Anfibios
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Anfíbios
Os anfíbios representam uma
classe dos vertebrados, sendo que os
primeiros conhecidos datam de cerca de 280 milhões a 300
milhões de anos - ou seja, surgiram
no período Devoniano, na era Paleozóica. São
vertebrados gnatostomados
(com mandíbulas),
Tetrápodes, com uma fase larval aquática. com respiração
branquial - e uma fase adulta terrestre, mas
dependentes da água para a
reprodução e a respiração.
Anfíbio vem da palavra grega anfibia que significa "que vive em ambos". Eles evoluíram a partir de peixes pulmonados há cerca de 300 milhões de anos. Nadadeiras deram origem às patas.
Inicialmente os anfíbios apresentavam estrutura próxima a dos peixes. Através de milhares de anos foram deixando a água e
passando para o meio terrestre, adaptando-se a esse novo meio com o surgimento de membros e pulmões, alterando
progressivamente o aparelho circulatório.
Foram os primeiros animais vertebrados que se aventuraram terra a dentro, sem muito sucesso, a não ser em locais
úmidos.
Suas limitações são a respiração cutânea, a fecundação
externa, os ovos sem casca e a incapacidade de
produção de urina concentrada. E até hoje, quando são
inúmeras as formas da vida animal, eles
conservam a sua ambigüidade:
vivem, respiram e se alimentam tanto na água como na
terra.
Os anfíbios são predadores,
alimentando-se principalmente de
insetos e minhocas. A maioria das espécies de anfíbios apresenta hábitos alimentares insetívoros, sendo,
portanto, vertebrados controladores de pragas. Muitas
espécies, sensíveis a alterações
ambientais, são consideradas
excelentes bioindicadores.
A diminuição de certas populações tem sido atribuída a alterações globais de clima. Para certos biomas do Brasil, como a Mata Atlântica, os declínios populacionais ou mesmo extinção de
anfíbios têm sido atribuídos ao desmatamento.
Algumas espécies, como a perereca-da-folhagem e o
sapinho pingo-de-ouro,têm sido alvo de estudos bioquímicos e
farmacológicos, para isolamento de substâncias com possíveis
usos medicinais.
As principais características dos anfíbios são:
Pele úmida e glandular: o revestimento corporal é fino e sem escamas , o que tornaria estes animais pequenos demasiado
expostos a predadores.
Por esse motivo, numerosas glândulas secretoras de substâncias tóxicas ou alucinógenas tornam-se um
fator seletivo importante, e os sobreviventes à seleção natural as apresentam em numerosas espécies.
Apresentam a pele úmida e com pouca queratina, e por isso necessitam viver em locais úmidos. A pele dos anfíbios é rica em glândulas mucosas, que a mantém sempre úmida e permeável.
Ela não possui pêlos, penas ou escamas.
Esqueleto: predominantemente ossificado, crânio com dois côndilos occipitais, costelas (quando presentes) não ligadas ao
esterno. Cinco a nove vértebras pré-sacrais; vértebras pós-sacrais fusionadas, formando o uróstilo.
Dois pares de patas: as extremidades com 4 ou 5 dedos servem para andar, saltar ou nadar, nunca existindo nadadeiras pares.
Nas ímpares, não existem raios de sustentação. Alguns não possuem patas.
Sistema digestivo: um par de orifícios em comunicação com a cavidade
bucal, fechadas por válvulas que
impedem a entrada de água e por onde
se realiza a percepção química. A boca geralmente apresenta dentes
finos e língua protrátil, cuja base
frontal é fixa.
Sistema circulatório: coração com três câmaras (duas aurículas e um ventrículo), glóbulos vermelhos ovais e nucleados; a
circulação é fechada, dupla e incompleta.
Sistema respiratório: brânquias, pulmões, pele, mucosa bucal - separadamente ou em combinação, dependendo da etapa da vida do animal. Surgimento dos pulmões. A respiração cutânea
também é fundamental para esses animais.
Algumas espécies de salamandras não apresentam pulmões, dependendo totalmente da pele e da cavidade
bucal para a absorção de oxigênio.
Na laringe de sapos e rãs existem cordas vocais que evoluíram juntamente com os ouvidos. Os machos produzem sons para
atrair as fêmeas na época de acasalamento. O canto é produzido pela passagem forçada do ar dos pulmões, pelas cordas vocais e
cartilagens adjacentes situadas na laringe.
Sua reprodução é sexuada
o ciclo de vida dos anfíbios apresenta geralmente três fases: ovo, larva e adulto, ocorrendo uma metamorfose radical na passagem
de larva aquática a adulto.
A fecundação é interna ou
externa, sendo as espécies geralmente ovíparas. A
maioria deposita os seus ovos na
água, mas algumas
espécies vão à terra para o fazer
e outras ainda retêm os ovos no interior do corpo
de formas diversas.
Os ovos contêm uma quantidade de vitelo
apreciável e são envolvidos por uma capa gelatinosa que
seca rapidamente em contato com o ar,
mas não têm anexos embrionários. Podem ser postos apenas 2 ou 3 ovos, soltos ou
em cordões, mas algumas espécies atingem os 50000 ovos por postura
.Nas espécies que colocam os ovos em terra ou os retêm o desenvolvimento é direto, pois a larva permanece no ovo até emergir como uma miniatura do
adulto. Estas espécies têm a vantagem de se
libertarem da dependência da água
para a reprodução, pois não existe fase
larvar aquática.
Os Anfíbios tem três ordens viventes.
Ordem Apoda: Caracterizam-se por não possuírem patas e cauda. O corpo é vermiforme, e todos têm hábitos subterrâneos ou aquáticos, com distribuição tropical e meridional. Existem 165 espécies.
Ordem Anura:Caracterizam-se pela presença de dois pares de patas adaptados a locomoção por saltos e ausência de caudas nos adultos; possuem o corpo dotado para saltar com as patas
posteriores muito alongadas.
Apresentam glândulas de veneno que servem como defesa
Na época da reprodução eles retornam à água onde machos e fêmeas copulam.
Ordem dos Urodelos: Algumas espécies vivem o tempo todo na água, respirando por brânquias. Caracterizam-se por possuírem
dois pares de patas na fase adulta, com cauda bem desenvolvida.
Existem 415 espécies, com distribuição em zonas temperadas e setentrionais.Apresentam, tipicamente, 4 membros, corpo
reforçado e cauda longa.
Metamorfose dos anfíbios