ANÁLISE DA INSERÇÃO DE ENGENHEIROS CIVIS RECÉM-...
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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO DE OBRAS
BRUNO MOREIRA FENILI
ANÁLISE DA INSERÇÃO DE ENGENHEIROS CIVIS RECÉM-
FORMADOS NO MERCADO DE TRABALHO
MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
CURITIBA
2019
BRUNO MOREIRA FENILI
ANÁLISE DA INSERÇÃO DE ENGENHEIROS CIVIS RECÉM-
FORMADOS NO MERCADO DE TRABALHO
Monografia de Especialização apresentada ao Departamento Acadêmico de Construção Civil, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - Campus Curitiba como requisito para a obtenção do título de Especialista em Gerenciamento de Obras.
Orientador: Prof. Dr. Cezar Augusto Romano
CURITIBA
2019
BRUNO MOREIRA FENILI
ANÁLISE DA INSERÇÃO DE ENGENHEIROS CIVIS RECÉM-
FORMADOS NO MERCADO DE TRABALHO
Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Especialista no Curso
de Pós-Graduação em Gerenciamento de Obras, Universidade Tecnológica Federal do Paraná
– UTFPR, pela comissão formada pelos professores:
Banca:
_____________________________________________
Prof. Dr. Cezar Augusto Romano (orientador)
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.
_____________________________________________
Prof. Dr. Adalberto Matoski
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.
_____________________________________________
Prof. M. Eng. Massayuki Mário Hara
Departamento Acadêmico de Construção Civil, UTFPR – Câmpus Curitiba.
Curitiba
2019
“O termo de aprovação assinado encontra-se na Coordenação
do Curso”
RESUMO
No Brasil, a indústria da construção civil é considerada uma das mais importantes atividades econômicas, porém, o surgimento da crise econômica fez o ritmo de crescimento do setor apresentar forte desaceleração nos últimos anos tornando o mercado cada vez mais competitivo. Neste sentido, o objetivo geral desta pesquisa é identificar a atual situação do mercado de trabalho para engenheiros civis formados nos últimos cinco anos no Estado do Paraná. A obtenção dos dados se deu através do desenvolvimento de um questionário, o qual foi enviado para profissionais que se enquadrassem neste perfil. Com base nas respostas obtidas pôde-se constatar que grande parte dos entrevistados sofreram com os impactos da recessão econômica na tentativa de ingressar e/ou se manter no atuando na área, além disso, consideram a falta de experiência um dos principais obstáculos para ingressar no mercado de trabalho. Todavia, apesar de cerca de 44% do público pesquisado se mostrarem insatisfeitos com a atual situação econômica do País, os mesmos apresentam otimismo com o cenário para os próximos anos. Palavras-chave: Engenheiros civis recém-formados. Mercado de Trabalho. Crise econômica.
ABSTRACT
In Brazil, the construction industry is one of the most important economic enterprises, however, the growth of the economic crisis has made the pace of growth in recent years making the market increasingly competitive. In this sense, the objective is to define the current labor market situation for the civil engineers trained in the last five years in the State of Paraná. The classification of the data was made based on the development of a questionnaire, which was sent to the professionals who were in it. Based on the answers obtained, this large part of the interviewees suffered from the impact of the relapse in the attempt to join and / or to remain active in the area, in addition, there is a lack of a job market. However, despite everything being dissatisfied with the current economic situation of the country, they believe that the scenario of the next may be better. Keywords: Newly formed civil engineers. Job market. Economic crisis.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Taxa de variação do PIB em relação ao ano anterior. .............................. 11
Figura 2 – Total de admissão x demissão no setor da construção civil no Paraná. .. 12
Figura 3 – Admissão x demissão de engenheiros civis no Paraná. .......................... 13
Figura 4 – Número de instituições públicas e privadas que oferecem o curso de
engenharia civil. ........................................................................................................ 14
Figura 5 – Percentual de engenheiros civis contratados no Paraná no período de
set/18 a abr/19 por sexo. ........................................................................................... 15
Figura 6 – Salário por faixa etária ou idade. .............................................................. 16
Figura 7- Faixa etária dos entrevistados. .................................................................. 21
Figura 8 - Sexo dos entrevistados. ............................................................................ 21
Figura 9 - Formação acadêmica (pública x privada). ................................................ 22
Figura 10 - Tempo de estágio durante a graduação. ................................................ 23
Figura 11 - Porcentual de engenheiros trabalhando na área atualmente. ................. 23
Figura 12 - Porcentual de engenheiros que estão fora do mercado de trabalho,
porém já atuaram na área. ........................................................................................ 24
Figura 13 - Vínculo empregatício. ............................................................................. 25
Figura 14 – Formas de registro na carteira de trabalho. ........................................... 25
Figura 15 – Renda mensal. ....................................................................................... 26
Figura 16 – Principais dificuldades dos entrevistados para ingressar no mercado de
trabalho. .................................................................................................................... 27
Figura 17 – Principais fatores que auxiliaram os entrevistados a ingressar no
mercado de trabalho. ................................................................................................ 28
Figura 18 – Nível de satisfação com a atual situação do mercado de trabalho......... 29
Figura 19 – Expectativas do mercado de trabalho para os próximos cinco anos. ..... 29
Figura 20 – Expectativas da economia para os próximos cinco anos. ...................... 30
Figura 21 – Nível da satisfação em relação a formação acadêmica. ........................ 30
Figura 22 – Nível da satisfação em relação ao preparo para o mercado de trabalho.
.................................................................................................................................. 31
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Escala tipo Likert com cinco seções. ...................................................... 19
LISTA DE SIGLAS
CBIC Câmara Brasileira da Indústria da Construção CREA-PR Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná CLT Consolidação das Leis do Trabalho IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira PAC Programa de Aceleração do Crescimento PIB Produto Interno Bruto PJ PMCMV
Pessoa Jurídica Programa Minha Casa Minha Vida
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 8
1.1. OBJETIVOS ...................................................................................................... 9 1.1.1. Objetivo Geral ................................................................................................... 9 1.1.2. Objetivos Específicos........................................................................................ 9 1.2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 9 1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................ 10
2. REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................... 11
2.1. MERCADO DE TRABALHO ............................................................................ 11 2.2. MERCADO DE TRABALHO PARA ENGENHEIROS CIVIS ............................ 12 2.3. RETOMADA DA ECONOMIA ......................................................................... 13
2.4. RELAÇÃO DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS NO BRASIL E NO
ESTADO DO PARANÁ .............................................................................................. 14
2.5. A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL............... 14 2.6. REMUNERAÇÃO MÉDIA DE ENGENHEIROS CIVIS .................................... 15
2.7. FORMAÇÃO ACADÊMICA ............................................................................. 16
3. METODOLOGIA ............................................................................................. 17
3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA .................................................................. 17 3.2. ESTRATÉGIA DE PESQUISA ........................................................................ 18
3.3. DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS ............. 18 3.4. DEFINIÇÃO DA AMOSTRA E DO PÚBLICO ALVO ........................................ 19 3.5. COLETA DOS DADOS ................................................................................... 19
4. APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÕES ....................................... 21
4.1. ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................... 21 4.1.1. Perfil do entrevistado ...................................................................................... 21 4.1.2. Formação acadêmica ..................................................................................... 21
4.1.3. Mercado de trabalho ....................................................................................... 23 4.1.4. Dificuldades para ingressar no mercado de trabalho ...................................... 26
4.1.5. Nível de satisfação dos entrevistados para o presente cenário e expectativas para os próximos anos .............................................................................................. 28
4.1.6. Qualidade da formação acadêmica ................................................................ 30
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 32
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 33
8
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, a indústria da construção civil é considerada uma das mais
importantes atividades econômicas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2010 a taxa de variação do Produto
Interno Bruto (PIB) no setor da construção civil atingiu 13,1%, sendo o maior
valor registrado desde a década de 70.
Em 2009, foi lançado o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV),
que tinha como objetivo reduzir os impactos da crise econômica internacional,
alavancar o setor da construção civil, por se tratar de uma politica de geração de
emprego, renda e crescimento econômico, além de combater o grave déficit
habitacional existente no Brasil (HIRATA, 2009).
Outro importante acontecimento que estimulou o crescimento do setor
na época foi a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de Futebol em
2014, que através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) demandou
investimentos de aproximadamente 28,1 bilhões de reais para diversas obras em
várias partes do País, conforme dados divulgados pelo Ministério do Esporte e o
Governo Federal.
Diante deste cenário, estudantes recém-formados no ensino médio e
também de profissionais já formados em outras áreas, atraídos por um mercado
promissor e pelo déficit de profissionais na área, ingressaram no curso de
engenharia civil.
Então, neste mesmo período o Brasil recebeu investimentos na área da
educação e foram ofertadas um maior número de vagas através da criação e
expansão de universidades públicas e privadas.
No entanto, já em meados de 2014 o mercado dava os primeiros sinais
de que um período de recessão estava prestes a iniciar. A crise econômica foi
motivada por uma sequência de choques de oferta e demanda, sendo estes
causados por erros de políticas públicas que reduziram a capacidade de
crescimento da economia brasileira e geraram um custo fiscal elevado.
(BARBOSA FILHO, 2017).
Frente a esta nova realidade, o Brasil viu seu ritmo de crescimento
desacelerar nos últimos anos, tornando o mercado cada vez mais competitivo. A
construção civil foi uma das áreas mais afetadas pela crise e como
9
consequência muitos profissionais formados em engenharia civil se viram
obrigados a migrar para outras áreas, por não haver demanda para absorver
estes novos profissionais. Assim, os mesmos tiveram de renunciar o anseio por
altos salários prometidos pela busca de estabilidade econômica em outros
setores.
1.1. OBJETIVOS
1.1.1. Objetivo Geral
Analisar a atual situação do mercado de trabalho para engenheiros
civis formados nos últimos cinco anos do Estado do Paraná.
1.1.2. Objetivos Específicos
a) Apontar as principais dificuldades encontradas na busca por empregos no
setor;
b) Avaliar o nível de satisfação dos entrevistados em relação a atual situação do
mercado e da economia brasileira;
c) Avaliar quais as expectativas do mercado de trabalho pela visão dos
engenheiros civis para os próximos cinco anos;
d) Identificar a percepção do engenheiro civil com relação ao seu preparo para o
mercado de trabalho.
1.2. JUSTIFICATIVA
Segundo dados do IBGE, apresentados pela Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (CBIC), o PIB brasileiro apresentou no ano de 2018 um
aumento de 1,1% em relação ao ano anterior, valor ainda baixo para um País
que há menos de 10 anos apresentou um crescimento de 7,5%.
O setor da construção civil também sofreu recessões neste período, e
nos últimos 5 anos, o PIB apresentou valores negativos. Em 2016 este valor
chegou a -10%, subindo para -7,5% em 2017 e -2,5% em 2018, ou seja, o setor
10
apresentou uma pequena melhora no período, em comparação com anteriores
(IBGE, 2018).
Diante dos dados apresentados é possível identificar que existe uma
tendência de melhora no setor da construção civil para o ano de 2019, visto que
nos últimos anos o País atravessou crises políticas que afetaram diretamente
todos os setores produtivos.
Sendo assim, a presente pesquisa busca descobrir se profissionais
formados nos últimos cinco anos encontram-se atuando no setor da construção
civil e como se dá esta atuação. Tal análise tem como objetivo fornecer
informações para o público que pretende ingressar neste mercado nos próximos
anos e também confirmar as expectativas de melhoria do setor pelos
profissionais já formados.
1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO
Esta pesquisa está estruturada no seguinte formato:
O primeiro capítulo contém a introdução ao tema proposto, bem como a
justificativa e a apresentação dos objetivos (geral e específicos) norteadores
deste estudo.
Já o segundo capítulo aborda o referencial teórico acerca do tema
tratado, com os principais conceitos a serem explorados na pesquisa e utilizados
no questionário.
No capítulo três é apresentada a metodologia utilizada no
desenvolvimento do trabalho, bem como a estratégia e a classificação da
pesquisa. Ainda neste capítulo, é abordada a construção e validação do
questionário e a definição da amostra e do público alvo. Por fim, há uma breve
explicação sobre como ocorreu a coleta de dados.
O quarto e principal capítulo desta pesquisa apresenta os resultados e
discussões, sendo estes construídos com base nas questões abordadas no
questionário a respeito da atual situação dos engenheiros civis, formados
recentemente, frente ao mercado de trabalho.
No quinto e último capítulo são abordadas as principais conclusões
obtidas através da pesquisa, bem como as limitações encontradas para a
realização da mesma e algumas sugestões para trabalhos futuros.
11
2. REVISÃO DA LITERATURA
Nesse capítulo é apresentada a revisão de literatura, esta explora os temas
relacionados a problemática da pesquisa para darem embasamento ao trabalho.
2.1. MERCADO DE TRABALHO
Segundo Souza et al (2015), as oscilações do Produto Interno Bruto
impactam significativamente o setor da construção. Investimentos em infraestrutura
sinalizam uma demanda de mercado a ser atendida e por consequência a Indústria
da Construção Civil (ICC) tende a crescer. Além disso, a ICC contribui ativamente
para o aumento do PIB, sendo este o índice que mede o crescimento do país.
Esta correlação pode ser observada ao se comparar a evolução do PIB
nacional com PIB da construção civil.
Figura 1 - Taxa de variação do PIB em relação ao ano anterior. FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2015)
Ainda, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados-CAGED (2019), o estado do Paraná apresentou ao todo desde
agosto de 2016 um saldo maior de demissão do que admissão no setor da
construção civil, totalizando a extinção de 14.011 vagas. Resultado que confirma a
dificuldade de trabalhadores do setor em ingressarem ou se manterem ativos no
12
mercado. A figura 2 apresenta os valores no período de agosto de 2016 até março
de 2019.
Figura 2 – Total de admissão x demissão no setor da construção civil no Paraná. FONTE: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED (2019)
2.2. MERCADO DE TRABALHO PARA ENGENHEIROS CIVIS
Há pouco menos de uma década, a indústria da construção civil (ICC)
crescia em um ritmo acelerado, acompanhando o desenvolvimento do País. Em
razão deste fato, Maciente e Araújo (2011), previam que caso o crescimento se
mantivesse, em 2020 haveria uma grande demanda de profissionais atuantes nas
áreas de engenharia, principalmente nos setores de extração mineral, construção e
infraestrutura.
Entretanto, a partir do segundo semestre de 2014 o país começou a dar
indícios de que a economia passaria por um período de recessão. Segundo Barbosa
Filho (2017), esta crise foi motivada por uma série de conflitos de oferta e demanda
causada, sobretudo por políticas públicas equivocadas que reduziram a capacidade
de crescimento e geraram um custo fiscal elevado.
Ainda, de acordo com dados do CAGED, na figura 3 é possível observar
que, número de demissões referentes ao cargo de engenheiro civil no estado do
Paraná no período de outubro de 2018 à abril de 2019 foi predominantemente maior
que o número de admissões. Neste período houveram 231 contratações com
carteira assinada e 312 demissões, resultando num saldo negativo de 81 empregos
formais gerados.
-6.000
-4.000
-2.000
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
Admissão Demissão Saldo
13
Figura 3 – Admissão x demissão de engenheiros civis no Paraná. FONTE: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED (2019)
2.3. RETOMADA DA ECONOMIA
A lei nº 13.467 de 13 de julho de 2017, denominada Reforma Trabalhista,
proposta pelo governo Temer com o objetivo de combater o desemprego e a crise
econômica no país, levantando a necessidade de modernização e consolidação das
Leis de Trabalho. Tal proposta passou a valer a partir de 11 de novembro de 2017,
120 dias após a publicação no diário oficial (TEODORO; PRETTI; ESTENDER,
2017).
Ainda de acordo com os autores, a reforma trouxe como uma das principais
mudanças a regulamentação da modalidade de emprego intermitente, que se trata
de uma relação entre empregado e empregador onde se permite que a prestação de
serviços seja contratada de forma descontinua ou ininterrupta, desde que, as
condições estejam previstas em negociação coletiva nacional ou territorial, e por
períodos predeterminados durante a semana, mês ou ano. (art. 443, § 3º, da CLT,
incluído pela Lei 13.467/2017).
Neste sentido, de acordo com Barbosa Filho (2017), as chamadas propostas
de emenda à constituição, mais conhecidas como PEC, surgem como alternativas
para tentar solucionar a crise econômica e por consequência retomar o crescimento
econômico. Sendo assim, a inserção de políticas que tenham como objetivo garantir
o equilíbrio fiscal juntamente com o controle da inflação surge como uma opção para
a recuperação econômica do país.
0
10
20
30
40
50
09/2018 10/2018 11/2018 12/2018 01/2019 02/2019 03/2019 04/2019
Admissões Demissões
14
2.4. RELAÇÃO DE UNIVERSIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS NO BRASIL E
NO ESTADO DO PARANÁ
Nos últimos anos houve uma grande expansão no número de instituições e
campus de ensino no Brasil, principalmente de instituições privadas. Dados
divulgados pelo Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira e pela Diretoria de Estatísticas Educacionais (2017),
demonstram a superioridade do número de instituições privadas com relação as
instituições públicas que oferecem o curso de engenharia civil no Brasil e no Estado
do Paraná.
Figura 4 – Número de instituições públicas e privadas que oferecem o curso de
engenharia civil. FONTE: Ministério da Educação – MEC; Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira – INEP; Diretoria de Estatísticas Educacionais – DEED (2017)
2.5. A IMPORTÂNCIA DO ESTÁGIO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Com um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a pressão sobre
os estudantes para conseguirem uma colocação no mercado passa a ser maior.
Neste sentido, o estágio surge como uma importante conexão entre o mundo
acadêmico e o profissional. Além de possuir inúmeros benefícios a todas as partes
envolvidas, estudante, universidade e concedente, o estágio, seja ele remunerado
ou não, possibilita aos estagiários adquirirem experiências práticas e teóricas
relacionadas a sua profissão, servindo como meio direto de aperfeiçoar o
conhecimento do aluno (SANTOS; OLIVEIRA; COSTA, 2017).
109
8
649
49
-
100
200
300
400
500
600
700
Brasil Paraná
Pública
Privada
15
Da mesma forma, na área de engenharia muitos profissionais recém-
formados dizem ter tido uma maior facilidade para ingressar no mercado de trabalho
por terem realizado estágios extracurriculares, cursos e projetos de extensão no
decorrer do curso. Seguramente, a oportunidade de observar e conviver com
engenheiros que já estão no mercado há mais tempo aprimora a formação do
acadêmico, e proporciona ao mesmo maior segurança e autonomia na vida
profissional. (BISPO; ABREU; SANTOS, 2017).
2.6. REMUNERAÇÃO MÉDIA DE ENGENHEIROS CIVIS
O atual mercado de trabalho para engenharia civil é predominantemente
ocupado pelo público masculino. Segundo dados do CAGED, entre o período de
setembro de 2018 a abril de 2019, dos 252 novos profissionais contratados para o
cargo de engenheiro civil no estado do Paraná, apenas 110 vagas foram ocupadas
por mulheres, valor que representa aproximadamente 21% do total. Vale ressaltar
que a média salarial feminina para o mesmo período foi de R$ 6.870,97 para uma
jornada de trabalho de 39 horas, enquanto que o a média salarial masculina foi de
R$ 7.442,58, ou seja, os homens receberam salários 8% mais altos.
Figura 5 – Percentual de engenheiros civis contratados no Paraná no período de
set/18 a abr/19 por sexo. FONTE: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED (2019)
Além da carga horária, o piso salarial de um engenheiro civil varia de
acordo com a sua experiência. Sendo assim, o salário pago à engenheiros civis
também está relacionado à faixa etária do trabalhador, conforme pode ser
observado na figura 6.
79,32%
20,68%
Homens
Mulheres
16
Figura 6 – Salário por faixa etária ou idade. FONTE: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED (2019)
Em contrapartida, de acordo com Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia do Paraná (CREA-PR) o salário inicial de um engenheiro civil, previsto
em lei, deve ser igual ou superior a seis salários mínimos nacionais, tratando-se de
um profissional que trabalha seis horas diárias e deve possuir uma adicional de 25%
a cada hora excedente. Neste caso, para uma jornada de oito horas o salário deste
profissional deve ser de 8,5 vezes o salário mínimo, aproximadamente R$ 8.500,00.
2.7. FORMAÇÃO ACADÊMICA
A engenharia civil possui um campo de atividade muito amplo, neste sentido
profissionais desta área podem atuar em estudos, projetos, fiscalizações e
supervisões. Além disso, possuem habilitação para trabalhar em diversos tipos de
obras, como por exemplo, engenharia civil em geral, edificação, construção de
aeroportos, ferrovias e rodovias, construção de túneis, viadutos e pontes, mecânica
dos solos, obras hidráulicas e sanitárias (BAZZO E PEREIRA, 2006).
Também, segundo Maciente et al (2015), muitos profissionais recém-
formados atuam em diversas ocupações com remuneração elevada, no entanto não
relacionadas diretamente a engenharia. Além disso, o autor acredita que exista uma
relação entre a qualidade do curso de engenharia cursado e as perspectivas
salariais do engenheiro recém-formado, ou seja, é possível que qualidade da
formação recebida beneficie a carreira dos profissionais formados em cursos com
melhores conceitos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
0,00
2.000,00
4.000,00
6.000,00
8.000,00
10.000,00
12.000,00
17
Segundo Bispo, Abreu e Santos (2017), o engenheiro civil recém-formado
além de ter competências técnicas, deve ser um profissional que agrega valor
econômico à organização e valor social ao indivíduo. Além disso, devido a atual
situação econômica do país, este profissional terá de se adaptar as mudanças e
muitas vezes acumular funções, seja para disputar uma vaga no mercado de
trabalho ou até mesmo para mantê-la. Para competir no mercado de trabalho atual,
o recém-formado precisa estar em constante atualização por meio de cursos e
especializações, e com desenvolvimento de competências comportamentais
acompanhar as tendências e exigências do mercado, visto que a qualificação não se
encerra com a conclusão do curso de graduação. Por fim, o engenheiro recém
formado irá se deparar com um mercado de trabalho muito competitivo, pois existem
profissionais com larga experiência na área que também buscam sua recolocação.
Contudo, pode se dizer que a formação do engenheiro civil brasileiro precisa
ser ampla e inovadora. Pois, o mesmo precisa conhecer novas tecnologias, estar
atualizado sobre as atividades do mercado e sobre as necessidades da sociedade
como um todo, além de reconhecer as demandas de atividades sustentáveis para
produção, valores sociais e econômicos mediante a práticas ambientais (ROHAN ET
AL, 2016).
3. METODOLOGIA
Nesse capítulo são apresentados os procedimentos metodológicos seguidos
para a realização da pesquisa, que tem como objetivo responder a seguinte
pergunta: Qual o atual cenário do mercado de trabalho para engenheiros civis
formados nos últimos cinco anos?
3.1. CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA
De acordo com Gil (2002), a presente pesquisa pode ser classificada de
acordo com a sua natureza como aplicada e de acordo com os objetivos como uma
pesquisa exploratória, visto que esta classificação almeja a descoberta de intuições
ou o aprimoramento de ideias. Além disso, este tipo de pesquisa compreende
levantamentos bibliográficos, entrevistas com pessoas que tiveram experiências
18
práticas com o tema pesquisado e a análise de exemplos que incitem a
compreensão.
3.2. ESTRATÉGIA DE PESQUISA
Para atingir os objetivos propostos pela pesquisa foram desempenhadas as
seguintes etapas metodológicas: definição da problemática de pesquisa,
desenvolvimento do referencial teórico acerca do tema escolhido, planejamento do
Survey, validação do questionário, coleta de dados e por fim a realização das
análises e considerações finais.
Segundo Bakis et al. (2006), na pesquisa Survey não há a necessidade de
examinar as particularidades de cada indivíduo, e ainda assim conseguir extrair as
informações necessárias para atingir o resultado desejado. Então, através da
elaboração do questionário torna-se possível identificar de maneira fácil e rápida a
atual situação do mercado de trabalho para engenheiros civis recém-formados no
Estado do Paraná.
3.3. DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA DE COLETA DE DADOS
O questionário desenvolvido para a coleta de informações é considerado o
principal elemento da pesquisa, pois, é esta ferramenta que contém as questões que
conduzem à obtenção dos dados.
O intuito é investigar de que forma estes profissionais de engenharia civil
formados nos últimos cinco anos estão inseridos no mercado de trabalho, para que o
levantamento destas informações possa então contribuir com o diagnóstico
relacionado a atual situação econômica do País e as perspectivas para os próximos
anos.
Sendo assim, o questionário aborda questões com os seguintes conteúdos:
perfil do entrevistado, formação acadêmica, tempo de estágio, vínculo empregatício,
renda, experiências com mercado de trabalho, fatores que dificultaram ou facilitaram
o ingresso no mercado de trabalho e perspectivas de mercado para os próximos
anos.
As questões em sua maioria são de múltipla escolha, sendo que além, das
alternativas dadas, existe também um campo para que o entrevistado possa
19
acrescentar uma alternativa de resposta caso convenha. Em algumas questões
foram utilizadas escalas do tipo Likert, sendo divididas em cinco seções (Quadro 1),
pois segundo estudos é considerada a mais fácil e rápida na aplicação quando
comparada a uma escala de sete seções (DALMORO E VIEIRA, 2013).
Quadro 1 – Escala tipo Likert com cinco seções. FONTE: Autoria Própria (2019)
Após concluída a elaboração do questionário, realizaram-se testes com o
objetivo de verificar e validar a aplicabilidade da ferramenta. Só então os
questionários puderam seguir para a etapa de envio.
O questionário completo pode ser visto no apêndice ao final deste trabalho.
3.4. DEFINIÇÃO DA AMOSTRA E DO PÚBLICO ALVO
A escolha do público alvo foi delimitada por engenheiros civis formados em
universidades públicas e privadas do Estado do Paraná há no máximo cinco anos,
ou seja, que tenham concluído seus respectivos cursos até o ano de 2014.
Ao todo foram enviados 374 questionários, sendo que neste primeiro
momento não foi possível selecionar para envio apenas engenheiros formados no
Estado e após 2013. Desta forma, dos 111 questionários respondidos, 33
precisaram ser descartados devido o ano de formação do entrevistado ou pelos
respondentes não terem se formado no Paraná, restando, portanto uma amostra
válida de 78 respostas.
3.5. COLETA DOS DADOS
Conforme mencionado anteriormente, a coleta de dados foi realizada por
meio de um questionário, e estas foram enviadas por meio eletrônico para o público
escolhido no período de abril a junho de 2019.
A ferramenta utilizada para a elaboração dos questionários foi o Google
Forms, que é uma plataforma que permite a criação de um formulário dinâmico e de
fácil visualização, além de possibilitar que as respostas sejam automaticamente
compiladas, o que facilita a visualização e apresentação das mesmas.
Insatisfeito 1 2 3 4 5 Muito satisfeito
20
Outra facilidade que a ferramenta dispõe é que as respostas obtidas são
salvas diretamente na “nuvem” o que protege a base de dados de eventuais
problemas que possam ocorrer.
21
4. APRESENTAÇÃO DOS DADOS E DISCUSSÕES
O capítulo 4 apresenta os resultados e discussões das respostas dos
questionários. As análises destas respostas foram construídas através da correlação
dos resultados obtidos com a revisão bibliográfica presente no capítulo 2.
Vale ressaltar que para a realização das análises utilizou-se somente as 42
respostas que respeitavam os pré-requisitos de tempo de formação e localidade.
4.1. ANÁLISE DOS DADOS
4.1.1. Perfil do Entrevistado
O questionário inicia com duas questões que tem como objetivo
identificar o perfil do entrevistado. Foram formuladas duas perguntas para esta
finalidade: idade e o sexo do respondente. Com relação à idade, a maioria
(74%) dos entrevistados encontra-se na faixa etária de 25 a 30 anos. Quanto ao
sexo, diferente do esperado, devido a superioridade do número de homens neste
nicho de mercado, a presente pesquisa registrou o maior número de respostas
obtidas (64%) de pessoas do sexo feminino.
Figura 7- Faixa etária dos entrevistados. FONTE: Autoria Própria (2019)
Figura 8 - Sexo dos entrevistados. FONTE: Autoria Própria (2019)
4.1.2. Formação Acadêmica
A segunda e terceira seção de perguntas do questionário destina-se a
conhecer sobre a formação do entrevistado, seja por investigar se o mesmo concluiu
11%
74%
12%
3%Menos de 25anos.
Entre 25 e 30anos.
Entre 30 e 35anos.
Mais de 35anos.
36%
64%
Masculino
Feminino
22
o curso em uma instituição pública ou privada e se o mesmo pôde estagiar e por
quanto tempo na área.
Sendo assim, no que diz respeito a formação acadêmica, quantidade de
respondentes formados em universidades públicas e privadas foi distribuído quase
que de maneira igualitária, conforme apresentado na figura nove.
Porém, vale ressaltar no Estado do Paraná, bem como no Brasil, o número
de universidades e consequentemente o número de vagas em instituições privadas
é bastante superior ao número de vagas em instituições públicas. De acordo com
dados do Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira e pela Diretoria de Estatísticas Educacionais (2017), o
número de instituições privadas que oferecem o curso de graduação em engenharia
civil corresponde a 86% contra 14% de instituições públicas.
Figura 9 - Formação acadêmica (pública x privada). FONTE: Autoria Própria (2019)
O estágio é considerado uma etapa muito importante na formação de um
profissional, pois é nesta fase que o aluno tem a oportunidade de adquirir
experiência com profissionais que já atuam há tempo no mercado. Além disso,
durante o estágio o aluno pode ter contato com experiências reais que acontecem
no dia a dia da sua profissão.
Por conseguinte, a pergunta relacionada ao tempo de estágio teve como
objetivo investigar se é possível estabelecer uma relação entre o tempo de estágio e
o ingresso no mercado de trabalho. Frente a isso, durante a análise de dados foi
possível observar que 26% dos entrevistados realizaram apenas o estágio exigido
pela universidade, sendo que destes, 60% não trabalham ou não tem como principal
55%
45%Universidadepública.
Universidadeprivada.
23
fonte de renda atividades relacionadas a engenharia civil atualmente. E em contra
partida, 37% dos entrevistados estagiaram por mais de 24 meses durante a
graduação e destes, 82% estão trabalhando na área hoje.
Figura 10 - Tempo de estágio durante a graduação. FONTE: Autoria Própria (2019)
4.1.3. Mercado de Trabalho
Tendo em vista que o objetivo da presente pesquisa é compreender a atual
situação dos engenheiros civis formados nos últimos cinco anos no Estado do
Paraná a próxima questão levantada teve como propósito identificar se os
entrevistados encontram-se trabalhando na área e se esta é a sua principal fonte de
renda.
De acordo com as respostas obtidas 26% dos engenheiros formados nos
últimos cinco anos não se encontram trabalhando no momento, e ainda 14% que
atuam na área não têm nesta atividade sua principal fonte de renda.
Figura 11 - Porcentual de engenheiros trabalhando na área atualmente. FONTE: Autoria Própria (2019)
10%
8%
19%
37%
26%
Sim, menos de 6 mesesde estágio.
Sim, entre 6 e 12 mesesde estágio.
Sim, entre 12 e 24meses e estágio.
Sim, mais de 24 mesesde estágio.
Não, apenas estágioobrigatório.
60%26%
14%Sim.
Não.
24
Além do mais, outro dado relevante é que dos 26% dos entrevistados que
estão fora do mercado de trabalho, 56% não chegaram se quer a atuar na área.
Figura 12 - Porcentual de engenheiros que estão fora do mercado de trabalho, porém já
atuaram na área. FONTE: Autoria Própria (2019)
Além do elevado número de profissionais que se encontram fora do mercado
de trabalho, outra importante constatação da pesquisa é a forma como estes
profissionais estão inseridos no mercado, sendo que apenas 27% dos entrevistados
estão empregados no regime de carteira assinada (CLT).
Ainda, 24% dos entrevistados atuam como freelancer, sendo que esta forma
de atuação cresceu após a crise de 2014 e bem como o aumento do índice de
desemprego. O resumo das respostas com relação ao tipo de vínculo pode ser
visualizado na figura 13.
Uma possível justificativa para a distribuição das formas de contrato de
trabalho obtidas como resultados na presente pesquisa é a reforma trabalhista
sancionada em novembro de 2017. Com isso, pode se dizer que houve de certa
forma houve uma flexibilização no regime de trabalho, como a regulamentação do
regime de trabalho intermitente, por exemplo.
44%
56%
Sim.
Não.
25
Figura 13 - Vínculo empregatício. FONTE: Autoria Própria (2019)
Por meio das respostas obtidas, também foi possível constatar que grande
parte dos engenheiros que trabalham com o regime de carteira assinada, são
registrados com outra função, sendo esta na maioria das vezes incompatível a sua
formação.
Esta prática, apesar de ilegal, costuma ser comum não somente setor da
construção civil, mas também nos demais e é utilizada pelo empregador como uma
maneira de pagar um salário menor que o piso salarial da categoria.
Figura 14 – Formas de registro na carteira de trabalho. FONTE: Autoria Própria (2019)
O piso salarial de um engenheiro civil varia de acordo com a carga horária
que o mesmo cumpre e com sua experiência. De acordo com Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR), o salário inicial de um engenheiro
civil, determinado em lei, deve ser igual ou superior a seis salários mínimos
nacionais, isto se o profissional trabalhar apenas seis horas diárias e possuir uma
27%
40%
24%
9% Com carteiraassinada (CLT).
Pessoa jurídica (PJ).
Freelancer.
Cargo público
22%
14%
50%
7%7%
Auxiliar de engenharia
Analista de engenharia
Engenheiro civil
Projetista
Técnico em edificações
26
adicional de 25% a cada hora excedente, ou seja, para uma jornada de oito horas o
salário mínimo seria de 8,5 vezes o salário mínimo, algo próximo de R$ 8.500,00.
Figura 15 – Renda mensal. FONTE: Autoria Própria (2019)
4.1.4. Dificuldades para Ingressar no Mercado de Trabalho
A pesquisa também procurou identificar dentre o público que hoje encontra-
se fora do mercado de trabalho (26% do total de entrevistados), o que na opinião
dos mesmos, contribuiu para esta situação.
A questão solicitava ao entrevistado que marcasse três respostas. Dentre as
seguintes alternativas: Falta de experiência; Atual situação econômica do País; Falta
de domínio de língua estrangeira; Falta de especialização; Qualificação recebida
durante o curso diferente das exigidas pelo mercado; Falta de disponibilidade para
viagens e mudança; Condições de trabalho ruins; e Outros.
Dentre todas as opções de escolha dadas, a alternativa “Atual situação
econômica do País” foi escolhida por unanimidade pelos entrevistados, sendo
considerado o principal motivo pela situação em que os profissionais se encontram,
ou seja, por não estarem trabalhando na área no presente momento.
De fato, há alguns anos atrás acreditava-se que no ano de 2020 haveria um
vasto mercado de trabalho para profissionais das áreas de engenharia,
principalmente nos setores de extração mineral, construção e infraestrutura. Porém,
em meados de 2014 economia entrou em recessão e as previsões não se
concretizaram. Em 2019, o cenário da construção civil parece sinalizar um princípio
45%
34%
16%
5% até R$ 3.000,00
Entre R$ 3.000,00 a R$5.000,00
Entre R$ 5.000,00 a R$7.000,00
Entre R$ 7.000,00 aR$10.000,00
27
de retomada, porém o saldo de demissões de engenheiros civis ainda supera o de
admissões.
A segunda resposta mais assinalada foi a “Falta de experiência”, resultado
que demonstra a importância de aprender mais sobre a profissão além apenas do
conteúdo repassado em sala de aula.
A distribuição das respostas pode ser observada na figura 16.
Figura 16 – Principais dificuldades dos entrevistados para ingressar no mercado de trabalho. FONTE: Autoria Própria (2019)
Em contrapartida, os entrevistados que encontram-se trabalhando no
momento também avaliaram os principais fatores que auxiliaram os mesmos a
ingressar no mercado. E também puderam assinalar três alternativas cada.
As opções de respostas dadas foram: Experiência adquirida com estágios
ou trabalhos durante o curso; Domínio de línguas estrangeiras; Especialização após
a conclusão do curso; Formação em instituição de ensino conceituada; Qualificação
recebida durante o curso em acordo com as exigências do mercado; Disponibilidade
para viagens/mudanças; Empresa familiar e Boas referências para indicação.
Dentre as opções de escolhas consideradas como “vantajosas” pelos
entrevistados que estão empregados hoje, a opção “experiência adquirida com
estágios ou trabalhos durante o curso” foi a que mais recebeu marcações. Logo, é
possível relacionar este resultado com a questão anterior, em que as pessoas que
não estão trabalhando dizem ter esta mesma alternativa como a principal
dificuldade.
02468
101214
Falt
a d
e e
xpe
riê
nci
a.
Atu
al s
itu
ação
eco
nô
mic
a d
o P
aís.
Falt
a d
e d
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ínio
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geir
a.
Falt
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ializ
ação
.
Qu
alif
icaç
ão r
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bid
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nte
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Falt
a d
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on
ibili
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alh
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.
Me
stra
do
.
Qu
eria
seg
uir
carr
eir
a ac
adêm
ica.
28
A segunda alternativa que obteve mais marcações foi “boas referências para
indicação”. Neste sentido, o fato de conhecer outros profissionais da área e ter um
bom relacionamento com os mesmos apresenta-se como uma vantagem competitiva
para boa parte dos entrevistados.
As demais alternativas tiveram uma distribuição semelhante, conforme pode
ser observado na figura 17.
Figura 17 – Principais fatores que auxiliaram os entrevistados a ingressar no mercado de trabalho. FONTE: Autoria Própria (2019)
4.1.5. Nível de Satisfação dos Entrevistados para o Presente Cenário e
Expectativas para os Próximos Anos
As próximas perguntas discutidas foram destinadas a todos os
respondentes, e dizem respeito ao nível de satisfação dos mesmos com relação
mercado de trabalho (atual situação e expectativas para o do próximos cinco anos) e
ainda uma questão sobre a economia, ou seja o que os entrevistados esperam dos
próximos anos com relação a este tema.
Em uma escala de que varia de 1 a 5, onde 1 significa muito insatisfeito e 5
significa muito satisfeito, no momento da realização desta pesquisa, cerca de 44%
dos entrevistados se dizem muito insatisfeitos com a conjuntura atual do mercado de
trabalho.
05
101520253035404550
Exp
erie
nci
a ad
qu
irid
aco
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stág
ios
ou
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Do
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Esp
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Form
ação
em
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itu
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sin
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ada.
Qu
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ão r
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bid
ad
ura
nte
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mac
ord
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om
as…
Dis
po
nib
ilid
ade
par
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ud
ança
s.
Emp
resa
fam
iliar
.
Bo
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en
cias
par
ain
dic
ação
.
29
Figura 18 – Nível de satisfação com a atual situação do mercado de trabalho. FONTE: Autoria Própria (2019)
Apesar disso, dados do IBGE, apresentados pela Câmara Brasileira da
Indústria da Construção (CBIC), demonstram que o PIB brasileiro de 2018 teve
aumento de 1,1% em relação ao ano anterior, o que pode significar uma tendência
de melhora no setor da construção civil para o ano de 2019.
Além do mais, atualmente estão sendo propostas algumas alternativas,
como a reforma da previdência, por exemplo, que visam amenizar e/ou até mesmo
solucionar a crise econômica.
Com um formato semelhante, as próximas questões possuem escalas que
variam de 1 a 5, no entanto, 1 significa pessimista e 5 otimista. A primeira pergunta
refere-se ao mercado de trabalho, enquanto que a segunda aborda a economia.
Logo, o comportamento dos respondentes para ambas as questões foi
muito semelhante, sendo que a maioria das respostas demonstra otimismo. Tal fato
pode estar relacionado a ações governamentais que buscam a retomada da
economia e consequentemente a criação de novos empregos. As figuras 19 e 20
ilustram as expectativas dos entrevistados com relação ao mercado de trabalho e a
economia ambas para os próximos cinco anos, respectivamente.
Figura 19 – Expectativas do mercado de trabalho para os próximos cinco anos. FONTE: Autoria Própria (2019)
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Muito insatisfeito - 1
2
3
4
Muito satisfeito - 5
0 5 10 15 20 25 30 35
Pessimista - 1
2
3
4
Otimista - 5
30
Figura 20 – Expectativas da economia para os próximos cinco anos. FONTE: Autoria Própria (2019)
4.1.6. Qualidade da Formação Acadêmica
Por fim, as últimas perguntas do questionário dizem respeito ao nível de
satisfação dos entrevistados com relação a qualidade da formação acadêmica que
cada um teve e se estes se sentem preparados para o mercado. Estas perguntas,
assim como as anteriores, foram realizadas com a utilização da escala de satisfação.
No que diz respeito a formação acadêmica, a maioria dos entrevistados
assinalaram um nível de satisfação 4, ou seja, se dizem contentes com suas
respectivas formações.
Porém, a resposta da última questão contradiz a penúltima, pois apesar de
afirmarem terem recebido uma boa formação acadêmica, os respondentes ainda
assim dizem não estar satisfeitos com a sua preparação para o mercado de
trabalho.
As figuras 21 e 22 demonstram a distribuição das respostas de ambas as
perguntas.
Figura 21 – Nível da satisfação em relação a formação acadêmica. FONTE: Autoria Própria (2019)
0 5 10 15 20 25 30
Pessimista - 1
2
3
4
Otimista - 5
0 10 20 30 40 50
Insatisfeito - 1
2
3
4
Muito satisfeito - 5
31
Figura 22 – Nível da satisfação em relação ao preparo para o mercado de trabalho. FONTE: Autoria Própria (2019)
De maneira geral, por meio desta pesquisa pôde-se perceber a delicada
situação em que se encontram muitos profissionais recém-formados no curso de
engenharia civil. Sem dúvidas a situação econômica do país contribuiu para a
formação deste cenário, pois, não somente a construção civil foi atingida pela crise,
mas também os demais setores.
Sendo assim, é fundamental que estes profissionais mantenham-se
atualizados e permaneçam atentos ao mercado de trabalho, pois o mesmo é muito
dinâmico. Além disso, algumas estratégias de diferenciação podem contribuir com a
carreira deste profissional, como por exemplo: aprender um idioma,
conhecer/manusear novos softwares, se especializar em determinada área, etc., e
então, quando o crescimento econômico for retomado este profissional terá mais
chances de disputar uma vaga no mercado.
0 5 10 15 20 25 30 35
Insatisfeito - 1
2
3
4
Muito satisfeito - 5
32
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nas respostas obtidas através dos questionários, foi possível
cumprir os objetivos propostos por esta pesquisa, visto que os engenheiros civis
formados nos últimos anos ao terminarem o curso de graduação encontraram um
mercado de trabalho muito seletivo e concorrido.
Ainda, as mudanças do cenário econômico, associadas a aumento expressivo
do número de vagas ofertadas para o curso de engenharia civil foram fatos que
contribuíram para o fechamento de postos de trabalho e para surgimento de um
mercado saturado.
Além disso, muitos profissionais acreditam que a falta de experiência é um
dos principais obstáculos para ingressar no mercado de trabalho, neste sentido,
cabe aqui ressaltar a importância da realização de estágio ao longo da graduação
para a formação do profissional.
Tendo em vista as atuais circunstâncias do mercado e da economia brasileira,
a maioria dos engenheiros entrevistados se diz insatisfeita, certamente por terem
realizado um grande esforço para concluírem o curso de graduação e não terem
conseguido emprego na área, ou por receberem uma remuneração abaixo do
esperado para a categoria.
Entretanto, no que diz respeito as perspectivas para os próximos anos, com
relação à economia e mercado de trabalho, os entrevistados demonstram um pouco
mais de otimismo, possivelmente motivados pelas previsões de retomada da
economia baseadas nos recentes indicadores divulgados pelo atual governo.
Todavia, apesar da maioria considerar que possui uma boa formação
acadêmica, muitos profissionais ainda não se sentem preparados para atuar no
mercado de trabalho. Contudo, ressalta-se a importância do constante
aperfeiçoamento e atualização, tendo em vista que o estudo deve continuar fazendo
parte da rotina deste profissional mesmo após o término da graduação.
Por fim, sugere-se que trabalhos futuros investiguem o mercado de trabalho
para os demais estados brasileiros e também as outras áreas.
33
REFERÊNCIAS
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34
ROHAN, Ubiratan; SOARES, Carlos Alberto Pereira; FRANÇA, Sergio Luiz Braga; MEIRIÑO, Marcelo Jasmim. A formação do engenheiro civil inovador brasileiro frente aos desafios da Tecnologia, do Mercado, da inovação e da sustentabilidade. XII Congresso Nacional de Excelencia em Gestão. Setembro, 2016. SANTOS, Sarah Yasminni; OLIVEIRA, Alexandre Guilherme Lenzi; COSTA, Alexandre Marino. O estágio na formação professional. XVII Colóquio Internacional de Gestão Universitária. Mar del Plata, Argentina, 2017. SOUZA, Bruno Almeida; OLIVEIRA, Camila Araújo Coelho; SANTANA, Júlio Carlos Oliveira; NETO, Luis Antonio da Cunha Viana; SANTOS, Débora de Gois. Analise dos indicadores PIB nacional e PIB da industria da construção civil. Revista de Desenvolvimento Econômico, Salvador, v.17, n.31, p.140-150, Jan./Jun. 2015. TEODORO, Maria das Graças; PRETTI, Gleibe; ESTENDER, Antonio Carlos. A reforma trabalhista e o recrutamento do trabalho intermitente. Revista de Ciências Jurídicas e Sociais. Vol.7, n.1, 2017
35
APÊNDICE A
Mercado de trabalho para Engenheiros Civis Este questionário foi desenvolvido como ferramenta de coleta de dados para elaboração da monografia para conclusão do curso de especialização em Gerenciamento de Obras da Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, sob a orientação do Prof. Dr. Cézar Augusto Romano. O objetivo desta pesquisa é avaliar a inserção de engenheiros recém formados no mercado de trabalho.
Os resultados obtidos através desta pesquisa serão utilizados apenas para fins acadêmicos.
Desde já agradeço a sua colaboração.
*Obrigatório
1. Endereço de e-mail *
Perfil do entrevistado
2. Qual a sua idade? *Marcar apenas uma oval.
Menos de 25 anos.
Entre 25 e 30 anos.
Entre 30 e 35 anos.
Mais de 35 anos.
3. Qual seu sexo? *Marcar apenas uma oval.
Masculino
Feminino
Formação acadêmica
4. Em que ano você concluiu o curso de Engenharia Civil? *Marcar apenas uma oval.
2018
2017
2016
2015
2014
2013 ou antes Após a última pergunta desta seção, interromper o preenchimentodeste formulário.
5. O curso foi concluído no estado do Paraná? *Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
Formação acadêmica
6. Qual o tipo de Instituição de Ensino? *Marcar apenas uma oval.
Universidade privada.
Universidade pública.
Parte em instituição pública e parte em instituição privada.
7. Durante o curso você conseguiu estagiar na área de engenharia civil? (com exceção doestágio obrigatório) *Marcar apenas uma oval.
Sim, menos de 6 meses de estágio.
Sim, entre 6 e 12 meses de estágio.
Sim, entre 12 e 24 meses e estágio.
Sim, mais de 24 meses de estágio.
Não, apenas estágio obrigatório.
8. Atualmente você está trabalhando na área de Engenharia Civil? *Marcar apenas uma oval.
Sim.
Não. Ir para a pergunta 11.
Trabalho na área, mas não é minha principal fonte de renda.
9. Qual o tipo de contrato de trabalho atualmente? *Marcar apenas uma oval.
Com carteira assinada (CLT).
Pessoa jurídica (PJ). Ir para a pergunta 10.
Freelancer. Ir para a pergunta 10.
Cargo público - comissionado Ir para a pergunta 10.
Cargo público - concursado Ir para a pergunta 10.
10. Como você está registrado em sua carteira de trabalho? *Marcar apenas uma oval.
Auxiliar de engenharia
Analista de engenharia
Engenheiro civil
Coordenador
Gerente
Diretor
Outro:
11. Qual sua renda mensal? (Considerando apenas funções relacionadas a engenharia civil) *Marcar apenas uma oval.
até R$ 3.000,00
Entre R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00
Entre R$ 5.000,00 a R$ 7.000,00
Entre R$ 7.000,00 a R$10.000,00
acima de R$10.000,00
Ir para a pergunta 14.
12. Você chegou a trabalhar na área de engenharia civil depois de formado? *Marcar apenas uma oval.
Sim.
Não. Ir para a pergunta 13.
13. Há quanto tempo você encontra-se fora do mercado de trabalho na área de engenharia? *Marcar apenas uma oval.
Há menos de 6 meses.
Entre 6 meses e 1 ano.
Entre 1 e 2 anos.
Mais de 2 anos.
14. Na sua opinião, quais fatores DIFICULTARAM seu ingresso no mercado de trabalho naárea de engenharia civil (marque as três principais alternativas) *Marque todas que se aplicam.
Falta de experiência.
Atual situação econômica do País.
Falta de domínio de língua estrangeira.
Falta de especialização.
Formação acadêmica de baixa qualidade.
Qualificação recebida durante o curso diferente das exigidas pelo mercado.
Falta de disponibilidade para viagens/mudança.
Condições de trabalho ruim.
Outro:
Ir para a pergunta 15.
15. Na sua opinião, quais fatores FACILITARAM seu ingresso no mercado de trabalho na áreade engenharia civil (marque as três principais alternativas) *Marque todas que se aplicam.
Experiencia adquirida com estágios ou trabalhos durante o curso.
Domínio de línguas estrangeiras.
Especialização após a conclusão do curso.
Formação em instituição de ensino conceituada.
Qualificação recebida durante o curso em acordo com as exigências do mercado.
Disponibilidade para viagens/mudanças.
Empresa familiar.
Boas referencias para indicação.
Outro:
Perspectivas de mercado
Numa escala de 1 a 5. Assinale qual o seu nível de satisfaçãoem relação as questões abaixo:
16. Qual a sua opinião em relação a ATUAL SITUAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO paraengenheiros civis? *Marcar apenas uma oval.
1 2 3 4 5
Insatisfeito Muito satisfeito
17. Qual a sua EXPECTATIVA para o mercado de trabalho nos PRÓXIMOS 5 ANOS? *Marcar apenas uma oval.
1 2 3 4 5
Pessimista Otimista
18. Qual a sua EXPECTATIVA com relação a economia nacional para os PRÓXIMOS 5 ANOS? *Marcar apenas uma oval.
1 2 3 4 5
Pessimista Otimista
19. De modo geral, como você avalia QUALIDADE do seu curso de engenharia civil? *Marcar apenas uma oval.
1 2 3 4 5
Insatisfeito Muito satisfeito
Powered by
20. De modo geral, como você avalia a sua PREPARAÇÃO PARA O MERCADO DE TRABALHOna área da engenharia civil após a conclusão do curso? *Marcar apenas uma oval.
1 2 3 4 5
Insatisfeito Muito satisfeito
21. Qual a sua INTENÇÃO de iniciar um negocio próprio na área de engenharia civil? *Marcar apenas uma oval.
1 2 3 4 5
Nenhuma Muita
Envie para mim uma cópia das minhas respostas.