elaborado pelo

Conselho Federal de Farmácia e publicado no DOU de 25/3. O documento consolida as diretrizes de ética da profissão e o código de processo ético, além das infrações e regras de aplicação das sanções disciplinares.

Confira o conteúdo no site da Anfarmag: www.anfarmag.org.br.

Denominações Comuns Brasileiras

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária atualizou a lista de Denominações Comuns Brasileiras com a publicação da Resolução RDC 2/2014. Essa atualização inclui, altera e exclui a nomenclatura de alguns fármacos.

A lista está disponível no portal da agência e no site da Anfarmag, na área restrita do associado: www.anfarmag.org.br.

siglas como BB, CC, DD e até EE Cream viraram febre entre as mulheres e têm origem no cuidado individualizado

A sequência alfabética que facilita o tratamento de beleza das mulheres atende pelas siglas BB, CC e, mais recentemente, DD e EE Cream. O BB Cream aterrissou no Brasil há menos de dois anos e já se tornou a vedete do mercado de cosmé-tica. As variações no nome indicam a incorporação de diferentes ativos.

Sigla em inglês para beauty balm ou blemish balm (bálsamo da beleza ou bál-samo para imperfeições), os BB Creams apresentam uma característica própria da farmácia magistral: a possibilidade de serem multifuncionais, condensando em um só produto várias etapas da rotina de beleza da mulher, como hidratação, nutrição e cobertura de manchas.

A base deles contém hidratantes, como glicerina, glicóis e derivados do ácido hia-

lurônico, como explica o vice-presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia, Jadir Nunes. A composição geralmente leva filtros que conferem proteção solar, além de pigmentos à base de óxido de ferro relacionados à maquiagem e ao efeito primer, que resulta do uso de polímeros acrílicos. Outros ativos absorvem a oleosidade, e há os derivados de origem vegetal, como o arbutin (provém da uva ursi), que são usados para clarear a face.

A farmacêutica Ana Helena Cunha, associada de São José dos Campos (SP), acredita que esses produtos têm em comum a praticidade. Eles usam princípio que é adotado pela farmácia magistral há anos, com a vantagem de manipular uma pres-crição individualizada e com características multifuncionais”, lembra.

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ANUNCIOjunho 2013

sexta-feira, 31 de maio de 2013 17:31:39

Grande parte dos prescritores de cosméticos ou cosmecêuticos reco-nhece isso e tem o hábito de fazer as prescrições magistrais considerando a multifuncionalidade. O produto de uso diário individualizado pode carregar, por exemplo, funções hi-dratantes, antioxidantes, clareadores, antiaging. De acordo com o tipo de pele e as preferências do usuário, é possível manipular em cremes, géis cremes e outras formas farmacêuticas, além de variáveis como a presença ou ausência de perfumes e preservantes.

São essas características que irão garantir a adesão ao tratamento, já que é preciso gostar do produto. “A escolha da emulsão, por exemplo, determina se terá toque seco e se será leve, que são características marcantes no que as brasileiras procuram”, aponta Ana.

Ela destaca que as emulsões são misturas de água e óleo. No Brasil, por causa das altas temperaturas, garantir a proporção correta é crucial. “Caso a base precise ser mais oleosa, outros ingredientes podem garantir o toque seco. A manteiga de Karité, por exemplo, pode ser usada com tapioca para a redução do toque oleoso. Além disso, os emulsionantes, umectantes e óleos vegetais favorecem a biocompa-tibilidade com a pele, explica.

Com experiência acadêmica na ava-liação dos excipientes, a vice-presidente técnica da ABC, Vânia Leite, concorda: “o veículo do cosmético altera o pro-

Saiba mais on-line:• Revista Anfarmag 10 - Os Silanóis e o

envelhecimento cutâneo

duto como um todo. Dessa escolha dependem fatores como aderência, dispersão, permeação e sensorial. Posso dizer que a importância do veículo é 90% de uma formulação”.

Assim também pensa a farma-cêutica associada, de Ribeirão Preto (SP), Patrícia Faria. Ela relata que, para alcançar esses efeitos, usa bases siliconadas no dia a dia da farmácia, que garantem boa hidratação sem toque oleoso. “Com essas bases, uso antioxidantes, antiaging, clareadores e substâncias com efeito tensor (para dar a sensação de que a pele está menos flácida)”, enumera. Ácido hialurônico e vitaminas A e E são presença frequente nessas formulações.

Volta ao mundoO vice-presidente da Associação

Brasileira de Cosmetologia, Jadir Nu-nes, explica que o BB Cream foi criado na Alemanha pela dermatologista Christine Schrammek. Funcionava como um calmante para peles agre-didas por tratamentos que utilizam produtos químicos ou laser e como uma leve cobertura para a pele.

Ele permaneceu restrito aos con-sultórios, até que decolou na Coréia do Sul, onde caiu no gosto das cele-bridades locais. Sua fama se espalhou rapidamente. “O público asiático tinha uma preocupação grande em apresentar uma pele clara e sem manchas. Por isso, a cobertura clara e o filtro solar já eram importantes ingredientes por lá”, descreve. Já na Europa e no Brasil, criou-se a necessidade de pigmentar os BB Creams para adaptá-los aos vários tons de pele, e também foram incorporados novos ingredientes, como o antiaging.

Para o vice-presidente da aBc, Jadir Nunes, o BB cream precisa ser prático

o veículo altera o produto como um todo: aderência, dispersão, permeação e sensorial.


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Extratos secos e padronizados são muito comuns nas fórmulas magistrais receitadas

pelos médicos. Por sua característica higroscópica, devem ser manipulados em cápsulas Vcaps® que possuem baixa umidade. Esta escolha evita à interação entre ativo e cápsula, além de eliminar o ressecamento e reforçar o conceito 100% natural do seu produto.

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Farmaceutico: O que você precisa saber sobre Cápsulas1

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Tá limpo? Fazer a higiene diária corretamente é fundamental para a saúde da pele


cuidados

Limpeza correta•Para o tratamento da pele seca,

as loções, emulsões (creme de limpeza) e sabonetes líquidos são excelentes, pois apresentam baixa concentração de detergentes. São também uma boa opção para quem tem peles delicadas ou sensíveis.

•Para a pele oleosa, sabonetes lí-quidos ou em barra específicos para esse tipo de pele;

•O tônico facial é um grande aliado, pois equilibra o pH da

Manter a pele do corpo e do rosto limpa e uniforme é um cuidado básico que homens e mulheres devem adotar diariamente. O estresse da vida corrida, a má alimentação, a poluição, o sol em excesso e diversos outros fatores podem ser a causa de uma pele com manchas, rugas e até desnutrida. Para minimizar esses transtornos, a medida fundamental é a limpeza diária correta.

Especialistas no assunto citam que há, basicamente, quatro tipos de pele: oleosa, mista, seca e normal, embora alguns autores relacionem até 16 tipos. Para que a limpeza seja mais eficaz, cada um deve usar produtos adequados às suas características. “Todos devem seguir os passos bási-cos: lavar e tonificar pela manhã, usar filtro solar pelo menos três vezes ao dia e passar um nutritivo específico”, recomenda a farmacêutica e professora de Cosmetologia do curso de Farmácia da Universidade Anhembi Morumbi, Valéria Maria de Souza Antunes. Ela é uma das autoras da série de livros “Ativos Dermatológicos”, um guia sobre os ativos dermatológicos usados nas farmácias magistrais.

Pioneirismo As farmácias oferecem uma gama

de opções quando o assunto é tra-

tamento de pele. “As farmácias de manipulação foram pioneiras na pro-dução de cosméticos para tratamentos e cuidados com a pele. Atualmente, há muitos produtos industrializados inspirados no desenvolvimento feito em farmácias magistrais, que sempre estiveram à frente desse mercado”, destaca Valéria.

Um exemplo são as espumas de limpeza, excelentes aliadas para a higiene da pele, principalmente do rosto. “Elas são muito procuradas para manter o equilíbrio, a limpeza e o frescor. São ótimas opções na hora do banho. Até mais suaves que os sabonetes líquidos, propor-cionam uma sensação agradável, sem o ressecamento dos sabone-tes. Podem ser encomendadas em farmácias de manipulação e feitas sob medida”, diz.

Um erro que principalmente as mulheres cometem é dormirem ma-quiadas ou com resíduos de produtos. Com a rotina intensa, e por conta do cansaço, a correta eliminação da maquiagem antes de dormir é fator importantíssimo para quem deseja uma pele saudável. Uma pele bem limpa tem mais vitalidade e oxigenação. Dormir maquiada favorece o aparecimento de rugas e manchas. Se um demaquilante

Saiba mais on-line:• Artigo: Os 16 tipos de pele• Revista Técnica do Farmacêutico 15 –

Formulações antissépticas com extrato de Stryphnodendronadstringens

sheila gonçalves: o tipo mais comum de pele do brasileiro é oleosa

não atende a determinado tipo de pele, uma solução é pedir para elaborar um produto específico para a pessoa”, explica a farmacêutica e cosmetóloga Sheila Gonçalves.

O tipo mais comum de pele dos brasileiros é a oleosa, devido à misci-genação e às condições climáticas. Na busca pelo tratamento ideal, muitos acabam utilizando produtos inade-quados ou em excesso, provocando a oleosidade de rebote. Segundo Sheila, esse efeito se dá quando se usa um produto com muito álcool em sua composição, ressecando demais a epiderme. “Quando a pele sofre esse tipo de agressão, é como se ela entendesse que toda a oleosidade natural foi retirada e, por isso, passa a produzir óleo em excesso. Isso acontece com produtos à base de álcool, que já estão sendo banidos das prateleiras”, alerta.

pele. Pode ser utilizado até duas vezes ao dia, desde que aplicado o produto correto. São ótimos preparadores para receber outros produtos, au-mentando sua eficácia.

•Quem tem a pele mista deve evitar as emulsões e optar por sabonetes líquidos ou loções.

•O adstringente também é um tipo de tônico, mas é indicado para quem tem a pele mais oleosa.

n 1 0 1 - A B R / M A I / J U n 2 0 1 4 15

Pergunte a um dermatologista quais são as principais queixas ouvidas no consultório. Não tenha dúvida. Ele vai citar as man-chas de pele. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, essa é a maior preocupação das mulheres que têm entre 45 e 60 anos. Mesmo antes dessa faixa etária, a irregularidade na cor da pele só não incomoda mais do que a acne.

Embora todos estejam sujeitos às man-chas, os homens são privilegiados. No caso dos melasmas, por exemplo, respondem por apenas 10% dos casos. Já mulheres entre 30 e 55 anos, de origem oriental ou hispânica que moram em países tropicais, são as mais afetadas.

Os estudos sobre o tema vêm demons-trando avanços e os profissionais da área acumulam mais conhecimento sobre como a melanina é sintetizada – quais são os me-diadores e o que interfere na melanogenese (processo de formação da melanina, que dá cor à pele). Hoje se sabe que a pigmenta-ção da pele depende de estímulo genético, medicamentoso, hormonal, envelhecimento e radiação solar. Saber tudo isso ajuda os profissionais a chegarem às formulações e matérias-primas mais adequadas.

O que usarExiste uma série de ativos que podem ser

usados no combate às manchas. Tratamentos com hidroquinona ainda são uma opção muito


Pele uniForMe

Dá para se livrar das manchas?

Mecanismo de despigmentação é cada vez mais conhecido e alternativas naturais surgem com a promessa de reduzir a toxidade dos clareadores

relevante entre os dermatologistas, mas há várias alternativas, como o ácido kójico e a vitamina C.

“Há vários anos vem-se tratando as manchas inibindo a ação da tirosinase, enzima que está diretamente ligada à produção de melanina”, explica a farmacêutica Eliane Brenner, associada do Rio de Janeiro (RJ). “Mas algumas terapias mais modernas mostram também outros sítios de atuação para as matérias-primas”, ressalta.

Segundo ela, a combinação de ativos que atuam em diferentes etapas da for-mação da melanina otimiza o tratamento. Uma opção é inibir a transferência dos melanossomas (organela na qual ocorre a síntese e a deposição da melanina) para os queratinócitos (células superficiais da pele). Ou seja, pode-se evitar que a melanina chegue até a camada superficial da pele, reduzindo o aparecimento de manchas. A nicotinamida é um insumo que pode atuar nesse processo.

Há também a possibilidade de quelar o cobre (ácido kójico) ou utilizar alternativas como alfa arbutin, ácido glicólico e ácido fítico. De acordo com a farmacêutica da área de desenvol-vimento da Fagron, Sarah Jabbur, a escolha da matéria-prima depende do objetivo, já que os clareadores tópicos podem agir por diferentes mecanismos: aumentar a renovação cutânea nos melanócitos, regular a atividade da tirosinase, reduzir a oxidação de pro-dutos intermediários na melanogênese e inibir a transferência de pigmentos formados para os queratinócitos.

O tempo de resposta ao tratamento vai depender da renovação da pele. Os clareadores interrompem a produção de novo pigmento, enquanto o pig-mento antigo vai sendo eliminado pelos mecanismos fisiológicos. A maioria dos produtos leva pelo menos seis semanas e possivelmente até três meses para funcionar.

Opções naturaisEntre os insumos que surgem para

a manipulação, existem diversas opções com origem natural. Alguns clareadores

Conheça outros títulos

Pelo mundoDe acordo com nota publicada no site da Sociedade

Brasileira de Dermatologia, já em 2011 haviam sido apresentadas em congresso internacional duas promessas de avanço no tratamento de manchas, que, aos poucos, aproximam-se do mercado brasileiro:

• Creme à base da enzima lignina peroxidase, que age quebrando a melanina sem causar toxicidade, podendo ser usado duas vezes ao dia, inclusive em grávidas, sem causar irritação ou efeitos colaterais, com resultados a partir de um mês de uso diário.

• Combinação de um limpador, um produto con-tendo decapeptídeo e um creme à base de acido glicólico para facilitar a penetração. O decapeptídeo atua inibindo a tirosinase, enzima responsável pela produção de melanina. Nas pesquisas realizadas in vitro, o decapeptídeo mostrou-se 17 vezes mais potente do que a hidroquinona, sendo mais seguro também.

Saiba mais on-line:• Revista Técnica do Farmacêutico 22 – Pigmentação em foco: alterações e a melhor escolha de tratamento• Revista Anfarmag 67 – Mitos e Verdades dos Cosméticos Naturais• Revista 76 – Protetores anti-solares manipulados

inovadores são derivados do picão preto em óleo de algodão, palma e linhaça, que apresentam ação similar ao ácido retinoico e aceleram a renovação celular.

A especialista de mercado da divisão magistral da Daltomare, Verônica Chomiski, destaca a eficácia do extrato de ervilha, que, combinado a derivados do açúcar, é capaz de inibir a maturação dos melanossomas e a atividade da tirosinase com ação similar à do ácido kójico. Outros extratos vegetais combinados (saxifraga, scutellaria, amora e uva) chegam a ter a eficácia comparada ao arbutin e à vitamina C, com ação sobre a tirosinase e a vantagem de não apresentarem nenhuma toxidade às células.

A gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Pharma Nostra, Ana Paula Fidelis, tam-bém cita os extratos de frutas cítricas, como os derivados de laranja amarga e grapefruit que, combinados com óleo de semente de girassol, são efetivos no clareamento de sardas e manchas de sol. “Essas substâncias podem ser usadas inclusive para grávidas e lactantes, pois não têm contra-indicações”, diz.

Quando a pessoa se expõe ao sol sem proteção ou mesmo ao calor de uma lareira ou fogão, as manchas podem voltar. Proteção nunca é demais.

ensina Eliane.

ProteçãoPara quem tem o rosto ou o corpo

manchado, a proteção contra a radiação é fundamental e para o resto da vida, como explica a proprietária da Dermatus, Eliane Brenner. “A mancha pode desaparecer com o tratamento, mas aquela pele vai precisar de cuidados para o resto da vida. É uma questão crônica”, diz.

Quando a pessoa se expõe ao sol sem proteção ou mesmo ao calor de uma lareira ou fogão à lenha, as manchas podem voltar. Para pacientes com manchas, proteção nunca é demais. O ideal é utilizar filtros solares com tonalizantes e ser generoso na aplicação cobrindo as imperfeições. “Uma dica para saber qual a quantidade de protetor solar que deve ser aplicada é se olhar no espelho e não enxergar a mancha. Essa é a medida de como deve ser a camada de protetor aplicada”,


Pele uniForMe

ensina Eliane.

Como um documento, a pele registra quem somos. Guarda as marcas de nossas expressões, idade, hidratação, quanto nos expomos ao sol e como nos alimentamos. É o que protege o organismo do mundo exterior e, ao mesmo tempo, o que cria a comunicação com ele.

Não é à toa que milhões de pessoas buscam os consultórios médicos todos os dias para manter a boa aparência da pele. Manchas, acne, flacidez e rugas estão entre as principais queixas. Para esses casos, os médicos podem recorrer a diversos procedimentos, com destaque para aqueles que promovem a renovação celular.

Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia há alguns anos mostrou que o peeling e o laser são os mais populares entre as pacientes brasileiras, sendo que o peeling responde por metade de todos os procedimentos realizados em consultório.

Sua popularidade está ligada aos resultados. Ao realizar uma agressão controlada à pele, o procedimento abre espaço para o crescimento de uma cobertura mais lisa e uniforme.

O farmacêutico Fernando Spengler defende que, apesar de amplamente utilizados, os peelings são complexos e seu desempenho depende de fatores como veículo, pH, concentração do ativo e tempo de aplicação. “É essa combinação de fatores que determinará se o peeling é superficial, médio ou profundo”, pontua.

Ele aponta como tendência os procedi-mentos menos invasivos e o uso de diferentes ácidos em uma mesma aplicação: “Quando se combinam ácidos, os efeitos colaterais são menores e é possível chegar a um efeito sinér-gico. Ou seja, com menos ácido, conseguir um resultado satisfatório”, explica.

Para o farmacêutico e bioquímico espe-


renoVação celular

Procedimentos como peeling e laser exigem cuidados não só durante a aplicação

TrATAmeNTo CompleTo

cialista em peeling, Nelson Maurício Jr., esse rol de possibilidades garante o bom mercado das farmácias magistrais, já que cada pele demanda um cuidado diferente. Assim, o farmacêutico pode trabalhar lado a lado com o médico em busca dos melhores resultados.

Entre as combinações, ele descreve o uso de ácido mandélico, que é bem tolerado inclusive por quem possui fototipos mais altos. “No con-sultório, o médico pode aplicar o ácido mandélico por alguns minutos e, na sequência, neutralizar com bicarbonato de sódio. Isso irá impedir que o ácido continue agindo. Daí, aplica-se o ácido retinoico, que pode vir com despigmentantes: arbutin, ácido fítico ou ácido kógico”. Segundo ele, o primeiro ácido cumpre a função de remover as barreiras da pele, enquanto o segundo estimula a renovação de uma camada mais profunda.

Nelson destaca que os tratamentos demandam

o uso de produtos em casa, após a realização do procedimento e, nesta etapa, há uma grande opor-tunidade para o farmacêutico. Normalmente, o paciente irá precisar de, pelo menos, um sabonete que não irrite a pele e um hidratante ou creme que evite a perda de água. Cicatrizantes podem ser necessários, e sempre será preciso usar um filtro solar fotoestável.

Saiba mais on-line:• Material para visitação médica: sugestões de for-

mulações para peeling, pré-peeling e pós-peeling

• Revista Anfarmag 3 – Ácido retinóico, tretinoína ou vitamina A ácida

• Revista Anfarmag 43 – Peeling de ácido tricloroa-cético: manipulação em farmácias

O que manipular no pós-peeling

Superficiais- Sabonete com pH fisiológico (5,5).- Hidratante com ácido hialurônico 5%, aquaporina

3%, PCANa 3% e arginina 5% (substitui a ureia). Uma opção é associar com óleo de oliva.

- Filtro solar fotoestável.- Gel-creme com baixa concentração de ácido para

uso domiciliar.

Médios- Sabonete com pH fisiológico (5,5).- Pomada vegetal enriquecida com óleo de girassol

ou milho (que contém ômegas 3 e 6) e agente anti--inflamatório. Essencial para cicatrização. Não se deve utilizar o creme hidratante.

- Filtro solar fotoestável.

Profundos- Vaselina (evita que a água saia da pele) ou pomada

vegetal cicatrizante.- Pomada vegetal enriquecida com óleo de girassol

ou milho (que contém ômegas 3 e 6) e agente anti--inflamatório. Essencial para cicatrização. Não se deve utilizar o creme hidratante. Podem ser usados corticoides ou corticoide-like.

- Filtro solar fotoestável.

E o sol?Para quem acredita que os perí-odos quentes são inadequados, Nelson contesta: “peeling pode ser feito em qualquer época”. Ele lembra que no verão a pele está ao natural, enquanto no frio sofre de ressecamento e vasoconstrição. “O problema é o risco de o paciente não ser disciplinado o suficiente e se expor ao sol”, afirma. Para esses casos, existem os peelings feitos a partir das enzimas vegetais, como as presentes na romã, coco e abó-bora. “A papaína do mamão é um exemplo: enfraquece a queratina e promove uma descamação muito superficial. Pode-se manipular uma solução concentrada para consultório e uma mais leve para casa”. A vantagem é a segurança, pois não provocam inflamação ou necrose da pele, atingindo apenas a camada córnea.

n 1 0 1 - A B R / M A I / J U n 2 0 1 4 21

Se na dermatologia há uma tecnologia multi-facetada, ela é o laser. Consagrado na eliminação de pelos e tratamento de manchas e facidez, suas aplicações continuam evoluindo. Esse é um dos motivos porque dermatologistas investem nesses equipamentos, em busca de soluções pouco in-vasivas, seguras e eficazes, que, principalmente, exijam menos tempo de recuperação dos pacientes.

Para entender como essa mudança afe-tou a rotina da dermatologia nas últimas décadas, conversamos com a médica Tatiana Steiner, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Quais são as aplicações mais comuns para o laser? Na dermatologia, o laser pode ser usado para

depilação, remoção de tatuagens, manchas senis e solares, cicatrizes de acne e inestéticas, vasos, lesões e alterações vasculares. Podem eliminar verrugas e pequenos tumores, além de tratar o envelhecimento cutâneo.

Ele usa o método da fotodermólise seletiva, em que a luz interage especificamente com uma cor. Podem-se citar os hemangiomas. O laser procura o pigmento vermelho, atingin-do somente a lesão e não a pele vizinha. Nas manchas escuras, causadas por melanina, a luz

A dermatologista Tatiana steiner explica como o laser revolucionou o cuidado com a pele

o multiuso da dermATologiA


laser

agride o pigmento marrom, provocando menos reação e com menor tempo de recuperação.

Alguns aparelhos realizam o peeling para tratar o envelhecimento cutâneo, pelo qual a pele será renovada tornando-se suave, lisa, sem manchas, rugas ou flacidez. O laser de CO2 melhora a região da boca e dos olhos, preservando a natureza da pele com resultados duradouros.

Por que o laser é um item tão importante hoje?Ele é a melhor solução para lesões de difícil

tratamento, quando não há resposta à terapia tópica. Pode dar resultados a alterações e lesões que, uma vez formadas, não poderiam ser removidas ou ape-nas eliminadas através de procedimento cirúrgico. Além disso, oferece resultados com estímulos de colágeno que o tratamento tópico não alcança. Os lasers também são muito estudados para provocar o menor downtime, reduzindo o processo de cica-trização e recuperação. Mas sempre é utilizado em conjunto com o tratamento tópico, possibilitando resultados complementares.

Como ele atua e qual é a sua eficiência?O que diferencia o laser de outros aparelhos é

que ele é específico. Até então, os aparelhos para tratamentos dermatológicos (bisturi elétrico ou queima a frio) queimavam a lesão atingindo também a área ao redor. Já o laser é intensamente atraído por uma cor, possibilitando que a luz agrida somente a estrutura que se deseja e muito pouco ou nada a estrutura vizinha.

De que forma a introdução – e até certo ponto a popularização – do laser mudou a rotina de cuidados com a pele nos consultórios?

Atualmente, existem lasers considerados mais modernos que vêm sendo utilizados para tratamentos de rejuvenescimento da pele do rosto. A luz queima a pele através da vaporização da água. No Brasil, segundo informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o laser chega a representar 40% de todos os procedimentos realizados neste campo da medicina, e o número só não é maior porque os aparelhos são muito caros.

Com o uso do laser, mudou o papel das formulações? A área dos dermocosméticos nos últimos anos

também tem avançado a passos largos, aliando tecnologia e pesquisa. Eles não usados em conjunto com o arsenal tecnológico do consultório (máscaras calmantes, cremes de preparo, limpeza, preparações

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específicas para a recuperação da pele de grandes agressões). Itens com ação hidratante e calmante também são recomendados no período após alguns procedimentos a laser, para acelerar a reepitelização e suavizar a pele.

As formulações dermocosméticas devem ter uma ação conjunta com o laser e são importantes para o sucesso do tratamento. Elas são utilizadas para o preparo da pele – principalmente em tratamentos faciais e em pacientes de fototipo alto – e no pós laser. Atualmente a fronteira reside em combinar de ma-neira correta os cremes, para preservar o dano oxidativo gerado principalmente pela radiação ultravioleta com os pro-cedimentos a laser disponíveis.

De que modo as farmácias magistrais, com suas formulações individualiza-das, participam e contribuem para os tratamentos com laser?

Após o laser, o paciente precisa de produtos boa cosmética, bom espalha-mento, que não mancha a roupa, com poucas aplicações no dia, hipoalergênico, com o mínimo de efeitos colaterais e custo acessível. O preparo geralmente é feito um mês antes do procedimento com ácido e substâncias clareadoras, que permitem melhor resposta do laser e menor chance de pigmentação.

No pós-imediato, buscamos subs-tâncias calmantes, que ajudam no alívio da sensação de queimação e melhoram o eritema provocado pela luz. Máscaras calmantes costumam ser um confor-to para o paciente, também nos dias subsequentes. Em lasers mais agres-sivos, podem ser usadas substâncias anti-inflamatórias de três a sete dias no pós-laser.

Quais são as principais prescrições?No preparo, ácido retinóico e treti-

noína, clareadores com hidroquinona, alfa arbutin e ácido kójico, além de vitamina C tópica pela manhã. No pós imediato, corticoides de média potência e máscaras calmantes. Para o pós em casa, corticóide de baixa potência, substâncias repitelizantes

e calmantes (zinco, sulfadiazina de prata, alantoína). Também indicamos spray de água termal para pós CO2 fracionado, assim como manteiga regeneradora com vaselina, dimeti-cone ou glicerol. A arnica é boa para a diminuição do hematoma. Entre os calmantes anti-inflamatórios es-tão madecassoside e alantoína, que também é hidratante, assim como glicerol, silicone. Zinco e sulfadiazina de prata atuam como cicatrizantes.

Quais são as perspectivas de evolução do uso do laser?

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o laser já responde por 24% dos tratamentos rejuvenescedores sem operações plás-ticas. Nos Estados Unidos, há grupos de estudo que trabalham para desen-volver um aparelho especialmente para eliminar a gordura. Acredita-se que ele continuará evoluindo nesta direção: ser mais seguro, menos agressivo e dolorido.

Também são estudadas as altera-ções na fase pós-menopausa na região intravaginal, com efeitos para dor pélvica e incontinência urinária, além de hidratação e formação de colágeno.

tatiana steiner: “formulações devem ter uma ação conjunta com o laser”

Saiba mais on-line:• Material para visitação médica: formu-

lações para o pós-laser

o laser já responde por 24% dos tratamentos rejuvenescedores sem operações plásticas.


laser

“Você é o que você come”. É comum escutarmos essa frase, mas manter uma alimentação balanceada nem sempre é fácil. Pensando nisso, as farmácias de manipulação têm produzido formulações com resultados para a saúde da pele, cabelos e unhas.

Reconhecidos pela Anvisa como alimentos funcionais, os nutra-cêuticos estão sendo utilizados em pesquisas e nos consultórios por cuidarem de dentro para fora. Associados a cremes e tratamentos dermatológicos com compostos antioxidantes, vitaminas, minerais e outras substâncias, eles potencializam os efeitos. Esse conceito surgiu da necessidade de nutrir internamente a pele.

De acordo com a médica dermatologista Flávia Addor, o beta-caroteno é um exemplo. “Eles se definem como nutrientes de valor terapêutico. Geralmente, têm efeitos antioxidantes e ajudam no me-tabolismo celular de tecidos, como o colágeno no envelhecimento e a queratina nos cabelos”, conta. A partir dele são criadas cápsulas que contêm determinada associação de vitaminas, minerais, carotenóides e flavonóides, entre outras substâncias que combatem as carências nutricionais e estimulam as funções da pele para restaurar a vitalidade do corpo e do rosto.

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Já os probióticos melhoram os sintomas de dermatite e reações alérgicas da pele em geral, pois atuam na manutenção e recupera-ção da homeostase e na melhoria da resposta imune das células. “O probiótico é um tipo de alimento considerado funcional. São mi-crorganismos vivos que produzem ácido lático e, quando ingeridos, exercem efeitos benéficos à saúde”, explica. Esses organismos podem ser manipulados em sachês e cápsulas.

PosologiaDe acordo com as recomen-

dações da nutricionista Vanessa Suzuki, a dosagem dos nutracêu-ticos varia muito de acordo com o ingrediente, a indicação e o perfil do paciente. “Na avaliação, já en-contramos alimentos fontes desses nutrientes. A partir da sensibilidade ao suplemento, alterações renais ou hepáticas e/ou recomendação médica, sabemos se o paciente é alérgico a algum alimento ou componente da fórmula antes de iniciar o tratamento”, orienta.

Ela explica que a fórmula é personalizada. “No caso de alguém que deseja um tratamento contra o envelhecimento, aconselha-se utilizar minerais e antioxidantes. Vitaminas C e E, silício orgânico, coenzima Q 10, ômega 3 e licopeno são alguns desses ativos. Existem nutracêuticos que estimulam a produção de colágeno e elastina, resultando na diminuição de rugas e na maior sustentação e elasticidade”.

Exames de sangue específicos podem ser importantes. Isso evita sobrecarregar o organismo. Vanessa ressalta que uma boa alimenta-ção, exercícios físicos e a busca de qualidade de vida serão sempre o principal alicerce para a integridade da saúde, prevenção de doenças e envelhecimento.

Onde encontrar

Vitamina KConhecida pelo potencial antioxidante, a vitamina K

desponta em algumas pesquisas. Combinada ao retinol, parece ter um efeito protetor quanto à produção colagênica na derme, em estudos in vitro.

ProbióticosInúmeras combinações de probióticos podem ser pro-

duzidas. Há quem apresente efeitos colaterais (aumento de gases, desconforto abdominal e diarreia), mas eles desaparecem com tempo de uso. Os sintomas ocorrem devido à degradação dos patógenos no intestino: eles liberam produtos tóxicos em um processo chamado de die-off reaction.

BetacarotenoPesquisas comprovam sua importância na prevenção

de doenças. É um antioxidante (neutraliza os radicais livres e, por isso, previne o envelhecimento), aumenta a imuni-dade, dá elasticidade à pele, brilho aos cabelos e fortalece as unhas, além de atuar no metabolismo das gorduras.

Doses muito altas tendem a não ser tão benéficas quanto as baixas. Estudos avaliaram o efeito da suplementação com diferentes doses de betacaroteno. Os grupos de populações que receberam as menores doses obtiveram menor forma-ção de rugas e aumento de fatores relacionados ao reparo.


nutracêuticos

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proteína esseNCiAlPeptídeos bioativos e alimentos antioxidantes evitam perda do colágeno e estimulam produção da proteína pelo organismo

O colágeno é uma proteína co-nhecida por proporcionar o viço e a firmeza da pele. É essencial para a constituição do tecido conjuntivo e representa 30% do total de proteínas presentes no corpo. Com o envelheci-mento, sua quantidade no organismo diminui. Além das temidas rugas e linhas de expressão, podem surgir problemas mais sérios, afetando os ossos e até a pressão arterial.

A boa notícia é que há recursos para minimizar esses efeitos. É o caso do colágeno hidrolisado, um peptídeo de colágeno do tipo 1, o mesmo encontrado na pele e nos ossos. A ingestão desse bioativo na-tural estimula a produção endógena de colágeno, assegurando o conjunto de aminoácidos e peptídeos úteis para a síntese da proteína pelas células.

De acordo com a farmacêutica da Via Farma, Laísa Costa, o produto é indicado para a saúde dos ossos e da pele e também para a nutrição espor-tiva e controle do peso. Ela explica que o colágeno hidrolisado melhora a condição básica e a estrutura da pele. Também ajuda a manter a estrutura óssea, prevenindo e minimizando os efeitos de dores articulares, perda de firmeza, osteoartrose, osteopenia e degeneração da matriz articular.

Há ainda os chamados peptídeos bioativos de colágeno, específicos para a pele. De acordo com Fabiana Estopa, farmacêutica da Iberoquímica, a atuação do produto é classificada

como ”medicina do aperfeiçoa-mento”. “Ele faz com que a célula dérmica volte a gerar a substância que não estava mais sendo produ-zida”, explica.

Ela esclarece que já existem pro-dutos que contêm enzimas capazes de quebrar o colágeno íntegro e fazer ligações de aminoácidos que têm afinidade com as células dér-micas, atuando diretamente nos fibroblastos. O resultado é a melhora da hidratação, da tonicidade da pele e a diminuição de manchas. É principalmente a partir dos 30 anos que a perda de colágeno se torna maior.

Alimentação sem radicais livres

O farmacêutico especialista em cosmetologia Maurício Pupo lembra que também há colágeno no coração, cérebro, vasos sanguíneos e ossos e que, apesar de os nutricosméticos e cosméticos existentes atualmente serem muito eficazes no tratamento da pele, eles não são capazes de suprir a deficiência da substância nessas partes do corpo. Isso torna maior a necessidade de uma alimentação equilibrada e completa.

“Com o tempo, os sistemas antio-xidantes vão entrando em declínio, e o corpo perde a capacidade de defesa contra os radicais livres, que destroem o colágeno. Por isso, o nível da proteína vai diminuindo com a


colágeno

Alimentos que aumentam os níveis de colágeno:• Arroz e trigo integrais• Frutas vermelhas• Castanhas e nozes• Azeite de oliva• Suco natural de uva• Café (sem açúcar)

Alimentos que reduzem os níveis de colágeno:• Açúcar• Carnes• Leite e derivados• Industrializados: sucos,

refrigerantes, salgadinhos, biscoitos, congelados

idade. A forma mais eficaz de impedir que isso aconteça é evitar a entrada de radicais livres no organismo, por meio da alimentação e de cuidados com o sol”, aconselha.

Alimentos ricos em antioxidantes como vitaminas C e E, polifenóis, fiseti-na, antocianina, silício e ômega 3 são os mais indicados. Alimentos processados devem ser evitados, porque contêm alta concentração de radicais livres.

“O açúcar processado destrói o colágeno diretamente. E quase tudo o que é industria-lizado possui açúcar”, informa Pupo. Carne, leite e derivados também contribuem para a queda nos níveis de colágeno.

A qualidade do sono também é im-portante. “Quando dormimos mal, os telômeros, que são parte dos cromossomos, diminuem de tamanho e não conseguem se reproduzir. Isso causa perda do colá-geno, envelhecimento precoce e outras doenças”, alerta.

Cosméticos antioxidantesOutra opção que também complementa

a boa alimentação é o uso de cosméticos produzidos a partir de ingredientes com propriedades antioxidantes. “A substância tópica que mais tem capacidade de estimular a produção de colágeno é a vitamina C, aliada à vitamina E. Então, cremes de azeite de oliva e frutas vermelhas, por exemplo, estimulam a síntese de novo colágeno e impedem que o colágeno já existente seja destruído preco-cemente”, ensina.

Saiba mais on-line:• Revista Anfarmag 39 – DMAE tópico: em busca

da eterna juventude

• Revista Anfarmag 40 – Manipulando o DMAE: Anfarmag apresenta resultado de pesquisas reali-zadas junto aos fornecedores

• Revista Anfarmag 61 – Contorne a Situação: en-trevista com a dermatologista Vilma D´Almeida

n 1 0 1 - A B R / M A I / J U n 2 0 1 4 31

O período mais seco do ano já se aproxima. Nessa fase, substâncias à base de emolientes e umectantes podem auxiliar na fixação da água nas camadas da pele e prevenir o envelhecimento.

O clima seco promove uma evaporação rápida. Con-forme explica a farmacêutica especialista em cosmetologia e manipulação, Ana Cláudia Pompeu Raminelli, a perda trans-epidérmica da água leva a uma diminuição das bios-sínteses, prejudicando também a produção de colágeno e elastina, proteínas fundamentais para a saúde da pele.

Há também maior concentração de poluentes no ar no outono e inverno. “Em contato com a pele, os radicais livres do ar reagem com os ácidos graxos presentes na pele (peroxidação lipídica) e promovem a desorganiza-ção molecular da barreira cutânea”, explica. “É como se aparecessem buracos por onde a água escapa”.

Solução ao alcance do bolsoAna Cláudia indica emolientes à base de ácidos graxos

que reforcem a barreira cutânea, como ácidos oleicos, linolênicos e palmíticos. Os óleos vegetais de uva, gérmen de trigo, coco e macadâmia também têm essa função.

Os emolientes e umectantes impedem a pele perca mais água do que o necessário. “Essas substâncias não deixam um residual oleoso na pele após a aplicação, o que promove mais conforto no clima brasileiro”, afirma. “As farmácias oferecem uma vantagem ao consumidor, pois produzem formulações mais adequadas, ao contrário de opções que foram desenvolvidas para os climas europeu e americano”, diz.

O produto certo para cada climaCom invernos secos e verões úmidos, o clima

brasileiro requer produtos específicos para cada estação. “Cabe ao farmacêutico magistral fazer essas adaptações na formulação, com o objetivo de oferecer um produto adequado para cada cliente. Para o inverno, é interessante investir em substân-cias emolientes, como os óleos vegetais e silicones para suprir a necessidade de água da pele”, afirma a

para não entrar em uma fria

Produtos à base de emolientes e umectantes ajudam a manter a

vitalidade na mudança de estações


Bases

Alerta de desidratação- Perda da elasticidade e brilho- Poros fechados- Eritemas devidos à dilatação dos capilares sanguíneos- Descamações, rugas finas, prurido, fissuras e inflamação

Você evita, sua pele agradece- Excesso de sol: os raios solares promovem a eva-

poração da água da pele- Intempéries: vento, temperaturas extremas de calor

e frio favorecem a evaporação da água à superfície- Aquecimento e ar-condicionado : reduzem a umi-

dade do ambiente, provocando o ressecamento- Banhos quentes e demorados: a água quente que-

bra o manto lipídico da pele, assim como o cloro das piscinas

- Doenças: condições como ictiose, dermatose e psoríase alteram a camada mais superficial da pele

- Tabaco, álcool e café: fumar provoca a desidratação da pele, enquanto o consumo excessivo de álcool e café induzem à secura cutânea

- Idade: com o envelhecimento, o teor de água da pele diminui

Saiba mais on-line:• Revista Técnica do Farmacêu-

tico 17 – Qualidade de bases cosméticas: análise sensorial e controle microbiológico

• Revista Técnica do Farmacêu-tico 19 – O uso dos emolien-tes como diferencial no de-senvolvimento das emulsões

• Revista Anfarmag 41 – De-senvolvimento de formula-ções dermocosméticas hidra-tantes contendo trealose

farmacêutica associada de Bauru (SP), Paula Renata Carazzatto.

A farmacêutica chama a atenção para que o setor magistral invista em formula-ções específicas e individualizadas. “Atu-almente, o acesso às diferentes matérias--primas está mais fácil. Há fornecedores que vendem desde substâncias derivadas de células-tronco até as tradicionais lanolina e vaselina. O diferencial está na capacida-de técnica do farmacêutico, que precisa ter conhecimento sobre a pele humana para formular produtos para cada tipo de pessoa”, comenta.

O farmacêutico e mestre em ciên-cias farmacêuticas Anderson de Oliveira Ferreira também acredita que a farmácia magistral tem o papel de abrir o leque de opções, diferenciando a escolha da base. “É possível manipular ingredientes ativos em bases mais adequadas ao clima quente no verão e o contrário no inverno”, diz.

De acordo com ele, os cosméticos dei-xaram de ser produtos descompromissados. “Atualmente, os consumidores esperam que esses produtos sejam funcionais, ou seja, que tragam benefícios concretos para a pele”, afirma.

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Vida longa às nossas peles

Mudanças no perfil do consumidor abrem oportunidades na produção de antiagings e de produtos cada vez mais segmentados

“Tenho uma boa e uma má notícia”. Assim começa a entrevista do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméti-cos (Abihpec), João Carlos Basílio. “As pessoas que nascem hoje nas classes A e B vão viver 100 anos. Mas elas terão que trabalhar muito para equilibrar o sistema previdenciário. Aos 70 anos ou mais, homens e mulheres ainda estarão ativos e preocupados com a aparência”, afirma.

A constatação é determinante quando se consi-deram as tendências de cuidados com a pele. Pessoas ativas física, econômica e socialmente hão de querer apresentar na aparência o mesmo vigor. É por isso que continuaremos a presenciar o desenvolvimento dos produtos anti-idade. Há 30 anos, quando surgiu o apelo de melhorar a saúde da pele para retardar o processo de envelhecimento, focava-se em pessoas com até 50 anos. Hoje, existem até os 70. “Ainda vamos evoluir para 80, 90 anos”, acredita Basílio.

A expectativa é a de que a população idosa triplique em 40 anos. Se em 2010 eram menos de 20 milhões de pessoas, os brasileiros na terceira idade serão 65 milhões em 2015 e representarão 49% da população ativa.

Essa visão de futuro é embasada pelo Caderno de Tendências 2014-2015: higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, produzido pela Abihpec em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae).

O levantamento impressiona. O documento lem-bra, por exemplo, que o setor de cosméticos cresce de forma constante, como demonstrado pela Euromonitor Internacional. O Brasil é o terceiro maior mercado de produtos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC), ficando atrás dos EUA e China. Até 2020 provavelmente estaremos um degrau acima: na liderança logo depois dos EUA.


tendências

As possibilidades em um mercado tão dinâmico são infinitas.

De acordo com Basílio, uma das transformações nos próximos anos será a segmentação do cuidado com a pele. Cremes específicos para mãos, pés, corpo e rosto vão rapidamente substituir o hidratante único para todo o corpo. Dentro de cada grupo, serão ampliadas as variáveis como cor da pele e oleosidade. “O que está para acontecer com os hidratantes é semelhante ao que já ocorreu com os shampoos. Antes, se dividiam basica-mente em cabelo seco, normal e oleoso. Hoje, é possível encontrar uma mesma linha de shampoos com 25 indicações diferentes”, ilustra.

Além disso, irá se manter firme a tendência de “climatização” dos produtos. Ou seja, a produção de

fórmulas bem ao gosto dos brasileiros, com rápida absorção e sem deixar sensação de oleosidade.

O segmento de sabonetes também está em ampla expansão. O mercado brasileiro fatura R$ 3,7 bilhões. O consumo do produto em barra ainda é predominante no país. Há espaço para que o sabonete líquido, o gel para banho e o sabonete íntimo conquistem muito mais adeptos. Como o ritual diário do brasileiro também inclui hidratação e perfu-mação, investir em óleos corporais para uso durante e após o banho pode ser uma boa pedida. E, nesse contexto, os ingredientes naturais ganham destaque crescente.

Entre os fatores que mais agitam o setor, está da classe média, que vem trazendo novos ares e demandando

uma abordagem à parte. A febre do BB Cream, por exemplo, está relacionada à simpatia desse público pelos produtos que são vários de uma só vez. Também podem ser lembrados com essa característica os desodorantes, que aliam função hidratante e clareadora.

Como apresentado no estudo de tendências, a classe C é exigente com os produtos que consome, pois tem consciência de que não pode errar na compra por não possuir uma segunda oportunidade de aquisição. Assim, mesmo que o produto possua preço elevado, a avaliação é de que ele vale o investimento, pois carrega múlti-plas funcionalidades e é prático. Esse grupo de consumidores cresceu 17% na última década, de acordo com o Target Group Index.

Vida longa às nossas peles

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impasse pode chegar ao fim

Anfarmag busca solução para garantir a sustentabilidade de farmácias


linha de Frente

Não é de hoje que as farmácias enfrentam um enorme desafio quando se trata de quitar os impostos relativos à atividade. A principal questão está em definir se são estabelecimentos prestadores de serviço (e portanto devem pagar ISS à prefeitura) ou se a atividade é comercial (ICMS devido ao estado).

O tema já é debatido há cerca de cinco anos e é acompanhado de perto pela Anfarmag. No último ano, o presidente da entidade, Ademir Valério, representou os associados em uma série de eventos e reuniões em Brasília buscando uma solução para o impasse. Depois de muito trabalho, a questão pode estar prestes a ser solucionada.

Entenda o casoDe forma majoritária, as farmácias

sempre recolheram o ICMS aos estados. Porém, em 2008 o tema foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a interpretação do órgão foi de que a atividade desenvolvida pela farmácia de manipulação está sujeita ao ISS.

Com essa decisão, municípios de todo o país começaram a exigir o pagamento do ISS pelas farmácias de manipulação, deflagrando autuações, ações judiciais, execuções fiscais e inscrições no Cadin e Serasa. Atenta a esse cenário, a Anfarmag percorreu os diversos municípios afetados traba-lhando, juntamente com a assessoria jurídica da entidade, para dar apoio às farmácias associadas que se viram nessa situação.

Nos últimos anos, as batalhas ad-ministrativas e judiciais vêm seguindo a orientação do STJ, de modo a reco-nhecer o ISS como o tributo devido.

O problema é que muitas vezes essas farmácias passaram a sofrer tributação dupla, já que os estados não deixaram de exigir o pagamento do ICMS.

Para buscar uma solução, a An-farmag passou a contribuir como amicus curiae (“amigo do júri” em latim) nos autos do Recurso

Extraordinário nº 605.552, do relator Ministro Dias Toffoli, que atualmente aguarda julgamento no STF. A entidade, prevendo uma possível decisão pelo ISS, pleiteou expressamente que, caso isso ocorra, a decisão tenha efeito apenas a partir da data do julgamento – evitando penalidades retroativas, o que po-deria até inviabilizar a atividade das farmácias.

Em 2013, ao tomar ciência de que a Lei Complementar 123/06, que rege o Simples Nacional, seria revisada pelo Congresso Nacional, a Anfarmag atuou mais uma vez ao reunir seus associados em assembleia, na qual se decidiu por unanimidade que a entidade trabalharia para in-cluir a atividade entre as exceções dos serviços técnicos e profissionais que podem optar pelo Simples Na-cional. Desse modo, caso o STF decida que a atividade da farmácia se enquadra como serviço, o setor pode se beneficiar do regime de tributação simplificada.

Em dezembro, a comissão espe-cial da Câmara dos Deputados que analisa as propostas de mudança no Estatuto da Micro e Pequena Empresa aprovou o substitutivo do relator, deputado federal Cláudio Puty, que incluiu a manipulação de medicamentos no Simples Nacional.

A aprovação deixou claro que o Poder Legislativo já se alinhou ao posicionamento do STJ. Logo, o setor aguarda o julgamento do Recurso Extraordinário nº 605.552 pelo STF, momento em que a tri-butação sobre a atividade exercida pela farmácia de manipulação será enfim aclarada.

Anfarmag continua acompa-nhando de perto toda essa ques-tão como forma de garantir aos seus associados a harmonização da tributação e, por consequência, contribuir com a sustentabilidade econômica das farmácias e a pere-nidade da cadeia magistral.

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pequenas empresas, grAnDes mudANçAs

Como o Governo Federal tem traba-lhado para fortalecer as MPE?

A Secretaria da Micro e Pequena Empresa dá atenção exclusiva a esse tema. O Simples atinge hoje a maioria das empresas brasileiras e teve aumento de 50% no limite máximo para a opção. Permite a participação de empresas com re-ceita anual de até R$ 3,6 milhões. Agora, o Congresso Nacional está analisando um projeto que permite o acesso ao Simples de novos setores. Apoio o princípio de que é o porte que determina ser ou não ser mi-croempresa e empresa de pequeno porte: a receita e não a atividade.

Quais os principais desafios que a secretaria tem enfrentado?

A garantia de tratamento di-ferenciado às MPE representa um desafio por sua natureza transversal ao longo das estruturas de governo. Ao propor a criação de uma nova exigência qualquer para as empre-sas, por exemplo, deve existir uma preocupação em contemplar o tra-tamento simplificado aos pequenos negócios. O Ministério tem dois eixos estruturadores: desburocra-tização e desenvolvimento.

A alteração da legislação que regula o Simples Nacional trará que bene-fícios para as empresas brasileiras?

O Congresso Nacional está discu-tindo a quinta revisão da Lei Geral das MPE. Nosso papel é o de contribuir para simplificar o Simples Nacional.

A ideia é corrigir a restrição atual, beneficiando todos os segmentos. O que se quer é garantir que toda e qualquer empresa que fature até R$ 360 mil por ano (micro empresas) e até R$ 3,6 milhões por ano (pequenas empresas) sejam beneficiadas, redu-zindo a carga tributária e a burocracia para 440 mil empresas.

Considerando as atividades das far-mácias de manipulação, que medidas podem ser adotadas para ampliar a sustentabilidade do segmento?

Como em demais áreas, há pre-ponderância de micro e pequenas empresas no segmento e todas as ações da SMPE afetam positivamente esses empreendedores ao buscarem a desburocratização dos processos e

A discussão em torno das micro e pequenas empre-sas brasileiras (MPE) vem movimentando o Governo Federal e o Congresso Nacional. Isso porque se per-cebeu que esses negócios são importantes geradores de empregos. Pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor indica que há 27 milhões de empreendedores no Brasil.

Porém, 27% das MPEs encerram suas atividades nos dois primeiros anos. Foi para mudar esse cenário que em 2007 entrou vigor o Super Simples, sistema especial de arrecadação de tributos. Agora, a lei que criou o regime passa por revisão para aumentar os benefícios e ampliar os setores afetados.

“O que fizemos com o Super Simples é algo sem paralelo, é um simplificador inédito que surgiu a partir de um esforço suprapartidário no legislativo e atingiu o executivo”, afirma o deputado Cláudio Puty. “O setor de manipulação é representativo da realidade da micro e pequena empresa. Sua característica de pro-dução específica e individual mostra sua importância na sociedade e a necessidade de estímulo”, afirma.

A universalização do Simples também é defendi-da pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa, do ministro Guilherme Afif Domingos. Em entrevista exclusiva para a Revista Anfarmag, ele explica a im-portância da medida.


entreVista

mais desenvolvimento. No caso da Anvisa, por exemplo, após contribuir para a aprovação de novas regras simplificadas para o MEI, iniciamos uma discussão para novos avanços

Apoio o princípio de que é o porte que determina ser ou não ser microempresa e empresa de pequeno porte: a receita e não a atividade.

ministro guilherme afif domingos: “estamos à disposição para discutir propostas e ações que sejam específicas ao segmento”

e é vertente importante no aumento do acesso dos brasileiros a medicamentos, em benefício da saúde.

Qual é a sua mensagem para as farmácias de manipulação do Brasil?

O Brasil caminha no sentido do enve-lhecimento da população, o que tende a aumentar o mercado de atenção à saúde e o de medicamentos. O Governo Federal, com a criação da SMPE, deu um passo importante para acelerar as ações voltadas a criar um ambiente de negócios mais favorável aos pequenos negócios. Estamos à disposição da Anfarmag para discutir propostas e ações que sejam específicas ao segmento e possam, sob a perspec-tiva de criar trabalho e renda, ajudar a microempresa e a empresa de pequeno porte a cumprir o seu importante papel no desenvolvimento econômico e social.

no licenciamento das atividades e dos produtos das microempresas.

A cadeia produtiva do medicamento e produto manipulado é hoje um dos principias fomentadores de empregos no setor de saúde no Brasil. Como o Governo Federal vê as farmácias de manipulação e o seu papel no setor produtivo e na saúde da população brasileira?

O aumento do poder de compra das famílias formou uma base consumidora de mais de 100 milhões de pessoas, que cresce cerca de 4% ao ano, multi-plicando a geração de novos negócios, em especial os pequenos. Há, portanto, ambiente favorável e oportunidades para que 2014 continue esse movimento de expansão. O mercado das farmácias de manipulação está em franco crescimento,

deputado cláudio Puty: “o que fizemos com o sim-ples é algo sem paralelo, é um simplificador inédito”.

A sua farmácia é um estabele-cimento de saúde. Então, por que não promover a saúde com ações pontuais que valorizem a imagem de sua empresa? Por que não trazer novos clientes, enquanto promove a responsabilidade social?

Desenvolver um programa com ações que unam o cliente à farmácia

não só para a compra de medicamentos, mas como fonte de conhecimento e informação sobre saúde, promove a fidelização e o reconhecimento de um serviço confiável. Ao implantar cam-panhas de saúde, a farmácia coloca o seu foco no cliente, contribuindo para a cura ou o controle de doenças e os para o aumento da qualidade de vida.

Isso é muito mais do que comercializar. Em cada campanha realizada, está

a busca da farmácia pela excelência, conquistando o cliente de medica-mentos de uso contínuo.As campa-nhas demonstram o compromisso e a responsabilidade, transformando-se em uma ferramenta importantíssima no relacionamento com o cliente.

Cliente cuidado, farmácia sadia

Autor: Maria da Consolação Machado*


artigo

As farmácias magistrais tam-bém podem realizar ações seguin-do o calendário de campanhas públicas de saúde, conforme pre-vê a RDC 44, de 17 de agosto de 2009, que regula as boas práticas farmacêuticas.

Acessando www.portalsaude.saude.gov.br, a farmácia encontra tudo sobre as campanhas do Mi-nistério da Saúde. Para participar, deve procurar a secretaria de saúde municipal.

Não é preciso muito recurso para dar início a esse trabalho. Pode-se começar, por exemplo, com uma campanha sobre hipertensão. Basta possuir um aparelho de pressão e reunir o farmacêutico e os colaboradores. Apesar de ser simples, planejar, estabelecer horários para o atendimento e não comprometer as tarefas diárias e o atendimento de balcão são itens fundamentais para o sucesso da iniciativa. Da mesma forma, é importante treinar bem todos os participantes do evento e nivelar as informações que serão repassadas. O cadastramento é o passo fundamental para que a farmácia busque a fidelização e envolva o cliente em novas ações.

Temas como asma, dislipidemia, diabetes e ta-bagismo podem ser abordados de acordo com datas comemorativas. O custo de uma campanha pode ser estabelecido de acordo com a disponibilidade de recurso financeiro e a busca por parceria, que o reduz consideravelmente.

Uma campanha traz frutos por um longo período. Até os colaboradores, ao serem treinados, adquirem conhecimentos que irão utilizar no dia a dia, nos atendimentos de balcão. Mais conhecimento, mais segurança, vendas mais efetivas e elaboradas, mais venda, mais lucratividade.

As possibilidades que uma campanha traz a uma farmácia dependem do que será desenvolvido após a ação de atendimento em si. O serviço de atenção farmacêutica é um exemplo. Quando identificado o cliente com determinada enfermidade, ele é convidado a ter um acompanhamento com um profissional especializado: o farmacêutico. Este estará colaborando com o médico, incentivando o paciente a usar o medicamento de forma correta, no tempo adequado e complementando tudo isso com orientações para mudança de hábitos. Os re-sultados aparecem com a aderência ao tratamento e a melhoria da qualidade de vida.

A implantação de campanhas é um instrumento de divulgação da imagem da farmácia que demanda uma força de trabalho durante e após a realização do evento, para que as vendas relacionadas aconteçam e para que o cliente sinta a coerência da empresa. O consumidor tem sede de conhecimento, necessidades de atenção. O farmacêutico tem a oportunidade de se destacar como o profissional de saúde que é.

Melhorar o que é bom, não se acomodar e destacar o real papel de uma farmácia ao adotar ações como as campanhas de saúde são atitudes que tornam a farmá-cia ainda melhor, colaboram para o seu crescimento e contribuem para encarar a competitividade do mercado. Daí, precisamos ter a capacidade para fazer diferente, inovar sempre, oferecer saúde aos nossos clientes e alcançar o sucesso.

Novo serviço da Anfarmag simplifica gestão da qualidade na farmácia ao longo de todo o ano

AgendA fácil

Agenda Anual da Qualidade

Autoinspeção, gerenciamento de resíduos, verificação de equipamentos, análises laboratoriais, controle de água potável, renovação de autorizações de funcionamento. A lista de obrigações da farmácia magistral para garantir o cumprimento das normas vigentes é tão extensa que representa um desafio para os empreendedores do setor. Algumas delas são anuais, outras semestrais, bimestrais, semanais. Estar sempre em dia demanda método e organização.

Foi pensando nisso que a Anfarmag criou um serviço que vai simplificar o dia a dia da farmácia. A partir de abril, os associados podem baixar

gratuitamente, no site da entida-de, a Agenda Anual de Gestão da Qualidade. Elaborada pela equipe técnica-farmacêutica e regulatória da entidade, a agenda traz planilhas de fácil visualização e entendimento. Com elas, é possível monitorar as atividades obrigatórias, de acordo com a época do ano e a periodicidade.

O conteúdo foi organizado para englobar questões administrativas e legais, gestão do meio ambiente, proteção ao colaborador da farmácia e gestão da qualidade e segurança do produto manipulado.

O diretor de assuntos regulatórios da

Anfarmag, Ivan Teixeira, explica que o conteúdo também pode ser adaptado de acordo com cada contexto. “As farmácias criam padrões próprios de procedi-mentos para cumprir essas atividades e podem usar as nossas informações para aprimorar o sistema que já possuem”, diz. “Seja usando a agenda na íntegra ou se inspirando nela para melhorar os processos internos, tenho certeza de que esse serviço tornará muito mais simples a gestão da farmácia”.

O material foi produzido conside-rando as normas vigentes hoje, mas as farmácias devem permanecer atentas a mudanças na legislação.

• Associado pode baixar gratuitamente as tabelas em www.anfarmag.org.br

• Elas podem ser impressas ou arquivadas no computador com fácil acesso

• Em cada uma delas, a farmácia monitora o cronograma e o status de suas obrigações legais de acordo com cada período do ano


vantagem anfarmagVantageM anFarMag LANÇAMENTO

A Anfarmag acaba de lançar o Saafe – Serviço de Atendimento de Autorização de Funcionamento e Especial. Trata-se do monitoramento contínuo de publicações no Diário Oficial da União (DOU) relativas à concessão, alteração, renovação, indeferimento ou cancelamento de Autorização de Funcionamento (AFE) e de Autorização Especial (AE).

Fundamentais para que as far-mácias mantenham suas atividades legalmente, as autorizações são expedidas pela Anvisa e precisam ser renovadas todos os anos. O resultado desses processos é sempre publicado no DOU.

Para saberem das decisões do órgão, as farmácias precisavam acompanhar as edições do diário.

Com o novo benefício, a Anfarmag oferece aos associados a comodidade de receberem o aviso por e-mail, jun-tamente com a cópia da publicação.

No caso de o resultado ser inde-ferimento ou despacho, o associado recebe também orientações sobre como entrar com o pedido de re-curso ou reconsideração.

O monitoramento inclui a agen-da de reuniões abertas da agência. Nessas ocasiões, a farmácia cujo processo será avaliado tem a op-ção de comparecer à reunião para se defender oralmente ou pode solicitar que o julgamento ocorra de forma sigilosa.

A farmácia também recebe todos os anos um e-mail com as datas em que deve realizar a renovação das autorizações. O histórico de publi-cações de cada farmácia monitorada pelo Saafe fica disponível e de fácil acesso na área restrita ao associado, no site da Anfarmag. Para garantir que irá usufruir do serviço, a farmácia deve verificar se o e-mail cadastrado junto à entidade está atualizado.

Como funciona o SAAFE•Saafeidentificaassociados

citados no DOU•Égeradoume-mailcomcó-

pia da publicação para cada associado citado

•Casohajaindeferimentooudespacho, a equipe da An-farmag envia orientações na sequência

•Anfarmagmonitoraaagendade reuniões abertas da Anvisa e alerta o associado caso o seu processo esteja na programação

•Todososanos,oassociadorecebepor e-mail lembretes com a data de renovação de AFE e AE

•Aqualquermomento,oas-sociado pode conferir suas informações na área res-trita ao associado do site www.anfarmag.org.br

em diA com o prazoAnfarmag investe em tecnologia para ajudar associado a cumprir os prazos relativos à autorização de funcionamento e à autorização especial

LANÇAMENTO


vantagem anfarmag

A Anfarmag coloca à disposição dos associados dois produtos que vão facilitar a rotina de manipulação: as edições atua-lizadas do Manual de Estabilidade – pH de Ativos de Uso Tópico e do Manual de Equivalência.

Manual de Estabilidade

O Manual de Estabilidade – pH de Ativos de Uso Tópico traz uma relação de cerca de 800 matérias-primas, incluindo ativos e bases galênicas. Os itens estão organizados em tabelas de fácil visualização.

Ao procurar pelo ativo, o farmacêutico encontra quais são as melhores faixas de pH, as bases indicadas e aquelas com que pode haver incompatibilidades. Também é possível fazer a busca por veículo, encontran-do suas características gerais, composição química e faixa de pH adequada.

Para que sejam efetivas e estáveis, as formulações precisam respeitar vá-rios parâmetros, entre eles o pH. Muitas vezes, veículo e ativo apresentam faixas de pH ideais diferentes e o formulador

precisa intervir para compatibilizar. Daí a importância da publicação, que está na terceira edição.

Manual de Equivalência

Outra publicação que está nova em folha é o Manual de Equivalência, que chega à quarta edição.

A maioria dos fármacos está disponível em sua forma de sal ou éster, embora outros estejam em sua forma base. Assim, é im-portante a avaliação do farmacêutico para, sempre que necessário, intervir na forma de correção por meio do uso de fatores de correção que os adequam à dose prescrita.

Qualquer que seja a apresentação da matéria-prima utilizada, o farmacêutico precisa ter certeza de que está preparando o medicamento com as doses adequadas do fármaco ativo.

Para dar essa certeza a quem manipula, o Manual de Equivalência indica como aplicar os fatores de equivalência, dependendo da forma do insumo com que se trabalha. Ao todo, o documento lista 460 substâncias.

Associado conta agora com edições revisadas dos manuais de equivalência e de pH de ativos para uso tópico

Deu química

LANÇAMENTO


VantageM anFarMag

46 unhas: cuidados e possibilidades magistrais52 Cosmética: as diferentes classes de ceramidas

ENCARTEtécnico

Unhas: Cuidados e possibilidades magistrais

carolina A. leiva dalsin Fiore

IntroduçãoA unha é considerada um anexo

da pele que não possui vasos san-guíneos, nem inervação ou células vivas, constituída essencialmente por queratina, proteína e enxofre. Pode variar em relação ao aspecto, à forma, ao tamanho e à resistência (a fragilidade aumenta com o avanço da idade). Além da estética em si, as unhas servem para a proteção dos dedos e auxiliam na sensibilidade tátil fina. O seu crescimento é contínuo e recebe estímulos hormonais, nervosos e imunológicos.

O tempo médio de crescimento das unhas, da base até a ponta, em circunstâncias normais, é de cinco a seis meses para as mãos, e de oito a doze meses para os pés. A velocidade do crescimento das unhas é a razão pela qual o tratamento de suas doenças é tão demorado, o que muitas vezes resulta em pouca adesão do paciente a esse tratamento.

Variações individuais relacionadas à raça, idade, ambiente, sexo, fatores nutricionais e sazonais, ocupação, entre outros, também influenciam no crescimento. Exemplo: o crescimento no verão é normalmente mais rápido do que no inverno, mais rápido nas unhas das mãos do que dos pés, mais rápido na mão dominante (mão direita nos destros, mão esquerda nos canhotos), são mais espessas nos homens do que nas mulheres, durante a gravidez, tendem a ter redução da

espessura, em crianças são mais finas e menores e com a idade tornam-se mais grossas.

As variações de dureza e elasticidade das unhas dependem da hidratação da lâmina de queratina. Esses anexos cutâneos contêm normalmente de 7% a 16% de água e essa quantidade é dependente da umidade do ar. A difusão de água através da unha é 100 vezes maior do que da epiderme. O excesso ou a falta de água deixa as unhas frágeis.

EntrE as prIncIpaIs quEIxas sobrE as condIçõEs das unhas Estão os sEguIntEs ItEns.

Unhas frágeis: qualquer situação em que o estado nutricional, hormo-nal ou o estado de saúde geral esteja alterado pode se refletir nas unhas, deixando-as frágeis. A fragilidade ungueal é um problema bastante frequente, que se manifesta pelo sur-gimento de unhas finas e quebradiças, podendo chegar a um grau avançado, denominado onicosquizia, que é o descolamento das porções superficiais da lâmina ungueal (descamação). Os principais mecanismos de fragilização ungueal estão relacionados ao rom-pimento da barreira hidrolipídica da pele circunjacente e à diminuição do conteúdo de água da oniquina, que constitui a lâmina ungueal. Essa re-dução pode ser causada muitas vezes por agressões constantes de produtos

químicos, água e pequenos traumas. O envelhecimento também apresenta alterações específicas nas unhas: perdem a transparência, tornam-se opacas, ficam amarelo-acinzentadas, frágeis e mais propensas à infecção fúngica.

Onicomadese/Onicólise: deslo-camento da lâmina ungueal, a partir da matriz/zona de separação entre a unha e o leito ungueal. Suas causas são diversas, como doenças próprias da unha, psoríase, líquen plano, micoses e alergia a medicamentos. Porém, a principal causa é o trauma, que pode ser: um trauma repetitivo causado pelo uso de calçados apertados, o trauma agudo e, mais comumente, o trauma ocasionado pela limpeza excessiva da unha feita pela própria pessoa.

Unha encravada (onicocriptose) com ou sem infecção: o surgimento pode ser ocasionado pelo uso de sapatos apertados e corte incorreto. As gestantes apresentam tendência ao encravamento das unhas, necessitando maior atenção e cuidados adequados.

Deformidades ou Leuconíquias (manchas brancas): traumas ou até mesmo o hábito de roer unha pode ocasionar deformidades ou o surgi-mento de manchas brancas, já que a matriz onde ela nasce pode ficar comprometida. Com isso, a unha pode passar a nascer torta e curvada. A ingestão de alguns medicamentos como os retinóides, tetraciclinas e alguns antidepressivos pode alterar a forma e a cor das unhas, porque

A dermatologia é uma área do conhecimento e de atuação de profissionais de saúde em constante crescimento. Sua importância avoluma-se a cada dia, pois, como se sabe, a pele e seus anexos constituem-se no maior órgão do corpo humano, requerendo tanto cuidado quanto os demais órgãos e sistemas. As unhas também têm a capacidade de de-monstrar a saúde geral do organismo, além de se constituírem em importante manifestação estética e social passíveis, portanto, de cuidados especiais.


derMatologia

leva ao afinamento e aparecimento de pontos brancos. Quando as unhas estão inteiramente brancas, pode ser sinal de alguma infecção.

Onicomicose: é causada por fungos. As unhas mais comumente afetadas são as dos pés, pois o am-biente úmido, escuro e aquecido, encontrado dentro dos sapatos e tênis, favorece o seu crescimento. Manifestações clínicas: unhas espessa-das, duras, amareladas, com material escamoso depositado embaixo delas. O tratamento, em geral, é feito com medicação sistêmica e deve ser indica-do pelo dermatologista. A substância a ser usada deve ser escolhida com base no agente causador da micose. Esse deve ser identificado por meio de exame apropriado.

Infecções: pacientes debilita-dos, atletas que constantemente se machucam durante os exercícios e indivíduos que tiram as cutículas provocam a quebra da barreira natural, permitindo a entrada de agentes que, posteriormente, vão causar doenças.

Paroníquia: popularmente conhe-cida como “unheiro” ou “doença das lavadeiras”, que acomete as cutículas. Caracteriza-se por inchaço doloroso e vermelho, eritematoso do tecido periungueal com ausência de cutí-cula, deixando passagem livre para o compartimento abaixo da prega un-gueal. Entre os fatores desencadeantes estão, principalmente, a umidade e a utilização de produtos químicos.

As unhas, mais até do que a pró-pria cútis, são termômetros do que está ocorrendo no organismo humano. Um exame atento a essas estruturas pode auxiliar em diagnósticos difíceis, bem como permitir um tratamento precoce de doenças internas, dizem os especialistas em dermatologia. As unhas podem manifestar algumas patologias sistêmicas como anemia, doenças cardíacas, hipotireoidismo, renais, do fígado, gastrointestinais, diabetes, lúpus, eritematosos, reuma-tismo, Aids e alterações nutricionais.

De uma forma geral, o trata-

mento para as situações descritas é feito com o uso de medicamentos ou suplementos à base de vitaminas e proteínas (uso interno) e de substân-cias com propriedades enrijecedoras e fortalecedoras, além da hidratação e cuidados com as unhas e cutículas (uso tópico). O cuidado diário das unhas é importante não só do ponto de vista estético, como também da saúde global do indivíduo.

MErcadoSão constantes as novidades em

produtos voltados para o uso nas unhas no mercado, que está em crescente expansão, especialmente no setor de esmaltes. Entretanto, a função dos cosméticos ultrapassa as tendências. Muito além do papel estético, o emprego de formulações cosméticas é feito para o tratamento das unhas, atuando tanto na sua hidratação, quanto em sua proteção contra perda de água e para cobrir imperfeições que possam impactar no bem-estar e na autoestima das pessoas.

Em relação aos medicamentos, as unhas representam uma das bar-reiras mais eficientes à penetração de fármacos. Isso faz com que seja desafiador, para os formuladores, obter preparações eficientes para o tratamento tópico das unhas. Conse-quentemente, o tratamento via oral continua sendo o mais empregado, especialmente para as onicomicoses. Nesse caso, muito se tem estudado em relação a técnicas alternativas de tratamento, que incrementam a penetração de substâncias, como a aplicação de laser ou iontoforese.

É importante destacar que os cuidados das unhas não se limitam apenas ao sexo feminino. No universo masculino, embora não tão recente, mas sem dúvida mais forte do que antes, também fazem parte o uso de cosméticos e a busca para tratamentos. O mercado infantil merece conside-ração especial, visto que a linha de produtos registrados destinada ao público infantil é classificada com

grau de risco 2 (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), conforme Resolução RDC 211/05:

Cosmético grau de risco classe 2: são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes cuja formulação cumprem com a definição adotada no item 1 do Anexo I desta Resolução e que possuem indicações específicas, cujas características exigem compro-vação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados, modo e restrições de uso)(13).

Para a realidade do setor magis-tral, oferecer opções personalizadas e com possibilidades particulares a cada paciente é um diferencial importante diante de prescritores. Serão apresentadas, nos parágrafos seguintes, algumas disponibilidades atuais para o desenvolvimento de formulações focadas no trato das unhas e cutículas.

cuIdados E trataMEntos IndIcados

Boa parte dos cuidados com as unhas se baseia na hidratação eficaz da pele da região periungueal. Assim sendo, praticamente todos os produtos para unhas atuam basicamente por duas vias: hidratação e prevenção da perda de água.

No mercado, é possível encontrar produtos que fortaleçam e hidra-tem as unhas, antissépticos para a higienização, substâncias naturais antimicóticas e hidratantes para a cutícula, que evitam seu ressecamento e a formação de fissuras1.

Paralelamente ao uso de produtos, mudanças de hábitos são recomenda-das, como usar cremes amolecedores de cutículas afastando, em seguida, seu excesso, sem retirá-las, uma vez que essa prática pode agravar infecções fúngicas ou bacterianas.

Após o uso de removedores de esmalte, é recomendada a rigorosa hidratação das unhas. Esses produtos possuem potencial de dano às unhas, pois na composição encontram-se acetona, álcool, acetato de etila, entre


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outros solventes, que são potentes desengordurantes, capazes de remover o manto hidrolipídico do eponíqueo, causando forte irritação e excessivo ressecamento das unhas, tornando-as frágeis e quebradiças.

Infelizmente, ainda nos dias de hoje, observa-se o hábito de roer unhas (onicofagia), apesar de causar um constrangimento estético. Dependendo da intensidade da destruição, podem ocorrer deformidades permanentes. Esmaltes, soluções e/ou cremes à base de substâncias de sabor desagradável são utilizados para o tratamento, mas às vezes somente a psicoterapia ajuda a controlar a ansiedade, melhorando o quadro.

Para o tratamento de onicomicoses, deve-se levar em conta o grau de alte-ração, idade, doenças concomitantes e medicações em uso. São utilizadas medicações orais e tópicas (esmaltes), por períodos de três a seis meses. En-tretanto, esses tratamentos são muito longos, pouco efetivos em muitos casos e acompanhados de diversas reações adversas, que reduzem a adesão do paciente à proposta terapêutica.

suplEMEntação oralQuando necessário, a ingestão

de um suprimento adequado de vi-taminas, minerais e aminoácidos é indicada. Normalmente esses contêm cisteína, rica em enxofre, vitaminas lipossolúveis, como A, D e E e as do complexo B, como a biotina.

Ácido ortosilícico estabilizado (si-lício orgânico hidrossolúvel ou biodis-ponível): promove dureza e estabilidade das unhas por ligar-se à queratina. O ácido ortosilícico estabilizado é com-posto por um hidrolisado de proteína marinha (colágeno marinho), o qual, através de um processo tecnológico, permite limitar a polimerização do ácido ortosalicílico e torná-lo mais disponível. Desse modo, há uma melhor absorção quando comparado com silício na forma de complexos metálicos ou quelatos(13). Via oral: doses usuais entre 100-600mg/dia.

VEículos para forMulaçõEs tópIcas

Base Esmalte: se, por um lado, podem causar alergias e dermatites de contato, devido à sua composição complexa e basicamente de substâncias solventes e cossolventes (acetato de etila, acetona, álcool, isopropanol etc.), por outro, os esmaltes formam um filme impermeável, protegem as unhas do ressecamento e aumentam sua espessura, o que as torna mais resistentes a traumas mecânicos. A essa base podem ser acrescidos ingre-dientes como vitaminas, hidrolisados de proteínas, como hidrolisado de queratina, e outros com finalidade de fortalecer unhas frágeis.

Bases galênicas: as mais comuns são cremes ou loções, podendo ser pomadas também. Devem ser de fácil aplicação, preferencialmente com componentes que promovam resistência à água e não são agressivos às unhas e à cutícula. São aplicadas na incorporação de ativos que atuam favorecendo a retenção de água e evitando sua perda por evaporação. Impactam na melhora da aparência geral das unhas e, ao diminuírem sua fragilidade, melhoram sua capacidade de barreira, prevenindo infecções. São aplicadas com suaves massagens de duas a três vezes ao dia.

Embalagens; frasco esmalte in-color, frasco esmalte âmbar, bisnaga, bisnaga com bico dosador, frasco loção, caneta aplicadora.

forMol VErsus ManIpulaçãoEm 2009, a Anvisa publicou a

Resolução RDC n.º 36, de 17 de junho de 2009, que dispõe sobre a proibição da exposição, venda e en-trega ao consumo do produto formol, ou formaldeído (solução a 37%) em drogaria, farmácia, supermercado, armazém e empório, loja de conve-niência e drugstore.

Em seu artigo 2º, proibiu a adição do formol a produtos cosméticos

acabados, explicitando que a não observância da norma implica em infração sanitária, passível de aplicação de penalidade:

Art. 2º - A adição de formol ou de formaldeído a produto cosmé-tico acabado em salões de beleza ou qualquer outro estabelecimento acarreta risco à saúde da população, contraria o disposto na regulamenta-ção de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e configura infração sanitária nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, administrativa e penal cabíveis. Parágrafo único - Entende-se por produto acabado o produto que tenha passado por todas as fases de produção e acondicionamento, para venda, conforme estabelecido no inciso XV do art. 3º do Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 1977 e por produto cosmético a definição de produto de higiene pessoal, cosmético e perfume estabelecida no Anexo I da Resolução RDC nº 211, de 14 de julho de 2005.

Ressalte-se, ainda, que a Resolução RDC 162, de 2001, que contém a lista de substâncias de ação conservante permitidas para produto de higiene pessoal, cosméticos e perfume, bem como a Resolução RDC 215, de 2005, que regulamenta a utilização da substância para a produção de esmalte e fortalecedor de unhas, não foram revogadas pela Resolução RDC 36, de 2009, razão pela qual a utilização do formol, nos termos do estabelecido naquelas normas, continua permitido pela legislação.

Com efeito, de acordo com as referidas normas, a utilização do for-mol é permitida em cosméticos como endurecedor de unhas, na concentração de até 5%, e como conservante de produtos, na concentração de até 0,2%.

Assim, as preparações magistrais elaboradas nas farmácias a partir de uma prescrição médica, e cuja fórmula

TÉCNICA


contenha a substância formaldeído, não devem ser consideradas pela Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária como cosméticos proibidos, para fins de aplicação da RDC 36, de 2006, devendo a Anvisa considerá-las como medicamento, conforme entendi-mento exarado pela Gerência Geral de Cosméticos - GGC, uma vez que possuem finalidade terapêutica.

A utilização do formol em prepa-rações magistrais, uma vez elaboradas em atendimento às determinações legais, salvo entendimento contrário, não deve sofrer as restrições impostas pela referida norma, uma vez que:

(i) sua utilização se encontra ex-cepcionada para as aplicações previstas na legislação vigente (a utilização do formol é permitida em cosméticos como endurecedor de unhas, na con-centração de até 5%, e como conser-vante de produtos, na concentração de até 0,2%.).

(ii) as preparações magistrais são elaboradas a partir de prescrições expedidas por profissionais legalmente habilitados, objetivando sua aplicação terapêutica, conforme entendimento manifestado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Diante de toda a exposição acima, é possível concluir que a Resolução RDC 36, de 2009, vedou a venda do formol em farmácias e drogarias, dentre outros estabelecimentos, como matéria-prima, diretamente para o consumidor final, bem como a sua adição a produtos cos-méticos acabados, com exceção para a utilização do mesmo em fortalecedores de unhas e esmalte, conforme RDC 162, de 2001 e Resolução RDC 215, de 2005, que não foram revogadas pela RDC 36, de 2009.

conclusãoA importância das unhas vai além

da questão estética. Assim como os cabelos, esses anexos da pele podem ser encarados como marcadores inter-nos que sinalizam, de forma precoce, problemas que devem ser mais bem avaliados e tratados.

As unhas servem para a proteção dos dedos, auxiliam na sensibilidade tátil fina. Considerando-se que as unhas devem tocar quase tudo que é apreendido pelas mãos, ocorrendo sua fragilidade e pouca consistência, por fatores intrínsecos ou extrín-secos, haverá grande desconforto e incapacidade para o indivíduo, em seu dia a dia.

Além de indicadores de problemas estéticos e/ou patológicos, suas afecções tópicas exigem tratamentos longos e, muitas vezes, ineficazes. Os cosméticos focados nos cuidados para unhas e mãos podem auxiliar e atuar na prevenção dessas afecções, ao manterem as unhas mais hidratadas e protegidas por suas barreiras naturais, além de cobrirem imperfeições antiestéticas.

Importante destacar a adequada higienização e proteção contra a ex-cessiva exposição à umidade, sendo que os principais cuidados cosméticos com as unhas envolvem a prevenção do ressecamento e a boa hidratação da lâmina ungueal e do eponíqueo, bem como o uso mínimo ou a exclusão de agentes irritantes ou sensibilizantes. Existem recomendações do que se pode ou não fazer para que agravos não se manifestem, entre elas, está a importância do uso de produtos dirigidos.

A farmácia com manipulação oferece, aos prescritores, inúmeras

opções de formulações magistrais para patologias relacionadas às unhas, individualizando o tratamento, ade-quando-o às necessidades do paciente e consequentemente incrementando a adesão à terapêutica proposta, visto que esta é longa e demanda comprometimento e persistência por parte do paciente em tratamento.

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n 1 0 1 - A B R / M A I / J U n 2 0 1 4 51

As ceramidas pertencem ao grupo dos esfingolípidos e são constituintes importantes do filme hidrolipídico formado na pele, atuandona manu-tenção da estrutura e hidratação da pele, couro cabeludo e fibras capilares. As ceramidas dos tipos 1, 2, 4 e 5 contêm esfingosina e bases com 16 a 22 carbonos, enquanto aquelas dos tipos 3, 6 I e 6 II contêm fitoesfingo-sina e bases com 20 a 32 carbonos na sua cadeia. Este trabalho tem como objetivo fazer um levantamento bi-bliográfico, identificando as diversas classes de ceramidas existentes na natureza, diferenciando as classes quanto à sua estrutura química e analisando em qual área do corpo humano elas devem ser utilizadas para a obtenção de melhores resultados cosméticos. As formulações à base de ceramidas devem ser preparadas com cuidado, pois uma preparação inadequadamente formulada é inativa. A fórmula escolhida deve permitir que as ceramidas penetrem no Estrato Córneo e garantam sua biodisponibi-lidade, o que é bastante complexo de se realizar com certas ceramidas muito hidrofóbicas (ceramidas 1 e 3), que tendem a cristalizar-se em presença de água. As ceramidas atuam por dois mecanismos: um efeito de barreira e um efeito indireto de aprisionamento da água. Sua ação é decorrente de sua estrutura química bipolar. Essas estru-turas, muito hidrofóbicas, impedem que a “água livre” evapore: é o efeito de barreira, que se deve essencialmente às ceramidas 1 e 6A. A utilização de ceramidas 6 é garantida por suas pro-priedades, aliadas à relativa facilidade de formulação, à sua estabilidade em

ampla gama de pH e ao fato de um nível de incorporação de 0,5% ser suficiente para obter o efeito alisador e firmador. A Glicosilceramida (Cerami-das III) pertence a uma classe dentro das famílias de esfingolipídios, com maior afinidade à água. Ação rees-truturante sobre o Stratum corneum, agindo como agente de coesão entre os corneócitos, no couro cabeludo e no fio, consequentemente diminuindo as descamações.

Palavras-chave: Ceramidas, Ex-trato Córneo, Esfingolipídios.

abstractCeramides belong to the group of

sphingolipids, are important consti-tuents of hydrolipidic film formed on the skin, that work in maintaining the structure and hydration of the skin, scalp and hair fibers. Ceramides of Types 1,2,4 and 5 contain sphingosine bases and from 16 to 22 carbons, while those of the types 3, 6I and 6II and containing phytosphingosine bases with 20-32 carbons in its chain. This paper aims to review the literature identifying the different classes of ceramides in nature, differing classes as analyzing their chemical structure and in which area of the body they should be used to obtain better cos-metic results. Formulations based on ceramides must be prepared carefully because preparations is improperly formulated inactive. The formula chosen should allow penetrating the ceramides in the stratum corneum and ensuring their bioavailability, which is very complex to perform with certain ceramides very hydrophobic (ceramide 1 and3), which tend to crystallize in

the presence of water. Ceramides act through two mechanisms: a barrier effect and an indirect effect of trap-ping the water. Its action is due to its chemical structure bipolar, these structures, very hydrophobic, prevent the “free water” evaporates: the barrier effect, which is largely due to cera-mides 1 and 6A. Use of ceramides 6 is secured by its properties, coupled with the relative ease of formulation, its stability over a wide pH range and the fact that an incorporation level of 0,5% will be sufficient for firming and smoothing effect. Glucosylceramide (Ceramide III) belongs to a class of sphingolipids in families with higher affinity to water. Restructuring Action on Stratum Corneum, acting as agent for cohesion between the corneocytes, scalp and the wire, thereby reducing the dander.

Keywords: Ceramides, Stratum Corneum, Sphingolipids.

IntroduçãoCom o advento do século XXI e

a globalização, o conceito de beleza tornou-se uma fronteira sem limites. A utilização da engenharia genética, a reestruturação do genoma, da tecnolo-gia virtual, visual e a nanotecnologia, inseriram na indústria cosmética e cosmecêutica uma nova visão de competitividade e exigência de um mercado, que poderia denominar-se de “sensorial/digital”. (TOTH, 2002).

As ceramidas são constituintes importantes do filme hidrolipídico, formado na pele, que atuam na ma-nutenção da estrutura e hidratação da pele (inclusive no couro cabeludo) e também na proteção das fibras capi-

Diferenças estruturais e Usuais entre as Diversas Classes

de Ceramidas

Paula roberta tessaro e talize Foppa


cosMética

lares, formando um filme protetor sobre cada fio. As ceramidas pertencem ao grupo dos esfingolípidos e consti-tuem uma classe de lipídeos polares estruturais presentes no complexo da membrana celular. Sua espinha dorsal é a esfingosina, um amino álcool de 18 carbonos, que é acilada com um ácido graxo de cadeia longa. (SANT’ANNA, 2000).

Os esfingolípidos foram des-cobertos há mais de um século em amostras de cérebro. Desde então diversas espécies foram identificadas e caracterizadas quimicamente. De fato, os esfingolípidos formam uma classe quimicamente heterogênea de lipídios que apresentam propriedades estruturais e biofísicas conservadas desde os fungos e mamíferos. (BAR-BOSA, 2011).

As ceramidas são os esfingolípi-dos mais simples e formam-se por N-acilação de bases esfingóides com uma grande variedade de ácidos graxos, sendo que os mais comuns são os ácidos graxos C18 e C20. Os esfingolípidos mais complexos são glicoesfingolípidos (GESLs), que se formam pela ligação de uma ou mais oses à ceramida. (BARBOSA, 2011).

Durante a última etapa do processo de diferenciação celular, os corpos lamelares ou granulares liberam os componentes que formam a barrei-ra lipídica das bicamadas da pele. Essa barreira é composta de 40% de ceramidas, 25% de colesterol, 10% de sulfato de colesterila e 25% de ácidos graxos livres. As ceramidas constituem o principal componente dessa camada, tendo sido detectadas e classificadas em seis tipos diferentes. Como característica comum, todas contêm esfingosina ou fitoesfingosina. As ceramidas dos tipos 1, 2, 4 e 5 contêm esfingosina, enquanto aquelas dos tipos 3, 6 I e 6 II contêm fitoes-fingosina. O grupo de ceramidas 1, 2, 4 e 5 contém bases de esfingolipídios com 16 a 22 carbonos, enquanto que as ceramidas 3, 6 I e 6 II contêm fosfolipídios com 20 a 32 carbonos

na sua cadeia. (TOTH, 2002).Além de seu papel essencial na

estruturação e coesão do estrato cór-neo, os diferentes tipos de ceramidas têm funções específicas. Estas são ainda pouco conhecidas, mas têm-se evidenciado relações entre as modi-ficações do teor de certos tipos de ceramidas e certas patologias. Tendo em vista suas propriedades, parece evidente o interesse das ceramidas em dermatocosmetologia. Elas são utilizadas em cosmética em concen-trações que vão de 0,5% a 2%. A dificuldade é obter preparações ativas. Para isso, é necessário: - definir o tipo de ceramida que se deseja utilizar, o que implica conhecer o modo de ação e as propriedades das diferentes ceramidas; - dispor de compostos com alta atividade e pureza suficiente para utilização dermatológica e/ou cosmetológica; - e elaborar formas galênicas adaptadas. (NUNES, 2010).

É inevitável levantar-se a questão do mecanismo de ação. O sítio de ação se localiza nos estratos superiores da epiderme, e mais particularmente nos espaços intercelulares. Pode-se pensar que as ceramidas atuem por mecanismo duplo: um efeito direto de restauração do manto hidrolipídico de superfície, e um efeito indireto de estimulação e modulação do metabolismo celular. Por estar ligada à natureza lipídica das ceramidas, a restauração do manto hidrolipídico se observa com todas as ceramidas (incluindo as pseudoceramidas), mas a cinética e a intensidade da ação dependem da estrutura química da ceramida utilizada (peso molecular e natureza hidrofóbica são critérios determinantes) e do tipo de formulação. (NUNES, 2010).

Segundo estudos da Facultad de Farmácia (Universidad de Barcelona, 2004), as ceramidas I são utilizadas como agentes antienvelhecimento, protetor cutâneo e hidratante. As ceramidas II atuam como hidratante, ativo, formador de barreira hidrolipídi-ca e transporte de água. Ceramidas III atuam como protetor capilar, melhoram

a coesão das células cutâneas e limitam a perda de peptídeos hidrossolúveis. E as ceramidas VI atuam melhorando a hidratação cutânea e aumentam a capacidade de retenção de água.

Na natureza as ceramidas existem em quantidades extremamente baixas, tornando seu uso industrial difícil. Para torná-las disponíveis ao uso cosmético, alguns pesquisadores sintetizaram pseudoceramidas, que são análogas à estrutura de ceramidas das diversas classes presentes na natureza. Uma grande companhia de matéria-prima cosmética, denominada Cosmoferm, desenvolveu uma tecnologia que per-mite a produção de algumas ceramidas idênticas às produzidas pelo corpo humano. Para tal, primeiramente a esfingosina, precursora das ceramidas, é produzida por células de fermento e subsequentemente purificada. Então, um ácido graxo de origem vegetal se liga à esfingosina tanto por processos clássicos de acilação, como utilizando uma enzima natural. (SANT’ANNA, 2000).

Este trabalho teve como objetivo identificar as diversas classes de cera-midas, diferenciando suas estruturas químicas, bem como em qual área do corpo elas devem ser utilizadas.

MEtodologIaEste trabalho foi realizado através

de levantamento bibliográfico, identi-ficando as diversas classes de ceramidas existentes na natureza.

Diferenciação das classes de cera-midas, quanto à sua estrutura química, e analisando em qual área do corpo humano elas devem ser utilizadas para obtenção de melhores resultados cosméticos.

rEsultados E dIscussõEsAs ceramidas têm ação em nível

de Estrato Córneo (EC). O EC é uma barreira semipermeável que impede a contaminação do organismo por corpos estranhos (microrganismos), limita as perdas de água intracelular e permite a passagem seletiva de


n 1 0 1 - A B R / M A I / J U n 2 0 1 4 53

compostos lipofílicos (o que se utiliza em terapêutica: adesivos transcutâneos). As ceramidas pertencem ao grupo dos esfingolípidos e constituem uma classe de lipídeos polares estruturais presente no complexo da membrana celular.

De acordo com a estrutura do ácido graxo e a do aminoálcool, dis-tinguem-se sete tipos de ceramidas. Estruturalmente, as ceramidas contêm esfingosina ou fitoesfingosina, as ce-ramidas dos tipos 1, 2, 4 e 5 contêm esfingosina, enquanto as do tipo 3, 6I e 6II contêm fitoesfingosina. . O grupo de ceramidas 1, 2, 4 e 5 contém bases de esfingolipídios com 16 a 22 carbonos, enquanto que as ceramidas 3, 6 I e 6 II contêm fosfolipídeos com 20 a 32 carbonos na sua cadeia. Conforme Figura 1.

As formulações à base de cera-midas devem ser preparadas com cuidado, pois uma preparação ina-dequadamente formulada é inativa (ou praticamente inativa). A fórmula escolhida deve permitir que as cera-midas penetrem no EC e garantam sua biodisponibilidade, o que é bas-tante complexo de se realizar com certas ceramidas muito hidrofóbicas (ceramidas 1 e 3), que tendem a cristalizar-se em presença de água. A preparação deve ser isenta de cristais (sendo, pois, necessário impedir toda cristalização secundária) e é preciso incorporar adjuvantes (tensoativos) para melhorar a penetração das ce-ramidas na epiderme. Parece, por outro lado, que a incorporação das ceramidas em estruturas lamelares

facilita a penetração dos princípios ativos no EC e aumenta a atividade das preparações, e que as associações de ceramidas com colesterol e ácidos graxos (50/25/25) e de ceramidas com fosfolipídios e ácidos graxos aumen-tam, de modo eficaz, a hidratação do estrato córneo, e restauram o manto hidrolipídico das peles normais ou danificadas com maior rapidez e muito mais eficácia do que as cera-midas isoladas.

A Glicosil ceramida pertence a uma classe dentro das famílias de esfingolipídeos com maior afinidade à água. Devido a essa característica, é encontrada junto às camadas mais baixas da epiderme, camada basal, onde o nível de hidratação é maior. Devido a essa propriedade, sua prin-

Figura 1. características estruturais das ceramidas (NuNes, 2010).

TÉCNICA


cipal característica é a de reter água, promovendo especial ação hidratante.

As ceramidas (40% a 50% dos lipídios totais do Estrato Córneo) atuam por dois mecanismos: um efeito de barreira e um efeito indi-reto de aprisionamento da água. Sua ação é decorrente de sua estrutura química bipolar.

Os ácidos graxos de cadeias longas dispõem-se e posicionam-se frente a frente, acarretando a formação de bicamadas lamelares. Essas estruturas, muito hidrofóbicas, impedem que a “água livre” evapore: é o efeito de barreira, que se deve essencialmente às ceramidas 1 e 6A.

As Ceramidas SH® 1% - DEG são originárias da extração do grão de soja e sementes de girassol e foram solubilizadas em uma base lipídi-ca especialmente preparada para sua compatibilização em sistemas detergentes do tipo shampoo para cabelos. É um aditivo exclusivo para produtos capilares, que exerce ação reestruturante sobre o estrato córneo do couro cabeludo, agindo como agente de coesão entre os corneócitos e, consequentemente, diminuindo as descamações. Também promove a reestruturação dos cabelos danificados por tratamentos químicos ou uso de detergentes, alinhando as escamas de queratina das cutículas e diminuindo a aparência de cabelo quebradiço e as pontas duplas. Melhora o índice de reflexão do cabelo, com impacto direto no aumento do brilho.

A utilização de ceramidas 6 é garantida por suas propriedades, aliadas à relativa facilidade de formu-lação, à sua estabilidade em ampla gama de pH e ao fato de um nível de incorporação de 0,5% ser suficiente para obter efeito alisador e firmador, explicando o crescente interesse dos formuladores.

A Glicosilceramida (Ceramidas III) pertence a uma classe dentro das famílias de esfingolipídios com maior afinidade à água. Devido a essa característica, é encontrada junto às

camadas mais baixas da epiderme, ca-mada basal, onde o nível de hidratação é maior. Devido a essa propriedade, sua principal característica é a de reter água ligada às cadeias de açucares (glico ou gluco), promovendo especial ação hidratante. Ação reestruturante sobre o Stratum corneum, agindo como agente de coesão entre os cor-neócitos, no couro cabeludo e no fio, consequentemente diminuindo as descamações. Reestruturação dos cabelos por tratamentos químicos ou detergentes, promovendo o ali-nhamento das escamas de queratina, diminuindo a aparência de cabelo quebradiço e pontas duplas. Melhoria do índice de reflexão do cabelo com consequente aumento substancial do brilho. A concentração indicada é de 0,50 a 3,0% em shampoo, dissolvidos previamente na dietanolamida de ácido graxo de coco da formulação, a ser realizada, ou na base tensoativa da formulação, a ser realizada.

conclusãoAs ceramidas são constituintes im-

portantes do extrato córneo, formando uma barreira hidrolipídica, que auxilia na hidratação da pele e proteção das fibras capilares. Diferenciam-se de acordo com a estrutura do ácido graxo e do aminoálcool.

Os diferentes tipos de ceramidas têm funções específicas, e estas são ainda pouco conhecidas. Podem ser utilizadas em cosmética em concen-trações que vão de 0,5% a 2%. Atuam especificamente nos estratos superiores da epiderme, e mais particularmente nos espaços intercelulares, por isso, deve-se levar em consideração que a intensidade da ação depende da es-trutura química da ceramida utilizada (peso molecular e natureza hidrofóbica são critérios determinantes) e do tipo de formulação.

A preparação deve ser isenta de cristais e é preciso incorporar adju-vantes (tensoativos) para melhorar a penetração das ceramidas na epiderme. Formulações de ceramidas com fos-

folipídios e ácidos graxos aumentam, de modo eficaz, a hidratação do estrato córneo, e restauram o manto hidrolipídico das peles normais ou danificadas com maior rapidez e muito mais eficácia do que as cera-midas isoladas.

Dos sete tipos de ceramidas, as mais utilizadas são as do tipo I, II, III e IV, sendo que a do tipo I é mais indicada em fórmulas antienvelhe-cimento, protetor cutâneo e hidra-tante, pois realiza efeito de barreira hidrolipídica. A do tipo II também atua como hidratante, e além de formadora de barreira hidrolipídica, também atua no transporte de água. As ceramidas do tipo III atuam como protetor capilar, melhorando a coesão das células cutâneas e limitando a perda de peptídeos hidrossolúveis.

E as ceramidas VI atuam me-lhorando a hidratação cutânea e aumentando a capacidade de retenção de água, sendo que sua utilização é uma das mais indicadas por suas propriedades, pois possuem relativa facilidade de formulação, têm esta-bilidade em ampla gama de pH e a incorporação de 0,5% é suficiente para obter efeito alisador e firmador.

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endereços das regionais e sucursais da anFarMag

suCursAis

rEGioNAis

regioNAl BAhiA/sergiPePresidente: edza martins Brasilav. tancredo neves, 1632, ed. salvador trade center, loja 25, caminho das árvores salvador – Ba – ceP: 41820-020telefone: (71) 3113-4011e-mail: [email protected]

regioNAl distrito FederAlPresidente: cleide regina da silvasiG - Quadra 4 - lote 25 - sala 110 – 1º andar - empresarial Barão de mauá Brasília – Df – ceP: 70.610-440telefone/fax: (61) 3326-1251e-mail: [email protected]

regioNAl esPírito sANtoPresidente: hugo guedes de souza- av. nossa senhora da Penha, 1495 - sala 608 - torre Bt - edifício corporate center - santa lúcia Vitória - es – ceP: 29056-245telefone: (27) 3235-7401e-mail: [email protected]

regioNAl goiÁs/tocANtiNsPresidente: Alessandro marcius silvarua 7-a, 189, edifício marilena - sala 201, setor AeroportoGoiânia – Go – ceP: 74075-230.telefone: (62) 3225-5582e-mail: [email protected]

regioNAl mAto grossoPresidente: célio Fernandesrua antônio maria coelho, 130, ed. ana Paula, 2º andar, sala 21, centrocuiabá - mt- ceP: 780005-420telefone: (65) 3027-6321

regioNAl mAto grosso do sulPresidente: maria Beatriz B. Féresrua antônio maria coelho, 1715 - centrocampo Grande – ms – ceP 79002-221telefone: (67) 3026-4655 e-mail: [email protected]

regioNAl miNAs gerAisPresidente: andréa Vilela o. santosav. do contorno, 2646 – sala 1104 – florestaBelo horizonte - mG - ceP: 30110-080telefone: (31) 2555-6875 / 2555-2955e-mail: [email protected] regioNAl PArANÁPresidente: cleunice Fidalskirua silveira Peixoto, 1040, 9° andar, sala 901curitiba – Pr – ceP: 80240-120telefone: (41) 3343-0893 - fax: (41) 3343-7659e-mail: [email protected]

regioNAl PerNAmBucoPresidente: José AndradePraça do entroncamento, 132 – Graçasrecife – Pe – ceP: 52.011-300telefone: (81) 3301-7680e-mail: [email protected]

regioNAl rio de JANeiroPresidente: Aline coppola Napprua conde de Bonfim, 211 - sala 401 – tijuca rio de Janeiro – rJ - ceP: 20520-050telefone: (021) 2569-3897 / fax (21) 3592-1765e-mail: [email protected]

regioNAl rio grANde do sulPresidente: eduardo aranovich de abreuav. mauá, 2011 - sala 607 – centro Porto alegre – rs – ceP: 90030-080telefone: (51) 3225-9709e-mail: [email protected]

regioNAl sANtA cAtAriNAPresidente: rodrigo michels rocharua lédio João martins, 435 – sala 409 – Kobrasol são José – santa catarina – ceP: 88102-000telefone: (48) 3247-3631e-mail: [email protected]

sucursAl Acre/roNdÔNiADiretora: Vibia l. marianotelefone: (69) 3421-4999 / (69) 8111-3999 e-mail: [email protected]

sucursAl AlAgoAsdiretora: tânia Bernadete P. gomestelefone: (82) 3305-2806e-mail: [email protected]

sucursAl ceArÁDiretor: robson de araújo Pinheirotelefone: (85) 8766-1809e-mail: [email protected]

sucursAl mAríliA/PresideNte PrudeNtediretora: odete Aparecida de Andradetelefone: (18) 98118-9874e-mail: [email protected]

sucursAl PArÁdiretor: marcelo Brasil do coutotelefone: (91) 3244-2625e-mail: [email protected]

sucursAl PArAíBAdiretora: célia Buzzotelefone: (83) 3218-2600e-mail: [email protected]

sucursAl riBeirão Pretodiretora: rita Paula ignáciotelefone: (16) 3913-8100e-mail: [email protected]

sucursal Vale Do ParaÍBaDiretora: ana helena cunhatelefone: (12) 3204-5070e-mail: [email protected]

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