Angaporanga nº 2 ano 2014

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1 “Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de consciência, que tu chamas de intuição.” Caboclo Tupynambá.

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Edição nº 02/2014 Revista Umbandística Angaporanga do CEU - Centro de Estudos Umbandísticos Caboclo Tupynambá.

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“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce

da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a

indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de

consciência, que tu chamas de intuição.”

Caboclo Tupynambá.

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“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce

da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a

indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de

consciência, que tu chamas de intuição.”

Caboclo Tupynambá.

Deusa Escarlate

Trago em mim todas as histórias que vivi. Histórias de tempos e espaços onde

algumas bem inconscientes estão, guardadas bem no interior da mente e do

coração.

Entretanto, sinto que as histórias vividas foram forjadas nos campos de

batalhas, nas lutas externas e internas; nas missões que sempre me exigiram

uma entrega total e irrestrita e um eterno buscar por mim mesma.

E por sentir essa constante luta e busca pelo descobrir-me, revelo-me assim,

solitária eremita com apenas um lampião na mão, tentando iluminar a minha

jornada e quiçá, trazer Luz aos caminhos daqueles que estão ao meu lado.

Não sou Mestre de nada, sou aprendiz eterno. Não sei nada, porque quanto

mais procuro e mais encontro, descubro que nada sei e que muito há por fazer.

E diante deste Universo infinito e recheado de mistérios, bate-me a impotência

dos meros mortais. Eis o que sou. Um mero mortal buscando o segredo dos

Imortais.

E neste momento de apatia e de frustrante conclusão, eis que aparece TU.

Deusa Velada, de cor escarlate em uma dança contínua e circular,

demonstrando assim o ritmo da vida e da morte.

Oh Deusa Negra! Quem és tu? Serás tu o grande útero cósmico a me chamar

de volta em um convite ao teu bailar? Serás tu apenas devaneios e delírios de

uma alma em busca de si mesmo? Será tu a lembrança de que para encontrar

a mim mesma preciso morrer para renascer? Nada sei! Apenas sinto. E talvez

seja essa a grande mensagem que queiras me dar: sentir.....sentir....

Tania Lacerda.

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“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce

da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a

indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de

consciência, que tu chamas de intuição.”

Caboclo Tupynambá.

QUARTA RAÇA-RAIZ OU ATLANTE

Depois que a humanidade hermafrodita se dividiu em sexos opostos,

transformados pela Natureza em máquinas portadoras de criaturas, surgiu a

quarta Raça-Raíz sobre o geológico cenário atlante localizado no oceano que

leva seu nome.

Foi engendrada pela terceira Raça há uns 8 milhões de anos, cujo fim o Manu

da quarta Raça escolheu dentre a anterior os tipos mais adequados, a quem

conduziu à imperecedoura Terra Sagrada para livrá-los do cataclismo

lemuriano.

A Atlântida ocupava quase toda a área atualmente coberta pela parte

setentrional do Oceano Atlântico, chegando pelo NE até a Escócia, pelo NO até

o Labrador e cobrindo pelo Sul a maior parte do Brasil.

Os atlantes – de estatura superior à atual – possuíram uma alta tecnologia, a

que combinaram com a magia, porém, ao final degeneraram-se e foram

destruídos.

H. P. Blavatsky, referindo-se à Atlântida, diz textualmente em suas estâncias

antropológicas:

“Construíram templos para o corpo humano, renderam culto a homens e

mulheres. Então, cessou de funcionar o terceiro olho (o olho da intuição e da

dupla visão). Construíram enormes cidades, lavrando suas próprias imagens

segundo seu tamanho e semelhança, e as adoraram…”

“Fogos internos já haviam destruído a terra de seus pais (la Lemúria) e a água

ameaçava a Quarta Raça (a Atlântida).

Sucessivos cataclismos acabaram com a Atlântida, cujo final foi reconstituído

em todas as tradições antigas como o Dilúvio Universal.

A época da submersão da Atlântida foi realmente uma era de câmbios

geológicos. Emergiram do seio profundo dos mares outras terras firmes que

formaram novas ilhas e novos continentes.

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QUINTA RAÇA-RAIZ OU ÁRIA

Já há 1 milhão de anos que o Manu Vaivasvata (o Noé bíblico) selecionou de

entre a sub-Raça proto-semítica da Raça Atlante as sementes da quinta Raça-

Mãe e as conduziu à imperecedoura Terra Sagrada. Idade após idade, foi

modelando o núcleo da humanidade futura. Aqueles que lograram cristalizar as

virtudes da Alma acompanharam o Manu em seu êxodo à Ásia Central, onde

morou por longo tempo, fixando ali a residência da Raça, cujos galhos

haveriam de ramificar-se em diversa direções.

Eis agora as sete sub-raças ou galhos do tronco ário-atlante:

A primeira sub-raça se desenvolveu no Planalto Central da Ásia, de forma mais

concreta na região do Tibet, e teve uma poderosa civilização esotérica.

A segunda sub-raça floresceu no sul da Ásia, na época pré-védica, e então foi

conhecida a sabedoria dos Rishis do Hindustão, os esplendores do antigo

Império Chinês etc.

A terceira sub-raça se desenvolveu maravilhosamente no Egito (de direta

ascendência atlante), Pérsia, Caldeia etc.

A quarta sub-raça resplandeceu com as civilizações da Grécia e de Roma.

A quinta sub-raça foi perfeitamente manifestada na Alemanha, Inglaterra e

outros países.

A sexta sub-raça resultou da mescla dos espanhóis e portugueses com as

raças autóctones da América.

A sétima sub-raça está perfeitamente manifestada no resultado de todas essas

mesclas de diversas raças, tal como hoje o podemos evidenciar no território

dos Estados Unidos.

Nossa atual Raça terminará com um grande cataclismo. A Sexta Raça (Raça

Koradhi) viverá em uma Terra transformada (a Quinta Ronda, ou Etérica; veja o

texto sobre as Rondas Planetárias) e a sétima será a última. Depois dessas

Sete Raças, a Terra se converterá em uma nova lua.

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“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce

da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a

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consciência, que tu chamas de intuição.”

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As 7 Rondas Planetárias

PRIMEIRA RONDA: RONDA MENTAL (ou PERÍODO DE SATURNO) No primeiro período de manifestação de nossa Alma-Planetária no Sistema

Solar de Ors (este é o nome de nosso Sistema Solar na Grande Fraternidade

Branca), a natureza toda era mental, as formas já desenhadas na Mente

Cósmica foram tomando diferentes graus de densidade em sucessivos

Períodos de manifestação. Samael, em sua fantástica e portentosa obra A

Revolução de Bel, diz:

Penetrei clarividentemente na Época de Saturno… Aqui não vejo nada vago

nem vaporoso… Besant, Leadbeater, Heindel, Steiner…

Onde estão vossos poderes? Que se fizeram de vossos conhecimentos? Para

que me falais de coisas vagas, quando tudo aqui é concreto e exato?

Estes homens da Época e Saturno eram Homens… e homens de verdade

porque tinham o “Ser” e sabiam que o tinham…

As humanidades sempre são análogas, e estes homens

da Época de Saturno eram como os atuais… o ambiente era semelhante.

Quando se fala de humanidade, vêm à mente negócios, tabernas, lupanares,

orgias, belas garotas e gentis galãs, princesas sequestradas e velhos castelos,

tenórios de barrio e poetas tresnoitados. O ancião que passa, a criança que

chora, a mãe que sussurra uma esperança e o frade que murmura alguma

oração… enfim, toda essa gama de qualidades e defeitos, variados, diversos,

que constituem os valores humanos…

A humanidade é uma matriz onde se gestam anjos e diabos… Da humanidade,

no sai senão isso: anjos ou diabos.

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da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a

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consciência, que tu chamas de intuição.”

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Quando as Mônadas Divinas animam os três reinos inferiores, não há nenhum

perigo. O perigo reside ao chegarmos ao estado humano: deste estado sai

para anjo ou diabo…

A matéria toda era mental… Todos os humanos usavam Corpos Astrais…

Comiam, vestiam-se, bebiam e se divertiam como agora, porque o corpo astral

é um organismo quase tão denso como o Físico e está analogamente

constituído como o Físico…

Certamente, os homens da Arcádia recordavam antigos cataclismos e

formosas tradições milenares… de épocas pré-saturnianas… porém, em pleno

apogeu do estado humano, a vida era semelhante à atual…

Os homens desta Época de Saturno usavam Corpos Astrais e eram muito

altos: nesse ínterim, nossos corpos humanos eram tão-só germes com

possibilidades de desenvolvimento. Os atuais “Íntimos” humanos eram então

só Chispas Virginais que animavam o Reino Mineral…

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“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce

da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a

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consciência, que tu chamas de intuição.”

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O crepúsculo da Noite Cósmica estendia a sombra de suas asas misteriosas

sobre os vales profundos e as enormes e gigantescas montanhas da velha

Arcádia. As corpulentas árvores milenares, últimos vestígios de pais

desconhecidos, haviam visto durante longos anos cair as folhas de outono, a

agora pareciam secar-se definitivamente para cair nos braços da morte.

Nossos atuais corpos humanos pareciam fantasmas de homens e os Íntimos

de nossa atual humanidade já haviam recebido suas mais finas vestimentas.

Terríveis terremotos sacudiam a Arcádia e por onde se queira, sentia-se um

hálito de morte; daquelas enormes multidões de seres humanos haviam saído

duas classes de seres: anjos e diabos.

SEGUNDA RONDA: RONDA ASTRAL (PERÍODO SOLAR) Depois de um período de repouso cósmico, a vida recapitulou a Época de

Saturno e então se iniciou a Época Solar: A Terra brilhava e resplandecia com

os coloridos inefáveis da Luz Astral, e a matéria do Universo era a mesma Luz

Astral. Os Corpos Físicos de nossa atual humanidade se desenvolveram um

pouco mais e receberam o Corpo Vital que hoje em dia serve de base a toda a

biologia humana.

Os anjos e os diabos da Época de Saturno flutuavam no ambiente da Época

Solar. Os anjos e os diabos da Época de Saturno flutuavam no ambiente da

Época Solar.

O universo brilhava e resplandecia cheio de inefável beleza. A humanidade da

Época Solar era análoga às demais humanidades de qualquer Época, e entre

os homens daquela época houve um que se esforçava terrivelmente por chegar

à perfeição. Esse homem foi mais tarde Cristo, o divino Rabi da Galileia, o

Logos Solar.

Havia na Época Solar outro templo de magia negra onde se iniciaram também

muitíssimos homens que mais tarde se converteram em demônios. Astarot foi

iniciado nesse negro e gigantesco templo.

Depois de milhões de anos, ao se aproximar a Noite Cósmica daquela Época

Solar, os Quatro Senhores da Chama dotaram os atuais Íntimos humanos de

Alma Espiritual ou Corpo Búdico, que é o Corpo da Intuição.

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“Busca a tua consciência interior. Mergulha em teus planos internos, pois são eles o alicerce

da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a

indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de

consciência, que tu chamas de intuição.”

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O veículo da intuição está conectado diretamente com o coração. O coração é,

pois, o centro da intuição. O chacra, ou flor de lótus, da intuição gira e

resplandece com extraordinária beleza. Nesse chacra há sete centros atômicos

que servem de instrumentos às sete grandes Hierarquias Cósmicas para atuar

sobre nosso maravilhoso organismo. Como já dissemos em nosso livro

intitulado O Matrimônio

Perfeito (ou, Porta de Entrada à Iniciação), o coração do Sol está

analogamente construído como o coração de nosso organismo humano. Assim

como no Sol há sete Hierarcas que dirigem os sete Raios Cósmicos, assim

também em nosso coração há sete cérebros que pertencem às sete grandes

Hierarquias Cósmicas.

Ao final da Época Solar, a humanidade daquele tempo chegou ao estado

angélico e são os Arcanjos de hoje.

O mais alto Iniciado deles foi Cristo, porém nem todos os humanos desse

então chegaram a esse estado, pois a maioria se converteu em demônios.

Javé, o polo contrário do Cristo, foi o mais alto iniciado negro e tenebroso

dessa Época.

Chegada a Noite Cósmica, o Universo pareceu submergir-se no caos. A

natureza inteira entrou no sonho feliz…

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da mais alta forma de mediunidade. A mediunidade inspirativa, ativa e consciente. É ela a

indicação que a personalidade humana evoluiu e atingiu aos profundos estados de

consciência, que tu chamas de intuição.”

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As sementes de todo o vivente se entregaram nos braços do sonho… e os

espaços infinitos vibraram deliciosamente as harpas dos Elohim.

TERCEIRA RONDA: RONDA ETÉRICA (PERÍODO LUNAR) Passada a Noite Cósmica do Período Solar, iniciou-se o alvorecer do Período

Lunar. O Universo Solar se condensou em matéria etérica. A vida recapitulou

todos os estados dos passados Períodos Cósmicos e depois desses processos

de recapitulação, iniciou-se em nossa Etérica Terra, chamada Terra-Lua, o

Período Lunar em toda a sua plenitude. Os homens da Época Lunar eram

pequenos de estatura e seus corpos eram de matéria etérica. Construíam suas

casas sob a terra, ainda que sobre a superfície pusessem tetos análogos aos

tetos de nossas atuais casas. Negociavam, trabalhavam e se divertiam como

nós, suas povoações urbanas eram pequenas e estavam conectadas como as

nossas com caminhos e estradas.

Tinham também automóveis semelhantes aos nossos e as montanhas eram

transparentes como o cristal e de uma cor azul escuro muito formosa, essa é a

cor que vemos nas distantes montanhas, esse é o Éter. Toda nossa antiga

Terra era dessa bela cor.

Os vulcões estavam em incessante erupção e havia mais água que em nossa

Época atual. Por onde quer que fosse, viam-se lagos imensos e mares

dilatados…

A flora e a fauna dessa tempo eram muito diferentes das nossas: ali vemos

clarividentemente vegetais-minerais (ou seja, semi-vegetais, semi-minerais),

vegetais semi-animais etc. Isso quer dizer que os três Reinos da Natureza não

estavam completamente definidos como agora, nessa Época um reino se

confundia com outro. Havia entre as árvores uma marcante tendência a tomar

com seus galhos e folhas formas côncavas, as quais as faziam semelhantes a

gigantescos guarda-chuvas. Se adivinhava através de todo o existente uma

marcada tendência a inclinar-se “para baixo”, quer dizer, até a condensação de

nossa Terra atual. A Natureza é uma vivente escritura por todo lugar, e com

essa vivente escritura escreve seus desígnios.

Vemos, em troca, agora em nossa Época atual do século 20, uma marcada

tendência de construir elevados edifícios e aviões cada vez mais rápidos etc.

Nossos atuais arbustos não querem inclinar-se senão subirem ao Sol, para

cima, é que nossa erra já chegou ao máximum de condensação material e

agora anela subir novamente, voltar a eterizar-se… Na realidade, o Éter está

inundando o ar e eterizando a Terra cada vez mais, e ao final a grande Raça

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consciência, que tu chamas de intuição.”

Caboclo Tupynambá.

Ária o Éter se fará totalmente visível no ar, e então as criaturas que vivem no

Éter compartilharão com o homem suas atividades.

No Período Lunar, os corpos físicos de nossa atual humanidade chagaram a

uma maior grau de perfeição e então recebemos o Corpo Astral. Os homens de

hoje éramos os animais do Período Lunar, e os anjos e os diabos dos antigos

Períodos flutuavam na atmosfera etérica de nossa Terra-Lua; eram visíveis e

tangíveis para a humanidade.

O homem percebia por trás do fogo dos vulcões em erupção aos arcanjos

(ancángeloi) ou criaturas do fogo e por trás de todas as formas existentes aos

Senhores da Forma. Os Filhos da Vida regulavam as funções vitais de todo o

existente e as criaturas elementais dos cinco elementos da Natureza conviviam

com os homens.

Ao finalizar aquele grande Período Lunar, os Íntimos da atual humanidade

receberam o Corpo do Espírito Humano, ou Corpo da Vontade, que

Krishnamurti tanto deprecia.

Chegada a Noite Cósmica do Período Lunar, Jeová e seus anjos, e Lúcifer e

seus demônios se retiraram do Cenário Cósmico e a Natureza toda entrou em

profundo repouso.

QUARTA RONDA: RONDA FÍSICA (ou PERÍODO TERRESTRE) Passada a Noite Cósmica do Período Lunar, o Universo se condensou na

Nebulosa de que Laplace nos fala. Este foi o começo da Época físico-química

na qual nós vivemos. A Natureza recapitulou os passados Períodos Cósmicos,

tal como alegoricamente o Gênese nos descreve.

Esses foram os tempos da Nebulosa de Laplace durante os quais a Terra

recapitulou a Época de Saturno. As moléculas da nebulosa quente e obscura

entraram em fricção, sob o impulso da Palavra Perdida do Criador, e então a

Nebulosa se fez ígnea.

Esta foi a Época Hiperbórea, durante a qual entraram em atividade os Átomos

Solares da Época Solar. Nossa Terra foi então um globo ígneo cheio de

Sabedoria do Fogo, e da Luz que o próprio Fogo produz. E nesse globo

ardente viveram os Arcanjos que foram os homens da Época Solar, r se

expressaram em toda a plenitude de sua Sabedoria.

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consciência, que tu chamas de intuição.”

Caboclo Tupynambá.

Logo, disse Deus: Haja expansão em meio das águas, e separou as águas das

águas.

Deus fez a expansão e afastou as águas que estavam debaixo da suspensão,

das águas que estavam sobre a expansão, e foi assim.

E chamou Deus a expansão céus e foi a tarde e a manhã do dia seguinte. (Gn

1:6 a 8) Aqui a Bíblia segue falando da recapitulação do Período Solar: o globo

ardente ao contato com as úmidas regiões interplanetárias produzia vapor

d’água e se formavam enormes que, ao condensar-se, caíam em forma de

chuva, formando enormes mares e poços que ferviam incessantemente sobre o

globo ardente e as nuvens separaram as águas do céu, das águas do ardente

globo.

“Deus também disse: Unam-se as águas que estão debaixo dos céus em um

lugar, e descubra-se a seca. E assim foi. E Deus chamou a seca de Terra, e a

reunião das águas chamou Mares. E viu Deus que era bom.” (Gen. 1: 9 e 10)

Os poços de água que ferviam sobre o ardente globo, vieram a se cristalizar

em forma de “cascas” sobre a superfície do ardente globo, e assim cumpriu-se

a Palavra do Criador, que disse: “Descubra-se a seca. E Deus chamou a seca

de Terra”. Foi assim que se formou a primeira crosta terrestre chamada

Lemúria.

Nessa época lemuriana a Terra recapitulou o Período Lunar porque é a uma lei

da vida que a Natureza, antes de iniciar suas novas manifestações, recapitula

todas as suas passadas manifestações.

O que quiser conhecer objetivamente todos os processos evolutivos da

humanidade que observe o feto humano desde sua concepção.

No ventre da mãe o feto recapitula todas as metamorfoses do corpo humano,

desde antiquíssimas origens.

RONDAS FUTURAS: A futura 5ª Ronda se desenvolverá no Mundo Etérico, a 6ª será no mundo

astral e a 7ª no mental. Depois, virá a grande Noite Cósmica (Pralaya).

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Magia e Amor

Desde pequena ouvi meus pais repetirem muitas vezes que a grande Magia era o Amor. E embora eu não tivesse consciência da profundidade desta frase, sentia em meu pequenino ser a importância, a veracidade e profundidade desta afirmação. Com o passar do tempo, estudando, lendo, refletindo sobre assuntos místicos, esotéricos, espiritualistas, mas com uma leitura umbandística, pois que sou umbandista; principalmente após as leituras das obras de um Mestre, que apesar de não ter sido uma de suas iniciadas, ou filhas de santé, mas fui, sou e serei eternamente sua fiel seguidora, W. W. da Matta e Silva, conscientizei-me de que a Grande Magia não é o Amor, não há Magia sem Amor. Não há Magia se não houver ligação, fixação e projeção exercidas sob o poder da Vontade, Pensamento e, do que chamou Matta e Silva, Fluido Magnético. Logo, Magia é o exercício do Amor. Aleister Crowley, dizia que o Amor é a Lei. Amor sob Vontade. E unindo esses dois conceitos sobre Magia e Amor, digo que Magia é Amor. Amor sob o Poder da Vontade, do Pensamento e do Fluido Magnético. “A Magia é em realidade uma ação poderosa do fluido-matriz que se infiltra em tudo, através dos tatwas ou linhas de força... a Magia é precisamente esse fluido-matriz magnético, que promove a ação dessas outras forças tidas como de atração, repulsão e coesão... ... a Magia é a única força básica de que o espírito se serve para imantar, atrair, fixar sobre si mesmo os elementos próprios da “natura naturandis... ... Esse fluido-matriz magnético – essa magia – o espírito sempre o teve como próprio de sua natureza vibratória, como uma mercê conferida pelo Poder Supremo, desde o momento em que ele desejou a VIA KARMICA que depende de energia ou de matéria... ... essa força age com ele e sobre ele, porque é a própria razão de ser de seus “núcleos vibratórios ou chakras”, ele não sabe disso, ou melhor, não tem consciência dela, não tem domínio sobre ela, enquanto não aprender a conhecê-la e usá-la.” (W. W. da Matta e Silva – Segredos da magia de Umbanda e Quimbanda)

O grande problema do exercício desse Amor, da Magia, é que as nossas

condições mentais, morais, kármicas etc., como diz Matta e Silva; só nos

permite sentir o Fluido Magnético. Dessa forma, o Amor não vem conjugado

com o Poder da Vontade e do Pensamento. Ou seja, manifestamos o Amor,

apenas no Plano Físico, e isso não é Magia.

Por isso, o exercício da Magia, deve ser de forma mais adequada as nossas

limitações em sua condição evolucionária atual. E a Umbanda, através da sua

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consciência, que tu chamas de intuição.”

Caboclo Tupynambá.

Pureza, Simplicidade e Humildade; nos oportuniza o aprendizado, o treino do

exercício do Amor, através da Magia.

E finalmente, seguindo os ensinamentos de Matta e Silva, aprendemos que

“para toda operação mágica, é necessário que haja ritual, é necessário

que haja elementos materiais de ligação, fixação e projeção... em

coordenação com vontade, pensamento e fluido-magnético.”.

Paz e Luz!

Tania Lacerda.

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Caboclo Tupynambá.

Bibliografia: Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda – W. W. da Matta e Silva http://www.gnosisonline.org