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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS Mestrado em Engenharia de Energia Análise Comparativa de Veículos Elétricos e Veículos com Motor de Combustão Interna Hélder Alves de Almeida Júnior Belo Horizonte 2014

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

Mestrado em Engenharia de Energia

Análise Comparativa de Veículos Elétricos e Veículos com

Motor de Combustão Interna

Hélder Alves de Almeida Júnior

Belo Horizonte

2014

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Análise Comparativa de Veículos Elétricos e Veículos com Motor de

Combustão Interna

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Engenharia da Energia do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, CEFET-MG, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Engenharia da Energia.

Orientador: Prof. Dr.

Daniel Enrique Castro

Belo Horizonte 2014

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Este trabalho é dedicado a todas as pessoas que se esforçam com atitudes

concretas para vivermos num mundo mais sustentável, com tecnologias mais limpas

e que olham com otimismo e esperança para o futuro.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo apoio, incentivo e pela constante presença. À Nossa Senhora

pelas inúmeras intercessões junto ao seu Filho para que este trabalho pudesse ser

concluído de maneira honrosa.

Aos meus queridos pais Mirani e Hélder, meu amado irmão Henrique e a minha

adorável avó Wilde, por esta família que sempre me apoiou e não mediu esforços

nem orações para o meu sucesso.

À Graziella Giostri, por este anjo que passou em minha vida deixando muita alegria,

paz, amor, coragem. Pessoa fundamental para que o desejo de se tornar mestre

pudesse sair do sonho e se tornar realidade, meu sincero e eterno muito obrigado!

Ao professor e amigo Daniel Castro, pela sincera amizade e pelos constantes e

transcendentes ensinamentos transmitidos.

Ao CEFET-MG, Centro Federal de Educação Tecnológico, e ao CNPq, Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, pelo suporte financeiro

empregado neste trabalho com o intuito de desenvolver e aplicar os conhecimentos

aqui gerados.

À CEMIG, Companhia Elétrica de Minas Gerais, na pessoa do diretor comercial e do

diretor presidente da EFFICIENTIA, José Raimundo Dias Fonseca que muito

contribuiu para esta realização.

À FIAT automóvel, na pessoa do engenheiro Toshizaemom Noce que muito

colaborou para este feito.

Agradeço a todos os amigos e profissionais que através de incentivos e experiências

contribuiram para que este trabalho ficasse mais enriquecido e completo.

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"O passado precisa ser assimilado, nunca ignorado. Os erros cometidos, por nós e

pelos outros, são ensinamentos fabulosos quando nos dispomos a aprender o que

eles têm a nos ensinar. Quem não aprende com os erros cometidos acaba sendo

vítima de si mesmo. Na vida só existe uma lei: ou a gente aprende ou aprende."

Padre Léo Tarcísio Gonçalves Pereira

Canção Nova

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 2.1 – Veículo movimentado por uma vela, com compacidade para 30

pessoas, que se movimentava com uma velocidade superior a de um cavalo.

Contruido em 1600 pelo matemático holandês Simon Stevin. .................................. 19

Figura 2 2.2 – Veículo de três rodas com motor a vapor, desenvolvido em 1769 pelo

francês Nicolas Joseph Cugnot. ................................................................................ 19

Figura 3 2.3 – O Benz Patent-Motorwagen Nr. 3 de 1888, usado por Bertha Benz,

esposa de Karl Benz, para a primeira viagem a longa distância de automóvel (mais

de 106 km). ............................................................................................................... 20

Figura 4 2.4 – Veículo Hippomobile construido pelo francês Etienne Lennoir em 1860

.................................................................................................................................. 21

Figura 5 2.5 - Jenatzy, a bordo do La Jamsi Contente. ............................................. 22

Figura 6 2.6 – Bateria de Níquel Metal Hidreto ......................................................... 30

Figura 7 2.7 – Bateria de Sódio Metal Cloreto........................................................... 31

Figura 8 2.8 – Bateria de Lítio de ion ........................................................................ 32

Figura 9 3.1 – Três etapas da Análise do ciclo de vida de um produto ..................... 36

Figura104.1 Sistemas veicular dos VCI .................................................................... 50

Figura114.2 Sistema de acionamento e alimentação do VE, diferença primordial na

comparação com os VCI ........................................................................................... 51

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 3.1 – Prioridade de Intervenção nas Causas .............................................. 45

Tabela 2 3.2 – Tabela de Probabilidade de Detecção ............................................... 46

Tabela 3 3.3 – Tabela de Probabilidade de Ocorrência ............................................ 47

Tabela 4 3.4 – Tabela de Probabilidade da Gravidade ............................................. 48

Tabela 5 4.1 Descrição dos Sistemas Veiculares para VCI e VE.............................. 51

Tabela 6 4.2 Descrição dos impactos dos fluxos do ciclo de vida ............................. 52

Tabela 7 4.3 - Análise comparativa dos VCI e VE ..................................................... 54

Tabela 8 4.4 - ICV de Itaipu Consolidado .................................................................. 55

Tabela 9 4.5 – Inventário para a Hidrelétrica de Itaipu (impactos de dados estão

relacionados com a unidade de produção 1MWh) .................................................... 58

Tabela104.6- Número de impactos levantado pelo inventário de uma usina

hidrelétrica ................................................................................................................. 60

Tabela114.7- Impactos levantados nos inventários do sistema de alimentação do VE

e VCI ......................................................................................................................... 61

Tabela124.8 – Exemplo de Cálculo do índice de gravidade ..................................... 63

Tabela134.9 – Exemplo de Cálculo do índice de Ocorrência .................................... 63

Tabela144.10 - Índice de Ocorrência adotado neste estudo ..................................... 64

Tabela154.11 – Exemplo de Cálculo do índice de Detecção .................................... 64

Tabela164.12 - Lista dos principais impactos ambientais da fase de geração de

energia (primeiro estágio do ciclo de vida do combustível de veículos elétricos) ...... 65

Tabela174.13 - Lista dos principais impactos ambientais da fase de distribuição e

transmissão de energia (segundo estágio do ciclo de vida do combustível de

veículos elétricos) ...................................................................................................... 66

Tabela184.14 - Lista dos principais impactos ambientais da fase de destilação do

petróleo (segundo estágio do ciclo de vida do combustível de veículos com

combustão interna) .................................................................................................... 67

Tabela194.15 - Lista dos principais impactos ambientais da fase de distribuição do

combustível e geração de produtos de combustão (terceiro estágio do ciclo de vida

do combustível de veículos com combustão interna) ................................................ 67

Tabela204.16 Principais impactos do veículo elétrico ............................................... 68

Tabela214.17 Principais impactos do veículo de combustão interna ........................ 69

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Tabela225.1 - Lista dos principais impactos ambientais do VE e VCI ....................... 70

Tabela245.2- VE: Sistema de alimentação de Combustível (eletricidade) ................ 71

Tabela265.3- VCI: Sistema de alimentação de Combustível (gasolina) .................... 72

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACV Análise do Ciclo de Vida

ADP Potencial de depleção abiótica (do inglês: abiotic depletion Potential)

AECV Análise Estratégica do Ciclo de Vida

BBL Barril de petróleo produzido

CED Demanda de energia acumulado (do inglês: cumulative energy

demand)

CML Centro de Ciências Ambientais (do inglês: Centre of Environmental

Science)

CO Monóxido de Carbono

CO2 Dióxido de Carbono

CRE Consumo de Recursos Energéticos

CRM Consumo de Recursos Materiais

EA Emissão Atmosférica

EPA Environmental Protection Agency

FMEA Análise do modo de falha e efeito (do inglês: Failure Mode and Effect

Analysis)

GWP Potencial de aquecimento global (do inglês: Global Warming Potential)

ICV Inventário do Ciclo de Vida

ID Índice de Detecção

IG Índice de Gravidade

IO Índice de Ocorrência

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IPCC Intergovernmental Panel on Climate Change

ISO International Standartization Organization

KOH Hidróxido de Potássio

Li-ion Lítio de ion

LiMn2O4 Lítio óxido de manganês

LiPF6 Hexafluoro fosfato de lítio

MCI Motor de Combustão Interna

N2O Óxido Nitroso

NaS Sódio Enxofre

Ni(OH)2 Hidróxido de Níquel

NiMH Níquel Metal Hidreto

Ni-NaCl2 Sódio Níquel Cloreto, comercialmente chamado de ZEBRA (do Inglês:

Zero Emission Batteries Research Activity)

NOx Termo genérico para Óxido de Nitrogênio P Perdas

PM Material particulado

PPP Processamento Primário de Petróleo

RL Resíduos Líquidos

RPN Número prioritário de risco (do inglês: Risc Priority Number)

RS Resíduos Sólidos

SETAC Society of Environmental Toxicology and Chemistry

SO2 Dióxido de enxofre

SOx Óxidos de enxofre

THC Tetrahidrocanabinol

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USEPA United States Environmental Protection Agency

VCI Veículo de Combustão Interna

VE Veículo Elétrico

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RESUMO

Políticas ambientais e de energia de todos os continentes, motivadas pela

dependência do petróleo e pela poluição do ar, incluem iniciativas para promoverem

sistemas de transportes baseados em veículos movidos a combustíveis alternativos.

Neste contexto e no cenário brasileiro, esta dissertação visa fazer uma análise

comparativa dos atuais e usuais veículos com motor de combustão interna e os

veículos elétricos. Dentre os inúmeros veículos movidos a combustíveis alternativos

optou-se pelo veículo elétrico por esta opção tecnológica estar sendo produzida em

larga escala no mercado mundial. Para tal comparação foi preciso criar uma

metodologia, denominada Análise Estratégica do Ciclo de Vida, AECV, para que os

resultados fossem baseados no mérito técnico, considerando todos os impactos,

além de ser uma forma criteriosa à luz da economia e da sustentabilidade. Concluiu-

se de forma inquestionável que a AECV é uma metodologia capaz de analisar e

comparar os impactos globais de novas tecnologias e que dentre os parâmetros

analisados o veículo de combustão interna possui impactos ambientais mais

relevantes se comparado ao veículo elétrico.

Palavras-Chave: Veículos elétricos; Veículos com motor de combustão interna;

Análise Estratégica do Ciclo de vida; Sustentabilidade; Eficiência Energética.

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ABSTRAT

Environmental policies and energy from every continent, motivated by the dependence on oil and the air pollution include initiatives to promote transport systems based on alternative fuel vehicles. In this context and in the Brazilian scenario, this thesis aims to make a comparative analysis of current and usual vehicles with internal combustion engine and electric vehicles. Among several alternative fuel vehicles opted for the electric vehicle by this technological option being produced on a large scale in the world market. For such a comparison was necessary to create a methodology, called Strategic Life Cycle Assessment, AECV, so that the results were based on technical merit, considering all impacts, besides being careful in light of the economy and sustainable manner. It was concluded that unquestionably AECV is a methodology capable of analyzing and comparing the global impacts of new technologies and that among the analyzed vehicle internal combustion own most relevant environmental impacts when compared to the electric vehicle.

Keywords: Electric vehicles; vehicles with internal combustion engine; Strategic Analysis of the life cycle; Sustainability; Energy Efficiency.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 16

1.1 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................... 17

1.2 OBJETIVO ............................................................................................................................... 18

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................ 18

2. A EVOLUÇÃO DOS VEÍCULOS ......................................................................................................... 19

2.1 MOTOR ELÉTRICO .................................................................................................................. 23

2.1.1 CRONOLOGIA DOS CARROS ELÉTRICOS ........................................................................... 26

2.1.2 BATERIA ......................................................................................................................... 27

2.1.3 BATERIA DE NÍQUEL-METAL-HIDRETO .......................................................................... 29

2.1.4 BATERIA SÓDIO-METAL-CLORETO ................................................................................. 30

2.1.5 BATERIA DE LÍTIO .......................................................................................................... 32

3 TECNICAS COMPARATIVAS AVANÇADAS NA ANÁLISE DE OPÇÕES TECNOLOGICAS .................... 34

3.1 AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA – ACV ................................................................................... 34

3.2 ANÁLISE DE MODOS DE FALHAS E EFEITOS – FMEA ............................................................. 42

4 METODOLOGIA .............................................................................................................................. 49

4.1 PLANEJAMENTO DA AECV ..................................................................................................... 49

4.2 DADOS DOS INVENTÁRIOS DOS FLUXOS DE ACV NAS ETAPAS SELECIONADAS

ANTERIORMENTE .............................................................................................................................. 53

4.3 APLICAÇÃO DA FMEA PARA PRIORIZAÇÃO DOS IMPACTOS ................................................. 62

4.4 ANÁLISE COMPARATIVA ........................................................................................................ 65

5 RESULTADOS OBTIDOS COM A AECV ............................................................................................ 69

6 DISCUSSÃO DE RESULTADOS ......................................................................................................... 72

7 CONCLUSÃO ................................................................................................................................. 74

8 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .................................................................................... 76

REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 77

APÊNDICE A – Avaliação Estratégica do Ciclo de Vida, na Distribuição da Energia Elétrica ................. 81

APÊNDICE B – Avaliação Estratégica do Ciclo de Vida, na Transmissão da Energia Elétrica ................. 88

APÊNDICE C – Avaliação Estratégica do Ciclo de Vida, no Acionamento do motor elétrico ................ 92

APÊNDICE D – Avaliação Estratégica do Ciclo de Vida, no processamento primário do Petróleo........ 93

APÊNDICE E – Avaliação Estratégica do Ciclo de Vida, na combustão da gasolina ............................... 97

ANEXO A – Inventário refinado para 1 MWh.km de rede urbana brasileira de distribuição de energia

elétrica ................................................................................................................................................... 99

ANEXO B– Inventário referente a transmissão da energia elétrica .................................................... 106

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ANEXO C – Inventário da destilação do petróleo ................................................................................ 113

ANEXO D – Inventário da geração de produtos da combustão .......................................................... 115

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1. INTRODUÇÃO

Políticas ambientais e de energia de todos os paises, direcionadas pelo

esgotamento rápido do petróleo e pela crescente poluição do ar devem considerar

sistemas de transportes mais sustentáveis para o futuro. O desenvolvimento de

metodologias que permitam realizar a comparação dos impactos globais dos

veículos tradicionais, também conhecidos como veículos de combustão interna, e

veículos alternativos ajudarão a identificar sistemas com características mais

sustentáveis na mobilidade urbana.

Até o momento existem muitas opiniões favoráveis para a substituição dos veículos

acionados com motores de combustão interna por veículos acionados com motores

elétricos, que normalmente possui maior desempenho energético e menor impacto

ambiental, porém estas opiniões não consideraram todo o ciclo de vida dos veículos.

É importante salientar que grandes impactos ambientais observados atualmente no

planeta, como o conhecido efeito estufa, assim como o rápido esgotamento de

fontes não renováveis de energia são decorrentes da falta de considerações destes

efeitos na implementação de novas tecnologias, em particular na área de transporte

de pessoas e cargas, nos modelos de desenvolvimento econômico industrial

sobretudo nos países já desenvolvidos. A adoção dos mesmos modelos de

desenvolvimento nos denominados paises em desenvolvimento irá acelerar de

forma descontrolada estes impactos ambientais, podendo comprometer a

sobrevivência da nossa espécie no planeta nas próximas décadas.

É necessário assim desenvolver metodologias de análise mais eficazes na

introdução de novas tecnologias que permitam garantir a sustentabilidade futura da

nossa espécie no planeta.

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1.1 JUSTIFICATIVA

O motor de combustão interna tem sido utilizado por mais de 130 anos para o

acionamento de automóveis e veículos em geral. No entanto, o forte apelo ambiental

e a limitação de combustíveis fósseis estão exigindo veículos alternativos.

Os veículos elétricos, de acordo com Barreto (1986), apresentam maior eficiência

energética que um veículo convencional: em função da maior eficiência de

transformação da energia elétrica, armazenada nas baterias sob a forma de energia

química, em energia mecânica, em comparação com os veículos convencionais

ocupados com motor de combustão interna. No entando deve-se questionar se os

impactos na geração da energia elétrica não anulam o benefício da menor poluição

dos veículos elétricos.

Atualmente não existe uma metodologia adequada que permita avaliar os impactos

de novas tecnologias. Desta forma algumas perguntas importantes dentro deste

contexto ficam sem respostas. Por exemplo, qual é o impacto da utilização dos

veículos convencionais em relação ao consumo de recursos que não são

renováveis. Existem metais e materiais suficientes para criar um grande número de

veículos elétricos? Quais são os impactos gerados na vida de um veículo? A

infraestrutura da transmissão de eletricidade é suficiente e adequada a mobilidade

de veículos elétricos?

Carros movidos à bateria elétrica desempenham um papel fundamental no cenário

de mobilidade futura. No entanto pouco se sabe sobre os seus impactos ambientais

decorrentes da sua produção, utilização e reciclagem, o que torna difícil comparar os

impactos ambientais dos veículos elétricos com os veículos movidos a motor de

combustão interna. Consequentemente para vislumbrar esse cenário precisa-se

quantificar e qualificar impactos e níveis de risco associados com cada tecnologia

empregada nos veículos analisados.

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1.2 OBJETIVO

O principal objetivo desse trabalho é desenvolver uma metodologia que permita

fazer uma análise comparativa dos impactos globais na utilização de veículos com

motores de combustão interna e veículos elétricos na mobilidade de grandes centros

urbanos. Pretende-se quantificar esta análise em todo o ciclo de vida desde a

utilização das matérias-primas até a reciclagem final, passando pelas fases

intermediárias de fabricação, utilização e manutenção. Os impactos serão

levantados a partir de pesquisas bibliográficas já existentes. Pretende-se elaborar

uma metodologia específica com o intuito de fundamentar de forma mais eficaz e

abrangente a eficiência dos veículos inseridos na mobilidade urbana, levando-se em

consideração os impactos causados no meio ambiente, nas linhas de produção e

nos processos de reciclagem.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Neste trabalho foi feito um planejamento de quais fases e sistemas envolvidos

durante o ciclo de vida de um veículo com motor de combustão interna e um veículo

elétrico devem ser abrangidos e levados em consideração. Posteriormente far-se-á

um levantamento bibliográfico dos impactos, a partir de inventários de ciclo de vida

já existentes, nas fases de fabricação, utilização e disposição final de veículos

convencionais e elétricos. Por este motivo foi utilizada a ferramenta FMEA (Análise

de Modos de Falhas e Efeitos, “Failure Mode and Effect Analysis” –FMEA) para

mapear e priorizar os impactos globais levantados na etapa anterior. Finalmente foi

realizado um mapeamento global do impacto nos dois tipos de veículos analisados

combinando as duas técnicas anteriores e analisou-se o potencial real de utilização

de veículos elétrico como substitutos de veículos com combustão interna.

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2. A EVOLUÇÃO DOS VEÍCULOS

Os primeiros veículos datam de 1200 a.C. (CASTRO, 2012), no período denominado

Neolítico, onde se utilizava veículos impulsionados por animais domesticados. Com

o passar do tempo, surgiu à necessidade de se locomover a distâncias cada vez

maiores ou em tempos cada vez mais curtos. Diversas foram as invenções e ideias

para o aprimoramento dos veículos, desde carros a vela à veículos a vapor como

pode-se ver nas figuras 2.1 e 2.2.

Figura 1 2.1 – Veículo movimentado por uma vela, com compacidade para 30 pessoas, que se movimentava com uma velocidade superior a de um cavalo. Contruido em 1600 pelo matemático

holandês Simon Stevin.

Fonte: Castro (2012).

Figura 2 2.2 – Veículo de três rodas com motor a vapor, desenvolvido em 1769 pelo francês Nicolas Joseph Cugnot.

Fonte: Castro (2012).

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Segundo Castro (2012) o primeiro veículo acionado por motor elétrico foi

desenvolvido em 1839 pelo escocês Robert Anderson. Em 1842 Anderson juntou-se

ao inglês Thomas Davenport e construíram um veículo elétrico movimentado por

baterias, que na época não eram carregáveis. Assim sendo, os veículos elétricos

tinham como fator limitante a curta duração das baterias e consequentemente a

distância a ser percorrida. De acordo com Barreto (1986) este veículo elétrico surgiu

aproximadamente quarenta anos antes do primeiro automóvel acionado por motor

de combustão interna, o Patent-Motorwagen de Karl Benz, em 1886, apresentado na

figura 2.3.

Figura 3 2.3 – O Benz Patent-Motorwagen Nr. 3 de 1888, usado por Bertha Benz, esposa de Karl Benz, para a primeira viagem a longa distância de automóvel (mais de 106 km).

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Benz_Patent-Motorwagen, ultimo acesso 26 de agosto de 2013.

Ainda de acordo com Castro (2012) em 1860 o francês Etienne Lennoir patenteou o

primeiro motor a gás. Esse motor trabalhava com um ciclo de compressão de dois

tempos acionando diretamente um eixo virabrequim que transmitia o movimento a

uma roda. Com base neste motor Lennoir construiu o primeiro veículo que circulou

em ruas e foi denominado Hippomobile.

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Figura 4 2.4 – Veículo Hippomobile construido pelo francês Etienne Lennoir em 1860

Fonte: Castro (2012).

Com base no motor de dois tempos de Lennoir, em 1862 o autodidata alemão

Nicolaus August Otto começou a testar a construção de motores a gás de quatro

tempos, que começaram a ser utilizados apenas em 1876. Em 1864 ele fundou a

primeira fábrica de motores do mundo. Essa fábrica, inicialmente chamada N.A. Otto

Cia foi, a partir de 1972, denominada Gasmotoren-Fabrik Deutz AG e é atualmente

conhecida como Deutz AG. Em 1876 com ajuda técnica de Wilhelm Maybach e

apoio financeiro de Eugen Langen, Otto conseguiu atingir a maturidade na produção

dos motores de quatro tempos, que serviram de base para a construção dos

motores automobilísticos atuais. Em 1884 Otto descobriu a ignição elétrica para

seus motores a gás. A partir dessa invenção foi possível começar a utilizar

combustíveis líquidos, como alternativa para o gás, que até aquele momento era o

único combustível utilizado nos motores de dois e quatro tempos. Os motores de

combustão interna de quatro tempos com ignição elétrica levam o nome de motores

Otto, devido ao grande esforço realizado por esse alemão no desenvolvimento

desses motores, sem os quais a indústria automobilística atual não existiria (Castro,

2012).

Em 1899, cinco anos depois de Otto descobrir a ignição elétrica para seus motores a

gás, foi quebrado o recorde de velocidade de um automóvel pelo belga Jenatzy, a

bordo de um veículo elétrico, o “La Jamais Contente”, que atingiu 106km/h, figura

2.5. Desde o começo da história do automóvel houve crescimentos e descobertas

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tanto nos veículos com motores de combustão interna quanto nos veículos elétricos,

a industria e seus inventores nunca descartaram nenhuma destas duas tecnologias

(Castro, 2012).

Figura 52.5 - Jenatzy, a bordo do La Jamsi Contente.

Fonte: Noce (2009)

Assim, no final do século XIX nasceu o denominado automóvel, ou seja, um veículo

capaz de se movimentar de forma autônoma, sem a necessidade de animais ou

esforço humano. O coração dos automóveis passou a ser o motor, ou seja, o

sistema que permitia o acionamento do veículo. No final do século XIX existiam

vários tipos de acionamentos concorrendo simultaneamente para sua utilização em

automóveis. Isto pode ser observado nos dados de fabricação dos Estados Unidos,

onde nesta época já existiam vários fabricantes de veículos automotores. Em 1900

existiam nos Estados Unidos 75 diferentes fabricantes de veículos. Os veículos eram

acionados por motores a vapor, a gás e alguns automóveis eram movidos por

motores elétricos (Castro, 2012).

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2.1 MOTOR ELÉTRICO

Trinta e sete anos antes de Nicolas August Otto começar a utilizar os motores a gás

de quatro tempos, a base dos motores que os automóveis usam hoje, Castro (2012)

acredita que em 1839 o escocês Robert Anderson construiu o primeiro veículo

acioando por um motor elétrico. Atualmente os motores elétricos apresentam

eficiências em torno de noventa porcento, ou seja, o motor pode transformar cerca

de noventa porcento de energia elétrica consumida em trabalho efetivo no seu eixo,

por isso os motores elétricos são considerados os equipamentos eletro-mecânicos

mais eficientes.

Diferente de um motor de combustão interna que possui efeciência de

aproximadamente trinta porcento, o motor elétrico tem emissões nulas de poluentes

e por possuir somente uma parte móvel, ele possui vida útil muitas vezes superior ao

motor de combustão interna. Para o proprietário, um veículo elétrico representa um

sistema eficiente, aparentemente não poluente, de alto desempenho e com baixo

custo de manutenção, devido às características intrísicas do motor elétrico.

Outra valiosa qualidade do motor elétrico é que ele apresenta uma característica

especial que o difere do motor de combustão interna. Seu torque máximo ocorre em

baixas rotações. Assim sendo, sua resposta é imediata já no arranque, não havendo

necessidade de aguardar que ele chegue à uma determinada rotação para começar

a usufruir de sua potência.

Esta condição pode eliminar a necessidade da transmissão de múltiplas velocidades

ou reduzi-la a um número menor de velocidades em comparação com uma

transmissão para motores de combustão interna. Caso seja eliminada a transmissão

de múltiplas velocidades, pode-se também eleminar o acoplamento entre o motor de

transmissão, que permite a seleção das múltiplas velocidades, ou seja, a

embreagem.

Segundo Pereira (2007) os motores elétricos oferecem uma eficiência maior e

menos ruído sonoro do que os motores de combustão interna, MCI. Também

fornecem torque mais elevado em velocidades baixas, o que resulta em melhor

aceleração na saída do repouso. Além de aumentar a eficiência energética através

do freio regenerativo (que faz com que o motor funcione como gerador quando o

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veículo desacelera, de modo que possa recarregar o banco de baterias durante as

frenagens). Em um sistema de tração convencional com motor de combustão

interna, a energia cinética é totalmente desperdiçada na forma de calor durante a

frenagem, porque não há nenhum mecanismo para recuperá-la.

De acordo com Noce (2009, p. 68) os veículos elétricos apresentam as seguintes

vantagens principais:

Maior eficiência energética que um veículo convencional: em

função da maior eficiência de transformação da energia elétrica,

armazenada nas baterias sob a forma de energia química, em

energia mecânica, em comparação com o motor de combustão

interna. Neste, a energia química armazenada no combustível, deve

passar por um processo termodinâmico para prover energia

mecânica às rodas. Além disso, os veículos elétricos só consomem

energia quando estão em movimento. No motor elétrico a energia é

transformada de maneira mais adequada à característica de

funcionamento urbano do automóvel, sem a limitação de rotação

mínima de funcionamento presente no motor de combustão interna.

Manutenção menos freqüente e mais simplificada: como as

temperaturas dos sistemas de transformação de energia do veículo

elétrico são baixas, ocorre menor degradação dos elementos de

atrito, lubrificação e vedação, além da grande simplificação no

número de peças móveis e da inexistência de movimentos

alternativos, que podem induzir vibrações no sistema. Em um motor

elétrico de corrente alternada, a manutenção preventiva se resume à

troca dos rolamentos do induzido, o que ocorre após cem mil

quilômetros.

Pouca emissão de poluentes: as transformações de energia no

veículo elétrico não emitem subprodutos como nos motores de

combustão interna. Esta vantagem se presta principalmente aos

grandes centros urbanos, onde mesmo os veículos com motor de

combustão interna pouco poluente e/ou aqueles movidos a

combustíveis com geração de carbono neutro como, por exemplo, o

etanol de cana de açucar, gera poluentes gasosos nocivos próximos

à propulsão. Deve-se salientar que a bateria do veículo elétrico deve

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ser corretamente reciclada ao término da sua vida útil, a fim de se

evitar a poluição por descarte inadequado.

Segundo Oliveira (2005) e Barreto (1986), como desvantagens dos veículos elétricos

podem-se citar:

Elevado custo, que de acordo com Noce (2009, p. 69):

o custo do quilowatt-hora instalado em um veículo elétrico gira em

torno de US$2.500,00 (R$5.000,00), o que torna o valor de venda de

um carro elétrico no Brasil, com autonomia em torno de 100km1,

cerca de R$100.000,00 a mais em relação ao veículo original. Um

veículo Fiat Palio Weekend Elétrico, com 18kWh, possui preço de

R$145.000,00, ao passo que o mesmo veículo em versão Flex custa

em torno de R$45.000,00. Soma-se a isto o fato de que o veículo

Flex recolhe imposto sobre produtos industrializados na alíquota de

0,1% enquanto o veículo elétrico recolhe o mesmo imposto na

alíquota de 25% (dados referentes a agosto de 2009).

Autonomia reduzida e longo tempo de recarga, como a energia específica, em

Wh/kg, de uma bateria moderna é da ordem de sessenta vezes inferior à da

gasolina, para se atingir uma autonomia comparável ao automóvel tradicional, a

massa das baterias torna-se inviável tecnicamente, além de seu elevado custo de

produção. Esta é a principal razão pela qual o foco dos veículos elétricos sejam os

centros urbanos, sendo que para percursos extra-urbanos torna-se necessário

algum tipo de hibridização da propulsão elétrica com algum combustível, tendo-se

em vista atingir autonomias mais elevadas.

1 valor corrigido pelo presente autor com dados de 2009, Noce em sua dissertação apresentou o valor de 10km, atualmente,2014, o mesmo veículo em questão possui uma autonomia de 120km e consumo de carga completa de 20kWh e consome 15kWh a cada 100km.

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Em mais de quarenta e sete quilos de baterias modernas tem-se

energia equivalente a apenas um litro de gasolina, por isso nos

carros elétricos o uso da energia proveniente da bateria deve ser

bem determinado a fim de se garantir uma autonomia adequada ao

veículo. Um veículo com desempenho mais contido e adequado ao

trânsito urbano maximiza a transformação da energia elétrica em

movimento, uma vez que as forças resistivas aumentam com

velocidade. Como premissas de projeto de um veículo elétrico

urbano, podem-se prever desempenhos mais adequados à condução

urbana que um veículo à combustão (NOCE, 2009, p. 70).

2.1.1 CRONOLOGIA DOS CARROS ELÉTRICOS

Segundo Westbrook (2001) em 1800 houve a construção da 1ª pilha por Alessandro

Volta, já em 1821 Faraday demonstra o princípio do motor elétrico. Três anos

depois, em 1834, Davenport demonstra o primeiro carro elétrico a andar na estrada

alimentado por uma bateria primária. Em 1839 Sir William Grove descreve a 1ª

célula de combustível. E apenas em 1859 Planté inventa a célula secundária e a

bateria. No ano de 1869 construiu-se o primeiro motor elétrico de corrente contínua

de mais do que um cavalo vapor. Passado uma década, no ano de

1881, Trouvé permite que o primeiro carro elétrico seja alimentado por uma bateria

secundária. Quatro anos depois, 1885, Benz demonstrou o primeiro veículo de motor

de combustão interna. Entre os anos de 1887 à 1898 houve o desenvolvimento de

carros elétricos na Europa e nos Estados Unidos da América. No ano 1899 o

recorde mundial de veículos terrestres é atingido por Jenatzy (105,9 km/h), e

mantendo-se por três anos pilotando um veículo elétrico. Em 1900 o mesmo número

de veículos a vapor, elétricos e a gasolina competem entre si pela aceitação pública.

Os anos de 1900 à 1912 ficou conhecido como a idade de ouro dos veículos

elétricos mas começavam a dominar os veículos movidos com motor a gasolina.

Entre os anos de 1921 à 1960 houve um grande domínio dos motores a gasolina e

desaparecem os veículos elétricos. Apenas por volta de 1970-90 reaparecem os

veículos elétricos, embora em pequenas quantidades. Entretanto no ano de

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1990 houve a regulamentação de emissões zero californianas, que regulam novas

atividades no desenvolvimento de veículos elétricos. Dessa forma surge um número

considerável de veículos elétricos com novas tecnologias nas baterias. E no ano de

2010 a fabricante de automóveis Nissan lança o carro LEAF, sendo o primeiro

veículo cem por cento elétrico produzido em larga escala no mundo. No Brasil o

grande marco do carro elétrico ocorreu em 2006 com a assinatura de um acordo

internacional de cooperação técnica entre a usina de Itaipú e uma concessionária de

energia Suíça denomida Kraftwerke Oberhasli,KWO. Como fruto deste acordo no

ano de 2012 o cidade de São Paulo recebeu os primeiros táxis elétricos do Brasil.

2.1.2 BATERIA

Enquanto no Brasil os motores de combustão interna possuem a gasolina ou etanol

como combustível propulsor, nos veículos elétricos o tanque de combustível e o

combustível são substituídos pela bateria.

Desde o ano de mil e oitocentos quando o italiano Alessandro Volta criou a primeira

pilha, as baterias passaram por grandes e profundas transformações tecnológicas

até chegarem às utilizadas nos dias de hoje. Como se viu os primeiros carros

elétricos foram criados por volta de 1839, mas em 1920 eles pararam de ser

produzidos pelo sucesso alcançado dos veículos a motor de combustão interna.

Entretanto por volta de 1980 às montadoras começaram a pensar novamente em

produzirem carros elétricos e a principal diferença na produção desses carros está

na ausencia do motor de combustão interna e no tanque de combustível, no qual

ambos seriam substituidos por motor elétrico e baterias (Buchmann, 2001). Em 2008

as baterias de níquel metal hidreto, NiMH, foram as mais utilizadas para a fabricação

de veículos híbridos principalmente devido a sua segurança já consolidada, e o seu

custo já bastante amortizado. Essas baterias foram e são utilizadas principalmente

pelos fabricantes japoneses de larga escala, como Honda e Toyota e alguns

fabricantes coreanos.

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Na Europa e começando a ser testada na mobilidade urbana no Brasil a bateria de

sódio-metal-cloreto é a mais utilizada em função de sua segurança, da capacidade

de armazenamento e de sua reciclabilidade.

Já as baterias de lítio estão sendo utilizadas hoje, em pequena série, na construção

de veículos de demosntração, devido a sua maior capacidade de armazenamento de

energia (energia específica) surgindo, assim, como uma grande promessa para o

futuro da propulsão de veículos elétricos e híbridos, em especial aqueles que

utilizam da nanotecnologia para obtenção de menores tempos de recarga e maior

vida útil. Tem-se optado pelas tecnologias isentas de cobalto ou pelas tecnologias

de lítio-polímero para a aplicação automotiva devido às questões de segurança.

A história das baterias começou em 1800 com a construção da 1ª pilha

por Alessandro Volta. Já em 1802 O inglês Dr. William Cruickshank projetou a

primeira bateria de produção em massa, ela era formada por chapas de cobre e

zinco em solução de ácido diluído em água. No ano de 1859 o físico francês Gastón

Platé inventou a primeira bateria recarregável, a qual era baseada no princípio de

chumbo e ácido, sistema utilizado até os dias de hoje. Em 1899 o sueco Waldmar

Jungner inventou a bateria de níquel-cádmio. E em 1901Thomas Alva Edison criou

um projeto alternativo ao de Jungner, trocando o cádmio por ferro. No ano de 1932

Schlecht e Ackermann inventaram a placa de pólo sinterizada, que aumentou

significativamente a durabilidade e a corrente de descarga das baterias de chumbo-

ácido. Em 1947 Neumann tornou a bateria de níquel-cádmio semelhante à que se

conhece hoje, popularizando-a através da selagem completa. No ano de 1960 as

pilhas alcalinas foram desenvolvidas pela empresa Union Carbide. E uma década

depois, em 1970, surgiram as primeiras baterias chumbo-ácido reguladas à válvula.

Em 1990 Iníciou-se a comercialização da bateria de Níquel-Metal Hidreto (NiMH), já

em 1992 comercializou-se a bateria alcalina recarregável e no ano de 1999

comercializou-se a bateria de Lítio-Íon Polímero (Buchmann, 2001).

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2.1.3 BATERIA DE NÍQUEL-METAL-HIDRETO

As baterias de níquel metal hidreto, NiMH, são consideradas uma evolução das

basterias de níquel cádmio pois apresentam maiores taxas de energia armazenada

por unidade de massa ou de volume, são menos prejudiciais ao ambiente devido a

ausência do cádmio e não apresentam o infortúnio do efeito de memória.

A bateria de NiMH é constituida por anodo e catodo que são filmes flexíveis

enrolados e separados por filmes de material fibroso que retém o eletrólito. Esse

conjunto é encapsulado e interligado com os terminais externos para formar o

dispositivo prático onde há um pequeno suspiro para liberar gases eventualmente

formados. O catodo é formado por hidróxido de níquel, Ni(OH)2, e eletrólito por

hidróxido de potássio, KOH. O anodo por sua vez é formado por um hidreto

metálico. Essa liga metálica possui grande capacidade de absorção de hidrogênio,

de aproximadamente cem vezes o seu volume.

Essas ligas em geral são compostas por dois metais: um que absorve hidrogênio de

forma exotérmica e outro que absorve de forma endotérmica. Dessa maneira a união

desses metais permite a criação de uma liga que gere energia.

Em relação a atual mobilidade urbana, com o início da comercialização da bateria de

NiMH em 1990 o veículo EV1 da General Motors, o primeiro veículo elétrico de

fabricação em série, que no ano de 1997 foi inicialmente fabricado com baterias de

chumbo-ácido, dois anos depois teve sua linha de fabricação alterada com

surgimento e aprimoramento da tecnologia de NiMH. Consistente com a bateria de

NiMH os veículos híbrido Prius da Toyota e Insight da Honda empregaram a

tecnologia NiMH por sua alta capacidade de armazenamento de energia e pelo

conhecimento e segurança da tecnologia proveniente dos equipamentos eletro-

eletrônicos portáteis testados. (Noce, 2009). Um exemplo da bateria de Ni-MH é

mostrado na figura 2.6.

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Figura 6 2.6 – Bateria de Níquel Metal Hidreto

Fonte: http://www.cheap-china-batteries.com/nimh-aaa-battery-24v-800-mah-p-1746.html, ultimo

acesso 12 de janeiro de 2014.

2.1.4 BATERIA SÓDIO-METAL-CLORETO

As baterias sódio-metal-cloreto conhecidas como metal-cloreto são utilizadas em

aplicações de propulsão híbrida para o transporte ferroviário, marítimo, industrial e o

transporte de massa. Essa bateria demonstrou uma grande promessa em aplicações

móveis, por exemplo, em locomotiva híbrida que têm ciclos de trabalho

relativamente severos, que incluem a operação em condições climáticas extremas

que vão de desertos às áreas mais frias do mundo, e têm um espaço e peso

disponível limitado para o armazenamento de energia. Esta combinação, que

também os veículos elétricos encontram, requer que as baterias tenham uma

densidade de energia muito elevada, uma elevada confiabilidade e uma tolerância à

temperatura ambiente.

Baterias de sódio-metal-cloreto demonstraram algumas das maiores densidades de

energia encontradas entre todos os tipos de baterias disponíveis no mercado. A sua

densidade de energia, sua eficiência na carga e descarga, sua capacidade de

segurança e seu comportamento nas condições ambientes fizeram com que esta

bateria seja adequada para utilização de veículos elétricos e híbridos.

Essa bateria é constituida por placas negativas de sódio e placas positivas

geralmente formada por cloreto de níquel. O sódio da placa negativa é formado

eletroquimicamente a partir do cloreto de sódio quando a bateria recebe a primeira

carga para a sua formação. Segundo Husain (2003) quando o sódio está à

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temperatura ambiente, ele é aquecido a uma temperatura de 250 à 350°C para que

a bateria funcione.

As mais comuns bateria sódio-metal-cloreto são as de NaS, sódio-enxofre, e a de

Ni-NaCl2, denominado comercialmente como bateria ZEBRA – Zero Emission

Baterries Research Activity ou Zeolite Battery Research Africa. As baterias de metal

cloreto apresentam o inoportuno da alta temperatura de operação, em torno de

250°C à 300ºC, devendo ser montada em caixa com excelente isolação térmica para

impedir que o eletrólito se solidifique. Caso isso ocorra, deve ser feito o

reaquecimento da bateria, processo que pode durar de um a dois dias para que a

bateria se recarregue. Este tipo de bateria ainda é amplamente utilizado em várias

aplicações de veículos de tração puramente elétrica de alta taxa de utilização como,

por exemplo, veículos de frota de empresas.

A bateria metal-cloreto apesar de trabalhar a alta temperatura é bastante segura,

relativamente barata, seu material é abundante e amigável ao meio ambiente, possui

alta densidade de energia e custo de manutenção relativamente baixo. Entretanto

seu processo de fabricação é bastante complexo, quando parada seu processo de

descarga é bastante grande, ou seja, perde carga muito rapido além de possuir o

incoveniente de trabalhar a altas temperaturas. Um exemplo da bateria ZEBRA é

mostrado na figura 2.7.

Figura 7 2.7 – Bateria de Sódio Metal Cloreto

Fonte: Noce (2009)

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2.1.5 BATERIA DE LÍTIO

Segundo Noce 2009 as baterias de lítio são atualmente as mais promissoras para

aplicação portátil pois possuem alta capacidade de armazenamento de energia,

baixa toxidade e não apresentam efeito memória. Além de trabalhar a temperaturas

não muito diferentes da ambiente e podem ser carregadas em pouco tempo. Um

exemplo da bateria de Li-ion é mostrado na figura 2.8.

Figura 8 2.8 – Bateria de Lítio de ion

Fonte: http://blogbringit.com.br/home/devo-usar-toda-a-minha-bateria-do-notebook-antes-de-

carregar/, ultimo acesso 12 de janeiro de 2014.

Cabe salientar que a bateria de lítio possui uma vasta gama de subtipos, dentre os

quais limitar-se-á destacar as que apresentam maior oportunidade de utilização

veícular:

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• Lítio-Íon-Manganês A terceira maior produtora de baterias de lítio-íon da atualidade, a empresa sul-

coreana LG, utiliza essa tecnologia de catodo de manganês. Esse tipo de bateria

apresenta como principal vantagem o fator segurança quanto à explosão em relação

à de lítio-íon-cobalto. Como desvantagem pode-se citar uma pequena perda de

densidade de energia desta em relação ao tipo anteriormente mencionado. Outras

empresas que utilizam semelhante tecnologia são a NEC e a Samsumg.

• Lítio-Íon-(Nano) Fosfato

Utiliza íons de lítio adverso ao lítio metálico no eletrólito na forma de sais de lítio

dissolvido em solventes não aquosos. No decorrer da descarga os íons de lítio

deslocam desde o interior do material que formam o anodo até o interior do material

do catodo e os elétrons movimentam através do caixa externa. Dentre as vantagens

dessa bateria pode-se citar a baixa densidade do lítio fazendo que com o tamanho, a

massa e o custo sejam menores, possuem bom desemprenho e confiabilidade se

tornando uma promissora bateria automotiva.

Não existem muitos dados sobre os resultados destas baterias, mas o fabricante,

A123 Systems, declara uma potência em torno de 3000W/kg e uma durabilidade de

10 vezes mais ciclos que uma bateria de lítio-íon convencional.

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3 TECNICAS COMPARATIVAS AVANÇADAS NA ANÁLISE DE OPÇÕES TECNOLOGICAS

3.1 AVALIAÇÃO DO CICLO DE VIDA – ACV

Entre os anos de 1960 e 1980 no decorrer da primeira crise do petróleo, começou-se

um estudo sobre as novas fontes de energia e no aprimoramento dos processos de

consumo de recursos naturais esgotáveis.

Segundo Chehebe (2002) em 1965 a empresa Coca-Cola Company financiou um

estudo para comparar diferentes tipos de suas embalagens, a fim de identificar o

recipiente mais adequado do ponto de vista ambiental. Este estudo visou quantificar

a utilização dos recursos naturais e os índices de emissão para o meio ambiente.

Ainda de acordo com Chehebe (2002) no ano 1974 a pedido da United States

Environmental Protection Agency ,USEPA, houve um aprimoramento do modelo

feito pela Coca-Cola Company que serviu de base para o estabelecimento de um

procedimento de comparação dos impactos ambientais gerados por produtos.

Posteriormente no Continente Europeu, desenvolveu-se um procedimento similar

denominado Ecobalance. A partir desse procedimento de comparação surgia-se a

Avaliação do Ciclo de Vida.

No início este método proporcionava grandes divergências nos resultados e muitas

destas discordâncias eram ocasionadas pelas diferentes necessidades energéticas,

diferentes níveis de emissões e geração de resíduos sólidos ponderados no estudo.

Com o intuito de normalizar esse novo método surgem alguns orgãos para atuar

nesse segmento.

De acordo com a Society of Environmental Toxicology and Chemistry, Setac:

A avaliação inclui o ciclo de vida completo do produto, processo ou

atividade, ou seja, a extração e o processamento de matérias-primas,

a fabricação, o transporte e a distribuição; o uso, o reemprego, a

manutenção; a reciclagem, a reutilização e a disposição final

(SETAC, 1993).

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Já a Environmental Protection Agency, EPA, define a ACV como uma ferramenta

para avaliar, de forma holística, um produto ou uma atividade durante todo o seu

ciclo de vida (VIGON et al.,1993)

Na ISO 14040 (2006) a ACV é definida como a compilação e avaliação das

entradas, saídas e do impacto ambiental potencial de um produto através de seu

ciclo de vida.

Dessa maneira a análise do ciclo de vida é uma ferramenta para análise dos danos

ambientais de cada estágio do ciclo de vida de um produto. Considera-se dano

ambiental qualquer tipo de impacto causado no ambiente pela existência do produto.

Assim sendo analísa-se a fase de extração das diferentes matérias-primas, a

emissão de substâncias tóxicas, a utilização da terra, a geração de energia para

fabricação, uso e descarte do produto, todas as etapas e sistemas a cerca do

produto em estudo.

Cabe salientar que o objetivo do estudo da ACV é exclusivamente o produto. Dessa

forma os processos envolvidos na manufatura, no uso e no descarte são analisados

para a determinação da quantidade de matérias-primas, energia, resíduos e

emissões associados ao ciclo de vida do produto. Seria ideal se essa análise fosse

quantitativa em escala, todavia quando não for possível quantificar, alguns aspectos

qualitativos são levados em conta para que o imapcto ambiental seja exposto da

forma mais completa possível.

O começo da Análise do Ciclo de Vida se dá pela criação de um fluxograma do

processo, no qual deve-se especificar todos os fluxos de material e energia que

entram e saem do sistema. O primeiro passo é aquisição de matéria-prima, no

estágio seguinte a matéria-prima é processada para a obtenção dos produtos. Esses

materias já processados são então transformados em produtos no estágio de

manufatura do produto. Após essas etapas, ocorre o uso e, após o uso, o descarte

ou a reciclagem.

A reciclagem, última fase de um produto, pode acontecer de várias maneiras. O

produto pode ser reutilizado, ou seja, o produto é utilizado novamente, sem nenhum

transformação, o produto pode ser remanufaturado, seu material é utilizado na

manufatura de outro produto ou o produto é propriamente dito reciclado, dessa

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forma seu material é utilizado como matéria-prima no processamento de outro

produto. Todos esses estágios, em conjunto com o transporte requerido para

deslocar materiais e produtos, consomem matéria-prima e energia e contribuem para

o impacto ambiental causado pelo produto. A ACV inclui, assim, a aquisição da

matéria-prima desde sua fonte primária, a produção, o uso e o descarte.

Pela definição da ACV pode-se imaginar a complexidade da análise, pois precisa-se

trabalhar muitas variáveis. Por esse motivo, há uma estrutura formal, dividida em

etapas, para a realização de uma avaliação de ciclo de vida de um produto. Essa

estrutura é mostrada na figura 3.1.

Figura 9 3.1 – Três etapas da Análise do ciclo de vida de um produto

Fonte: Almeida (2006)

Segundo a ISO 14040 (2006) as estapas para realização de uma ACV podem ser classificadas da seguinte forma:

• Definição dos objetivos e limites do estudo, escolha da unidade funcional.

• Realização do inventário de entradas e saídas de energia e materiais

relevantes para o sistema em estudo.

• Avaliação do impacto ambiental associado às entradas e saídas de energia e

materiais, ou avaliação comparativa de produtos ou processos: analisa os

impactos causados pelas emissões identificadas e pelo uso das matérias-

primas, e interpreta os resultados da avaliação de impactos, com a finalidade

de implantar melhorias no produto ou processo. Quando se utiliza a ACV para

• Definição de objetivos

• Unidade Funcional

• Fronteiras do sistema

• Coleta de dados

• Análise de

resultados

• Avaliação de impacto

• Avaliação comparativa

PLANEJAMENTO INVENTÁRIO INTERPRETAÇÃO

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comparar produtos, é essa etapa que recomenda qual produto seria

ambientalmente preferível.

Definição dos objetivos e limites do estudo

De acordo com Almeida (2006) os sistemas avaliados pela ACV são abertos, de

forma que é importante estabelecer um plano para o procedimento. Durante a

elaboração do plano, deve-se estabelecer as razões pelas quais a ACV será

efetuada. É também nessa fase que se estabelecem as fronteiras do sistema,

definindo o objetivo da avaliação e uma estratégia para a coleta de dados e os

métodos utilizados para a coleta.

Estabelecidos os limites do sistema e o objetivo da avaliação, uma unidade funcional

deve ser escolhida para o cálculo das entradas e saídas do sistema. A escolha da

unidade funcional deve ser cuidadosa, tendo em vista que pode levar a resultados

ambíguios, especialmente quando se pretende comparar produtos.

Ainda de acordo com Almeida (2006) unidade funcional pode ser definida como

sendo a referência, à qual são relacionadas as quantidades mencionadas no

inventário. Ou seja, é uma unidade de medida da função realizada pelo sistema,

essa unidade refere-se a uma unidade de produto e a uma unidade de função. Por

exemplo, a função de um processo está associada à produção que pode gerar

produtos e subprodutos. Dessa forma, considerando duas saídas, mesmo que a

saída associada ao subproduto seja involuntária, esse processo apresenta duas

funções – uma que gera o produto e outra que gera o subproduto. Na Análise do

Ciclo de Vida o subproduto deverá ser levado em consideração.

A unidade funcional escolhida não será simplesmente em função do produto, pois o

impacto associado ao processo será influenciado também pela quantidade de

subproduto proveniente do segundo processo. Portanto, para a seleção de uma

unidade funcional, é preciso levar em consideração as possíveis funções do sistema,

e a unidade funcional deve ser ajustada, para que os processos possam ser

comparados.

Realização do Inventário

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De acordo com a ISO 14040 (2006) a realização do inventário é a segunda etapa

para realizar a ACV, essa etapa determina as emissões que ocorrem durante o ciclo

e a quantidade de energia e matérias-primas usadas. Baseia-se num balanço de

massa e energia, em que todos os fluxos de entrada devem corresponder a um fluxo

de saída quantificada como produto, resíduo ou emissão. A realização do inventário

proporciona o entendimento global detalhado do processo de produção. Assim

explicita pontos de produção de resíduos e sua destinação, as quantidades de

material que circulam no sistema e as quantidades que deles saem. Também pode-

se determinar a poluição associada a uma unidade do sistema.

Através do fluxograma, criado inicialmente, pode-se identificar os fluxos de cada

material que circula no sistema e as perdas podem ser detectadas de imediato,

dependendo da natureza do material e da complexidade do sistema. O passo

seguinte consiste em acompanhar o material dentro de cada ciclo, determinando

qual a fração permanente no produto, quanto dele é reciclado e qual fração se perde

ou é descartada. Cada estágio da manufatura pode então ser inspecionado, a fim de

se determinar ou estimar o estágio mais importante para a redução de resíduos.

O desfecho do inventário se dá pela criação de uma tabela no qual se mensura toda

quantidade de material e de energia de cada ciclo. A partir desta etapa inicía-se a

avaliação do impacto.

Avaliação do impacto ambiental

A última etapa da ACV, segundo a ISO 14040 (2006), é a avaliação do impacto

ambiental que possui como objetivo primordial compreender e avaliar a intensidade

e importância dos impactos ambientais baseados na análise do inventário.

Após detectadas as emissões para o ambiente e exibidas na tabela de resultados do

inventário, os impactos de cada emissão devem ser caracterizados e avaliados. A

avaliação procura determinar a severidade dos impactos, para isso e de acordo com

a ISO 14040 (2006) são definidas três etapas: classificação, caracterização e

valoração.

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Classificação: etapa na qual agrupam-se e selecionam-se os danos do inventário do

ciclo de vida em algumas categorias de impactos. As categorias gerais são o

esgotamento de recursos, a saúde humana e os impactos ecológicos.

Caracterização: focada na análise e quantificação do impacto em cada categoria

selecionada, com a utilização de dados físicos, químicos, biológicos e toxicológicos

relevantes que descrevem os impactos potenciais.

Valoração: etapa que discute a importância dos resultados da avaliação de

impactos. Pode envolver interpretação, ponderação e ordenação dos dados de

análises de inventário.

Na etapa de classificação os resultados do inventário são analisados com base no

impacto ambiental que podem causar e de acordo com a norma ISO 14042 (2006)

define-se as categorias de impacto, que são tabeladas e permitem a comparação

com os dados obtidos durante o inventário.

Almeida (2006) cita em sua obra os vários centros, empresas e equipes que

desenvolveram guias e métodos para a formulação e análise da ACV que hoje são

amplamente seguidos. Dentre eles estão o Centro de Ciência Ambiental da

Universidade de Leiden, Centre for Environmental Science, que obteve

reconhecimento internacional ao desenvolver um guia para ACV. Há também listas

desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho em Avaliação Ambiental da SETAC e

métodos desenvolvidos por grupos de empresas de setores específicos. Esses

métodos utilizam fatores de caracterização, em que cada emissão contabilizada no

inventário pode ser associada a uma determinada categoria de impacto ambiental.

Existem vários tipos de categoria e alguns métodos estabelecem apenas quatro

categorias: diminuição de reservas, saúde ecológica, saúde humana e bem-estar

social.

Posteriormente a composição das categorias de impacto para o estudo, estabelece

os fatores de caracterização associados às suas respectivas substâncias de

referência. Os itens do inventário que apresentam emissões acima do permitido pela

legislação local são selecionados, e modelos de conversão são utilizados para

quantificar os danos ao ambiente. Cada emissão individual de um componente

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químico específico é multiplicada por um fator peso, que o relaciona com a categoria

de impacto.

Assim sendo o impacto avaliado permite definir: qual parte do sistema acarreta

maior prejuízo ambiental. Todavia, a normalização por meio de fatores de impacto e

fatores de peso gera controvérsias, pois essa aproximação não considera as

condições locais, onde ocorre a emissão. Por exemplo, o efeito de uma emissão

pode ser completamente diferente, conforme as condições locais do sistema, a

concentração preexistente da substância na área, a presença ou não de população,

o tipo de ecossistema, dentre outros.

Essas premissas, de acordo com Alemida (2006), não podem ser incorporadas ao

resultado da avaliação do impacto, a qual, apesar da análise extremamente

detalhada, deve então ser tomada somente em termos genéricos. Por esse motivo,

muitos estudos de ACV limitam-se a avaliações qualitativas que estabelecem escala

de danos para as substâncias.

Graedel e Allenby (1995) sugerem um sistema de avaliação numa matriz com um

total de 25 elementos. Na vertical, aparecem os estágios do ciclo de vida do produto.

Na horizontal, relacionam-se os aspectos ambientais envolvidos em cada fase do

ciclo. Cada elemento da matriz recebe uma nota de zero, o mais alto impacto

ambiental, a quatro, o menor impacto ambiental. Como são 25 elementos, a soma

de todas as notas pode atingir no máximo a nota 100, o que indicaria um produto

sem impactos sobre o meio ambiente. O resultado poderia ser utilizado para avaliar

a substituição de um material, a troca do tipo de embalagem ou a quantidade de

resíduos gerada por mudanças no processo.

A matriz proposta por Graedel e Allenby (1995) não inclui aspectos ambientais

relativos à distribuição ou o transporte do produto. Mas a matriz pode ser facilmente

adaptada para inclusão desses aspectos.

A terceira etapa da avaliação de impacto destina-se a interpretar os valores obtidos

na etapa anterior. Emprega-se essa fase no desenvolvimento, melhoria e

comparação entre produtos e processos. Cabe ressaltar que a comparação tem sido

bastante utilizada, mas o emprego da ACV para melhorar produtos é, sem dúvida,

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41

mais importante, pois pode identificar processos, componentes e sistemas para

minimização de impactos ambientais.

Muitas vezes, costuma-se desprezar o impacto ambiental associado ao uso dos

produtos porque esse impacto acontece longe do fabricante e por um período de

tempo que pode ser longo ou não. Para produtos duráveis, o impacto gerado no dia-

a-dia pode ser pequeno, mas quando se contabiliza toda a sua vida, constata-se o

quanto ele pode ser significativo. Quando a ACV é utilizada para comparar produtos,

essa etapa proporcionada por ela é a que recomenda qual deles seria

ambientalmente preferível.

Ainda de acordo com Almeida (2006, p. 58):

O desenvolvimento de metodologias para avaliação de impacto

ambiental é um tema ainda relativamente novo, de forma que

permanece incompleto. Há vários modelos de conversão, que

diferem entre si quanto à sofisticação, ao grau de incertezas e à

forma de converter os valores do inventário.

Aplicações da ACV

Pode-se utilizar a ACV para atingir diversos objetivos, dentre os mais utilizados são

para investigação da origem de problemas, para comparação entre possíveis

melhorias de um dado produto, a identificação de pontos fortes e fracos de uma

certa opção, um guia para o projeto de um novo produto e como será abordado

neste projeto, a escolha entre dois produtos similares em função de seus balanços

ecológicos.

Almeida (2006) ainda cita o desenvolvimento e a utilização de tecnologias mais

limpas, a maximização da reciclagem de materiais e resíduos e a decisão sobre a

aplicação do método mais apropriado para prevenção e controle da poluição que

são fatores que podem ser baseados em uma avaliação de ciclo de vida.

De acordo com Prates (1998) a aplicação da ACV pode coletar e organizar

informações para uma variedade de propósito, tais como:

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• Tomada de decisão na indústria para planejamento estratégico, projetos de

produtos e outros.

• Tomada de decisão no governo para regulamentação ou financiamento de

pesquisas e desenvolvimento.

• Na seleção de indicadores ambientais relevantes para a avaliação de

desempenho.

• No marketing de uma reivindicação de qualidade ou para rotulagem

ambiental.

Entretanto a grande abrangencia da ACV, que propõe analisar os fluxos de

material e energia no ciclo de vida de um produto, torna-se sua maior limitação.

Como consequência sempre será necessário simplificar alguns sistemas e fluxos.

Cabe salientar que também existe diversas fontes de incertezas inerentes a uma

ACV relacionado a escolha de uma unidade funcional, que pode levar a

ambigüidades e a exclusão de uma etapa considerada incorretamente como de

pouca influência nos resultados finais. Ou ainda, os dados disponíveis sobre o

processo podem ser pobres ou inexistentes.

Não obstante dessas limitações, atualmente a ACV é uma ferramenta única no

diagnóstico de impactos e na elaboração de estratégias para a redução do

impacto ambiental de produtos específicos.

3.2 ANÁLISE DE MODOS DE FALHAS E EFEITOS – FMEA

A Análise de Modos de Falhas e Efeitos, Failure Mode and Effect Analysis –

FMEA, é uma técnica documental, integrada a um formulário, que permite

identificar e priorizar potenciais falhas em projetos, processos ou produtos

considerando os efeitos de cada causa básica da falha sobre o desempenho do

produto ou processo. Além disso a FMEA é empregada como ferramenta de

notificação, ou seja, ela explicita a relevância das características do produto e do

processo e suas funções e efeitos das falhas. Ainda a FMEA é considerada um

sistema racional para considerações, avaliações ou certificação de mudanças em

projetos, processos ou materiais.

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Lafraia (2001) explicita alguns benefícios de aplicação da FMEA:

• Redução do tempo de ciclo de um produto;

• Redução do custo global de projetos;

• Melhorar o programa de testes de produtos;

• Reduzir falhas potenciais em serviço;

• Reduzir os riscos do produto para o consumidor;

• Desenvolver uma metodologia para a prevenção de defeitos ao invés de

detecção e correção.

Sua aplicação requer:

• Conhecimento da técnica da FMEA

• Conhecimento do produto ou sistema

• Conhecimento das funções do produto

• Conhecimento do meio de aplicação do produto

• Conhecimento do processo de fabricação

• Conhecimentos dos requisitos dos clientes

• Conhecimentos dos requisitos dos clientes quanto a sua falhas.

Criado para as empresas industriais americanas da área automobilística e

amplamente utizado no projeto Apollo na década de 60 criou-se uma rotina de

atualizações com o decorrer do tempo e das mudanças tecnológicas. Na

FMEA além da seqüencia de preenchimento do formulário, verifica-se a

caracterização dos controles preventivos e detectivos.

Dessa forma, há dois tipos de Controles de processos a considerar:

Preventivo: previne a ocorrência do mecanismo da falha ou modo de falha, ou

ainda reduz o índice de ocorrência da causa, isto é, atua sobre as causas

evitando a manifestação das mesmas.

Detectivo: detecta o mecanismo da falha ou modo de falha e conduz à ação

corretiva, independente da causa.

Interpretação da FMEA

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A essência da FMEA é a identificação e a priorização de problemas que se

faz através de três indicadores, a saber:

Detecção – D: É o índice correspondente à probabilidade que o sistema de

controle proposto irá dectar uma causa raiz de um modo de falha antes do

produto, em qualquer fase que esteja, chegue ao cliente.

Ocorrência – O: É o índice correspondente ao número estimado de falhas que

podem ocorrer para uma dada causa de falha, considerando um período

normal de trabalho.

Gravidade – G: É o índice que indica a severidade do efeito do modo

potencial de falha no produto ou serviço.

Estes três indicadores são medidos em escalas de 1 a 10, sendo que quanto

maior for o índice, isto é, mais perto de 10, o mais importante são as

dimensões ligadas a eles. O produto desses três indicadores gera o Risc

Priority Number, RPN, que pode variar entre 1 e 1000, quanto maior o valor

de RPN mais crítico é o modo de falha analisado.

A prioridade recai sobre as falhas com maior índice de risco e sobre tais deve

ser feito um plano de ação para o estabelecimento de contramedidas.

O índice de risco é uma forma racional e precisa de hierarquizar as falhas. De

acordo com Lafraia (2001) uma falha pode ocorrer freqüentemente, mas ter

pequena importância e ser facilmente detectável, nesse caso não apresentará

grande problema, ou seja, terá baixo risco. Seguindo o mesmo raciocínio,

uma falha que tenha baixíssima probabilidade de ocorrer mas que seja

extremamente grave, merecerá uma grande atenção e deverá ser

redimensionados os equipamentos de segurança e sistemas de detecção e

alarme.

A ação de atuar nas causas, com a possibilidade de reduzi-lá ou excluí-la fica

vinculada ao risco, RPN, estabelecido, resultante do produto dos três

indicadores. A prioridade de intervenção nas causas pode seguir o proposto

pela tabela 3.1.

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45

Tabela 1 3.1 – Prioridade de Intervenção nas Causas

RPN RISCO

0 até 120 Menor: nenhuma ação será tomada, ou, tomada a longo prazo

com a ótica de melhoria contínua

121 até 250 Moderado: ação deve ser tomada - médio prazo

251 até 520 Alto: ação deve ser tomada, validação seletiva e avaliação

detalhada devem ser realizadas - curto prazo

521 até 1000 Crítico: ação deve ser tomada, mudanças abrangentes são

necessárias.

Fonte: Santos (2007)

Diversos autores e empresas criam tabelas para expressar os indicadores de

detecção, ocorrência e gravidade, como se sabe estes indicadores que

definem o Número Prioritário de Risco, RPN. As pequenas diferenças

encontradas nas tabelas dos numerosos autores não são capazes de

influenciar na hierarquização das prioridades, pois todos partem de um

mesmo referencial. Dessa forma são mostradas nas tabelas a seguir dos

indicadores que serão usadas ou tomadas como base no presente trabalho.

Probabilidade de Detecção

De acordo com Lafraia (2001) o índice de detecção deve ser atribuído

olhando-se para o conjunto “modo de falha-efeito” e para os controles atuais

exercidos. Como demostrado na tabela 3.2.

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Tabela 2 3.2 – Tabela de Probabilidade de Detecção

Probabilidade de Detecção Ranking

Muito Alta: A falha será certamente detectada durante o processo

de projeto/fabricação/montagem/operação

1

2

Alta: Boa chance de determinar a falha 3

4

Moderada: 50% de chance de determinar a falha 5

6

Baixa: Não é provável que a falha seja detectável 7

8

Muito Baixa: A falha é muito improvavelmente detectável 9

Absolutamente indetectável: A falha não será detectável com

certeza

10

Fonte: Lafraia (2001)

Probabilidade de Ocorrências

É uma estimativa das probabilidades combinadas de incidência de uma causa

de falha, e dela resultar algum tipo de falha no produto ou processo.

Deve-se estabelecer um índice de ocorrência para cada causa de falha.

Segundo Lafraia (2001) a atribuição desse índice dependerá do momento em

que se está conduzindo a FMEA. Caso o produto ou processo não dispor de

dados estatísiticos, uma vez que o produto ou processo ainda não existe,

baseia-sé sua análise em: Dados estatísticos ou relatórios de falhas de

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componentes similares ou etapas similares de um processo; Dados obtidos

de fornecedores; e Dados da literatura técnica.

Ainda de acordo com Lafraia (2001) se a FMEA for feita por ocasião de uma

revisão do projeto do produto ou processo, então podera ser utilizados:

• Relatórios de falhas (intemos ou de assistência técnica autorizada).

• Históricos de manutenção, quando for o caso.

• Gráficos de controle.

• Outros dados obtidos do controle estatístico do processo.

• Dados obtidos de fornecedores.

• Dados obtidos de literatura técnica.

Adotar-se-á neste trabalho as considerações propostas na tabela 3.3.

Tabela 3 3.3 – Tabela de Probabilidade de Ocorrência

Ocorrências

(por mil itens)

Pontuação Critério Probabilístico

<0,01 1 Remota: Falha improvável

0,1 2 Baixa: Relativamente poucas falhas

0,5 3

1 4

Moderada: Falhas Ocasionais 2 5

5 6

10 7 Alta: Falhas frequentes

20 8

50 9 Muito Alta: Falhas Persistentes

100 10

Fonte: Santos (2007)

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Gravidade dos Efeitos

A atribuição do índice de gravidade deve ser feita olhando para o efeito da falha e

avaliando o quanto este efeito pode incomodar o cliente. De acordo com Lafraia

(2001) uma falha poderá ter tantos índices de gravidade quantos forem os seus

efeitos.

A severidade da ocorrência pode ser classificada conforme a tabela 3.4:

Tabela 4 3.4 – Tabela de Probabilidade da Gravidade

Gravidade das Consequencias Ranking

Marginal: A falha não teria efeito real no sistema. O cliente provavelmente

nem notaria a falha

1

Baixa: A falha causa apenas pequenos transtornos ao cliente. O cliente

notará provavelmente leves variações no desempenho do sistema

2

3

Moderada: A falha ocasiona razoável insatisfação no cliente. O cliente

ficará desconfortável e irritado com a falha. O cliente notará razoável

deterioração no desempenho do sistema

4

5

6

Alta: Alto grau de insatisfação do cliente. O sistema se torna inoperável. A

falha não envolve riscos à segurança operacional ou o descumprimento

de requisitos legais

7

8

Muito Alta: A falha envolve riscos à operação segura do sistema e/ou

descumprimento de requisitos legais

9

10

Fonte: Lafraia (2001)

Posteriormente a definição dos indicadores de detecção, ocorrência e gravidade

para cada item do processo ou produto, calculam-se o risco associado, ou seja, o

RPN. A partir desse momento lista-se em ordem de prioridade os itens que possuem

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maior impacto no processo ou produto para poder analisar qual tecnologia possui

maior impacto no sistema.

4 METODOLOGIA

O desenvolvimento de novos produtos com tecnologias mais avançadas requer uma

análise cuidadosa de todos os impactos ao longo do seu ciclo de vida antes de

serem liberados para o mercado. Devido ao grande número de variáveis envolvidas

no ciclo de vida é necessário o desenvolvimento de uma metodologia orientada para

verificar de forma mais rápida e estratégica os impactos durante todo o ciclo de vida

de um produto.

Atualmente, a Avaliação do Ciclo de Vida, ACV, é a única ferramenta desenvolvida

para este tipo de análise. Entretanto, a maioria das análises realizadas com essa

ferramenta só vem para realizar o inventário de alguns tipos de processos e não

permitem uma visão mais abrangente e estratégica dos impactos durante todo o

ciclo de vida de um produto. A metodologia proposta neste trabalho alcança de

forma rápida e eficaz este objetivo, aplicando aos resultados de inventários de ACV

a ferramenta FMEA para priorizar os impactos de um produto e, assim, ser capaz de

decidir de forma mais clara sobre a possibilidade de avançar com um dado projeto

ou o desenvolvimento de uma nova tecnologia. Esta nova metodologia é

denominada pelo presente autor como Avaliação Estratégica do Ciclo de Vida,

AECV - Strategic Life Cycle Assessment, SLCA, uma vez que permite uma visão

mais abrangente e estratégica de todos os impactos relacionados às novas

tecnologias, mesmo para processos complexos com um grande número de variáveis

a serem ponderadas.

4.1 PLANEJAMENTO DA AECV

Buscou-se nesta fase conhecer os sistemas veículares do carro com motor a

combustão interna e do carro elétrico, com o intuito de estabelecer um plano para a

implantação da AECV. Durante a elaboração deste plano foram determinadas as

fronteiras analisadas do sistema.

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Os principais sistemas veículares de um carro com motor de combustão interna são

os de arrefecimento, elétrico, suspensão, freio, direção, transmissão, alimentação e

o motor, como demonstrado na figura 4.1.

Figura 104.1 Sistemas veicular dos VCI

Fonte: SAVE MOTORS

Ao comparar os sistemas veiculares do veículo elétrico com os sistemas do veículo

de combustão interna nota-se que as diferenças destes veículos se resumem ao

sistema de condução (sistema de acionamento mais alimentação), tais sistemas são

explicitados no veículo elétrico da figura 4.2. A tabela 4.1 demonstra as principais

características encontradas nos sistemas veículares de cada carro.

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Figura 114.2 Sistema de acionamento e alimentação do VE, diferença primordial na comparação com os VCI

Fonte: http://www.abve.org.br/destaques/2012/destaque12005.asp, ultimo acesso em 27 de

agosto de 2013.

Tabela 54.1 Descrição dos Sistemas Veiculares para VCI e VE

Fonte: o autor

Através da análise da tabela 4.1 concluiu-se que o presente estudo deveria ser

concentrado somente nos sistemas de acionamento e alimentação, por serem

maiores as diferenças destes sistemas em comparação dos VCI e VE. A pequena

diferença encontrada no sistema elétrico está relacionada a presença do motor de

Sistemas Veiculares Veículo Elétrico Veículo com MCI

Freio Disco, Tambor Disco,Tambor

Acionamento Motor Elétrico MCI

Alimentação Bateria Tanque de combustível

e energia elétrica e combustível

Suspensão mola e amortecedor mola e amortecedor

Estrutural Carroceria Carroceria

Transmissão Eixo de transmissão, Eixo de transmissão,

diferencial e Semi eixo diferencial e Semi eixo

Elétrico Fios e cabos Fios, cabos, alternador

e motor de partida

Arrefecimento (sem impacto) Tubulação, radiador

válvula termostática

BATERIA

MOTOR

ELÉTRICO

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partida no VCI. Este motor pode ser comparado ao motor elétrico encontrado no

sistema de acionamento do VE, desta maneira a fim de simplificar o presente estudo

a diferença encontrada no sistema elétrico pode ser negligenciada sem grande

impacto. No sistema de arrefecimento a diferença fundamental entre os dois

veículos está na presença do radiador no VCI, este componente serve para

refrigerar o MCI e é um componente composto principalmente por alumínio e não

possui impactos importantes a ponto de serem estudados e mensurados, desta

forma este sistema também pode ser negligenciado sem que a comparação dos

veículos seja afetada.

Focando o estudo nos sistemas de acionamento e alimentação para os veículos de

combustão interna e os veículos elétricos construiu-se a tabela 4.2 com o intuito de

discriminar as principais diferenças encontradas nestes dois veículos nas etapas do

ciclo de vida destes sistemas.

Tabela 64.2 Descrição dos impactos dos fluxos do ciclo de vida

Fonte: o autor

A tabela 4.2 detalha os principais processos envolvidos nas etapas de ciclo de vida

dos sistemas de acionamento e alimentação (combustível mais o recipiente que o

armazena). Ao analisar estes sistemas durante suas etapas do ciclo de vida

percebe-se que as principais diferenças destes veículos estão presentes no sitema

de alimentação, em todas as etapas do CV. Desta maneira os itens detacados na

tabela 4.2 foram o foco de aplicação da AECV neste trabalho.

Etapas do CV Acionamento Alimentação Acionamento Alimentação

Matéria Extração de Cobre (sem impacto) Extração de Ferro Extração do

Prima e outros metais e outros metais petróleo

Fabricação Fundição e Geração de Energia Fundição e Destilação do

Usinagem (hidrelétrica) Usinagem petróleo

Manutenção, lubrificação Distribuição e Manutenção, lubrificação Distribuição do

e troca de componentes Transmição da energia e troca de componentes Combustível e

elétrica e a bateria geração de produtos

de combustão

Disposição Reciclagem de matéria Reciclagem de Reciclagem de matéria Reciclagem de

Final prima (cobre e outros bateria prima (ferro e outros metais do tanque

metais) metais) de combustível

VCIVE

Utilização

Processos Processos

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4.2 DADOS DOS INVENTÁRIOS DOS FLUXOS DE ACV NAS ETAPAS SELECIONADAS ANTERIORMENTE

As unidades mais críticas em termos de impacto ambiental nos dois tipos de

veículos analisados estão relacionadas ao combustível, que produz diferentes

efeitos durante todo o ciclo de vida do veículo. À medida que o combustível é

consumido durante a vida do veículo, o seu impacto sobre o ciclo de vida requer

uma análise detalhada de todas as etapas do processo de produção, distribuição até

as estações de abastecimento, o armazenamento no veículo e a sua utilização onde

finalmente vai ser transformado em energia mecânica ou de movimento do veículo.

Esta abordagem é necessária, a fim de fazer uma análise adequada do ciclo de vida

destes dois tipos de veículos.

Com base nestas considerações e nas etapas da ACV de cada veículo apresentado

na tabela 4.3, fez-se uma investigação em pesquisas bibliográficas, no intuito de

encontrar inventários de ciclo de vida dos processos de extração e destilação do

petróleo, distribuição e geração de produtos derivado do combustível. Estes

inventários contituiu os estudos referentes ao VCI, para os VE inventários

relacionados à geração, distribuição e transmissão da energia elétrica, além do ciclo

da bateria foram considerados.

Para facilitar o processamento dos dados do inventário referente ao sistema de

alimentação nos dois tipos de veículos analisados neste trabalho, a tabela 4.3 define

códigos referentes às diferentes etapas do ciclo de vida analisadas.

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Tabela 74.3 - Análise comparativa dos VCI e VE

Fonte: o autor

DESCRIÇÃO DO INVENTÁRIO 2.I

Como mostrado na tabela 4.3 a geração da energia elétrica é a primeira etapa do

ciclo de vida no sistema de alimentação de um veículo elétrico. Por essa razão, esta

etapa foi usada para demonstrar o método desenvolvido neste estudo para avaliar o

ciclo de vida.

De acordo com dados publicados pelo governo brasileiro no Portal Brasil (2013) a

principal fonte de energia elétrica deste país provém das hidrelétricas e por este

motivo o estudo inicial para avaliar o impacto do ciclo de vida de um veículo elétrico

baseou-se neste tipo de geração de energia.

O inventário considerado neste trabalho corresponde à usina hidrelétrica de Itaipu, a

maior do Brasil e a maior do mundo segundo informações da própria Itaipu

Binacional (2014). A tabela 4.4 mostra o inventário do ciclo de vida da geração da

energia elétrica, tendo como base esta usina.

I II

VE VCI

Sistema de Alimentação Sistema de Alimentação

Etapas da ACV Combustível (eletricidade) Combustível (gasolina)

1 Matéria (sem impactos) Extração do

Prima petróleo

2 Fabricação Geração de hidroeletricidade Destilação do

petróleo

3 Distribuição e Transmição da energia Distribuição do Combustível e

elétrica e geração de produtos

fabricação e uso da bateria de combustão

4 Disposição Reciclagem de Reciclagem de metais do tanque

Final bateria de combustível, tubulação dentre

outros

Utilização

Processos

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Tabela 84.4 - ICV de Itaipu Consolidado

Unidade (/MWh) Total Construção Usina Operação Usina (100 anos)

Água Kg 8,90E+00 7,16E+00 1,74E+00

Ar kg 1,24E-05 7,00E+00 4,00E+00

Areia kg 4,12E-01 4,12E-01 x

Argila kg 8,00E+00 8,00E+00 4,15E-07

Basalto m³ 3,00E+00 3,00E+00 x

Bauxita kg 4,00E+00 3,00E+00 4,00E+00

Calcita kg 0.485999999999999994,70E-01 1,00E+00

Carvão kg 5,00E+00 3,39E-02 2,01E-02

Dolomita kg 9,00E+00 6,00E+00 3,00E+00

Fluorita kg 6,00E+00 4,00E+00 2,43E-04

Petróleo kg 0.118999999999999991,04E-01 1,00E+00

Gas Natural kg 8,00E+00 4,00E+00 4,00E+00

Gipsita kg 8,00E+00 8,00E+00 x

Madeira kg 0.143999999999999999,00E+00 5,00E+00

Min. Cobre kg 2,00E+00 5,00E+00 1,00E+00

Min. Ferro kg 0.166000000000000011,05E-01 6,00E+00

Min. Manganês kg 1,00E+00 8,00E+00 4,00E+00

Quartzita kg 2,00E+00 1,00E+00 9,00E+00

Sal gema kg 1,00E+00 1,00E+00 2,00E+00

Sucata aço kg 6,00E+00 4,00E+00 2,00E+00

Sucata cobre kg 2,00E+00 7,00E+00 2,13E-04

Terra m³ 2,65E-03 2,65E-03 x

Energia (inespec.) MJ 4,00E+00 3,00E+00 4,00E+00

Energia do carvão MJ 9,50E-04 8,00E+00 1,00E+00

Energia gás natural MJ 2,52E-01 2,24E-01 2,75E-02

Energia do petróleo MJ 6,08E-02 5,00E+00 6,00E+00

Energia do urânio MJ 9,50E-04 8,00E+00 1,00E+00

Energia hidrelétrica MJ 1,46E+00 1,36E+00 9,00E+00

1,3 Butadieno kg 1,00E+00 1,00E+00 0,00E+00

Aldeídos kg 3,40E-05 3,40E-05 x

Amônia kg 2,16E-07 1,36E-07 8,00E+00

Benzeno kg 1,00E+00 1,00E+00 4,00E+00

Benzopireno kg 2,00E+00 1,00E+00 8,00E+00

CaO kg 1,00E+00 7,00E+00 4,00E+00

CH4 kg 0.132000000000000014,00E+00 0.13200000000000001

Chumbo kg 1,00E+00 1,00E+00 6,00E+00

CO kg 1,12E-01 7,00E+00 4,00E+00

CO2 kg 1,56E+00 0.44500000000000001 1,00E+00

COV kg 2,00E+00 1,00E+00 8,00E+00

COV exceto metano kg 1,10E-04 9,00E+00 1,00E+00

Etano kg 3,00E+00 2,34E-05 1,36E-05

F2 kg 7,00E+00 4,80E-08 2,85E-08

FeO kg 8,00E+00 5,00E+00 2,00E+00

Fluoreteno kg 2,00E+00 1,52E-08 8,00E+00

Fluoreto kg 1,72E-06 1,00E+00 6,00E+00

Fuligem kg 5,00E+00 5,00E+00 6,00E+00

H2 kg 1,83E-04 1,16E-04 6,00E+00

H2S kg 1,10E-05 6,00E+00 4,07E-06

HCl kg 4,00E+00 4,00E+00 5,00E+00

Hidrocarbonetos kg 3,86E-04 3,00E+00 4,00E+00

Hidroc. Alifáticos kg 3,43E-05 3,00E+00 3,00E+00

Hidroc. Aromáticos kg 3,00E+00 2,05E-07 1,00E+00

Inespec. kg 1,03E-05 6,00E+00 3,00E+00

Material particulado kg 1,37E-02 8,00E+00 4,96E-03

Mercúrio kg 8,00E+00 5,00E+00 3,00E+00

Metais Pesados kg 9,00E+00 8,00E+00 1,04E-08

Metil- mercaptano kg 1,00E+00 1,20E-09 1,00E+00

N2O kg 5,00E+00 5,00E+00 1,00E+00

NO2 kg 1,49E-05 1,17E-05 3,00E+00

NOx kg 2,97E-03 2,00E+00 2,00E+00

Petróleo kg 1,00E+00 1,00E+00 1,95E-06

PM10 kg 4,00E+00 4,00E+00 7,00E+00

Poeira (SPM) kg 1,00E+00 1,04E-02 3,59E-04

SO2 kg 3,49E-03 1,00E+00 1,64E-03

SOx kg 2,70E-04 2,00E+00 1,00E+00

Tolueno kg 1,05E-07 6,00E+00 3,00E+00

Xileno kg 1,00E+00 7,00E+00 4,00E+00

Consumo de recursos energéticos

Emissões atmosféricas

Consumo de recursos materiais

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56

Continuação da tabela 4.4.

Fonte: Ribeiro (2003)

Unidade (/MWh) Total Construção Usina Operação Usina (100 anos)

Ác. Acético kg 5,00E+00 3,00E+00 2,00E+00

Acetaldeído kg 8,00E+00 5,00E+00 2,00E+00

Acetona kg 1,00E+00 9,00E+00 5,00E+00

Ácido (H+) kg 2,00E+00 2,00E+00 3,00E+00

Alcatrão kg 1,00E+00 8,00E+00 5,00E+00

Amoníaco kg 5,00E+00 3,00E+00 1,00E+00

Chumbo kg 4,00E+00 2,00E+00 1,50E-09

Cianeto kg 3,00E+00 2,00E+00 1,17E-07

Cl- kg 3,00E+00 3,00E+00 4,00E+00

Cobre kg 1,21E-09 7,00E+00 4,50E-10

Cromo 3+ kg 1,00E+00 9,00E+00 5,39E-10

DQO kg 2,00E+00 2,00E+00 2,00E+00

Fenol kg 5,37E-07 3,41E-07 1,00E+00

Ferro kg 5,00E+00 3,41E-06 1,00E+00

Fluoreto kg 2,00E+00 1,00E+00 8,16E-07

H2 kg 1,54E-07 1,37E-07 1,00E+00

Hexano kg 5,00E+00 3,40E-08 1,00E+00

Hidrocarbonetos kg 2,00E+00 1,00E+00 2,00E+00

Inorgânicos gerais kg 6,00E+00 1,73E-03 4,00E+00

Íons metálicos kg 4,00E+00 4,00E+00 5,00E+00

Manganês kg 1,15E-07 7,00E+00 4,21E-08

Mercúrio kg 2,00E+00 1,00E+00 8,00E+00

Metanol kg 2,00E+00 1,33E-03 7,00E+00

Metil acetato kg 1,85E-04 1,17E-04 6,00E+00

N total kg 4,00E+00 2,00E+00 1,00E+00

NH3 kg 4,00E+00 3,00E+00 1,75E-06

Nitrato kg 4,00E+00 3,01E-06 1,00E+00

Óleo kg 1,34E-05 8,67E-06 4,69E-06

Orgânicos dissolvidos kg 1,90E-06 1,00E+00 2,00E+00

PAH kg 4,03E-10 2,00E+00 1,50E-10

Petróleo kg 2,00E+00 1,00E+00 2,00E+00

Sódio kg 1,88E-06 1,00E+00 2,05E-07

Sólidos dissolvidos kg 6,00E+00 3,00E+00 2,00E+00

Sólidos suspensos kg 1,00E+00 1,00E+00 7,00E+00

Substâncias dissolvidas kg 9,00E+00 8,00E+00 1,04E-07

Substâncias suspensas kg 6,00E+00 5,93E-06 7,00E+00

Sulfito kg 3,00E+00 2,00E+00 1,30E-07

Zinco kg 1,00E+00 1,13E-05 6,00E+00

Escória kg 4,00E+00 4,00E+00 5,00E+00

Lodo kg 2,00E+00 1,34E-03 7,76E-04

Resíduo aciaria kg 5,00E+00 3,00E+00 2,00E+00

Resíduo inorgânico kg 0.301999999999999998,00E+00 2,20E-01

Resíduo mineral kg 5,00E+00 4,87E-06 5,00E+00

Resíduo não inerte kg 1,00E+00 1,27E-04 1,56E-05

Resíduo sólido 5,00E+00 5,00E+00 1,99E-06

Perda calor (ar) MJ 1,24E-02 9,00E+00 2,00E+00

Perda calor (água) MJ 6,00E+00 4,00E+00 1,00E+00

Uso do solo m² 1,52E-01 6,00E+00 1,52E-01

Efluentes líquidos

Resíduos sólidos

Não materiais

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57

Como se observa na tabela 4.4 o inventário da etapa 2.I classifica os impactos em

seis catergorias, a saber: Consumo de recursos materiais; Consumo de recursos

energéticos; Emissões atmosféricas; Resíduos líquidos; e Resíduos sólidos. Com o

intuito de priorizar a AECV todos os inventários de todas as etapas do sistema de

alimentação dos VCI e VE tiveram seus impactos classificados de acordo com este

modelo.

De acordo com a tabela 4.4 percebe-se que nem todos os impactos levantados

neste inventário estão quantificados na mesma unidade física, o que dificulta sua

análise posterior.

Por este motivo os dados deste inventário foram reformulados, unificando as

unidades de cada item. Neste caso, todos os impactos do inventário são medidos

por unidade de energia gerada, MWh, e a conversão das unidades de volume para

massa foi realizada levando em consideração as densidades de cada componente,

de forma a uniformizar as unidades.

Os inventários da usina hidrelétrica de Itaipu com as unidades de medidas

padronizadas estão apresentados na tabela 4.5.

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58

Tabela94.5 – Inventário para a Hidrelétrica de Itaipu (impactos de dados estão relacionados com a unidade de produção 1MWh)

Fonte: o autor, adaptado de Ribeiro (2003)

DESCRIÇÃO DO INVENTÁRIO 3.I

Esta etapa é referente a distribuição e transmissão da energia elétrica além da

fabricação e uso da bateria. Neste ponto cabe salientar a dificuldade de encontrar

inventários de ciclo de vida disponível no meio acadêmico e no meio industrial, por

ser um processo extremamente oneroso e que demanda muito tempo, trabalho e

dinheiro as empresas que requesitam a análise do ciclo de vida de seus produtos e

processos não possuem interesses em divulgar seus inventários. Por esta razão o

presente autor encontrou grandes dificuldades para obter os inventários

apresentados neste trabalho e infelizmente nem todos os inventários referentes as

etapas fundamentais definidas neste projeto para fazer a comparação entre os

veículos foram encontrados.

Água kg 8,90E+00 1,3 Butadieno kg 1,00E+00 Ác. Acético kg 5,00E+00

Ar kg 1,24E-05 Aldeídos kg 3,40E-05 Acetaldeído kg 8,00E+00

Areia kg 4,12E-01 Amônia kg 2,16E-07 Acetona kg 1,00E+00

Argila kg 8,00E+00 Benzeno kg 1,00E+00 Ácido (H+) kg 2,00E+00

Basalto kg 1,08E+01 Benzopireno kg 2,00E+00 Alcatrão kg 1,00E+00

Bauxita kg 4,00E+00 CaO kg 1,00E+00 Amoníaco kg 5,00E+00

Calcita kg 4,86E-05 CH4 kg 1,32E-01 Chumbo kg 4,00E+00

Carvão kg 5,00E+00 Chumbo kg 1,00E+00 Cianeto kg 3,00E+00

Dolomita kg 9,00E+00 CO kg 1,12E-01 Cl- kg 3,00E+00

Fluorita kg 6,00E+00 CO2 kg 1,56E+00 Cobre kg 1,21E-09

Petróleo kg 1,19E-01 COV kg 2,00E+00 Cromo 3+ kg 1,00E+00

Gas Natural kg 8,00E+00 COV exceto metano kg 1,10E-04 DQO kg 2,00E+00

Gipsita kg 8,00E+00 Etano kg 3,00E+00 Fenol kg 5,37E-07

Madeira kg 1,44E-01 F2 kg 7,00E+00 Ferro kg 5,00E+00

Min. Cobre kg 2,00E+00 FeO kg 8,00E+00 Fluoreto kg 2,00E+00

Minério Ferro kg 1,67E-01 Fluoreteno kg 2,00E+00 H2 kg 1,54E-07

Min.ério Manganês kg 1,00E+00 Fluoreto kg 1,72E-06 Hexano kg 5,00E+00

Quartzita kg 2,00E+00 Fuligem kg 5,00E+00 Hidrocarbonetos kg 2,00E+00

Sal gema kg 1,00E+00 H2 kg 1,83E-04 Inorgânicos gerais kg 6,00E+00

Sucata aço kg 6,00E+00 H2S kg 1,10E-05 Íons metálicos kg 4,00E+00

Sucata cobre kg 2,00E+00 HCl kg 4,00E+00 Manganês kg 1,15E-07

Terra kg 3,98E+00 Hidrocarbonetos kg 3,86E-04 Mercúrio kg 2,00E+00

Hidroc. Alifáticos kg 3,43E-05 Metanol kg 2,00E+00

Energia (inespec.) MJ 4,00E-0,2 Hidroc. Aromáticos kg 3,00E+00 Metil acetato kg 1,85E-04

Energia do carvão MJ 9,50E-04 Inespec. kg 1,03E-05 N total kg 4,00E+00

Energia gás natural MJ 2,52E-01 Material particulado kg 1,37E-02 NH3 kg 4,00E+00

Energia do petróleo MJ 6,08E-02 Mercúrio kg 8,00E+00 Nitrato kg 4,00E+00

Energia do urânio MJ 9,50E-04 Metais Pesados kg 9,00E+00 Óleo kg 1,34E-05

Energia hidrelétrica MJ 1,46E+00 Metil- mercaptano kg 1,00E+00 Orgânicos dissolvidos kg 1,90E-06

N2O kg 5,00E+00 PAH kg 4,03E-10

Escória kg 4,00E+00 NO2 kg 1,49E-05 Petróleo kg 2,00E+00

Lodo kg 2,00E+00 NOx kg 2,97E-03 Sódio kg 1,88E-06

Resíduo aciaria kg 5,00E+00 Petróleo kg 1,00E+00 Sólidos dissolvidos kg 6,00E+00

Resíduo inorgânico kg 3,02E-01 PM10 kg 4,00E+00 Sólidos suspensos kg 1,00E+00

Resíduo mineral kg 5,00E+00 Poeira (SPM) kg 1,00E+00 Substâncias dissolvidas kg 9,00E+00

Resíduo não inerte kg 1,00E+00 SO2 kg 3,49E-03 Substâncias suspensas kg 6,00E+00

Resíduo sólido 5,99E-0,5 SOx kg 2,70E-04 Sulfito kg 3,00E+00

Tolueno kg 1,05E-07 Zinco kg 1,00E+00

Perda calor (ar) MJ 1,24E-02 Xileno kg 1,00E+00

Perda calor (água) MJ 6,00E+00

Uso do solo m² 1,52E-01

Consumo de recursos energéticos

Resíduos sólidos

Perdas

Consumo de recursos materiais Emissões atmosféricas Efluentes líquidos

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59

Nesta etapa, 3.I, os inventários referentes a fabricação e uso da bateria não foram

descobertos na literatura, desta maneira apenas os inventários da fase de

distribuição e da fase de transmissão de energia elétrica foram analisados e são

apresentados respectivamente nos anexos A e B.

DESCRIÇÃO DO INVENTÁRIO 4.I

Esta etapa contempla a reciclagem da bateria e nenhum inventário foi encontrado na

literatura científica consultada. Algumas publicações, principalmente uma suiça

pertecente a Notter (2010), com o intuito de suprir a falta do inventário do ciclo de

vida da bateria de lítio de íon simularam o seu ciclo de vida em programas

computacionais como o global warming potential (GWP), cumulative energy demand

(CED), abiotic depletion potential (ADP) e o Ecoindicator 99 (EI99H/A). Entretando

como os resultados obtidos por esta simulação não são dados quantificados dos

impactos, estes resultados não puderam ser abrangidos na AECV.

DESCRIÇÃO DO INVENTÁRIO 1.II

Nenhum inventário de análise do ciclo de vida da extração de petróleo

correspondente a etapa de matéria prima do veículo de combustão interna foi

encontrado.

DESCRIÇÃO DO INVENTÁRIO 2.II

Na etapa de deslilação do petróleo usou-se o inventário referente ao processamento

primário offshore, ou seja, este processo ocorre no mar. Adotou-se este cenário pois

segundo o anuário estatístico da Agência Nacional de Petróleo do ano de 2012,

cerca de 90% do processamento de petróleo é feito no mar e apenas 10% em terra.

O inventário referente a esta etapa encontra-se no Anexo C.

DESCRIÇÃO DO INVENTÁRIO 3.II

O inventário destinado a etapa de distribuição do combustível e geração de produtos

de combustão considerado neste trabalho refere-se aos produtos da combustão de

um veículo automotor que utilizou-se da gasolina C como combustível. De acordo

com as normas brasileiras esta gasolina apresenta 78% gasolina e 22% álcool

anidro. O inventário que relaciona os impactos desta fase se encontra no Anexo D.

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60

DESCRIÇÃO DO INVENTÁRIO 4.II

Nenhum inventário a cerca da disposição final do veículo de combustão interna a

respeito da reciclagem de metais do tanque de combustível, tubulação dentre outros

equipamentos foi encontrado.

RESUMO DOS IMPACTOS LEVANTADOS NOS INVENTÁRIOS

Como pode ser observado na tabela 4.5 e nos anexos, os resultados dos inventários

são quantitativos e não permitem uma avaliação relativa de todos os impactos

levantados. Para avaliar o impacto real das novas tecnologias é necessário ser

capaz de priorizar os impactos e a partir disso verificar quais são os mais

importantes. Isto deve ser feito não só de uma fase do ciclo de vida mas para todas

as fases do ciclo de vida de um produto. Tal como indicado na tabela 4.3 a geração

de energia representa apenas a primeira das quatro etapas do ciclo de vida do

combustível de um veículo. Somente para esta primeira fase do inventário tem-se

113 impactos divididos da seguinte forma, tabela 4.6:

Tabela104.6- Número de impactos levantado pelo inventário de uma usina hidrelétrica

Categoria do Inventário Número de Impactos

Consumo de recursos materiais -CRM 22

Consumo de recursos energéticos -CRE 6

Emissões atmosféricas-EA 38

Resíduos líquidos-RL 37

Resíduos sólidos-RS 7

Perdas-P 3

Total 113

Fonte: o autor

A tabela 4.7 demonstra a quantificação dos impactos levantados pelos inventários

adquiridos referente as etapas do ciclo de vida do sistema de alimentação, dos

veículos elétricos e dos veículos de combustão interna.

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61

Tabela 114.7- Impactos levantados nos inventários do sistema de alimentação do VE e VCI

Fonte: o autor

Analisando a tabela 4.7 os impactos levantados pelo VE somam-se 492 e são 57 os

impactos referentes aos inventários do VCI para o sistema de alimentação. Como

esta análise é quantitativa não se pode chegar a nenhuma conclusão a cerca de

qual veículo é mais impactante ao ambiente.

CRM CRM

CRE CRE

1 Matéria EA (sem impactos) EA não foi encontrado na

Prima RL RL literatura inventário para

RS RS esta etapa

P P

CRM 22 CRM

CRE 6 CRE 1

2 Fabricação EA 38 EA 20

RL 37 RL 22

RS 7 RS 0

P 3 P 9

CRM 139 CRM 0

CRE 2 CRE 0

3 Utilização EA 117 EA 5

RL 90 RL 0

RS 19 RS 0

P 12 P 0

CRM CRM

CRE CRE

4 Disposição EA não foi encontrado na EA não foi encontrado na

Final RL literatura inventário para RL literatura inventário para

RS esta etapa RS esta etapa

P P

Sistema de Alimentação Sistema de Alimentação

Etapas da ACV

I II

VE VCI

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62

4.3 APLICAÇÃO DA FMEA PARA PRIORIZAÇÃO DOS IMPACTOS

A fim de priorizar os impactos levantados no inventário a ferramenta FMEA foi

aplicada. Como mostrado na seção 3.2 esta ferramenta utiliza três índices para

priorizar os modos de falha: índice de gravidade, IG, índice de Ocorrência,IO, e

índice de detecção,ID. Esses índices variam entre 1 e 10, dependendo do rótulo de

impacto.

A seguir será explicado como definiu-se estes índices para sua aplicação na análise

do ciclo de vida no contexto deste trabalho.

Índice de Gravidade - IG

Este índice será calculado considerando o peso relativo de cada impacto no

contexto geral de cada categoria analisada (de acordo com a coluna de %total

criada a partir de cada inventário padronizado), multiplicado por um fator de peso,

que depende dos tipos mais característicos de impacto para cada categoria

considerada no inventário. Para o resultado dessa multiplicação foi adicionado o

valor 1, que é o valor mínimo esperado para este índice na ténica FMEA.

Um exemplo é mostrado na tabela 4.8 de cálculo do índice de gravidade para a

categoria do consumo de recursos energéticos. A coluna de % Total representa o

peso de cada energia em relação ao consumo energético total, ou seja, para se

chegar no valor de 0,80 referente a energia hidrelétrica, considera-se a energia

consumida referente a hidrelétrica, 1,46E+00MJ, e dividi-se este valor pelo montante

total de energia consumida, 1,88E+00MJ. Os fatores de peso considerados para

esta categoria foram 5 para energias renováveis e 10 para energias não renováveis.

O índice de gravidade para a energia hidrelétrica foi considerado como 5, esse valor

foi obtido a partir da multiplicação de 0,80 pelo fator de peso 5 (energia renovável),

encontrado este valor soma-se 1 e posteriormente arredonda-se o valor para deixa-

lo inteiro. Para as demais formas de energia e para todas as demais categorias de

impacto, o raciocínio aplicado foi similar ao demonstrado.

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63

Tabela124.8 – Exemplo de Cálculo do índice de gravidade

Fonte: o autor

A análise para as outras categorias de impacto (CRM, CRE, EA, RL, RS e P) foi

similar ao descrito anteriormente, sendo os fatores de peso diferenciados de acordo

com cada tipo de categoria.

Índice de ocorrência - IO

Neste caso, o índice de ocorrência foi atrelado à vida estimada de cada item

analisado. Para análise das fontes de energia renováveis e não renováveis foram

consideradas suas respectivas estimativas de vida média, como indicado na tabela

4.9. Quanto maior a vida estimada menor o índice de ocorrência do item analisado.

A duração máxima observada para usinas hidrelétricas foi considerada como base

para calcular o índice correspondente de ocorrência.

Tabela134.9 – Exemplo de Cálculo do índice de Ocorrência

Fonte: o autor

Adotou-se os mesmos critérios estabelecidos na categoria de consumo de recursos

energéticos para as outras categorias de impacto, ou seja, a vida útil de cada item

de cada categoria. Os itens de ocorrência adotados neste trabalho são apontados na

tabela 4.10.

MJ % Total Energia renovavel Energia não renovável IG

Energia hidrelétrica 1,46E+00 0,80 5 10 5

Energia gás natural 2,52E-01 0,14 5 10 2

Energia do petróleo 6,08E-02 0,03 5 10 1

Energia (inespec.) 4,00E-02 0,02 5 10 1

Energia do carvão 9,50E-04 0,00 5 10 1

Energia do urânio 9,50E-04 0,00 5 10 1

Total 1,81E+00

CONSUMO DE RECURSOS ENERGÉTICOS

Fatores de Peso

Fonte de Energia Vida estimada (anos) % Vida Máxima OCORRÊNCIA

Hidrelétrica 100 1,00 1

Térmica 30 0,30 8

Nuclear 30 0,30 8

Solar 25 0,25 9

Ventos 20 0,20 9

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64

Tabela 144.10 - Índice de Ocorrência adotado neste estudo

Fonte: o autor

Índice de detecção -ID

Para a definição desse índice foi utilizada a escala apresentada na tabela 4.11:

Tabela154.11 – Exemplo de Cálculo do índice de Detecção

DETECÇÃO Escala de detecção Exemplos de Impactos

1

O impacto será certamente detectado Consumo de energia 2

3

Boa chance de detectar o impacto Perdas de energia e gases

(calor, vapor, etc) 4

5

É possível detectar o impacto Impacto de resíduos sólidos 6

7

A detecção do impacto é bastante difícil Impacto de resíduos líquidos 8

9 O impacto será muito improvavelmente

detectado Impacto de resíduos gasosos

10 Absolutamente indetectável o impacto Alteração genética devido a

mudanças climáticas Fonte: o autor

A definição apresentada na tabela 4.11 é válida para todas as categorias de impacto

consideradas nos inventários.

Impactos Vida Útil I.O.

Distribuição e transmissão de energia elétrica maior que 50 anos 1

Destilação de petróleo (destilarias, gasotudos, maior que 50 anos 1

oleodutos, dentre outros)

Distribuição da gasolina maior que 30 anos 3

(da destilaria até os postos de abastecimento)

Geração de produtos de combustão consumo instantâneo 10

Reciclagem dos metais do tanque de combustível e 8 anos (vida útil do veículo) 8

das tubulações

Reciclagem da bateria 2 anos 10

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65

4.4 ANÁLISE COMPARATIVA

PRIORIZAÇÃO DE IMPACTO DO INVENTÁRIO, FASE 2.I

Na tabela 4.12 são apresentados os resultados obtidos com a aplicação do conceito

da AECV, utilizando a definição do índice detalhado nesta secção, para a primeira

etapa do sistema de combustível de um veículo elétrico, ou seja, a geração da

energia elétrica.

Tabela164.12 - Lista dos principais impactos ambientais da fase de geração de energia (primeiro estágio do ciclo de vida do combustível de veículos elétricos)

Fonte: o autor

Os resultados obtidos com o método proposto indicam emissão de CO2 atmosférico

como o maior impacto ambiental da fase de geração de energia elétrica, com um

número de prioridade de risco de 81. Na segunda posição de impactos está um

resíduo fluido de alcatrão, com um número de prioridade de risco de 42. A água é o

% Total Renováveis Não Renováveis IG IO ID RPN

Basalto 42,75 5 10 6 1 5 30

Água 35,33 5 10 5 1 7 35

Terra 15,78 5 10 3 1 5 15

% Total Renováveis Não Renováveis IG IO ID RPN

Energia Hidrelétrica 8,53 5 10 5 1 1 5

Energia Gás Natural 1,47 5 10 2 1 1 2

% Total Efeito Estufa Não Efeito Estufa IG IO ID RPN

CO2 8,48 10 5 9 1 9 81

CH4 0,72 10 5 2 1 9 18

% Total Poluente Não Poluente IG IO ID RPN

Alcatrão 4,85 10 5 6 1 7 42

Inorgânicos gerais 2,22 10 5 2 1 7 14

Ácido Acético 2,02 10 5 3 1 7 21

Matanol 0,73 10 5 2 1 7 14

% Total Poluente Não Poluente IG IO ID RPN

Resíduo Inorgânico 9,74 10 5 6 1 5 30

Fatores de Peso

Consumo Recursos Energéticos e Perdas - CRE e P

Fatores de Peso

Emissões Atmosféricas - EA

Consumo de Recursos Naturais - CRN

Fatores de Peso

Resíduos Líquidos - RL

Fatores de Peso

Resíduos Sólidos - RS

Fatores de Peso

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66

terceiro maior impacto global desta fase de consumo de recursos materiais, com um

número de prioridade de risco de 35.

Nesta secção foi aplicado a AECV como metodologia para avaliar a geração de

energia hidrelétrica, que é um dos quatro processos envolvidos no ciclo de vida de

combustível de um veículo, neste caso em particular um veículo elétrico. Os

resultados obtidos ressaltam claramente os três impactos ambientais mais

importantes (como emissão de CO2 atmosférico, alcatrão como resíduos líquidos e

consumo de água) de um universo total de 113 impactos levantado pelo inventário.

A aplicação da ferramenta AECV nas etapas do ciclo do combustível para veículos

elétricos e veículos com combustível fóssil é apresentada nos apêndices.

PRIORIZAÇÃO DE IMPACTO DO INVENTÁRIO, FASE 3.I

Os impactos mais relevantes na distribuição e transmissão da energia elétrica

(lembrando que não foi encontrado inventário a respeito da fabricação e uso da

bateria do VE) são apresentado na tabela 4.13.

Tabela 174.13 - Lista dos principais impactos ambientais da fase de distribuição e transmissão de energia (segundo estágio do ciclo de vida do combustível de veículos elétricos)

Fonte: o autor

PRIORIZAÇÃO DE IMPACTO DO INVENTÁRIO, FASE 4.I

Para esta fase, relacionada a reciclagem da bateria, por falta de inventário do ciclo

de vida os impactos não puderam ser priorizados.

Emissão atmosféricas kg % total Efeito Estufa Não Efeito Estufa IG IO ID RPN

Sox 2844 0,898544 10 5 10 1 3 30

CO2 0,120654 3,81E-05 10 5 10 1 3 30

CO 0,000063 1,99E-08 10 5 9 1 3 27

NO2 2 0,000632 10 5 9 1 3 27

Poeira 1 0,000316 10 5 9 1 3 27

Poeira (SPM) 1 0,000316 10 5 9 1 3 27

Particulados (SPM) 8 0,002528 10 5 8 1 3 24

SO2 7 0,002212 10 5 8 1 3 24

CxHy 5,66E-05 1,79E-08 10 5 8 1 3 24

Fuligem 5 0,00158 10 5 8 1 3 24

Fatores de PesoImpacto Ambiental

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67

PRIORIZAÇÃO DE IMPACTO DO INVENTÁRIO, FASE 1.II

Não foi encontrado inventário para esta fase.

PRIORIZAÇÃO DE IMPACTO DO INVENTÁRIO, FASE 2.II

Na tabela 4.14 são apresentados os impactos globais com maior carga ambiental de

acordo com a AECV.

Tabela 184.14 - Lista dos principais impactos ambientais da fase de destilação do petróleo (segundo estágio do ciclo de vida do combustível de veículos com combustão interna)

Fonte: o autor

PRIORIZAÇÃO DE IMPACTO DO INVENTÁRIO, FASE 3.II

A priorização do inventário do ciclo de vida para a distribuição do combustível e para

a geração de produtos de combustão, com as devidas considerações já

mencionadas nesta seção, está apresentada na tabela 4.15.

Tabela 194.15 - Lista dos principais impactos ambientais da fase de distribuição do combustível e geração de produtos de combustão (terceiro estágio do ciclo de vida do combustível de veículos com

combustão interna)

Fonte: o autor

Renováveis Não Renováveis IG IO ID RPN

Processamento primário offshore

Emissão atmosféricas

Dos equipamentos do sistema de tratamento de óleo do PPP.

N2O Kg/bbl 10 5 9 1 9 81

Dos equipamentos do sistema de tratamento de gás do PPP.

CO2 Kg/bbl 10 5 9 1 9 81

Dos equipamentos do sistema de tratamento de óleo do PPP.

CO Kg/bbl 10 5 8 1 9 72

MP2.5 Kg/bbl 10 5 7 1 9 63

SO2 Kg/bbl 10 5 5 1 9 45

THC Kg/bbl 10 5 5 1 9 45

NOX Kg/bbl 10 5 4 1 9 36

Resíduos Líquidos

Caracterização qualitativa da água produzida descartada em plataforma marítima de petróleo e gás natural

Óleos e Graxas kg/l 10 5 6 1 5 30

Etilbenzeno kg/l 10 5 6 1 5 30

Fatores de PesoImpacto Ambiental

% total Efeito Estufa Não Efeito Estufa IG IO ID RPN

CO kg/Km 0 10 5 1 1 9 9

HC kg/Km 0 10 5 1 1 9 9

Nox kg/Km 0 10 5 1 1 9 9

CO2 kg/Km 0 10 5 10 10 9 900

CHO kg/Km 0 10 5 1 1 9 9

Emissão atmosféricas Fatores de Peso

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68

PRIORIZAÇÃO DE IMPACTO DO INVENTÁRIO, FASE 4.II

Para esta fase nenhum inventário foi encontrado.

RESUMO DA PRIORIZAÇÃO DOS IMPACTOS NOS INVENTÁRIOS

Como pode ser observado nas tabelas 4.12 à 4.15 os resultados dos inventários são

quantitativos e qualitativos e desta forma permitem uma avaliação relativa de todos

os impactos levantados. A aplicação da AECV permite avaliar o impacto real das

novas tecnologias pois prioriza os impactos e a partir disso verifica quais são os

mais importantes. A tabela 4.16 apresenta os principais impactos do veículo elétrico

enquanto a tabela 4.17 demonstra os impactos mais relevantes para o veículo de

combustão interna.

Tabela 204.16 Principais impactos do veículo elétrico

Fonte: o autor

kg % total Não Renováveis Renováveis IG IO ID RPN

Emissão atmosféricas

Sox 2844 1,84E+12 10 5 10 1 9 90

CO2 0,120654 78155070 10 5 10 1 9 90

CO 0,000063 40809 10 5 9 1 9 81

NO2 0,000221 143155,4 10 5 9 1 9 81

CO2 1,56E+00 8,48 10 5 9 1 9 81

Emissão atmosféricas

SO2 0,000078 50525,43 10 5 8 1 9 72

CxHy 5,66E-05 36689,24 10 5 8 1 9 72

Poeira 0,000179 115867,8 10 5 9 1 6 54

Poeira (SPM) 0,000167 108176,2 10 5 9 1 6 54

Particulados (SPM) 0,000088 57003,05 10 5 8 1 6 48

Fuligem 5,56E-05 36033,7 10 5 8 1 6 48

Efluentes líquidos

Alcatrão 1,39E-02 4,85 10 5 6 1 7 42

Consumo de recursos naturais

água 35,33 10 5 5 1 7 35

Basalto 42,75 10 5 6 1 5 30

Resíduos sólidos

Resíduo inorgânico 3,02E-01 9,74 10 5 6 1 5 30

PRINCIPAIS IMPACTOS DO VEÍCULO ELÉTRICO

Etapa da ACV: Utilização - Processo: Distribuição da energia elétrica

Impacto Ambiental Fatores de Peso

Etapa da ACV: Fabricação - Processo: Geração da energia elétrica

Etapa da ACV: Utilização - Processo: Distribuição da energia elétrica

Etapa da ACV: Fabricação - Processo: Geração da energia elétrica

Emissão atmosféricas

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69

Tabela 214.17 Principais impactos do veículo de combustão interna

Fonte: o autor

5 RESULTADOS OBTIDOS COM A AECV

A ferramenta de AECV foi aplicada nas duas tecnologias que foram comparadas,

VCI e VE. No veículo elétrico os processos analisados foram de geração,

transmissão e distribuição da energia elétrica e no acionamento do motor elétrico.

No veículo com motor de combustão interna foi analisada com a nova ferramenta os

processos de destilação do petróleo além da análise da geração de produtos de

combustão.

Das etapas pré estabelecidas na tabela 4.2 para aplicar a metodologia de AECV os

processos referentes a extração do petróleo, reciclagem dos acessórios e o tanque

de combustível do VCI e os processos referentes a bateria do VE não puderam ser

analisados por falta de inventários do ciclo de vida deste produto, como é

demostrado na tabela 5.1. Nesta tabela os processos destacados foram

considerados importantes e essenciais para aplicar a AECV.

unidade % total Renováveis Não Renováveis IG IO ID RPN

Emissão da gasolina na combustão

Gasolina C - 78% gasolina + 22% álcool anidro (v/v).

Emissão atmosféricas

CO2 kg/km 0,2 0,019607843 10 5 10 10 9 900

Processamento primário offshore

Emissão atmosféricas

Dos equipamentos do sistema de tratamento de óleo do PPP.

N2O kg/bbl 4,08 7 10 5 9 1 9 81

Dos equipamentos do sistema de tratamento de gás do PPP.

CO2 kg/bbl 161,97 8 10 5 9 1 9 81

Dos equipamentos do sistema de tratamento de óleo do PPP.

CO kg/bbl 0,3 5 10 5 8 1 9 72

MP2.5 kg/bbl 0,45 8 10 5 7 1 9 63

SO2 kg/bbl 4,08 7 10 5 5 1 9 45

THC kg/bbl 4,08 7 10 5 5 1 9 45

NOX kg/bbl 0,19 3 10 5 4 1 9 36

Resíduos Líquidos

Caracterização qualitativa da água produzida descartada em plataforma marítima de petróleo e gás natural

Óleos e Graxas kg/L 5 0,6 10 5 6 1 5 30

Etilbenzeno kg/L 9 1,0 10 5 6 1 5 30

PRINCIPAIS IMPACTOS DO VEÍCULO DE COMBUSTÃO INTERNA

Etapa da ACV: Utilização - Processo: Geração de produtos de combustão

Etapa da ACV: Fabricação - Processo: Destilação do petróleo

Fatores de PesoImpacto Ambiental

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70

Tabela225.1 - Lista dos principais impactos ambientais do VE e VCI

Fonte: o autor

Os resultados obtidos com o método proposto para o veículo elétrico indicam a

emissão de CO2 atmosférico como o maior impacto ambiental causado pelo veículo

elétrico, com um número de prioridade de risco de 81. Na segunda posição de

impactos está um resíduo fluido de alcatrão, com um número de prioridade de risco

de 42. A água é o terceiro maior impacto global do veículo elétrico, presente na fase

de consumo de recursos naturais, com um número de prioridade de risco de 35.

Discriminando os principais impactos de cada categora do veículo elétrico tem-se os

resultados apresentados na tabela 5.2. Analisando estes dados concluí-se que para

o sistema de alimentação do veículo elétrico na etapa de fabricação do combustível

o CO2, pertecente a categoria de emissões atmosférica possui a maior carga

ambiental com um RPN de 81. Na etapa de utilização do sistema de alimentação

tem-se o SOx, também pertencente a etapa de emissão atmosférica, como o maior

impacto ambiental com um RPN de 30. Nesta etapa e na posterior, disposição final,

os impactos causados pela bateria não foram considerados.

I II

VE VCI

Sistema de Alimentação Sistema de Alimentação

Etapas da ACV Combustível (eletricidade) Combustível (gasolina)

1 Matéria (sem impactos) Extração do petróleo

Prima (sem dados de inventário)

2 Fabricação Geração de hidroeletricidade Destilação do

petróleo

3 Distribuição e Transmição da energia Distribuição do Combustível

elétrica e (sem dados de inventário) e

fabricação e uso da bateria geração de produtos de combustão

4 Disposição Reciclagem de Reciclagem de metais do tanque

Final bateria de combustível, tubulação dentre

(sem dados de inventário) outros

Processos

Utilização

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71

Tabela 235.2- VE: Sistema de alimentação de Combustível (eletricidade)

Fonte: o autor

Os resultados obtidos pela AECV no veículo com motor de combustão interna

indicam a emissão de CO2 atmosférico como o maior impacto ambiental deste

veículo, com um número de prioridade de risco de 900. Na segunda posição de

impacto tem-se dois gases provenientes do processamento do combustível, os

gases N2O e o CO2 ambos com o número de prioridade de risco de 81. O gás CO é

o terceiro maior impacto global deste veículo com um número de prioridade de risco

de 72.

Discriminando os principais impactos de cada processo do veículo de combustão

interna tem-se os resultados apresentados na tabela 5.3. A partir desta tabela pode-

se saber quais os impactos de maior peso em cada etapa da análise do ciclo de vida

para o sistema de alimentação do veículo de combustão interna. Na etapa de ACV

de fabricação do combustível, no caso a gasolina, o NOx e o CO2 são responsáveis

pelos maiores danos ambientais, visto que ambos possuem um RPN de 81. Na

etapa de utilização do combustível novamente o CO2 é o vilão com um RPN de 90.

VE - Sistema de Alimentação

Combustível (eletricidade) Categoria do Impacto Unidade Massa

PROCESSOS Relativa Não Renováveis Renováveis IG IO ID RPN

Matéria

Prima

CO2 kg 1,56E+00 10 5 9 1 9 81

Alcatrão kg 1,39E-02 10 5 6 1 7 42

água kg 10 5 5 1 7 35

Basalto kg 10 5 6 1 5 30

Resíduo inorgânico kg 3,02E-01 10 5 6 1 5 30

Distribuição e Transmição

da energia elétrica e Sox kg 2844 10 5 10 1 3 30

CO2 kg 0,120654 10 5 10 1 3 30

CO kg 0,000063 10 5 9 1 3 27

NO2 kg 0,000221 10 5 9 1 3 27

Poeira kg 0,000178874 10 5 9 1 3 27

Poeira (SPM) kg 0,000167 10 5 9 1 3 27

fabricação e uso da bateria

Disposição Reciclagem de

Final bateria

(dados insuficientes para processamento dos impactos)

(dados insuficientes para processamento dos impactos)

(sem impactos)

Emissão atmosféricas

Resíduos líquidos

Consumo de recursos naturais

Resíduos sólidos

Emissão atmosféricas - Distribuição

Utilização

Fatores de Peso

Impacto Ambiental

Geração de hidreletricidade

Fabricação

Etapas da ACV

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72

Tabela 245.3- VCI: Sistema de alimentação de Combustível (gasolina)

Fonte: o autor

Analisando e comparando os resultados alcançados para cada veículo percebe-se

que o veículo de motor de combustão interna possui um menor número de impactos

com um maior número de prioridade de risco. Enquanto para o veículo elétrico tem

três impactos ambientais com um número de prioridade de risco acima de trinta, o

veículo com motor de combustão interna possui oito impactos ambientais com um

número de prioridade de risco acima de trinta, sendo que destes oito impactos sete

deles possui um RPN maior que o segundo maior impacto do veículo elétrico.

6 DISCUSSÃO DE RESULTADOS

A ferramenta criada neste trabalho, AECV, tem em sua base os inventários do ciclo

de vida de produtos e processos, desta forma esses inventários são cruciais e

determinísticos para um correto resultado proveniente da aplicação da ferramenta.

Como discutido na seção 3.1 muitos são os fatores e as variáveis envolvidas no

processo de desenvolvimento dos inventários e alguns erros primários devem ser

evitados no inventário com o intuito de aumentar o grau de certeza da AECV.

A sensibilidade da AECV perante os fatores de peso que a contém podem ser

alterados de acordo com parâmetros pré-definidos. Os valores destes fatores,

utilizados no presente trabalho, foi de 5 para impactos não poluentes ou recursos

renováveis e 10 para impactos poluentes ou recursos não renováveis. O valor em si

destes fatores não é tão relevante mas é importante distinguir os fatores de pesos

VCI - Sistema de Alimentação

Combustível (gasolina) Categoria do Impacto Unidade Massa por volume

PROCESSOS Relativo Não Renováveis Renováveis IG IO ID RPN

Extração do

Matéria petróleo

Destilação do N2O kg/bbl 4,08 10 5 9 1 9 81

CO2 kg/bbl 161,97 10 5 9 1 9 81

petróleo CO kg/bbl 0,3 10 5 8 1 9 72

MP2.5 kg/bbl 0,45 10 5 7 1 9 63

SO2 kg/bbl 4,08 10 5 5 1 9 45

THC kg/bbl 4,08 10 5 5 1 9 45

NOX kg/bbl 0,19 10 5 4 1 9 36

Distribuição do Combustível e

Utilização geração de produtos de combustão CO2 kg/Km 0,2 10 5 10 10 9 900

Disposição Reciclagem de metais do tanque

Final de combustível, tubulação dentre

outros

Etapas da ACV

Impacto AmbientalFatores de Peso

(sem impactos significativos)

Emissão atmosféricas

Emissão atmosféricas

(dados insuficientes para processamento dos impactos)

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73

para que a ferramenta AECV tenha um resultado mais coerente e condizente com a

realidade.

A distinção destes fatores serve para hierarquizar os impactos e a escolha de qual

fator utilizar para cada impacto irá depender do tipo de análise que se deseja fazer,

ou seja, os valores do peso podem variar se a análise vai ser global ou local. Por

exemplo, um determinado gás liberado em uma cidade industrializada pode ser

considerado poluente pelo fato da alta concentração de emissões atmosférica que

esta cidade recebe. Ao ponto que para a mesma quantidade deste gás liberado em

uma cidade rural a presença deste gás não é considerado um fator poluente.

No veículo elétrico os impactos que possuem número prioritário de risco superior a

30 são três: CO2 atmosférico com um RPN de 81, resíduo de alcatrão com um

número de prioridade de risco de 42 e a água com um RPN de 35. Ao analisar os

impactos gerados pelo veículo de motor de combustão interna encontrou-se oito

impactos com número prioritário de risco acima de 30. Os resultados obtidos com a

AECV indicam o CO2 gerado pela utilização da gasolina como o maior impacto

ambiental neste veículo, assim como no veículo elétrico, mas no VCI o RPN é de

900, ou seja, o CO2 possui uma carga ambiental de 819 pontos a mais em

comparação ao VE. Nas demais posições, assim como na primeira, todos os

impactos estão relacionados às emissões atmosféricas. O N2O possui um RPN de

81 assim como o CO2 gerado pelo processamento do petróleo. O CO ocupa a quarta

posição do impacto com um número prioritário de risco de 72, a PM2.5 possui um

RPN de 63, na sexta posição tem-se o SO2 com um RPN de 45, assim como o THC

e o Nox com um número prioritário de risco de 36.

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74

7 CONCLUSÃO

O desenvolvimento de novos produtos com tecnologias mais avançadas requer uma

análise cuidadosa de todos os impactos ao longo do seu ciclo de vida antes de

serem liberados para o mercado. Devido ao grande número de variáveis envolvidas

no ciclo de vida é necessário o desenvolvimento de uma metodologia orientada para

verificar de forma mais rápida e estratégica os impactos durante toda vida de um

produto.

Atualmente, a avaliação do ciclo de vida, ACV, é a única ferramenta desenvolvida

para este tipo de análise mas infelizmente a sua avaliação leva em consideração

apenas as ponderações e interpretações do seu autor, ou seja, muitos estudos de

ACV limitam-se a avaliações qualitativas impossibilitando análises mais conclusivas.

A metodologia proposta neste trabalho alcança de forma rápida, eficaz e condizente

resultados qualitativos e quantitativos, pois utiliza-se a ferramenta FMEA adaptada

para priorizar os impactos dos produtos a serem comparados e, assim, ser capaz de

decidir de forma mais clara e coerente sobre a possibilidade de avançar com um

projeto em particular ou o desenvolvimento de uma nova tecnologia. Esta nova

metodologia, criada neste trabalho, foi denominada de Avaliação Estratégica do

Ciclo de Vida, AECV – Strategic Life Cycle Assessment, SLCA, uma vez que permite

uma visão mais abrangente e estratégica de todos os impactos relacionados às

novas tecnologias, mesmo para processos complexos com um grande número de

variáveis a serem ponderadas.

Neste trabalho aplicou-se a AECV como metodologia para avaliar as etapas do ciclo

do combustível de veículos elétricos e veículos de combustão interna. Decidiu-se

utilizar apenas nas etapas referentes ao ciclo do combustível e não em todo veículo

elétrico e em todo o veículo de combustão interna porque algumas simplificações

foram adotadas. Simplificações estas baseadas em visitas técnicas em montadoras

de veículos e em análises criteriosas demonstradas no capítulo 4. Chegou-se a

conclusão que atualmente a diferença destes dois veículos está a cerca do sistema

de alimentação. Os demais sistemas veículares, como por exemplo o sistema de

suspensão, sistema de freios e sistema de transmissão são similares entre os

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75

veículos comparados neste estudo. Desta forma é plausível, eficaz e não gera

nenhuma perda fazer esta simplificação.

Os resultados obtidos através da ferramenta de Análise Estratégica do Ciclo de Vida

comparando o veículo elétrico e o veículo de combustão interna em todo o percurso

do ciclo de vida permite concluir que o VCI apresenta impactos globais muito mais

significativos que o VE, e estes impactos se concentram na etapa de utilização do

veículo, na geração de CO2. Por outro lado o veículo elétrico apresentou impactos

bem menores, mas deve ser ressaltado que o sistema de geração de energia

elétrica considerado é hidroelétrica, predominante no Brasil. Para outras matrizes

energéticas é necessário aplicar novamente a ferramenta AECV para verificar o

impacto real na geração da energia elétrica.

Outro ponto muito importante é que para avaliar o impacto final do veículo elétrico é

necessário investir em pesquisas que permitam levantar impactos no processo de

fabricação, utilização e reciclagem de bateria, o qual deverá aumentar de forma

significativa os impactos deste tipo de tecnologia.

Page 76: Análise Comparativa de Veículos Elétricos e Veículos com ... · PDF fileLISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ACV Análise do Ciclo de Vida ADP Potencial de depleção abiótica (do inglês

76

8 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Este trabalho apresentou, testou e validou a metodologia AECV para análise

estratégica de impactos em novas tecnologias. Sugere-se para trabalhos futuros

a pesquisa e aquisição dos inventários do ciclo de vida das etapas e processos

não preenchidas pelo presente autor (fabicação, utilização e reciclagem da

bateria; e extração do petróleo) e aplicação da análise estratégica do ciclo de

vida nestes inventários. Desta maneira chegar-se-á primeiramente, em nível

global, a resposta sobre o dilema da viabilidade ou não do veículo elétrico. Tal

resposta será baseada em dados reais e não simulados e será alcançada de

forma direta e bastante fundamentada.

Em relação a metodologia AECV, sugere-se que no o índice de gravidade se leve

em consideração a disponibilidade do recurso na natureza e não somente em

relação ao peso relativo de cada impacto.

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81

APÊNDICE A – Avaliação Estratégica do Ciclo de Vida, na Distribuição da Energia Elétrica

Baseado no inventário do ciclo de vida para a distribuição da energia elétrica brasileira proposto por Yokote (2003), classificou-se os impactos de acordo com as categorias de Consumo de recursos materiais; Consumo de recursos energéticos; Emissões atmosféricas; Resíduos líquidos; Resíduos sólidos; e Perdas. Em seguida colocou-se os impactos na mesma unidade de medida para posterior comparação e aplicou-se a AECV.

Categoria do Inventário Número de Impactos

Consumo de recursos materiais 61

Consumo de recursos energéticoss 2

Emissões atmosféricas 115

Resíduos líquidos 90

Resíduos sólidos 15

Perdas 3

Total 286

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% total Não Renovável Renovável IG IO ID RPN

Zinco (em minério) kg 0,05 10 5 1 1 8 8

Zinco (como minério) kg 0,05 10 5 3 1 8 24

Zeólito kg 0,04 10 5 1 1 8 8

Xisto kg 0,00 10 5 1 1 8 8

Urânio (em minério) kg 0,04 10 5 2 1 8 16

Urânio (como minério) kg 0,04 10 5 1 1 8 8

Sucata de cobre kg 0,04 10 5 3 1 8 24

Sucata de alumínio kg 0,00 10 5 1 1 8 8

Sucata de aço kg 0,04 10 5 1 1 8 8

Silício (em SiO2) kg 0,04 10 5 1 1 7 7

Salgema kg 0,04 10 5 3 1 7 21

Sal marinho kg 0,03 10 5 1 1 7 7

Ródio (em minério) kg 0,03 10 5 1 1 8 8

Rênio (em minério) kg 0,00 10 5 1 1 8 8

Prata kg 0,03 10 5 1 1 8 8

Platina (em minério) kg 0,03 10 5 1 1 8 8

Petróleo kg 0,03 10 5 1 1 6 6

Paládio (em minério) kg 0,03 10 5 1 1 8 8

Óleo recondicionado kg 0,02 10 5 1 1 6 6

Níquel (em minério) kg 0,00 10 5 1 1 8 8

Molibdênio (em minério) kg 0,02 10 5 1 1 8 8

Metano kg 0,02 10 5 1 1 3 3

Manganês (em minério) kg 0,02 10 5 1 1 8 8

Madeira kg 0,02 10 5 1 1 7 7

Lignita kg 0,00 10 5 1 1 8 8

H2SiF6 kg 0,02 10 5 2 1 5 10

Gipsita kg 0,02 10 5 2 1 8 16

Gás natural kg 0,00 10 5 1 1 3 3

Gás de refinaria kg 0,00 10 5 1 1 3 3

Floculante Sintético kg 0,01 10 5 1 1 7 7

Fertilizantes kg 0,01 10 5 1 1 7 7

Ferromanganês kg 0,01 10 5 1 1 8 8

Ferro (em minério) kg 0,01 10 5 1 1 8 8

Ferro (como minério) kg 0,00 10 5 1 1 8 8

Feldspato kg 0,00 10 5 1 1 8 8

Estanho (em minério) kg 0,01 10 5 1 1 8 8

CuO kg 0,00 10 5 3 1 8 24

Cromo (em minério) kg 0,01 10 5 1 1 8 8

CrO3 (Trióxido de Cromo) kg 0,01 10 5 2 1 8 16

Criolita kg 0,01 10 5 3 1 8 24

Cobre (em minério) kg 0,01 10 5 1 1 8 8

Cobalto (em minério) kg 0,01 10 5 1 1 8 8

Chumbo (em minério) kg 0,00 10 5 1 1 8 8

Caulim kg 0,00 10 5 3 1 8 24

Cascalho kg 0,01 10 5 1 1 8 8

Carvão Mineral kg 0,00 10 5 1 1 8 8

Calcário argiloso kg 0,00 10 5 3 1 7 21

Calcário (rocha) kg 0,01 10 5 1 1 8 8

Biomassa kg 0,01 10 5 1 1 7 7

Bentonita kg 0,01 10 5 1 1 6 6

Bauxita kg 0,01 10 5 1 1 8 8

Barita kg 0,01 10 5 1 1 7 7

As2O5 (Pentóxico de Arsênio) kg 0,01 10 5 1 1 7 7

Argila kg 0,01 10 5 1 1 7 7

Areia kg 0,01 10 5 1 1 7 7

Ar kg 0,00 10 5 1 1 4 4

Água (processo) kg 0,02 10 5 1 1 5 5

Água kg 0,01 10 5 1 1 5 5

Aditivos (produção do Zinco) kg 0,01 10 5 1 1 5 5

1,2-dicloroetano kg 0,01 10 5 1 1 6 6

1,1,1-tricloroetano kg 0,15 10 5 4 1 6 24

Consumo de recursos materiais Fatores de Peso

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% total Renováveis Não Renováveis IG IO ID RPN

Hidroeletricidade MJ 0,507 5 10 4 1 1 4

Energia não especificada MJ 1,000 5 10 1 1 1 1

Consumo de recursos energéticos Fatores de Peso

% total Renováveis Não Renováveis IG IO ID RPN

Perda de calor para o ar MJ 0,667 5 10 3 1 1 3

Perda de calor para a água MJ 0,333333333 5 10 2 1 1 2

perda de calor para o solo MJ 5 5 10 1 1 1 1

Perdas Fatores de Peso

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% total Efeito Estufa Não Efeito Estufa IG IO ID RPN

Metano Kg 3 10 5 2 1 3 6

Fluoreto Kg 3 10 5 2 1 3 6

Aldeído Kg 3 10 5 2 1 3 6

Ti Kg 3 10 5 1 1 3 3

Particulados (SPM) Kg 3 10 5 8 1 3 24

U Kg 2 10 5 1 1 3 3

La Kg 2 10 5 1 1 3 3

Tetraclorometano Kg 2 10 5 2 1 3 6

CxHy alifático Kg 2 10 5 3 1 3 9

Cianetos Kg 2 10 5 1 1 3 3

SO2 Kg 2 10 5 8 1 3 24

Mg Kg 2 10 5 1 1 3 3

As Kg 2 10 5 1 1 3 3

Sn Kg 2 10 5 1 1 3 3

CxHy aromático Kg 2 10 5 2 1 3 6

TI Kg 2 10 5 1 1 3 3

Eteno Kg 2 10 5 1 1 3 3

CO Kg 2 10 5 9 1 3 27

Hidrocarbonetos (exceto metano) Kg 2 10 5 2 1 3 6

Alcanos Kg 2 10 5 1 1 3 3

VOC Kg 2 10 5 2 1 3 6

Zn Kg 2 10 5 2 1 3 6

Acetaldeído Kg 2 10 5 1 1 3 3

Acetona Kg 2 10 5 1 1 3 3

Amônia Kg 2 10 5 2 1 3 6

CxHy Kg 1 10 5 8 1 3 24

Fuligem Kg 1 10 5 8 1 3 24

Sicatos Kg 1 10 5 1 1 3 3

Ácido Propriônico Kg 1 10 5 1 1 3 3

Formaldeído Kg 1 10 5 1 1 3 3

I Kg 1 10 5 1 1 3 3

Mo Kg 1 10 5 1 1 3 3

V Kg 1 10 5 1 1 3 3

Nox Kg 1 10 5 6 1 3 18

Benzo-pireno Kg 1 10 5 1 1 3 3

Ni Kg 1 10 5 1 1 3 3

Fluoroetano Kg 1 10 5 1 1 3 3

Cloreto de vinila Kg 1 10 5 1 1 3 3

Dioxina Kg 1 10 5 1 1 3 3

Petróleo Kg 1 10 5 2 1 3 6

Zr Kg 1 10 5 1 1 3 3

Propeno Kg 1 10 5 1 1 3 3

N2O Kg 1 10 5 2 1 3 6

PAH's Kg 1 10 5 1 1 3 3

Na Kg 1 10 5 1 1 3 3

Hirdogênio Kg 1 10 5 2 1 3 6

Sc Kg 1 10 5 1 1 3 3

Ácido Acético Kg 1 10 5 1 1 3 3

Hexano Kg 1 10 5 1 1 3 3

Cd Kg 1 10 5 1 1 3 3

Sr Kg 1 10 5 1 1 3 3

Benzeno Kg 1 10 5 2 1 3 6

Be Kg 1 10 5 1 1 3 3

Sox Kg 1 10 5 10 1 3 30

H2S Kg 9,98594E-11 10 5 2 1 3 6

CF4 Kg 0,000703235 10 5 2 1 3 6

Emissão atmosféricas

Fatores de Peso

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Continuação das emissões atmosféricas

% total Efeito Estufa Não Efeito Estufa IG IO ID RPN

CFC-116 Kg 0,000631887 10 5 1 1 3 3

K Kg 0,000631887 10 5 1 1 3 3

Flúor Kg 0,000631887 10 5 1 1 3 3

Óxido de Zinco Kg 8,03887E-14 10 5 1 1 3 3

P Kg 0,000631887 10 5 1 1 3 3

Acetileno Kg 7,81676E-17 10 5 1 1 3 3

CFC (hard) Kg 0,000631887 10 5 2 1 3 6

Totueno Kg 0,000631887 10 5 2 1 3 6

Negro de Fumo Kg 0,000631887 10 5 2 1 3 6

NO2 Kg 0,000631887 10 5 9 1 3 27

Poeira (grossa) Kg 0,000631887 10 5 2 1 3 6

Xileno Kg 0,000631887 10 5 2 1 3 6

Al Kg 0,000631887 10 5 1 1 3 3

Particulados (PM10) Kg 0,000631887 10 5 5 1 3 15

Alcenos Kg 0,000631887 10 5 1 1 3 3

CFC-14 Kg 0,000631887 10 5 1 1 3 3

HALON-1301 Kg 6,35499E-17 10 5 1 1 3 3

Pt Kg 0,000631887 10 5 1 1 3 3

Etilbenzeno Kg 0,000631887 10 5 1 1 3 3

Cu Kg 0,000631887 10 5 2 1 3 6

Ba Kg 9,20976E-16 10 5 1 1 3 3

Butano Kg 9,20976E-16 10 5 1 1 3 3

H2SO4 Kg 6,1925E-14 10 5 1 1 3 3

Th Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

Se Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

Fenol Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

Emissões não especificadas Kg 0,000315944 10 5 2 1 3 6

Matéria Orgânica Policíclica Kg 0,000315944 10 5 2 1 3 6

Poeira Kg 0,000315944 10 5 9 1 3 27

Poeira (SPM) Kg 0,000315944 10 5 9 1 3 27

Cobalto Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

Metil Mercaptana Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

B Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

VOC (não metano) Kg 0,000315944 10 5 4 1 3 12

Cr Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

Diclorometano Kg 0,000315944 10 5 2 1 3 6

Particulados não especificados Kg 0,000315944 10 5 2 1 3 6

Cl2 Kg 0,000315944 10 5 2 1 3 6

Buteno Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

Mn Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

Etano Kg 4,49127E-14 10 5 1 1 3 3

Heptano Kg 4,42321E-15 10 5 1 1 3 3

Gás Flúor Kg 0,000315944 10 5 2 1 3 6

Hg Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

Ca Kg 4,3181E-14 10 5 1 1 3 3

Pb Kg 4,10727E-15 10 5 1 1 3 3

metanol Kg 4,25387E-15 10 5 1 1 3 3

Etanol Kg 4,2447E-15 10 5 1 1 3 3

CO2 Kg 3,81199E-05 10 5 10 1 3 30

Pentano Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

Sb Kg 3,63158E-17 10 5 1 1 3 3

Fe Kg 3,59323E-14 10 5 1 1 3 3

HCL Kg 3,59165E-09 10 5 4 1 3 12

Propano Kg 3,30897E-14 10 5 1 1 3 3

Óxido de Cádmio Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

HF Kg 3,15944E-12 10 5 2 1 3 6

Br Kg 3,30635E-15 10 5 1 1 3 3

Acroleína Kg 0,000315944 10 5 1 1 3 3

Benzaldeído Kg 0,001579719 10 5 1 1 3 3

Emissão atmosféricas

Fatores de Peso

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% total Poluente Não Poluente IG IG IO ID RPN

Diclorometano Kg 1 0,003846154 10 5 0,019230769 1 1 5 5

Dicloroetano Kg 3,7E-14 1,42308E-16 10 5 7,11538E-16 1 1 5 5

DBO Kg 3 0,011538461 10 5 0,057692307 1 1 5 5

CxHy cloro Kg 2 0,007692308 10 5 0,038461538 1 1 5 5

CxHy Kg 4 0,015384615 10 5 0,076923077 2 1 5 10

CxFy aromático Kg 2 0,007692308 10 5 0,038461538 1 1 5 5

Cu Kg 8 0,030769231 10 5 0,153846153 2 1 5 10

Cs Kg 4 0,015384615 10 5 0,076923077 1 1 5 5

Cr (VI) Kg 1 0,003846154 10 5 0,019230769 1 1 5 5

Cr Kg 1 0,003846154 10 5 0,019230769 2 1 5 10

Compostos de Cálcio Kg 6 0,023076923 10 5 0,115384615 2 1 5 10

CO Kg 1,1051E-11 4,25038E-14 10 5 2,12519E-13 1 1 5 5

Cloroformio Kg 8 0,030769231 10 5 0,153846153 1 1 5 5

Clorobenzeno Kg 3 0,011538461 10 5 0,115384615 1 1 5 5

Cl- Kg 0,000000451 1,73462E-09 10 5 8,67308E-09 2 1 5 10

Cianeto Kg 5 0,019230769 10 5 0,096153846 2 1 5 10

Cd Kg 7 0,026923077 10 5 0,134615384 2 1 5 10

Br Kg 1 0,003846154 10 5 0,019230769 2 1 5 10

Benzeno Kg 4 0,015384615 10 5 0,153846153 1 1 5 5

Be Kg 3 0,011538461 10 5 0,057692307 1 1 5 5

barita Kg 9 0,034615384 10 5 0,173076922 2 1 5 10

Ba Kg 6 0,023076923 10 5 0,115384615 2 1 5 10

B Kg 9 0,034615384 10 5 0,173076922 1 1 5 5

Asbestos Kg 3 0,011538461 10 5 0,057692307 2 1 5 10

As Kg 1,00732E-10 3,87431E-13 10 5 1,93715E-12 1 1 5 5

AOX Kg 1 0,003846154 10 5 0,019230769 1 1 5 5

Alcenos Kg 5 0,019230769 10 5 0,096153846 1 1 5 5

Alcanos Kg 4 0,015384615 10 5 0,076923077 1 1 5 5

Al Kg 5 0,019230769 10 5 0,096153846 2 1 5 10

Água residuária (processo de alumina) Kg 1 0,003846154 10 5 0,019230769 3 1 5 15

Água (de produção de blend de cimento) Kg 6 0,023076923 10 5 0,115384615 3 1 5 15

Ag Kg 1 0,003846154 10 5 0,019230769 1 1 5 5

Ácido hipocloroso Kg 5 0,019230769 10 5 0,096153846 1 1 5 5

1,1,2-tricloroetano Kg 1 0,003846154 10 5 0,038461538 3 1 5 15

Fatores de Peso

Resíduos Líquidos

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87

% total Poluente Não Poluente IG IG IO ID RPN

Rejeitos radioativos de alta atividade Kg 5,28903E-08 10 5 5E-07 1 1 7 7

Rejeitos radioativos de baixa/média atividade Kg 0,052613246 10 5 5E-01 1 1 7 7

Resíduos Kg 0,026306623 10 5 1E-01 1 1 7 7

Inorgânicos Gerais Kg 0,0003478 10 5 2E-03 1 1 7 7

Rejeitos dos blend de cimento Kg 0,026306623 10 5 1E-01 1 1 7 7

Resíduos do corte de árvores Kg 0,026306623 10 5 1E-01 1 1 7 7

Escórias de alumínio Kg 4,73519E-07 10 5 2E-06 1 1 7 7

Asbestos Kg 0,052613246 10 5 3E-01 1 1 7 7

Escórias da laminação Kg 0,052613246 10 5 3E-01 1 1 7 7

Resíduos inertes de bauxita Kg 0,078919869 10 5 4E-01 1 1 7 7

rejeitos inertes Kg 0,078919869 10 5 4E-01 1 1 7 7

Rejeitos minerais Kg 0,078919869 10 5 4E-01 1 1 7 7

Rejeitos químicos Kg 0,131533115 10 5 7E-01 1 1 7 7

Rejeitos de produção (não inertes) Kg 0,157839738 10 5 8E-01 1 1 7 7

Resíduos sólidos Fatores de Peso

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88

APÊNDICE B – Avaliação Estratégica do Ciclo de Vida, na Transmissão da Energia Elétrica

Baseado no inventário do ciclo de vida para a transmissão da energia elétrica Suíça proposto por Stucki (2012), classificou-se os impactos de acordo com as categorias de Consumo de recursos materiais; Consumo de recursos energéticos; Emissões atmosféricas; Resíduos líquidos; Resíduos sólidos; e Perdas. Em seguida colocou-se os impactos na mesma unidade de medida para posterior comparação e aplicou-se a AECV.

Categoria do Inventário Número de Impactos

Consumo de recursos materiais 78

Consumo de recursos energéticos 0

Emissões atmosféricas 2

Resíduos líquidos 0

Resíduos sólidos 4

Perdas 9

Total 93

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89

% total Poluente Não Poluente IG IO ID RPN

alumínio Kg/Km 6 10 5 1 1 7 7

cimento Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

concreto Kg/Km 0,214242659 10 5 2 1 7 14

Disco de vidro Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

chumbo Kg/Km 2 10 5 1 1 7 7

madeira Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

Tratamento de madeira Kg/Km 0 10 5 1 1 5 5

bronze Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

Resina pacote Resina / epóxi Kg/Km 2 10 5 1 1 6 6

EPR / EPDM Kg/Km 2 10 5 1 1 7 7

conservante de madeira Kg/Km 0 10 5 1 1 5 5

cobre Kg/Km 4 10 5 1 1 7 7

óleo mineral Kg/Km 4 10 5 1 1 5 5

cascalho Kg/Km 5 10 5 1 1 7 7

PET Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

PE Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

PVC Kg/Km 9 10 5 1 1 7 7

PP Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

papel Kg/Km 4 10 5 1 1 7 7

porcelana Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

areia Kg/Km 0 10 5 1 1 8 8

silicone Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

aço, de baixa liga Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

aço, puro Kg/Km 3 10 5 1 1 7 7

hexafluoreto de enxofre Kg/Km 1 10 5 1 1 3 3

zinco Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

alumínio Kg/Km 2 10 5 1 1 7 7

cimento Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

concreto Kg/Km 0,148747594 10 5 2 1 7 14

Disco de vidro Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

chumbo Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

madeira Kg/Km 2 10 5 1 1 7 7

Tratamento de madeira Kg/Km 2 10 5 1 1 5 5

bronze Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

Resina pacote Resina / epóxi Kg/Km 1 10 5 1 1 6 6

EPR / EPDM Kg/Km 2 10 5 1 1 7 7

conservante de madeira Kg/Km 4 10 5 1 1 5 5

cobre Kg/Km 2 10 5 1 1 7 7

óleo mineral Kg/Km 2 10 5 1 1 5 5

cascalho Kg/Km 3 10 5 1 1 7 7

PET Kg/Km 1 10 5 1 1 7 7

PE Kg/Km 8 10 5 1 1 7 7

PVC Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

PP Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

papel Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

porcelana Kg/Km 1 10 5 1 1 7 7

areia Kg/Km 0 10 5 1 1 8 8

silicone Kg/Km 4 10 5 1 1 7 7

aço, de baixa liga Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

aço, puro Kg/Km 3 10 5 1 1 7 7

hexafluoreto de enxofre Kg/Km 5 10 5 1 1 3 3

zinco Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

Baixa voltagem

Consumo de recursos materiais Fatores de Peso

Média voltagem

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90

Continuação dos recursos materiais

% total Poluente Não Poluente IG IO ID RPN

alumínio Kg/Km 1 10 5 1 1 7 7

cimento Kg/Km 0,63624189 10 5 4 1 7 28

concreto Kg/Km 0,131451362 10 5 1 1 7 7

Disco de vidro Kg/Km 1 10 5 1 1 7 7

chumbo Kg/Km 1 10 5 1 1 7 7

madeira Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

Tratamento de madeira Kg/Km 0 10 5 1 1 5 5

bronze Kg/Km 3 10 5 1 1 7 7

Resina pacote Resina / epóxi Kg/Km 0 10 5 1 1 6 6

EPR / EPDM Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

conservante de madeira Kg/Km 0 10 5 1 1 5 5

cobre Kg/Km 9 10 5 1 1 7 7

óleo mineral Kg/Km 1 10 5 1 1 5 5

cascalho Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

PET Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

PE Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

PVC Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

PP Kg/Km 2 10 5 1 1 7 7

papel Kg/Km 4 10 5 1 1 7 7

porcelana Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

areia Kg/Km 0,178984675 10 5 2 1 8 16

silicone Kg/Km 0 10 5 1 1 7 7

aço, de baixa liga Kg/Km 1 10 5 1 1 7 7

aço, puro Kg/Km 3 10 5 1 1 7 7

hexafluoreto de enxofre Kg/Km 0 10 5 1 1 3 3

zinco Kg/Km 6 10 5 1 1 7 7

Consumo de recursos materiais Fatores de Peso

Alta voltagem

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91

% total Efeito Estufa Não Efeito Estufa IG IG IO ID RPN

Emission SF6 Kg

Emission SF6 Kg 33827 0,100001 10 5 1,000012 1 1 3 3

Emission SF6 Kg 304439 0,899999 10 5 4,499994 5 1 3 15

Fatores de PesoEmissão atmosféricas

Baixa voltagem

Média voltagem

Alta voltagem

% total Poluente Não Poluente IG IO ID RPN

cromato VI Kg/Km 5,3 0,40458 10 5 2 1 7 14

cobre 3,3 0,251908 10 5 1 1 7 7

boro 0,9 0,068702 10 5 1 1 7 7

fluoreto 3,6 0,274809 10 5 1 1 7 7

Média voltagem

Resíduos sólidos Fatores de Peso

% total Renováveis Não Renováveis IG IO ID RPN

Perda de concreto Kg/Km 0,9926244 5 10 3 1 7 21

Perda de madeira Kg/Km 0 5 10 1 1 7 7

Perda de PE Kg/Km 0 5 10 1 1 7 7

Perda de PVC Kg/Km 0,0048559 5 10 1 1 7 7

Perda de Óleo mineral Kg/Km 0,0025197 5 10 1 1 6 6

Perda de concreto Kg/Km 0,9864993 5 10 3 1 7 21

Perda de madeira Kg/Km 0,1 5 10 1 1 7 7

Perda de PE Kg/Km 5,977E-05 5 10 1 1 7 7

Perda de PVC Kg/Km 0 5 10 1 1 7 7

Perda de Óleo mineral Kg/Km 0,0019808 5 10 1 1 6 6

Perda de concreto Kg/Km 0,9911897 5 10 3 1 7 21

Perda de madeira Kg/Km 0 5 10 1 1 7 7

Perda de PE Kg/Km 0 5 10 1 1 7 7

Perda de PVC Kg/Km 0 5 10 1 1 7 7

Perda de Óleo mineral Kg/Km 0,0088103 5 10 1 1 6 6

Fatores de PesoPerdas

Baixa voltagem

Média voltagem

Alta voltagem

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92

APÊNDICE C – Avaliação Estratégica do Ciclo de Vida, no Acionamento do motor elétrico

Categoria do Inventário Número de Impactos

Consumo de recursos materiais 0

Consumo de recursos energéticos 0

Emissões atmosféricas 5

Resíduos líquidos 0

Resíduos sólidos 0

Perdas 0

Total 5

% total Efeito Estufa Não Efeito Estufa IG IO ID RPN

CO Kg/Km 0 10 5 1 1 1 1

HC Kg/Km 0 10 5 1 1 1 1

Nox Kg/Km 0 10 5 1 1 1 1

CO2 Kg/Km 0 10 5 1 1 1 1

CHO Kg/Km 0 10 5 1 1 1 1

Emissão atmosféricas Fatores de Peso

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93

APÊNDICE D – Avaliação Estratégica do Ciclo de Vida, no processamento primário do Petróleo

Categoria do Inventário Número de Impactos

Consumo de recursos materiais 0

Consumo de recursos energéticos 1

Emissões atmosféricas 20

Resíduos líquidos 22

Resíduos sólidos 0

Perdas 4

Total 47

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94

% total Renováveis Não Renováveis IG IO ID RPN

Gás Natural (energia elétrica) MJ 103000000 1 5 10 5 1 2 10

Consumo de recursos energéticos Fatores de Peso

% total Renováveis Não Renováveis IG IO ID RPN

Calor Perdido para a água de produção MJ 33000000 0,5436573 5 10 3 1 2 6

Calor perdido pelo condensado MJ 8300000 0,1367381 5 10 1 1 2 2

Calor perdido pelo armazenamento MJ 3400000 0,0560132 5 10 1 1 2 2

Calor perdido na caldeira MJ 16000000 0,2635914 5 10 1 1 2 2

Fatores de PesoPerdas

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95

% total Efeito Estufa Não Efeito Estufa IG IO ID RPN

CO Kg/bbl 0,3 5 10 5 8 1 9 72

NOX Kg/bbl 0,19 3 10 5 4 1 9 36

MP10 Kg/bbl 0,45 8 10 5 1 1 9 9

MP2.5 Kg/bbl 0,45 8 10 5 7 1 9 63

SO2 Kg/bbl 4,08 7 10 5 5 1 9 45

VOC Kg/bbl 15,1 0,285174693 10 5 1 1 9 9

THC Kg/bbl 4,08 7 10 5 5 1 9 45

CH4 Kg/bbl 8,41 0,158829084 10 5 1 1 9 9

N2O Kg/bbl 4,08 7 10 5 9 1 9 81

CO2 Kg/bbl 15,81 0,298583569 10 5 1 1 9 9

CO Kg/bbl 9,77 4 10 5 2 1 9 18

NOX Kg/bbl 9 4 10 5 2 1 9 18

MP10 Kg/bbl 3,17 1 10 5 2 1 9 18

MP2.5 Kg/bbl 2,72 1 10 5 2 1 9 18

SO2 Kg/bbl 4,99 2 10 5 2 1 9 18

VOC Kg/bbl 19 9 10 5 2 1 9 18

THC Kg/bbl 4 2 10 5 2 1 9 18

CH4 Kg/bbl 1779,41 0,890595596 10 5 2 1 9 18

N2O Kg/bbl 3,63 1 10 5 2 1 9 18

Fatores de emissão para os equipamentos do sistema de tratamento de gás do PPP.

Emissão atmosféricas Fatores de Peso

Fatores de emissão para os equipamentos do sistema de tratamento de óleo do PPP.

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97

APÊNDICE E – Avaliação Estratégica do Ciclo de Vida, na combustão da gasolina

Categoria do Inventário Número de Impactos

Consumo de recursos materiais 0

Consumo de recursos energéticoss 0

Emissões atmosféricas 5

Resíduos líquidos 0

Resíduos sólidos 0

Perdas 0

Total 5

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98

% total Efeito Estufa Não Efeito Estufa IG IO ID RPN

CO Kg/Km 2 0,196078 10 5 1 10 9 90

HC Kg/Km 4 0,392157 10 5 1 10 9 90

Nox Kg/Km 3 0,294118 10 5 1 10 9 90

CO2 Kg/Km 0,2 0,019608 10 5 10 10 9 900

CHO Kg/Km 1 0,098039 10 5 1 10 9 90

Emissão atmosféricas

Gasolina C - 78% gasolina + 22% álcool anidro (v/v).

Fatores de Peso

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ANEXO A – Inventário refinado para 1 MWh.km de rede urbana brasileira de distribuição de energia elétrica

Inventário da distribuição da energia elétrica extraído da dissertação de Yokote (2003).

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106

ANEXO B– Inventário referente a transmissão da energia elétrica

Inventário da transmissão da energia elétrica extraído do relatório Life Cycle Inventories of Electrici-ty Mixes and Gridde de Itten (2013).

Life time years

Aerial line (low voltage) 40

Aerial line (medium and high voltage) 40

Cables (underground) 40

Masts (low and medium voltage) 40

Masts (high voltage) 60

Transformers and other electro technical equipment 40

Buildings 40

SF6 gas insulated switchgear 40

Average life time of the different elements of the electricity grid

Material used per kilometre of cable on the low voltage level

Cable LV Material Unit EWZ 2011

Copper Kg/Km 4590,2

Aluminium Kg/Km 0

Steel Kg/Km 0,9

Lead Kg/Km 2111,4

PVC Kg/Km 1012

paper Kg/Km 445,7

Mineral Oil Kg/Km 398,8

Steel Kg/Km 21,2

Concrete m³/Km 108

Resin pack Kg/Km 0

Plastics Kg/Km 0

Gravel Kg/Km 0

Cable incluing insulation

Cable duct

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107

Material use per kilometre of cable on the medium voltage level according to Bumby at al. (2010) and Jones and McManus (2010)

material unit Jones & McManus 2010 Bumby et al. 2010 EWZ 2011

Copper Kg/Km 2664,6 1413,9 4273,7

Aluminium Kg/Km 4081,3 4179,5 0

PET Kg/Km 507 4597 828,1

EPR Kg/Km 1089 0 0

Steel Kg/Km 0 11299,7 21,2

Concrete m³/Km 0 309,7 108

Resin pack/epoxy Kg/Km 35 0 0

Plastics Kg/Km 35 0 0

Gravel Kg/Km 76179 0 0

Underground cable MV

Cable duct

Material use per kilometre of aerial line on the medium voltage level (Bumby et al. 2010; Jones & McManus 2010)

Aerial line MV Material Unit Jones & McManus 2010 Bumby et al. 2010

Copper Kg/Km 4663 0

Aluminium Kg/Km 0 1888,7

PE Polyethylene Kg/Km 0 56,2

Silicon rubber Kg/Km 30 0

Steel Kg/Km 1079 767,7

Porcelain Kg/Km 134 0

Timber m³/Km 7,9 8

Cables

Cables reels, brackets and masts

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Material use per kilometre of underground cable on the high voltage level according to Jorge et al. (2011a)

1 Km cable HV (150kV) Materials Unit Manufacturing Maintenance

Copper Kg/Km 8600 0

Paper Kg/Km 3800 0

Insulation Oil Kg/Km 4000 0

Lead Kg/Km 13900 80

Bronze Kg/Km 3200 2

Asphalt Kg/Km 700 3,4

Polypropylene Kg/Km 1900 0,2

Sand Kg/Km 1600000 0

Concrete Kg/Km 35000 0

Asphalt Kg/Km 75000 147

Cable

Cable trace

Material use per kilometre of aerial line on the high voltage level according to Jorge et al. (2011a)

1 Km aerial line HV (150 kV) Materials Unit Manufacturing Maintenace

Concrete Kg/Km 129600 0

Iron Kg/Km 6000 0

Steel Kg/Km 18000 0

Zinc Kg/Km 200 80

Hard glass Kg/Km 562 2

Steel Kg/Km 852 3,4

Cement Kg/Km 48 0,2

Steel Kg/Km 2570 0

Aluminium Kg/Km 7020 0

Mineral fat Kg/Km 490 147

Steel Kg/Km 460 0

Aluminium Kg/Km 280 0

Mineral fat Kg/Km 14 4

Foundation

Earth conductor

Conductors

Insulators

Masts

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Material use per kilometre of aerial line on the highest voltage level according to Jorge et al. (2011a)

1 Km aerial line HV (400 kV) Materials Unit Manufacturing Maintenace

Concrete Kg/Km 288000 0

Iron Kg/Km 15000 0

Steel Kg/Km 53000 0

Zinc Kg/Km 1600 640

Hard glass Kg/Km 1350 5,4

Steel Kg/Km 816 3,3

Cement Kg/Km 63 0,3

Hard glass Kg/Km 2160 1

Steel Kg/Km 11940 1,7

Cement Kg/Km 378 0,1

Steel Kg/Km 4320 0

Aluminium Kg/Km 11940 0

Mineral fat Kg/Km 378 113

Steel Kg/Km 2160 0

Aluminium Kg/Km 5970 0

Mineral fat Kg/Km 189 57

Steel Kg/Km 928 0

Aluminium Kg/Km 556 0

Mineral fat Kg/Km 28 57Earth conductor

Foundation

Masts

Insulators 400kV

Insulators 150kV

Conductors 400kV

Conductors 150kV

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Material used in transformers with different capacity (Jorge et al. 2011b)

Transformers Insulation Oil Cooper Steel Aluminium

Unit Kg Kg Kg Kg

0,3 MVA 340 0 857 200

16/20 MVA 10206 8673 20417 64

63 MVA 20000 18360 35679 0

Material use of transformers installed in the Swiss electricity grid

Transformes number Insulation Oil Copper Steel Aluminium

Source Schwab 1991, VSE 1988 Jorge et al. 2011 Jorge et al. 2012 Jorge et al. 2013 Jorge et al. 2014

Unit # Kg Kg Kg Kg

Low voltage 45000 15300000 0 38565000 8991000

Medium voltage 800 12164800 10610400 23469400 51200

High voltage 200 0 0 0 0

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Material use per kilometre of the Swiss electricity grid for a life time of 30 years (components with a higher or lower lifetime are converted to a life time of 30 year

Swiss electricity grid unit LV MV HV

Length total Km 128646 42671 15831

Materials Aluminium Kg/Km 69 2200 11211,1

Cement m³/Km 0 0 210,2

Concrete m³/Km 92,9 64,5 57

Hard glass Kg/Km 0 0 1757,3

Lead Kg/Km 2100 0 1627,5

Wood m³/Km 0 2,5 0

Treatment wood m³/Km 0 2,5 0

Bronze Kg/Km 0 0 372,8

Resin pack/epoxy resin Kg/Km 24,5 17 0

EPR/EPDM Kg/Km 24,5 269 0

Wood preservative Kg/Km 0 45,2 0

Copper Kg/Km 4600 2893,9 1001,2

Mineral Oil Kg/Km 518,9 285 1115

Gravel Kg/Km 53325,3 37026,9 0

PET Kg/Km 0 1373,4 0

PE Kg/Km 0 8,6 0

PVC Kg/Km 1000 0 0

PP Kg/Km 0 0 221,2

Paper Kg/Km 450 0 442,4

Porcelain Kg/Km 0 20,5 0

Sand Kg/Km 0 0 186267,4

Silicone Kg/Km 0 4 0

Steel, low-alloyed Kg/Km 0 0 1175

Steel, unalloyed Kg/Km 3690,7 3185,9 35845,5

Sulphur hexafluoride Kg/Km 0,2 5,4 0

Zinc Kg/Km 0 0 722,1

Total Total Kg/Km 216.397,00 153578 362510

Transports Transport Lorry tkm/km 5756 4174 8863

Transport Rail tkm/km 6760 4537 26701

Excavation Excavation m³/Km 48,7 375 100,6

Disposal Disposal concrete Kg/Km 204418 141939 125442

Disposal wood Kg/Km 0 1648,9 0

Disposal PE Kg/Km 0 8,6 0

Disposal PVC Kg/Km 1000 0 0

Disposal mineral oil Kg/Km 518,9 285 1115

Buildings Building, steel construction m³/Km 0,1 0,2 0,1

Building, multi-storey m³/Km 5 7,5 2,5

Land use Occupation, industrial area, built up m²a/km 101,2 165,2 669,9

Occupation, industrial area, vegetation m²a/km 0 45,7 1108

Transformation, from arable m²a/km 1,4 2,9 24,7

Transformation, from forest m²a/km 1 2 19,7

Transformation, to industrial area, built up m²a/km 2,5 4 16,7

Transformation, to industrial area, vegetation m²a/km 0 1 27,7

Emissions to air Emission SF6 Kg/Km 0 0,1 0

Emissions to soil Chromate VI Kg/Km 0 5,3 0

Copper Kg/Km 0 3,3 0

Boron Kg/Km 0 0,9 0

Fluoride Kg/Km 0 3,6 0

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SF6 filling capacity, emissions and emission factors of the operation of high and medium voltage switchgear extrapolated from the

Brazilian greenhouse gas inventory 2004

unit Total High voltage medium voltage

Overall amount of SF6 Kg 338265 304439 33827

Handled electricity GWh 407429 364270

SF6 per handled electricity Kg/Gwh 0,75 0,09

Emissions in use-phase Kg/a 2934 2787 147

Emissions per GMh Kg/GWh 6 4

Emissions per kWh Kg/kWh 6,00E+00 4,03E-10

Emission rate in %' 800,00% 900,00% 0,43%

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ANEXO C – Inventário da destilação do petróleo

Inventário do processamento primário do petróleo offshore extraído de Gonin (2012).

Produção de Óleo Concentração (Kg/l) Produção de Gás Concentração (Kg/l)

Produtos Químicos média média

Inibidor de corrosão 3 3

Anti Incrustantes 1

Desemulficantes 9

Polieletrólito 1

Metanol - 0,002

Glicol - 0,001

Caracterização qualitativa da água produzida descartada em plataforma marítima de petróleo e gás natural

Arsênio <6e-7

Bário 6,00E+00

Cádmio <1e-9

Cromo <7e-9

Cobre <6e-9

Ferro 5

Manganês 3,10E-07

Níquel 2,00E-08

Chumbo <1e-9

Vanádio <4e-9

Zinco 2,00E+00

Mercúrio <1,2e-7

HPAs 1

Benzeno 9,00E+00

Tolueno 6,99E-07

Etilbenzeno 9

Xilenos 6,00E+00

BTEX 1

Fenóis 6,00E+00

Óleos e Graxas <0,000005

Carbono Orgânico Total - COT 0,000017

Nitrogênio Amoniacal Total 0,000097

Gás Natural (energia elétrica) 1,03 x 10^11 KJ

Compostos Inorgânicos - média (kg/l)

Compostos Orgânicos - média (kg/l)

Parâmetros Complementares - (Kg/l)

Dados de entrada de consumo de insumos para o processo

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Fatores de emissão para os equipamentos do sistema de tratamento de óleo do PPP.

Sistema de Tratamento de Óleo unidade Fatores de Emissão (Kg/bbl)

Equipamentos do Processamento Primário Offshore (quilo por barril de petróleo produzido) CO NOX MP10 MP2.5 SO2 VOC THC CH4 N2O CO2

Caldeiras/ Aquecedores/ Queimadores Kg/bbl 5,49×10-5 2,09×10-5 1,36 4,08 3,18 0,45 1,36 4,08 0,08

Conectores (fugitivos) Kg/bbl 0,91 0,01

Flanges (fugitivos) Kg/bbl 6,86×10-4 4,08

Outros Equipamentos (fugitivos) Kg/bbl 0,11 0.14000000

Bombas (fugitivos) Kg/bbl 3,18 0,05

Válvulas (fugitivos) Kg/bbl 1,36 0,02

Motor Gás Natural Kg/bbl 0,3 0,19 0,45 0,45 5,03×10-5 2,27 2,72 1,81 9

Bombas Pneumáticas Kg/bbl 4,13×10-4 0,91 0,45 3,63

Controlador de Nível/Pressão Kg/bbl 1,81 5,27×10-4 0,45 1,81

Armazenamento de Óleo Kg/bbl 1,59×10-4

Ventilação Kg/bbl 2,27

0,01 0,09 0,91

Fatores de emissão para os equipamentos do sistema de tratamento de gás do PPP.

Sistema de Tratamento de Gás Unidade

Equipamentos do Processamento Primário Offshore (quilo por milhão de pés cúbicos padrão) CO NOX PM10 PM2.5 SO2 VOC THC CH4 N2O CO2

amenização (amina) Kg/MMscf 0,91

Caldeiras/ Aquecedores/ Queimadores Kg/MMscf 1,81 1,81 4,27×10-4 4,27×10-4 0,91 0,91 2,27 5,17×10-4 1,36 26,94

Labaredas Kg/MMscf 2,72 3,63 0,45 2,27 2,09×10-5 4,08 0,45 8,16×10-6 0,45

Cent seco (fugitivos) Kg/MMscf 0,05 0,45

Conectores (fugitivos) Kg/MMscf 3,63 7

Cent Pack (fugitivos) Kg/MMscf 0,41 1,81

Cent umido (fugitivos) Kg/MMscf 4,08 0,27

Flanges (fugitivos) Kg/MMscf 1,36 0,18

Linhas abertas (fugitivos) Kg/MMscf 0,45 0,32

Outros Equipamentos (fugitivos) Kg/MMscf 2,27 8,62

Bombas (fugitivos) Kg/MMscf 0,59 3,36

Válvulas (fugitivos) Kg/MMscf 0,37 0,06

Desidratador de glicol (TEG) Kg/MMscf 1,81

Motor a gás natural Kg/MMscf 5,17 3,33 1,36 1,36 8,62×10-4 4,08 0,05 0,34 162,66

Turbina à Gás natural Kg/MMscf 7 0,26 1,36 1,36 2,72 1,36 0,45 2,27 88,31

Bombas pneumáticas Kg/MMscf 4,42×10-3 0,11 0,1 4,08

Controlador de Nível/pressão Kg/MMscf 1,05×10-3 2,27 0,02 0,91

Armazenamento de Condensate Kg/MMscf 0,45

Armazenamento de Óleo Kg/MMscf 3,18

Ventilação Kg/MMscf 0,08 1771,73 46,27

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ANEXO D – Inventário da geração de produtos da combustão

Inventário extraído do livro Motores de Combustão Interna de Martins (2011).

% total

CO Kg/Km 2 0,196078

HC Kg/Km 4 0,392157

Nox Kg/Km 3 0,294118

CO2 Kg/Km 0,2 0,019608

CHO Kg/Km 1 0,098039

Emissão atmosféricas

Gasolina C - 78% gasolina + 22% álcool anidro (v/v).